Tag: Ibama

Indústria automotiva

Greve do Ibama atinge importações da GWM

1/04/2024
  • Share

A chinesa GWM (Great Wall Motors) tem sido uma das montadoras mais prejudicadas pela greve no Ibama. Remessas de automóveis da companhia estariam retidas na alfândega por falta de licenças do Ibama, exigência para o enquadramento dos veículos às normas ambientais brasileiras e consequentemente a sua entrada no país. Os chineses anunciaram recentemente o projeto de investir R$ 10 bilhões no Brasil pelos próximos dez anos a partir da inauguração da futura fábrica de Iracemápolis (SP). Mas, por ira, a operação da GWM no mercado brasileiro está restrita às importações. Procurada, a empresa não retornou.

#Great Wall Motors #Ibama #Importações

Justiça

AGU monta operação de guerra contra crimes ambientais

15/01/2024
  • Share

A Advocacia Geral da União montou uma força-tarefa para ajuizar mais de uma centena de Ações Civis Públicas (ACPs) contra infratores ambientais da Amazônia e do Cerrado. Estima-se que o valor total das sanções financeiras possa chegar a R$ 1,5 bilhão – sem contar os processos na esfera criminal. O pacote de punições engloba indenização pelos prejuízos ambientais, além de danos morais coletivos e danos transitórios. A ofensiva é resultado de um trabalho conjunto com o Ibama, iniciado em março, que varreu denúncias de desmatamento e invasões irregulares nos dois biomas.

 

#Advocacia Geral da União #Crimes ambientais #Ibama #Meio Ambiente

Destaque

Nova Ferroeste ganha tração como iminente sinal verde do Ibama

13/11/2023
  • Share

Um dos maiores projetos de infraestrutura do Brasil está perto de sair do papel. Segundo o RR apurou, o Ibama vai aprovar até o fim de dezembro o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Nova Ferroeste, o que, na prática, significará o fim de um impasse e o imprimatur para a construção da ferrovia. Consultado pelo RR, o órgão confirmou que “as complementações do EIA estão em análise, o que deve ser concluído ainda este ano”.

Em jogo, um investimento superior a R$ 35 bilhões – um dos maiores empreendimentos incluídos no Novo PAC. De acordo com as informações obtidas pela publicação, o governo do Paraná pretende realizar a licitação do empreendimento no primeiro semestre de 2024. O vencedor do leilão ficará responsável pela construção da ferrovia e terá a concessão por 99 anos.

São mais de 1,5 mil km de trilhos entre Maracaju (MS) e o Porto de Paranaguá (PR), passando ao todo por 66 municípios. A informação sobre o iminente imprimatur do Ibama já circula nos bastidores do setor de infraestrutura e atiça pretendentes ao negócio. A Rumo Logística, de Rubens Ometto, é tida como a mais forte candidata.

O aval do Ibama vai colocar um ponto final em um roteiro de ziguezagues. Em janeiro de 2022, o próprio Instituto deu seu aval ao Estudo de Impacto Ambiental. Mas o MPF considerou o trabalho incompleto, notadamente em relação à mitigação dos efeitos sobre as terras indígenas localizadas ao longo do percurso. Ao todo, os procuradores exigiram 48 alterações no Estudo.

#EIA #Ibama #Rubens Ometto #Rumo Logística

Destaque

Dragagem do Rio Paraguai é o novo ponto de tensão entre Marina Silva e o agronegócio

16/10/2023
  • Share

A ministra Marina Silva está no centro da mais nova queda de braço entre o agronegócio e o governo Lula. A bancada ruralista tem feito pressão em Brasília pela concessão da licença ambiental para a dragagem do chamado tramo sul do Rio Paraguai, um trecho de 592 quilômetros entre Corumbá e a foz do Rio Apa. Segundo o RR apurou, integrantes da Frente Parlamentar da Agricultura solicitaram uma audiência com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para tratar do assunto.

Querem também uma reunião com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e o Coordenador-Geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Fluviais e Pontuais Terrestre do Instituto, Regis Fontana Pinto. Os grandes produtores rurais do Centro-Oeste e companhias de navegação tratam a limpeza como fundamental para aumentar o escoamento de grãos pela Hidrovia do Paraguai. No entanto, há uma Marina Silva no meio desse rio.

No Ministério do Meio Ambiente e do Ibama há fortes restrições à obra. Aos olhos do aparelho ambiental do Estado, o projeto conduzido pelo DNIT descumpre uma série de requisitos. Segundo o RR apurou, o Ibama levantou riscos de danos à qualidade da água para o abastecimento público, notadamente às populações ribeirinhas. De acordo com informações filtradas do Ministério, um minucioso estudo assinado por cientistas da Embrapa Pantanal, ICMBio, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e Panthera, organização global de conservação de felinos selvagens, aumentou ainda mais a resistência da ministra Marina Silva e de sua equipe.

Os pesquisadores apontam os potenciais impactos da dragagem para o Pantanal, com declínio nos sedimentos e nutrientes e diminuição dos habitats dos peixes, com severos efeitos sobre a subsistência e a atividade econômica da pesca na região. Um exemplo: a ruptura das termoclinas (camadas de oxigênio dissolvido), com a consequente mistura de faixas distintas da água, é uma ameaça à fauna local. Consultado pelo RR, o Ibama não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Guardadas as devidas proporções, a dragagem do Rio Paraguai virou uma espécie de “Margem Equatorial” do agronegócio para a gestão Lula, em referência à rígida posição da ministra Marina Silva. Se, no caso da Foz do Amazonas, a pressão maior vem do próprio Estado – a Petrobras -, o impasse em relação à hidrovia é mais uma zona de fricção entre o governo e um setor da economia que já é naturalmente hostil ao presidente Lula. O ciclo das secas, que vai até o início de dezembro, aumenta os decibéis das cobranças do agronegócio em Brasília. O período potencializa os prejuízos causados pelo assoreamento de diversos trechos do Rio Paraguai.

As interrupções no fluxo de navios carregados são constantes. Estima-se que seja necessária a retirada de até dois milhões de metros cúbicos de sedimentos do manancial, trabalho previsto para quase três anos. Mesmo com as condições adversas de navegabilidade, a Hidrovia do Paraguai tem sido uma rota crescente não apenas para o agro, mas também para o setor de mineração. No primeiro semestre deste ano, o transporte de grãos cresceu 258% em comparação a igual período do ano passado. No caso do minério de ferro, o aumento beirou os 60%.

#Agronegócio #Ibama #Lula #Marina Silva #Renan Filho #Rio Paraguai

Destaque

Marina Silva aperta o cerco à Usina de Belo Monte

12/09/2023
  • Share

Uma década e meia após o embate que precipitou sua saída do Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva e a Usina de Belo Monte têm um novo “duelo”. Segundo o RR apurou, o Ibama vai impor rigorosas exigências para aprovar a renovação da licença ambiental da hidrelétrica, controlada pela Norte Energia – da qual a Eletrobras é a maior acionista, por meio da Eletronorte e da Chesf. O Instituto já teria identificado mais de 30 irregularidades da usina com impacto ao meio ambiente e à população que vive no seu entorno.

