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Casino corta alavancagem do Pão de Açúcar de olho na porta de saída

10/04/2024
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Segundo o RR apurou, o Casino trabalha com a meta de diminuir a relação dívida líquida/Ebitda do Grupo Pão de Açúcar de 3,5 para 2 vezes. A ordem é cortar na própria carne para fazer caixa e abater o endividamento. De acordo com a mesma fonte, além de ajustes na estrutura de custos, a rede varejista vai colocar à venda um pacote de ativos imobiliários, como lojas e centros de distribuição. A companhia já sonda potenciais compradores. Entre os interessados na aquisição estariam o FII CSHG Renda Urbana, fundo do Credit Suisse Hedging Griffo, e o TRX Real Estate.

Os franceses tratam a redução do nível de alavancagem do Pão de Açúcar como fundamental para o passo seguinte – e decisivo: a venda do restante das suas ações na rede varejista e consequentemente a sua saída do Brasil. É um trabalho árduo, feito quase que a conta-gotas. O Pão de Açúcar já colocou seus postos de combustíveis e até mesmo a sua sede, em São Paulo, à venda, com o objetivo de amealhar recursos para abater a dívida. Os R$ 704 milhões arrecadados com a recente oferta de ações tiveram o mesmo destino: diminuir o passivo.

#Casino #Pão de Açúcar

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Ana Maria Diniz é pule de dez para assumir o comando dos negócios da família

20/02/2024
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O vice-presidente do colegiado da Península, empresa de participações do clã Diniz, Eduardo Rossi, ascenderá à posição de presidente executivo – conforme antecipou o colunista Lauro Jardim, de O Globo. Será “um Abílio Diniz com um razoável deságio”. Mas, da família mesmo, o nome que desponta para tomar conta do negócio é o da filha primogênita de Abílio, Ana Maria Diniz. Desde cedo, Ana Maria sempre disputou com o também falecido João Paulo Diniz o lugar de braço direito do pai. Outro herdeiro, Pedro Paulo Diniz, é carta fora do baralho, já que se dedicou a uma vida alternativa, com o cultivo de alimentos orgânicos.

Ana Maria é casada com Luiz Felipe D`Avila, cientista político filiado ao Partido Novo. Pouco se espera de mudanças com a provável ascensão da filha de Abílio Diniz. Talvez um aumento de gastos em filantropia e instituições voltadas para a educação. Um resíduo em uma fortuna de mais de uma dezena de bilhões controlada pela holding Península. Ou seja: Ana tem um DNA humanístico similar ao de Neca Setubal, uma das herdeiras da holding Itausa. Com a ressalva que, do ponto de vista político, a filha de Abilio tem um perfil mais conservador, ao passo que Neca é próxima de Marina Silva.

Ana Maria conhece tudo dos negócios dos Diniz. Quando a família comandava o Pão de Açúcar, ocupou todas as posições da área operacional. É graduada em Administração de Empresas, com especialização pela Harvard Business School. Não há dúvida de que a primogênita de Abilio é a luva do clã Diniz que cabe com maior perfeição no comando da Península.

#Abilio Diniz #Ana Maria Diniz #comando #Península

Empresa

Pão de Açúcar não consegue remarcar seu próprio valuation

8/02/2024
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A ação do CEO do Grupo Pão de Açúcar, Marcelo Pimentel, está em baixa no Casino. O executivo não vem sendo bem-sucedido na última missão que lhe resta no cargo: aumentar o valuation da companhia para a venda do controle. Até o momento, mesmo após o anúncio da alienação da sede em São Paulo e das negociações para a venda de 66 postos de combustíveis, o papel do GPA derrapa – no ano, acumula queda de 3%. O market cap do Pão de Açúcar hoje mal passa da marca de R$ 1 bilhão. É uma cifra mais do que convidativa para um take over em bolsa.

#Grupo Pão de Açúcar

Negócios

Pão de Açúcar entrega as chaves da própria casa

22/09/2023
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O Grupo Pão de Açúcar (GPA) deverá anunciar até a primeira semana de outubro a venda do imóvel onde está instalada sua sede, em São Paulo. Do outro lado da mesa, está um grande fundo de real estate brasileiro. A operação gira em torno dos R$ 270 milhões. Em meio ao “sai não sai do Brasil”, o Casino tem feito caixa com a alienação de ativos imobiliários do GPA. No início deste mês, o Pão de Açúcar levantou R$ 247 milhões com a venda de um imóvel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Em junho, negociou 11 lojas por R$ 330 milhões.

#Grupo Pão de Açúcar

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Minoritários do Pão de Açúcar contestam acordo caseiro com Casino

15/09/2023
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Um grupo de minoritários do Grupo Pão de Açúcar (GPA) está se mobilizando para acionar a companhia junto à CVM. O objetivo é exigir da empresa detalhes das negociações para a venda da sua participação na Cnova para o próprio Casino. O GPA anunciou ter criado uma comissão independente para analisar a proposta. Mas, até o momento, trata-se de uma caixa preta: não há qualquer detalhe dos termos e condições do possível acordo.

O Pão de Açúcar detém 34% na Cnova, empresa de comércio eletrônico do próprio Casino – o restante das ações pertence ao grupo francês. A valores de mercado, essa participação é estimada em aproximadamente 340 milhões de euros. O Casino está nas duas pontas da operação. Em última instância, na condição de controladores da GPA, os franceses terão o poder de aprovar a oferta apresentada por eles próprios. O receio dos minoritários do Pão de Açúcar é que o conglomerado pague um valor subapreciado. Consultada pelo RR, a GPA não se manifestou.

A CVM, por sua vez, afirmou que “acompanha e analisa informações envolvendo companhias abertas, tomando medidas cabíveis, sempre que necessário.” Disse ainda que “que reclamações e consultas encaminhadas à entidade são devidamente verificadas, recebendo o tratamento adequado.” Perguntada sobre o Pão de Açúcar, a autarquia informou que “não comenta casos específicos”.

#Casino #CVM #GPA

Destaque

Minoritários do Pão de Açúcar querem barrar spin-off do Éxito

11/08/2023
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Segundo o RR apurou, minoritários do Pão de Açúcar acionaram a CVM na tentativa de barrar o iminente spin-off da participação da GPA (Grupo Pão de Açúcar) na rede de supermercados colombiana Almacenes Éxito. Alegam que a operação é danosa aos investidores e feita sob medida para beneficiar um único acionista da companhia: o próprio Casino, seu controlador. Não estão sozinhos. Internamente, executivos do próprio Pão de Açúcar já se manifestaram contra a cisão entre as duas redes varejistas, conforme informou o jornal Valor Econômico. No entanto, a operação tem o apoio – para não dizer a imposição – da maior parte dos conselheiros da companhia, não por acaso indicados pelo Casino. Trata-se de uma engenharia idealizada por Jean Charles Naouri, uma de suas últimas demonstrações de poder antes de perder o controle do grupo francês.

Em contato com o RR, a CVM informou que “não comenta casos específicos”. Por sua vez, o Pão de Açúcar afirma que a “distribuição de ações do Almacenes Êxito a acionistas do GPA foi proposta pelo Conselho de Administração e aprovada em assembleia de acionistas na data de14/02/2023 com amplo apoio de acionistas minoritários”. Não deixa de ser verdade, ainda que parcialmente. Para começar, nem todos os minoritários votaram a favor da proposta. Além disso, de lá para cá, um fato novo, que não estava na mesa no momento em que ocorreu a assembleia de acionistas, embaralhou todas as cartas e mexeu com o racional da operação: a entrada em cena do empresário colombiano Jaime Gilinski. Dono da terceira maior fortuna da Colômbia, Gilinski já fez duas ofertas por 51% das ações do Éxito em poder do Pão de Açúcar – no total, a participação da empresa brasileira é de 96,5%. O conselho do GPA rechaçou ambas as ofertas, a mais recente de US$ 586,5 milhões.

A acusação de parte dos minoritários é que a recusa não passa de uma manobra do Casino e, em particular de Jean Charles Naouri, para se beneficiar, lesando os demais investidores do Pão de Açúcar. Com o spin-off e a consequente distribuição da participação no Éxito proporcionalmente entre os acionistas da GPA, o grupo francês vai ficar com 34% da empresa colombiana. E poderá vender esses papéis imediatamente – antes mesmo de qualquer definição sobre sua saída do Brasil. Ou seja: o Casino vai embolsar um dinheiro que poderia entrar no caixa do Pão de Açúcar, seja para abater dívida, seja para ser distribuído sob a forma de dividendos, caso a proposta de Gilinski fosse aceita, e o spin=off da participação no Éxito, suspenso.

Os minoritários contrários à operação estão pressionados. Neste momento, travam uma corrida contra o relógio. Conforme o próprio Pão de Açúcar informou ao RR, aoperação de distribuição de ações do Éxito “já obteve devidas aprovações regulatórias e está em fase final de conclusão.”

Na última terça-feira, o Pão de Açúcar teve autorização do órgão regulador do mercado de capitais na Superintendência Financeira de Colômbia, órgão regulador daquele país. para a transferência das ações do Éxito aos seus acionistas. No mesmo dia, GPA e Casino firmaram um acordo prevendo a data de 22 de agosto para a distribuição dos ADRs e BDRs da empresa colombiana.

#GPA #Pão de Açúcar

Empresa

CNova é um fardo sobre a venda do Pão de Açúcar

27/07/2023
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Há uma peça solta na engrenagem de venda do Grupo Pão de Açúcar (GPA): a CNova, braço de e-commerce do Casino. O GPA tem 34% do capital – o restante pertence ao grupo francês. Entre os próprios executivos da rede brasileira, há um consenso de que essa participação mais atrapalha do que ajuda no valuation para a venda do controle da rede varejista. A CNova carrega mais de 600 milhões de euros em dívidas e está no meio de um intrincado processo de conciliação com seus credores no Tribunal Comercial de Paris. Nos últimos dois anos, a companhia perdeu 75% do seu valor de mercado.  

  1. Some-se o fato de que o cruzamento societário com a CNova só faz sentido enquanto o Casino for o dono do Pão de Açúcar – o que não deve durar muito. A princípio, o futuro dono da rede de supermercados brasileira não teria vantagens em carregar uma participação em uma empresa que reúne as operações digitais do grupo francês. A alternativa sobre a mesa é resgatar um projeto que os franceses chegaram a ensaiar em meados de 2021: a venda separada da participação do Pão de Açúcar na CNova. Antes o Casino tivesse levado o plano adiante há dois anos: de lá para cá, o valor da participação da GPA na companhia de e-commerce caiu de aproximadamente R$ 7 bilhões para R$ 1,9 bilhão. Procurado pelo RR, o Pão de Açúcar não quis se manifestar. 

#Grupo Pão de Açúcar

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Assaí vai colocar seus imóveis na gôndola

12/07/2023
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O Assaí, agora definitivamente desvinculado do Casino, pretende fazer caixa com a venda de imóveis, tanto hipermercados quanto centros de distribuição. O grupo atacadista já vem mantendo conversações com fundos de real estate, entre os quais o TRX e a Barzel Properties. O primeiro acaba de fechar uma nova captação, da ordem de R$ 130 milhões. A Barzel, por sua vez, tem protagonizado alguns dos principais deals do setor, com números ainda mais robustos. No mês passado, fechou a aquisição de quatro centros de distribuição e cinco lojas do Carrefour por R$ 1,2 bilhão. Em fevereiro de 2022, comprou, de uma só tacada, 17 imóveis pertencentes ao Pão de Açúcar e ao próprio Assaí, à época ainda pertencente ao Casino. Procurado pelo RR, o Assaí disse não comentar boatos. 

#Assaí #Carrefour #Casino #Pão de Açúcar

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Quem vai ficar com o Pão de Açúcar?

28/06/2023
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Grupos do setor de varejo se alvoraçaram todos hoje com a notícia de que o Casino vai vender o Grupo Pão de Açúcar. Diversos players foram citados como prováveis compradores. Um nome automaticamente aventado é o de Abílio Diniz, com sua Península Participações. Há contra-argumentos à volta de Diniz ao Pão de Açúcar: sua idade e a própria manifestação do empresário de que não pretende mais imprimir um ritmo de vida similar ao do passado e de que vai se dedicar a sua família, noves fora a sua posição acionária no Carrefour. Um cruzamento societário ou uma fusão envolvendo Pão de Açúcar e Carrefour parece mais do que improvável. Nesse cenário, seria o caso de acabar com o Cade. Em um momento anterior à fraude das Americanas, o nome de Jorge Paulo Lemann surgiria naturalmente, devido às sinergias. Seria criado um gigante do varejo. Absolutamente fora de questão.  

Mas quem, então, vai ficar com o Pão de Açúcar? 

Segundo as fontes do RR, três corredores estariam no grid de largada, todos eles de fora do setor supermercadista: Grupo Ultra, Itaúsa e J&F. Do trio, o que parece ter mais sinergia com o Pão de Açúcar é o Ultra, que mantém uma operação de lojas de conveniência casada à rede de postos Ipiranga. A GPA tem mais de 600 pontos de venda. É dentro desse universo que caberia a reconstituição de uma rede de postos. A Itaúsa, por sua vez, tem feito uma ampla diversificação de seus negócios: está na fabricação de sandálias (Alpargatas) e de painéis de madeira e louças e metais (Dexco), em concessões de infraestrutura (CCR), no saneamento (Aegea), em energia (Copa) e no transporte de gás natural (NTS). Já a J&F, que parece querer comprar o mundo, também tem demonstrado enorme apetite em ampliar seu raio de atuação. Os irmãos Joesley e Wesley Batista, notórios pelo controle da JBS, são donos também do Banco Original, de parte da Eldorado Celulose, da PicPay, de ativos na área de mineração, do Canal Rural, da Âmbar Energia e da Flora, de material de higiene e limpeza. E, neste momento, estudam fazer uma oferta para a compra da Braskem. Grupo Ultra, Itaúsa e J&F têm algo em comum: um nível de alavancagem confortável e caixa para suportar uma aquisição do porte do Pão de Açúcar. O Ultra tem uma relação dívida líquida/Ebitda de 1,7.  O Itaúsa apresenta uma situação ainda mais folgada: um múltiplo de apenas 0,53. Dos três candidatos à compra do Pão do Açúcar, a J&F é quem carrega a maior proporção entre o passivo de curto prazo e o Ebitda (2,7). Mas ninguém tem dúvida sobre o poder de fogo do grupo em levantar crédito no mercado.  

No meio do caminho, certamente vão surgir outros interessados. Por enquanto, o futuro do Pão de Açúcar é pura especulação. 

#Abilio Diniz #Cade #Grupo Pão de Açúcar #Jorge Paulo Lemann

Negócios

Fundo da CSHG pode ser o novo “senhorio” de sede do Pão do Açúcar

17/05/2023
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O fundo CSHG Renda Urbana II, da Credit Suisse Hedging Griffo, tem interesse na compra da sede do Pão de Açúcar em São Paulo. O Casino está pedindo cerca de R$ 250 milhões pelo imóvel, no formato sale and leaseback, ou seja, mantendo um contrato de locação do edifício. O CSHG Renda Urbana II vem se mantendo razoavelmente imune à crise global do Credit Suisse. Com ativos totais da ordem de R$ 2,5 bilhões, tem sido um dos fundos de real estate mais agressivos do setor, notadamente em São Paulo. 

#Credit Suisse Hedging Griffo ( #Pão de Açúcar

Destaque

Casino dá mais um passo rumo à porta de saída do Brasil

31/03/2023
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O RR apurou que o Grupo Pão de Açúcar (GPA) vai vender o restante da sua participação na rede de supermercados colombiana Almacenes Éxito. No início do ano, o GPA já havia distribuído entre seus próprios acionistas o equivalente a 83% da empresa. Manteve apenas 13%, que agora também serão colocados sobre o balcão. Levando-se em consideração o valuation que serviu de base para as operações anteriores, essa fatia corresponde a algo em torno de R$ 1,4 bilhão. Mas o que está em jogo vai muito além dessa cifra. O descruzamento entre o GPA e o Éxito reforça a percepção de que o Casino está arrumando sua prateleira de ativos para deixar o Brasil. O grupo tem feito uma sucessão de movimentos societários que apontam para a porta de saída do país. Em novembro do ano passado, vendeu cerca de R$ 3,6 bilhões em ações do Assaí, seu braço atacadista. No último dia 17, amealhou outros R$ 4 bilhões com mais uma oferta de papéis da companhia – operação antecipada com exclusividade pelo RR um mês antes. Ou seja: no intervalo de quatro meses, os franceses reduziram sua posição no Assaí de 40% para somente 11,7%. No varejo já se dá como certo que o Casino venderá o restante das ações em breve – talvez ainda neste semestre -, decretando sua saída em definitivo da rede atacadista. Ficaria faltando apenas um último passo no Brasil: a venda do próprio Pão de Açúcar. Consultado, o Casino não quis se pronunciar. 

Hoje parece ser mais fácil vender o Assaí do que o Pão de Açúcar. O que talvez ajude a explicar por que os franceses têm feito seguidas ofertas de ações da rede atacadista, no que parece ser o início de um processo de fade out no Brasil. Hoje, o Assaí é o “primo rico” entre os negócios do Casino no Brasil. Ainda que o resultado tenha sido 25% inferior ao de 2021, a empresa fechou o ano passado com um lucro de R$ 1,2 bilhão. O Ebitda beirou os R$ 4 bilhões, 24,5% a mais do que no ano anterior. Já o Pão de Açúcar tem cumprido o papel de “primo pobre”, ao menos em relação aos resultados mais recentes. No último trimestre de 2022, o GPA reportou um prejuízo de R$ 1,1 bilhão, contra um lucro de R$ 77 milhões em igual período no ano anterior. O número causou perplexidade no mercado, por superar, e muito, as estimativas dos departamentos de research – o BTG, por exemplo, trabalhava com a projeção de um prejuízo na casa dos R$ 110 milhões.  

#Assaí #Casino #Grupo Pão de Açúcar

Destaque

Americanas é a campeã de empréstimos do BNDES ao varejo

26/01/2023
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Entre tantos outros pontos até então na penumbra, o escândalo contábil da Americanas joga luz sobre a excessiva generosidade do BNDES com a companhia de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcelo Telles. A enorme diferença entre o volume de recursos disponibilizado pelo banco para a empresa e para suas principais concorrentes causa estranheza. Segundo levantamento feito pelo RR, entre 2002 e 2018 o BNDES liberou para a Americanas R$ 5,529 bilhões, em 12 operações de empréstimo. No mesmo período, Carrefour, Pão de Açúcar, Magazine Luiza e Via Varejo, somadas, receberam do banco um total de R$ 2,497 bilhões, ou seja, menos da metade do crédito concedido à companhia de Lemann, Sicupira e Telles. Entre as big five do varejo, quem chegou mais “perto” nesse intervalo foi o Carrefour, com um total de R$ 1,193 bilhão em financiamentos. Significa dizer que a rede francesa tomou junto ao BNDES apenas 21% da dinheirama obtida pela Americanas entre 2002 e 2018, como mostra a tabela abaixo.

 

De imediato, os números deixam no ar algumas perguntas: por que coube ao BNDES financiar a instalação de quiosques, por exemplo? Afinal não são as empresas de Lemann e sócios um exemplo de capitalização via mercado? A crítica ao acesso do dinheiro bom e barato do BNDES pelas empresas do varejo não deveria ser feita pelas próprias instituições financeiras que dinamitam o banco desde o governo Lula 2? Por que tanta condescendência com o trio? Não faz sentido desviar recursos de pequenas e médias empresas, infraestrutura e de todo o setor secundário da economia para o varejo. E o que é pior, praticamente uma única empresa do varejo. Trata-se de um setor responsável por mais de 26% do PIB brasileiro, enquanto a indústria segue a passos largos em seu processo de africanização – a indústria de transformação afunda na casa dos 11% do PIB, menor índice desde 1947.

Há outro número que salta aos olhos, conforme o gráfico abaixo. Os acordos firmados entre os “Lemann Brothers” e o BNDES cresceram significativamente ao longo das últimas duas décadas, até chegar à soma de R$ 4 bilhões obtidas em duas operações entre 2013 e 2108.  

 

 

 

A maior soma anual de empréstimos foi registrada em 2018, no valor de R$ 2,4 bilhões – do valor contratado, segundo o RR apurou, a rede varejista utilizou efetivamente R$ 1,2 bilhão. A cifra bate o recorde anterior, de 2014, que, por sua vez, bate o recorde de 2010, que, por sua vez, bate o recorde anterior, de 2009. Outro dado chama a atenção e escancara ainda mais o abismo que separa a Americanas de suas concorrentes no ranking de empréstimos da agência de fomento. A partir de 2011, não há registro de novos empréstimos para Magazine Luiza, Via Varejo, Pão de Açúcar e Carrefour.  

Ao se colocar uma lupa sobre o volume de recursos liberados pelo BNDES à Americanas, crescem também as dúvidas sobre a própria viabilidade do modelo de negócio da companhia. O objetivo dos empréstimos sugere uma crescente necessidade da empresa de Lemann e cia. de ir ao mercado para financiar o seu dia a dia. Das duas grandes operações de crédito fechadas entre 2014 e 2018, no já citado valor somado de R$ 4 bilhões, aproximadamente R$ 1,6 bilhão tiveram como finalidade declarada, de forma integral ou em parte, o financiamento ou reforço do capital de giro da rede varejista. É justamente onde foi depositado o ovo da serpente das “inconsistências contábeis” traduzidas em um rombo no balanço de ao menos R$ 20 bilhões. Talvez a maior esquisitice nessa relação materna do BNDES com a Americanas não seja especificamente a deferência do banco à varejista, e, sim, o intervalo de tempo em que esses empréstimos se realizaram. A transferência da grana do banco para o bolso corporativo de Lemann e seus sócios, digamos assim, se deu majoritariamente nos governos do PT. Ou seja, os ícones do financismo mamaram nas mesmas tetas que alimentaram, por exemplo, Marcelo Odebrecht e os irmãos Batista, da JBS. No momento, cabe aprumar o BNDES de forma a evitar que esses desvios de prioridade aconteçam e o dinheiro que deveria irrigar a economia física e estratégica do país vá parar nos dutos das “inconsistências contábeis” de espertos que se autointitulam os reis do mercado.

#BNDES #Lojas Americanas

Negócios

A ressaca do Pão de Açúcar no mercado de vinhos

23/11/2022
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O Grupo Pão de Açúcar não está para brindes. Às vésperas do Natal, um dos grandes players do mercado brasileiro de vinhos tem sido obrigado a rever estratégias e tomar decisões que deixam um amargo retrogosto. Segundo uma fonte próxima ao grupo, há cerca de três meses a rede varejista trocado boa parte da equipe responsável pela compra de vinhos. O diagnóstico interno é que a área errou na mão e calibrou mal os pedidos. Com a demanda aquém do estimado, a companhia teria ficado com um excesso de estoques, de acordo com a mesma fonte. Procurado pelo RR, o Pão de Açúcar não se manifestou.  

Justiça seja feita, em maior ou menor medida, trata-se de um problema que aflige as redes supermercadistas de uma maneira geral. Em 2020 e 2021, com a pandemia e o confinamento, as vendas de vinhos nos supermercados dispararam – em São Paulo, por exemplo, o aumento beirou os 50% em comparação ao período pré-Covid. Resultado: grandes redes se inebriaram com esses números e entraram em 2022 com os estoques abarrotados. No entanto, com a reabertura dos restaurantes, as vendas recuaram, forçando a queima de estoques por meio de promoções. 

Dificuldade pouca é bobagem. Ressalte-se ainda que o repique do dólar, alimentado pelas incertezas econômicas, pegou o varejo no contrapé em um momento fulcral: este é o período em que as redes costumam montar seus estoques para as vendas de Natal. De acordo com a fonte do RR, o Pão de Açúcar e seus concorrentes pisaram no freio, adiando pedidos que seriam fechados nos últimos dias. 

#Grupo Pão de Açúcar

Economia

Custo de vida 1

27/10/2022
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O preço do pãozinho nosso de cada dia pode subir. O Ministério da Agricultura monitora, com apreensão, o nível dos estoques de trigo na Argentina. Há um crescente risco do governo de Alberto Fernández conter as exportações do produto para reequilibrar a oferta local no momento em que a indústria de panificação aumenta o ritmo de produção para o Natal. Ressalte-se que a última safra de trigo na Argentina foi duramente afetada pelas secas, reduzindo os estoques do cereal. Má notícia para o Brasil. Guardadas as devidas proporções, em termos de dependência, a Argentina está para o trigo como a Rússia para os fertilizantes. O Brasil exporta aproximadamente 60% do trigo que consome. Desse total, mais de 85% vêm do país vizinho.

