Tag: Ministério do Meio Ambiente


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Governo

O clima entre Marina Silva e Alexandre Silveira não é dos melhores

24/09/2024
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A definição do nome que comandará a Autoridade Climática está provocando fissuras interministeriais. A informação em Brasília é que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem trabalhado pela escolha do cientista Carlos Nobre, um dos mais respeitados climatologistas do país. A indicação, no entanto, enfrenta forte resistência por parte do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e, principalmente, do titular de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Entre os cientistas, Nobre é a principal voz no Brasil contra a exploração da Margem Equatorial. Ou melhor, de qualquer margem. O climatologista já disse que o país não deveria abrir mais nenhum novo poço de petróleo.

#Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Destaque

Exploração de fosfato na Amazônia é a “Margem Equatorial” da vez

1/07/2024
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Há um espécie de “Margem Equatorial” na área de fertilizantes, que está provocando um bate-cabeça entre diferentes instancias de Poder. O Ministério Público Federal se mobiliza para conter, judicialmente, a extração de potássio em uma grande faixa territorial na Amazônia em torno de Autazes (AM). Há informações de que o MPF avalia, inclusive, levar o caso à Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A alegação é que as comunidades indígenas e quilombolas da região não foram consultadas previamente sobre os projetos minerais, conforme determina a Convenção 169 da OIT. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se opõe à extração de potássio em Autazes, como de costume criando fricção com outros integrantes do governo. A começar pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defensor dos projetos na região.

Aqui o paralelo com a Margem Equatorial ganha ainda mais sentido pela onipresença da Petrobras: Silveira vislumbra a fronteira de potássio de Autazes como um lócus potencial para a retomada dos investimentos da companhia da área de fertilizantes.

O Brasil tem uma dependência praticamente absoluta das importações de potássio, que respondem por mais de 95% do consumo interno. Autazes é a maior possibilidade já colocada do país reduzir esse dramático déficit.

Nesse caso específico, os embates entre diferentes esferas do Estado têm um agravante. Diferentemente da Margem Equatorial, a ofensiva do MPF e da ministra Marina Silva mira em projetos já aprovados por autoridades da área do meio ambiente, ainda que em nível estadual. É o caso do megaempreendimento da Potássio do Brasil, empresa controlada por uma miríade de fundos de investimentos dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, entre os quais CD Capital, Sentient Equity Partners e Forbes & Manhattan Barbados. Orçado em mais de US$ 2,5 bilhões, o chamado “Projeto Autazes” prevê a producao anual de 2,2 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano. Em maio, o MPF solicitou à Justiça a paralisação de todas as atividades, não obstante a operação já ter recebido a Licença de Instalação do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).

O Ministério Público recomendou até mesmo à Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que cancelasse o termo de cooperação firmado com a Potássio do Brasil. A investida dos procuradores contra um projeto já aprovado por determinadas instâncias da área ambiental gera automaticamente insegurança jurídica – um “produto” tipicamente brasileiro – e se torna um fator inibitório para novos investimentos na região.

#Margem Equatorial #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Ministério Público Federal

Política

Marina Silva cai na armadilha da CPI das ONGs

20/11/2023
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O convite à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para comparecer na sessão de amanhã da CPI das ONGs, no Senado, causou mal-estar dentro do governo. O alvo de Marina é o ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha. No entendimento da ministra, o governo pouco ou nada se empenhou para brecar o seu comparecimento à CPI, uma “arapuca” atribuída a ação de senadores bolsonaristas, notadamente Damares Alves e Rogério Marinho. Um tema constrangedor deverá ser levantado na sessão de amanhã: o apoio do governo à ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que recebeu R$ 35 milhões do Fundo Amazônia. A oposição levanta suspeições à dupla presença de Marina: a ministra é integrante do Comitê Orientador do Fundo e conselheira honorária do Ipam.

#CPI das ONGs #Damares Alves #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Meio ambiente

Meio Ambiente dá aval para o retorno do Reiq

7/11/2023
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Alívio para a indústria química: segundo o RR apurou na última quarta-feira, véspera do feriado, a ministra Marina Silva assinou a portaria do Ministério do Meio Ambiente necessária para a volta do Reiq. Trata-se do regime tributário especial que prevê isenção de PIS e Cofins para insumos usados pelas empresas de primeira e segunda gerações. A demora da Pasta em publicar a portaria vinha causando mal-estar dentro do governo, notadamente junto ao Ministério da Indústria e Comércio. O retorno do Reiq se deu por gestões diretas de Geraldo Alckmin, que conduziu as negociações com entidades empresariais e sindicatos do setor químico. O decreto foi assinado por Alckmin, então presidente da República em exercício, em 25 de agosto.

#Ministério do Meio Ambiente #Reiq

Destaque

Marina Silva aperta o cerco à Usina de Belo Monte

12/09/2023
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Uma década e meia após o embate que precipitou sua saída do Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva e a Usina de Belo Monte têm um novo “duelo”. Segundo o RR apurou, o Ibama vai impor rigorosas exigências para aprovar a renovação da licença ambiental da hidrelétrica, controlada pela Norte Energia – da qual a Eletrobras é a maior acionista, por meio da Eletronorte e da Chesf. O Instituto já teria identificado mais de 30 irregularidades da usina com impacto ao meio ambiente e à população que vive no seu entorno.

De acordo com um estudo do órgão, são condicionantes – como o termo sugere, requisitos obrigatórios para a operação do empreendimento – que vêm sendo seguidamente descumpridas desde a inauguração da geradora, em 2016. As autoridades apuram, por exemplo, a denúncia de que Belo Monte estariam secando a área conhecida como Volta Grande do Xingu, que engloba extensão de aproximadamente 130 quilômetros do rio. Haveria registros de açodamento de diversos trechos do manancial, com a consequente mortandade de várias espécies de peixe locais, atingindo as quatro etnias indígenas habitantes da região – Kuruaya, Xipaya e Yudjá/Juruna. Além de afetar a pesca, principal atividade econômica desses povos, há relatos de que a redução de peixes na Volta Grande do Xingu pode levar a população local a um quadro de insegurança alimentar.

Ao mesmo tempo, a hidrelétrica teria alagado florestas de igapó próximas à área do reservatório, dizimando parte da vegetação. A própria ministra Marina Silva tem citado a usina de Belo Monte como exemplo negativo de impacto ambiental na Região Amazônica.  

