Tag: Ceitec

Governo

Onde está o dinheiro para o Brasil retomar a produção de chips?

23/01/2024
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A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, já conversou com Fernando Haddad, buscou informações junto a assessores de Simone Tebet, consultou o titular da Casa Civil, Rui Costa, mas até agora nada: ninguém sabe de onde sairão os recursos para a retomada das operações da Ceitec. Por ora, só está garantida a liberação de aproximadamente R$ 110 milhões do orçamento da própria Pasta, cifra considerada insuficiente para a adaptação da fábrica do Rio Grande do Sul e o reinício da produção de chips. Estima-se que sejam necessários, pelo menos, R$ 300 milhões. E isso considerando-se a produção de semicondutores de tecnologia simples. Em meio à andança intragovernamental de Luciana Santos em busca de recursos, uma das hipóteses discutidas é um financiamento da Finep.

#Ceitec #Fernando Haddad #Finep #Ministério da Ciência e Tecnologia #Simone Tebet

Governo

A Ceitec ganhou uma sobrevida. Mas onde está o dinheiro?

22/11/2023
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Convencer o presidente Lula e a Casa Civil a suspender o processo de extinção da Ceitec foi a parte mais fácil da história. Agora, é que são elas: a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, tenta costurar dentro do governo a liberação de verba extra para a retomada das atividades da fabricante de chips. O orçamento de 2024 prevê apenas R$ 110 milhões para tudo, custeio e investimentos. Não dá nem para a saída: estima-se que serão necessários pelo menos R$ 300 milhões para efetivamente viabilizar a produção de semicondutores. Até hoje, a Ceitec produziu apenas um equipamento de tecnologia mais simples, para o rastreamento de gado. E já faz tempo: a fábrica está desativada há dois anos e oito meses.  

#Casa Civil #Ceitec #Lula

Governo

Ceitec ganha sobrevida, mas não se sabe para que

9/11/2023
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A decisão do presidente Lula de suspender a liquidação da Ceitec encerra uma novela e dá início à outra. Segundo o RR apurou, o governo pretende montar uma comissão, com representantes de diversos Ministérios e da iniciativa privada, para elaborar um novo plano de negócios para a fabricante de semicondutores estatal. Parece uma decisão de quem não sabe muito bem que decisão tomar. No início do mandato, o Palácio do Planalto criou um conselho interministerial para analisar a viabilidade econômico-financeira da Ceitec. A conclusão dos trabalhos foi adiada por duas vezes. No fim, esse colegiado levou 10 meses apenas para decidir que a Ceitec não deveria ser extinta

#Ceitec #Lula

Tecnologia

Governo Lula empurra decisão sobre fabricante de chips

8/09/2023
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O governo, ao que parece, não tem ideia do que fazer com a Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada), fabricante de semicondutores instalada no Rio Grande do Sul. Segundo o RR apurou, no fim de agosto, o grupo interministerial criado com o objetivo de estudar soluções para a empresa encaminhou seu relatório à Presidência da República e à Pasta da Ciência e Tecnologia. O documento recomenda a retomada das atividades, com novos projetos, como a produção de chips de 350 a 180 nanômetros, de tecnologia mais avançada e maior valor de mercado – informação antecipada pelo RR. É o modelo defendido pela ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos. O Palácio do Planalto, no entanto, está longe de bater o martelo.

De acordo com a mesma fonte, sem qualquer justificativa ou sentido, o governo prorrogou os trabalhos da comissão interministerial por mais três meses, empurrando qualquer decisão para o fim do ano. Até lá, se o Centrão levar tudo que pede, a própria Luciana Santos provavelmente já nem estará mais no Ministério.

A julgar pelo Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024, o Palácio do Planalto talvez até já tenha tomado a sua decisão. Só não anunciou. O valor reservado para a Ceitec no ano que vem é de R$ 46 milhões, um corte de R$ 7 milhões em relação ao orçamento deste ano.

Não é verba de governo que quer levantar o negócio. Com essa cifra, qualquer plano de retomada das operações da estatal se torna inviável. Muito menos de reestruturação e ampliação das suas atividades. Estima-se que a Ceitec precisaria de investimentos da ordem de R$ 1 bilhão para produzir semicondutores com tecnologia mais sofisticada.

#Ceitec #Lula #Ministério de Ciência e Tecnologia

Destaque

Governo Lula quer retomar fabricação de chips. Só não sabe como

26/07/2023
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A China está gastando mais de US$ 140 bilhões para ser autossuficiente em semicondutores. A União Europeia lançou um programa de investimentos de 43 bilhões de euros para dobrar sua produção de chips até 2030. Enquanto isso, no Brasil… o governo Lula quebra a cabeça em busca de uma saída para o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), fabricante de semicondutores localizada no Rio Grande do Sul. A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PC do B), defende a retomada das atividades da Ceitec. Com base em estudos da área técnica da Pasta, prega ainda um upgrade da empresa. Por upgrade entenda-se o desenvolvimento de uma tecnologia mais avançada para a produção de chips de 350 a 180 nanômetros, segmento que atende a um mercado consumidor maior. A estatal foi concebida originalmente para fabricar insumos de 600 a 350 nanômetros. Quanto menor a medida, maior a capacidade de processamento. A mudança exigiria um investimento significativo para a modernização da planta. Um exemplo: os atuais equipamentos da Ceitec não permitem a filtragem de partículas das tecnologias de 350 a 180 nanômetros. 

