Tag: AGU

Destaque

Justiça coloca combustível em disputa sobre royalties do petróleo

9/11/2023
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Uma disputa federativa há algum tempo submersa no Judiciário está voltando à tona, a partir de uma ação movida pela Prefeitura de Angra dos Reis contra a União e a ANP. Em sentença proferida no último dia 20 de outubro, o TRF-2, mais precisamente a Vara Federal de Angra dos Reis, determinou que não é necessária a aplicação de correção monetária aos valores repassados pelo governo federal a estados e municípios referentes aos royalties do petróleo. A decisão deverá desencadear uma reação em série de unidades da federação e de cidades produtoras.

A própria Prefeitura de Angra vai impetrar um recurso no TRF-2. É só o começo do que pode vir a ser uma bola de neve judicial. Segundo o RR apurou, os governos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e municípios do Norte Fluminense já se movimentam para entrar com ações, no próprio Tribunal Federal da 2ª Região ou mesmo no STJ.  

O tema é controverso e perambula pelos Tribunais há mais de sete anos. Em 2017, o então ministro do STF Marco Aurelio Mello deu uma liminar ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo garantindo a atualização monetária no repasse dos royalties. No entanto, até hoje não há jurisprudência definida sobre a questão, o que abre caminho para interpretações antagônicas. No Judiciário, espocam decisões isoladas, ora a favor de estados e municípios, ora pró-União, como no caso da ação movida pela Prefeitura de Angra dos Reis.

Ponto para a AGU. O pilar argumentativo da Advocacia-Geral é que a Lei 12.351/2010, que trata da exploração e a produção de petróleo e dos respectivos royalties, não prevê qualquer mecanismo de atualização monetária. O órgão alega também que o intervalo entre o recolhimento dos royalties pelo Tesouro Nacional e a distribuição aos entes federativos não justifica o argumento de “enriquecimento sem causa”, acusação comumente feita por governos estaduais e Prefeituras para cobrar a incidência de correção.  

Além do emaranhado de discussões e interpretações jurídicas, há um fator determinante neste momento para tensionar ainda mais o cabo de guerra federativo em torno da derrama do petróleo. A projeção é de que os royalties arrecadados pela União neste ano não passarão de R$ 44 bilhões, ou seja, 30% abaixo da cifra contabilizada em 2022 (cerca de R$ 62 bilhões). Significa dizer que, em termos absolutos, o bolo será menor para todo mundo – governo federal, estados e municípios.

Não se pode desprezar ainda uma variável concorrente: devido à nova política de dividendos da Petrobras, a União receberá um valor bem menor referente à participação nos lucros – a estimativa é que a sua parcela caia de R$ 58 bilhões para R$ 34 bilhões. Nesse contexto, premido pela necessidade de aumentar a arrecadação, o governo certamente adotará uma postura ainda mais firme em relação à disputa por correção monetária sobre os royalties pagos a estados e municípios. 

#AGU #ANP #Petrobras #Petróleo #Prefeitura de Angra dos Reis

Agronegócio

Embate entre Marina Silva e agronegócio vai parar no Supremo

1/09/2023
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A ministra Marina Silva e o “ogronegócio” – como ela própria costuma se referir ao setor agropecuário – têm um novo embate marcado. Segundo o RR apurou, a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) já se articula para entrar com uma ação no STF contra o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), presidido por Marina. A reação é liderada por pesos-pesados do Congresso, a começar pela ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina (PL-MS) e pelo senador Jayme Campos (União-MT). O objetivo é questionar a constitucionalidade da resolução já elaborada e prestes a ser editada pelo Conama com o intuito de brecar o desmatamento no Pantanal.

Na prática, a normativa suspende os efeitos do decreto estadual nº 14.273/2015, no Mato Grosso do Sul, e da Lei Estadual nº 8.390/2008, do Mato Grosso, que flexibilizou as regras para o plantio de grãos e a atividade pecuária na bacia pantaneira. A bancada ruralista alega que o Conama, vinculado à Pasta do Meio Ambiente, não tem poderes para interferir em legislações estaduais. Não é o entendimento do Ministério, que se ampara em consulta feita à AGU.

A ministra Marina Silva envolveu-se diretamente na elaboração da resolução. Para levar o projeto adiante, já comprou briga dentro de “casa”, ou seja, entre os próprios integrantes do Conama, um ecossistema da mais alta biodiversidade, que reúne ministérios, governos estaduais, prefeituras, entidades da área ambiental e representantes do próprio agronegócio. Os conselheiros indicados pela Confederação Nacional da Agricultura já se opuseram à determinação do órgão.

O governo do Mato Grosso também. Curiosamente, o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, tem adotado uma postura conciliadora: já sinalizou à ministra Marina Silva a intenção de rever pontos da legislação ambiental do estado. Só não disse o que e quando.  

Como de hábito, Marina Silva não está disposta a ceder um palmo de terreno em suas convicções. Quer aprovar a resolução ainda na primeira quinzena de setembro. A ministra leva na ponta da língua os números que justificam a interferência sobre a legislação do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Segundo levantamento do próprio Conama, do total de área desmatada no Pantanal nos últimos sete anos, mais de 90% foram registrados a partir de 2021, quando os respectivos decretos entraram em vigor nos dois estados.

#AGU #Confederação Nacional da Agricultura #Marina Silva #Tereza Cristina

Investigação

Obra do governo Bolsonaro cai na malha fina do TCU

28/08/2023
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Mais uma na conta do governo Bolsonaro: a AGU vai solicitar ao Tribunal de Contas da União a abertura de um processo para investigar o contrato de construção de uma ponte entre Porto Xavier (RS) e San Javier, na Argentina. O acordo entre o DNIT e a Coesa, antiga OAS, no valor de R$ 220 milhões. A operação já é objeto de um processo na Controladoria Geral da União. A CGU investiga irregularidades no modelo de contratação, feita por dispensa de licitação. A operação foi fechada no apagar das luzes da gestão Bolsonaro, no fim de outubro, poucos dias do segundo turno das eleições.

