Tag: ICMS

Agronegócio

Produtores de leite vão ao Confaz em busca de um alívio tributário

31/08/2023
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A Frente Parlamentar da Agricultura e a Abraleite (Associação Brasileira dos Produtores de Leite) vão encaminhar um pleito ao Confaz. Em pauta, o pedido de redução do ICMS na cadeia do leite, ainda que de forma temporária. O alvo principal é Minas Gerais, responsável por aproximadamente 22% da produção brasileira. A pecuária leiteira aravessa uma grave crise. Os preços ao produtor acumulam queda de quase 40% no ano em razão da enxurrada de importações. Neste mês, o governo federal anunciou a compra de aproximadamente R$ 200 milhões em leite em pó com o objetivo de reduzir os estoques em circulação.  

#Confaz #ICMS

Política

Paulo Guedes faz ato de campanha com o “Dia do Fico”

26/10/2022
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O ministro Paulo Guedes pretende conceder uma coletiva até sexta-feira para divulgar de forma consolidada todos os projetos que o governo planeja realizar no próximo ano em caso de reeleição. Seria uma espécie de “Diga aos empresários que fico”, sem subtextos e falando diretamente ao PIB. Entrariam no pacote iniciativas novas e medidas requentadas. Quanto mais, melhor. Uma das principais motivações seria justamente mostrar uma profusão de propostas em contraposição à ausência de programa econômico do candidato Lula.

Ao mesmo tempo, seria uma oportunidade de expor os planos de Bolsonaro de uma maneira compreensível e palatável ao povo, ou seja, em linguagem eleitoreira. Entre outros pontos, o ministro pretende tonitruar a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 e da redução da alíquota do ICMS para os combustíveis. Guedes aproveitaria o show off para ressoar também a ideia do Fundo Brasil. Trata-se do projeto mais estrondoso que a equipe econômica de Bolsonaro tem para colocar na mesa nesta reta final da disputa eleitoral.

Ao menos pelas cifras já sopradas pelo ministro. Guedes mencionou a possibilidade da União arrecadar R$ 1 trilhão com a venda de imóveis e outro tanto com privatizações. Cerca de 25% seriam destinados ao com- bate à pobreza e outros 25% para obras públicas, ou seja, geração de empregos na veia. A ideia da entrevista está em sintonia com boa parte da coordenação política da campanha de Jair Bolsonaro. Assessores do presidente entendem que a economia pode vir a ter um papel decisivo na disputa eleitoral. A apresentação de Paulo Guedes teria ainda a serventia de dar ao presidente subsídios e “deixas” para o último debate eleitoral, na próxima sexta-feira. Ainda assim, no QG de campanha existem vozes contrárias à apresentação.

Há quem pondere que as últimas manifestações de Paulo Guedes foram trágicas para os planos de reeleição de Bolsonaro. O entendimento é que o ministro demorou e não foi suficientemente assertivo ao responder às notícias de que o governo estuda, em um eventual segundo mandato, desvincular a correção do salário-mínimo e das aposentadorias da inflação. Some-se a isso o novo vazamento sobre planos da equipe econômica para retirar do Imposto de Renda as deduções com saúde e educação. São temas espinhosos dos quais Guedes não conseguiria escapar em um evento aberto a perguntas da imprensa.

#ICMS #Jair Bolsonaro #Lula #Paulo Guedes

A Federação avança contra a União

29/08/2022
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A bola de neve não para de crescer. Ceará e Bahia também pretendem acionar o STF para deduzir dos pagamentos das dívidas  com a União as perdas na arrecadação do ICMS. Alagoas, Maranhão, Piauí e São Paulo, Minas Gerais, Acre e Rio Grande do  Norte já conseguiram liminares nessa direção. Em um exercício hipotético, se todos os estados obtiverem o mesmo direito, o Tesouro poderá deixar de receber até R$ 83,5 bilhões.

#Alagoas #Bahia #Ceará #ICMS #São Paulo

Combustível eleitoral

23/08/2022
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Às vésperas da eleição, o governador Romeu Zema estuda reduzir o ICMS para o combustível de aviação. A alíquota praticada no estado, ressalte-se, já é uma das mais baixas do país (7%). No início do mês, Zema anunciou um corte no ICMS sobre o etanol.

#ICMS #Romeu Zema

Lula e Bolsonaro flertam com o controle de preços

12/08/2022
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A política de preços, estigmatizada desde o regime militar, ressurgiu no radar dos candidatos à Presidência. Tanto Lula quanto Jair Bolsonaro – leia-se Paulo Guedes – já aceitam que a medida pode ser adotada em casos distintos, quer seja em relação a oligopólios, quer seja em relação a empresas públicas ou privadas que pratiquem preços elevados e resilientes, com grande impacto social. Bolsonaro já cantou essa pedra na área da energia, ameaçando tabelar os preços da Petrobras se a estatal permanecesse elevando os valores dos combustíveis.

