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O ministro chefe da Casa Civil, general Braga Neto, assumiu o papel de “interventor soft” no Palácio do Planalto. Sua nova atividade informal foi produto de um “acordo por cima”, envolvendo ministros e comandantes militares e o próprio presidente da República. Braga Neto tem grande empatia com Bolsonaro.
Sua “intervenção” busca reduzir a exposição do presidente, deixando-o “democraticamente” (Apud Paulo Guedes) se comportar como se não pertencesse ao seu próprio governo. O general passa a enfeixar as ações do Executivo na crise. Pode, inclusive, contrariar as declarações de Bolsonaro.
A “intervenção” de Braga Neto ocorre em um momento em que o risco de crise política e institucional ameaça acender o sinal vermelho. O ministro da Casa Civil atuará como chefe do gabinete da agrura nacional. Essa deliberação já foi comunicada, com os devidos cuidados, aos ministros e às principais autoridades dos Três Poderes. Pelo menos enquanto a grave situação de crise perdurar, o general será o “presidente operacional” do Brasil. Braga Neto assume para distender e organizar.
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