O espaço de negociação que a Norte Energia vinha encontrando dentro do Ministério do Meio Ambiente e consequentemente do Ibama durante o governo Bolsonaro se dissipou. Segundo o RR apurou, em reuniões internas, o próprio presidente do Instituto, Rodrigo Agostinho, próximo a Marina Silva, teria feito críticas contundentes à forma como as gestões anteriores conduziram o processo de renovação da licença de Belo Monte. Entre 2012 e início de 2019, ou seja, nas gestões de Dilma Rousseff e Michel Temer, a usina recebeu um total de R$ 91 milhões em multas do Ibama. Já no governo Bolsonaro, conhecido por deixar a “boiada” passar, o órgão não aplicou uma única penalidade à geradora.

O que se diz no Ministério do Meio Ambiente é que, entre 2019 e 2022, a direção do Ibama foi orientada a ceder em diversas condicionalidades dentro do processo de renovação da licença de Belo Monte. Ressalte-se que a usina vem operando com uma autorização temporária desde novembro de 2021. 

Em contato com o RR, o Ibama confirmou que existem “condicionantes (medidas que devem ser tomadas pelo empreendedor) a serem cumpridas e situações que podem ser melhoradas para que a população da região não seja prejudicada”. Segundo o órgão, o parecer técnico indicou “algumas pendências relativas ao pleno atendimento de condicionantes e solicitou complementações a serem atendidas pelo empreendedor para a emissão da Licença.” O Ibama esclarece que “Parte das informações solicitadas já foram apresentadas pela NESA (Norte Energia) e são objeto de avaliação, no momento. Contudo, ainda não se tem uma data para conclusão das análises.” 

A Norte Energia, por sua vez, garante que “Nenhuma Terra Indígena foi alagada pelo projeto do empreendimento e nenhuma comunidade precisou deixar seu local de origem. Segundo a empresa, “antes de Belo Monte, os indígenas da região eram 2 mil em 26 aldeias, hoje são cerca de 5.096 indígenas em 125 aldeias.”. A companhia afirma que “mantém diálogo permanente, aberto e transparente com os Povos Indígenas do Médio Xingu, que se dá de forma estruturada, respeitosa, inclusiva e participativa por meio de interações diárias mantidas pelo Programa de Comunicação e também de reuniões tripartites, que envolvem a participação de representantes indígenas e do órgão indigenista para discussão e análises das ações em execução.”. No que diz respeito ao manancial do Xingu, Norte Energia assegura que “Não há desvio algum, muito menos irregular. O que há é a aplicação do hidrograma.

É preciso esclarecer que a Norte Energia não estabeleceu ou definiu os hidrogramas de operação da Usina. A quantidade de água (hidrograma) destinada para a Volta Grande do Xingu foi estudada e estabelecida pelo Estado Brasileiro no âmbito do leilão de concessão da UHE.”. Com relação às penalidades já aplicadas pelo Ibama, a empresa diz que “as multas estão sendo discutidas administrativamente e posteriormente podem ser discutidas judicialmente.”

#Chesf #Eletrobras #Eletronorte #Ibama #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Usina de Belo Monte

Governo

Meio Ambiente vira um óbice para a dragagem de Hidrovia

7/08/2023
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Não chega a ser uma “Margem Equatorial”, mas há um novo ponto de atrito dentro do governo envolvendo o Ibama. O ministro dos Portos e Aeroportos, Marcio França, tem feito pressão junto ao Instituto na tentativa de acelerar a licença ambiental para a dragagem da Hidrovia Araguaia-Tocantins. A bancada ruralista cobra de França o que ele não consegue dar: um prazo para o início das obras. A dragagem é fundamental para permitir o uso de embarcações de maior calado no escoamento de grãos tanto do Centro-Oeste quanto da região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O assunto já subiu para a mesa do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, mas as negociações são complexas.  

Em 2022, ainda no governo Bolsonaro, o órgão concedeu licença prévia para a implosão de cerca de 40 quilômetros de pedrais – formações rochosas em leitos fluviais. Com a chegada de Marina Silva ao Ministério do Meio Ambiente, as águas mudaram de direção, e a área técnica do Ibama passou a apontar objeções à obra. Some-se a isso o fato de que, em março, o Ministério Público Federal recomendou ao Ibama a suspensão do licenciamento prévio, indicando uma série de falhas classificadas como “graves” no projeto apresentado pelo DNIT.V vai ter de penar para nadar contra essa correnteza viva chamada Marina Silva. 

#Dnit #Ibama #Marcio França #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Ministério Público Federal

Meio ambiente

Cúpula da Amazônia ganha ares de COP

28/06/2023
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Segundo informações filtradas do Itamaraty, o ministro da Transição Ecológica da França, Christophe Béchu, e a ministra do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha, Steffi Lemke, sinalizaram que devem vir ao Brasil em agosto para participar da Cúpula da Amazônia. O presidente Lula pretende transformar a reunião entre os oito países sul-americanos membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OCTA) em um evento de dimensão global. Já convidou o presidente da França, Emmanuel Macron. Entre outros chefes de estado, está empenhado em trazer também ao Brasil o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz. As tratativas diplomáticas vão se intensificar nas próximas semanas. Mas, no entendimento de assessores de Lula, não poderia haver maior chamamento aos líderes internacionais do que o discurso feito pelo presidente na semana passada, em Paris, em defesa da Amazônia. 

 

#Cúpula da Amazônia #Emmanuel Macron #Lula #Ministério do Meio Ambiente

Destaque

Margem Equatorial é um falso dilema para o governo

26/05/2023
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O imbróglio da Margem Equatorial é uma “Escolha de Sofia que já está escolhida”. O Palácio do Planalto não vai recuar. Muito pelo contrário. O governo Lula está decidido a fazer o que for necessário para levar adiante os projetos da Petrobras na região. A decisão vai muito além da esfera corporativa. Trata-se de um assunto de Estado, conduzido a partir de um forte cálculo político e de um aguçado senso de oportunidade. É como se dois raios tivessem caído no mesmo lugar, ou melhor, na gestão do mesmo presidente da República. Em termos potenciais, a Margem Equatorial está para o Lula III como o pré-sal para o Lula I e II. A nova fronteira petrolífera do Brasil tem reservas estimadas em 30 bilhões de barris, segundo estudo da CBIE Advisory, do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Ou seja: o triplo das reservas já comprovadas do pré-sal.  