O presidente assustou criticando margens elevadas de lucros. A própria redução da alíquota do ICMS nos estados foi uma forma de segurar os preços por uma via oblíqua. Guedes chegou a entabular uma participação dos supermercados na contenção do custo da cesta básica até que a inflação chegue na meta. A operação seria feita por meio da compensação dos represamentos dos preços com um bônus tributário diferido no tempo (ver RR de 13 de junho).

No comitê de formulação do programa econômico do PT, por sua vez, estão sendo discutidas três frentes: um plano de transferência de renda de maior alcance; incentivo e financiamento à infraestrutura, incluindo treinamento de mão de obra e investimento no entorno dos empreendimentos; e uma política ambiental rigorosa, mas em consonância com o mercado. A política de preços estaria contida no item das preocupações sociais. Na verdade, as especulações em relação a “cipagem” relativa da economia – uma alusão ao CIP (Conselho Interministerial de Preços), criado em 1968 e extinto em 1990 – se devem, em boa parte, à perspectiva da inflação estar sendo impulsionada por variáveis de difícil controle.

Entram nesse rol guerra na Rússia, crise na China, preços das commodities e dos combustíveis e histerese – todas com maior ou menor impacto na formação de preços. Há um certo consenso que oligopólios e grandes empresas têm conseguido reduzir vendas e aumentar preços, mantendo suas margens. É como se a política monetária não atingisse o repasse para o consumidor dos seus custos e queda de vendas. Há resistências de toda ordem em relação a essa política, que interfere diretamente no mercado, como se separando o joio do trigo e fazendo com que o governo assuma um papel punitivo em relação à formação de preços. Mas os motivos que levam à inflação alta são cada vez mais exógenos e há ainda a promessa de uma herança fiscal que impede a funcionalidade da política monetária. Por enquanto, os grandes potentados conseguem driblar a redução dos seus preços. Resta saber se vão resistir aos remédios anti-inflacionários do BC e da própria conjuntura econômica. Ou acabarão por ressuscitar o animal pré-histórico do controle de preços.

#BC #China #ICMS #Jair Bolsonaro #Lula #Paulo Guedes #PT #Rússia

Guerra federativa

12/08/2022
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O governo do Amazonas estuda reduzir pela metade a alíquota do ICMS para o querosene de aviação, hoje de 18%. Quer fisgar, sobretudo, companhias aéreas que voam para os Estados Unidos.

#Governo do Amazonas #ICMS

Efeito cascata

8/08/2022
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Segundo informações filtradas do STF, Luiz Fux quer pautar ainda para este mês o julgamento em plenário das liminares concedidas pela Corte a Alagoas, Maranhão, São Paulo e Piauí. Os quatro estados foram autorizados a abater do pagamento de dívidas à União as perdas na arrecadação de ICMS decorrentes da PEC dos Combustíveis. No Supremo, há uma preocupação em frear o crescimento dessa bola de neve federativa antes que outros estados sigam o mesmo caminho.

#ICMS #Luiz Fux #PEC dos Combustíveis #STF

Bagaço tributário

5/08/2022
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Produtores de cana de açúcar do Rio estão pleiteando ao governador Claudio Castro uma nova redução da alíquota do ICMS sobre o etanol hidratado. Nos últimos meses, o imposto já caiu de 32% para 18%, mas ainda está acima da média dos demais estados – 11%. A aposta dos usineiros é que, em ano de eleição, Castro não vai virar as costas ao setor.

#Claudio Castro #ICMS

Lula quer dar o troco da mordida no ICMS dos combustíveis

4/07/2022
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A garfada no ICMS dos combustíveis pode voltar sob forma de compensação da União às perdas dos estados que reclamaram da medida no STF. A medida viria na primeira hora do governo do PT, em janeiro, quando a maioria das unidades federativas estará com o caixa negativo. Ela está sendo discutida com o comitê de campanha de Lula e até diretamente com o próprio candidato pelos governadores petistas. Como se sabe, a maioria dos 11 chefes do executivo estadual reclamantes na Justiça são do PT. Se Lula topar, avançaria mais algumas jardas em direção à tese dominante entre os economistas do partido de que o ajuste fiscal tem de ser feito em cima do corte de recursos distribuídos em interesse de Bolsonaro através de PECs e transferência direta do Orçamento. Ou seja: os adversários de Lula é que pagariam parcela do ajuste fiscal. A questão do ICMS é como Lula fará um apartheid favorável aos seus governadores, quer seja do ponto de vista legal, quer seja do ponto de vista político.

#ICMS #Jair Bolsonaro #Lula #PT

Aliado é para isso

4/07/2022
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O Palácio do Planalto está pressionando o aliado Claudio Castro, governador do Rio, a reduzir o ICMS sobre os combustíveis, a exemplo do que fez São Paulo.