De acordo com um estudo do órgão, são condicionantes – como o termo sugere, requisitos obrigatórios para a operação do empreendimento – que vêm sendo seguidamente descumpridas desde a inauguração da geradora, em 2016. As autoridades apuram, por exemplo, a denúncia de que Belo Monte estariam secando a área conhecida como Volta Grande do Xingu, que engloba extensão de aproximadamente 130 quilômetros do rio. Haveria registros de açodamento de diversos trechos do manancial, com a consequente mortandade de várias espécies de peixe locais, atingindo as quatro etnias indígenas habitantes da região – Kuruaya, Xipaya e Yudjá/Juruna. Além de afetar a pesca, principal atividade econômica desses povos, há relatos de que a redução de peixes na Volta Grande do Xingu pode levar a população local a um quadro de insegurança alimentar.

Ao mesmo tempo, a hidrelétrica teria alagado florestas de igapó próximas à área do reservatório, dizimando parte da vegetação. A própria ministra Marina Silva tem citado a usina de Belo Monte como exemplo negativo de impacto ambiental na Região Amazônica.  

O espaço de negociação que a Norte Energia vinha encontrando dentro do Ministério do Meio Ambiente e consequentemente do Ibama durante o governo Bolsonaro se dissipou. Segundo o RR apurou, em reuniões internas, o próprio presidente do Instituto, Rodrigo Agostinho, próximo a Marina Silva, teria feito críticas contundentes à forma como as gestões anteriores conduziram o processo de renovação da licença de Belo Monte. Entre 2012 e início de 2019, ou seja, nas gestões de Dilma Rousseff e Michel Temer, a usina recebeu um total de R$ 91 milhões em multas do Ibama. Já no governo Bolsonaro, conhecido por deixar a “boiada” passar, o órgão não aplicou uma única penalidade à geradora.

O que se diz no Ministério do Meio Ambiente é que, entre 2019 e 2022, a direção do Ibama foi orientada a ceder em diversas condicionalidades dentro do processo de renovação da licença de Belo Monte. Ressalte-se que a usina vem operando com uma autorização temporária desde novembro de 2021. 

Em contato com o RR, o Ibama confirmou que existem “condicionantes (medidas que devem ser tomadas pelo empreendedor) a serem cumpridas e situações que podem ser melhoradas para que a população da região não seja prejudicada”. Segundo o órgão, o parecer técnico indicou “algumas pendências relativas ao pleno atendimento de condicionantes e solicitou complementações a serem atendidas pelo empreendedor para a emissão da Licença.” O Ibama esclarece que “Parte das informações solicitadas já foram apresentadas pela NESA (Norte Energia) e são objeto de avaliação, no momento. Contudo, ainda não se tem uma data para conclusão das análises.” 

A Norte Energia, por sua vez, garante que “Nenhuma Terra Indígena foi alagada pelo projeto do empreendimento e nenhuma comunidade precisou deixar seu local de origem. Segundo a empresa, “antes de Belo Monte, os indígenas da região eram 2 mil em 26 aldeias, hoje são cerca de 5.096 indígenas em 125 aldeias.”. A companhia afirma que “mantém diálogo permanente, aberto e transparente com os Povos Indígenas do Médio Xingu, que se dá de forma estruturada, respeitosa, inclusiva e participativa por meio de interações diárias mantidas pelo Programa de Comunicação e também de reuniões tripartites, que envolvem a participação de representantes indígenas e do órgão indigenista para discussão e análises das ações em execução.”. No que diz respeito ao manancial do Xingu, Norte Energia assegura que “Não há desvio algum, muito menos irregular. O que há é a aplicação do hidrograma.

É preciso esclarecer que a Norte Energia não estabeleceu ou definiu os hidrogramas de operação da Usina. A quantidade de água (hidrograma) destinada para a Volta Grande do Xingu foi estudada e estabelecida pelo Estado Brasileiro no âmbito do leilão de concessão da UHE.”. Com relação às penalidades já aplicadas pelo Ibama, a empresa diz que “as multas estão sendo discutidas administrativamente e posteriormente podem ser discutidas judicialmente.”

#Chesf #Eletrobras #Eletronorte #Ibama #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Usina de Belo Monte

Governo

Meio Ambiente vira um óbice para a dragagem de Hidrovia

7/08/2023
  • Share

Não chega a ser uma “Margem Equatorial”, mas há um novo ponto de atrito dentro do governo envolvendo o Ibama. O ministro dos Portos e Aeroportos, Marcio França, tem feito pressão junto ao Instituto na tentativa de acelerar a licença ambiental para a dragagem da Hidrovia Araguaia-Tocantins. A bancada ruralista cobra de França o que ele não consegue dar: um prazo para o início das obras. A dragagem é fundamental para permitir o uso de embarcações de maior calado no escoamento de grãos tanto do Centro-Oeste quanto da região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O assunto já subiu para a mesa do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, mas as negociações são complexas.  

Em 2022, ainda no governo Bolsonaro, o órgão concedeu licença prévia para a implosão de cerca de 40 quilômetros de pedrais – formações rochosas em leitos fluviais. Com a chegada de Marina Silva ao Ministério do Meio Ambiente, as águas mudaram de direção, e a área técnica do Ibama passou a apontar objeções à obra. Some-se a isso o fato de que, em março, o Ministério Público Federal recomendou ao Ibama a suspensão do licenciamento prévio, indicando uma série de falhas classificadas como “graves” no projeto apresentado pelo DNIT.V vai ter de penar para nadar contra essa correnteza viva chamada Marina Silva. 

#Dnit #Ibama #Marcio França #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Ministério Público Federal

Institucional

Presidente do Ibama leva puxão de orelhas dos cartórios brasileiros

26/05/2023
  • Share

Como diria o outro, “Que fase!”. Após a negativa do pedido de licença ambiental da Petrobras para a Foz do Amazonas, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, vem recebendo flechadas de todos os lados. Algumas inusitadas. A Associação dos Notários e Registradores do Brasil pretende encaminhar uma representação formal ao Instituto por conta de uma recente declaração de Agostinho. Ao mencionar a recusa da autorização à Petrobras, o presidente do Ibama disse que o órgão “não é um cartório onde as pessoas levam um papel e a gente carimba”. No documento que será enviado a Agostinho, a Associação vai ressaltar que as atividades que o tabelionato executa são regidas por lei e fiscalizadas pelo Poder Judiciário.

#Ibama #Petrobras

Meio ambiente

Drones ilegais usados em lavouras entram no radar do Ibama

25/05/2023
  • Share

O Ibama solicitou o apoio da ANAC para intensificar a fiscalização ao uso de drones no país, notadamente em regiões agrícolas. Há denúncia da utilização ilegal de equipamentos para o lançamento de agrotóxicos em lavouras, especialmente no Centro-Oeste. São drones sem registro da Agência Nacional de Aviação, muitos dos quais sem a capacitação para esse tipo de serviço e atuando em áreas não permitidas, próximas a concentrações urbanas e aldeias indígenas. Há modelos com capacidade para carregar até 150 quilos de defensivos agrícolas, voando a 400 pés de altitude. Ressalte-se que, há cerca de dois meses, a ANAC flexibilizou as normas para o uso das chamadas RPAS (Remotely Piloted Aircraft System) em atividades aeroagrícolas. Ao que tudo indica, faltou reforçar que o relaxamento não inclui a utilização de equipamentos piratas e fora das regiões autorizadas. 