Custo de vida 2

O Ministério de Minas e Energia estuda reduzir, nos próximos dias, o índice de etanol misturado à gasolina, hoje de 27%. Trata-se de uma tentativa de conter novos aumentos dos preços dos combustíveis, em razão da entressafra na produção de cana de açúcar e do consequente impacto sobre a oferta de álcool no país.

#Ministério da Agricultura #Ministério de Minas e Energia

Varejo em três tempos

27/09/2022
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O Grupo Pão de Açúcar voltou a discutir a venda de parte da CNova, seu braço de e-commerce.

A “liquidação” ainda não terminou. A BR Malls deverá fechar a venda de mais dois shoppings ainda neste ano.

A Lojas Cem já pensa em 2023: planeja abrir 20 pontos de venda ao longo do ano que vem. A rede varejista da família Dalla Vecchia é um herói da resistência. Opera apenas com lojas físicas e deve faturar neste ano algo próximo a R$ 5,2 bilhões.

#BR Malls #Cnova #Grupo Pão de Açúcar

Casino destrava o caminho para a venda do Pão de Açúcar

24/08/2022
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O iminente spinoff do Grupo Pão de Açúcar (GPA) e da rede colombia- na Éxito oculta mais do que revela. O Casino pode estar preparando o terreno para a venda de ativos no Brasil. Nos bastidores do varejo circula informações sobre o interesse dos franceses em se desfazer da sua operação de supermercados, o que, na prática, significaria a negociação do próprio GPA.

A cisão do Pão de Açúcar e do Éxito permitirá ao Casino mexer na subsidiária brasileira sem impactar seus negócios na Colômbia. As peças parecem se encaixar, e não é de hoje. No fim do ano passado, o Pão de Açúcar transferiu todos os seus hipermercados para o Assaí, também controlado pelos franceses.

Ou seja: o Casino tirou de uma mão e passou para a outra, já antevendo a hipótese de permanecer com o negócio de hiper e “atacarejo” e deixar o segmento de supermercados. Com não poderia deixar de ser, o assunto ainda é guardado a sete chaves pelos franceses. Procurado pelo RR, o Pão de Açúcar não se manifestou sobre a possibilidade de venda de seus supermercados. A empresa limitou-se a mencionar o fato relevante sobre o spinoff com a Éxito.

#Assaí #Éxito #Grupo Pão de Açúcar

Bilhete de entrada

19/08/2022
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O Grupo Iter, operador do bondinho do Pão de Açúcar, contratou o Banco Genial, de olho nas concessões de áreas ambientais. Tanto a União quanto os governos estaduais prometem uma sucessão de leilões para os próximos meses. Minas Gerais, por exemplo, planeja licitar até 20 parques estaduais.

#Banco Genial #Grupo Iter

Até onde vai o Pão de Açúcar?

5/07/2022
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O Casino está embalando a venda de um novo lote de lojas das bandeiras Pão de Açúcar e Extra. No mercado, os seguidos movimentos nesta direção só alimentam o zunzunzum de que Jean-Charles Naouri, chairman do Casino e do Grupo Pão de Açúcar, estaria arrumando a casa para a venda da operação brasileira.

#Casino #Extra #Grupo Pão de Açúcar

Fazendo caixa

22/06/2022
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O Casino negocia a venda de um lote de lojas da bandeira atacadista Assaí. O principal candidato é o fundo CSHG Renda Urbana, leia-se a Credit Suisse Hedging Griffo. No início do ano, o grupo francês já vendeu 17 lojas do Pão de Açúcar à Barzel Properties, leia-se o GIC, fundo soberano de Cingapura.

#Assaí #Credit Suisse Hedging Griffo (

Nas alturas

6/06/2022
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A Iter, controladora do Bondinho do Pão de Açúcar, vai partir para a compra de outras concessões ligadas ao turismo. Um dos alvos é o Parque da Chapada dos Guimarães, que deve ser licitado neste ano. A Iter carrega munição para a empreitada: captou R$ 100 milhões em debêntures.

#Iter #Pão de Açúcar

Jogo de sinais

3/06/2022
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O Pão de Açúcar busca um sócio para a CNova, sua plataforma de e-commerce. Por essas e outras é que os rumores de saída do Casino do Brasil crescem a cada dia.

#Cnova #Pão de Açúcar

Quem mais seria

20/05/2022
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Jean-Charles Naouri, chairman do Casino e do Pão de Açúcar, já identificou a fonte do vazamento de informações sobre a eventual saída do grupo do Brasil. E quem mais seria?

#Pão de Açúcar

Lula põe o “Vale Comida” na mesa do brasileiro

18/04/2022
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Em meio à partida da campanha eleitoral, Lula quer arrancar um benefício social do governo Bolsonaro. O candidato do PT vai defender um “Vale Comida” urgente. Com o brutal encarecimento da maior parte dos alimentos da cesta básica, os salários dos mais pobres e da classe média e o próprio Auxílio Emergencial estão sendo corroídos. A inflação parece mais resiliente do que o previsto pelo governo. Ela vem de fora para dentro, movida pelos altos preços internacionais dos alimentos. Com isso, a remarcação nas gôndolas dos supermercados retornou, furiosa. A maioria dos analistas considera que a tendência é de continuidade das elevadas cotações dessas mercadorias no exterior.

O BC, por sua vez, enxerga uma inflação de demanda e usa o receituário clássico de taxas de juros nas alturas e sangria desatada da economia. Mas a carestia parece ser de outra origem. Portanto, o remédio pode matar o paciente. No momento, a família brasileira quer ouvir uma única frase: comida mais barata. A oposição pretende bater bumbo propondo que o governo institua algum subsídio para reduzir o impacto da inflação no preço da comida. A bandeira é boa e pode pegar. O governo, se não for insensível e tiver bom senso, poderia se antecipar às intenções de Lula e do PT e implementar rapidamente alguma medida que incluísse uma redução dos preços de itens da cesta básica, como galinha, feijão, açúcar, macarrão etc.

Ou fazer a seleção em função daqueles alimentos que tiveram maiores aumentos. Há controvérsias na medida. O dinheiro dado direto ao cidadão não resolve o problema da corrosão da renda, pois os preços dos alimentos continuarão subindo. Outra hipótese, conceder um subsídio direto para o congelamento dos preços mais estapafúrdios, em combinação com os supermercados, não seria aceita por Paulo Guedes. Além do mais, as experiências anteriores com os supermercados nunca deram certo.

Lembrai-vos dos fiscais do Sarney. Mas a racionalidade de pensar na compensação do descalabro dos alimentos é grande. O ganho popular seria enorme. Nesse momento, o povo não quer outra coisa. A lentidão de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes poderá permitir que Lula e o PT tenham o tempo necessário para fazer um fuzuê capaz de “takeoverizar”, ainda no ventre das boas intenções, um bem-vindo “Vale Alimento”. Em linhas gerais, é factível fazer chegar o pão à boca homem com política de rendas, pelo menos até que a inflação arrefeça. E nunca foi tão elementar tirar o pão da boca de um governo que corre para sanar problemas depois que o mal já está feito. Deixem estar, que o PT vai fazer o barulho e comer o pão sozinho.

#Auxílio emergencial #BC #Lula #PT

Liquidação de lojas

17/03/2022
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O Casino vai acelerar o seu desinvestimento em real estate o Brasil. Os franceses, segundo o RR apurou, procuram compradores para uma leva de lojas da bandeira Pão de Açúcar. Um fundo do setor, ligado a uma grande gestora de recursos, já demonstrou interesse pelo negócio. De acordo com a mesma fonte, a operação deve ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão. No mês passado, não custa lembrar, o Grupo Pão de Açúcar fechou a venda de 17 imóveis do Extra para o GIC, fundo soberano de Cingapura, por aproximadamente R$ 1,2 bilhão.

#Extra #GIC #Grupo Pão de Açúcar

Abilio Diniz é a porta de entrada da Auchan no Carrefour

15/02/2022
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O RR apurou que Abílio Diniz está disposto a negociar suas ações no Carrefour para a Auchan, outra das grandes redes varejistas da França. Diniz tem aproximadamente 8% do capital do grupo francês. A valor de mercado, sem contabilizar qualquer prêmio de controle, sua participação equivale a algo em torno de um bilhão de euros.

O empresário, ressalte-se, é peça chave na possível venda do Carrefour à Auchan, negociação que se arrasta desde setembro do ano passado. Trata-se do segundo maior acionista da companhia, atrás apenas da família Moulin. Procurada pelo RR, a Península Participações, holding da família Diniz, não se pronunciou.

As tratativas, ressalte-se, contemplam a possibilidade tanto de Abilio Diniz quanto da família Moulin receberem parte do seu pagamento em ações da própria Auchan. De toda a forma, aos poucos, Diniz está se tornando um dos empresários mais líquidos do Brasil, uma espécie de Aloisio Faria, que passou a ter parte da sua fortuna em dinheiro vivo após a venda do Banco Real. Entre outros negócios, o ex-controlador do Pão de Açúcar embolsou cerca de R$ 900 milhões com a venda da sua participação na BRF. Há cerca de três anos, amealhou também outros R$ 800 milhões ao se desfazer do equivalente a 2,5% do Carrefour Brasil.

#Abilio Diniz #Auchan #Carrefour

Marcadas para morrer

24/01/2022
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A rede Assaí vai fechar em definitivo uma leva de lojas da bandeira Extra. De acordo com a mesma fonte, no Rio de Janeiro, ao menos dois empreendimentos serão desativados. O Assaí fechou a compra das lojas do Extra junto ao Pão de Açúcar em outubro do ano passado, em um negócio de “irmãos”. As duas redes varejistas são controladas pelo francês Casino.

#Assaí #Extra #Pão de Açúcar

Fotocópia

14/01/2022
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O RR apurou que o Carrefour tem planos de lançar uma nova bandeira, voltada à venda de alimentos naturais, frescos e perecíveis. Parafraseando Chacrinha, também no varejo, nada se cria, tudo se copia. A rede concorreria com o Hortifruti e com a Pão de Açúcar Fresh, do Casino. Procurado, o Carrefour não quis se pronunciar.

#Carrefour #Hortifruti #Pão de Açúcar

Efeito colateral da vaca louca

24/09/2021
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Grandes redes de supermercados, a exemplo do Carrefour e do Pão de Açúcar, estão surfando na suspensão temporária das exportações de carne bovina para a China. Nas últimas duas semanas, têm se aproveitado da alta circunstancial dos estoques para pressionar os frigoríficos e comprar grandes volumes a preços mais baixos. Segundo o RR apurou, em alguns casos, a redução chega a 20%. Enquanto os chineses “ajudarem”, a faca dos supermercados vai seguir afiada.

#Carrefour #Pão de Açúcar

Assaí vai morar de aluguel

23/07/2021
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Após fechar a transferência de cinco lojas para o TRX Real Estate por R$ 364 milhões, o Assaí estaria negociando a venda de outros pontos de venda para o fundo Credit Suisse Hedging Griffo Renda Urbana. Os recursos deve ser usados no pagamento de dívidas. Após sua cisão do Gripo Pão de Açúcar (GPA), o Assaí carregou o passivo do GPA referente à aquisição da rede de varejo colombiana Éxito.

#Assaí #GPA #TRX Real Estate

De primeira

4/05/2021
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O RR apurou que, além da cisão do Assaí, o Grupo Pão de Açúcar estuda também o spinoff da sua operação de e-commerce. O passo seguinte seria a abertura do capital em bolsa.

#Assaí #Grupo Pão de Açúcar

Ponto final

4/05/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Pão de Açúcar e Ipiranga.

Assaí online

23/03/2021
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O Assaí, braço de atacarejo do Pão de Açúcar, está montando uma mega plataforma de e-commerce. Segundo fonte próxima à empresa, a ideia é atuar como martketplace para outros varejistas. A aposta é que o novo negócio dará ainda mais gás à recém-lançada ação do Assaí.

#Assaí #Pão de Açúcar

Ponto final

23/03/2021
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Americanas, BR, Dafiti, Pão de Açúcar, Magazine Luiza e Grêmio.

Fila indiana

2/03/2021
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Depois do Grupo Pão de Açúcar, o Mercado Livre também estaria em conversações para uma parceria com o Carrefour. O acordo consistiria na venda de produtos da rede varejista francesa na plataforma digital.

#Grupo Pão de Açúcar #Mercado Livre

Quanto vale o Assaí?

1/03/2021
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R$ 18 bilhões. Segundo o RR apurou, essa é a estimativa de valuation com o que o Pão de Açúcar trabalha para o IPO da rede atacadista Assaí.

#Pão de Açúcar

Ponto final

1/03/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Pão de Açúcar, KFC e IMC.

Pronta resposta

9/02/2021
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O RR tem a informação de que o Carrefour estuda uma nova oferta de ações do Atacadão. A capitalização seria uma reação ao iminente IPO do Assaí, braço de atacarejo do Pão de Açúcar, assim como aos planos do concorrente de abrir mais de 120 lojas.

#Carrefour

Pão de Açúcar não quer reincidência

4/01/2021
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O RR traz de primeira: o Grupo Pão de Açúcar vai assumir os serviços de segurança em suas mais de mil lojas no Brasil, encerrando os contratos com empresas terceirizadas. De acordo com a mesma fonte, a medida será gradativamente implantada ao longo dos próximos meses. A tragédia no concorrente Carrefour – leia-se o assassinato de João Alberto Freitas por um segurança de um hipermercado de Porto Alegre, em novembro – foi determinante para a decisão. A rede francesa, por sinal, tomou decisão similar e já anunciou que vai internalizar sua segurança. O próprio Pão de Açúcar está longe de ser ficha limpa no quesito. No ano passado, um segurança contratado pela empresa matou um homem de 25 anos dentro do hipermercado Extra, na Barra da Tijuca. Um ano antes, um jovem de 16 anos foi agredido por três agentes de segurança em uma loja do Pão de Açúcar em São Paulo.

#Carrefour #Grupo Pão de Açúcar

Ponto final

4/01/2021
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Pão de Açúcar, Natura, Polícia Federal e Rede D ´Or.

Carteira cheia

10/12/2020
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A gestora norte-americana BlackRock está se empanzinando de ações da ViaVarejo e do Grupo Pão de Açúcar. Mais um sinal de que o consumo deve bombar no fim do ano.

#Grupo Pão de Açúcar #ViaVarejo

Ponto final

2/12/2020
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Ministério da Educação, CGN, Realme e Pão de Açúcar.

A bela, o marombeiro e o torrão de açúcar

23/11/2020
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Mesmo o “imortal” empresário Abílio Diniz começa a considerar que o seu tempo está passando mais depressa. Diniz tem conversado com seus filhos, especialmente Ana maria e João Paulo, sobre a sucessão no comando dos negócios da empresa, a holding Península Participações, que hoje abrange todos os ativos dos Diniz. Os outros filhos, Adriana e Pedro Paulo, estão fora do game. Adriana por nunca ter tido a menor vocação para empresária.

Já Pedro Paulo, que demonstrava tino empreendedor – chegou a discutir com Eike Batista, a criação de um hotel-boate em Angra dos Reis, em que a rave rolaria dia e noite, sem fim – deu uma “guinada odara” (apud Caetano Veloso) em sua vida. Partiu para viver em uma fazenda bucólica e plantar alimentos orgânicos. João Paulo lembra o pai no estilo bonapartista, e até na obsessão por esportes. Namorador, triatleta, com formação na London Business School, ficou marcado pela morte da modelo Fernanda, sua namorada, em um acidente de helicóptero, em Angra dos Reis. Realmente triste.

O primogênito, apesar de tentar imitar o pai em quase tudo, não é considerado por Abílio como o mais talhado para ocupar suas funções. Os filhos Miguel e Rafaela, do segundo casamento, são novos demais para entrar na disputa. Sobrou para belíssima Ana Maria, a mais perfeita tradução de Abílio, do ponto de vista do interesse nos negócios. Ana Maria também tem uma pegada corporativa de participar do terceiro setor, meio ambiente e educação. Entre os jovens Diniz, sempre foi a primeira alternativa para assumir o comando na visão do pai.

No Pão de Açúcar, trabalhou em marketing, RH e Operações. Noves fora, é mulher, o que conta ponto nos dias de hoje. Em um determinado momento, comentou-se que Abílio gostaria que Pedro Parente, ex-chairman da empresa BRF, um dos investimentos da Pensilvânia, fosse o coach da moça. Conversa fiada. Ana Maria está para lá de escolada. E quem seria um melhor coach do que o próprio pai, que a treinou por toda a vida. O fato é que Abílio permanece com a saúde de touro que sempre teve. Mas, não é nada, não é nada, está com 83 anos. A hora de fazer as escolhas é para ontem.

#Abilio Diniz #BRF #Eike Batista

Fator de depreciação

28/10/2020
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Os bancos advisers do IPO do Grupo Big, ex-Walmart Brasil, temem que os pálidos números do e-commerce achatem o valuation da empresa. Após um ano desativada, a operação digital só voltou ao ar no início de 2020. Hoje, responde apenas por 2% do faturamento total. Longe ainda dos indicadores da concorrência, como Carrefour (8%) ou do Pão de Açúcar (6%).

#Pão de Açúcar #Walmart

Cheiro de IPO no ar

5/10/2020
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Além cisão da rede atacadista Assaí, o Casino planeja criar uma nova empresa englobando todas as operações de e-commerce do Pão de Açúcar. O projeto passa pela reaquisição do Extra.com. Em uma operação tortuosa, a marca foi carregada pela ViaVarejo, quando da sua venda para Michael Klein.

#Pão de Açúcar #ViaVarejo

Ponto final

5/10/2020
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Three Gorges, Pão de Açúcar, Sky, Ford e Enel.

O trunfo de Michael Klein

30/03/2020
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O mercado, ao que parece, já precificou que Michael Klein tem alguma carta na manga em relação ao writeoff de R$ 1,1 bilhão no balanço da ViaVarejo decorrente de fraudes contábeis. Só isso explica a reação dos investidores na última quinta-feira, dia do anúncio dos resultados: a ação da empresa chegou a subir 12%, quatro vezes mais do que o Ibovespa. O trunfo de Klein seria uma ação judicial contra o Casino/Pão de Açúcar, controlador da ViaVarejo na época das irregularidades contábeis

#Ibovespa #Michael Klein #ViaVarejo

Substituição

20/03/2020
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Após romper a parceria com o Carrefour, o Magazine Luiza poderá replicar com o Grupo Pão de Açúcar o modelo de gestão da área de eletroeletrônicos em hipermercados.

#Carrefour #Grupo Pão de Açúcar

Suaves prestações

12/02/2020
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A ViaVarejo estuda mecanismos para diferir em seu balanço os efeitos da fraude contábil de quase R$ 1,5 bilhão ainda da época em que a empresa era controlada pelo Pão de Açúcar. O objetivo é evitar uma pancada no valor da ação em março, quando a companhia divulgará os resultados do quarto trimestre e consequentemente de 2019.

#ViaVarejo

Um contencioso de fechar o comércio

24/01/2020
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Michael Klein, dono da ViaVarejo, pretende acionar judicialmente o Pão de Açúcar, ex-controlador da rede varejista. Os advogados da empresa acreditam já dispor de elementos sufi cientes para cobrar uma indenização bilionária por fraudes contábeis. O relatório final  da auditoria conduzida por Klein desde o ano passado será entregue apenas na primeira quinzena de fevereiro. No entanto, de acordo com informações filtradas da ViaVarejo, já teria sido apurado um buraco da ordem de R$ 1,3 bilhão. O valor corresponde a mais da metade da cifra paga pelo empresário para recomprar o controle da companhia (R$ 2,3 bilhões).

Procurados, ViaVarejo e Grupo Pão de Açúcar não quiseram se pronunciar. Klein vem preparando o terreno para uma ofensiva nos tribunais. No fim de 2019, a ViaVarejo divulgou ao mercado ter identificado indícios de irregularidades contábeis por suposta “manipulação da provisão trabalhista e pelo diferimento indevido na baixa de ativos e contabilização de passivos”. A auditoria indica que gastos operacionais teriam sido deliberadamente lançados como investimentos, com o objetivo de gerar artificialmente resultados positivos nos balanços.

Michael Klein pode até atirar primeiro nos tribunais, mas também precisará de um escudo para se defender do seguinte questionamento: ele próprio não sabia das eventuais fraudes antes da aquisição do controle da ViaVarejo? Klein não é um forasteiro que caiu de paraquedas na empresa. Era sócio minoritário da companhia durante o período das supostas fraudes e, ao menos em tese, tinha acesso às entranhas da rede varejista.

Certamente, esta contradição será explorada pelo outro lado no iminente contencioso. O fato já foi, inclusive, registrado em comunicado lançado pelo Pão de Açúcar, em dezembro, para se defender das acusações: “A Família Michel Klein e seus veículos de investimento detinham mais de 20% do capital de referida companhia e também elegiam membros para compor todos os órgãos de administração”. Segundo fonte próxima a Klein, o empresário alega que, na condição de minoritário, não tinha acesso à elaboração dos balanços. Vai ser uma briga boa de se assistir.

#Grupo Pão de Açúcar #Michael Klein #ViaVarejo

Devassa na ViaVarejo

5/12/2019
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Há uma “Lava Jatinho” na ViaVarejo. Além de uma suposta fraude contábil, Michael Klein e os novos gestores da empresa estariam investigando um esquema de desvio de mercadorias da rede varejista. Segundo fonte próxima à companhia, os valores poderiam passar dos R$ 40 milhões. Tanto num caso quanto no outro, as denúncias apontam para a antiga administração do Grupo Pão de Açúcar.

#Grupo Pão de Açúcar #ViaVarejo

Via Varejo já “reembolsa” Michael Klein

22/10/2019
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A volta ao controle da Via Varejo está se revelando um investimento de curtíssimo prazo e alta rentabilidade para Michael Klein. O rápido retorno poderá vir da iminente venda de 13 galpões pelo valor aproximado de R$ 2 bilhões. A título de exercício: se a bolada for distribuída sob a forma de dividendo em 2020, Klein, dono de 26% do capital, embolsará mais de R$ 500 milhões. Cobre, com folga, os cerca de R$ 300 milhões que aportou na compra de ações do Grupo Pão de Açúcar

#Michael Klein #Via Varejo

Casino em fatias

18/09/2019
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Segundo informações que circulam entre a cúpula do Carrefour no Brasil, as negociações entre o grupo e o Casino em Paris contemplam dois cenários: a aquisição do controle global do concorrente ou a compra esquartejada da operação na América Latina. Ressalte-se que, recentemente, Jean Charles Naouri, todo-poderoso do Casino, jogou todos os ativos da companhia na Colômbia, Uruguai e Argentina debaixo do Grupo Pão de Açúcar (GPA). O pacote está prontinho para passar pela caixa registradora. Tomando-se como base apenas o valor de mercado da GPA – equivalente a cerca de 5 bilhões de euros –, a venda da empresa cobriria com alguma folga a dívida de curto prazo do Casino, da ordem de 3 bilhões de euros.

#Carrefour

“Vendinhas” do Carrefour

20/08/2019
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O novo chefe da operação de varejo do Carrefour no Brasil, Luis Moreno, vai se autoplagiar. Uma de suas prioridades é replicar um modelo similar ao que implantou no Pão de Açúcar, de parcerias com pequenos mercados de bairro. Na prática, o tubarão, agora o Carrefour, engole o peixinho, takeoverizando a marca, portfólio e parte da gestão.

#Carrefour

Uma só prateleira

7/06/2019
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As negociações para a fusão entre a Máquina de Vendas/Ricardo Eletro e a ViaVarejo – informação antecipada pelo RR na edição de 29 de maio – avançaram algumas casas nos últimos dias. O Apollo Management, sócio da Starboard Partners na Máquina de Vendas, deverá entrar com aproximadamente 70% dos recursos necessários para a aquisição da fatia do Pão de Açúcar na empresa controladora do Ponto Frio e da Casas Bahia. Estima-se que o negócio chegue à casa dos R$ 2 bilhões. O passo seguinte será a criação de uma única holding, na qual serão penduradas as bandeiras da Máquina de Vendas e da ViaVarejo.

#Máquina de Vendas #Ricardo Eletro #ViaVarejo

Ponto final

7/06/2019
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Pão de Açúcar, Apollo e Netshoes.

Apollo e Starboard avançam sobre a ViaVarejo

29/05/2019
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Há uma operação em curso que poderá resultar na criação de um grupo varejista com mais de 1,6 mil lojas, faturamento anual próximo dos R$ 32 bilhões e um Ebitda da ordem de R$ 1,5 bilhão. Os artífices do projeto são o Apollo Management e a Starboard Partners, que, segundo o RR apurou, não apenas entraram na disputa pela ViaVarejo, como já pensam no ato seguinte: sua fusão com a Máquina de Vendas/Ricardo Eletro, controlada pela dupla. Antes, Apollo e Starboard precisam vencer o duelo contra a dobradinha Michael Klein e XP Investimentos, também candidata à aquisição da ViaVarejo.