#AGU #Bolsonaro #CGU #Tribunal de Contas da União

Justiça

O “candidato” da AGU para o lugar de Augusto Aras

10/08/2023
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Nos últimos dias, o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão galgou alguns degraus no ranking dos candidatos ao cargo de procurador-geral da República. Dentro do governo, a principal voz a favor da sua nomeação é a do Advogado Geral da União, Jorge Messias. Segundo informação que circula no Palácio do Planalto, Messias teria, inclusive, sondado Aragão sobre a indicação na reunião que ambos tiveram no último dia 26 de julho. Por sinal, a agenda do AGU dá uma boa medida da proximidade entre ambos. Desde a sua posse, em janeiro, Messias teve três encontros oficiais com Aragão, hoje sócio do escritório Aragão e Tomaz Advogados Associados. Em tempo: apesar da recente revelação dos encontros secretos entre Jair Bolsonaro e Augusto Aras, o atual procurador geral permanece com a resiliência de parte expressiva do PT, que cismou com a sua recondução para mais um mandato.

#AGU #Augusto Aras #Eugênio Aragão #Palácio do Planalto

Justiça

Um novo fio desencampado entre o governo e a Eletrobras

1/08/2023
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Procuradores da AGU estão debruçados sobre o contencioso em torno da indicação de Marcelo de Siqueira Freitas para a vice-presidência da Eletrobras. Dentro da Advocacia Geral da União, o que se diz é que o próprio órgão pode ingressar como parte interessada no processo movido pela Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) para anular a indicação de Freitas à diretoria da companhia. A entrada em cena da AGU daria uma dimensão maior ao litígio – além de ser uma fagulha a mais nas relações entre o governo e a estatal. Freitas é ex-procurador da própria Advocacia Geral da União. A Aeel alega que ele não cumpriu as regras de quarentena para assumir a vice-presidência da jurídica da Eletrobras.

Em contato com o RR, a AGU informou que “Na data de 15 de abril de 2023, Marcelo de Siqueira Freitas ingressou formalmente com pedido de Licença para Tratar de Interesses Particulares, prerrogativa prevista na legislação.” Ainda segundo o órgão, “antes da conclusão da análise do requerimento por ele formulado, Freitas ingressou com pedido de exoneração do cargo público efetivo de procurador federal em 21 de junho de 2023. O pedido foi deferido na data de 3 de julho de 2023, conforme Portaria SGCS/AGU nº 228/2023. Ele, portanto, não possui mais vínculo com a Advocacia-Geral da União.” Perguntada especificamente se pretende entrar no processo movido pela Aeel como parte interessada, a AGU não se manifestou.

#Aeel #AGU #Eletrobras

Destaque

Banco Central aperta o cerco aos golpistas do Pix

30/05/2023
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Antes tarde do que nunca, o Banco Central está intensificando o combate às fraudes no Pix.  Além das novas medidas de segurança que entrarão em vigor em novembro, os olhos do BC se voltam também para o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). A autoridade monetária acionou a AGU para analisar os pedidos e, se necessário, impugnar a concessão de registros com o termo “Pix”. Segundo o RR apurou, existem mais de 70 solicitações de marca em análise no INPI com referência à palavra “Pix”. Ou seja: negócios variados que querem associar seu nome fantasia ao sistema de transações financeiras.  

Ressalte-se que o uso da marca para serviços financeiros é de exclusividade do Banco Central, segundo registro no próprio INPI (processo nº 919219586). Ainda assim, o receio do BC é que nesse balaio de solicitações estejam empresas de fachada querendo se aproveitar da menção e do recall do termo “Pix” para aplicar golpes financeiros na praça.  Em contato com o RR, o Banco Central disse que “uma marca amplamente aceita e notória como o Pix naturalmente motiva tentativas de registro de marcas similares no INPI.” A autoridade monetária confirmou à publicação que “procura acompanhar continuamente movimentos nesse sentido para impugnar tais registros e está em contato com o INPI para encontrar soluções para a rejeição imediata desses registros, sem necessidade de impugnação.” A instituição afirmou ainda que, “Quando são necessárias ações legais, especialmente na esfera judicial, o BC é representado pela Procuradoria-Geral do Banco Central (PGBC), órgão do BC com vinculação técnica à AGU”.   

Desde o seu lançamento, o Banco Central sempre fez questão de apregoar a confiabilidade total do Pix. Em seu próprio site, o BC faz menção à “Robustez de mecanismos e medidas para garantir a segurança das transações”. Na prática, porém, não faltam casos que comprovam a porosidade do sistema, com várias sentenças judiciais. Alguns exemplos: em março, o juiz João Claudio Teodoro, da 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude de Ouro Fino/MG, condenou a fintech Mercado Pago a indenizar em R$ 60 mil uma empresa que foi vítima de transferências fraudulentas via Pix. Em dezembro de 2022, a juíza Federal Aline Lazzaron, da 1ª Vara Federal de Lajeado/RS, determinou que a Caixa Econômica Federal indenizasse um cliente em R$ 10 mil, valor que havia sido subtraído, de forma fraudulenta, da sua conta. Meses antes, em abril do mesmo ano, a 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Direito Federal condenou o Banco Santander a pagar danos morais a um correntista, após a transferência indevida de R$ 5.892,31 da sua conta corrente. 

#AGU #Banco Central #INPI #Pix

Judiciário

Coalizão baiana por vaga no STJ

16/05/2023
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O ministro da Casa Civil e ex-governador, Rui Costa, trabalha dentro do Palácio do Planalto pela indicação do advogado baiano André Godinho ao STJ, na vaga deixada por Felix Fischer. Godinho é um dos 34 nomes da lista inicial apresentada pela OAB para a cadeira. Trata-se de uma família próxima a lideranças petistas. Seu irmão, Bruno Godinho, foi procurador-chefe da AGU na Bahia durante o governo de Jaques Wagner. Em 2016, já na gestão de Dilma Rousseff, Bruno esteve cotado para assumir a própria AGU.