Entre os prós e contras que pesam na balança, o governo Lula vislumbra um saldo político positivo. A preocupação agora é administrar as possíveis perdas. O Palácio do Planalto sabe que precisa endurecer para tirar petróleo da Margem Equatorial, mas sem perder a ternura em pontos chave. A questão é como mitigar a desmoralização do Ibama; como encaixar a “operação fura-poço” na Amazônia sem perder a franquia do discurso de preservação ambiental; como não diluir o prestígio internacional de Lula nessa área. E, de alguma forma, tão ou mais importante: como acomodar Marina Silva, que, junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, forma a tríade dos ministros indemissíveis, tamanho o desgaste político que a saída de qualquer um da respectiva Pasta traria. Marina é um fator de risco, vide o track records: no primeiro governo Lula deixou o Ministério do Meio Ambiente por não concordar com a “Margem Equatorial” da ocasião, leia-se a construção da Usina de Belo Monte. Ainda assim, há sinais, neste momento, de uma maior adaptabilidade de Marina às circunstâncias políticas. São sintomáticas, por exemplo, as suas declarações de que o Congresso tem poder demais e é o maior responsável pelo desmonte dos órgãos ambientais. É como se a ministra estivesse calculadamente desviando o foco do Planalto e do próprio presidente Lula para o Legislativo.  

De toda a forma, há uma dissintonia no governo Lula. Em vários aspectos, a teoria e a prática não dialogam, com colisões entre diferentes iniciativas e políticas. É o caso, por exemplo, das medidas anunciadas ontem para a produção de veículos populares. Não há dúvidas de que a indústria como um todo precisa de airbags, sobretudo um setor que, apesar de toda a tecnologia, ainda é intensivo em emprego, como o automobilístico. No entanto, é no mínimo um contrassenso de que um governo que se diz tão comprometido com a transição energética e a causa ambiental estimule a produção de automóveis em vez de fomentar soluções de mobilidade no transporte coletivo.  

De qualquer forma, essa questão é apenas um detalhe, algo infinitamente inferior frente ao problema maior da Margem Equatorial. Trata-se de um assunto de razoável peso institucional, capaz de gerar uma eventual crise interministerial e de desarticular um núcleo duro desse governo representado na figura da ministra Marina Silva.  

#Lula #Margem Equatorial #Ministério do Meio Ambiente #Palácio do Planalto #Petrobras #Usina de Belo Monte

Destaque

Governadores cobram de Marina Silva o sinal verde para a Petrobras na Margem Equatorial

15/05/2023
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A dificuldade da Petrobras em obter as licenças ambientais para a Margem Equatorial deflagrou uma “rebelião” federativa. O RR apurou que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), está liderando uma articulação política em bloco com o objetivo de pressionar o Ibama a liberar a autorização. A coalizão inclui ainda os governadores do Maranhão, Amapá e Rio Grande do Norte – respectivamente Carlos Brandão Junior (PSB), Clecio Luis (Solidariedade) e Fátima Bezerra (PT). De acordo com a fonte do RR, Barbalho vem tratando diretamente do assunto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva – inclusive, durante a recente passagem de ambos na China.  

Trata-se de uma negociação delicada. O imbróglio com o Ibama antecede a gestão de Marina – é algo que se arrasta há mais de três anos. No entanto, a ministra não se mostra muito simpática às atividades de exploração e produção na Margem Equatorial, notadamente na Bacia Amazônica. Marina já disse textualmente que olha para extração de petróleo na Foz do Amazonas “do mesmo jeito que olhei para Belo Monte”. Não se trata de um bom prenúncio para a Petrobras e os governadores interessados na questão, a julgar pela resistência de Marina à construção da hidrelétrica durante sua primeira passagem pelo Ministério do Meio Ambiente.

Os quatro governadores discutem ainda a possibilidade de um manifesto público como forma de sensibilizar as autoridades ambientais. A ideia é bater na tecla dos investimentos e dos postos de trabalho que estão deixando de ser gerados com a demora na liberação da licença pelo Ibama. Apenas em royalties, os quatro estados estimam que as perdas anuais passam dos R$ 2 bilhões. Assim como Barbalho, Fátima Bezerra dá uma dimensão e um peso maiores ao pleito. Entre os chefes de governo estaduais, trata-se de um dos nomes mais influentes junto ao presidente Lula. Basta lembrar que Fátima coordenou a campanha presidencial de 2022 no Nordeste. Além disso, a governadora potiguar é umbilicalmente próxima do próprio Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. Prates era o suplente de Fátima no senado e herdou sua cadeira quando ela assumiu o governo do Rio Grande do Norte. 

#Belo Monte #Helder Barbalho #Ibama #Margem Equatorial #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Petrobras

Meio ambiente

Marina Silva quer barrar trigo transgênico no Brasil

4/04/2023
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem feito gestões no governo para brecar a liberação do cultivo do trigo transgênico HB4 no Brasil. Em última instância, a decisão cabe ao Conselho Nacional de Biossegurança, órgão de assessoramento da própria Presidência da República. O colegiado deverá se reunir ainda nesta semana para referendar ou não a decisão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que aprovou o plantio da semente no país. Marina verbaliza, ou melhor, potencializa dentro do governo a voz de ambientalistas, que pressionam pela proibição ao trigo geneticamente modificado. A semente transgênica é resistente ao glufosinato de amônio, um agrotóxico 15 vezes mais tóxico do que o glifosato e proibido na União Europeia por ser nocivo à saúde. Significa que a planta e consequentemente a farinha de trigo produzida a partir do HB4 podem conter resíduos da substância.

#Comissão Técnica Nacional de Biossegurança #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Política

Governo Lula vira concessão de parques ambientais de pernas para o ar

17/03/2023
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O RR apurou que o governador do Ceará, Elmano Freitas, manifestou ao presidente Lula e à ministra Marina Silva o interesse do estado em assumir a concessão do Parque Nacional do Jericoacara. O governo federal não apenas cancelou a licitação da unidade de conservação como deve suspender todo o plano de desestatizações do setor herdado da gestão Bolsonaro – conforme o RR antecipou

A importância do eventual acordo com Elmano Freitas extrapola as fronteiras do Ceará. A transferência do ativo pode servir de modelo para outros casos similares. No Ministério do Meio Ambiente, segundo a mesma fonte, já se discute até mesmo a possibilidade de uma gestão compartilhada entre União e estado. A recém-criada Secretaria de Bioeconomia e Recursos Genéticos, inclusive, já recebeu a missão de desenvolver projetos voltados ao aproveitamento bioeconômico dessas áreas. 