Há nuances distintas entre cada proposta. Klein e XP querem comprar apenas parte das ações em poder do Grupo Pão de Açúcar (GPA). Já Apollo e Starboard estariam dispostas a assumir integralmente a participação do GPA na ViaVarejo, de 36,2%. Tomando-se como base apenas o valor de mercado da rede varejista, o dote seria da ordem de R$ 2 bilhões. As negociações, ressalte-se, têm como pano de fundo a delicada situação financeira do Casino, o controlador do GPA.

Na semana passada, o grupo francês obteve, na Justiça, a aprovação de um plano de proteção contra credores, um expediente similar ao da recuperação judicial. O cenário aumenta a pressão pela venda de ativos, o que deve levar o Casino a concluir a negociação da ViaVarejo a toque de caixa. Em tempo: curiosamente, caso vença a disputa, o dueto Apollo/ Starboard teria a companhia do próprio Michael Klein, um minoritário nem tão minoritário assim da ViaVarejo – o empresário detém 24% do capital.

#Apollo Management #Starboard Partners #ViaVarejo

Abílio Diniz vs. Receita Federal

6/05/2019
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Abílio Diniz pretende levar para a Justiça uma queda de braço com a Receita Federal. A Península Participações questiona a cobrança de PIS e Cofins sobre um fundo de investimento onde estão pendurados imóveis do Grupo Pão de Açúcar. Abílio já perdeu o primeiro round, na esfera administrativa. Em abril, o Carf determinou que o fundo tem de recolher os dois tributos. O entendimento é que a transferência de imóveis do Pão de Açúcar para o veículo de investimentos teve como objetivo ludibriar a Receita, uma vez que, à época, Abilio era também acionista da rede varejista.

#Abilio Diniz #Grupo Pão de Açúcar

Wizard avança sobre a BR Distribuidora

23/04/2019
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Carlos Wizard, novo acionista da International Meal Company (IMC), já apresentou seu cartão de visitas: pretende fazer um novo aporte na empresa para viabilizar a compra de uma participação na BR Distribuidora. A IMC concorre ao negócio. Tem como adversários Pão de Açúcar e Americanas.

Brasileirão à venda

18/02/2019
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A CBF já busca uma nova marca para embalar o Campeonato Brasileiro. O Grupo Pão de Açúcar sinalizou que não deverá renovar o acordo de naming & rights da competição, que expira no fim do ano. Estima-se que a companhia pague algo em torno de R$ 10 milhões para associar a rede Assaí ao Brasileirão.

#CBF

Ponto final

18/02/2019
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: CBF, Pão de Açúcar e Avianca.

Casino contra o “crime organizado”

6/11/2018
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O alardeado aumento dos estoques do Pão de Açúcar para o fim do ano em R$ 1 bilhão veio acompanhado da montagem de uma estrutura de “Defesa”. Ao longo dos últimos meses, o Casino implantou no Brasil rígidos sistemas de segurança e controle do entra e sai de mercadorias em lojas e em seus centros de distribuição. Os franceses tiveram de colocar algumas “trancas” a mais na operação brasileira após o grave episódio verificado na CNova, empresa que era responsável pelo e-commerce das bandeiras Extra, Casas Bahia e Ponto Frio. Em 2016, o Casino desbaratou um esquema interno de desvio de produtos que gerou mais de R$ 170 milhões em prejuízos.

#Pão de Açúcar

ViaVarejo na vitrine

5/10/2018
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Em meio às incertezas sobre o futuro do Casino no Brasil, o Pão de Açúcar estaria em negociações com a chinesa Alibaba para a venda, em separado, da ViaVarejo.

#Pão de Açúcar

Ponto final

5/10/2018
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Pão de Açúcar e Alibaba.Po

Abílio Diniz é o ministro da Fazenda dos sonhos de Fernando Haddad (e de Lula)

19/09/2018
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Fernando Haddad já encontrou a pedra filosofal do seu governo. Abílio Diniz vem sendo sondado para assumir o Ministério da Fazenda na eventual gestão do petista. Como tudo que diz respeito à candidatura Haddad, o ex-presidente Lula tem papel determinante na escolha, da qual é o avalista-mor. As tratativas, ressalte-se, passam à margem do atual comando do PT. São conduzidas pelo núcleo central da articulação política de Haddad, em sua maioria assessores herdados do próprio Lula. Sob os mais diversos aspectos, a eventual indicação de Abílio para a Fazenda é tratada pelo entorno do candidato petista como um dos grandes achados de sua campanha – guardadas as devidas proporções, algo similar ao que a presença de Paulo Guedes representa para a candidatura de Jair Bolsonaro.

Procurados, Fernando Haddad e Abílio Diniz não quiseram se pronunciar. É bem verdade que outros nomes têm rodado o entorno de Fernando Haddad como potenciais comandantes da economia no governo petista, entre eles o de Marcos Lisboa, secretário executivo do Ministério da Fazenda no primeiro mandato de Lula. Lisboa, no entanto, é um peso-pena se colocado na balança ao lado de Abílio Diniz. O ex-Pão de Açúcar seria um ministro turn key, um combo completo. Ao escolhê-lo, Haddad levaria no mesmo pacote staff, interlocução com o empresariado, simpatia da mídia e, sobretudo, doses hectolítricas de credibilidade. A eventual “nomeação” de Abílio Diniz para a Fazenda antes das eleições – hipótese cogitada no QG de campanha de Haddad –, teria o condão de atrair a confiança do mercado, inclusive no exterior.

Abílio é um personagem do mundo, membro do board do Carrefour em Paris. Algo que os principais assessores econômicos do PT – como Guilherme Mello, Marcio Pochmann, Ricardo Carneiro e Luiz Gonzaga Belluzzo –, além do próprio Marcos Lisboa, estão longe de conseguir, sem qualquer demérito à trajetória de cada um. Abílio seria o avalista do compromisso do governo Haddad com o ajuste fiscal e a realização das reformas estruturantes. Além disso, o petista teria ao seu lado um empresário puro-sangue do setor real, em contraponto aos financistas que cercam os demais candidatos à Presidência. Ressalte-se ainda que a indicação de Abílio significaria a presença de um nome sem máculas na Pasta da Fazenda, algo que ganha ainda mais relevância em se tratando de um partido que tem dois ex-titulares do cargo fisgados pela Lava Jato – Antonio Palocci e Guido Mantega. Para Abílio Diniz, a nomeação para o Ministério da Fazenda seria a coroação de sua trajetória, a pedra preciosa que falta em sua cravejada biografia. Ressalte-se que Abílio, não é de hoje, flerta com a vida pública, notadamente na era petista.

Caso raro de empresário que nunca “tucanou”, esteve cotado para assumir a Fazenda no segundo mandato de Dilma Rousseff. Sua relação com Lula sempre foi a melhor possível. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, em 2010, ele se declarou “fã de carteirinha” do então presidente da República. No fim de 2011, quando o petista esteve internado no Sírio-Libanês para tratar de um câncer, o ex-dono do Pão de Açúcar o visitou. Segundo testemunhas, foi um encontro repleto de mesuras de parte a parte. A idade não seria um obstáculo para Abílio Diniz assumir o manche da economia. Suas condições físicas são excelentes. Como ele próprio costuma dizer, desde os 29 anos ele se preparava para chegar aos 80. Abílio teria o vigor necessário para tourear o Congresso, negociar as reformas e, sempre que necessário, matar no peito e trazer para a sua responsabilidade agendas extremamente desgastantes. Um exemplo: ele já defendeu abertamente a elevação da carga tributária: “Se a atividade econômica cresce, aumenta a receita. Enquanto não cresce, tem de aumentar o imposto. Quem disser o contrário, é hipocrisia”.

#Fernando Haddad #Lula

Cencosud é o novo nome da lista de compras do Advent

18/09/2018
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O Advent surge, neste momento, como o principal consolidador do varejo brasileiro. Após comprarm 80% da subsidiária do Walmart, o fundo norte-americano volta suas baterias na direção da Cencosud. A investida passa pela aquisição dos ativos dos chilenos no país – em um negócio estimado em aproximadamente R$ 3 bilhões. O ato seguinte seria a criação de uma holding para reunir todas as bandeiras de super e hipermercados do Walmart e da Cencosud – entre as quais figuram marcas tradicionais do setor, como Bompreço, Sam ´s Club, Prezunic e G. Barbosa.

Este novo conglomerado somaria mais de 650 lojas e um faturamento anual em torno de R$ 37 bilhões, ou mais de 10% de todas as vendas do varejo no país. Acima dele, apenas Carrefour e Casino/ Pão de Açúcar, cada um com receita próxima dos R$ 50 bilhões. Em menos de quatro meses, ahistória se repete e não necessariamente sob a forma de farsa: a exemplo do que ocorreu no caso do Walmart, mais uma vez o Advent se vê diante da oportunidade de pagar razoavelmente barato pelos ativos de um grupo varejista que acumula seguidas perdas financeiras no Brasil e empilha uma reestruturação atrás da outra sem resultados efetivos. Procurado, o Advent não quis se pronunciar.

A Cencosud, por sua vez, nega a venda de suas operações no Brasil e afirma que “segue apostando no mercado nacional.” Está feito o registro. No entanto, notícias que chegam do Chile dão conta que o próprio CEO do grupo, Jaime Soler, defende a saída do país. Por sinal, é sintomático que, passados seis meses do afastamento de Cristián Gutierrez da presidência da subsidiária brasileira, a matriz sequer tenha se dado ao trabalho de nomear um substituto definitivo. Desde março, o CFO da empresa no país, Sebastián Los, acumula o cargo “interinamente”. Com o duplo crachá, Los tem cortado investimentos e fechado lojas. Parece preparar a casa para um novo morador.

#Cencosud #Walmart

O atacarejo do Walmart

24/08/2018
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O vai e, principalmente, o vem de executivos no Walmart Brasil indicam que o grupo fará uma investida pesada no setor de “atacarejo”. O presidente da empresa, Luiz Fazzio, selou nesta semana a contratação de três executivos top que hoje militam no Assaí/ Pão de Açúcar e no Atacadão/Carrefour. Polpudos bônus por performance, acima da média do mercado, ajudaram na sedução.

#Walmart

Campeonato Brasileiro com desconto

19/07/2018
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Se a CBF nada em dinheiro com os patrocínios à seleção brasileira, o mesmo não se pode dizer em relação ao futebol tupiniquim. A entidade demorou 13 rodadas para conseguir um acordo de naming & rights para o Campeonato Brasileiro. Os valores do contrato com o Assaí, do Grupo Pão de Açúcar, são guardados a sete chaves e mais algumas trancas. Consta, no entanto, que as cifras são 20% inferiores ao acordo firmado com a General Motors em 2016, quando a Chevrolet deu nome à competição.

#CBF

Abilio empurra o Carrefour na direção da Roldão Atacadista

8/05/2018
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Após virar a página da disputa societária na BRF e deixar o Conselho da empresa, Abilio Diniz se volta para o Carrefour. O empresário tem discutido com seus pares na matriz os próximos passos para a expansão do grupo no Brasil. No que depender de Abilio, estes passos levam numa direção: Roldão Atacadista. Ele tem defendido junto ao board do Carrefour uma investida sobre a rede paulista, controlada pela família Roldão.

O assunto, segundo o RR apurou, foi tratado por Abilio em duas recentes reuniões do Conselho em Paris, a últimas delas na primeira semana de março. No mercado, a Roldão é avaliada em algo em torno de R$ 1 bilhão. Com a aquisição, o Carrefour adicionaria 29 lojas às quase 150 do Atacadão, seu braço de atacarejo no país. O faturamento da divisão, por sua vez, passaria de R$ 34 bilhões para cerca de R$ 37 bilhões, considerando-se a receita das duas empresas no ano passado. Consultados, Carrefour e Roldão não se pronunciaram. Abilio Diniz considera a compra do Roldão fundamental no instante em que o Atacadão, principal negócio dos franceses no Brasil e responsável por quase 70% das receitas do grupo, dá sinais de certo saturamento.

Abilio engendra uma solução para um problema que, de certa forma, ele próprio criou. Foi o empresário que conduziu a entrada do Pão de Açúcar no atacarejo, com a aquisição do Assaí. Lá se vai mais de uma década. Sob a batuta do Casino, o negócio ganhou uma dimensão maior. No primeiro trimestre deste ano, a competição ganhou novos contornos.

Pela primeira vez, o Assaí registrou um crescimento superior ao do Atacadão: 25% contra 7%. Vá lá que a conta embute a conversão de algumas lojas do Extra para a bandeira. Ainda assim, expurgando-se este fator, o avanço entre janeiro e março teria sido o dobro do verificado pelo Carrefour. O avanço do Assaí coincide com um momento de aparente perda de fôlego do Atacadão. No ano passado, seu Ebitda cresceu “apenas” 22%, contra 85% em 2016. Já o faturamento subiu 8%, bem abaixo da média de 18% registrada no triênio anterior, quando o país, curiosamente, atravessava uma recessão.

#Abilio Diniz #Carrefour

Uma vez Abilio, sempre Abilio

9/03/2018
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Um ex-alto executivo de Abilio Diniz acha que a patologia narcisa e beligerante do antigo chefe vai adiar o epílogo da sua história na BRF. Abilio tem bala no cofre para comprar a parte de um eventual sócio disposto a sair. E tem network para atrair endinheirados dispostos a entrar com ele na parada. Quem sabe gente do Conselho do Carrefour? Quem sabe o Carrefour? Se Abilio decidir infernizar a BRF como fez com o Pão de Açúcar, vai comprar ações baratinhas.

Por falar em BRF, um grande fundo de Cingapura está se empanturrando de ações da empresa em bolsa. Já teria mais de 2% do capital. O mais provável é que fi que quietinho no seu canto, apenas esperando o papel subir para realizar o lucro.

#Abilio Diniz #Carrefour

A “revolução digital” do Carrefour

6/02/2018
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O Carrefour prepara uma chacoalhada em sua operação de e-commerce no Brasil. O grupo está em negociações com mais de uma centena de empresas para ampliar sua plataforma de marketplace e a oferta de produtos de terceiros. O Carrefour vai permitir também que o cliente faça compras no site e retire os produtos nas lojas – algo, aliás, que o Pão de Açúcar já fazia nos tempos de Abilio Diniz. Toda a operação está a cargo da executiva Paula Cardoso, que, no fim do ano passado, assumiu a diretoria de transformação digital.

#Carrefour

Venda de imóveis da União é um copo pela metade

26/12/2017
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A decisão do governo de editar uma Medida Provisória regulamentando a venda de imóveis da União é apenas a metade de um plano que gorou: a criação de um fundo soberano de securitização com um número maior de ativos, incluindo grandes lotes de terras e empresas que não fazem parte de programas de privatização e concessões. O governo colocaria no mesmo balaio um leque variado de negócios, que vão do Bondinho do Pão de Açúcar à Base Aérea de Santa Cruz. A concepção original é do ex-ministro José Serra, que a idealizou juntamente com a proposta de securitização da dívida ativa da União – ver RR edição de 27 de julho de 2016.

Estimou-se que a operação permitiria uma arrecadação para o governo da ordem de R$ 20 bilhões. De lá para cá, o projeto rodou no Ministério da Fazenda, Casa Civil e Secretaria de Patrimônio da União. Em favor da proposta estava o potencial de ampliar expressivamente a arrecadação, buscando, inclusive, a venda para fundos no estrangeiro, e agilizar a desmobilização – leilões individuais seriam mais morosos do que a comercialização das cotas -; contra, ganharam a parada a falta de liquidez de vários dos ativos cogitados e os riscos jurisdicionais na área fundiária, incluindo invasões, falsificações em cartório e usucapião das terras, além da dificuldade de formação de preço do “fundo Frankenstein”.

O atraso na regulamentação da venda de terras para o estrangeiro também ajudou a solar o bolo da securitização. Caso estivesse em vigor, o governo poderia carrear uma imensidão de hectares para a carteira do fundo, em condições de maior liquidez. Para simplificar as coisas, o governo decidiu simplesmente realizar a venda dos imóveis até R$ 5 milhões – chamados de “inservíveis” – a preços fixos e sem exigência de licitação. Compra quem chegar primeiro. Os prédios, casas e apartamentos acima do valor arbitrado vão a leilão. A ver se eles serão ortodoxos. Entram no pacote as ilhas de propriedade da Marinha e até praias particulares. A “immobiliari do Brasil”, contudo, deve render, na melhor das hipóteses, entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões. É pouco para quem entra em 2018 tateando um buraco de R$ 20 bilhões para cumprir a meta de R$ 159 bilhões do déficit das contas públicas. Mas compõe o figurino “cata milho” que deverá ser a tônica da política fiscal no ano novo.

#José Serra

Take over

3/11/2017
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Cotado para assumir a presidência da BRF, o nome do ex-Pão de Açúcar e ex-Carrefour Antonio Ramatis enfrenta forte resistência da Tarpon Investimentos. A gestora de recursos defende a indicação de um financista para o cargo. No fundo, o que a Tarpon não quer mesmo é entregar toda a gestão de bandeja para um “pau-mandado” de Abílio Diniz.

#BRF #Tarpon Investimentos

O custo do desgoverno

29/09/2017
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Um doloroso exemplo do quanto a falência dos órgãos de segurança pública do Rio custa para a economia: grandes redes varejistas, como Carrefour e Grupo Pão de Açúcar, já estão pagando até 20% a mais pelo seguro de suas cargas no estado.

#Carrefour #Grupo Pão de Açúcar

Ponto final

29/09/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Carrefour, Pão de Açúcar e Grupo Caoa.

Preliminares

10/07/2017
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Entre os demais candidatos à compra da ViaVarejo, notadamente a Americanas, o acordo entre Pão de Açúcar e Michael Klein foi interpretado como um “pré-contrato” para a transferência da rede varejista. Ambos abriram mão de qualquer disputa judicial remanescente da fusão entre a Casas Bahia e o Ponto Frio, em 2010. Com isso, limaram arestas pontiagudas para a venda da ViaVarejo. Segundo uma fonte enfurnada nas negociações, esta teria sido uma condição do Pão de Açúcar para reabrir as negociações com Klein sem risco de contestações judiciais. O empresário já retomou as conversações com fundos que devem se associar a ele na operação. Procurado, Klein disse “não confirmar as informações”. O Pão de Açúcar não se pronunciou.

#Michael Klein #Pão de Açúcar #ViaVarejo

Rio Negócios é uma etapa nada nobre no currículo de Olavo Monteiro de Carvalho

7/06/2017
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O marquês de Salamanca meteu-se em um embrulho muito além da sua vã filosofia. Para os neófitos, o título nobiliárquico pertence ao empresário Olavo Monteiro de Carvalho,  presidente do Grupo Monteiro Aranha, que, junto com o Pão de Açúcar, Corcovado, Maracanã e outros monumentos mais e menos votados, é um dos símbolos do Rio de Janeiro. Olavo é presidente do Conselho da Rio Negócios, uma agência sem fins lucrativos, criada como um satélite independente da gestão Eduardo Paes e voltada para a promoção de novos empreendimentos, meio ambiente e desenvolvimento urbano.

Uma boa ideia, que entre tantas outras, depende da qualidade do seu entorno. Paes e Sérgio Cabral não são o melhor exemplo de parceria para qualquer agência. A dependência de ambos acabou deixando a Rio Negócios a ver navios. E o marquês de Salamanca, pendurado com a brocha na mão. Olavo Monteiro de Carvalho, como presidente do Conselho, é, em última instância, o responsável pelo “pepinódromo” que se tornou a Rio Negócios.

A agência está dando um calote no mercado de R$ 1,7 milhão. Só à Associação Comercial do Rio deve R$ 500 mil em aluguéis atrasados. Fora dessa conta estão os passivos trabalhistas, com várias rescisões feitas sem o pagamento dos compromissos fiscais correspondentes. O número de negócios expressivos feitos pela Rio Negócios forma um conjunto vazio. Mas os dedos das duas mãos teriam de ser multiplicados para enumerar o número de viagens de Marcelo Haddad, seu superintendente-geral.

Muita gente boa entrou nesse barco, junto com Olavo, mas, como ele assumiu o timão, ficará com o ônus dos desajustes e ineficiências da gestão. Marcelo Crivella, que quer distância do antecessor, não renovou o contrato firmado por Eduardo Paes, uma das âncoras financeiras da agência. Por enquanto, a saída encontrada é para lá de provinciana: abrir uma Niterói Negócios, no município do outro lado da ponte. O marquês de Salamanca entrou nessa por amor ao Rio, emprestando nome e tradição. Vai parar encalhado na terra de Arariboia com o espeto das contas na mão. Não era para ser assim.

#Eduardo Paes #Grupo Monteiro Aranha #Marcelo Crivella

Estilhaços

1/06/2017
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Abilio Diniz está na iminência do que mais gosta: uma boa briga. No Carrefour, a aposta é que a frágil relação do CEO do grupo no Brasil, Charles Desmartis, com o empresário dificilmente resistirá à saída de Antonio Ramatis da vice-presidência comercial. Homem de confiança de Abilio desde o Pão de Açúcar, Ramatis teria sido afastado após desentendimentos com Desmartis, sem a anuência do empresário. Consultado, o Carrefour afirma que a saída se deu “em comum acordo”.

#Abilio Diniz #Carrefour

Plano B da ViaVarejo

21/03/2017
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No limite, o Pão de Açúcar cogita cindir o Ponto Frio das Casas Bahia e negociar cada uma em separado para destravar a venda dos ativos da ViaVarejo.

#Casas Bahia #Pão de Açúcar #Ponto Frio #Via Varejo

Fator ViaVarejo

17/03/2017
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No mercado, há um consenso de que o adiamento do prazo para a entrega das propostas pela ViaVarejo poderá pressionar ainda mais as ações do Grupo Pão de Açúcar. Desde o fim de janeiro, as cotações acumulam uma queda de 10%. Dez entre dez analistas associam o declínio à indefinição na venda da ViaVarejo.

#Pão de Açúcar #ViaVarejo

Ouh là là

21/02/2017
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O quarteto de bancos à frente do IPO do Carrefour no Brasil já disse o que os franceses mais queriam ouvir: a precificação da empresa vai superar o valor de mercado do Pão de Açúcar, hoje de R$ 21 bilhões.

#Carrefour #Pão de Açúcar

ViaVarejo

9/11/2016
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 O grupo chileno Falabella é candidato à compra da ViaVarejo, o braço de eletro-eletrônicos do Pão de Açúcar. Uma das maiores redes varejistas do Chile, o conglomerado já tem negócios no Brasil: é acionista controlador da Construdecor, holding da área de material de construção que reúne as lojas Dicico e Sodimac. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Pão de Açúcar.

#Falabella #Pão de Açúcar

Pão de fel

19/09/2016
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 A fúria do investidor ativista Carson Block, dono do fundo Muddy Waters Research, contra o Casino não tem limites. Descobriu-se que Block contratou dois ex-executivos do grupo francês para fornecer informações confidenciais. As insider informations serão usadas em seu próximo relatório, esperado para esta semana. Um dos destaques do relatório será uma crítica aguda à gestão do Grupo Pão de Açúcar.

#Casino #Muddy Waters Research #Pão de Açúcar

Acervo RR

Pão de fel

19/09/2016
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 A fúria do investidor ativista Carson Block, dono do fundo Muddy Waters Research, contra o Casino não tem limites. Descobriu-se que Block contratou dois ex-executivos do grupo francês para fornecer informações confidenciais. As insider informations serão usadas em seu próximo relatório, esperado para esta semana. Um dos destaques do relatório será uma crítica aguda à gestão do Grupo Pão de Açúcar.