#AGU #Casa Civil #Rui Costa #STJ

Empresa

CCR pode levar proibição de precatórios à Justiça

18/04/2023
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O RR apurou que a CCR estuda entrar na Justiça contra a decisão do governo de barrar o pagamento de concessões por meio de precatórios. O grupo quer fazer uso desses títulos para quitar a sua parcela anual referente à outorga do aeroporto de Confins (MG), da ordem de R$ 110 milhões. Provavelmente é só a ponta do iceberg jurídico que se movimenta na direção da governo. Outras empresas deverão adotar o mesmo procedimento e judicializar a questão. A determinação da AGU brecando a utilização de precatórios atinge grandes grupos do setor. O caso mais complexo é o da espanhola Aena. O grupo, que em agosto do ano passado arrematou um bloco com 11 concessões aeroportuárias, incluindo Congonhas, que quitar metade do valor – cerca de R$ 1,2 bilhões – com esses papéis.

#Aeroporto de Confins #AGU #CCR

Energia

As centrais hidrelétricas são pequenas, mas a polêmica é grande

27/03/2023
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Segundo o RR apurou, a AGU deu parecer favorável a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que corre no STF para derrubar uma lei da Assembleia Legislativa de Mato Grosso proibindo a construção de hidrelétricas no Rio Cuiabá. Ainda que indiretamente, trata-se de uma pequena vitória da Maturati Participações, neste momento a principal interessada na questão. A decisão da Assembleia mato-grossense barrou o projeto da companhia de instalar seis PCHs no Rio Cuiabá. A lei resultou em um curto-circuito jurídico e político. A Maturati, escoltada pela Associação Brasileira de Geração de Energia, alega que deputados estaduais não poderiam legislar sobre a matéria, uma vez que o Rio Cuiabá é de competência da União. Não vai ser por falta de apoio político que a empresa vai perder a parada.  A Maturati tem ao seu redor um arco de importantes aliados, que vai do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao governador do Mato Grosso, Mauro Mendes. Por sinal, o empresário Luiz Antônio Taveira Mendes, filho do governador, também tem um projeto de implantação de uma PCH no Rio Cuiabá. 

#AGU #Maturati Participações

Programa de índio

2/06/2022
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Caberá à AGU a palavra final sobre a proposta apresentada pelo Ministério Público Federal para o pagamento de indenizações a indígenas afetados por garimpos ilegais. Segundo o RR apurou, a Advocacia Geral da União prepara um parecer sobre a legalidade ou não do pedido do MPF. O pleito do Ministério Público é que os minerais extraídos ilegalmente e apreendidos em operações policiais sejam vendidos em leilão, com a receita repassada às próprias comunidades indígenas que tiveram seu  território invadido.

#Advocacia Geral da União #AGU #Ministério Público Federal

De AGU para AGU

6/04/2022
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O ministro do STF André Mendonça trabalha nos bastidores pela ida de Bruno Bianco, seu sucessor na AGU, para o STJ.

#AGU #André Mendonça

AGU desata os nós para a construção do linhão de Tucuruí

30/03/2022
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O governo vai fazer um importante movimento na tentativa de viabilizar a construção da linha de transmissão de Tucuruí, um projeto de quase R$ 3 bilhões. Segundo o RR apurou, a AGU trabalha em uma proposta que será encaminhada à comunidade indígena Waimiri Atroari. O acordo prevê o pagamento de uma indenização financeira para cobrir os danos socioambientais causados pelo empreendimento. O valor ainda está sendo calculado, mas, conforme a mesma fonte, deverá passar dos R$ 100 milhões.

Dessa forma, o governo espera colocar um ponto final no litígio que se arrasta na 1a Vara Federal Cível da Justiça Federal do Amazonas. Cerca de 120 dos 700 quilômetros do traçado do linhão cortam o território dos Waimiri Atroari em Roraima. Estudos preliminares encomendados pelos indígenas apontam 37 impactos socioambientais decorrentes da construção do linhão, 27 deles classificados como irreversíveis.

O acordo com os indígenas é apenas um dos nós que o governo precisa desatar para tirar o projeto do papel. Na paralela, o Ministério de Minas e Energia intensificou as tratativas com a Transnorte Energia, consórcio encabeçado pela Alupar. Antes mesmo das obras começarem, a empresa exige da Aneel o reequilíbrio financeiro do contrato de concessão, sob o argumento de que os custos para a construção do linhão já subiram R$ 1 bilhão desde o leilão, no longínquo ano de 2011.

#AGU #Aneel #Ministério de Minas e Energia #Transnorte Energia

Governo Bolsonaro vs. Rondônia

28/01/2022
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A AGU vai ingressar com uma ação no STF contra o decreto do governo de Rondônia, que liberou o garimpo de ouro às margens do Rio Madeira. Não se trata de um surto de preocupação ambiental do governo Bolsonaro. Na verdade, o que está em jogo é uma queda de braço federativa e fiscal. Como o manancial é interestadual, a União alega que compete a ela e não ao governo de Rondônia autorizar a mineração de ouro e, consequentemente, ter uma arrecadação tributária maior sobre a atividade.

#AGU #STF

Disputa doméstica

8/12/2021
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Os “Us” da União não se entendem. Segundo o RR apurou, a AGU deverá questionar a competência do TCU para investigar a possível interferência do governo nas provas do Enem. O Tribunal de Contas já anunciou a abertura do processo.

#AGU #Tribunal de Contas

Segunda divisão

23/09/2021
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O Palácio do Planalto teria um plano B para André Mendonça, segundo uma fonte ligada ao ex-AGU: indicá-lo para uma das duas vagas abertas no STJ. O “rebaixamento” seria uma forma de contornar a forte resistência a sua indicação para o STF.