#Claudio Castro #ICMS #Palácio do Planalto

Falta de gás

20/06/2022
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Em meio à tunga na arrecadação proveniente do ICMS, surge mais um foco de atrito entre o governo federal e as unidades federativas. O Ministério de Minas e Energia tem pressionado os estados a adequar sua legislação local ao novo marco regulatório do gás. Até o momento, apenas sete deles redesenharam seu arcabouço regulatório. A mudança é vital para a abertura do mercado de distribuição de gás para novas empresas.

#ICMS #Ministério de Minas e Energia

O crime da LRF não é dos governadores

13/06/2022
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Governadores e secretários estaduais de Fazenda passaram toda a última sexta-feira em tensas negociações com o senador Fernando Bezerra, relator da PLP 18/2022, que muda as regras do ICMS sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transporte coletivo. O objetivo é incluir no projeto uma emenda capaz de mitigar o risco de responsabilização criminal com base na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Segundo o RR apurou, a saída encontrada pelos governadores é mencionar explicitamente no texto que a perda de arrecadação decorrente da PLP não será computada para efeito das vinculações constitucionais, a rigor os investimentos obrigatórios em educação e saúde previstos na Constituição.

Ou seja: os chefes do Executivo estadual não seriam punidos caso não consigam cumprir as referidas despesas, algo inevitável diante das novas regras do ICMS. De acordo com as fontes ouvidas pelo RR, até às 19h40 de sexta-feira, os governadores e o senador Fernando Bezerra ainda não tinham fechado o texto do PLP. Diante da complexidade do tema, o mais provável é que as discussões sejam concluídas apenas hoje, com a apresentação da emenda aditiva.

O tempo é exíguo. Bezerra pretende levar o projeto a plenário exatamente nesta segunda-feira. Hoje, da forma como está redigido, o texto do PLP não dá a segurança jurídica necessária aos governadores – informação antecipada pelo RR na edição da última sexta-feira. Há um risco enorme de que eles venham a ser responsabilizados criminalmente pelos restos a pagar deixados para 2023. Tudo o que os governadores menos querem é ser punidos por uma lei que não fizeram e por um crime que não cometeram.

#Fernando Bezerra #ICMS #Lei de Responsabilidade Fiscal

LRF permanece como armadilha para governadores

10/06/2022
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Os governadores e os secretários de Fazenda se sentiram ontem como se tivessem caído em uma arapuca. O risco de criminalização com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) permanece não obstante o acordo firmado com o senador Fernando Bezerra, relator do PLP 18/2022, que altera as regras da cobrança do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. Os artigos 6o e 7o do PLP trazem “disposições para que os agentes públicos, na implementação das medidas previstas na nova lei complementar, sejam eximidos da obrigatoriedade de cumprimento das exigências da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022 (Lei no 14.194, de 20 de agosto de 2021) e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LCP no 101, de 4 de maio de 2000).”.

Em tese, os governadores não serão responsabilizados caso não consigam cortar despesas ou gerar receita extraordinária na mesma proporção da perda de arrecadação provocada pelo PLP. No entanto, na visão dos secretários de Fazenda, trata-se de uma vitória pela metade. Há controvérsia em relação ao efeito da medida e à legalidade de uma matéria como esta ser deliberada por meio de Projeto de Lei Complementar, em vez de uma PEC.

Entre os governadores, a interpretação é que só haveria segurança jurídica caso o waiver fosse constitucionalizado e explicitamente vinculado ao PLP 18/2022. Ou seja: há um receio de que os governadores possam vir a ser responsabilizados criminalmente pelos restos a pagar deixados para 2023. Não por outro motivo, segundo o RR apurou em conversas com dois secretários de Fazenda, membros do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal) têm se referido a esse item do PLP como um “waiver mandrake”. Como está hoje, a arquitetura da lei só permitiria furar a LRF em 2022.

Essa questão é o nó górdio do PLP e maior fator de risco de judicialização por parte dos estados – ver RR de 30 de maio. Trata-se do item central de uma pauta com oito pontos mais sensíveis negociados diretamente entre o Comsefaz e o senador Fernando Bezerra Coelho, relator do PLP 18/22. Até ontem, no fim da tarde, o saldo da agenda de negociações era desfavorável aos estados, segundo o RR apurou. Apenas dois dos oito pleitos feitos pelos governadores e secretários de Fazenda foram atendidos. Além do waiver em relação à LRF, que pode vir a ser uma vitória de Pirro, outra reivindicação incorporada ao texto do PLP foi a retirada da vedação dos estados e do Distrito Federal poderem ajustar os percentuais do ICMS que estejam abaixo da alíquota modal, uma forma de evitar uma mordida ainda maior na arrecadação.

#Comsefaz #ICMS #Lei de Responsabilidade Fiscal

PEC do ICMS atinge o setor bancário na veia

9/06/2022
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Em primeiro, o Banco do Brasil; em segundo, a Caixa Econômica; em terceiro, o Itaú; em quarto, o Bradesco; e depois, a uma larga distância os outros. Esse é mais ou menos o ranking dos bancos que mais vão perder com a PEC do ICMS, segundo um integrante do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O setor bancário – leia-se os quatro bancos citados, que representam cerca de 80% do segmento – é quem mais vai sofrer com a derrama dos estados e alguns municípios, caso a PEC venha a ser aprovada.