#Anac #Ibama

Destaque

Governadores cobram de Marina Silva o sinal verde para a Petrobras na Margem Equatorial

15/05/2023
  • Share

A dificuldade da Petrobras em obter as licenças ambientais para a Margem Equatorial deflagrou uma “rebelião” federativa. O RR apurou que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), está liderando uma articulação política em bloco com o objetivo de pressionar o Ibama a liberar a autorização. A coalizão inclui ainda os governadores do Maranhão, Amapá e Rio Grande do Norte – respectivamente Carlos Brandão Junior (PSB), Clecio Luis (Solidariedade) e Fátima Bezerra (PT). De acordo com a fonte do RR, Barbalho vem tratando diretamente do assunto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva – inclusive, durante a recente passagem de ambos na China.  

Trata-se de uma negociação delicada. O imbróglio com o Ibama antecede a gestão de Marina – é algo que se arrasta há mais de três anos. No entanto, a ministra não se mostra muito simpática às atividades de exploração e produção na Margem Equatorial, notadamente na Bacia Amazônica. Marina já disse textualmente que olha para extração de petróleo na Foz do Amazonas “do mesmo jeito que olhei para Belo Monte”. Não se trata de um bom prenúncio para a Petrobras e os governadores interessados na questão, a julgar pela resistência de Marina à construção da hidrelétrica durante sua primeira passagem pelo Ministério do Meio Ambiente.

Os quatro governadores discutem ainda a possibilidade de um manifesto público como forma de sensibilizar as autoridades ambientais. A ideia é bater na tecla dos investimentos e dos postos de trabalho que estão deixando de ser gerados com a demora na liberação da licença pelo Ibama. Apenas em royalties, os quatro estados estimam que as perdas anuais passam dos R$ 2 bilhões. Assim como Barbalho, Fátima Bezerra dá uma dimensão e um peso maiores ao pleito. Entre os chefes de governo estaduais, trata-se de um dos nomes mais influentes junto ao presidente Lula. Basta lembrar que Fátima coordenou a campanha presidencial de 2022 no Nordeste. Além disso, a governadora potiguar é umbilicalmente próxima do próprio Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. Prates era o suplente de Fátima no senado e herdou sua cadeira quando ela assumiu o governo do Rio Grande do Norte. 

#Belo Monte #Helder Barbalho #Ibama #Margem Equatorial #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Petrobras

Infraestrutura

Agronegócio e Vale cobram do governo dragagem do Rio Paraguai

10/05/2023
  • Share

A dragagem do Rio Paraguai está na proa das prioridades da Antaq. Segundo o RR apurou, o diretor-geral da agência, Eduardo Nery, tem feito gestões junto ao próprio presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, com o objetivo de obter as licenças ambientais para o projeto. O pedido se arrasta no Instituto há mais de dois anos. O Ibama concedeu uma autorização, e ainda assim provisória, apenas para chamado trecho norte, entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS). Contudo, o Ministério da Infraestrutura julga contraproducente fazer a dragagem somente em um pedaço e deixar o outro com riscos à navegação. Mesmo porque a Coordenada Sul, entre Corumbá e a foz do Rio Aja, na fronteira com o Paraguai, é justamente o ponto mais estratégico. É utilizado por barcaças com grandes quantidades de minério de ferro e bauxita, extraídos em Mato Grosso e em geral levados para o Porto de Imbituba, em Santa Catarina. Trata-se do trecho com as situações de navegabilidade mais críticas. Em 27 de dezembro de 2021, o DNIT encaminhou um ofício ao Ibama pedindo autorização para a obra em todos os 700 quilômetros do rio no lado brasileiro. Não teve resposta até hoje.  

A pressão dos grandes exportadores pela dragagem vem, sobretudo, do agronegócio e do setor de mineração, leia-se Vale, os maiores usuários da hidrovia do Rio Paraguai. No ano passado, o transporte total de cargas pelo manancial subiu 45% em relação a 2021. No caso específico do minério de ferro, o volume cresceu 60%, chegando a quase quatro milhões de toneladas. A cobrança dos exportadores sobre as autoridades brasileiras cresceu nos últimos meses. Isso porque, em janeiro, o governo paraguaio iniciou os trabalhos de dragagem do rio Paraguai do lado de lá da fronteira. 

#Antaq #Eduardo Nery #Ibama

Justiça

Ibama quer punição ainda mais pesada contra a Syngenta

8/05/2023
  • Share

A nova gestão do Ibama, à frente o ambientalista Rodrigo Coutinho, não está disposta a dar trégua à Syngenta. Segundo o RR apurou, o Instituto estuda reabrir o processo administrativo contra a multinacional suíça. A empresa é acusada de orientar funcionários como esconder um insumo altamente poluente, o bronopol, com o objetivo de ludibriar fiscais do Ibama durante uma visita de inspeção em novembro de 2021, conforme revelou o UOL. No entendimento da diretoria do Instituto, o acordo firmado pela gestão anterior com a Syngenta para encerrar o processo administrativo não levou em consideração uma série de agravantes para o caso. A reabertura da investigação – conduzida por um governo muito mais severo em relação a causas ambientais e por um Ibama subordinado à ministra Marina Silva – pode trazer desdobramentos ainda mais pesados para a companhia.  

Inicialmente, ainda sob a égide do governo Bolsonaro, a gestão do Ibama contentou-se em firmar um acordo de R$ 4,5 milhões com a Syngenta para encerrar o processo administrativo. No entanto, a própria AGU barrou o armistício, considerando que o caso estava barato demais para a empresa. A Procuradoria da República entrou em cena e catapultou o valor da multa para R$ 1,3 bilhão. A pedido da Syngenta, a Justiça Federal de São Paulo anulou a punição. A multinacional alega que já pagou seus pecados ao assinar o primeiro acordo com o Ibama, no valor de R$ 4,5 milhões. Não é o que atual direção da autarquia entende. A ordem no Instituto é usar de todos os expedientes tanto no âmbito administrativo quanto jurídico para punir os suíços exemplarmente. 

Procurado, o Ibama não se manifestou. Em contato com o RR, a Syngenta confirmou a multa inicial de R$ 4,5 milhões aplicada pelo Ibama e afirma que “pagou os valores indicados e acordados.” A companhia disse também que, após o Instituto ter anulado “unilateralmente o acordo celebrado e já quitado”, impetrou “mandado de segurança por entender que a anulação do acordo era inadequada. O Judiciário, então, apenas suspendeu liminarmente a decisão do Ibama, mantendo a validade da conciliação.” A Syngenta garante ainda que “estudos realizados por laboratórios especializados em pareceres sobre o caso confirmaram que os produtos em questão não tiveram reflexos do ponto de vista ambiental, nem de saúde humana e nem de eficácia agronômica.

#Ibama #Justiça Federal #Syngenta

Empresa

Petrobras deve aumentar investimentos na Margem Equatorial

13/03/2023
  • Share

O RR apurou que a Petrobras pretende aumentar o volume de investimentos previstos para a Margem Equatorial, nova fronteira do óleo e gás no Brasil e uma das maiores apostas da estatal. As cifras contempladas no Plano de Negócios de 2023 a 2027 subiria de US$ 3 bilhões para US$ 4 bilhões. Além acelerar a campanha exploratória na região, de quebra o aumento das cifras teria também um caráter político. Serviria como um instrumento de pressão sobre o Ibama. A dificuldade de obtenção do licenciamento ambiental é o maior entrave ao avanço das operações na Margem Equatorial, a ponto do próprio Jean Paul Prates, presidente da empresa, estar à frente das tratativas com o Instituto. O impasse vem desde os tempos em que os blocos FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-12, hoje pertencentes à Petrobras, estavam nas mãos da Total. A empresa francesa tentou obter a licença por quatro vezes. Em todas elas, o Ibama negou o pedido.