Há ainda casos delicados nesse terreno, que triscam a segurança jurídica. O governo federal, por exemplo, tem flertado com a ideia de anular a licitação do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, realizada no apagar das luzes do mandato de Jair Bolsonaro, em 22 de dezembro do ano passado. O leilão foi vencido pelo Parques Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura, ligado ao Banco Daycoval. O próprio governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, já formalizou ao governo Lula o interesse em assumir a concessão da unidade.  

#Lula #Ministério do Meio Ambiente #Parque Nacional do Jericoacara #Secretaria de Bioeconomia

Meio ambiente

Canadá e Austrália são os próximos “sócios” do Fundo Amazônia

27/02/2023
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O RR apurou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deverá anunciar em breve a entrada de novos financiadores no Fundo Amazônia. De acordo com a mesma fonte, há negociações para que Canadá e Austrália também façam aportes. Além da Alemanha e da Noruega, integrantes originais da iniciativa, nas últimas semanas Estados Unidos, França e Espanha já sinalizaram a intenção de contribuir com o Fundo da Amazônia. No Ministério do Meio Ambiente, a estimativa é que as novas doações internacionais passem do equivalente a R$ 1 bilhão – hoje, o Fundo tem aproximadamente R$ 5,4 bilhões em recursos disponíveis.

#Fundo da Amazônia #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Destaque

Marina Silva prepara um plano nacional contra emissão de poluentes

8/02/2023
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, planeja criar uma espécie de plano nacional para a redução das emissões de poluentes no Brasil. Marina pretende envolver diretamente os governadores e secretários estaduais de Meio Ambiente nas discussões e na elaboração de um programa de ações integrado. O objetivo é discutir iniciativas específicas para cada região, com base nas características locais – principais atividades econômicas, níveis de emissões, microclima etc. De quebra, ao dividir a faina com os estados, Marina espera também comprometer os governadores com a execução das medidas e o cumprimento de metas.  

Dentro do Ministério, o plano é visto como fundamental para o Brasil atingir a ousada meta de reduzir suas emissões de carbono à metade até 2030. A ideia de Marina Silva e de sua equipe é avançar algumas jardas em relação à Política de Qualidade do Ar e o Programa Nacional de Controle do Ar, lançados pela Pasta do Meio Ambiente no ano passado. São boas ideias que ainda não tiveram o tempo necessário para maturar. Marina pretende ainda acelerar a realização de um inventário nacional de emissões atmosféricas, algo como um mapa da poluição no Brasil. De antemão, há algumas regiões que causam maior apreensão no Ministério. A Amazônia nem “conta”: com suas queimadas, é hors concours. Um dos estados que mais causa preocupação é o Maranhão. São Luís virou praticamente a capital do efeito estufa no Brasil: na média, joga por dia na atmosfera cerca de 800 microgramas de dióxido de carbono por metro cúbico – a medição é feita a cada 12 minutos por cinco estações. O padrão máximo tolerado é de 125 microgramas por metro cúbico na média diária. O Distrito Industrial da capital maranhense é um dos adversários da qualidade do ar na cidade, a começar pela térmica a carvão da Eneva, instalada no complexo. 

#Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Política

Procura-se um lugar para Izabella Teixeira no governo

24/01/2023
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O governo Lula ainda busca uma posição “executiva” para Izabella Teixeira, que, em certo momento, chegou a estar cotada para reassumir o próprio Ministério do Meio Ambiente. Uma das hipóteses aventadas é indicá-la como representante permanente do Brasil junto ao PNUMA, o Programa de Meio Ambiente da ONU, posto tradicionalmente ocupado por um diplomata de carreira. Ela acumularia a função com a cadeira no Conselho de Administração do BNDES. Anteriormente, assessores de Lula chegaram a cogitar a nomeação de Izabella para um cargo na estrutura de poder do Ministério do Meio Ambiente, como o comando do Ibama, ou para o Conselho do Amazônia. No entanto, o relacionamento entre a ex-ministra e Marina Silva é meramente protocolar. Ambas têm diferenças históricas que dificultariam a coabitação.

#Izabella Teixeira #Ministério do Meio Ambiente

Política

O nome de Marina para o Conselho da Amazônia

16/12/2022
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O ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, que integra a equipe de transição, ganhou força nos últimos dias para assumir o Conselho da Amazônia. Sua indicação tem a simpatia de Marina Silva, mais forte candidata a assumir o Ministério do Meio Ambiente. Galvão foi demitido do comando do Inpe pelo presidente Jair Bolsonaro por divulgar dados do desmatamento da Amazônia.  

#Conselho da Amazônia #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Meio ambiente

Garimpo ilegal de ouro dispara na Amazônia

7/12/2022
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Um estudo produzido por ONGs e encaminhado a Marina Silva, nome mais cotado para o Ministério do Meio Ambiente, aponta que a produção ilegal de ouro na Amazônia vai fechar o ano com crescimento superior a 35%. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, em 2021 o garimpo clandestino na região subiu “apenas” 25%. A estimativa é que aproximadamente 43 toneladas do metal foram extraídas do bioma amazônico de forma ilegal. Esse volume equivale à quase metade da produção oficial de ouro no Brasil. 

#Amazônia #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Meio ambiente

O custo do carvão em Santa Catarina

30/11/2022
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Uma pequena herança maldita do governo Bolsonaro que cairá no colo do próximo ministro de Meio Ambiente, ou seja, possivelmente de Marina Silva: segundo o RR apurou, o Serviço Geológico do Brasil estima em R$ 51 milhões o valor que terá de ser gasto para a recuperação de 100 hectares de terras em Santa Catarina duramente atingidos pela extração de carvão no estado. Uma inspeção do órgão constatou que não é apenas a superfície que está comprometida. Rios e córregos também foram afetados. O trabalho inicial levará cinco anos para ficar concluído. O governo Bolsonaro nada fez para conter o estrago ambiental causado pela extração carbonífera. Pelo contrário. Entre outros afagos ao setor, sancionou um projeto de lei prorrogando até 2040 a contratação de energia do Complexo Jorge Lacerda, composto por três térmicas a carvão em Santa Catarina. 

#Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Destaque

Marina propõe fundo multilateral para a Amazônia

28/11/2022
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Marina Silva, principal candidata ao Ministério do Meio Ambiente, levou à equipe de transição a ideia de criação de um fundo multilateral para a proteção da Floresta Amazônica. A iniciativa envolveria os seis países que formam a chamada Amazônia Legal, ou seja, Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela. Além de ações de combate ao desmatamento, o fundo seria voltado a financiar projetos sustentáveis na região, do manejo de florestas a investimentos ecossociais, como o apoio a agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais do bioma. Ou seja: o foco não seria apenas o da preservação ambiental, mas também o de estimular a economicidade dos recursos amazônicos, contemplando as sinergias de cada país e mesmo investimentos conjuntos.  

Nesse sentido, portanto, a proposta formulada por Marina Silva vai além da ideia apresentada recentemente pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que sugeriu a criação de um bloco dos países amazônicos especificamente para combater as queimadas. O fundo seria ainda aberto a doações de outros países de fora da região, em um modelo similar ao Fundo Amazônia – este restrito a ações no território brasileiro. Na esteira da forte repercussão causada pela participação de Lula na COP27, a ideia é que o petista se encontre com presidentes dos demais países da Amazônia Legal antes mesmo da posse para discutir a proposta.   

#Amazônia legal #COP27 #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente


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Índios cobram indenização

12/04/2022
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Em meio ao polêmico projeto que libera a mineração em terras indígenas, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) pressiona o governo. A entidade, vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cobra que a Funai e o Ministério do Meio Ambiente assumam a recuperação de territórios demarcados atingidos pelo garimpo ilegal e pela exploração de madeira irregular. O Cimi já enviou à Funai um relatório com um minucioso mapeamento dos danos ambientais nas principais reservas indígenas do país, notadamente na Amazônia.

#Conferência Nacional dos Bispos do Brasil #Conselho Indigenista Missionário #Funai #Ministério do Meio Ambiente


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Amazônia em brasas

30/03/2022
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Circula nos gabinetes do Ministério do Meio Ambiente um estudo que está causando certa celeuma na Pasta. Produzido por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, de São Paulo, e da Universidade Federal do Acre, o relatório revela um número preocupante sobre a devastação florestal no estado. Do total de queimadas registradas no Acre em 2021, 42% corresponderam a novos desmatamentos. Ou seja: regiões de floresta nativa ainda não atingidas anteriormente. Esse dado confronta o discurso do governo de que as ações de combate a queimadas na Amazônia têm impedido o avanço do desmatamento ilegal sobre novas áreas.

#Ministério do Meio Ambiente #São Paulo #Universidade Federal do Acre


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Leilão de parques

3/12/2021
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O Ministério do Meio Ambiente está embalando um novo pacote de concessões de parques nacionais. As joias da coroa seriam os Lençóis Maranhenses e a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso.

#Ministério do Meio Ambiente


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Brasil caminha para ser uma ilha na certificação florestal

2/12/2021
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Uma das primeiras respostas do Brasil à COP26 vem ao melhor estilo de Jair Bolsonaro, na contramão do mundo. O Inmetro pretende abdicar do status de representante brasileiro do Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC). Trata-se do maior programa de certificação de ativos florestais do mundo, adotado em quase toda a Europa.

O Instituto passará a usar o Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor), um selo made in Brazil, por ora não referendado por nenhuma grande potência internacional. Entre os exportadores de madeira, existe uma preocupação de que, sem o selo PEFC, o produto brasileiro tenha dificuldade de inserção nos principais mercados globais. Pária na saúde, no meio ambiente, nos direitos humanos, o Brasil corre o risco de se tornar também um excluído no setor madeireiro.

Ressalte-se que o país tem hoje uma posição de destaque nesse mercado. Em uma década, as exportações de madeira saltaram de apenas dez mil toneladas para mais de um milhão de toneladas/ano. Entre os principais compradores figuram Estados Unidos, França, China e Holanda. Consultado pelo RR, o Instituto informou que “aguarda o posicionamento do Ministério do Meio Ambiente, a quem consultou prioritariamente, sobre a substituição como representante brasileiro no PEFC. Somente depois da análise e avaliação do Ministério sobre os impactos dessa medida, o Inmetro tomará as providências necessárias sobre o assunto.” E o que pensa o Ministério do Meio Ambiente sobre o assunto? Por ora, silêncio: procurada pela RR, a Pasta não se pronunciou.

#COP26 #Jair Bolsonaro #Ministério do Meio Ambiente


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Cinzas da Mata Atlântica chegam à COP26

4/11/2021
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Nem só de devastação da Amazônia vive o governo Bolsonaro. Segundo informação que circula no Ministério do Meio Ambiente, em meio à COP26 entidades do terceiro setor cogitam lançar um manifesto contra a gestão federal para a Mata Atlântica. Uma das instituições à frente da iniciativa seria a própria SOS Mata Atlântica. O gatilho para a mobilização são os dados alarmantes de recente estudo feito pela própria ONG em parceria com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais). Segundo o levantamento, a devastação da Mata Atlântica cresceu em 10 dos 17 estados que compõe o bioma. Em São Paulo e no Espírito Santo, a área devastada no biênio 2020/21 subiu 400% na comparação com 2018/19.

#INPE #Ministério do Meio Ambiente


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Deu cupim nas exportações de madeira

13/09/2021
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Grandes empresas do setor madeireiro bateram à porta do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Pedem uma solução para a liberação de toneladas de madeira que se acumulam em portos brasileiros, à espera de aval do Ibama para a sua exportação. O prejuízo é calculado em mais de R$ 90 milhões, entre taxas portuárias e multas contratuais.

#Ibama #Ministério do Meio Ambiente


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Agrotóxicos ganham fast track do governo

10/09/2021
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O governo está elaborando um decreto com o objetivo de flexibilizar as regras para a produção e comercialização de agrotóxicos no país. As propostas vêm sendo discutidas entre a Casa Civil e os Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente. Segundo o RR apurou, uma das medidas em estudo é a permissão para a venda de defensivos agrícolas sem registro definitivo do Ministério da Agricultura, notadamente ao segmento de agricultura familiar. O governo pretende também reduzir as exigências para a homologação de agrotóxicos genéricos.

As mudanças teriam como objetivo facilitar o acesso do pequeno produtor rural a insumos mais baratos e também desburocratizar o setor. Em média, um pedido de registro de agrotóxico no Brasil fica até dez anos na fila de espera dos órgãos responsáveis, entre eles o Ministério da Agricultura e a Anvisa. Mesmo com toda a burocracia, em 2020, o Brasil aprovou o registro de 493 novos agrotóxicos, quase todos genéricos (480). Nunca antes na história desse país um governo autorizou a homologação de um número tão grande de defensivos agrícolas.