#Casino #Muddy Waters Research #Pão de Açúcar

Saraiva escreve páginas e páginas de desavenças societárias

30/08/2016
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 Independentemente do mérito, o contencioso com o minoritário Mu Hak You, dono da gestora GWI e detentor de 44% das PNs da Saraiva , tornou-se uma conveniente cortina de fumaça para os controladores da companhia. Este nevoeiro tem ajudado a eclipsar as desavenças na própria família que dá nome à maior rede de livrarias do país. Segundo informações filtradas junto à companhia, a terceira geração de acionistas, liderada pelo presidente Jorge Saraiva Neto, defende uma reformulação estratégica e, sobretudo, a entrada de um novo investidor no capital. Entre outras consequências, a medida é vista como fundamental para impulsionar a operação de e-commerce e permitir que a Saraiva faça frente a novos concorrentes, notadamente a Amazon. A proposta, no entanto, esbarra na “velha guarda”, personificada pelo próprio pai de Saraiva Neto, Jorge Eduardo Saraiva, chairman da companhia. Além da resistência à venda de parte do capital, os atritos se estenderiam ainda ao modelo de negócio. De perfil mais conservador, este grupo da família segue apostando na rede de lojas físicas – não obstante as seguidas quedas de receita da operação. No primeiro trimestre, as vendas caíram quase 4%, ao passo que o faturamento no comércio eletrônico subiu 11%. Ainda assim, os planos de abertura de quatro unidades ao longo deste ano estão mantidos.  Os atritos familiares se intensificaram com a venda da Editora Saraiva, no ano passado. Jorge Eduardo teria praticamente imposto a negociação da empresa à então Abril Educação, por R$ 725 milhões. Segundo o RR apurou, à época, Jorge Saraiva Neto tentou, até o último instante, brecar a venda. O empresário defendia o spinoff das livrarias e do braço editorial e a venda separada de participações, sem que a família necessariamente abrisse mão do controle. Foi voto vencido, como vem sendo, até o momento, em relação ao desembarque de um novo sócio na operação de varejo. Segundo a fonte do RR, diante de tamanho desgaste, o jovem empresário, de apenas 32 anos, já teria cogitado até entregar o cargo.  No dia a dia, os atritos têm atrapalhado a execução de medidas estratégicas na Saraiva. Que o diga o ex- Pão de Açúcar Enéas Pestana. O consultor entrou e deixou a companhia sem que parte expressiva das mudanças que propôs fosse implementada. Só agora, um ano depois, a Saraiva começou a reduzir o tamanho de algumas lojas, inclusive com a devolução de espaços em grandes shopping centers do país. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Saraiva.

#Amazon #GWI #Mu Hak You #Saraiva

“Black block” do Casino chega ao GPA

17/03/2016
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  Inimigo número um do Casino no mercado mundial, o mega investidor Carson Block vai virar suas baterias para cima do Grupo Pão de Açúcar no Brasil. De acordo com uma fonte do RR que detém forte posição acionária no GPA, Block – através da sua consultoria de investimentos, a Muddy Waters – estaria se articulando com acionistas minoritários para iniciar um ataque ao Grupo com informações desabonadoras. A principal acusação é de que o grupo teria escondido esqueletos fiscais no balanço de 2015.  Se a ameaça proceder, o investidor apenas repetirá no país o que tem feito recorrentemente contra o Casino, dono do GPA, no mercado europeu. Block, que vendeu a descoberto ações do grupo francês, tem se articulado nos quatro cantos do planeta para levantar informações negativas da companhia. Ele mira direto no rating. Neste momento, as agências de classificação de risco estão reavaliando as notas do Casino. Block e sua turma já espalharam no exterior que também no balanço do Casino existiriam fraudes. A denúncia estaria calçada em um levantamento feito pela consultoria francesa Proxinvest, que recentemente postou no seu site críticas à governança do Casino.

#Casino #Pão de Açúcar #Proxinvest

Fazendo a caveira

14/03/2016
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 Abilio Diniz tem feito a caveira do presidente do Carrefour no Brasil, Charles Desmartis, junto ao board do grupo. Entre os pecados do executivo listados no index de Abilio, estariam sua “incapacidade” em conter o aumento dos custos operacionais, o baixo ritmo de abertura de novas lojas e a demora em retomar a operação de comércio eletrônico no país. Ressalte-se, no entanto, que a campanha do empresário contra Desmartis não encontra eco nos resultados do Carrefour no mercado brasileiro. A receita da subsidiária cresceu 12,6% no ano passado, o dobro, por exemplo, do resultado de seu maior concorrente, o Grupo Pão de Açúcar .

#Carrefour #Pão de Açúcar

Abilio Diniz põe fogo no Morumbi

8/03/2016
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 Abilio Diniz parece só ter paz quando entra numa guerra, seja em seus negócios, seja em seu time de coração. O empresário está no epicentro da convulsão política que tomou conta do São Paulo. Alvo de intensa campanha conduzida por Abílio, a atual diretoria do clube paulista – à frente o advogado Carlos Augusto de Barros e Silva, mais conhecido como Leco – prepara o contra-ataque. Aliados de Leco estariam se articulando com o objetivo de pedir o afastamento de Abilio do Conselho Consultivo e, no limite, até mesmo do quadro associativo do São Paulo. Segundo o RR apurou, nos próximos dias deverá ser convocada uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para tratar do assunto. O empresário é acusado por seus adversários de orquestrar uma tentativa de “golpe de estado”, com o objetivo de afastar o atual presidente e antecipar as eleições marcadas para abril de 2017. Nos últimos dias, o ex-controlador do Pão de Açúcar teria enviado mensagens a conselheiros do SPFC com duras críticas à gestão de Leco.  Abilio Diniz tem dito que vai se afastar da vida política do São Paulo. Para seus adversários, tudo não passa de um blefe, um recuo estratégico para o próximo ataque. E ele viria com o papel timbrado da McKinsey. A consultoria está prestes a concluir um relatório sobre a atual situação financeira do clube, encomendado pelo próprio empresário antes do rompimento com a atual gestão. Os integrantes da diretoria estão convictos de que o documento, antes uma “contribuição” de Abilio ao São Paulo, agora vai se tornar uma peça de campanha contra o trabalho de Leco. A disputa entre Abilio Diniz e a diretoria do São Paulo se intensificou no fim do ano passado, quando Leco demitiu o então CEO do clube, Alexandre Bourgeois. Homem de confiança do próprio Abilio, responsável por sua contratação, o executivo passou a ser visto pelos demais diretores como uma espécie de interventor do empresá- rio na gestão do São Paulo.  Procurada pelo RR, São Paulo FC não comentou o assunto.

#McKinsey #Pão de Açúcar

Máquina de Vendas é um território dividido ao meio

2/02/2016
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  O adversário mais duro de Corrado Varoli, recém-contratado para comandar a reestruturação da Máquina de Vendas, não será a recessão econômica, a queda do consumo ou mesmo a má performance da companhia. O ex-presidente da Goldman Sachs na América Latina terá como maior desafio gerar resultados em uma empresa rachada ao meio pelas disputas entre seus controladores, Ricardo Nunes e Luiz Carlos Batista. Que o diga o ex-Pão de Açúcar Enéas Pestana, antecessor de Varoli na árdua tarefa de reerguer a rede varejista. Pestana pouco saiu do lugar nos seis meses em que ficou à frente da gestão. Fechamento de pontos de venda, redefinição do modelo de lojas, negociação de uma fatia do capital: praticamente tudo o que ele recomendou ou ensaiou executar esbarrou nas divergências entre Nunes e Batista.  Desde a fusão entre a Ricardo Eletro e a Insinuante, em 2010, a coabitação societária entre o acelerado e mercurial Ricardo Nunes e o cauteloso e contido Luiz Carlos Batista nunca foi um mar de rosas. As divergências se agravaram no ano passado, durante a gestão de Richard Saunders, que assumiu a presidência após vender sua rede varejista, a Eletro Shopping, para o grupo. Saunders foi alçado ao comando para ser uma espécie de algodão entre cristais, um elemento neutro entre os dois acionistas. A tal solução pacificadora, no entanto, acabou se revelando um paiol. No entendimento de Batista, Saunders tornou-se um títere movimentado pelos dedos de Ricardo Nunes. Suas principais medidas – cortes de custos e demissões de executivos – teriam por trás a assinatura do fundador da Ricardo Eletro. Pior: suas mexidas se concentraram no Nordeste, nas lojas da Insinuante, justamente o território de Batista. O curto circuito foi inevitável. Saunders deixou o cargo em maio do ano passado. E, se ele era mesmo uma extensão de Nunes na gestão executiva, agora não há mais intermediários: o empresário se impôs e, no início deste mês, assumiu a presidência no lugar de Enéas Pestana. Tem a missão de frear uma queda nas vendas que chegou aos 10% em 2015.  Entre os executivos egressos da Ricardo Eletro habituados a psicografar os movimentos de Ricardo Nunes, há quem diga que, no fundo, no fundo, o empresário se arrependeu da fusão com a Insinuante. No seu mundo ideal, a associação seria desfeita e ele voltaria a mandar e desmandar numa empresa só sua. Será que Corrado Varoli se credenciaria a desatar uma fusão?

#Eletro Shopping #Goldman Sachs #Insinuante #Máquina de Vendas #Pão de Açúcar #Ricardo Eletro

Vira-casaca

27/01/2016
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 David Poussier, que ficou apenas quatro meses na presidência do Makro no Brasil, teria sido sondado para assumir o comando do Assaí, a operação atacadista do Pão de Açúcar.

#Assaí #Makro #Pão de Açúcar

Ferinos relatórios

22/12/2015
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 O investidor norte-americano Carson Block, um minoritário ativista do Casino, tem consultado Abilio Diniz e seu fiel escudeiro Eduardo Rossi para a elaboração de seus ferinos relatórios de análise do grupo francês, controlador do Pão de Açúcar. O último desses documentos fez sérias críticas à direção do Casino, mais precisamente a seu CEO, JeanCharles Naouri. Quem apresentou Diniz a Block foi William Ury, renomado professor de Harvard e negociador de Diniz na venda de ações do Pão de Açúcar. Mas o que os aproximou mesmo foi o interesse comum de dificultar a vida do Casino.  

#Abilio Diniz #Casino #Pão de Açúcar

Como pode um conselho monetário sem Abilio?

16/11/2015
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  Como se já não bastassem todos os seus problemas, Joaquim Levy ainda tem de aturar o périplo de Abilio Diniz junto a ministros palacianos e à própria presidente Dilma Rousseff. O empresário tem vendido entusiasticamente a ideia de ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN). O modelo seria o mesmo do passado quando o CMN abrigava conselheiros independentes; a maior parte deles grandes empresários, como Olavo Setúbal, Luiz Eulálio Vidigal, Arthur Sendas e o próprio Abilio.  Com sua conhecida modéstia, o ex-Pão de Açúcar ilustra com seu próprio nome como deveria ser a formação do novo conselhão monetário. Abilio adora mencionar que o ex-ministro Mario Henrique Simonsen sempre o consultava antes das reuniões do CMN. Sabe como é… Só Abilio é quem interessa. O CMN hoje é constituído pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, do Planejamento, Nelson Barbosa, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

#Dilma Rousseff #Joaquim Levy

Convocação

3/11/2015
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 Abilio Diniz contratou o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para defendê-lo no caso dos pagamentos feitos pelo Pão de Açúcar à consultoria de Antonio Palocci.  À época, Abilio era presidente do Conselho do grupo.

#Pão de Açúcar

Acervo RR

Convocação

3/11/2015
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 Abilio Diniz contratou o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para defendê-lo no caso dos pagamentos feitos pelo Pão de Açúcar à consultoria de Antonio Palocci.  À época, Abilio era presidente do Conselho do grupo.

#Pão de Açúcar

Carrefour embala primeira aquisição da “Era Abilio Diniz”

30/10/2015
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 Os planos de Abilio Diniz de liderar um processo de consolidação no varejo brasileiro por meio do Carrefour começam a sair do papel. O grupo negocia com a chilena Cencosud a compra dos supermercados Prezunic, do Rio de Janeiro. São 31 lojas, com faturamento anual próximo dos R$ 3,5 bilhões. A empresa estaria avaliada em aproximadamente R$ 1,2 bilhão, algo em torno de US$ 280 milhões – abaixo, portanto, dos US$ 380 milhões que os chilenos pagaram à família Cunha, fundadora da rede varejista, há quatro anos. Entre os próprios funcionários do Prezunic, a venda para o Carrefour é tratada como favas contadas. Há vários sinais de que a casa já está sendo arrumada para a chegada do novo morador. Nas últimas semanas, os chilenos teriam feito várias demissões na rede varejista. Boa parte das lojas entrou em reforma, com mudanças de layout e troca de equipamentos. Além disso, em quase todas as unidades haveria um alto índice de ruptura, leia-se falta de mercadorias – um indicativo de que a Cencosud teria interrompido a reposição de estoques, algo comum no varejo quando uma rede está prestes a ser passada à frente. Consultado pelo RR, o grupo nega a venda do Prezunic.  Em termos de receita, o Prezunic, isoladamente, pouco ajudará o Carrefour a reduzir a distância para o Pão de Açúcar – hoje na casa dos R$ 30 bilhões, se acrescido o faturamento da ViaVarejo. No entanto, o negócio tem forte valor simbólico, seja por quem compra, seja por quem vende. No caso do Carrefour, a operação confirmará o que se espera do grupo desde a chegada de Abilio Diniz, isso para não falar do fortalecimento do grupo no Rio de Janeiro. Atualmente, os franceses têm apenas 12 lojas no estado. Curiosamente, o Prezunic teria o mesmo destino de outras três redes de supermercados fundadas pela mesma família Cunha – Dallas, Continente e Rainha –, todas compradas pelo Carrefour no fim dos anos 90.  Do outro lado, a venda do Prezunic despejará ainda mais combustível nas especulações em torno do próprio futuro da Cencosud no Brasil. A negociação pode ser interpretada como uma última tentativa dos chilenos de reequilibrar sua operação no país antes de partir para a solução radical: a saída em definitivo do mercado brasileiro, este, sim, um movimento com maior potencial de impacto sobre o ranking do setor. Ao todo, o grupo chileno fatura cerca de R$ 10 bilhões no país.

#Abilio Diniz #Carrefour #Cencosud #Pão de Açúcar #Prezunic #Via Varejo

Siga o mestre

28/10/2015
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 Abilio Diniz fez escola. Eduardo Rossi, seu braço direito e principal candidato a ocupar a cadeira de conselheiro mundial do Carrefour, também mete o malho obsessivamente no Grupo Pão de Açúcar. Quando estão juntos, então, é uma coisa horrível.

#Abilio Diniz #Carrefour #Eduardo Rossi

CorreiosPar é resgatada entre os achados e perdidos

5/10/2015
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O governo decidiu ressuscitar um projeto que estava praticamente esquecido na caixa postal dos Correios. Trata-se da CorreiosPar, o braço de participações da estatal. Em tese, a empresa já existe. Foi formalmente instituída em julho do ano passado, com a premissa de reunir um colar de subsidiárias que seriam montadas a partir da diversificação das atividades dos Correios. Tem até diretor-presidente: Jorge Luiz Gouvêa, no cargo há cerca de um ano. Na prática, porém, jamais saiu do papel, um pouco pelas frustradas tentativas de parceria nas mais variadas áreas de negócio, um pouco pela própria inércia que viceja em Brasília. Agora, a proposta da CorreiosPar é reavivada com pretensões que vão além do projeto original. O governo vislumbra a possibilidade de rechear esse envelope ainda vazio com participações nos mais variados negócios e, posteriormente, abrir o capital da nova companhia, seja por meio de um IPO em Bolsa, seja com a oferta de ações para um sócio estratégico. A venda de 51% do controle a investidores privados permitiria à CorreiosPar se livrar das amarras de uma empresa estatal, com os ganhos de praxe: desde agilidade na tomada de decisões a condições mais favoráveis para a obtenção de crédito. Oficialmente, os Correios garantem que o projeto jamais foi abandonado e continua em andamento. De fato, a CorreiosPar já poderia até ter decolado, carregando como seu primeiro ativo a participação societária na Rio Linhas Aéreas. No entanto, o tão sonhado projeto dos Correios de ter uma frota própria de aviões está sub judice. O TCU suspendeu a compra de 49,99% da Rio por entender que a estatal burlou a lei de licitações. Sem aeronaves, mas com os pés no chão, a direção dos Correios trabalha em cima de dois negócios que faziam parte do escopo original da CorreiosPar e foram engavetados junto com o projeto. A companhia deverá anunciar até o fim do ano a criação de uma subsidiária de serviços digitais, com foco em certificação e impressão e emissão eletrônica, notadamente contas de concessionárias públicas. Em outro front, pretende montar também uma operadora de telefonia móvel virtual (MVNO). O MVNO consiste na prestação de serviços de transmissão de dados e voz por meio do aluguel da rede de grandes empresas de telefonia, portanto sem a necessidade de uma estrutura própria de telecomunicações. É bem verdade que o segmento de MVNO ainda não emplacou no Brasil. Bancos e redes de varejo, como Pão de Açúcar, chegaram a estudar a criação de operadoras próprias, mas não levaram o projeto adiante. Os Correios, no entanto, consideram que, no seu caso, o negócio é viável. A estatal enxerga uma demanda reprimida dentro de casa, leia-se corporações de médio e grande portes que já utilizam seus serviços postais. Em um só pacote, a companhia poderá oferecer a um único cliente transporte de encomendas expressas, impressão e postagem de documentos certificados e serviços de telefonia.

#Correios #Rio Linhas Aéreas #TCU

Assaí digital

30/09/2015
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O Pão de Açúcar deverá levar seu braço atacadista para a internet. Os franceses trabalham na montagem de uma operação de e-commerce da Assaí, rede que hoje responde por quase 10% do faturamento do grupo no país.

#Assaí #Pão de Açúcar

Leader é um problema a mais na prateleira do BTG

28/09/2015
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O que colocaram na água de André Esteves? Como se não bastassem o iminente naufrágio da Sete Brasil e os seguidos problemas financeiros da BR Pharma, a Leader Magazine está com o nome sujo na praça. Controlada pelo BTG, a rede varejista tem encontrado dificuldades para honrar seus compromissos. Desde o início do ano, estaria atrasando sistematicamente o pagamento de salários e, sobretudo, de fornecedores. Os casos mais graves envolveriam a Seller, rede com 50 lojas em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul comprada pela Leader em junho de 2013. Há indústrias do setor têxtil, particularmente do segmento de cama e mesa, e fabricantes de utensílios domésticos que estariam há mais de quatro meses sem receber. O grupo varejista teria se comprometido a normalizar os pagamentos em julho, quando seria concluída a integração contábil entre a Leader e a Seller. Mas, segundo dois fornecedores ouvidos pelo RR, isso não ocorreu. Dívida, como se sabe, é bala que ricocheteia. Há casos de empresas têxteis de pequeno e médio porte que estariam com dificuldade de manter suas próprias operações em função dos atrasos da Leader – alguns destes credores têm a receber não mais do que R$ 200 mil. De acordo com uma das fontes do RR, um grupo de fornecedores já se articula para entrar na Justiça contra o grupo varejista. À medida que o tempo passa maior a pressão sobre o BTG, dono de 70% da Leader – os 30% restantes pertencem aos acionistas fundadores, a família Gouvêa. No início do ano, o banco acenou com um aporte de até R$ 300 milhões na rede varejista, mas recuou com o agravamento da crise financeira da companhia. Nos últimos meses, o BTG vem tentando arrumar a casa com o objetivo de vender a empresa e se livrar de um aumento de capital que cairia integralmente na sua conta – os Gouvêa não têm interesse em acompanhar o desembolso. No entanto, até o momento, a reestruturação conduzida pelo ex-Pão de Açúcar Enéas Pestana não surtiu o efeito esperado. O próprio Pestana desembarcou no negócio com a intenção de fazer uma oferta pelo controle – ver RR edição nº 5.147 –, mas teria recuado ao constatar que o braseiro é muito mais incandescente.

#BTG Pactual #Leader Magazine

Cencosud mira a porta de saída do Brasil

10/09/2015
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A baixa contábil de US$ 167 milhões anunciada na semana passada foi a penúltima gota d’água no copo da Cencosud no Brasil. O presidente do grupo no país, Cristián Gutierrez Maurer, terá não mais do que seis meses para colocar o negócio nos trilhos e provar que a opera- ção da rede varejista é viável. Este é o prazo que separa a Cencosud da porta de saída do mercado brasileiro. A permanência dependerá do êxito das medidas que serão colocadas em prática nesse período. Segundo o RR apurou, o grupo deverá fechar entre 30 e 40 lojas – algo em torno de 15% dos pontos de venda no Brasil. As três maiores bandeiras – G. Barbosa, Bretas e Prezunic – seriam as mais atingidas. No Chile, há uma crescente pressão por parte de fundos minoritários da Cencosud para que o grupo se desfaça dos ativos no Brasil. Nos últimos seis anos, a companhia gastou US$ 5 bilhões na aquisição de redes varejistas na América do Sul. Entre todos os países, a subsidiária brasileira seria a única a operar sistematicamente no vermelho. Os resultados estão quase sempre aquém da performance do setor. No segundo trimestre, o varejo de alimentos recuou 2%, ao passo que a receita da Cencosud caiu 5,3%. No topo do ranking, nada mudaria com a eventual saída da Cencosud: os R$ 10 bilhões de receita da rede chilena não seriam o bastante para o Carrefour sequer encostar no Casino /Pão de Açúcar. Mas seriam o suficiente, por exemplo, para o Walmart ultrapassar o próprio Carrefour e assumir a vice-liderança do setor

#Cencosud

Petrobras

4/09/2015
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Uma equipe da Exxon está instalada na Petrobras, analisando os dados dos quatro blocos no pré-sal nos quais a estatal deverá se desfazer de suas participações – Carcará e Júpiter, na Bacia de Santos, e Pão de Açúcar e Tartaruga, na Bacia de Campos. * Procuradas pelo RR, Exxon e Petrobras preferiram não comentar.

#ExxonMobil #Petrobras

Makro é o principal produto na gôndola do Makro

17/08/2015
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À primeira vista, o repentino retorno de Roger Laughlin à presidência do Makro, apenas quatro meses após deixar o cargo, parece reforçar a ideia de que os holandeses da SHV estão absolutamente perdidos em relação à operação brasileira. Afinal, o súbito vai-e-vem se soma a uma conta de juros compostos onde as demais parcelas são anos e mais anos de prejuízos, equívocos de gestão e perda da importância relativa da rede atacadista no país. No entanto, a reencarnação de Laughlin no comando da subsidiária significa exatamente o contrário: trata-se de um sinal de que os acionistas controladores do Makro, enfim, começaram a se encontrar e a admitir que não dá mais para brigar contra os fatos e fingir que tudo vai bem. A velha resistência da família Fentener van Vlissingen a mexer na estrutura societária de seus negócios no país parece cair por terra e Laughlin é um personagem importante neste enredo. O financista reassume o cargo com a missão de arrumar a casa para a chegada de novos moradores. Segundo fontes ligadas à companhia, a SHV trabalha com dois cenários: a venda de uma participação minoritária para um fundo de private equity ou mesmo a negociação do controle do Makro Brasil. Por ora, os caminhos apontam para a primeira hipótese. Segundo o RR apurou, Laughlin abriu conversações com o fundo norte-americano Advent, que tem um colar de participações em quase 20 empresas no país – de terminal portuário a grupo educacional. As gestões envolvem a transferência de até 30% do Makro no Brasil. Não custa lembrar que, no ano passado, a gestora de private equity captou cerca de R$ 5,5 bilhões para investimentos no país – até o momento, boa parte dos recursos ainda não foi utilizada. Seja nas mãos da família Fentener van Vlissingen, seja, eventualmente, sob a batuta de um novo controlador, o desafio do Makro é deixar de ser um gigante de calças curtas no Brasil. A imagem da rede atacadista no país é a de uma companhia anêmica, sem foco, sem punch para tirar mercado de seus principais competidores e sem capacidade de reação. O golpe mais duro veio no ano passado. Cada vez mais longe do líder do segmento, o Atacadão/Carrefour (com faturamento de R$ 15 bilhões), a empresa ainda perdeu o segundo lugar do ranking do atacado para o Assaí/ Pão de Açúcar. Os holandeses já perceberam que precisam fazer algo. Ou, então, restará à SHV apenas velar o longo sono do Makro no Brasil. * As empresas Makro e Advent não retornaram ou não comentaram o assunto.