#AGU #André Mendonça #STF

Por trás do biombo

5/08/2021
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A título de blague, línguas ferinas na AGU apontam um motivo adicional para André Mendonça ter esticado suas férias por mais uma semana – até a próxima segunda, dia 9: dessa forma, Mendonça pode “ocultar” sua agenda oficial sem constrangimento enquanto intensifica as conversas com senadores em busca de apoio à sua indicação para o STF.

#AGU #André Mendonça

Os dados já estão rolando na AGU

15/07/2021
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Prestes a ser indicado para o STF, André Mendonça trabalha para fazer seu substituto na AGU. Seu candidato seria o atual Advogado-Geral substituto, Fabrício Da Soller. Não será fácil. Contra Soller, pesa a resistência dentro da própria AGU ao seu nome. Mas, se este último item fosse problema, o próprio Mendonça talvez não estivesse onde está. De toda a forma, trata-se de uma sucessão complexa. Basta lembrar o que aconteceu quando Mendonça deixou o cargo para assumir o Ministério da Justiça. Bolsonaro demitiu seu substituto, José Levi, porque ele não assinou uma ação ao STF para impedir que governadores adotassem medidas restritivas na pandemia.

#AGU #Ministério da Justiça

Maratona

9/07/2021
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De acordo com uma fonte próxima a André Mendonça, nas últimas duas semanas o AGU já conversou com mais de 40 senadores em sua campanha rumo ao STF. O beija-mão será intensificado nos próximos dias.

#AGU

A difícil volta ao Ibama

18/06/2021
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Enquanto a vaga no STF não vem, uma missão a mais para André Mendonça: a AGU prepara um recurso ao STF requisitando a reintegração de Eduardo Bim à presidência do Ibama. Bim foi afastado do cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ele é investigado no âmbito da Operação Akuandaba, que apura um suposto esquema de contrabando de madeira na Amazônia. Curiosamente, Bim é funcionário de carreira da Advocacia Geral da União.

#AGU #Alexandre de Moraes

Toma que a conta é tua

7/06/2021
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Segundo o RR apurou, a AGU vai entrar com uma ação contra os prefeitos cassados dos cinco municípios que realizarão novas eleições no próximo dia 13 de junho – Sidrolândia (MS), Nova Prata do Iguaçu (PR), Petrolândia (SC), Campestre (MG) e Espera Feliz (MG). O objetivo é cobrar de cada um deles uma indenização pelos gastos da Justiça Eleitoral com o novo pleito.

#AGU

Guerra dos “Us”

16/11/2020
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Ao contrário do TCU, CGU e AGU já saíram em socorro de Ricardo Salles. Os dois órgãos entendem que a contratação de militares para cargos de chefia do Ibama foram legais, diferentemente do parecer do Tribunal de Contas.

#AGU #CGU #Ricardo Salles #TCU

Ativistas cobram um pacote anti-homofobia

4/11/2020
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ONGs voltadas à defesa da identidade de gênero, a exemplo da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e do Grupo Gay da Bahia, estão cobrando do ministro da Justiça, André Mendonça, que o governo apresente ao Congresso um pacote anti-homofobia, com leis e penas mais rigorosas para crimes dessa natureza. No ano passado, a causa LGBTI teve uma importante vitória com a decisão do STF de equiparar atos homofóbicos a crimes de racismo. No entanto, até que os parlamentares venham a aprovar uma legislação específica, a medida tem mais efeito simbólico do que prático.

Hoje, a pena máxima para discriminação quanto à orientação sexual é de três anos de prisão, podendo chegar a cinco anos se houver exposição na internet. Os ativistas reivindicam punições mais duras para atos de homofobia, por entender que eles são a “porta de entrada” para a violência física e, em última instância, o  assassinato de LGBTIs. O timing da mobilização é mais do que emblemático. Os ativistas sabem com que governo estão lidando – o próprio presidente Jair Bolsonaro é useiro e vezeiro de “piadas” de péssimo gosto de cunho homofóbico.

As ONGs já identificaram movimentos do Palácio do Planalto na contramão da decisão proferida pelo STF no ano passado. No último dia 14 de outubro, a AGU pediu esclarecimentos ao Supremo se a criminalização da homofobia atinge a liberdade religiosa. Na visão dos ativistas da causa LGBTI, trata-se de uma manobra do governo com o objetivo de criar áreas de escape para que manifestações homofóbicas, quando enquadradas como “liberdade religiosa”, não sejam criminalizadas. Segundo o RR apurou, como reação imediata, ONGs preparam uma campanha que será lançada ainda neste ano com o objetivo de dar visibilidade às estatísticas da barbárie contra o público LGBTI.

Um dos índices mais estarrecedores diz respeito aos homicídios de transgêneros. De acordo com o boletim mais recente da Antra, entre janeiro e agosto deste ano, 129 pessoas trans foram assassinadas no Brasil, um aumento de 70% em relação a igual período em 2019. Significa dizer que, em oito meses, o país já bateu o total de homicídios de transexuais registrado no ano passado (124). O Brasil lidera o ranking mundial de assassinatos de trans e travestis no mundo. A brutalidade é ainda maior quando a homofobia se junta ao racismo. Mais de 80% dos transgêneros mortos no país são negros.

#AGU #Antra #LGBTIs #STF

Usucapião?

3/09/2020
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A AGU vai entrar com uma ação de reintegração de posse contra o ex- deputado federal Paes Landim. Sem mandato desde o início de 2019, Landim tinha prazo final até o mês de julho para devolver o imóvel funcional a sua disposição em Brasília. A Câmara já fez reiterados pedidos, mas até agora o ex-parlamentar não entregou as chaves. Depois de oito mandatos seguidos como deputado pelo Piauí, deve ser mesmo difícil desapegar.