Há dúvidas maiores sobre a ordem da sangria entre o terceiro e o quarto lugares. Mas a dupla de bancos que está no pódio é campeoníssima nas perdas futuras e deverá, portanto, pagar bem menos dividendos à União. O Confaz já atualizou suas projeções para a queda da arrecadação dos estados: o rombo estimado subiu de R$ 83 bilhões para até R$ 110 bilhões. Mesmo que a União repasse entre R$ 25 bilhões e R$ 50 bilhões, esse dinheiro não cobre metade do buraco.

São 27 entes federativos que não terão solução a não ser o corte de despesas, incorrendo, em hipótese contrária, na Lei da Responsabilidade Fiscal por improbidade administrativa. Todos passam a ter teto de ICMS sobre combustíveis para compensar o furo no teto das despesas do governo. A partir de outubro a maior parte deles ficaria com o caixa negativo. Essa situação de crash estadual será, inevitavelmente, repassada à rentabilidade bancária, quer seja através da redução de floating, quer seja sobre impacto no caixa ou mesmo em função da queda do PIB dos estados. O RR perguntou à Febraban se há algum cálculo em relação ao impacto potencial da PEC do ICMS sobre a rentabilidade futura do setor. A entidade disse não ter “a informação solicitada”.

#Banco do Brasil #Bradesco #Caixa Econômica #Confaz #ICMS #Itaú

Governadores se rebelam contra regras do ICMS

30/05/2022
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A aprovação do PLP 18/2022, que alterou as regras da cobrança do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo, está provocando um clima de grave tensão federativa em pleno ano eleitoral. O projeto deflagrou uma insurreição de governadores e secretários de Fazenda, que pressionam o Congresso a suspender a medida ou retificá-la. Há, inclusive, uma chance razoável de judicialização do caso, pois existem interpretações de que o PLP é inconstitucional. A proposta atinge duramente os estados e os governadores.

No âmbito fiscal, trata-se de uma tragédia. A maioria das unidades da federação fica com o caixa negativo já em outubro – ou seja, exatamente no mês da eleição. De acordo com estimativas do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal), a perda de arrecadação para os estados ficará entre R$ 64,2 bilhões e R$ 83,5 bilhões. Ressalte-se que os entes federativos já renunciaram a uma receita da ordem de R$ 37 bilhões neste ano por conta do congelamento da alíquota do ICMS sobre os combustíveis.

Além do duro impacto fiscal, há uma outra gravíssima consequência: o PLP 18/2022 empurra os governadores para a ilegalidade. Ainda que involuntariamente, com a perda de arrecadação, os chefes do executivo estadual não conseguirão honrar as obrigações orçamentárias. A tendência é que haja um descumprimento generalizado das vinculações constitucionais, leia-se investimentos em saúde e educação. Ao mesmo tempo, obras ficarão paradas, pela asfixia financeira dos estados e a incapacidade de pagamento a fornecedores.

Ou seja: por uma nova configuração tributária imposta pelo Congresso, os governadores correm seríssimo risco de serem criminalizados com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Além da perda de mandato, por improbidade, paira sobre suas cabeças a ameaça de prisão de um a três anos. Hoje, os governadores devem se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que pode travar o PLP e distender o ambiente hostil. Mas, até que isso ocorra, os mandatários das unidades federativas estarão com a faca entre os dentes.

#Comsefaz #ICMS #PLP 18/2022

ICMS da discórdia

30/03/2022
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O RR apurou que grandes suinocultores do Rio Grande do Sul pressionam o governo do estado a reduzir temporariamente o ICMS sobre o setor. Produtores de Santa Catarina se articulam na mesma direção. Alegam que os gastos dispararam com as secas e seu impacto sobre os preços do milho. O custo de produção está na casa dos R$ 7 por quilo, ao passo que o preço de venda aos frigoríficos estacionou nos R$ 5.

#ICMS #Rio Grande do Sul

A banalização do estado de calamidade

16/03/2022
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À luz do dia, o governo e o Congresso Nacional – leia-se os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco – tentam empurrar a decretação do estado de calamidade para baixo do tapete. Mas, na penumbra da noite, em conversas internas, o projeto ainda permanece como uma das soluções mais cogitadas pelas partes envolvidas para mitigar o estrago provocado pelo aumento dos preços dos combustíveis. A motivação para o decreto poderia vir do risco de crise na mobilidade interna. O custo dos combustíveis, além do impacto inflacionário direto e da fragmentação das cadeias de suprimento, poderia atingir o direito de ir e vir.