#Advent #Makro

Casino diz “très bien” ao desemprego na ViaVarejo

16/07/2015
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 A economista inglesa Beatrice Webb dizia que o desemprego é um dos termômetros do caráter social do empresário. Se a medição fosse aplicada nos empresários e figadais concorrentes Abilio Diniz e Jean-Charles Naouri, com base no passado recente o ex-dono do Pão de Açúcar e atual mandachuva do Carrefour estaria ganhando com alguns corpos de vantagem. Por ora, seus respectivos conglomerados empresariais têm se portado de maneira distinta diante dos graves efeitos da crise econômica sobre o varejo. à‰ o que mostram os dados do obituário trabalhista no setor. Se, até ontem à  noite, o Carrefour continuava invicto, sem anunciar cortes no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar dispara nessa corrida antissocial. No varejo de alimentos, leia-se super e hipermercados, não há previsão de demissões em massa nas operações do Casino no país, mas, sim, de cortes pingados em determinadas regiões, que podem atingir até 200 trabalhadores. Na ViaVarejo, no entanto, os números saltam de escala. Entre maio e junho, a holding que reúne Casas Bahia e Ponto Frio colocou na rua cerca de três mil funcionários. Essa é a má notícia; a péssima é que a conta vai aumentar. De acordo com uma fonte próxima ao Pão de Açúcar, a ViaVarejo prepara mais uma leva de demissões. Segundo o RR apurou, há uma régua sobre a mesa dos franceses que dá a medida do novo esmagamento: o grupo calcula que Casas Bahia e Ponto Frio só conseguirão reequilibrar seus custos com o fechamento de mais duas mil vagas de emprego até outubro. à‰ sintomático, portanto, que, nos últimos 12 meses, o Grupo Pão de Açúcar tenha elevado de R$ 323 milhões para R$ 540 milhões o volume de provisões para eventuais perdas com ações trabalhistas. Não cabe qualquer juízo de valor na comparação direta e – por que não? – inevitável entre Abilio Diniz e Jean-Charles Naouri. Até porque ambos são unidos pelo pragmatismo que está na essência de qualquer empresário: quando o cinto aperta, o social deixa de ser um fator prioritário. Além disso, como se sabe, a cadeia alimentar só é de todo ruim para quem está na base dela. Em Paris, deve ter muito acionista do Casino encantado com os cortes do grupo no Brasil. De qualquer forma, neste momento, o nome de Naouri está indissociavelmente vinculado a cortes e mais cortes. A se confirmar a nova fornada de demissões, em menos de seis meses o Pão de Açúcar, especialmente a Via- Varejo, terá extinguido cerca de cinco mil postos de trabalho. O número corresponderia também a um terço de todas as vagas de emprego fechadas no varejo de móveis e eletrodomésticos desde janeiro. Ressalte-se que os dois arquirrivais franceses vivem momentos distintos no mercado brasileiro, muito em função da própria natureza de suas operações. A atuação do Carrefour/ Atacadão está predominantemente concentrada no ramo de alimentos, um dos últimos a sentir o amargo paladar da crise. Não por acaso, segundo o RR apurou, a rede pretende aumentar o número de contratações. Já o Grupo Pão de Açúcar, por conta da ViaVarejo, está indexado também à  área de eletroeletrônicos, duramente afetada pela queda de 5% na renda média do trabalhador. As vendas de aparelhos de TV, por exemplo, caíram quase 30% entre janeiro e junho se comparadas ao primeiro semestre do ano passado.

#Abilio Diniz #Atacadão #Carrefour #Casas Bahia #Casino #Pão de Açúcar #Via Varejo

Pão de sangue

9/07/2015
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Recomenda-se ao nº1 do Casino e presidente do Conselho do Pão de Açúcar, Jean-Charles Naouri, que olhe bem para os lados e não deixe suas costas desguarnecidas. O seu principal desafeto não é de deixar barato.

#Casino

Pestana reestrutura a Leader em causa própria

23/06/2015
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Os óculos retangulares e o cabelo repartido da esquerda para a direita lembram o próprio André Esteves, controlador da Leader Magazine. Mas é a imagem de Enéas Pestana e não a do banqueiro que se projeta sobre o futuro da companhia. Para todos os efeitos, o ex-Pão de Açúcar e agora onipresente consultor foi convocado por Esteves para comandar o processo de reestruturação da rede varejista – a  semelhança do que ocorre na Máquina de Vendas e na BR Pharma, também do BTG Pactual. No entanto, na própria Leader, cresce a percepção de que, neste caso, o termo “Reestruturação” não passa de um eufemismo: para muitos, a real missão de Pestana é arrumar a casa e preparar a venda do controle da empresa, da qual o BTG detém 70% – o restante das ações pertence aos acionistas fundadores, a família Gouvêa. Há quem vá mais além e afirme que Enéas Pestana interpreta dois personagens neste enredo: primeiro, vai fechar lojas, renegociar o aluguel dos imóveis, cortar pessoal, arrochar fornecedores, estressar executivos, impor novas metas de performance e tudo mais que couber no papel de consultor; em um segundo momento, o executivo tiraria o figurino de verdugo e, então, entraria em cena o investidor. Pestana enxergou uma oportunidade maior e está reunindo fundos de private equity interessados na aquisição da Leader. Ele próprio teria uma participação no bloco de controle. Ressalte-se que a fatia do BTG na rede varejista estaria avaliada em aproximadamente R$ 900 milhões. Nos últimos meses, André Esteves chegou a engatilhar um novo aporte de capital na Leader Magazine. No entanto, segundo o RR apurou, esta hipótese perdeu força. Esteves dá sinais de que cansou de ser dono de loja de departamento e quer empurrar o negócio para alguém do ramo. Se não for Enéas Pestana, será outro. O fato é que a Leader se junta a  Sete Brasil e a  própria BR Pharma na lista de recentes insucessos de Esteves. No caso da varejista, o banqueiro subiu no avião errado na hora errada. Desde que assumiu o controle da empresa, em 2012, o setor só faz andar para trás, empurrado pela redução da oferta de crédito e pela retração do consumo. Mesmo com o cenário adverso, Esteves ainda esticou a corda, na tentativa de dar massa crítica a  sua operação no varejo. Em 2013, comprou a Lojas Seller. Há pouco mais de um ano, chegou a articular a aquisição de um ativo bem mais graúdo, a Lojas Renner. Largou o carrinho no corredor e não chegou sequer a  fila do caixa.

#Leader Magazine #Pestana

Carrefour prepara uma blitz em cima da Y. Yamada

12/06/2015
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O Carrefour promete dar um xeque-mate na Y. Yamada, a maior rede de supermercados da Região Norte, com 40 lojas e um faturamento anual de R$ 2,5 bilhões. Os franceses são candidatíssimos a  compra da empresa paraense. Trata- se de um antigo desejo de consumo. Segundo o RR apurou, no início da década o Carrefour chegou a fazer uma oferta pela Y. Yamada. Na ocasião, a proposta foi rechaçada pelo fundador da empresa, Junichiro Yamada, que faleceu há apenas dois meses. Desta vez, o grupo volta a  carga com uma estratégia na fronteira da belicosidade. Os franceses levam a  mão um agressivo plano de abertura de lojas no estado, com o deliberado objetivo de asfixiar a rede paraense. Para começo de conversa, o Carrefour planeja inaugurar seis pontos de venda com sua própria bandeira até 2017 – hoje, sua atuação local está restrita ao Atacadão. Pode ser uma moeda de troca. A aposta é clara: os franceses estão convictos de que a Y. Yamada, acostumada a reinar quase sozinha por aquelas plagas, não terá fôlego para suportar um cenário de efetiva concorrência. A tática do “abafa” pode ser creditada na conta de Abilio Diniz. E quem mais? Desde os tempos do Pão de Açúcar, o empresário trata a aquisição da Y. Yamada um movimento fundamental para qualquer grupo disposto a avançar no Norte do país. Que seja feita a sua vontade. O Carrefour joga com os fatos recentes. Até que ponto os herdeiros de Junichiro Yamada terão a mesma tenacidade do patriarca para resistir ao assédio da concorrência? Por ora cabe a Fernando Yamada, filho de Junichiro, acomodar sob o mesmo teto os interesses dos quase 100 integrantes da família, praticamente um quarto deles trabalhando diretamente na empresa. Tarefa árdua para o herdeiro, sobretudo quando se sabe que parte da tropa puxa a corda na direção contrária a  sua e se mostra bastante sensível a  investida do Carrefour. Formalmente, o Yamada mantém o discurso numa só direção e nega qualquer negociação para a venda do controle. No entanto, parte do clã teme perder o timing do grande negócio de suas vidas. A rede varejista é uma joia que tende a valer cada vez menos a  medida que os grandes grupos do setor avançarem na região. Os graúdos estão chegando. Além do Carrefour, o Casino pretende abrir dois hipermercados Extra em Belém.

#Carrefour #Y. Yamada

Esteves, BNDES e as tetas da traição

23/04/2015
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 O banqueiro André Esteves está sendo chamado de assador de porcos entre os técnicos do BNDES – uma alusão a uma fábula de origem espanhola que ficou célebre após ser citada na publicação argentina “Juicio a la escuela”, de 1976. Os funcionários do banco nunca simpatizaram com o estilo predador do dono do BTG. Mas agora ele teria passado dos limites. Esteves detonou a agência de fomento, chamando a instituição de “um monstrengo que beira o disfuncional”. Disse que o “uso dos recursos deve ser represado” e que estaria “menos preocupado com a qualidade técnica e até com casos de corrupção do que com o tamanho do BNDES”. No banco, o mínimo que se diz é que o banqueiro é um bufão – não confundir com porcão. A dinheirama que ele queria tirar para si não vale para os outros. Quem não se lembra da tentativa de Esteves de juntar o Pão de Açúcar com o Carrefour com o dinheiro – de quem? – do BNDES. E da rocambolesca operação de fusão da EBX com a Vale, igualmente envolvendo o capital do banco.  Esteves é o personagem certo para a fábula do porco assado. Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os donos dos animais, acostumados a comê-los crus, experimentaram e acharam a carne assada deliciosa. A partir daí, toda a vez que queriam comer porco assado incendiavam um bosque. O BTG, como se sabe, bem que tentou assar alguns projetos emporcalhados no BNDES, mas o banco, que obedece a critérios técnicos, não deixou Esteves queimar o bosque. Até surgir a oportunidade de torrar um novo suíno, o banqueiro vai mandar a ripa no lombo do BNDES.

#André Esteves #BNDES #BTG Pactual #Carrefour #EBX #Pão de Açúcar #Vale

Levy de açúcar

13/03/2015
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Ronaldo Iabrudi é o Joaquim Levy do Pão de Açúcar. Seu ajuste fiscal inclui pesados cortes de custos administrativos, fechamento de lojas deficitárias e duras renegociações com os fornecedores. Uma vantagem de Iabrudi: ao que consta, todas as medidas implementadas contam com o irrestrito apoio da “Dilma” do Casino, Jean-Charles Naouri

Abilio Diniz é quase uma Máquina de Vendas

2/03/2015
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Durante o seu sagrado exercício matinal, enquanto resfolega sobre a esteira que o faz desafiar seus limites, Abilio Diniz abre um sorriso e se delicia com o próprio pensamento: “Eu vou fazer o Carrefour crescer em três anos mais do que eles cresceram em 40 no Brasil.” Uma fonte com doutorado em Abilio disse ao RR que os planos do empresário são tão nítidos quanto sua imodéstia. Ele está acelerando o passo na venda de seus imóveis com o objetivo de fazer caixa e deixar o Pão de Açúcar a ver fumaça do bólido Carrefour. Abilio, contudo, não colocaria dinheiro diretamente no hipermercado francês, mas, sim, em ativos com grande sinergia junto a  sua nova menina dos olhos. Ele planeja usar o Carrefour como trampolim para a montagem de uma operação que conjugaria o varejo convencional e a criação de uma cadeia de fornecedores em escala global – conforme o RR revelou na edição nº 5.029. Mas o empresário também enxergaria o futuro pelo retrovisor. Neste caso, segundo a mesma pitonisa, Abilio repetiria a fórmula que ele próprio desenvolveu no fim da década passada, ao juntar alimentos e eletroeletrônicos no mesmo tubo de ensaio. Se, na ocasião, misturou o Pão de Açúcar/ Ponto Frio a  Casas Bahia, desta vez os elementos químicos bem poderiam ser o Carrefour e a Máquina de Vendas. Só que, desta vez, Abilio Diniz se transmutaria, ao mesmo tempo, nele próprio e em Samuel Klein, repetindo um papel similar ao que o então proprietário da Casas Bahia desempenhou na ViaVarejo. Para isso, bastaria a compra de uma participação ou mesmo do controle da Máquina de Vendas e, posteriormente, aportar a empresa no Carrefour. Desta forma, ele ficaria nas duas pontas do negócio, como sócio do grupo francês e da rede de lojas de eletroeletrônicos. Simples, não? Para Abilio tudo é simples. A Máquina de Vendas é um cavalo que passa encilhado a  frente de Abilio. A rede varejista é hoje uma presa extremamente vulnerável devido a seus notórios problemas de performance. Segundo fontes ligadas ao próprio grupo, cerca de 100 lojas, o equivalente a 10% de toda a rede, fecharam 2014 no vermelho – oficialmente, a empresa nega este número, mas não informa quantas foram deficitárias. Há outro indicador que fala ainda mais alto sobre o desempenho da Máquina de Vendas: com a mesma quantidade de lojas da ViaVarejo – ambas têm algo próximo de 1,1 mil pontos de venda -, fatura apenas um terço dos R$ 30 bilhões contabilizados pela concorrente. No fim de 2009, ao costurar a fusão entre o Pão de Açúcar, o Ponto Frio e a Casas Bahia, Abílio Diniz criou o maior grupo varejista do Brasil, com faturamento de R$ 40 bilhões. Desta vez, as circunstâncias seriam diferentes. Juntos, Carrefour e Máquina de Vendas somariam uma receita de R$ 42 bilhões, longe dos R$ 65 bilhões em vendas contabilizados pelo Pão de Açúcar. Por ora, no entanto, estes números não passam de um amuse bouche, mesmo porque a possibilidade de integração do Carrefour com as redes Insinuante e Ricardo Eletro alavancaria consideravelmente o tamanho do negócio. E seria apenas o início da corrida. Abilio, apreciando-se frente ao espelho, se perguntaria: por que não o Magazine Luiza? Alguém duvida da sua motivação extra para ter o prazer de superar o Casino?

Guarda suÁ탧a

12/02/2015
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Depois da chegada dos ex-Pão de Açúcar Antônio Ramatis e Sylvia Leão, não demora muito a Claudio Galleazzi, sempre ele, desembarcar no Carrefour pelas mãos de Abílio Diniz.

Em 2015, RR promete notícias de arrepiar

30/12/2014
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O assinante do Relatório Reservado não precisou esperar pelo café da manhã de Dilma Rousseff com os jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto. A notícia sobre a abertura de capital da Caixa Econômica chegou primeiro no RR, mais precisamente no dia 24 de outubro, dois meses antes de Dilma anunciar o projeto. E quantos ministros da Fazenda cabem no noticiário? Bem mais do que os dedos das mãos podem contar. Em meados de novembro, já eram 18 os cotados pela mídia para assumir o posto de Guido Mantega. Pois no dia 17 de novembro, o RR trouxe em primeira mão o nome de Joaquim Levy como o mais forte candidato ao Ministério da Fazenda. Quando todos especulavam sobre a possível indicação de Luiz Carlos Trabuco, esta publicação dizia que o personagem “egresso do mercado, com o aval de Lula e capaz de mexer com as expectativas do empresariado” estava, sim, no Bradesco, mas “alguns andares abaixo da presidência do banco”. Levy era o “Trabuco possível” para o Ministério, cravou o RR. Dez dias depois, o ex-secretário do Tesouro era formalmente anunciado como o substituto de Mantega. Ao longo de 2014, o RR fez o que faz há mais de 40 anos: antecipou informações, revelou hoje o M&A de amanhã, descortinou a intimidade decisória das maiores corporações do país, escreveu a crônica do desamor societário, anteviu os movimentos de grandes líderes empresariais, auscultou os principais gabinetes da República. _____________________________________________________________________________________ O RR noticiou o IPO da Caixa Econômica dois meses antes de Dilma anunciar o projeto _____________________________________________________________________________________ Acompanhou o processo eleitoral sem jamais se esconder atrás dos fatos. Opinou sem ser partidário, interveio sem perder a independência. Tudo com o olhar atento e privilegiado dos que caminham nas coxias. O Relatório Reservado orgulha-se dos seus números. Em 2014, publicamos 2.110 notícias. Entre corporações, empresários, executivos e autoridades, a galeria de citados somou mais de 500 nomes. Destrinchar tais estatísticas é como gerar um eletrocardiograma do noticiário corporativo no ano. E, neste caso, nenhuma outra empresa teve tantos episódios de taquicardia quanto a Petrobras, por razões mais do que óbvias – e lamentáveis – a companhia mais mencionada no RR em 2014, com 82 registros. _____________________________________________________________________________________ Em 2014, publicamos 2.110 notícias, com mais de 500 nomes citados _____________________________________________________________________________________ O RR, ressalte-se, não caiu na armadilha do linchamento corporativo que, em muitos momentos, tem pautado a cobertura sobre o “petrolão”. Ao longo do ano, procurou separar a Petrobras, um símbolo do Brasil, da quadrilha que lá se instalou, por mais que os meliantes tenham se empenhado para evitar esta decantação e emporcalhar o nome da companhia. Entre as empresas mais citadas em 2014 figuram ainda nomes como Itaú, Eletrobras, Cemig, Previ, Votorantim e… BTG Pactual, o segundo no ranking de assiduidade no RR. E como uma publicação especializada em negócios e finanças poderia escrever sobre fusões, aquisições ou grandes costuras societárias sem mencionar o banco de André Esteves, quase que onipresente nas maiores operações de M&A no país? Entre os nomes mais poderosos do país, ninguém foi mais citado do que justamente o nome mais poderoso do país. Dilma Rousseff contabilizou 125 menções. O segundo? Ora, o segundo: Aécio Neves surgiu no RR em 54 edições. A diferença, claro, reflete o período do “mandato” de cada um. As referências a  presidente da República se espalham ao longo do ano. No caso de Aécio, as notícias ficaram concentradas durante o período eleitoral. Se bem que o tucano, por vezes, parece realmente acreditar que as eleições ainda não acabaram. Se Petrobras e BTG Pactual pontificaram no noticiário, nada mais natural que Maria das Graças Foster e André Esteves estejam entre os mais citados no RR em 2014. Este rol inclui ainda figuras como Benjamin Steinbruch, Jorge Paulo Lemann, Rubens Ometto, Jorge Gerdau, Roberto Setúbal e Abílio Diniz. Por falar em Abílio, ao apagar das luzes de 2014, no dia de 16 de dezembro, o RR informou que o empresário preparava “sua ceia de Natal no Carrefour”. Dois dias depois, era anunciada a venda de 10% do Carrefour Brasil para o ex-controlador do Pão de Açúcar. Há também o caso daqueles que estão se despedindo do ranking dos mais citados. Muito provavelmente Guido Mantega não estará entre os “mais mais” do RR em 2015. Já Joaquim Levy… Em 2015, o Relatório Reservado espera ser ainda mais Relatório Reservado: informativo, analítico, ácido, pero sin perder la ternura jamás, e, acima de tudo, “furão”, como diz o jargão jornalístico. Como qualquer publicação que carrega o compromisso com a antecipação do fato, o RR convive permanentemente com o risco do erro, até porque seu perfil editorial abre espaço para notícias com algum componente especulativo. _____________________________________________________________________________________ Em 16 de dezembro, o RR informou que Abílio Diniz preparava sua “ceia de Natal no Carrefour”. Bingo! _____________________________________________________________________________________ No entanto, o índice de acertos é muito superior a  coluna dos passivos. Arthur Hays Sulzberger, que comandou o The New York Times de 1935 a 1961, costumava dizer que “a notícia é um relatório de conflitos, e, a s vezes, os jornalistas, em seu ofício, tornam o fundo mais escuro e as sombras mais profundas do que realmente são”. O que fazer, se a melhor notícia, na maioria das vezes, está nas sombras… O que não está nas sombras é o agradecimento do Relatório Reservado a seus assinantes. O RR volta a circular na sexta feira, 2 de janeiro. A todos, um Feliz 2015!

Levaram o sorriso da InterOdonto

29/12/2014
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É impossível arrancar um sorriso de José Antonio Molinari, presidente da InterOdonto. A gestora de planos dentários está levando uma mordida atrás da outra. Recentemente, a Amil Dental lhe cravou os caninos, ao tomar o segundo lugar no ranking do setor pelo número de vidas. Agora, a ameaça atende pelo nome de Sul América, cuja carteira tem crescido em média 20% ao ano – o dobro do resultado da InterOdonto. Os dados que chegam a  mesa de Molinari e dos demais executivos da companhia são preocupantes: nessa toada, a queda para o quarto lugar do ranking virá em 2015. Nos últimos três anos. o faturamento da InterOdonto estacionou na casa dos R$ 140 milhões. No mesmo período, a receita do setor cresceu, em média, 10% ao ano. A empresa tem demonstrado outros sinais de fragilidade. No ano passado, perdeu a carteira de funcionários do Pão de Açúcar para a própria Amil, com aproximadamente 130 mil vidas. A justificativa de que a rentabilidade do contrato era baixa e os valores de renovação não seriam competitivos ressoaram pelo mercado como choro de perdedor. Se, diante dessas circunstâncias, José Molinari não tem motivos para sorrir, o que dizer, então, dos norte-americanos do Bain Capital, que, no início deste ano, pagou mais de R$ 2 bilhões pelo controle do Grupo Intermédica, controlador da InterOdonto. O desempenho da gestora de planos odontológicos tem alimentado especulações no mercado. Há dúvidas até mesmo em relação ao interesse dos norte-americanos em permanecer no negócio.

Carlyle monta seus novos brinquedos no Brasil

8/12/2014
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 Após fisgar o controle das duas maiores varejistas do setor – PBKids e RiHappy -, para onde mais o Carlyle pode caminhar no mercado brasileiro de brinquedos? Neste jogo de tabuleiro, a carta que os norte-americanos levam a  mão parece dizer: “Avance duas casas e verticalize sua operação”. O fundo também pretende fincar sua bandeira em um grande fabricante nacional de brinquedos. Os dados estão rolando sobre a mesa, mas, desde já, dois nomes surgem no radar do Carlyle: Estrela e Grow. Além da possibilidade de adicionar ao seu portfólio uma marca forte, com expressivo índice de recall entre os consumidores, o que impulsiona os norte-americanos é o desejo de dominar o setor de ponta a ponta, garantindo condições mais vantajosas para suas duas redes varejistas. Ao todo, PBKids e RiHappy somam mais de 200 lojas no Brasil. O Carlyle, que administra cerca de US$ 200 bilhões em recursos, já investiu mais de US$ 500 milhões no mercado brasileiro de brinquedos – 80% desta cifra foram desembolsados na aquisição da RiHappy e da PBKids. Comparativamente, a compra de uma participação em um dos dois grandes fabricantes nacionais seria um investimento bem menos dispendioso. Noves fora um eventual prêmio de controle, atualmente o valor de mercado da Estrela, por exemplo, não passa dos R$ 130 milhões. A empresa, aliás, é vista pelos norte-americanos como uma presa até mais frágil do que a Grow, que sempre conseguiu manter um nicho de mercado – no segmento de jogos de tabuleiro – e, nos últimos anos, soube se reinventar com a digitalização de seus produtos mais famosos, como War, Perfil e Imagem & Ação. A entrada no capital de um fabricante de brinquedos poderia gerar um efeito colateral para o Carlyle e suas redes varejistas, com um eventual estremecimento das relações entre a PBKids e a RiHappy e outros grandes fornecedores. No entanto, os norte-americanos, ao que parece, não temem esse risco, assim como Abílio Diniz não temeu comprar uma participação na BRF quando ainda tinha um pé no Pão de Açúcar.

#BRF #Carlyle #Estrela #Grow #PBKids #RiHappy

Casino conta cada nota do troco reservado para o Makro

24/11/2014
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Para o Casino não há meio termo: ou o Pão de Açúcar deslancha sua operação no comércio atacadista ou, então, é melhor deixar de vez o segmento. Por ora, os franceses empenham- se pela primeira opção. O grupo prepara um plano de expansão da rede Assaí, que hoje está atrás de suas principais concorrentes: Atacadão/Carrefour e Makro. O projeto prevê o desembolso de R$ 1 bilhão para a abertura de 30 lojas até o fim de 2015. O Pão de Açúcar vai dar prioridade a estados onde a bandeira ainda não está presente, notadamente no Nordeste e no Centro-Oeste. Com as inaugurações, a rede vai romper a barreira de cem pontos de venda no país. A retomada dos franceses soa como um mea culpa. Ao dar prioridade a  reestruturação das operações de super e hipermercados no país, o Casino acabou relegando a divisão atacadista ao segundo plano. O Assaí acabou perdendo terreno tanto para o Atacadão quanto para o Makro. O terceiro lugar no comércio atacadista significa a lanterna entre as grandes do setor. No caso específico da rede holandesa, a situação de desvantagem do Pão de Açúcar causa ainda mais perplexidade por conta dos notórios problemas de crescimento do grupo no mercado brasileiro. O Assaí tem mais lojas do que o Makro – 81 a 78 – e, ainda assim, fatura cerca de US$ 400 milhões a menos do que a concorrente. Com as novas lojas, a rede deverá ultrapassar a marca de US$ 3,5 bilhões de receita por ano, enfim superando o Makro. Encostar no Atacadão já é uma tarefa mais complexa. O braço atacadista do Carrefour soma mais de US$ 5 bilhões em vendas anuais.