#AGU

Não falta combustível no contencioso entre a União e o Rio

6/08/2020
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O projeto de lei 1.592/2019 aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) proibindo a venda de combustíveis por aplicativos no estado está deflagrando um contencioso federativo. A Advocacia Geral da União (AGU) já se mobiliza para barrar judicialmente a entrada em vigor da medida. De acordo com informações filtradas da própria AGU, a representação da Procuradoria-Geral Federal junto à ANP entende que a competência para legislar sobre o setor de combustíveis é da União e, consequentemente, da agência reguladora.

Ou seja: na visão da Advocacia Geral, a Alerj extrapolou seus limites e usurpou poderes restritos à ANP. O imbróglio, ressalte-se, pode ganhar uma dimensão ainda maior se o próprio governador Wilson Witzel sancionar a nova lei, também atropelando a agência reguladora. A preocupação da Advocacia Geral da União é matar o mal pela raiz, impedindo que outros estados sigam o mesmo caminho e deliberem sobre o tema, apropriando-se de uma competência da ANP.

Segundo a mesma fonte, a agência regula-dora sequer foi consultada sobre o assunto pela Assembleia Legislativa. Parece até que a Alerj tomou todos os cuidados para aprovar o projeto do deputado Carlos Minc na penumbra da noite. A proposta limita a venda de combustíveis aos postos físicos, jogando por terra o investimento de startups que oferecem o delivery dos produtos, como a GOfit. Ressalte-se que, no entendimento da AGU, o serviço de venda online de derivados de petróleo está respaldado pela Lei da Liberdade Econômica, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em setembro de 2019. Some-se ainda a resolução 12/2019 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que abre espaço para esse tipo de tecnologia.

#AGU #Alerj #Wilson Witzel

Vara de Família

14/07/2020
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Entre os ex-colegas de AGU, o ministro da Justiça, André Mendonça, já ganhou o cruel apelido de “AGF”: “Advogado Geral da Família”. Pano rápido.

#AGU #André Mendonça

Dança das cadeiras

17/06/2020
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O atual advogado geral da União, José Levi, é citado no Palácio do Planalto como um nome forte para assumir a Secretaria Geral da Presidência no fim do ano, numa eventual indicação do atual titular do cargo, Jorge Oliveira, para o STF. O avalista é ministro da Justiça, André Mendonça, ex-chefe de Levi na AGU.

#AGU #Palácio do Planalto #Secretaria Geral da Presidência

Classificados

17/03/2020
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O Ministério do Turismo já consultou a AGU sobre a viabilidade legal do projeto de transformar edifícios de interesse patrimonial e histórico em hotéis. A concessão sobre o patrimônio da União seria transferida à iniciativa privada, por um tempo determinado. Uma das obrigatoriedades seria a manutenção de fachadas e outros legados arquitetônicos. Antes, o Ministério vai trabalhar na recuperação desses imóveis, em parceria com o governo de Portugal, como confirmado ao RR pela Pasta do Turismo.

#AGU #Ministério do Turismo

Reforma da Previdência no banco dos réus

21/02/2020
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A AGU prepara-se para uma batalha jurídica. O governo tem informações de que, nos próximos dias, entidades representativas do funcionalismo público vão acionar a Justiça contra as novas regras de contribuição previdenciária da categoria, previstas para entrar em vigor em primeiro de março. Uma das primeiras ações, segundo o RR apurou, virá da Anasps – Associação Nacional dos Servidores Públicos da Previdência e da Seguridade Social. O objetivo principal é brecar o aumento escalonado das alíquotas para servidores ativos e inativos até o patamar de 22%. No fim das contas, o governo vai ganhar a queda de braço. Mas a simples judicialização já será suficiente para o desgaste político.

#AGU #Anasps

AGU contra os petroleiros

16/12/2019
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Vem chumbo grosso para cima dos petroleiros. Além da Petrobras, a AGU vai recorrer da decisão do TST que livrou a Federação Única dos Petroleiros e sindicatos filiados de pagarem multas de R$ 32 milhões. As sanções se referem a paralisações dos trabalhadores da estatal entre 25 e 29 de novembro, consideradas indevidas pela companhia. O dueto Petrobras-AGU chama atenção. Embora a petroleira seja controlada pela União, não é a prática mais comum.

#AGU #Petrobras

Relação entre o governo Bolsonaro e a mídia vira caso de Justiça

26/11/2019
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A conflituosa relação entre o governo Bolsonaro e a mídia vai subir de temperatura. A Advocacia Geral da União (AGU) está entrando com uma ação contra a revista Carta Capital e o jornalista Nirlando Beirão, pelo crime de injúria previsto no artigo 140 do Código Penal. O estopim do contencioso é a matéria intitulada “Mulheres que envergonham as mulheres”, veiculada pela revista na edição com data de capa de 20 de novembro.

Entre outros trechos que motivaram a decisão da AGU, a revista cita que Damares “acredita até em mamadeira de piroca”; a ministra Cármen Lúcia é a “bruxa e que deixa um rastro de enxofre por onde passa” e a deputada Joice Hasselmann, “uma espécie de Augusto Nunes de calças”. O processo será em nome da ministra da Família, Damares Alves, com a possibilidade de que outras servidoras federais entrem na causa. Há informações de que a máquina digital do governo Bolsonaro aproveitará o episódio para bombardear as redes sociais e insuflar o efetivo feminino do funcionalismo público. Caso ocorra, certamente será menos pela causa e mais pela oportunidade de atacar a mídia. Consultada pelo RR, a AGU confirmou o processo contra a Carta Capital. Segundo o órgão, o advogado-geral André Mendonça “determinou urgência no preparo da ação”, por considerar a reportagem “uma agressão absurda contra todas as mulheres”.