A questão é: de onde virá o dinheiro para a conversão da fábrica da Ceitec se não há orçamento previsto sequer para a retomada das atividades da estatal? Esse é um ponto central das discussões travadas dentro da comissão interministerial criado com o objetivo de estudar soluções para a estatal. Esse grupo de trabalho tem até o dia 14 de agosto para apresentar um relatório. Mas as conversas comumente esbarram nas cifras. Estima-se que a empresa precise de algo em torno de R$ 1 bilhão para se tornar um centro de produção competitivo – praticamente o mesmo valor que recebeu entre 2008 e 2020, quando o governo Bolsonaro freou os aportes e incluiu a empresa no programa de privatizações. A estatal, ressalte-se, é historicamente deficitária. Seu primeiro lucro foi registrado apenas em 2021 – R$ 1,7 milhão, resultante em sua maior parte devido aos cortes draconianos que Bolsonaro fez no seu orçamento. Seu recorde de faturamento foi registrado em 2019 – R$ 155 milhões.  

O Brasil, diga-se de passagem, simplesmente não fabrica semicondutores avançados. Existem 11 empresas produzindo chips, mas todas concentradas no chamada backend, que é algo parecido com as “maquilas” ou montadoras – que fazem teste, afinamento e corte de componentes e não livram o país de uma dependência quase absoluta das importações. O país não atua no frontend, etapa que compreende a fabricação do componente. Como há um déficit global de chips, o Brasil fica refém da escassez global dos semicondutores. Recentemente, a Volkswagen anunciou que ia parar suas fábricas no país por falta de chips.  

Segundo informação apurada pelo RR, dentro do grupo interministerial, uma das propostas discutidas para aumentar a receita da Ceitec é ampliar seu escopo de atuação. Uma das ideias é entrar no desenvolvimento de tecnologias e equipamentos para a médica. Não é necessariamente um segmento estranho para a Ceitec. A empresa desenvolveu projetos de7 pesquisa no setor de saúde, para a detecção precoce de câncer.  

Outra hipótese sobre a mesa é buscar parcerias internacionais para financiar o “grande salto” da Ceitec. Pelas circunstâncias, o caminho mais óbvio é a China. Em abril, os presidentes Lula e Xi Jinping assinaram um acordo de cooperação para pesquisas e transferência de tecnologia na área de semicondutores. Na ocasião, em entrevista à Reuters, Celso Amorim, principal assessor de política externa do governo Lula, disse textualmente que o Brasil não se oporia “à instalação de uma fábrica chinesa de chips em solo nacional”. Talvez ela já exista e fique no Rio Grande do Sul. 

De toda a forma, a retomada da Ceitec é um trabalho hercúleo. Nos dois últimos anos do governo Bolsonaro, a estatal perdeu mais de 90% dos seus projetistas de chips – exatamente a alma do negócio. Projetos e pesquisas foram suspensos por falta de verbas

#Ceitec #China #Lula

Coalizão pela Ceitec

10/11/2021
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Parece haver um acordão contra a privatização da Ceitec, fabricante de chips do governo federal, localizada no Rio Grande do Sul. A bancada gaúcha no Congresso tem feito de tudo para procrastinar o processo de venda da estatal. Os parlamentares defendem que o governo mantenha a companhia e feche parcerias com investidores privados – o que não teria sido tentado até agora. Ao mesmo tempo, a venda da Ceitec enfrenta resistências também por parte do TCU: a Corte já determinou a suspensão do processo, exigindo
que o governo apresente uma série de informações que justifiquem a operação. Cabe lembrar que a desestatização da fabricantes de semicondutores é uma “semiprivatização”: o governo pretende vender o banco de projetos e extinguir a empresa.

#Ceitec

Semiprivatização

21/07/2020
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A privatização da Ceitec, empresa de semicondutores vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, deve ser empurrada para o segundo semestre de 2021. Neste ano, como era o previsto, esquece.

#Ceitec

Acervo RR

Renda fixa

18/05/2020
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O modelo de privatização da fabricante de semicondutores Ceitec deverá assegurar ao comprador a manutenção, por até cinco anos, do contrato de produção dos chips dos passaportes brasileiros. O que ninguém sabe no Ministério da Economia é quando será a venda, antes prevista para o primeiro semestre de 2021.

#Ceitec #Ministério da Economia

Renda fixa

18/05/2020
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O modelo de privatização da fabricante de semicondutores Ceitec deverá assegurar ao comprador a manutenção, por até cinco anos, do contrato de produção dos chips dos passaportes brasileiros. O que ninguém sabe no Ministério da Economia é quando será a venda, antes prevista para o primeiro semestre de 2021.

#Ceitec #Ministério da Economia

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