Savegnago busca um pequeno grande sócio

21/11/2014
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Por quanto tempo mais Antônio e Sebastião Savegnago vão resistir ao assédio dos blockbusters do varejo? Donos de uma das últimas grandes redes de supermercados de São Paulo não abduzidas pela consolidação do setor, os dois irmãos – conhecidos como “Toninho” e “Chalim” – seguem remando na contramão. Dona de 34 lojas em 10 cidades do estado, o Savegnago pretende abrir 15 pontos de venda até 2016. Ou seja: em apenas dois anos, planeja inaugurar praticamente metade do número de lojas abertas desde a sua inauguração, em 1976. Com a expansão, a rede paulista espera romper a marca de R$ 2 bilhões em faturamento anual. Procurado, o Savegnago confirmou apenas a abertura de cinco lojas até 2016. Garantiu ainda “não ter acordo com fundo de investimento.” Mas “Toninho” e “Chalim” não são de ferro. Se as portas do Savegnago permanecem fechadas a Pão de Açúcar, Carrefour e cia., o mesmo não se pode dizer em relação a gestoras de private equity. Os dois irmãos sabem melhor do que ninguém que dificilmente conseguirão tirar do papel um plano de expansão tão ousado contando exclusivamente com recursos próprios. Portanto, a ideia de venda de uma participação minoritária do negócio para um fundo de investimentos ganha corpo. Candidatos? Consta que, no passado recente, a Actis circulou entre as gôndolas do Savegnago. Consultado, o fundo de investimento negou qualquer negociação. Ressalte- se, no entanto, que a Actis já tem experiência no varejo brasileiro. É sócia da Companhia Sulamericana de Distribuição (CSD).

Best seller

17/11/2014
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Michael Klein flerta com a ideia de contratar um ghost writer para produzir suas memórias, a exemplo do que fez seu pai, Samuel. Se quiser fazer barulho, contará em detalhes os dias que antecederam a fusão entre Casas Bahia e Pão de Açúcar. Se tiver juízo, passará batido pelo assunto.

Telefonia é a carta-trunfo dos Correios para 2015

11/11/2014
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Forte candidato a ficar exatamente onde está, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, terá como uma de suas prioridades tocar um antigo projeto escondido no fundo dos escaninhos da estatal: a criação de uma empresa própria de telefonia celular. A nova companhia funcionará na modalidade MVNO – Mobile Virtual Network Operator -, normalmente chamada de operadora virtual. Este tipo de formato prescinde a compra de outorgas ou mesmo a montagem de uma estrutura própria. Os Correios poderão fechar acordos de compartilhamento de rede com empresas de telefonia celular. Neste momento, os Correios estão em busca de um sócio para a empreitada, preferencialmente um grupo internacional com experiência neste tipo de serviço. Ressalte-se que a estatal chegou a assinar uma carta de intenções com a italiana Poste Mobile, que seria acionista majoritária da nova operadora. A empresa, responsável pelo serviço postal na Itália, detém 5% do mercado local de telefonia celular, com mais de três milhões de clientes. No entanto, o acordo foi desfeito recentemente. Consultados pelo RR, os Correios confirmaram o plano de entrada no segmento MVNO e também a desistência da Poste Mobile em participar do projeto. Diversas empresas, notadamente da área de varejo, como Carrefour e Pão de Açúcar, chegaram a estudar a criação de operadoras virtuais, mas o modelo MVNO ainda não pegou no Brasil. No caso dos Correios, as primeiras pinceladas deste projeto ocorreram em 2011. No entanto, por uma série de questões burocráticas e uma boa dose de falta de decisão política, o assunto foi envelopado. A intenção é colocar a operação na rua no segundo semestre de 2015. A estatal pretende aproveitar sua notória capilaridade: cada um de seus 12 mil postos de atendimento em todos os 5,5 mil municípios brasileiros é uma loja em potencial para a venda de assinaturas e aparelhos celulares. Estudos mais recentes elaborados pela empresa apontam a possibilidade de atingir a marca de 10 milhões de clientes nos primeiros cinco anos – a números de hoje, representaria um pouco mais de 3% de market share no segmento de telefonia celular.

Acervo RR

Netshoes

10/11/2014
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Cassio Casseb, ex-presidente do BB e do Pão de Açúcar, teria se tornado uma espécie de interventor do Netshoes. Nomeado para o Conselho pelo fundo Temasek, um dos acionistas da empresa de e-commerce, Casseb vem dando as cartas na gestão.

Netshoes

10/11/2014
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Cassio Casseb, ex-presidente do BB e do Pão de Açúcar, teria se tornado uma espécie de interventor do Netshoes. Nomeado para o Conselho pelo fundo Temasek, um dos acionistas da empresa de e-commerce, Casseb vem dando as cartas na gestão.

Volta ao passado

4/11/2014
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Pessoas próximas a Abílio Diniz afirmam que o ex- Pão de Açúcar Augusto Cruz estaria deixando o comando da Unimed Paulistana para se reencontrar com o empresário. O executivo assumiria um cargo na Península, a gestora dos recursos de Abílio. Consultado pelo RR, Cruz negou que vá deixar a operadora de planos de saúde.

Carrefour e Casino vão ao mesmo mercado

22/08/2014
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A que serviu a recente e curta passagem do ex-Walmart e Carrefour Sergio Nóia pela presidência do Lopes Supermercados, um dos “pequenos gigantes” do varejo paulista? A contratação de Nóia significou, de fato, o ponto de partida para a profissionalização da gestão, como afirmam os acionistas controladores, ou o executivo ficou apenas o tempo suficiente para arrumar as prateleiras e preparar a venda da companhia? Por mais que a família Lopes insista na primeira opção, os fatos teimam em apontar na direção contrária. Desde janeiro, quando Nóia deixou o comando da companhia após dois anos e dois meses no cargo, o leme voltou a s mãos dos acionistas, notadamente do sócio Pedro Lopes. Além disso, fontes bem próximas a  família garantem que, nos últimos três meses, executivos do Casino/Pão de Açúcar e do próprio Carrefour têm circulado entre as gôndolas do Lopes Supermercados. Consultada pelo RR, a rede paulista garante que não está a  venda. Talvez seja o caso de avisar a  concorrência. Segundo as mesmas fontes, os franceses, tanto de um lado quanto do outro, já sopraram ao pé do ouvido da família cifras superiores a R$ 300 milhões. Ao lado do Sonda e da Savegnago, o Lopes compõe uma espécie de tríplice aliança do varejo paulista, redes supermercadistas que faturam mais de R$ 1 bilhão e ainda não foram abduzidas pelos grandes do setor. Com 27 lojas na Grande São Paulo, a maioria no município de Guarulhos, onde está sediada, a companhia entrou para o clube do bilhão exatamente no ano passado. Mas não é de hoje que peixes mais graúdos do setor resvalam suas nadadeiras no Lopes. Nos últimos anos, a empresa tem chamado a atenção pelo ritmo de crescimento – 10% em média, contra 5% do varejo como um todo. Diante destes números, a própria família tem alardeado que sua meta é transformar o Lopes em uma das 20 maiores redes de supermercados do país em 2015 – hoje ocupa a 25ª posição. A julgar pelo assédio da concorrência, antes disso a companhia pode pegar um elevador e ir direto para o topo do ranking. Mas dentro do carrinho do Carrefour ou do Casino.

A repentina demissão de Manoel de Amorim

10/07/2014
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A repentina demissão de Manoel de Amorim da presidência da Abril Educação é um forte indício de que Abílio Diniz está prestes a fechar a compra de uma participação no capital da companhia. Abílio nunca morreu de amores por Amorim – e há quem diga que a recíproca é verdadeira. Em 2009, quando o Pão de Açúcar fechou a compra do Ponto Frio, o executivo ocupava a presidência da rede de eletroeletrônicos. Com a chegada de Abílio, não durou sequer um mês no cargo.

Carrefour vira cenário para um conto de Franz Kafka

20/05/2014
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O CEO mundial do Carrefour, George Plassat, vem sofrendo pesadelos diários com o empresário Abílio Diniz. Plassat acorda de madrugada suando frio com a imagem nítida de que é uma barata, e Abílio o está pisoteando. Não é uma mera alusão ao livro Metamorfose, de Franz Kafka. A revelada ofensiva do ex-dono do Pão de Açúcar para assumir uma posição de destaque no Grupo Carrefour incomoda profundamente o executivo francês. Plassat assistiu, como espectador privilegiado, a todas as manobras e golpes baixos de Abílio no episódio da aquisição do Pão de Açúcar pelo Casino. Já tinha passado antes por uma experiência desagradável com o brasileiro quando, juntamente com o BTG, Abílio tentou uma fusão nada amistosa com o Carrefour. Na época, Plassat soube de muita coisa pelos jornais. Deve a Naouri o favor de o negócio não ter ido para a frente. Mas agora o pesadelo voltou. O presidente do Carrefour tem se visto como uma barata tonta frente aos movimentos tentaculares de Abílio. Em um momento, o empresário vaza a informação de que quer uma cadeira no conselho de administração da rede francesa; em outro, que será o gestor e responsável pelo IPO da operação brasileira. Isso ao mesmo tempo em que, de uma forma sibilina, adquire um lote de ações que o coloca entre os maiores sócios do grupo. George Plassat tem hoje uma senhora estrutura de informações no Brasil somente voltada para rastrear os passos de Monsieur Diniz. O histórico do ingresso e do comportamento do empresário na BRF não deixa dúvidas sobre o estilo de ocupação de Abílio: compra papéis, faz alianças com acionistas, toma a gestão na marra, detona os administradores, cria cizânia e se torna o ditador do negócio. O ex-controlador do Pão do Açúcar tem munição farta para pisar com seu tacão a la vie en rose da gestão de Plassat. Abílio normalmente se apresenta de braços dados com André Esteves e a Tarpon Investimentos, aporta um caminhão de recursos próprios e procura entre os acionistas um Judas Iscariotes, a exemplo da Previ na BRF, capaz de quebrar a espinha dorsal da resistência contra seu despotismo. O medo de se tornar uma barata e ser esmagado não é somente onírico. Plassat sabe que se não reagir estará prestes a se tornar um inseto esbagaçado. A questão é como reagir. Em tempo: o governo da França acabou de baixar um decreto de “patriotismo econômico”, que lhe faculta poder de veto a  venda para investidores estrangeiros de empresas consideradas estratégicas. Não custa lembrar ainda que, no passado, as autoridades francesas barraram a negociação do próprio Carrefour por considerá- lo um símbolo do país.

Pain de sucre

9/05/2014
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José Roberto Tambasco, VP de Negócios do Varejo do Pão de Açúcar, deverá deixar a empresa até julho. Com 35 anos de casa, Tambasco é um dos últimos executivos do primeiríssimo escalão remanescentes da era Abílio Diniz. Qualquer dia desses, Jean- Charles Naouri muda o nome da rede para Torre Eiffel ou qualquer outra atração turística de sua terra natal.

Chineses fincam raiz nos canaviais da Usinas Itamarati

24/04/2014
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Está em curso uma nova tentativa de soerguimento da Usinas Itamarati – empresa fundada pelo outrora “Rei da Soja”, Olacyr de Moraes, posteriormente apeado a fórceps do comando do negócio pela própria filha, Ana Claudia de Moraes. A esperança vem do Oriente. Ana Claudia negocia a venda de uma participação da sucroalcooleira para a China National Heavy Machiney Corporation (CHMC). Um dos maiores fabricantes de etanol a base de milho da asia, o grupo chinês pretende produzir o biocombustível também a partir da cana de açúcar. O Brasil é o eixo desta estratégia. A CHMC usaria a Itamarati como base para os seus investimentos no país. Mas por que escolher uma empresa que, há anos, convive com problemas de gestão e notórias dificuldades de caixa e ainda carrega sobre os ombros uma dívida de quase R$ 2 bilhões? Talvez, aos olhos dos chineses, a extrema fragilidade da Itamarati seja exatamente o seu grande atrativo. A empresa surge como um alvo vulnerável e pouco dispendioso – aliás, a própria estiagem da indústria sucroalcooleira nacional como um todo torna o momento mais do que propício para a investida. Ressalte-se ainda que parte do pagamento aos acionistas da Itamarati poderá ser feito mediante a garantia firme de compra de uma parte da produção por um determinado período. Mas é claro que os asiáticos não escolhem o pão pelo seu bolor. A CHMC fareja centeio de boa qualidade na Itamarati, a começar por uma questão tecnológica que pode fazer toda a diferença: os asiáticos já teriam constatado a viabilidade de converter parte da usina de Nova Olímpia (MT) para produzir também etanol a  base de milho – hipótese considerada pelo grupo para dar massa crítica ao negócio. Some-se ainda o fator logístico. O Mato Grosso é o estado brasileiro que mais fornece alimentos para a China, o que pressupõe uma estrutura de distribuição já bem azeitada. De quebra, os asiáticos vislumbram a possibilidade de aproveitar sua presença na Itamarati como trampolim para a venda de equipamentos a  própria usina e a terceiros no Brasil – como o nome sugere, a China National Heavy Machiney é uma das grandes fabricantes de maquinários pesados da asia. Nos últimos anos, Ana Claudia dividiu-se basicamente entre duas missões: brecar as tentativas do pai de retomar o comando da Itamarati – hoje, o próprio Olacyr de Moraes desistiu da ideia – e buscar um remédio para as moléstias financeiras da empresa. De 2012 para cá, Ana Claudia chegou a flertar com a ideia de uma recuperação judicial, que ganhou corpo, sobretudo, após as frustradas negociações com a Cosan. Agora, aposta suas fichas – que não são muitas – na CHMC.

Na prateleira

14/04/2014
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O ex-Pão de Açúcar Augusto Cruz, presidente da Unimed Paulistana, estaria preparando a venda da empresa. Procurada, a companhia negou a operação.

Abilio Diniz encontra uma ponte aérea para o varejo

25/03/2014
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Depois de perder o reinado em seu próprio grupo, Abilio Diniz segue, como um Diógenes anabolizado, de lanterna em punho, perseguindo obsessivamente uma capitania no varejo. Abilio não engole a perda do Pão de Açúcar. Seu ego monstruoso exige compensações muito além da tacada de mestre dada com a tomada da BRF. O empresário faz charme para o lado do Carrefour – não é de hoje aspira virar marechal na operação brasileira do supermercado. Mas o jogo pesado é mesmo com a suíça Dufry AG. O ex-dono do Pão de Açúcar tem usado todo o seu aterrorizante arsenal para chegar aos 25% do capital e assim se tornar o maior acionista individual da companhia. O negócio não é nenhuma vendinha. A Dufry é dona de quase 1,2 mil lojas espalhadas em aeroportos do mundo todo. Abílio colocou o seu esquadrão panzer para funcionar, coligado com a furiosa Tarpon, ponta de lança do pesadíssimo trash metal. A dupla detém 5% do capital da Dufry. Ambos estão com um sacolão de dólares para comprar mais ações. Mas pode parar por aí. A rede de lojas não é uma BRF, nem tem no bloco de controle a Previ, uma das principais responsáveis pelo take over gerencial de Abilio na produtora de alimentos. Muito pelo contrário, no meio do caminho tem uma muralha societária e suíços dispostos a lutar como turcos sarracenos para evitar a perda de controle do capital. A líder da resistência é a Travel Retail Investment, que, associada a  Folli Follie e a  Hudson Media, detém 22% de participação e o controle da Dufry AG. Com uma diferença relevante em relação a  disputa com o Casino pelo controle do Pão de Açúcar: em vez de um opositor ferrenho, que era Jean-Charles Naouri, presidente do grupo francês, na Dufry Abilio Diniz tem, pelo menos, um trio, composto pelos investidores Andrés Holzer Neumann, Julián Diaz González e Juan Carlos Torres Carretero, todos no bloco de controle. Nem mesmo a tentativa do ex-controlador do Pão de Açúcar de fazer um acordo prévio para comprar mais ações e dividir o controle sem qualquer disputa societária tem dado resultado. Os suíços reunidos em torno da Travel Retail Investment não querem se desfazer do controle e nem querem a sombra de Diniz e da Tarpon por perto. O receio é que se repita na Dufry AG a longa e desgastante disputa que afetou seriamente o Pão de Açúcar e, em uma outra escala, a BRF. O foco da Travel Retail Investment é expandir aceleradamente o negócio nos próximos cinco anos. O Brasil tem destaque nos planos dos suíços. A rede de lojas deverá passar de 57 para 100 em dois anos, no rastro dos aeroportos que estão sendo privatizados no país. Quem conhece Abílio sabe que a vida dos manda-chuva da Dufry AG vai ser um tormento daqui para frente.

BTG Pactual é uma moeda de mil e uma faces

20/03/2014
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O BTG Pactual reabriu conversações com a família Ermírio de Moraes para a aquisição da sua parcela no Banco Votorantim, em mais uma de suas tacadas de efeito no mercado. A expectativa é que o modelo de negociação de alguma forma contemple uma contribuição mais generosa do Banco do Brasil, o sócio endinheirado do Votorantim. A operação é apenas uma célula do tecido adiposo do BTG. Falou BTG, falou André Esteves. O banqueiro, com o passar do tempo, se tornou um híbrido de Donald Trump, Eike Batista, Guido Mantega e Paulo Guedes. Talvez esteja faltando mais algum nome para definir melhor esse ornitorrinco. Na grife Esteves cabem muitas referências. É marqueteiro como Trump, megalomaníaco como Mr. Batista, enfurnado no governo, na aba do ministro da Fazenda, e pretensioso em sua auto avaliação como “Paulinho”, o ex-sócio no paleolítico do Pactual. Seu banco espelha sua personalidade esfuziante. O BTG Pactual, ao mesmo tempo que detém uma jazida de capital humano e indiscutível expertise no seu segmento, é especialista em ultrapassar a fronteira do convencional. O BTG participa e/ou intervém nos Conselhos de Administração e, simultaneamente, é adviser de operações no mercado? A EBX é um bom exemplo – existem vários outros, mas, se nem a CVM se importa, não é o RR quem vai ficar citando. O BTG utiliza o expediente de vazar informações na imprensa sobre operações de M&A? Perguntem ao Bradesco e ao próprio Eike quem soprou pela mídia as negociações para a suposta compra da Vale. O BTG age como braço do governo? Lembrem-se da aquisição do Banco PanAmericano. O BTG faz estripulias na busca de dinheiro público? Basta recordar a animada dobradinha com Abílio Diniz para tomar os recursos do BNDES, no episódio da fracassada tentativa de fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour. Parece coincidência, mas em boa parte das grandes e mais polêmicas operações de mercado, o BTG lá estava, intrépido e pintalegrete. Nos últimos cinco anos, o banco assumiu uma posição de destaque na mídia que se confunde ou supera o seu próprio sucesso. Em busca realizada ontem no Google, o total de citações ao BTG já representava 73% das inserções do Itaú e 27% do Bradesco. No mês de fevereiro, a aparição do BTG na mídia impressa correspondeu a 62% das menções ao Bradesco e a 52% das referências ao Itaú. Não custa lembrar que os dois últimos são bancos comerciais e, portanto, sujeitos a enorme exposição. Mesmo com todo esse chamariz, o BTG se lixa se dá bandeira ou não e age como uma subsidiária do aparelho de Estado, emprestando suas bases internacionais para o apoio da Fazenda e oferecendo uma assessoria direta, free lunch, ao ministro Guido Mantega. Boas fontes dizem, entretanto, que o banco já está fazendo hedge e aconselhando também o candidato do PSB, Eduardo Campos. O fato é que, numa conta grosseira, com a aquisição do Votorantim e somando-se também o PanAmericano, o BTG passa o Safra e o HSBC no ranking do setor bancário. Muda de patamar. Talvez hoje isso não faça nem mais diferença.

Walmart purga seus erros com o fechamento de lojas

7/02/2014
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O Walmart vai festejar os 10 anos de aquisição do Bompreço, a serem completados em março, com todo o tipo de contracionismo. A celebração inclui fechamento de lojas, redução de investimentos, notadamente em marketing, e demissões. Esta, no entanto, é apenas a ponta do iceberg. O Walmart parece estar se esfarelando no Brasil. Segundo fontes ligadas a  própria empresa, os norte-americanos estariam decididos a enxugar ainda mais sua rede no país, avançando na sangrenta reestruturação iniciada no ano passado. A meta seria desativar, até o fim de 2014, 50 pontos de venda, o dobro da quantidade originalmente anunciada. Além dos hipermercados com a bandeira Walmart e da nordestina Bompreço, os cortes afetariam também as redes Big e Nacional, ambas com forte presença no Sul do país. De acordo com as mesmas fontes, as medidas poderão atingir cerca de1,5 mil funcionários. Aliás, o Walmart tem se habituado a caminhar na contramão do pleno emprego e aumentar os índices de desocupação medidos pelo IBGE. Desde novembro, teria demitido cerca de 300 empregados na área administrativa. Procurado pelo RR, o Walmart negou o fechamento de novas lojas, além das 25 já anunciadas no ano passado. Informou ainda que, em 2013, investiu R$ 1 bilhão no Brasil. O derretimento do Walmart é reflexo de uma série de equívocos estratégicos acumulados ao longo dos anos,que, diga-se de passagem, ajudaram a transformar a rede varejista numa máquina de triturar executivos: no cargo desde setembro, Guilherme Loureiro é o terceiro presidente no Brasil em três anos. Na ânsia de ampliar sua receita no país e tirar a distância para a concorrência, o grupo teria exagerado no ritmo de abertura de lojas. Escolheu pontos ruins, de difícil acesso e em áreas historicamente ocupadas por seus maiores rivais no mercado brasileiro, casos de Pão de Açúcar/Extra e Carrefour. São lojas que, em sua maioria, não conseguiram concorrer com o hipermercado mais próximo e tampouco com o supermercado de bairro. Os norte-americanos também demoraram a entender que não estavam no Arizona ou no Arkansas. Erraram no portfólio de produtos e, com uma boa dose de arrogância, mantiveram uma postura asséptica em relação a  guerra de preços travada pelas grandes redes do país – a dona de casa brasileira costuma deixar para trás toda a compra do mês se perceber que a caixa do sabão está dez centavos mais cara do que no supermercado do lado. Só na gestão de Marcos Samaha, o Walmart desceu do pedestal e tratou da questão de forma mais explícita, ao lançar a campanha “preço baixo todo dia”. A rede varejista arca também com as consequências de uma relação faiscante com a indústria. Por muito tempo, peitou fornecedores num nível acima do que é tacitamente permitido pelas regras do jogo, deixando feridas que teimam em não fechar. São erros que o dono de um secos e molhados em Bragança Paulista não cometeria. O que dizer, então, dos herdeiros do mítico Sam Walton… O Walmart enfrenta ainda outros problemas internos que, a  distância, podem soar como questões comezinhas. No entanto, os norte-americanos sabem bem o quanto eles contribuem para o decepcionante desempenho da operação brasileira. Um exemplo: até hoje, o grupo não teria concluído a integração dos sistemas tecnológicos de todas as suas redes no país, o que implica a existência de procedimentos duplicados.

Acionistas ficam refratários Á  Magnesita

4/02/2014
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Ao que parece, os acionistas da Magnesita estão saudosos dos tempos de Ronaldo Iabrudi, hoje homem forte do Pão de Açúcar. Um grupo de minoritários, encabeçado pela Guepardo Investimentos, dona de 5,1% das ONs, estaria se preparando para vender suas participações na empresa. Segundo o executivo de uma gestora de recursos prestes a deixar o capital da companhia, é grande a insatisfação com os resultados e, sobretudo, a palidez da gestão de Octavio Pereira Lopes, a  frente da Magnesita desde agosto de 2012. A fabricante de refratários convive com um cenário desalentador, marcado por resultados cadentes, aumento da dívida e redução de investimentos. Entre janeiro e setembro do ano passado, a Magnesita registrou um lucro acumulado de R$ 25 milhões, queda de 65% em relação a igual período em 2012. O maior fardo sobre os ombros da Magnesita é o passivo. A dívida líquida cresceu mais de 40% ao longo de 2013 e já se aproxima da casa de R$ 1,5 bilhão. Não por acaso, a prioridade dos gestores da Magnesita é a mudança do perfil da dívida. Quase metade do passivo está atrelada ao dólar.