Ainda não está decidido se o processo vai ser movido em Brasília ou em São Paulo, sede da revista. A reportagem, que começou a circular no mesmo dia do lançamento nacional da campanha “Dezesseis dias pelo fim da violência contra as mulheres”, despertou reações de repúdio de diferentes entidades, a exemplo da OAB e da Associação dos Magistrados. No próprio dia 20, o Ministério da Família se manifestou publicamente rechaçando o conteúdo da matéria, “que demonstra desrespeito às mulheres e promove o discurso do ódio, com o uso de expressões depreciativas e até mesmo com apelo sexual”. Ainda na semana passada, diante da repercussão, a Carta Capital retirou a matéria do seu site. Procurada, a publicação não retornou até o fechamento desta edição. Sem entrar no mérito da questão, um dado curioso do imbróglio é um governo com notório viés misógino se aproveitar da causa feminina para fazer política e pressionar a imprensa. Trata-se de um assunto que deveria ficar circunscrito à Justiça e não ser instrumentalizado pelo Palácio do Planalto.

#AGU #Cármen Lucia #Damares Alves #Jair Bolsonaro #Joice Hasselmann

Um trem para os tribunais

18/11/2019
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A AGU foi chamada para impedir o descarrilamento da venda da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb). O governo federal, controlador da companhia, já dá como certa uma longa batalha nos tribunais contra os ferroviários. Na semana passada, o BNDES teve de suspender a contratação do banco responsável pela avaliação econômico-financeira da Trensurb depois que o Sindimetrô do Rio Grande do Sul conseguiu uma liminar contra a licitação. A estatal é um comboio de prejuízos: só neste ano, já acumula uma perda superior a R$ 120 milhões.

#AGU #Trensurb

AGU afia a guilhotina para anistias de ex-cabos da FAB

9/10/2019
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Um assunto delicado repousa sobre a mesa do Advogado-Geral da União, André Mendonça. Segundo o RR apurou, ainda neste mês a AGU vai emitir seu parecer sobre o polêmico caso dos mais de três mil cabos da Aeronáutica que foram afastados das Forças Armadas durante a ditadura e, posteriormente, se tornaram anistiados políticos. De acordo com a mesma fonte, a AGU deverá corroborar o cancelamento das indenizações a este grupo de ex-militares, como defendem o Palácio do Planalto e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Auditoria feita pela Comissão de Anistia, subordinada à Pasta, aponta que os ex-integrantes da Força Aérea não têm direito ao benefício. Esses ex-militares teriam sido desligados por excesso de contingente e não por perseguição política, como apregoam em seus processos. Procurada pelo RR, a AGU não se pronunciou. O imbróglio se arrasta há anos na esfera administrava e no Judiciário – boa parte dos casos foi judicializada. Em 2011, no governo Dilma, o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou a abertura de processos para anulação da anistia a mais de 2,5 mil ex-cabos da Aeronáutica.

À época, inclusive, à medida que os casos começaram a passar pela peneira, foram descobertas fraudes gritantes. Diversos ex-militares que entraram com o pedido de indenização por perseguição política eram crianças durante o regime militar. As Forças Armadas são as maiores interessadas em que esse folhetim chegue ao seu epílogo de uma vez por todas. Os quase R$ 30 milhões mensais em indenizações pagas aos ex-cabos saem do orçamento militar. No momento em que os quartéis mandam militares para a casa por falta de recursos para bancar o rancho das tropas, esse dinheiro faz ainda mais falta. Estima-se que a União já tenha gasto mais de R$ 3 bilhões com o pagamento de indenizações a esses ex-cabos. É dinheiro que não volta para a bolsa da pobre senhora

#AGU #Forças Armadas #Palácio do Planalto

Tarcísio Freitas lidera força-tarefa para tirar concessões do limbo

2/10/2019
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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, pretende formar um Conselho Executivo composto por integrantes do Tribunal de Contas da União (TCU), Advocacia Geral da União (AGU) e agências regulatórias para aprovar projetos de concessão e privatização em bloco e com celeridade. Freitas tem reivindicado dentro do próprio governo federal e também junto aos parlamentares medidas para agilizar a desmobilização do Estado. O ministro esteve por quase uma semana nos Estados Unidos em reunião com investidores e ouviu críticas à morosidade do processo de privatização no Brasil. O Conselho Executivo proposto por Tarcisio Freitas viria substituir o projeto de adoção do “fast track”, que permanece no limbo do Congresso, apesar da pressão feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que parece ter desistido da ideia de criar um PAP – Programa de Aceleração de Privatizações. O PAP seria inspirado em projeto do secretário de Desestatização, Salim Mattar, e não passaria de um “fast track caboclo”. Em um primeiro momento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, chegou a acenar positivamente para a ideia. O mecanismo é previsto no regimento interno do Congresso e é da alçada exclusiva do presidente do Senado – que, por sua vez, também preside o próprio Congresso. A intenção é que a tramitação dos projetos aprovados pelo Conselho Executivo seja via comissão especial no Congresso Nacional, encurtando o expediente de aprovação nas duas Casas legislativas.

#AGU #Tarcísio Freitas

Passivo fardado

9/09/2019
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Um potencial passivo trabalhista de cerca de R$ 5 bilhões paira sobre as Forças Armadas. Segundo o RR apurou, levantamento recém concluído pela AGU mostra que há oito mil ações em tramitação no Judiciário com pedidos de indenizações de militares temporários. O maior contingente vem de recrutas que prestaram o serviço militar obrigatório e cobram da União pensões vitalícias por acidentes ou doenças supostamente adquiridas durante o período em que integraram as Forças Armadas.

#AGU #Forças Armadas

Óbito do óbito

23/08/2019
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A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos abriu investigação interna sobre atos praticados pela ex-presidente, a subprocuradora da República Eugênia Gonzaga. Ao deixar o órgão, demitida, Eugênia teria levado consigo certidões de óbitos de quatro vítimas de ação do Estado no Regime Militar sem que o processo estivesse com todas as etapas finalizadas. Além disso, na condição de presidente da Comissão, ela teria instruído advogados a entrar com ações de reparação junto ao governo, inclusive fornecendo minutas de petições a alguns interessados. O processo de averiguação em curso caminha aparentemente para dois desfechos: as quatro certidões devem ser oficialmente canceladas. Além disso, a Comissão enviará um pedido à AGU para que formalize queixa contra Eugênia Gonzaga no Conselho Nacional do Ministério Público.