Em média, em seus dois primeiros anos, a gestão Bolsonaro liberou 483 novos registros por ano. Na década anterior, essa média não passou de 208 novos produtos liberados por ano. Hoje, quase um terço dos defensivos comercializados no Brasil foi aprovado no governo Bolsonaro.

No momento, o projeto está sob análise da Casa Civil e da Secretaria de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência. Segundo a mesma fonte, o objetivo do governo é publicar o decreto até novembro. Procurada pelo RR, a Casa Civil confirmou que analisa “propostas de melhorias nos critérios de registro de produtos formulados de agrotóxicos e afins genéricos”. Os estudos miram também o mercado externo. A Casa Civil informou que analisa também mudanças nos “procedimentos de registro para exportação de pré-misturas, agrotóxicos e afins”. O RR consultou ainda os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, que não se manifestaram.

#Anvisa #Casa Civil #Ministério da Agricultura #Ministério do Meio Ambiente


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O tempo fechou no Meio Ambiente

8/09/2021
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O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Alvaro Leite, enfrenta uma crise interna corporis. Segundo o RR apurou, servidores do Ibama no Acre estariam ameaçando entrar em greve. A paralisação seria motivada por pressões políticas para a concessão das licenças ambientais à construção de uma linha de transmissão entre as cidades de Feijó e Cruzeiro do Sul. Há cerca de duas semanas, o governador do Acre, Gladson Camelli, esteve com Joaquim Leite para tratar do tema. Procurados pelo RR, o Ministério do Meio  Ambiente e o Ibama não se pronunciaram.

#Ibama #Ministério do Meio Ambiente


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Mourão no banco de reservas

1/07/2021
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Jair Bolsonaro vem sendo aconselhado a reforçar o time brasileiro que participará da Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP26), em novembro. O reforço em questão seria a escalação do general Hamilton Mourão, comandante do Conselho da Amazônia, ao lado do novo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite. A julgar pela distância cada vez maior entre Bolsonaro e Mourão, trata-se de uma hipótese pouco provável.

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro #Ministério do Meio Ambiente


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Aviso aos navegantes

3/05/2021
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O Ministério do Meio Ambiente de Ricardo Salles, às vezes, tem utilidade. A Pasta deverá emitir, em breve, alerta às empresas que utilizam hidrovias para que antecipem embarques, notadamente de grãos. Há previsão de uma estiagem rigorosa nas regiões Centro-Oeste e Norte, de maio a dezembro, o que pode gerar problemas de navegabilidade em diversos rios.

#Ministério do Meio Ambiente #Ricardo Salles


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Os pais adotivos da Amazônia

24/02/2021
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O nome da Natura circula no Ministério do Meio Ambiente como uma das próximas empresas a aderir ao “Adote um Parque”. Trata-se do programa criado pelo governo para o patrocínio privado a áreas de preservação ambiental da Amazônia. O Carrefour foi a primeira companhia a se engajar na iniciativa. Os franceses vão investir cerca de R$ 4 milhões ao ano.

#Ministério do Meio Ambiente #Natura


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A floresta é um detalhe

13/01/2021
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O Ministério do Meio Ambiente requisitou ao Serviço Florestal Brasileiro, órgão vinculado à Pasta da Agricultura, um estudo técnico para balizar a implantação de projetos de geração, notadamente termelétricas, na Floresta Nacional de Altamira (PA). O trabalho será feito em parceria com a consultoria Iindra. Por ora, segundo o RR apurou, ainda não há qualquer investimento firmado para a região. A ópera do potencial desmatamento está sendo regida por Ricardo Salles. Trata-se de mais uma iniciativa com a assinatura do governo Bolsonaro que tem tudo para provocar a ira de ambientalistas e piorar a imagem do Brasil junto ao mundo. No edital de concessão da área de 350 mil hectares para o setor privado, em 2014, não constava tal possibilidade. E daí?

#Ministério do Meio Ambiente #Ricardo Salles


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O burlesco tiroteio entre o general Ramos e Salles

30/10/2020
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O conflito entre os ministros da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o do Meio Ambiente, Ricardo Salles, constituiu uma verdadeira ópera bufa no andar de cima do governo. De um lado, a ala militar; do outro, o segmento ideológico. O enredo burlesco envolveria uma orientação de Jair Bolsonaro para que seu secretário iniciasse o processo de fritura do titular do Meio Ambiente. Dependendo do andar da carruagem, o próprio Ramos assumiria o Ministério do Meio Ambiente, que ganhou um status institucional bem superior ao dos primeiros meses de Ricardo Salles à frente da Pasta.

Não seria por outro motivo que os prestigiosos nomes do vice-presidente, general Hamilton Mourão, e da ministra da Agricultura, Teresa Cristina, vêm sendo cogitados para o cargo, ambos com acúmulo de funções. Salles reagiu com a fúria de quem não teme o Exército e tem o apoio do Centrão e de Eduardo Bolsonaro – arquiduque da família imperial de Olavo de Carvalho. Chamou o general de “banana de pijama” e “Maria Fofoca”. Pois bem, foi o mesmo Jair Bolsonaro, “autor” da ordem a Ramos para que flambasse Salles, que atuou como mediador entre o general e o ministro do Meio Ambiente.

Levou-os para um almoço conjunto na base da Força Aérea Brasileira (FAB), onde trocaram salamaleques. Salles saiu da base aérea prometendo que ele e o secretário de Governo conversariam depois, mas teria dito aos seus colaboradores que se “Ramos quisesse terçar armas, veria quem tinha pólvora para vender”. A alusão foi feita em relação às citações de que Ramos é grande amigo de Bolsonaro há quase um quinquênio. Amigo, coisa nenhuma. Mas vento que venta lá, venta cá.

No Palácio do Planalto, Salles é chamado pelo grupo dos generais Braga Neto e Augusto Heleno, além, é claro, de Ramos, de “espiga de milho” ou “cara de pamonha”. A comédia chegou a uma temperatura mais alta, envolvendo o comandante do Exército, general Edson Pujol. Denúncias cruzadas, segundo fontes ligadas aos dois ministros, responsabilizaram Salles e Ramos pelo vazamento da notícia de que o secretário de Governo substituiria Pujol. De todo esse dramma bernesco, parece ter um único fundo de verdade: a compreensão, na alta esfera de governo, de que a pasta do Meio Ambiente ficou maior do que o chapéu de Ricardo Salles. O resto é fofoca, baixaria e desrespeito.