Pão de fel

20/12/2013
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É Ronaldo Iabrudi quem garante aos seus: a saída em definitivo da família Klein da Via Varejo não passa de 2014. Iabrudi é a voz e os olhos de Jean-Charles Naouri no Conselho do Pão de Açúcar.

Insalubridade

2/12/2013
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Pouco antes de ser convidado para assumir a presidência da Publicis Worldwide no Brasil, o ex-Vivo Roberto Lima teria recusado uma proposta de fechar o comércio para comandar a Via Varejo. A amigos próximos teria dito que nem o triplo compensaria o inferno de trabalhar com os franceses do Casino. Eneas Pestana, presidente do Pão de Açúcar, segundo boas línguas, diria que Lima é apenas um papagaio.

Esteves avança na direção do Carrefour

23/08/2013
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 Nem o ego atrofiado o impede de confessar: André Esteves, maior acionista do BTG, sonha acordar no corpo de Jorge Paulo Lemann quando se tornar adulto. A maturidade de Esteves, digamos assim, chama- se Carrefour. Não a operação brasileira, mas, sim, a rede varejista global. Não custa lembrar que o banqueiro esteve com um pé dentro do supermercado aqui no Brasil, quando foi adviser da tentativa de aquisição do Carrefour pelo Pão de Açúcar. Era ele também que traria o funding complementar ao merger. aguas passadas.  O tempo curou feridas e permitiu que Esteves fosse montando o chamado quebra-cabeça Carrefour. Trata-se da maior aquisição internacional já realizada por brasileiros. Isso, é claro, se a engenharia der certo. O banqueiro já teria conversado com o ministro Guido Mantega, de quem é próximo. Um argumento que vai além do negócio é a importância da renacionalização do setor supermercadista, que arranha a conta- corrente do país com unhas cada vez mais longas. Hoje, falar no grande varejo do país, significa citar três nomes: Casino, Walmart e o suprarreferido Carrefour. A missão exige diplomacia no nível do assunto de Estado, até porque o governo francês costuma encrencar quando se trata da venda dos seus ícones empresariais. Basta recordar a indignada reação gaulesa quando, há alguns anos, surgiram especulações de que o Walmart faria uma oferta pelo controle global do Carrefour – se bem que, talvez, um brasileiro com ares de investidor do mundo cause menos afronta ao orgulho francês do que uma família saída da América profunda. De qualquer forma, trata-se de uma missão para um empresário do porte de Jorge Paulo. Esteves pretende juntar várias pontas de um novelo complexo para dar cabo da empreitada: fundos de pensão, investidores estrangeiros, governo e um trunfo guardado a sete chaves. É nessa tacada não visível e nada convencional que o empresário aposta suas fichas. O modelo de negócio tem um irmão gêmeo mais velho: o banqueiro e seus partners ficariam com uma participação majoritária, ao menos no início, mas a gestão seria entregue a grupo brasileiro. Bem parecido com a InBev, não? Esteves adoraria essa comparação. Aliás, por falar em comparação, dependendo de onde se olhe, o Carrefour é uma espécie maior do que a própria InBev. É verdade que existe uma galáxia de distância entre os valores de mercado dos dois grupos: aproximadamente US$ 118 bilhões no caso da cervejeira, e pouco mais de US$ 20 bilhões para a rede varejista. No entanto, em termos de faturamento, o placar vira. No ano passado, o Carrefour teve uma receita de US$ 100 bilhões, contra US$ 40 bilhões da InBev. No caso de uma operação bem-sucedida, Esteves laçaria uma hidra com quase 10 mil lojas (metade delas na França) e 365 mil empregados em 33 países. É um trabalho de Hércules, atenda ele pelo nome de Jorge ou de André? Ou André e Jorge

#André Esteves #BTG Pactual #Carrefour #InBev #Jorge Paulo Lemann #Pão de Açúcar #Walmart

Futuro do Sonda se escreve com pontos de interrogação

7/06/2013
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Há muitas dúvidas e poucas certezas nas prateleiras do Supermercados Sonda, última grande rede do varejo paulista ainda não abduzida pelo trio de ferro do setor – Casino/Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart. As interrogações começam pelo comando da empresa. Até quando o atual presidente, José Domingo Barral, vai resistir a  fraca performance da rede varejista? Esta é a indagação que tem sido feita entre os executivos da companhia por conta das cenas explícitas de insatisfação protagonizadas pelos acionistas controladores, os irmãos Idi e Delcir Sonda. Os questionamentos, no entanto, vão além da gestão e envolvem também o futuro da empresa. Neste caso, outra pergunta vem sendo insistentemente repetida nos corredores da rede supermercadista: até quando os próprios irmãos Sonda vão suportar o modesto desempenho da companhia e as dificuldades de pedalar a expansão do negócio? Uma fonte que conhece o Sonda pelo avesso garante que as duas interrogações – tanto em relação ao destino de Barral quanto ao da empresa – desembocam numa resposta conjunta: os sócios estariam arquitetando a contratação de um executivo especialista em reestruturações empresariais a quem caberia a missão de arrumar a casa para a venda do controle. Procurado pelo RR, o Sonda não quis se manifestar. O cavalo já passou encilhado a  frente dos irmãos Sonda. Há pouco mais de dois anos, o Walmart teria colocado na mesa uma oferta de R$ 500 milhões pela rede paulista. A proposta foi rechaçada. Na ocasião, os irmãos Idi e Delcir estavam arredios a  ideia de venda da empresa. Ao mesmo tempo, tinham a convicção de que, se fosse para mudar de posição e negociar a rede varejista, o melhor seria esperar pelas cifras mais substanciosas que certamente estavam por vir. De lá para cá, no entanto, a realidade caminhou na contramão do cenário idealizado pelos Sonda brothers, a começar pela dificuldade de engordar o gado e aumentar seu valor. O Sonda não apenas fechou 2012 no vermelho, como as perdas teriam prosseguido no primeiro semestre desse ano. a€ primeira vista, os números podem até parecer desprezíveis: no ano passado, por exemplo, o prejuízo foi de apenas R$ 950 mil. No entanto, já faz algum tempo que o Sonda não alcança um resultado compatível com o porte de uma empresa que fatura mais de R$ 2 bilhões por ano e integra o top ten do varejo. O lucro mais recente, em 2011, foi igualmente inexpressivo: R$ 1,7 milhão.

Roldão e Tenda unem suas semelhanças no atacado

2/05/2013
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Duas das principais redes de atacado do Brasil podem se encontrar na mesma prateleira. As paulistas Roldão e Tenda Atacado estariam em conversações para uma fusão. A operação, se confirmada, terá significativo impacto sobre o tabuleiro de forças do setor. Juntas, as duas empresas somam 34 lojas, todas em São Paulo, e projetam para esse ano um faturamento superior a R$ 4 bilhões. O novo grupo, portanto, já viria ao mundo com porte para disputar o terceiro lugar do ranking com o Assai. O braço atacadista do Casino/Pão de Açúcar deve faturar cerca de R$ 5 bilhões em 2013. Um objetivo mais pretensioso seria brigar pela vice-liderança do setor, posto ocupado pelo Makro, com receita anual em torno de R$ 6 bilhões. Na prática, ser segundo do mercado atacadista brasileiro já tem sabor de título. Por ora, com seus mais de R$ 15,5 bilhões em vendas, o Atacadão, leia-se Carrefour, é hors concours. Procuradas, Tenda e Roldão negaram a operação. Estão no seu papel. No entanto, nove entre dez analistas enxergam as duas empresas como rios que correm na mesma direção. Há um consenso no mercado de que, mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, as duas redes estão mais para presas do que para predadores. A associação permitiria a s famílias Severini e Roldão permanecer no game a  frente de um negócio bem mais competitivo. Outro fator que aumenta o magnetismo entre Tenda e Roldão são as similitudes entre ambas. Além do controle familiar, as duas empresas têm portes muito próximos, o que possibilitaria, inclusive, um merger puro-sangue, e não uma aquisição travestida de fusão, como em muitos casos. A Tenda tem 19 lojas; a Roldão, 15. Uma fechou 2012 com cerca de R$ 1,8 bilhão; a outra, com R$ 1,5 bilhão. Ressalte-se ainda que praticamente não existe sobreposição entre as lojas das duas empresas. Ou seja: seria um raro caso de associação em que dois mais dois realmente somariam quatro. A Roldão e a Tenda Atacado são empresas unidas não apenas por suas virtudes, mas também por suas fragilidades e frustrações. Há pouco mais de um ano, a Tenda esteve praticamente vendida para o Pão de Açúcar. Com o negócio desfeito e após divergências entre os sócios, a família Severini decidiu seguir a  frente da empresa. A Roldão, por sua vez, tem conversado com fundos de private equity, mas ainda não conseguiu encontrar um parceiro. A ideia de um IPO, em 2013 ou 2014, também parece cada vez mais distante por conta da aridez nos mercados internacionais.

Acervo RR

Zaffari e Angeloni na mira de um alquimista das finanças

18/01/2013
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Os Zaffari e os Angeloni são duas famílias unidas pelas origens sulistas, pela tradição no varejo e, sobretudo, pela notória resistência a s investidas de pesospesados do setor. Parecem até sangue do mesmo sangue, sócios da mesma empresa. Tantas semelhanças não passaram despercebidas aos olhos de um arguto banco de investimentos, useiro e vezeiro em participar de algumas das principais operações de M&A e equity no mercado brasileiro. A instituição financeira assumiu sua porção de alcoviteira e tem se movimentado para promover o enlace entre as redes varejistas Zaffari e Angeloni. Trata-se de uma costura complexa, que precisaria da anuência dos mais de 20 sócios das duas companhias. O bônus, no entanto, é altamente recompensador para todos os envolvidos. Os dois conhecidos clãs do varejo teriam a possibilidade de tocar um negócio duas vezes maior e sem perder o controle acionário – ainda que ambos tivessem de se adequar a uma gestão compartilhada. Já o banco de investimento herdaria uma participação societária na nova empresa, posto capaz de despertar a inveja de muita gente graúda do setor. Procurado, o Zaffari negou a operação. Já o Angeloni não se pronunciou até o fechamento desta edição. Considerando-se que o Pão de Açúcar passou ao controle do Casino, a fórmula engendrada pelo alquimista das finanças consolidaria o novo grupo como a maior rede supermercadista de controle puro-sangue nacional, posto que já pertence a  empresa gaúcha. Juntos, Zaffari e Angeloni registraram um faturamento superior a R$ 5,5 bilhões em 2012. Ambas teriam sob seu guarda-chuva mais de 50 lojas, a maior parte na Região Sul. A nova rede teria uma posição ainda mais folgada no top five do mercado, posição hoje ocupada isoladamente pela empresa gaúcha. Passaria a ser responsável por algo em torno de 2,3% das vendas totais dos super e hipermercados nacionais – em 2011, o Zaffari participou com 1,3% do faturamento do varejo. Além de anabolizar suas operações de super e hipermercados, as duas empresas teriam um expressivo potencial de crescimento na área de shopping centers, no qual o Zaffari já está presente. Os gaúchos detêm sete empreendimentos em Porto Alegre e São Paulo, com a bandeira Bourbon. Em contrapartida, o Angeloni aportaria no novo grupo seu braço no varejo farmacêutico, composto por 19 drogarias.

Acervo RR

Marubeni deixa Café Iguaçu sem açúcar

28/12/2012
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O café da Iguaçu esfria sobre o balcão. A Marubeni, dona da torrefadora paranaense, deverá reduzir significativamente o plano de investimentos da empresa. Segundo uma fonte ligada a  Iguaçu, o valor, que poderia chegar a US$ 120 milhões em três anos, será cortado a  metade. A favor da Iguaçu, cabe ressaltar que o problema não está aqui, mas, sim, no Japão. A Marubeni tem sido obrigada a ceifar investimentos mundo afora para compensar a queda de lucratividade de alguns de seus principais negócios. Uma das divisões mais afetadas é justamente a de alimentos – no primeiro semestre fiscal de 2012, a rentabilidade caiu mais de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Procurada, a Café Iguaçu negou a informação. Caso se confirme, o corte de investimentos vai pegar a Café Iguaçu no contrapé. A empresa preparava um plano de expansão, com o objetivo de reduzir a distância para os principais nomes do setor, como Sara Lee e 3Corações. Sem os aportes da Marubeni, notadamente em logística e marketing, a Iguaçu vai se apequenar no setor.

Makro ensaia entrada no "clube do atacarejo"

5/09/2012
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O Makro estuda derrubar um velho tabu. A direção da subsidiária brasileira tem conversado sobre a possibilidade de aderir ao sistema de “atacarejo”, uma jabuticaba cultivada por redes como Atacadão, posteriormente comprada pelo Carrefour, e Assai, hoje pertencente ao Grupo Pão de Açúcar. Com a eventual mudança, a companhia, que sempre se manteve como um atacadista puro-sangue, passaria a operar no Brasil também no sistema de varejo. Procurado, o Makro informou que “segue fiel ao sistema de atacado”. No entanto, de acordo com informações filtradas junto a  própria empresa, as discussões sobre o tema se intensificaram nos últimos dois meses. A mudança não envolveria, logo na partida, toda a operação da rede no Brasil. Os holandeses estariam mapeando lojas onde há maior potencial para vendas no modelo de varejo. Estas unidades funcionariam como uma espécie de test drive. Os resultados determinariam a extensão ou não da mudança para os demais pontos de venda no país. A possibilidade de alteração no modelo de negócio do Makro no Brasil está diretamente vinculada aos recentes resultados da rede. No ano passado, a receita cresceu menos de 5%, abaixo dos índices registrados pelos dois principais concorrentes, justamente o Atacadão e o Assai.

Acervo RR

Makro ensaia entrada no “clube do atacarejo”

5/09/2012
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O Makro estuda derrubar um velho tabu. A direção da subsidiária brasileira tem conversado sobre a possibilidade de aderir ao sistema de “atacarejo”, uma jabuticaba cultivada por redes como Atacadão, posteriormente comprada pelo Carrefour, e Assai, hoje pertencente ao Grupo Pão de Açúcar. Com a eventual mudança, a companhia, que sempre se manteve como um atacadista puro-sangue, passaria a operar no Brasil também no sistema de varejo. Procurado, o Makro informou que “segue fiel ao sistema de atacado”. No entanto, de acordo com informações filtradas junto a  própria empresa, as discussões sobre o tema se intensificaram nos últimos dois meses. A mudança não envolveria, logo na partida, toda a operação da rede no Brasil. Os holandeses estariam mapeando lojas onde há maior potencial para vendas no modelo de varejo. Estas unidades funcionariam como uma espécie de test drive. Os resultados determinariam a extensão ou não da mudança para os demais pontos de venda no país. A possibilidade de alteração no modelo de negócio do Makro no Brasil está diretamente vinculada aos recentes resultados da rede. No ano passado, a receita cresceu menos de 5%, abaixo dos índices registrados pelos dois principais concorrentes, justamente o Atacadão e o Assai.

Acervo RR

Carrefour procura um novo norte estratégico no Brasil

20/06/2012
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Ainda curando as feridas dos duros golpes que sofreu nos últimos três anos – notadamente um grave escândalo contábil, fechamento de lojas e a frustrada negociação com o Pão de Açúcar -, o Carrefour começa a sair das cordas. O novo CEO mundial do grupo, Georges Plassat, elegeu como uma das prioridades neste início de gestão a retomada dos investimentos no Brasil – não obstante a anunciada temporada de cortes globais. Será, ressaltese, um levantar tímido, gradativo, característico de quem ainda sente dores pelo corpo. O nº 1 do Carrefour no país, Luiz Fazzio, recebeu autorização dos franceses para tirar da gaveta o projeto de expansão na Região Norte, área onde a rede varejista tem sua operação mais modesta no Brasil. De acordo com informações filtradas junto a  própria empresa, o plano prevê a abertura de três hipermercados até o início de 2013. Todas as lojas ficarão no Pará, nas cidades de Belém, Marabá e Santarém. Segundo uma fonte ligada ao Carrefour, a decisão já teria sido comunicada ao governador do Pará, Simão Jatene. Trata-se de um aquecimento. A estratégia do grupo passa pela inauguração de 20 pontos de venda na região até 2014. Procurado, o Carrefour informou que não faz comentários sobre planos de expansão. O Carrefour considera fundamental para a sua operação no país a expansão no Norte e no Nordeste. O setor de varejo tem mantido, nos últimos anos, taxas de crescimento expressivas nestas regiões. Além disso, são áreas nas quais a consolidação e, consequentemente, a concentração de mercado não atingiram níveis similares aos do Sul e Sudeste. Ainda há uma pulverização do setor e um número razoável de redes regionais, inclusive alvos potenciais de aquisição no médio prazo. Outra razão é a necessidade do Carrefour de dar massa crítica a  sua operação local. Hoje são apenas seis lojas no Amazonas. As vendas destes estabelecimentos não compensam os altos custos logísticos necessários para a manutenção de uma estrutura de distribuição local. O avanço no norte do país tem forte valor simbólico para o Carrefour. Os franceses pretendem associar os investimentos a  ideia de reequilíbrio das operações no Brasil. O grupo espera ainda dispersar os boatos de que continuaria disposto a se desfazer de seus negócios no país – recentemente, a mídia internacional levantou a possibilidade de o Walmart comprar ativos do Carrefour não apenas no mercado brasileiro como em outros países da América Latina.

Acervo RR

Petrobras e Sinopec desfilam no bloco do contencioso

18/04/2012
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Parceiras na exploração e produção de petróleo e gás no Brasil, Petrobras e Sinopec estão a s portas de um inflamável contencioso. O motivo é o interesse da estatal chinesa em aumentar sua participação societária na subsidiária brasileira da Repsol. Os asiáticos, que, há pouco mais de um ano, desembolsaram US$ 7 bilhões para ficar com 40% da empresa, querem levar mais 10%. O negócio gira em torno dos US$ 2 bilhões. Caso a operação se consume, Sinopec e Repsol passarão a ter, cada uma, 50% da Repsol Brasil. Em que parte a Petrobras entra neste script? A resposta é o Bloco BM-C-33, na Bacia de Campos, de onde está prestes a minar o litígio. O consórcio responsável pela concessão é dividido por uma joint venture entre Sinopec e Repsol, dona de 35%, a Statoil, detentora de 30%, e a Petrobras, proprietária de outros 30%. De acordo com um executivo ligado a  empresa, a estatal está avocando uma cláusula do acordo de acionistas para assumir a posição majoritária no pool: no caso de mudança no controle de um dos integrantes do consórcio, os demais sócios têm direito de preferência sobre suas ações no BM-C-33. No seu entendimento da Petrobras, o eventual aumento da participação da Sinopec na Repsol Brasil configura alteração do controle da empresa. Com isso, as ações da Sinopec e da Repsol no BMC- 33 teriam de ser oferecidas aos demais sócios. Mais um atrito jurídico: para a Petrobras, por participarem do consórcio por meio de uma associação, Sinopec e Repsol formam um único acionista. Portanto, os chineses não teriam direito sobre a parte da Repsol. Pela equivalência patrimonial, os espanhóis, donos de 50% da joint venture com a Sinopec, têm 17,5% do BM-C-33. Como a Statoil já teria sinalizado que não pretende exercer seu direito de preferência, esta é a parte da Repsol que cairá no colo da Petrobras caso sua compreensão jurídica sobre o caso prevaleça. No entanto, chineses e espanhóis pensam diferente. Para eles, a transferência de mais 10% da Repsol Brasil não se constitui em alteração do controle, uma vez que os ibéricos permaneceriam como principais acionistas da empresa, dividindo esta posição com a Sinopec. Procuradas pelo RR, Repsol e Sinopec negaram a operação envolvendo o BM-C-33. Já a Petrobras informou que não comenta especulações de mercado. Não obstante as negativas dos sócios, segundo a fonte do RR a Petrobras já está se armando juridicamente para o eventual embate. Até porque há um incômodo na estatal com o avanço da Sinopec em exploração e produção no país. Ao comprar 40% da Repsol Brasil e 30% da Petrogal Brasil, leia-se Galp, o grupo chinês fincou o pé em importantes blocos. Ao mesmo tempo, existe uma disputa particular por poder na operação no BM-C- 33. Este embate foi acentuado pelas recentes descobertas feitas no campo, notadamente no poço conhecido como Pão de Açúcar.

Acervo RR

Fim de uma era

6/02/2012
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Surgiu uma nova fagulha na relação entre Abílio Diniz e o Casino. A investida do Pão de Açúcar sobre a rede de supermercados amazonense DB teria sido uma iniciativa unilateral do empresário, sem a anuência dos sócios. Comentário da fonte do RR: “Deixem Diniz aproveitar seus últimos meses de reinado no Pão de Açúcar”.

Acervo RR

Terceira geração

5/01/2012
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Caso se sinta entediado com a aposentadoria, Abílio Diniz já tem onde recomeçar no varejo quando o Casino colocar o Pão de Açúcar no bolso. João Paulo Diniz tem planos de montar uma rede de lojas premium, na linha da delicatessen, em São Paulo e em grandes cidades do interior do estado. Quando “seu” Valentin Diniz iniciou a saga varejista da família, o Pão de Açúcar não era muito maior do que isso.

Abílio Diniz

4/01/2012
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Promessa de novo embate entre Abílio Diniz e o Casino. Diniz cismou que o aluguel de algumas das lojas de sua propriedade usadas pelo Pão de Açúcar está defasado.

Casino

21/12/2011
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O Casino voltou a  pescaria. Está fazendo uma operação- arrastão para comprar mais ações do Pão de Açúcar em poder de fundos de private equity.

Acervo RR

Itochu pula fora dos canaviais da Bunge

6/12/2011
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Uma parceria até certo ponto inusitada, mas com alto poder de combustão, está prestes a ser formada no mercado brasileiro de etanol. Larry Page e Sergey Brin, que há anos ensaiam sua entrada no setor, parecem finalmente ter encontrado uma alma gêmea para investir na produção de álcool. Trata-se da Itochu. A trading japonesa costura uma associação com os fundadores do Google para a construção de uma usina de etanol no Brasil. O enlace com Page e Brin muito provavelmente trará a reboque a Sumitomo. As duas tradings japonesas e os controladores do Google já são sócios em um parque eólico nos Estados Unidos. Curiosamente, este triângulo amoroso é resultado de um iminente divórcio. Em condições normais de temperatura e pressão, é provável que os caminhos da Itochu jamais se cruzassem com os de Larry Page, Sergey Brin e Sumitomo. Parceiro por parceiro no Brasil, a trading já é sócia de um grupo com notória expertise e inegável capacidade de investimento no setor: a Bunge. Os japoneses têm 20% das usinas Santa Juliana, em Minas Gerais, e Pedro Afonso, em Tocantins, controladas pela multinacional. No entanto, é a própria Bunge que tem empurrado a trading nipônica na direção dos fundadores do Google por conta de suas truculentas práticas de desgovernança corporativa. Masoquismo não é o esporte preferido da Itochu. Os japoneses se cansaram de levar bordoadas da Bunge. Não é de hoje que os dois grupos vivem a s turras. Os nipônicos vêm sendo alijados da gestão das duas usinas. No ano passado, teriam sido impedidos de avaliar as contas das empresas – ver RR edição nº 4.136. Esta é a principal razão para a mudança de posição da trading no mercado brasileiro. A Itochu quer vender sua participação nas duas empresas, deixar para trás este inevitável estado de submissão e ser acionista majoritária de suas operações no país. A Itochu trabalha com a expectativa de um forte aumento do consumo de etanol no Japão. A Jama, a Anfavea da Terra do Sol Nascente, tem pressionado o governo local a elevar de 3% para 10% a mistura de álcool na gasolina. Não por acaso, a intenção da Itochu é enviar para o Japão mais de 60% da sua produção no Brasil, algo inimaginável na sociedade com a Bunge. Os interesses comerciais das duas empresas são conflitantes. Além do mercado interno, a Bunge tem dado preferência a  exportação do seu etanol para os Estados Unidos. Enquanto as negociações com os possíveis sócios se desenrola, executivos da Itochu já procuram uma área no Centro-Oeste para a construção de uma usina. A primeira planta desta nova fase da trading no país deverá ter capacidade para o processamento de quatro milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. O investimento previsto gira em torno de R$ 300 milhões. O grupo conta, desde já, com o financiamento de bancos conterrâneos. Os recursos amealhados na venda das participações nas usinas Santa Juliana e Santo Afonso também serão destinados ao projeto.