Ou seja: faltaria transporte para a população. Na verdade, a decretação do estado de calamidade teria como objetivo subliminar equacionar a questão da Lei da Responsabilidade Fiscal. As propostas para diluir o aumento do preço dos combustíveis que estão à mesa – redução do ICMS ou uso dos dividendos da Petrobras – ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), conforme disse o RR. O auxílio emergencial complementar, uma ideia da área política do governo, viria também para se contrapor ao inevitável aumento das passagens de ônibus. O problema de ordem impeditiva seria a dificuldade de encontrar fundos para compensação do gasto ou subsídio, conforme reza a LRF.

Paulo Guedes gosta da ideia do Decreto de Calamidade, e não está nem aí para a sua banalização – o expediente foi usado na pandemia e cogitado outras vezes. É a forma mais simples para não mexer na arquitetura fiscal. A medida teria também benefício eleitoral. A narrativa é que o decreto responde à preocupação com a mobilidade do povo, que precisa ir ao trabalho, aos hospitais e levar seus filhos na escola. E a guerra entre Rússia e Ucrânia pode levar a qualquer momento a um novo aumento de preços.

O discurso inteiro, na realidade, deixa atrás da cortina um fator sobrepujante: a LRF continua em vigor, e seu descumprimento pode levar as autoridades à cadeia. Paulo Guedes entende bem a dimensão do problema. Tanto que em outras vezes, em situação de dilema no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, disse com todas as letras que “não queria ser preso”. O Decreto de Calamidade resolve de pronto esse temor.

#Arthur Lira #ICMS #Paulo Guedes #Rodrigo Pacheco

Estados se unem para evitar nova tunga no ICMS

25/02/2022
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Em meio a toda a polêmica em torno da taxação dos combustíveis, os estados se preparam para uma nova batalha tributária. Segundo o RR apurou dentro do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda), diversos governos estaduais discutem uma ação conjunta no STJ pela legalidade da cobrança de ICMS sobre energia solar. O entendimento é que a investida em bloco seria um gesto político forte, aumentando o poder de “pressão” sobre a Corte.

Os estados alegam que a geração solar não está contemplada pelo Convênio do Confaz n.o 16, de 2015, que garante isenção do tributo somente para empreendimentos explorados por um único consumidor e com potência instalada de no máximo 1 MW. Do outro lado das trincheiras estão, notadamente pequenos e médios consumidores de energia, que têm conseguido vitórias judiciais aqui e acolá. Recentemente, por exemplo, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) proibiu o governo estadual de cobrar ICMS referente à energia solar.

Para os estados, esta é uma batalha a futuro. Hoje, a arrecadação sobre a venda de energia solar ainda é razoavelmente pequena. Mas essa cifra tende a crescer significativamente com os projetos de geração fotovoltaica já em desenvolvimento ou mesmo em execução no país. Projeções do setor apontam para um salto da ordem de 70% na produção de energia solar no Brasil apenas neste ano, acima dos 55% registrados em 2021. Além disso, segundo a mesma fonte, os estados querem evitar um precedente perigoso. Uma decisão do STJ favorável aos consumidores de energia seria um estímulo para ações judiciais similares em outros setores.

#Comsefaz #Energia Solar #ICMS

“PEC dos Combustíveis” não encontra eco dentro do Confaz

26/01/2022
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Dentro do Confaz, há praticamente um consenso de que a “PEC dos Combustíveis” não terá a adesão da maioria dos governadores. Segundo fontes do RR no Conselho, a tendência é que grande parte dos estados mantenha a alíquota do ICMS sobre combustíveis exatamente como está. Na atual circunstância, abrir mão de arrecadação fiscal seria um tiro no pé, mesmo com a prerrogativa dada pela PEC aos governadores de não ter de apresentar fonte de compensação fiscal e de não correr o risco de criminalização no âmbito da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Os estados já vão amargar uma redução de suas receitas devido à queda da inflação – de acordo com o mais recente Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira, a projeção para o IPCA deste ano é de 5,15%, abaixo, portanto, dos 10,06% de 2021. Conforme disse o RR na edição de 24 de novembro, as unidades federativas precisariam de uma inflação na casa dos 12% para não ter perda de arrecadação em relação ao ano passado. Ressalte-se ainda que os combustíveis representam, na média, 23% da receita dos estados. A posição dos governadores, contudo, não deve ser vista como um monolito.

Ainda que em reduzida proporção, a “PEC dos Combustíveis” pode se revelar a “PEC da desarmonia federativa”. Ela não deixa de ser um convite a uma guerra fiscal. Além do mais, populismo por populismo, não se pode descartar a hipótese de alguns governadores seguirem a posição do presidente Jair Bolsonaro, reduzindo provisoriamente a alíquota do ICMS. Em ano de eleição, talvez determinados estados queiram trocar pragmatismo fiscal e receita por voto.