#AGU #Eugênia Gonzaga

Ameaça à Norte-Sul

25/03/2019
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A AGU está mobilizada. Os advogados da União consideram alta a probabilidade de uma ação de última hora para brecar o leilão da Norte-Sul, marcado para a próxima quinta-feira. O risco maior vem do próprio Ministério Público Federal, que em fevereiro pediu à Justiça, sem sucesso, a suspensão da licitação do trecho entre Porto Nacional (TO) e Estrela D´Oeste (SP).

#AGU

Temer ergue uma ponte diplomática para o Paraguai

17/12/2018
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Ao apagar das luzes, a gestão Temer parece ter encontrado uma solução para uma “briga de vizinhos”. Segundo uma fonte da Casa Civil, nos próximos dias a Advocacia Geral da União (AGU) deverá liberar um parecer autorizando Itaipu a assumir o projeto e os custos de construção de uma segunda ponte entre Brasil e Paraguai. O valor estimado é da ordem de US$ 70 milhões. A construção ligará o bairro Porto Meira, no sul de Foz do Iguaçu, à cidade de Puerto Franco, na região metropolitana de Ciudad Del Este. A construção da ponte vem sendo alvo de divergências entre os dois países. O Conselho Diretor de Itaipu – que funciona praticamente como uma agência de fomento na área de fronteira, tamanha a sua importância econômica na região – já aprovou a edificação. No entanto, os órgãos de controle brasileiros vêm postergando a liberação do projeto. O movimento no âmbito da AGU pode ser lido como um afago ao Paraguai em um momento chave na relação entre os dois países. O pano de fundo é a complexa negociação do Tratado de Itaipu que se avizinha. O presidente do Paraguai, Mario Benítez, já sinalizou que pretende rever as cláusulas financeiras e aumentar a cota de energia da hidrelétrica que cabe ao país.

#AGU #Michel Temer

Isonomia

5/12/2018
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A AGU entrou com embargo de declaração no STF, na última segunda-feira, pedindo que colégios da Marinha e da Aeronáutica também possam cobrar mensalidades. No final de outubro, por unanimidade, o Supremo considerou legal tal taxação por parte do Exército. A cobrança dará uma folguinha de caixa para o Ministério da Defesa, responsável pelo repasse de recursos a estas instituições.

#AGU #STF

Outro lado do balcão

29/11/2018
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Prestes a deixar a AGU, Grace Mendonça está a caminho de uma banca privada. Seu destino mais provável é o escritório Arnoldo Wald. Grace deixará como maior legado na AGU os 213,6 mil acordos judiciais fechados em dois anos, que geraram uma economia de R$ 5,8 bilhões à União.

#AGU #Grace Mendonça

AGU cobra a conta dos cassados

24/10/2018
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Expulsão de cargo no Executivo vai doer no bolso dos punidos, ao menos no que depender da Advocacia Geral da União. Existe uma mobilização na AGU para cobrar judicialmente de políticos cassados os custos referentes à realização de eleições suplementares. Os alvos são os ex-governadores de Tocantins, Marcelo Miranda (MDB), e do Amazonas, José Melo (PR), ambos cassados por crime contra a legislação eleitoral. A AGU já requisitou ao Tribunal Superior Eleitoral relatórios com os gastos das eleições extraordinárias nos dois estados.

#AGU

De volta à estaca zero

30/11/2017
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A Galvão Engenharia reabriu tratativas com o Ministério da Transparência para fechar um acordo de leniência. É mais uma guinada no ziguezague de negociações entre a empreiteira e os órgãos de controle da União. Em março, a Galvão suspendeu as conversações com a própria Pasta da Transparência para negociar sua leniência diretamente com o Ministério Público Federal. Na paralela, chegou a manter tratativas com a AGU, que não avançaram.

#AGU #Galvão Engenharia

Sempre na foto

16/09/2016
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 Nem quando era ministro do Planejamento, Romero Jucá estava tão próximo de Michel Temer. O senador tem marcado presença em quase todos os eventos oficiais ao lado do presidente. O mais recente foi a posse de Grace Mendonça na AGU.

#AGU #Grace Mendonça #Michel Temer #Romero Jucá

Advogado Geral

2/09/2016
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 Assim que voltar da China, o presidente Michel Temer vai anunciar o nome do novo Advogado-Geral da União, no lugar de Fabio Osório.  Para quem não lembra, Osório sofreu uma dura derrota nos primeiros dias de governo Temer. A AGU não conseguiu evitar o retorno de Ricardo Mello à presidência da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Ligado a Dilma Rousseff, Mello foi demitido por Temer, mas voltou ao cargo graças a uma decisão do STF.