#Jair Bolsonaro #Ministério do Meio Ambiente #Ricardo Salles


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Troca de guarda

21/07/2020
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O nome do presidente do ICMBio, Homero de Giorge Cerqueira, ex-comandante da Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo,
circula no Palácio do Planalto como candidato ao lugar de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente.

#Ministério do Meio Ambiente


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Bem na hora

9/07/2020
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Sem alarde, o Palácio do Planalto já começa a buscar nomes para o Ministério do Meio Ambiente. O pedido de afastamento de Ricardo Salles do cargo por improbidade administrativa, feito pelo Ministério Público Federal, era a peça que faltava para selar o destino do ministro.

#Ministério do Meio Ambiente #Ricardo Salles


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Sem crédito na praça

7/07/2020
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No Ministério do Meio Ambiente, o documento assinado pelo chanceler Ernesto Araújo que será enviado a 29 fundos internacionais, com o compromisso do governo de reduzir o desmatamento na Amazônia, já ganhou um apelido: “cheque sem fundo”. Desce o pano.

#Ministério do Meio Ambiente


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Há um “laranjal” na Reserva Chico Mendes

23/06/2020
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O Ministério do Meio Ambiente tem recebido denúncias de que pecuaristas vêm bancando a permanência de aproximadamente 800 famílias instaladas irregularmente na Reserva Chico Mendes, no Acre. Algumas delas teriam conseguido, inclusive, “comprar” lotes na região, o que é proibido. Essas famílias, que vivem do extrativismo vegetal, estariam sendo usadas pelos pecuaristas como biombo, para esconder o desmatamento de áreas de proteção ambiental, ilegalmente transformadas em pasto. ONGs da área ambiental cobram do ministro Ricardo Salles – aquele que deixa passar a “boiada” – uma solução para o problema.

#Ministério do Meio Ambiente #Reserva Chico Mendes


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A vez do Cerrado

27/01/2020
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O Ministério do Meio Ambiente tem a informação de que ONGs internacionais, com o apoio de governos centrais, preparam uma campanha para alardear os números do desmatamento do Cerrado brasileiro. Ainda que a área devastada tenha caído um tiquinho em 2019 – recuo de 2% em relação ao ano anterior –, um número deverá ser bastante explorado: mais de 80% da região são propriedades privadas, a maioria de produtores de soja. É um dos principais argumentos de ONGs e redes varejistas para pressionar grandes tradings internacionais a assinar a moratória do Cerrado, comprometendo-se a não comprar grãos de áreas desmatadas.

#Ministério do Meio Ambiente


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Bolsonaro cobra do mundo o “crédito ambiental” do Brasil

9/01/2020
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Segundo fonte do RR no Itamaraty, representações diplomáticas do Brasil no exterior têm sido orientadas a garimpar informações sobre emissão de poluentes, tanto de empresas privadas quanto do setor público, nos respectivos países de atuação. O objetivo do governo é elaborar um dossiê para comprovar que o Brasil tem, sim, créditos de carbono a receber nos termos do Protocolo de Kyoto. A gestão Bolsonaro tem batido duramente nessa tecla: garante ter direito a mais de US$ 2,5 bilhões relativos à redução de 250 milhões de toneladas de gás carbônico desde 2005. O número não é reconhecido por especialistas internacionais e tampouco se sabe os critérios adotados pelo governo brasileiro para chegar a ele, mas isso é o de menos… Além de brigar pelos supostos bilhões do CO2, o dossiê teria outra valia para o governo brasileiro: contra-atacar e constranger grandes potências que, na ótica da gestão Bolsonaro, posam de “vestais” e juízes da política ambiental alheia. A ideia do levantamento teria partido do próprio ministro Ricardo Salles, que voltou com a crista lá em cima da COP25, em Madri. Em conversas reservadas com assessores, auscultadas pelo RR, Salles tem repetido que o Brasil “mudou o tom do noticiário sobre o meio ambiente”. Talvez sua capacidade de interpretação esteja enevoada pela fumaça da Amazônia.

#Jair Bolsonaro #Ministério do Meio Ambiente #Ricardo Salles


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A morte e as mortes de Chico Mendes

16/12/2019
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Chico Mendes “morre” um pouco mais a cada dia de governo Bolsonaro. A tradicional Semana Chico Mendes, que reúne especialistas e ONGs da área ambiental, começa hoje, no Acre, sob graves restrições orçamentárias. O governo do Acre retirou o patrocínio máster. Gestões feitas ao Ministério do Meio Ambiente para um apoio financeiro de última hora encontraram a porta fechada. Os organizadores do evento estão se amparando em vaquinhas virtuais. A edição deste ano é revestida de maior simbolismo: Chico Mendes estaria completando 75 anos em 2019. Além disso, o encontro ocorre após a crise internacional causada pelas queimadas na Amazônia.

#Chico Mendes #Ministério do Meio Ambiente


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ONU mapeia passivos ambientais do governo Bolsonaro

10/12/2019
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A situação do Brasil na ONU no que diz respeito à área ambiental deteriora-se rapidamente. O Ministério do Meio Ambiente tem informações de que o relator especial da Organização para direitos humanos e substâncias e resíduos tóxicos, Baskut Tuncak, produzirá um documento bastante duro em relação à política ambiental do país. Tuncak iniciou, no último dia 2, uma visita técnica de nove dias ao Brasil. De acordo com fonte da própria Pasta, o relatório produzido por Tuncak e sua equipe deverá focar nas circunstâncias socioambientais que cercam a indústria de ferro-gusa, notadamente no pólo de Açailândia (MA). Ainda que indiretamente, a Vale é um personagem importante deste enredo. A rigor, a companhia sempre se utilizou do argumento de que apenas fornece minério para as usinas de gusa da região. Não é comportamento mais apropriado para uma corporação que carrega 272 cruzes – o número de vítimas em Brumadinho e Mariana. Além de novas críticas da comunidade internacional ao governo Bolsonaro, provavelmente o relatório da ONU deverá dar gás a entidades ambientais que cobram da Vale critérios comerciais mais rígidos e a suspensão do fornecimento de minério a diversas usinas de gusa de Açailândia.