Já há acenos neste sentido, vide o governador de Rondônia, Coronel Marcos Castro, “bolsonarista” de carteirinha, que solicitou ao próprio Confaz autorização para diferir a cobrança do ICMS sobre combustíveis. Segundo o RR apurou, o Conselho já negou o pedido. Não deixa de ser uma sinalização cruzada do Confaz de que a não adesão aos efeitos da PEC é hoje uma posição majoritária dos governadores.

#Confaz #ICMS #Jair Bolsonaro #PEC dos Combustívei

Sem ajuda da inflação, a federação vai quebrar

24/11/2021
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A federação brasileira virou sócia da inflação. A curto prazo, o aumento dos índices de preços surge como o único fator capaz de atenuar, mesmo assim em parte, o baque fiscal que se anuncia para os estados em 2022, decorrente, sobretudo, de decisões do STF. A título de exercício: segundo cálculo de um secretário de Fazenda, uma inflação de 12% no ano que vem geraria uma receita adicional de até R$ 12 bilhões com ICMS para todos os entes federativos – a participação maior ou menor nesse bolo estaria vinculada à estrutura de impostos de cada unidade.

E, ainda assim, seria como tentar estancar uma hemorragia com um band-aid. Por hemorragia entenda-se as duras perdas fiscais sofridas em sequência. A proibição do Supremo ao ICMS diferenciado para os setores de energia e de telecomunicações vai custar aos estados uma queda de receita próxima dos R$ 27 bilhões. Proporcionalmente, os mais atingidos serão Goiás, Paraíba, Paraná e Rio Grande do Sul, todos com um decréscimo de arrecadação superior a 9%.

Em termos absolutos, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná vão amargar uma perda na casa dos R$ 3 bilhões, cada um. Não é só. Ressalte-se que outra recente decisão do STF já vai subtrair mais uma importante parcela de arrecadação tributária dos estados. O plenário da Suprema Corte declarou inconstitucional a cobrança do diferencial de alíquota do ICMS. Esse veredito custará aproximadamente R$ 14 bilhões em receita às unidades federativas a partir do próximo ano.

Ou seja: somando-se apenas as duas referidas decisões do STF, os estados já começarão 2022 com menos R$ 40 bilhões em suas contas, aumentando a penúria fiscal da federação. Mesmo uma derrama adicional proveniente da alta de inflação seria um alívio parcial e temporário. O aumento dos preços só ajuda no primeiro ano. Como as despesas em educação e saúde são indexadas ao aumento da arrecadação no exercício anterior, os estados teriam de criar receitas permanentes para compensar, no ano seguinte, o crescimento dos gastos nas duas rubricas.

O cenário, no entanto, é desalentador. As projeções de crescimento do PIB para 2022, segundo o último Boletim Focus, já estão na casa de ínfimo 0,7%. Some-se a isso o fato de que o ICMS é um imposto decadente, que só faz perder margem: nos últimos 20 anos, a arrecadação total com o gravame caiu 14%. Resta aos estados se agarrarem a qualquer forma de tentar adiar o temporal. Um exemplo: segundo o RR apurou, nos últimos dois dias, governadores e secretários de Fazenda dispararam uma série de telefonemas cruzados traçando uma  estratégia jurídica para ganhar tempo em relação à decisão do STF de proibir o ICMS diferenciado para os segmentos de energia e telecomunicações. Os governos estaduais devem entrar com embargos de declaração junto ao Supremo e com pedidos de modulação da “pena”. O objetivo seria, ao menos, empurrar a entrada em vigor da nova regra de 2022 para 2023. É o que se tem.

#ICMS #PIB #Secretaria da Fazenda #STF

A errática agenda do ministro Paulo Guedes

7/10/2021
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Nos últimos dias, Paulo Guedes tem chamado mais atenção por suas ausências do que por suas aparições. Anteontem, por exemplo, não participou da coletiva de imprensa em que foi anunciado o projeto de unificação do PIS com a Cofins e do ICMS com o ISS, tema do maior interesse do Ministério da Economia. Na sexta-feira passada, outro forfait: após confirmar presença, Guedes não compareceu a um encontro com empresários catarinenses, em Florianópolis, organizado pelo senador  Jorginho Mello. Durante a reunião, o ministro surgiu, de repente, por meio de videoconferência.

Corre no Palácio do Planalto que ele só entrou de forma remota no encontro após um puxão de orelhas de Jair Bolsonaro, que teria sido informado da “desfeita” de Guedes ainda durante o evento. Ressalte-se que Jorginho Mello é forte aliado do presidente. Em relação a esse episódio, o Ministério da Economia disse ao RR que Guedes não viajou a Santa Catarina em virtude de compromissos com Artur Lira.

Sobre a interferência de Bolsonaro, nenhuma palavra. O momento, digamos assim, mais recôndito de Paulo Guedes atingiu também sua agenda internacional. Nesta semana, Guedes cancelou sua viagem a Paris, onde participaria da reunião de ministros do conselho da OCDE. As ausências de Paulo Guedes podem ser interpretadas de duas formas. Talvez seja um incômodo do ministro com o andar da carruagem: o descarrilamento da economia, a morosidade das reformas, a intervenção do governo na Petrobras e mesmo o noticiário sobre seus investimentos offshore. Mas, pode ser também apenas uma recaída do bom e velho Paulo Guedes, com o seu hábito de não cumprir compromissos ou simplesmente arbitrar sua presença ou não conforme o seu humor.