#AGU #EBC #Michel Temer

Há segredos no fundo da xícara da Ipanema Coffees

22/07/2016
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 Há uma espécie de laranjal sendo plantado nas fazendas de café da Ipanema Coffees. A aquisição do seu controle pelo empresário Fernando Prado, dono da cafeeira Santa Colomba, parece encobrir um segundo movimento. Prado seria o fronting da empresa enquanto a lei que restringe os capitais estrangeiros em latifúndios não for mudada, conforme é a intenção explícita do governo Temer. Ato contínuo, segundo fonte do RR que acompanha o negócio, o empresá- rio reduziria sua participação na Ipanema Coffees para que a Tchibo – maior rede de cafeterias da Alemanha – e a trading Mitsubishi assumissem o controle. Atualmente as duas multinacionais detêm 36,5% do capital. Prado é proprietário de 24%. A proposta é que Prado chegue o mais rapidamente possível ao patamar de 51%. Para isso, ele e as duas transacionais comprariam os 40% da Ipanema Coffees hoje pertencentes à norueguesa Friele, à Paraguaçu Participa- ções e ao investidor Washington Rodrigues. Se non é vero, é ben trovato.  Procurada, a Ipanema Coffees afirma que a Paraguaçu e Rodrigues não têm a intenção de deixar o capital. Está feito o registro. Mas, de acordo com a fonte do RR, se pudesse a dupla nipo-germânica compraria agora o controle e o assunto estaria resolvido. Conversa- ções já foram mantidas nesse sentido. O negócio só não é vapt vupt porque é necessário esperar a aprovação no Congresso Nacional do Projeto de Lei 4059/2012, que libera a aquisição de maiores extensões de terras por empresas multinacionais. Como uma portaria da AGU, de 2010 estabelece que apenas empresas com 51% de capital nacional podem adquirir terras no Brasil, as duas companhias não puderam comprar as ações da ML Participações, pertencente aos fundadores da Ipanema Coffees. A companhia precisa manter o status de empresa nacional para poder adquirir fazendas de café. Apesar da disposição do presidente interino, a concordância no Congresso não é tão simples, pois o assunto evolve a área militar e sua visão de soberania. Em relação à eventual mudança na lei sobre capital estrangeiro, a Ipanema Coffees diz que a alteração “fortalece nosso projeto de crescimento”.  De qualquer forma, no fim do primeiro ato da opereta, a Santa Colomba ficará com 51% das ações e o restante do capital será repartido entre os grupos europeu e o asiático. A desnacionalização ficaria para o epílogo. A Ipanema Coffees têm três unidades de produção em Minas Gerais, com extensão total de três mil hectares. Tem capacidade de cultivo de 130 mil sacas de café por safra. Deverá fechar o ano com receita próxima de R$ 250 milhões, mas o plano da Tchibo, da Mitsubishi e da Santa Colomba é chegar a R$ 1 bi em três anos.

#AGU #Ipanema Coffees #Mitsubishi

Silêncio duplo

28/04/2016
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 Não foi apenas Michel Temer que convidou o Secretario de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, para a AGU sem consultar previamente o governador Geraldo Alckmin. Moraes também só levou o assunto ao atual chefe após dizer “sim” ao futuro patrão.

#AGU #Geraldo Alckmin #Michel Temer

Ativos nacionais em tempos de Black Friday

23/02/2016
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 O governo federal vai incluir no seu esforço para atrair investidores internacionais um pacote de mudanças em áreas em que ainda há restrições ao capital estrangeiro ou, ao menos, obrigatoriedade de associação com estatais. O cenário não poderia ser mais propício. Misturando-se o dólar valorizado e a depreciação das empresas com uma demanda reprimida do capital estrangeiro em alguns setores, o negócio vai ser uma verdadeira Black Friday dos ativos nacionais. A missão foi delegada a um grupo interministerial coordenado pela Fazenda. O projeto será inserido no plano que está sendo desenhado pelo secretário de Acompanhamento Econômico da Fazenda, Paulo Corrêa, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco Mundial e da Global Infrastructure Facility, criada pelo G-20 para desenvolver projetos de infraestrutura. O Ministério da Justiça, com o auxílio do Cade, fez um mapeamento de setores em que há limitações à participação de grupos internacionais, mas restringiu o grupo a áreas prioritárias em que haja condições políticas de mudanças na legislação. Ficaram de fora, por ora, os setores nuclear e aeroespacial, afinal não é momento de melindrar os quartéis. Do que sobrou, o governo federal vai priorizar imóveis rurais, serviços postais, radiodifusão e aviação.  As tratativas do grupo interministerial estão mais avançadas na questão dos imóveis rurais, que não exige mudança constitucional ou mesmo na legislação específica. O que há mais precisamente é um imbróglio jurídico a partir de uma revisão do posicionamento da Advocacia Geral da União (AGU) sobre a aplicação da Lei 5.709/71, que estabelece restrições à compra de terras por empresas sediadas no exterior. O parecer da AGU é mais restritivo porque classifica a empresa estrangeira pelo critério do efetivo poder de controle, mesmo que não detenha a maioria do capital social e, para piorar, a análise deve ser estendida a toda a cadeia societária. A proposta em estudo pelo grupo interministerial é que a AGU simplesmente reconsidere seu posicionamento e deixe o assunto a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF), que julga uma ação sobre o assunto apresentada pela Sociedade Rural Brasileira. Nos setores de serviços postais, radiodifusão e aviação, por sua vez, que exigem alterações na legislação ou na Constituição, o que está em estudo no Ministério da Justiça é embalar tudo em um mesmo pacote de propostas de emenda à Constituição (PEC) e projetos de lei que deverão ser apresentados no Congresso no segundo semestre desse ano.  Cada situação está sendo estudada separadamente porque existem diferenças jurídicas e regulatórias, mas a ideia é que em todos esses setores haja um aumento expressivo da participação do capital estrangeiro, inclusive com a desnacionalização integral, como é o caso da aviação civil. Do grupo liderado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) partiu a ideia de retirar a obrigatoriedade da participação da Infraero em concessões privadas aeroportuárias, o fim da proibição à fusão entre distribuidoras de energia elétrica – o que está em análise na Aneel – e a abertura do segmento hospitalar.

#AGU #Banco Mundial #BID #Global Infrastructure Facility

Acervo RR

Segunda divisão

11/04/2014
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Os novos entreveros entre Celso Barros e o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, parecem missa encomendada. Barros, recém-reeleito para o comando da Unimed- Rio, teria se comprometido com integrantes da oposição a cortar a verba de patrocínio ao clube em 30%. Ao RR, a Unimed confirmou a redução do investimento, mas garantiu que ainda não existe um percentual definido.

#AGU #André Mendonça #STF

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