#Ibama #Margem Equatorial #Petrobras

Destaque

Prates trabalha em busca de licença do Ibama para a Margem Equatorial

17/02/2023
  • Share

O próprio presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, está conduzindo diretamente as tratativas com a Ibama para destravar o licenciamento ambiental da Margem Equatorial. O ex-senador Prates tem bom trânsito junto ao novo presidente do Instituto, Rodrigo Agostinho, um handicap que carrega dos tempos de Parlamento. O atual presidente da Petrobras integrou a Comissão de Meio Ambiente do Senado no mesmo período em que Agostinho, então deputado federal, não apenas participava da Comissão congênere na Câmara como liderava a Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso.  

Resolver o imbróglio da Margem Equatorial é uma das mais intrincadas missões de Prates neste início de gestão. O impasse se arrasta desde antes da Petrobras assumir a operação de campos na região. A francesa Total, antiga acionista majoritária e operadora dos blocos FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-12, tentou por quatro vezes receber a licença do Ibama. Levou bomba atrás de bomba: em todas as ocasiões, o estudo de impacto ambiental apresentado pelos franceses foi rejeitado pelo órgão. A Margem Equatorial é um dos grandes projetos na área de E&P em curso na companhia. O plano de negócios da empresa para 2023-2027 prevê investimentos de US$ 2,94 bilhões na região, considerada a nova fronteira do pré-sal no Brasil. 

#Câmara #Comissão de Meio Ambiente do Senado #Ibama #Jean Paul Prates #licenciamento ambiental #Margem Equatorial #Petrobras #Pré-Sal #Rodrigo Agostinho

Energia

Ibama quer voar em dezenas de projetos de energia eólica

18/01/2023
  • Share

O Ibama recebeu até o momento cerca de 70 projetos para geração de energia eólica offshore. Juntos, representam 176,5G W a mais no sistema interligado nacional – quando em atividade. No momento, as empresas interessadas preenchem no órgão a Ficha de Caracterização de Atividade, etapa inicial para o licenciamento obrigatório. O instituto também já criou um termo de referência para balizar os estudos ambientais, porém, não há previsão de quando começará a emissão das autorizações. Isso porque a Aneel precisa regular as eólicas offshore, diretrizes que incluem a realização das concorrências das áreas e os modelos de cessão planejada ou independente. Consultada, a agência informou que vai tratar do assunto este ano, mas sem precisar quando.

#Aneel #Ibama

Política

Ibama pode ser um pedaço de Simone Tebet no latifúndio de Marina

2/12/2022
  • Share

O nome de Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso do Sul, vem ganhando força para assumir o Ibama no próximo governo. Trata-se de uma indicação de Simone Tebet para um território que, em tese, pertence a Marina Silva, a mais cotada para a Pasta do Meio Ambiente. O comando do Ibama terá uma importância redobrada na gestão Lula. Caberá à nova direção “desmontar o desmonte” feito na era Ricardo Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente. Muita boiada passou pelo Instituto à revelia do seu competente corpo técnico.

#Ibama #Lula #Simone Tebet

Economia

Menos adubo para o Plano Nacional de Fertilizantes

9/11/2022
  • Share

Um desafio a mais para Simone Tebet ou quem que venha assumir o Ministério da Agricultura: o Projeto Santa Quitéria, uma das maiores apostas do Brasil para reduzir a dependência em relação aos fertilizantes importados, corre sério risco de ficar no papel. Segundo o RR apurou, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) produziu um relatório técnico que, no melhor dos cenários, deverá dificultar a execução do empreendimento no curto prazo, notadamente no que diz respeito à concessão das licenças pelo Ibama. De acordo com a fonte da publicação, o documento aponta que a exploração de fosfato e urânio no município de Santa Quitéria (CE) é inviável tanto do ponto de vista ambiental quanto social. O estudo de 142 páginas – produzido a partir de inspeções in loco no fim de agosto (informação antecipada com exclusividade pelo RR na edição de 29 de agosto) – será submetido ao colegiado do CNDH ainda nesta semana. Em contato com o RR, o Conselho confirmou que “a expectativa é que o relatório sobre a missão a Santa Quitéria seja apreciado pelo Pleno do colegiado na reunião a ser realizada nos dias 10 e 11 de novembro.”. O Conselho disse ainda que “qualquer manifestação só pode ocorrer após as discussões e deliberações.”  

Segundo a mesma fonte, o parecer vai apresentar 32 recomendações ao Ibama e à CNEM (Comissão Nacional de Energia Nuclear). O CNDH, vinculado ao Ministério da Mulher e da Família, alega que o Projeto Santa Quitéria já está produzindo impacto danoso antes mesmo da sua execução. As três galerias abertas para testes geológicos seriam responsáveis pela irradiação de componentes químicos prejudiciais à saúde. De acordo com dados do Conselho, a região de Santa Quitéria soma um número de casos de câncer até cinco vezes superior à média de outros municípios do Nordeste com condições geográficas e sociais similares e sem as mesmas atividades minerais.  

O projeto de R$ 2,5 bilhões está a cargo do consórcio Santa Quitéria, formado pela Galvani Fertilizantes e pela estatal INB (Indústria Nuclear Brasileira). Também consultado, o Consórcio Santa Quitéria não se pronunciou. A jazida de Santa Quitéria tem reservas estimadas de 8,9 milhões de toneladas de óxido de fósforo de 80 mil toneladas de urânio – a razão para a presença da INB no negócio. O projeto original prevê a produção de 1,05 milhão de toneladas/ano de fertilizantes fosfatados, o que, a título de exemplo, seria suficiente para garantir 25% da demanda de toda o Norte e Nordeste por adubo. 

#CNEM #Fertilizantes #Ibama #Ministério da Agricultura #Simone Tebet

Petrobras e Ibama frente a frente

15/09/2022
  • Share

Segundo o RR apurou, executivos da Petrobras vão se reunir hoje com a direção do Ibama. A companhia busca um alinhamento com o órgão ambiental com o objetivo de destravar a licença para a exploração do bloco FZA-M-59, na Foz do Amazonas. Na última terça-feira, o Ibama emitiu um parecer apontando inconsistências na documentação apresentada pela estatal. A posição do Instituto aumentou a preocupação na Petrobras – a ponto de o próprio diretor de Exploração e Produção, Fernando Borges, estar à frente do assunto. A questão é intrincada e já mobiliza altos gabinetes em Brasília. Informações filtradas do Ibama apontam que a direção do órgão estaria sofrendo pressões políticas para liberar o licenciamento, atropelando, portanto, o parecer da área técnica.

#Ibama #Petrobras

Quelônio ambiental

3/08/2022
  • Share

Com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira, parlamentares da base governista penduraram um jabuti no projeto de lei que modifica a Taxa de Cobrança da Fiscalização Ambiental, arrecadada pelo Ibama. As concessionárias de veículos foram excluídas no rol de empresas consideradas poluidoras. A medida não tem o aval da área técnica do próprio Ibama, que trata as autorizadas como poluidoras em função dos serviços de lavagem e troca de óleo lubrificante nesses estabelecimentos.

