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O projeto mirabolante da “supercana” de Eike Batista será levado à frente – se for – basicamente com capital estrangeiro. As pretensões são hiperbólicas, como em tudo que Eike faz ou não faz: a promessa é de uma produtividade de álcool muito maior do que a cana de açúcar (“dá para fazer um mega pró-ácool) e de um bagaço capaz de substituir “100% do plástico do mundo”. A questão é que o próprio Mr. Batista acha que seu crédito é maior lá fora do que aqui dentro. Não poderia ser de outra forma. Todos os grandes bancos perderam dinheiro com as estrepolias do empresário com o petróleo.
O Itaú, que ocupou a liderança entre os maiores ludibriados, sofreu praticamente uma surra financeira. Uma parcela dessa disposição de assumir o risco OGX deveu-se à amizade entre Eike e Cândido Bracher Botelho, o “Candinho”, à época já na pole position para comandar a casa bancária dos Setúbal e Vilella. A amizade com “Candinho”, é claro, foi para as calendas. Por ora, Eike rega dois terrenos ao mesmo tempo: a recuperação da sua imagem pessoal e a venda do projeto da “supercana”. Toda a divulgação está sendo feita com alta intensidade nas redes. O empresário já deu dezenas de entrevistas nos últimos dois meses.
Da equipe de Eike participam seus filhos Thor e Olin. Não que eles sejam do ramo, mas colaboram como palpiteiro das operações do pai. O que é o mesmo que nada, pois Eike repete o mesmo discurso em todas as suas aparições. Mr. Batista pode ser considerado estranho, mas é um exímio vendedor. Fica a torcida para que a tal “supercana” dê certo. Os projetos que Eike emplacou, noves fora o mico do petróleo, foram bons para o Brasil.
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