#Cofins #ICMS #ISS #Paulo Guedes #Petrobras

Estados reagem à pecha de vilões dos combustíveis

26/08/2021
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A estratégia do presidente Jair Bolsonaro de vilanizar os estados pela alta dos preços dos combustíveis não vai ficar sem resposta. Segundo o RR apurou, o Confaz vai divulgar nos próximos dias uma nota contraditando as declarações de Bolsonaro. Os termos do comunicado vêm sendo discutidos entre os secretários de Fazenda desde o início desta semana. Trata-se de uma ourivesaria razoavelmente complexa. A ideia não é partir para um embate aberto com o presidente. De acordo com a mesma fonte, a nota terá um tom predominantemente sóbrio e técnico, explicando a composição do custo dos combustíveis e os critérios de recolhimento do ICMS em cima do preço médio referencial. Uma das  intenções é desconstruir a percepção, alimentada pelo discurso de Bolsonaro, de que os estados ganham rios de dinheiro com a taxação dos derivados de petróleo. Um exemplo: no acumulado dos últimos 12 meses, a arrecadação das unidades da federação com o ICMS aumentou, em média, 17%. Já a receita tributária sobre os combustíveis cresceu apenas 3%.

#ICMS #Jair Bolsonaro

Usineiros recorrem aos governadores

18/05/2020
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Sem o aumento da Cide, o setor sucroalcooleiro busca outros remédios para a crise. Está reivindicando aos governos de São Paulo e de Minas Gerais, dois dos principais estados produtores, a redução do ICMS sobre o etanol. Duro vai ser bater na porta de governador em governador.

Número auscultado pelo RR nos corredores da Única, a entidade que representa o setor: cerca de 120 usinas de álcool e açúcar estão ameaçadas de fechar por absoluta falta de caixa.

#Cide #ICMS

Estação Covid-19

22/04/2020
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As concessionárias de metrô e trens urbanos estão preparando um documento conjunto, com pleitos que serão levados aos governadores. Entre as principais reivindicações estão a isenção de ICMS sobre tarifas de energia e a suspensão da cobrança de dívidas com os próprios estados, sejam de ordem tributária, sejam referentes ao pagamento das respectivas outorgas. Desde o início da quarentena, os operadores do setor calculam ter perdido cerca de R$ 1,2 bilhão em receitas.

#ICMS

Queda do petróleo põe estados em uma encruzilhada

10/03/2020
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O jogo da tributação do petróleo, objeto de recente divergência entre Jair Bolsonaro e governadores, mudou. O governo federal deverá
aproveitar a forte queda da cotação do barril – 25% apenas ontem – para propor aos estados que o ICMS cobrado sobre os combustíveis deixe de ser aplicado em cima do valor pago pelo consumidor. A taxação se daria sobre o volume de venda na porta da refinaria. Esse novo modelo funcionaria como um sistema de contrapeso para a inevitável perda que as unidades da federação terão caso a queda do petróleo perdure ao longo dos próximos meses.

Além de funcionar como um hedge para os estados, com essa mudança a equipe econômica deixaria a Petrobras livre para executar sua política de preços. Essa nova forma de tributação eliminaria o problema do carregamento dos preços com impostos quando a cotação do petróleo voltar a subir. O mundo dá voltas. Não faz muito tempo, as discussões sobre o petróleo giravam em torno da alta do preço do Brent.

O consequente aumento dos combustíveis atrapalhava o governo federal, que propôs aos estados a redução do ICMS para evitar que o preço final na bomba ficasse elevado demais. Bolsonaro chegou a bravatear que, se os governadores cortassem o imposto sobre circulação de mercadorias, ele reduziria todos os tributos federais sobre os combustíveis. O assunto acirrou ainda mais a já tensa relação entre o presidente e os chefes do executivo estadual.

Os governadores se recusaram a abrir mão de receita. Agora o panorama está invertido. Com a drástica queda no preço do Brent, que ontem chegou a US$ 33 o barril, a arrecadação de ICMS tende a cair expressivamente. O vento mudou de lado e, agora, talvez os governadores tenham de fazer um mea culpa e estender a mão à Brasília para não assistirem a uma deterioração ainda mais acelerada de suas respectivas contas públicas.

#ICMS #Jair Bolsonaro #Petrobras

Azeitona na empada do Capitão nem pensar

6/03/2020
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Um exemplo rasteiro da guerra de nervos entre governadores e Jair Bolsonaro. Ao saber que o próprio Bolsonaro estaria presente, na última terça-feira, no lançamento da 2ª fase do programa Abrace Marajó, em Brasília, Helder Barbalho encomendou às pressas aos seus assessores uma solenidade à parte. Antecipou para a véspera o anúncio do decreto isentando de ICMS empresas que se instalarem na Ilha de Marajó. Tudo para evitar que Bolsonaro capitalizasse a medida.