#Arthur Lira #Ibama

Plano Nacional de Fertilizantes começa a brotar do subsolo

8/04/2022
  • Share

Uma das grandes apostas do governo para reduzir a dependência brasileira dos fertilizantes importados está saindo do papel. Segundo o RR apurou, a Galvani Fertilizantes pretende iniciar até junho as obras para a exploração da mina de fosfato de Itataia, no Ceará. Esta é uma das maiores jazidas do insumo no Brasil, com reservas estimadas em nove milhões de toneladas. O investimento gira em torno de R$ 2,5 bilhões.

Quando atingir sua capacidade máxima de produção – cerca de 500 mil toneladas por ano -, a jazida cearense poderá reduzir a necessidade de importação de fosfatados em até 40%. Procurada, a Galvani não quis se pronunciar. A partida na extração da mina de Itataia pode ser considerada o primeiro movimento concreto do recém-lançado Plano Nacional de Fertilizantes. Trata-se, inclusive, de um dos projetos incluídos no programa.

A Galvani tem ainda como parceira a INB (Indústrias Nucleares do Brasil), que vai explorar as 80 mil toneladas de urânio existentes na mina. O empurrão que faltava para o projeto veio do Ibama. Há cerca de duas semanas, o Instituto concedeu as licenças ambientais prévias para a exploração da jazida. Sob certo aspecto, trata-se de um sinal de que o governo está, de fato,  empenhado em viabilizar o aumento da produção de fertilizantes no país. Os pedidos de licenciamento da mina cearense dormitavam no Ibama há mais de uma década.

#Galvani Fertilizantes #Ibama #INB #Plano Nacional de Fertilizantes

Passa a boiada e passam os equinos

17/03/2022
  • Share

Há um lobby galopante no Congresso para que o Ibama afrouxe as rédeas na fiscalização em festas de peão, vaquejadas e eventos congêneres. Integrantes da Frente Parlamentar do Rodeio, comandada pelo deputado Capitão Augusto (PL-SP), têm feito chegar ao próprio presidente Jair Bolsonaro queixas contra os “excessos” do Instituto. Há relatos de que fiscais do Ibama têm aplicado multas em demasia em criadores de cavalos e organizadores de rodeios, por supostos maus tratos aos animais.

#Ibama #Jair Bolsonaro #PL

A vez da “boiada” dos fertilizantes

3/02/2022
  • Share

Ricardo Salles deixou o governo, mas a “boiada” continua passando. De acordo com uma fonte da Casa Civil, o Plano Nacional de Fertilizantes que está sendo elaborado pelo governo vai afrouxar as regras de licença ambiental tanto para projetos de extração de matérias-primas como potássio e fósforo quanto para a construção de novas fábricas. A ideia é que os empreendimentos sejam autorizados sem precisar das licenças definitivas do Ibama. Tudo pendurado na premissa de que é preciso reduzir a dependência do Brasil em relação ao adubo importado. Em tempo: segundo a mesma fonte, a Casa Civil trabalha para lançar o novo Plano ainda neste mês, mas não dá para apostar. O anúncio, incialmente previsto para o início de dezembro, já foi postergado duas vezes.

#Casa Civil #Ibama #Ricardo Salles

Fila de espera

2/02/2022
  • Share

Segundo uma fonte do Ministério Público Federal, o órgão deverá acionar o Ibama pela demora na emissão de licenças para projetos de energia elétrica em aldeias indígenas na Amazônia. Há pedidos parados no Instituto há quase cinco anos. A Funai também faz pressão sobre o Ibama.

#Ibama #Ministério Público Federal

Investimentos, empregos e… votos

28/01/2022
  • Share

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, tem feito gestões junto ao Ibama com o objetivo de acelerar a concessão das licenças ambientais da nova ferrovia que a Rumo vai construir no estado. Candidato à reeleição, Mendes é o maior interessado em que as obras comecem bem antes de outubro. A subsidiária da Cosan vai investir R$ 11 bilhões no empreendimento.

#Ibama #Mauro Mendes

Segunda tentativa

18/01/2022
  • Share

O coronel da reserva Ricardo Célio Chagas Bezerra está cotado para assumir um cargo no Ministério do Desenvolvimento Regional. Filiado ao PSL, leia-se União Brasil, Bezerra protagonizou um episódio sui generis em setembro de 2019. Dono de uma fazenda de exploração de madeira em Altamira (PA), foi nomeado para a superintendência do Ibama no Ceará e permaneceu no cargo por apenas 24 horas.

#Ibama #Ministério do Desenvolvimento Regional

Ibama corta na raiz dinheiro para o combate à madeira ilegal

13/01/2022
  • Share

Pouco mais de dois meses após a COP 26 vem aí mais uma vergonha nacional produzida pelo governo Bolsonaro contra o meio ambiente. Segundo o RR apurou, o Ibama está suspendendo os repasses de verbas à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para o combate ao transporte de madeira extraída ilegalmente. Os recursos transferidos pelo Instituto correspondem a mais de 40% dos gastos da PRF em ações dessa natureza.

Ou seja: a abrupta medida do Ibama coloca em risco a continuidade de algumas das operações da corporação contra a circulação de madeira ilegal, notadamente na Região Amazônica e no Pantanal. Nos bastidores, segundo a fonte do RR, o Ibama atribui o torniquete nos repasses à PRF a sua própria asfixia financeira. Em 2021, as verbas disponíveis no Instituto para fiscalização caíram 27% em relação ao ano anterior.

A devastação orçamentária se dá justo no momento em que a Polícia Rodoviária Federal vinha intensificando as diligências e aumentando a interceptação do produto extraído clandestinamente – um raro índice positivo do governo Bolsonaro nessa área. Em 2021, o volume de apreensões foi 80% superior ao de 2020, que, por sua vez, já havia representado o dobro da madeira recolhida no ano anterior. Procurados, Ibama e PRF não se pronunciaram sobre o assunto.

#COP-26 #Ibama #Polícia Rodoviária Federal

“Boiada”

10/01/2022
  • Share

O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, estaria trabalhando nos bastidores para a indicação do tenente-coronel da PM de SP Luis Carlos Hiromi Nagao ao comando do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA). Muito próximo a Salles, Nagao deixou a diretoria de planejamento do Ibama em agosto do ano passado.

#Ibama #Ricardo Salles

Petrobras tem pressa na Amazônia

28/12/2021
  • Share

A Petrobras tem feito gestões junto ao Ibama na tentativa de acelerar a análise e concessão de licenças ambientais para exploração de óleo e gás na Foz do Amazonas e em blocos entre o Pará e o Maranhão. A pressa está relacionada à forte expectativa em relação a blocos operados pela estatal nas bacias sedimentares da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão/Barreirinhas e Potiguar. De acordo com estudos geológicos, as áreas em questão mostram expressivas semelhanças com campos na Guine Equatorial, na África, onde foram feitas importantes descobertas de reservas nos últimos meses. Consultada sobre a articulação junto ao Ibama, a estatal saiu pela tangente: “O licenciamento ambiental é uma importante ferramenta da Política Nacional de Meio Ambiente e a Petrobras segue rigorosamente todos os seus requisitos.” Ainda bem…

#Ibama #Petrobras

Marketplace

1/12/2021
  • Share

A Casa Civil está fazendo um mapeamento de cargos a serem oferecidos ao Centrão. Com o orçamento paralelo travado pelo STF, o show tem de continuar de outra maneira. Sobretudo com a proximidade das eleições.