#Jair Bolsonaro #Ministério do Meio Ambiente #ONU #Vale do Rio Doce


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Uma cena ridícula a menos na República

12/11/2019
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Uma fonte do Ministério do Meio Ambiente garantiu ao RR que o ministro Ricardo Salles cogitou convocar a imprensa para registrar um mergulho seu em uma praia do Nordeste. Seria uma forma de mostrar que o derramamento de óleo “não foi essa coisa toda que andam dizendo”. Menos mal que assessores conseguiram demovê-lo da mis en scene.

#Ministério do Meio Ambiente #Ricardo Salles


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Uma licitação envolta em fumaça

29/10/2019
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Em vez de inimigos imaginários e brigas com o Greenpeace, talvez seja melhor o ministro Ricardo Salles começar a se preocupar com o Ministério Público Federal. O órgão deverá solicitar à Justiça a suspensão da licitação aberta pelo Ministério do Meio Ambiente para contratar uma empresa privada de monitoramento de queimadas. A concorrência foi instaurada às pressas no auge da crise amazônica. Em depoimento ao MPF, Ricardo Galvão, defenestrado do comando do INPE, levantou suspeitas sobre a concorrência, que, segundo ele, estaria sendo direcionada para a norte-americana Planet. Consultado, o Ministério garante que não “há nada de irregular” na licitação. O curioso é que a própria Pasta informou ao RR que a “contratação está sendo reformulada e está sendo feita com participação do INPE”.

#INPE #Ministério do Meio Ambiente


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Vazamento ideológico

24/10/2019
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A visita do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a áreas do litoral baiano atingidas pelo misterioso derramamento de óleo que afeta o Nordeste chamou a atenção pela ausência de autoridades do estado. Assim quis Salles, que jogou o protocolo para as calendas e não comunicou sua viagem ao governador da Bahia, o petista Rui Costa, e tampouco às autoridades ambientais locais. Ao que parece, fez de tudo para sair sozinho na foto, sem a esquerda do lado.

#Ministério do Meio Ambiente #Ricardo Salles


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Amapá dá a partida no “PAC Florestal” do governo Bolsonaro

6/06/2019
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Para a aflição de ambientalistas e a satisfação de proprietários rurais e investidores, o Ministério do Meio Ambiente deverá anunciar em até duas semanas a concessão de 264 mil hectares na Floresta Nacional do Amapá. Será o pontapé inicial de um espécie de “PAC Florestal” do governo Bolsonaro, leia-se a licitação para a iniciativa privada de unidades de conservação ambiental e parques nacionais. O modelo idealizado para o Amapá prevê o esquartejamento da área em três unidades de manejo sustentável. Estudos do Serviço Florestal Brasileiro, que saiu da Pasta do Meio Ambiente e agora está subordinado ao Ministério da Agricultura, apontam o potencial de extração de aproximadamente 130 mil metros cúbicos de madeira por ano em cada uma dessas “sesmarias”, além da possibilidade de exploração de atividades como ecoturismo.

O assunto, como não poderia deixar de ser, é objeto de controvérsia. Os ambientalistas acusam o governo Bolsonaro de, na verdade, estar criando o que poderia se chamar de um “PAD” – o “Programa de Aceleração do Desmatamento”. As estatísticas ajudam a respaldar esse discurso. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Deter, sistema de monitoramento florestal em tempo real, registrou o desmatamento de 739 quilômetros quadrados da Floresta Amazônica no mês passado. Trata-se do maior resultado verificado para um mês de maio em uma década.

Foram quase 200 quilômetros quadrados a mais em florestas devastadas no comparativo com o mesmo intervalo em 2018. Maio marca o fim do período chuvoso na Amazônia, quando a atividade madeireira é retomada na região. O Ministério da Agricultura alega que os vencedores das licitações terão de cumprir obrigações quanto à preservação da áreas arrematadas. O argumento maior, no entanto, é de ordem econômica: além das restrições orçamentárias para arcar com os custos de conservação, o governo alega que a iniciativa privada conseguirá explorar atividades e oferecer serviços que vão trazer a reboque renda e emprego.

Assim é se lhe parece. Sintomático que, ontem, logo após participar de um evento em Araguaia (GO) alusivo ao Dia Mundial do Meio Ambiente, Jair Bolsonaro tenha postado em seu Twitter com letras maiúsculas: “A primeira missão do meu governo é não atrapalhar quem quer produzir”. Parece ser a deixa para o que virá nesse setor: além da Floresta Nacional do Amapá, já há estudos para a licitação de 20 parques florestais pertencentes à União.

#Floresta Nacional do Amapá #Jair Bolsonaro #Ministério do Meio Ambiente


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Brigadeiro ganha altitude no Meio Ambiente

14/05/2019
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Pouco tempo após assumir a Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, o brigadeiro Eduardo Serra Negra Camerini já desponta como um dos nomes mais influentes junto ao ministro Ricardo Salles. Nessa República esquizofrênica, com a rápida ascensão, combinada à patente, o militar periga virar alvo de Olavo de Carvalho.

#Ministério do Meio Ambiente


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O novo “dono” do Meio Ambiente

19/02/2019
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O Ministério do Meio Ambiente vai perder um braço. O Palácio do Planalto pretende concentrar na Secretaria de Governo, comandada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz, a gestão do impacto ambiental dos empreendimentos do PPI. Até mesmo as audiências públicas sobre o assunto passarão para sua alçada. É mais uma medida com o objetivo de acelerar a licitação de projetos da área de infraestrutura.

#Ministério do Meio Ambiente


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O destino de Maia

23/09/2016
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 No xadrez político idealizado por Michel Temer para 2017, Rodrigo Maia seguirá para a Esplanada dos Ministérios ao fim do seu mandato na presidência da Câmara, em janeiro. Sem poder concorrer à reeleição, Maia assumiria a Pasta do Meio Ambiente. O atual ministro, Sarney Filho, está desgastado depois das seguidas campanhas contra a construção de hidrelétricas na Amazônia.

#Michel Temer #Ministério do Meio Ambiente #Rodrigo Maia #Usina hidrelétrica


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Sarney Filho empolgado

17/08/2016
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 O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, já é visto dentro do governo federal como um obstáculo à construção de novas hidrelétricas na Amazônia. Embalado pela vitória sobre a usina de São Luiz do Tapajós, que teve a licença ambiental arquivada, o ministro já se prepara para o segundo round. Pretende inviabilizar a construção de Jatobá, também no rio Tapajós, com 2,3 mil megawatts. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, com o apoio de Eliseu Padilha, da Casa Civil, tem feito uma campanha no Planalto para que Sarney seja enquadrado.

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