#ICMS #Jair Bolsonaro

Guerra fiscal elétrica

4/06/2019
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A disputa entre os estados para atrair fábricas de carros elétricos começa a ganha contornos de guerra fiscal. Os governos de São Paulo e Minas Gerais estudam reduzir o ICMS para a produção destes automóveis. Deverão, assim, seguir os passos do Mato Grosso do Sul e de Goiás, que baixaram a alíquota de 17% para 12%. Em São Paulo, por exemplo, o ICMS é de 18%. Por ora, no entanto, trata se de uma aposta de médio ou longo prazos. Até o momento, os planos das montadoras se restringem a iniciar gradativamente a oferta de veículos elétricos no país. Nenhuma delas parece disposta a montar uma fábrica no país. A Volkswagen, por exemplo, já descartou essa hipótese com todas as letras.

#ICMS #Volkswagen

Governo do Rio resseca a Cedae

23/08/2017
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O próprio governo do Rio tem contribuído para turvar ainda mais a privatização da Cedae. Segundo o RR apurou, o estado não estaria cumprindo os termos firmados com a companhia para o pagamento de uma dívida de R$ 198 milhões. Os atrasos se arrastam desde o ano passado. Candidatos à compra da Cedae já manifestaram ao governo do Rio e ao BNDES que não participarão do leilão sem garantias firmes de que os débitos serão pagos ou compensados.

A agência de fomento e as autoridades do Rio discutem uma forma de decantar esta impureza das contas da Cedae. Uma das hipóteses cogitadas é uma contrapartida fiscal, com o abatimento futuro de ICMS. Outro caminho seria o próprio BNDES assumir o passivo, tendo como garantia ações da concessionária. Procurada, a Cedae confirmou os termos de compromisso com o estado.

No entanto, não se pronunciou quanto ao valor da dívida e aos atrasos do governo, sob a alegação que, “em obediência ao Código de Defesa do Consumidor, não pode fornecer informações de clientes.” Entre 8 de agosto de 2007 e 30 de dezembro de 2015, o governo do Rio de Janeiro e a Cedae celebraram sete termos de acordo com o intuito de realizar a compensação de saldos em aberto entre as partes. No fim de 2015, foi fechado mais um Termo de Encontro de Contas referente ao exercício de 2014, no montante de R$ 109 milhões. Os atrasos colocam em risco, desde já, a quitação dos passivos até 2020, prazo estabelecido nos acordos.

#BNDES #Cedae #ICMS

Vivo e TIM cobram do governo a fatura do ICMS

22/06/2017
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A decisão do STF de excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins é uma conta salgada que começa a bater na porta do governo. Vivo e TIM decidiram entrar na Justiça com o objetivo de cobrar o valor adicional pago ao Fisco desde o início da década de 90, quando o ICMS entrou na cesta de cálculo dos dois tributos federais. As duas operadoras já estão munidas de pareceres de renomados juristas asseverando o caráter retroativo do julgamento do Supremo.

Este é um dos pontos mais controversos da decisão. A Procuradoria da Fazenda entende que os efeitos retroativos da sentença se aplicam exclusivamente aos contribuintes que já tinham ações em curso contra a Receita na data do julgamento do STF. Procuradas, Vivo e TIM não quiseram se pronunciar. Se o veredito do Supremo Tribunal Federal efetivamente retroceder à década de 90, cálculos preliminares indicam que o tamanho da fatura para a Receita Federal pode chegar a R$ 250 bilhões.

No caso específico do setor de telefonia, um dos mais afetados pela cobrança, estima-se que a conta alcance a marca dos R$ 16 bilhões caso as demais operadoras sigam o caminho da Vivo e da TIM. Ressalte-se que existe jurisprudência em um caso similar: na década de 80, quando o Supremo suspendeu a cobrança do Finsocial por causa de sucessivos aumentos de alíquota, o governo foi sentenciado a devolver às empresas os valores cobrados adicionalmente. A valores de hoje, teve de pagar algo em torno de R$ 20 bilhões.

#ICMS #STF #TIM #Vivo

…Outra na ferradura

17/03/2017
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A decisão do Supremo Tribunal Federal de cobrar da União, neste ano, R$ 20 bilhões referentes à inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins praticamente decreta a derrama em 2017. Do jeito que estão as previsões de arrecadação e o cálculo do potencial de corte das despesas, pode-se esperar, no mínimo, mais R$ 40 bilhões de impostos. Nesse departamento não tem jogo de soma zero. O STF tira dois, a Receita Federal subtrai quatro. E os quatro podem virar seis, sete, oito…

#Cofins #ICMS #PIS

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