Na paralela, a Casa Civil foi incumbida também de passar um pente-fino em autarquias federais, a começar por Ibama e Funai. Objetivo: caçar petistas que ainda se “escondem” em cargos de confiança.

#Casa Civil #Funai #Ibama

Cargos para todos

11/11/2021
  • Share

O ministro Ciro Nogueira está fazendo um mapeamento das superintendências e outros cargos regionais do Ibama. É mais um bolo a ser dividido com a base aliada.

#Ciro Nogueira #Ibama

Os ventos vão mudar de direção

21/10/2021
  • Share

O Ministério de Minas e Energia pretende anunciar até o fim do ano o novo marco normativo para a geração de energia offshore. Palavra da própria Pasta, em conversa com o RR. A questão se arrasta desde o início do ano, na contramão do interesse dos  investidores. O que não falta é projeto engatilhado para o setor. Que o diga o Ibama: no instituto, repousam pedidos de licenciamento ambiental para a construção de geradoras eólicas em alto-mar que somam cerca de 40 gigawatts.

#Ibama #Ministério de Minas e Energia

Madeira de lei

19/10/2021
  • Share

Pode soar até como uma manobra voltada para a COP-26. Mas, os ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Meio Ambiente, Joaquim Leite, parecem trabalhar conjuntamente para reter as exportações de madeira, diga-se de passagem extraída legalmente. As cargas chegam a ficar 20 dias paradas em contêineres nos portos à espera da permissão do Ibama para embarque. Tem pinta de medida sob encomenda para Glasgow.

#Ibama #Joaquim Leite #Paulo Guedes

MPF fura os planos de petroleiras

14/09/2021
  • Share

Exxon, Enauta (Antiga Queiroz Galvão Exploração e Produção) e Murphy Oil caíram na teia do Ministério Público Federal. O MPF notificou o Ibama, determinando a realização de audiências públicas antes da campanha de perfuração marítima dos blocos na Bacia Sergipe-Alagoas controlados pela trinca de empresas. As petroleiras terão, agora, de discutir os projetos separadamente com as comunidades afetadas pela operação, entre as quais pescadores artesanais, índios e quilombolas. Com a decisão do MPF, o cronograma traçado pelas três petroleiras para a perfuração das áreas fica sob risco. Procuradas pelo RR, Exxon, Enauta e Murphy Oil não quiseram se manifestar.

#Exxon #Ibama #Ministério Público Federal

Deu cupim nas exportações de madeira

13/09/2021
  • Share

Grandes empresas do setor madeireiro bateram à porta do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Pedem uma solução para a liberação de toneladas de madeira que se acumulam em portos brasileiros, à espera de aval do Ibama para a sua exportação. O prejuízo é calculado em mais de R$ 90 milhões, entre taxas portuárias e multas contratuais.

#Ibama #Ministério do Meio Ambiente

O tempo fechou no Meio Ambiente

8/09/2021
  • Share

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Alvaro Leite, enfrenta uma crise interna corporis. Segundo o RR apurou, servidores do Ibama no Acre estariam ameaçando entrar em greve. A paralisação seria motivada por pressões políticas para a concessão das licenças ambientais à construção de uma linha de transmissão entre as cidades de Feijó e Cruzeiro do Sul. Há cerca de duas semanas, o governador do Acre, Gladson Camelli, esteve com Joaquim Leite para tratar do tema. Procurados pelo RR, o Ministério do Meio  Ambiente e o Ibama não se pronunciaram.

#Ibama #Ministério do Meio Ambiente

Fumaça que vem da Bolívia

3/09/2021
  • Share

O Ibama monitora, com preocupação, o incêndio que está atingindo o lado boliviano da Floresta Amazônica, mais precisamente na região do Chaco. Por ora, os focos ainda estão a aproximadamente mil quilômetros do território brasileiro. No entanto, os bolivianos têm encontrado dificuldades para conter as chamas, devido aos fortes ventos e ao período de seca na região. Pelo sim, pelo não, o Ibama já avalia a necessidade de reforço nos efetivos de combate incêndio nas fronteiras do Acre e de Rondônia com a Bolívia. Procurado pelo RR, o instituto informou que “ao longo da divisa, existem guarnições das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros que podem responder aos incêndios.”

#Forças Armadas #Ibama

Guarda-vaga

18/08/2021
  • Share

O que se diz no Ibama é que o atual presidente, Jonatas Souza da Trindade, está apenas esquentando a cadeira. O governo quer a volta de Eduardo Bim, afastado temporariamente do cargo por decisão da Justiça.

#Ibama

Coronel do Ibama

15/07/2021
  • Share

Cresce no Palácio do Planalto a disposição de efetivar o coronel da reserva da PM de São Paulo, Luis Carlos Nagao, na presidência do Ibama. Ele ocupa o cargo interinamente desde maio, quando Eduardo Bim foi afastado da função pela Justiça. E o que pensa o novo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite? Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

#Ibama

Brasil cinza

24/05/2021
  • Share

O que se diz no Ministério do Meio Ambiente é que Ricardo Salles já estaria batendo de frente com o superintendente do Ibama no Amazonas, Carlos Eduardo de Oliveira, há apenas um mês no cargo. Salles não quer um superintendente, mas um ardoroso defensor.

#Ibama

Dinheiro carimbado

30/03/2021
  • Share

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acredita ter encontrado uma maneira de destravar a licitação de parques nacionais. Salles pretende vincular parte da receita arrecadada nos leilões à contratação de novos fiscais para o Ibama.

#Ibama #Ricardo Salles

Nem parece o Ibama de Ricardo Salles

4/01/2021
  • Share

O Ibama está fazendo uma série de exigências para autorizar o pedido de exploração de urânio em Santa Quitéria (CE), feito pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e pela fabricante de fertilizantes Galvani. Uma das maiores preocupações da área técnica do instituto é a necessidade de montagem de enormes barragens com rejeitos. Mariana? Brumadinho? 1, 2, 3, isola…

#Ibama #Indústrias Nucleares do Brasil

Tensão indígena

27/11/2020
  • Share

O Ministério da Justiça vai enviar reforços da Força Nacional de Segurança ao sul do Pará com o objetivo de conter as invasões na terra indígena Apyterewa. A tensão no local é grande. Nos últimos dias, os invasores chegaram a cercar fiscais do Ibama e da Funai. Teme-se uma reação mais violenta da própria comunidade indígena.

#Funai #Ibama #Ministério da Justiça

A Amazônia arde, e a conta não fecha

16/09/2020
  • Share

O orçamento do Ibama para prevenção e controle de incêndios florestais, em 2021, não encontra o menor paralelo com a realidade. A verba prevista para todo ano é de aproximadamente R$ 30 milhões. Para efeito de comparação, a Operação Verde Brasil 2, conduzida pelo Exército na Amazônia, tem custado em média algo perto de R$ 60 milhões/mês. Noves fora a excepcionalidade da Operação, há um abismo orçamentário.

#Ibama

Onde há fumaça…

5/05/2020
  • Share

Segundo o RR apurou, após demitir o diretor de fiscalização, o presidente do Ibama, Eduardo Bim, recebeu carta branca do ministro Ricardo Salles para uma dança das cadeiras entre os superintendentes. Consultado, o órgão diz que “No momento, as nomeações em análise dizem respeito a cargos vagos, como no Amazonas.” É justamente a região mais sensível na época mais delicada. Neste mês, com o fim do período de chuvas, começa a “estação” das queimadas na Amazônia.

#Ibama

Política da moto-serra

27/01/2020
  • Share

O Ibama reduziu as viagens de fiscais e as vistorias in loco para apurar denúncias de desmatamento. Não é exatamente por restrição orçamentária. É o Ibama dos sonhos de Bolsonaro se materializando. O Capitão já avisou que 2020 será o ano com menos multas da história do Ibama.

#Ibama

Usina a gás

31/10/2019
  • Share

O barulho feito por ONGs e ambientalistas de nada adiantou. O Ibama concedeu licença para a construção da termelétrica a gás Gera Maranhão III, do trio Equatorial Energia, Brasil Energia e GNP. São Luís ganhará mais alguns pontos no ranking da poluição ambiental, no qual já ultrapassou Cubatão e está atrás apenas de São Paulo.

#Ibama

Reserva de valor 1

29/04/2019
  • Share

O governo não apenas discute a fusão do Ibama com o ICMBio como também a nomeação de um quatro estrelas para comandar a superautarquia.

Reserva de valor 2

Apesar da cobiça do PSL e do DEM, o Palácio do Planalto também pretende indicar um militar para a vaga aberta na Anac. Helio Paes de Barros deixou a diretoria da Agência para comandar da Infraero.

#DEM #Ibama #PSL

Bancada ruralista quer murchar Ibama por dentro

8/01/2019
  • Share

A polêmica em torno da demissão antecipada da presidente do Ibama, Suely Araújo, é apenas a ponta mais visível do jogo de tensões que cerca a autarquia neste início de gestão Bolsonaro. A bancada ruralista, mais precisamente Luiz Antonio Nabhan, novo secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, está levando ao governo a bandeira de esvaziamento gradativo do Instituto.

O enfraquecimento do órgão se daria em consequência de três propostas defendidas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), de onde saiu a própria ministra Tereza Cristina: licenciamento automático, sem necessidade de análise prévia, desregulamentação ambiental e um programa batizado de “Ibama Digital”, que prevê a informatização de todos os processos da autarquia. Este último abriria espaço para uma considerável redução do quadro de funcionários do Instituto. Ressalte-se que não há nada decidido pelo lado do Palácio do Planalto, apesar da pressão de Nabhan, que joga o pleito na conta da contrapartida pelo apoio da bancada ruralista à aprovação da reforma da Previdência.

O Secretário traz a reboque o peso da União Democrática Ruralista (UDR), da qual é presidente. A carga é forte. Assim que a nova Legislatura for iniciada, integrantes da Frente da Agricultura deverão intensificar os ataques ao Ibama, inclusive revezando-se na tribuna do Congresso. Não por acaso, há uma forte preocupação dos ambientalistas e entre o corpo técnico da autarquia, potencializada pela indicação de Eduardo Fortunato Bim para presidência do Instituto. Não obstante ter atuado na Procuradoria da AGU no Ibama, Fortunato é visto como um forasteiro, que teria a missão de esvaziar a autarquia por dentro.

#Ibama #Jair Bolsonaro

Ibama fecha o cerco a desmatadores

23/08/2018
  • Share

O Ibama e o Ministério Público Federal (MPF) ensaiam uma nova investida sobre produtores rurais e tradings agrícolas suspeitas de desmatamento ilegal. O alvo agora é a Região Centro-Oeste. Este tipo de operação costuma doer na reputação e no bolso dos envolvidos. Em maio, o Ibama aplicou mais de R$ 105 milhões em multas contra empresas acusadas de desmatamento no Maranhão, Tocantins e Piauí. Entre as empresas punidas estavam Bunge e Cargill.

#Ibama

A malha fina do Ibama

4/06/2018
  • Share

O Ibama está com o dedo no gatilho, prestes a disparar mais uma saraivada de multas por desmatamento ilegal, desta vez no Centro Oeste. Recentemente a autarquia puniu um grupo peso-pesado de empresas do agronegócio, entre os quais Bunge e Cargill, em mais de R$ 100 milhões pela devastação de terras nos estados do Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.

#Bunge #Cargill #Ibama

“Fast track” ambiental

30/06/2017
  • Share

O governo vai editar uma Medida Provisória que matará de raiva ambientalistas e burocratas do Ibama e das Feemas e, ao mesmo tempo, fará o gáudio dos investidores, notadamente os de infraestrutura. A MP determina que, se após determinado prazo o projeto não tiver um laudo de avaliação, ele será automaticamente aprovado. A iniciativa faz parte de uma costura mais extensa de medidas microeconômicas feita pelos ministros Moreira Franco e Dyogo Oliveira. Ela é uma das âncoras do Plano Avançar, que muito bem poderia se chamar de “Acelerar”, pois carece de projetos novos e tem por objetivo único fazer com que as obras com término previsto para 2018 sejam efetivamente concluídas no próximo ano. A “MP não atrapalha meio ambiente”, confirme foi apelidada nos gabinetes de Brasília, pode parecer inspirada no antiambientalismo de Donald Trump, mas, na verdade, vai ao encontro de um pleito antigo dos empresários: acabar com as operações-tartaruga na área ambiental do governo. Há projetos de infraestrutura que estão 15 anos atrasados devido às idiossincrasias da burocracia ambientalista.

#Ibama

A sina da Petrobras

7/06/2017
  • Share

Quando não é o TCU, é o Ibama que cruza o caminho da Petrobras. Pendências de ordem ambiental podem melar a venda da fábrica de fertilizantes nitrogenados de Três Lagoas (MS) para a Sinopec. O mais doloroso é que os chineses já toparam retomar as obras, paradas há três anos, e pagar as dívidas com fornecedores, de R$ 40 milhões.

#Ibama #Petrobras #Sinopec

Justiça desmonta antigo latifúndio de Cecílio Almeida

5/10/2016
  • Share

  Após duas décadas de disputas jurídicas entre a CR Almeida e o Ministério Público Federal do Pará (MPFPA), Incra, Ibama e Iterpa (Instituto de Terras do Pará), o polêmico império fundiário montado pelo empreiteiro Cecílio do Rego Almeida na Floresta Amazônica está se esfarelando. Dos seis milhões de hectares reclamados pela Incenxil e pela Amazônia Projetos Ecológicos – ambas controladas pelos herdeiros do empresário, morto em 2008 –, cerca de cinco milhões de hectares tiveram os seus títulos de terra definitivamente anulados pela Justiça. A 9 a Vara Federal de Belém determinou a retomada da Fazenda Curuá, localizada na Terra do Meio, região central do Pará. O processo (nº 0044157-81.2010.4.01.3900) já transitou em julgado, portanto não cabem mais recursos. A Justiça entendeu que Cecílio forjou documentos para se apropriar ilegalmente de uma área equivalente ao tamanho da Holanda e da Bélgica juntas – um colosso que rendeu ao empreiteiro a alcunha de “maior grileiro do mundo”. Procurada pelo RR, a CR Almeida não quis se pronunciar.  Cecílio do Rego Almeida construiu uma trajetória empresarial cercada de névoas, episódios controversos e acusações de diversas naturezas que lhe foram imputadas – da grilagem de terras ao hábito de grampear tanto desafetos como sócios. Ao morrer, deixou para os seis filhos um patrimônio, a números de hoje, de aproximadamente R$ 10 bilhões. São participações na construção civil, em concessões rodoviárias, ativos imobiliários e terras, muitas terras. Deixou também um rastro de contenciosos que ainda hoje acompanham a CR Almeida. No caso do escândalo na Amazônia, o grupo responde ainda a uma ação penal por desmatamento na terra grilada – processo nº 2008.39.03.000970-1, em tramitação na Vara de Altamira.  A derrota já está consumada com a perda da fazenda Curuá, mas os herdeiros de Cecílio do Rego Almeida ainda tentam sair deste episódio com alguns dobrões. Há outros dois processos em curso na 9 a Vara de Belém relacionados ao caso, estes movidos pelas subsidiárias da CR Almeida. A Incenxil entrou com uma ação contra a União (nº 0025750-27.2010.4.01.3900). A empresa exige uma indenização por supostas benfeitorias em terras indígenas que foram devolvidas às tribos locais como condicionante do processo de licenciamento ambiental da usina de Belo Monte. Como a fraude cartorial que deu origem à grilagem de terras pela Incenxil já foi comprovada, o MPF-PA requereu o bloqueio de qualquer pagamento à empresa, mas a conclusão do caso ainda depende de perícia judicial. Situação semelhante envolve a Amazônia Projetos Ecológicos, que também pleiteia indenização por melhorias na Terra Indígena Apiterewa, na mesma região. O processo (nº 0026162-55.2010.4.01.3900) também está parado à espera de laudos periciais. Segundo o RR apurou, a expectativa dos procuradores é que as duas ações sejam julgadas em, no máximo, um ano.

#Amazônia Projetos Ecológicos #Cecílio do Rego Almeida #CR Almeida #Ibama #Incenxil #Incra

Temer mete a colher na sopa de letras do setor elétrico

21/09/2016
  • Share

  O presidente Michel Temer autorizou seu ministro-chefe do Gabinete Civil, Eliseu Padilha, a mexer em toda a estrutura decisória do setor elétrico. O motivo é mais do mesmo, ou seja, a fragilidade do governo federal frente à própria burocracia do Estado, que paralisa quando bem entende as obras das grandes usinas hidrelétricas – o último exemplo foi o arquivamento da licença ambiental da usina de São Luiz do Tapajós. A primeira mudança será no perfil de atuação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até então restrita à realização de estudos sobre o setor. A EPE agora vai planejar e entregar o pacote de medidas pronto para ser aprovado. A principal atividade da estatal, a confecção do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), não terá mais um caráter sugestivo e indicativo de novas usinas. Ele passará a ter a força de uma decisão governamental do que deverá ser feito para expandir o parque gerador do país. Padilha terá de tourear um lobby intragovernamental dos outros órgãos, a exemplo do Ibama e do ONS, que pretendem indicar representantes no futuro conselho consultivo da EPE. A preocupação é não contaminar a decisão com a diversidade de participantes, alguns deles os principais criadores de caso do setor elétrico, como o Ibama. Dessa forma, haverá menos arestas para aparar na aprovação final do Plano Decenal pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).  O CNPE também será alvo de mudanças. É a instância maior das políticas do setor, constituído por uma miríade de 14 membros, sendo nove ministros. Atualmente os membros do Conselho têm a prerrogativa de alterar os estudos da EPE e até mesmo retirar empreendimentos. No novo formato, o CNPE terá um poder menor de ingerência, na medida em que suas decisões serão tomadas em relação ao bloco de medidas, e não uma intervenção pontual, o que atrasa as decisões, transformando a instituição em uma espécie de assembleia. As alterações visam reduzir drasticamente o tempo entre a elaboração do projeto e a licitação das usinas. O CNPE deverá ter ainda a sua composição ampliada com um representante da sociedade civil especialista em meio ambiente, escolhido a dedo pelo Gabinete Civil. O que está em jogo é a construção encruada de dez usinas hidrelétricas na Amazônia, com potencial de geração de 30 mil megawatts e investimentos de R$ 35 bilhões, suficientes para garantir a expansão da oferta por quatro anos, sem contar com qualquer outra fonte de energia elétrica.

#Eliseu Padilha #Ibama #Michel Temer #Usina hidrelétrica

Luz amarela

12/08/2016
  • Share

 Engana-se quem pensa que a decisão do Ibama de arquivar o licenciamento da hidrelétrica do Tapajós enterrou o projeto de vez. Para todos os efeitos, a área de Minas e Energia tirou a usina do seu planejamento estratégico. Mas uma alta fonte do Ministério informou ao RR que há uma carta chinesa capaz de virar o jogo.

#Ibama #Ministério de Minas e Energia

Fast track para tirar a agenda presidencial do limbo no Congresso

29/06/2016
  • Share

 Michel Temer quer aprovar com a maior celeridade possível um projeto de lei criando um mecanismo de fast track, leia-se um sistema para a votação sumária no Legislativo de propostas consideradas de grande interesse nacional. Trata-se de um movimento fundamental para um presidente que terá, no máximo, mais dois anos e meio de mandato. Domar o timing parlamentar é visto pelo Planalto como condição sine qua non para a aprovação, no período que vai até 2018, de projetos de alta complexidade política, como a reforma da Previdência e a viabilização de novos empreendimentos na área de infraestrutura. Um modelo que poderia ser adotado é o novo regime de fast track implantado no Congresso norte-americano para a votação de acordos comerciais. Desde o ano passado, a Câmara e o Senado não podem mais apresentar emendas a projetos nesta área encaminhados pelo Executivo. No Congresso brasileiro, já virou praxe uma proposta ir a plenário deformada por um penduricalho de adendos. O recorde pertence ao Projeto de Lei nº 8.035/2010, que criou o Plano Nacional de Educação. Ao ser votado, somava 2.915 emendas.  Independentemente do modelo que vier a ser adotado para o fast track, é consenso no governo que, como está, não dá mais. Um exemplo específico é a proposta de José Serra para extinguir a participação obrigatória da Petrobras nos campos do pré-sal. Às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff, Temer tratou do assunto como prioridade absoluta em suas elucubrações pré- presidenciais. Pedro Parente assumiu o comando da Petrobras com a promessa de Temer de mudança na lei, considerada fundamental para o deslanche do pré- sal. E, ainda assim, o projeto praticamente não andou no Senado. Hoje, nas mais otimistas projeções do governo, ele só entrará na pauta de votação em aproximadamente 120 dias.  No caso da área de infraestrutura, o governo parte da premissa de que não adianta estipular um prazo máximo para a aprovação de um determinado procedimento por um órgão técnico, como o Ibama, se o próprio Congresso tem a prerrogativa de barrar ou acelerar um projeto como bem quiser. A Câmara dos Deputados, por exemplo, tem uma hierarquia para a tramitação de projetos, dividida em três níveis: ordinário (votação em até 40 sessões em cada uma das comissões), prioridade (10 sessões para cada comissão) e urgência (máximo de cinco sessões, com andamento simultâneo nas comissões). O fast track, que é definido como uma transferência de competência ou outorga de poder, desbastaria camadas de resistência parlamentar. Mas há quem diga que boas ideias de caráter administrativo, muitas vezes consideradas estratégicas para a obtenção de resultados, não raras vezes são péssimas iniciativas sob o ângulo da perspectiva democrática. Espera-se que não seja o caso.

#Ibama #Michel Temer #Petrobras

Todos os direitos reservados 1966-2024.