Acervo RR

Carrefour corta a própria carne em busca da rentabilidade perdida

5/12/2011
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Está cada vez mais difícil para o Carrefour virar a página da agenda negativa que, nos últimos anos, tem pautado sua biografia no Brasil. Após o anúncio de um rombo contábil, a frustrada tentativa de associação com o Pão de Açúcar e os insistentes boatos de venda para o Walmart, os franceses têm feito contorcionismos na tentativa de reverter o decepcionante desempenho da subsidiária brasileira. A companhia está revendo o plano de investimentos já aprovado para 2012. Segundo informações filtradas junto ao próprio Carrefour, os cortes podem chegar a 20%. Os franceses vão também acelerar a venda de lojas pouco rentáveis. Há conversações com redes de médio porte do interior de São Paulo, onde os tropeços financeiros têm sido mais recorrentes. Em outubro, o Carrefour transferiu cinco estabelecimentos nas cidades de Ribeirão Preto, Jaboticabal e Salto para a Savegnago. Cada fisgada financeira no Brasil dói como um cálculo renal no balanço do Carrefour – a subsidiária é a terceira maior operação mundial do grupo. Os franceses estão desolados com os recentes números da filial. No terceiro trimestre deste ano, o aumento das vendas do Carrefour no Brasil foi de 7,5%. É quase a metade do crescimento das vendas registrado pela rede varejista no ano passado: 13,2%. Para os últimos três meses do ano, a previsão de alta da receita também estaria em torno dos 7%, abaixo tanto do índice do ano passado quanto das metas projetadas pelo grupo. O que mais tem preocupado os franceses é a performance dos hipermercados, o coração do Carrefour. Entre julho e setembro, a expansão das vendas neste segmento foi de apenas 1%. Significa dizer que o Atacadão tem carregado o grupo varejista nas costas. No último trimestre, o crescimento da receita da bandeira foi de 13%. No entanto, os próprios franceses não se iludem com este número. Ele traz embutido uma estratégia haraquiri da rede varejista, que se viu obrigada a cortar na própria carne e reduzir consideravelmente suas margens nos últimos meses. Ressalte-se que as perdas de rentabilidade só não foram maiores pelo aperto que o presidente do Carrefour no país, Luiz Fazzio, tem dado nos fornecedores – prática, aliás, que tem esgarçado aceleradamente as relações entre o executivo e alguns dos principais parceiros da rede francesa.

Acervo RR

– Velha Globex –

5/12/2011
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Apesar das incontáveis noites em claro de Raphael Klein, presidente da Nova Globex, dificilmente o Grupo Pão de Açúcar conseguirá concluir a integração dos ativos do Ponto Frio e das Casas Bahia neste ano. Há nós de ordem financeira e administrativa difíceis de serem desatados.

Destino traçado

9/11/2011
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A vida de Abílio Diniz vai ser um inferno até seu último dia no Pão de Açúcar. Agora, Jean-Charles Naouri, CEO do Casino, está cobrando enfaticamente melhores resultados do Extra.

Acervo RR

Casas Bahia cresce aos solavancos no Nordeste

5/10/2011
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Em meio aos golpes cruzados entre Abílio Diniz e Jean-Charles Naouri e seus efeitos colaterais sob a gestão do Pão de Açúcar, o grupo está embalando um novo plano de expansão da Casas Bahia no Nordeste. A meta é abrir 20 lojas em 2012. A empresa vai desembarcar em Alagoas e na Paraíba. Pretende aumentar o número de pontos de venda na Bahia. Está prevista também a expansão da rede no Ceará e em Pernambuco, estados onde a companhia vai entrar ainda neste ano. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas, no jardim de Abílio Diniz, é impossível falar de flores sem tratar de espinhos. A família Klein tem demonstrado insatisfação com o ritmo de crescimento da Casas Bahia no Nordeste. O avanço está aquém das metas projetadas. Nos últimos dois anos, o grupo abriu, em média, 15 lojas na região. Os Klein consideram que, a esta altura, a rede deveria ter, no mínimo, 50 pontos de venda no Nordeste para começar a competir com varejistas locais, como a Insinuante, leia-se Máquina de Vendas. O descontentamento do clã é alimentado pela percepção de que o projeto perdeu fôlego justamente por conta de todo o imbróglio em torno da frustrada fusão com o Carrefour.

Acervo RR

Devassa

3/10/2011
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A lua de fel entre Jean- Charles Naouri e Abílio Diniz não tem fim. Segundo um colaborador de Abílio, o Casino está passando cruelmente uma lupa nos contratos do Pão de Açúcar referentes ao aluguel de lojas pertencentes ao próprio futuro ex-dono da rede varejista.

Acervo RR

Inferno, eu?

26/09/2011
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Abílio Diniz parece levar ao pé da letra a máxima sartriana de que o inferno são os outros. Em conversa recente com um seleto time de empresários paulistas, Diniz atribuiu a frustrada fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour a  falta de apoio do Planalto: -Se Dilma e o BNDES tivessem bancado, eu esmagava o Casino como se ele fosse uma mosca.-

Abílio Diniz

15/09/2011
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Abílio Diniz deu agora para implicar com German Quiroga, CEO da Nova Pontocom, que engloba as operações de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar. E olha que os resultados do negócio são bons.

Acervo RR

Tortura

14/09/2011
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O Casino vai tomar ainda mais hectares do latifúndio de Abílio Diniz, que, a rigor, será seu mesmo em 2012. Está prestes a fechar a compra de mais 2% das ações do Pão de Açúcar. Na última segunda, o Casino anunciou o aumento da sua participação na holding de 43,1% para 45,9%, também por meio de operações na Bolsa.

Acervo RR

Pain de sucre 1

5/09/2011
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O alerta do megaprejuízo de 2010 não foi suficiente. Desde o início do ano, a divisão de hipermercados do Carrefour no Brasil vem registrando sucessivas perdas de receita. Se Jean- Charles Naouri, CEO do Casino, estivesse no lugar de Abílio Diniz iria querer um deságio muito maior da parte do Carrefour para a criação do Novo Pão de Açúcar. Mas Abílio é único.

Acervo RR

Pain de sucre 2

5/09/2011
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Por falar em Jean-Charles Naouri, o Conselho do Pão de Açúcar já foi comunicado que, a partir de 2012, o futuro dono da empresa pretende acumular as funções de Rainha da Inglaterra com as de primeiroministro. Naouri vai dar expediente no Brasil, visitando o país com frequência para participar do management mais ativamente.

Acervo RR

Walmart e Cencosud sofrem com os preços do Epa

2/09/2011
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Difícil saber quem mais ganhou com a transferência da rede mineira Bretas para a Cencosud, em outubro do ano passado: se os antigos controladores da empresa ou, por mais paradoxal que possa parecer, seu arquirrival histórico, a família Nogueira. Controlado pelo clã, o Supermercados Epa está surfando na venda de seu maior concorrente. Que o digam o Walmart e a própria Cencosud, que duelam pela compra do Epa. A empresa estaria avaliada em cerca de R$ 1,5 bilhão, o equivalente a 70% do faturamento registrado no ano passado – em torno de R$ 2,1 bilhões. Caso Walmart ou Cencosud pague este valor, a venda do Epa será, proporcionalmente, um dos maiores negócios já feitos no varejo nacional. Para efeito de comparação, a Cencosud pagou pelo Bretas aproximadamente R$ 1,3 bilhão, o correspondente a pouco mais de 50% da receita da empresa em 2010. Estes percentuais confirmam uma inexorável apreciação dos ativos a  medida que o processo de consolidação do setor avança. Há cerca de uma década, dificilmente uma negociação no varejo ultrapassava o índice de 40% da receita. O valor inflado se deve ao status que o Epa ganhou desde o ano passado. Com a venda do Bretas, a empresa passou a ser a última grande rede varejista de Minas Gerais na gôndola. Quem quiser entrar firme no estado, caso do Walmart, ou consolidar sua posição local, como a Cencosud, tem de passar na boca do caixa do Epa. A empresa tem 72 lojas, a maioria na Grande Belo Horizonte. Além disso, comprar a companhia significa incorporar não apenas uma, mas três bandeiras. O grupo é dono ainda da rede MartPlus, com sete lojas, e da ViaBrasil, com três pontos de venda. Além de chilenos e norte- americanos, o Pão de Açúcar também chegou a sondar a família Nogueira. No entanto, as conversas esfriaram um pouco por conta da malfadada investida de Abílio Diniz sobre o Carrefour. Segundo a fonte do RR – Negócios & Finanças, que está no centro das negociações, a Cencosud entrou na disputa com mais apetite do que o Walmart, não obstante já ter feito um investimento de peso em Minas Gerais há menos de um ano. O grupo chileno enxerga a compra do Epa como uma possibilidade de se tornar uma das maiores redes de supermercados do terceiro estado brasileiro e, de quebra, tirar um ativo da vitrine, impedindo o crescimento de um concorrente no estado.

Acervo RR

Olho do dono

31/08/2011
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Os últimos dias de Abílio Diniz como o duce do Pão de Açúcar têm sido humilhantes. O Casino vem sendo mais rigoroso do que nunca na aprovação das contas do grupo. De investimentos em lojas a verbas de marketing, diversos itens têm sido questionados.

Acervo RR

Abílio, Adriano, Benjamin e Silvio

3/08/2011
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Há um pouco de Abílio em Schincariol e de Adriano em Diniz. Porém, existem exceções. Se, por um lado, Abílio conseguiu detonar antes a família para só então se arriscar em ousadas operações com o Pão de Açúcar, por outro Adriano vendeu seu quinhão sem ser exposto em praça pública, não obstante seguir com a parentada da oposição dentro de casa. Diferença fundamental pró- Adriano: ele negociou o que era seu, e não espuma com colarinho grosso, o que o supermercadista tem para dar e vender. —Benjamin Steinbruch avança na Usiminas. Dono de 10,8% das ordinárias, está prestes a fisgar, de uma só vez, um lote de 3% pertencente a um fundo de investimentos. Se os japoneses da Nippon Steel enxergassem um pouco além do Pacífico, compravam quilos de antidistônico para consumo próprio, aceitavam Benjamin em núpcias e saiam gritando “Tora, Tora, Tora!”. Essa aparente lisergia valeria nada mais, nada menos do que o prêmio de ver a ArcelorMittal bem longe nos espelho retrovisor. — Diante das câmeras, Silvio Santos abre o tradicional sorriso e insiste em dizer que não vende a fabricante de cosméticos Jequiti. Na coxia, no entanto, conversa, entredentes, com Avon e Hypermarcas. As duas empresas já manifestaram, inclusive, o interesse de que o empresário permaneça no capital da empresa como minoritário. Ao manter o cordão umbilical com Silvio Santos, Avon e Hypermarcas entendem que será mais fácil garantir que o apresentador siga como garoto-propaganda da Jequiti em seus programas no SBT.

Acervo RR

Grupo Umbria puxa a cadeira para um novo sócio

2/08/2011
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O Grupo Umbria, dono das redes de fast food Domino’s Pizza e Spoleto, chegou a uma encruzilhada. O empresário Mario Chady, fundador e principal acionista da companhia, está convicto de que só existem duas opções no cardápio da holding: trazer para a mesa um novo sócio capaz de aumentar as calorias financeiras da empresa e acelerar seu plano de expansão ou, então, virar refeição dos tubarões do setor. Não faltam barbatanas rondando o Umbria. Entre outros pretendentes, a companhia vem sendo assediada pela IMC, braço de gastronomia do norteamericano Advent. Para evitar esta hipótese, Chady está disposto a entregar alguns anéis e preservar os dedos, vendendo uma fatia do capital para um fundo de investimento. Quem o auxilia na busca pelo novo sócio é a onipresente Estáter, de Pércio de Souza, uma das idealizadoras da fracassada operação do Novo Pão de Açúcar. Chady e Pércio se conhecem de outros carnavais. A própria Estáter tem uma participação minoritária de 5,8% no Umbria desde outubro de 2007, mas estaria disposta a sair do negócio. Mario Chady tem pressa. O mercado brasileiro de fast food vive um momento de altíssima concorrência e investimentos cada vez mais intensos, que deverão levar a um inexorável processo de consolidação. Chady quer passar de presa a predador com o ingresso de um novo sócio. O grupo, inclusive, já vem mapeando algumas possibilidades de aquisição. Duas redes que abrem o apetite do empresário são o China in Box e a Casa do Pão de Queijo. Esta última está madurinha para ser vendida. Pertence ao sul-africano Standard Bank, que está desativando sua operação de private equity no país. Com faturamento em torno de R$ 420 milhões em 2010, o Umbria aposta na compra de ativos e na expansão do Spoleto e da Domino’s para chegar a  marca de R$ 1 bilhão de receita em até três anos. Sem contar com eventuais aquisições, a empresa pretende abrir 60 lojas por ano até 2014 ? hoje, tem aproximadamente 370 unidades.

Acervo RR

Pão de Açúcar

1/08/2011
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Ainda se recuperando das feridas de guerra, Abílio Diniz se dedica agora a  abertura de capital da GPA, braço imobiliário do Grupo Pão de Açúcar. O passatempo serve também como terapia para maníacos depressivos.

Acervo RR

Pedra na Geni

29/07/2011
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Em conversa, na semana passada, com um seleto grupo de empresários paulistas, Lula criticou ostensivamente a forma como Abílio Diniz tentou criar o Novo Pão de Açúcar. Em tom sarcástico, comentou: – É por essas e outras que Abílio nunca foi ministro. Ele ia mandar fazer uma faixa presidencial só para ele.-

BTG Pactual

28/07/2011
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Apesar do fracasso do Novo Pão de Açúcar, André Esteves não desistiu do varejo. Claudio Galeazzi, sócio do BTG Pactual, tem feito um tour por redes de médio porte. Procurado pelo RR – Negócios & Finanças, o BTG não quis se pronunciar sobre o assunto.

Laços de família

21/07/2011
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A frustrada criação do Novo Pão de Açúcar serviu ao menos para reaproximar Abílio Diniz de sua filha Ana Maria Diniz. Fazia tempo que ambos não estavam tão afinados.

Acervo RR

GP Investimentos prepara seu remake no varejo

19/07/2011
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No momento em que Abílio Diniz provoca um terremoto no varejo de dez pontos na escala Richter, um peso pesado da área financeira prepara seu retorno ao setor. Dez anos após a venda dos Supermercados ABC para o próprio Pão de Açúcar, a GP Investimentos planeja a compra de participações em empresas varejistas. O projeto foi tratado com ênfase nas duas últimas reuniões do Conselho de Administração da gestora de private equity. Prevê associações tanto com redes de supermercados e hipermercados quanto com lojas especializadas na venda de eletroeletrônicos. O alvo são empresas de médio porte, na maioria dos casos de atuação regional, que ainda não viraram refeição dos tubarões do setor. Por conta da maior vulnerabilidade destas companhias, a GP vislumbra a possibilidade de ter não apenas um naco maior do capital como também uma participação direta na gestão. A GP já iniciou um mapeamento de possíveis ativos com estas características. Entre os nomes mais cotados dentro da gestora de private equity, estão as redes de supermercados Zaffari, do Rio Grande do Sul, e Angeloni, de Santa Catarina – não por acaso, duas das empresas mais cobiçadas pelos grandes players do setor. Respectivamente, as duas companhias registraram no ano passado faturamento de R$ 2,4 bilhões e R$ 1,8 bilhão. A rede gaúcha tem 29 lojas. Já os catarinenses somam 22 pontos de atendimento. Com relação a redes especializadas em eletroeletrônicos, um dos alvos é a Lojas Cem, que tem 187 pontos de venda nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Há pouco mais de um ano, o Magazine Luiza abriu negociações para a compra da empresa, mas as conversas não evoluíram. No ano passado, a Lojas Cem faturou quase R$ 1,9 bilhão. O estado-maior do GP não tem boas lembranças de sua primeira incursão no varejo. Em novembro de 2001, foi obrigado a vender os supermercados ABC para Abílio Diniz pelo valor simbólico de R$ 1 mil ? na ocasião, a empresa somava dívidas superiores a R$ 150 milhões. Desta vez, o plano de voo é mais ousado. Acostumados a enxergar muito além das estrelas – embora, por vezes, acabem topando com astros cadentes, como é o caso das malsucedidas operações na San Antonio e na empresa de planos odontológicos Imbra – os astrônomos da GP Investimentos não miram seu telescópio apenas para o varejo. A ideia é aproveitar a associação com redes do setor para a oferta de outros produtos e serviços, utilizando o espaço físico dos pontos de venda. A GP enxerga enorme sinergia entre o setor varejista e outros negócios nos quais tem participação. Estandes para a venda de imóveis podem perfeitamente ser instalados em supermercados e, principalmente, hipermercados. Não custa lembrar que, recentemente, a gestora de private equity captou cerca de R$ 500 milhões para investimentos no mercado imobiliário. O mesmo poderia ser feito com relação a  oferta de pacotes turísticos da BHG, braço hoteleiro da GP.

BTG

13/07/2011
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O BTG procura um parceiro para o lugar do BNDES na operação do Novo Pão de Açúcar. Deve ser facílimo, tendo em vista o histórico das relações de Abílio Diniz com Arthur Sendas, seus ex-executivos, sua própria família e seus atuais sócios ? o Casino e os Klein.

Acervo RR

Pão de Açúcar

12/07/2011
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Em meio a s inflamáveis negociações entre Pão de Açúcar e Carrefour, a Estáter também está envolvida neste momento em um grande negócio na área publicitária

Pão de Açúcar

8/07/2011
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Em boca fechada, não entra mosca. Que o diga André Esteves, um dos confeiteiros do Novo Pão de Açúcar, além de candidato a sócio da empresa. O banqueiro está caladinho, caladinho. Melhor assim.

Acervo RR

Abílio, o bom de boca do varejo

7/07/2011
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Abílio Diniz, toda vez que se auto-elogia como grande gestor, tem uma súbita crise de amnésia e ignora um executivo de cabelos loiros e egresso do BNDES que foi o verdadeiro redentor do Pão de Açúcar. Na ocasião, o mercado sabia de cor e salteado que Abílio quase levou a empresa para o vinagre. Depois, com dinheiro do Casino, empinou de vez suas quitandas. Agora, posa de gênio na Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República.

Acervo RR

Da série -incrível, fantástico, extraordinário -.

7/07/2011
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Mr. Diniz quase vai a s lágrimas ao afirmar que o Casino só quer o Pão de Açúcar para vendêlo mais a  frente. Ele não cogitou a ideia há seis anos, quando foi bater a s pressas na porta do presidente do grupo francês, Jean-Charles Naouri, para negociar uma bolada de US$ 2 bilhões, dos quais US$ 1 bilhão foram diretamente para o seu bolso. a época, tampouco preocupou-se com a “desnacionalização” do setor varejista. É muita cara de pau!

BNDES

7/07/2011
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O ingresso do BNDES no negócio entre Pão de Açúcar e Carrefour, com a missão preferencial de coagir o Casino com sua simples presença, foi mais uma das ideias geniais de Abílio Diniz. Se o banco estatal não entrasse no imbróglio, era bem possível que Abílio tivesse o apoio da opinião pública e transformasse o episódio em um caso similar ao da tentativa de aquisição do Carrefour pelo Walmart, quando os franceses quase foram a s ruas entoando “La Marseillaise”.

Acervo RR

Cencosud avança suas tropas no Brasil

6/07/2011
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Em meio ao rebuliço no varejo brasileiro causado pela tentativa de Abílio Diniz em aplicar uma chave de pescoço no Casino, a chilena Cencosud prepara um plano de expansão no país. O principal projeto é a ampliação dos Supermercados Bretas, comprado em outubro do ano passado. A ideia dos chilenos é usar a bandeira mineira para entrar em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Está prevista a abertura de 40 lojas nestes três estados nos próximos dois anos. Não obstante o Bretas estar quase que exclusivamente associado a Minas Gerais, a Cencosud está convicta de que com um bom trabalho de marketing consegue emplacar a marca nos demais estados do Sudeste. Com a expansão, a rede saltará de 70 para 110 supermercados. Em outra latitude, a Cencosud vai anabolizar as operações do G.Barbosa, ponta de lança do grupo no Nordeste. Com atuação restrita a Bahia, Sergipe e Alagoas, a rede vai inaugurar sua primeira loja em Recife em janeiro de 2012. Outros três estabelecimentos serão abertos na capital pernambucana até 2013. Para os próximos dois anos, também está prevista a entrada da bandeira no Ceará e na Paraíba. A expansão no Brasil é o epicentro do plano de investimentos da Cencosud para a América Latina. Terceira maior rede varejista da região, atrás apenas do Pão de Açúcar e do Carrefour, o grupo reservou cerca de US$ 1 bilhão para ampliar suas operações no mercado latino-americano. Além do crescimento via greenfield, os chilenos são candidatíssimos a novas aquisições no Brasil.

Freud explica

4/07/2011
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Abílio Diniz, em comunicado a  imprensa, diz que está protegendo a companhia e o interesse dos acionistas e vai fazer e acontecer. Está se achando o próprio dono do Pão de Açúcar a  revelia dos fatos. Recomenda- se lítio, antidistônicos e vitaminas geriátricas.

Acervo RR

Lemann é o intruso entre Carrefour e Pão de Açúcar

25/05/2011
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Se furar a bola que está sendo jogada por Carrefour, Abílio Diniz e Casino, já existe um candidato se articulando nos bastidores para a compra dos ativos da rede francesa no Brasil. A fera atende por Jorge Paulo Lemann, que já teria dado mandato a  Goldman Sachs para estudar a operação. Lemann, nesse caso, surge como regra três, porque a preferência, no momento, é da dupla Abílio e Casino. Ainda assim, não faltam bons motivos para que o investidor entre na parada. Existem sinergias indiscutíveis com a rede de varejo do empresário, quer seja a Lojas Americanas, quer seja a operação pontocom (Submarino, Americanas. com e Shoptime). A Americanas seria, inclusive, repaginada para uma adequação a  mega-operação do Carrefour. Na condição de dono de cervejeira, para Lemann também não seria nada mau ter um ponto de venda desta magnitude. Não faltariam possibilidades de acordo com a AmBev, notadamente na área de logística. A pretensão do mais incensado financista do Brasil, no entanto, esbarra nas ambições do mais vaidoso supermercadista do planeta. O principal entusiasta da fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour é Abílio Diniz, que quer experimentar o gostinho de ser monopolista antes de entregar o bastão do grupo aos franceses. Como é sabido, o Casino, que já é acionista majoritário do Pão de Açúcar, terá o controle absoluto do capital em alguns anos, conforme reza o acordo societário existente entre ambos. Abílio parece querer, além da remuneração acertada, uma cadeira no Conselho de Administração do Carrefour. Só ficaria faltando uma medalha da Légion d?Honneur. Existem óbvias vantagens na associação entre as duas maiores redes de supermercados e hipermercados do Brasil A maior delas é a ditadura da escala. Vai ser difícil encontrar outro supermercado para comprar qualquer coisa. As operações de trade também favorecerão imensamente a formação de preços do novo monstro, sobretudo no comércio internacional com a França. A combinação entre a experiência e a união de dois dos maiores compradores do mercado europeu e a fome consumista no varejo nacional permite antever uma capacidade de arbitragem de preço nunca antes vista na história deste país. Do outro lado da balança, pesam as diferenças de cultura (no caso do Carrefour engolir Abílio Diniz) e a superposição de pontos de venda. Ou seja: em um governo que quase foi a  histeria com a demissão de três mil funcionários da Vale, qual seria a reação em assistir a  inexorável degola de milhares e milhares de empregados do Carrefour e do Pão de Açúcar? Há ainda o fator Cade. A fusão entre as duas empresas daria origem a um grupo com receita anual de R$ 66 bilhões, ou um terço das vendas do setor supermercadista no Brasil. Do ponto de vista da concentração de mercado, a compra dos ativos do Carrefour por Jorge Paulo Lemann seria muito mais palatável para os órgãos antitruste. Somando-se o faturamento dos franceses no país com as vendas das Lojas Americanas e da B2W, que reúne as operações de comércio eletrônico de Lemann, a cifra chegaria a R$ 43 bilhões. Outra razão menos explicitada contrária a  fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour é que o domínio hegemônico do capital estrangeiro em um setor no tradable representaria uma sangria crescente de divisas em um dos segmentos da economia com maior potencial de expansão. O setor supermercadista brasileiro se tornaria uma espécie de colônia da França.

Acervo RR

Edir Macedo leva a maior fé no setor de telefonia

11/05/2011
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Quem quiser -falar- com Deus poderá usar o celular de Edir Macedo. O híbrido de líder religioso e empresário prepara um projeto arrasa quarteirão para entrar no mercado de telefonia móvel. A investida passa pela criação de uma operadora virtual, a partir da resolução aprovada pela Anatel em novembro do ano passado. A medida abriu a porteira para que empresas de diversos setores ofereçam serviços de telefonia valendo- se do aluguel das redes das grandes companhias do setor, leia-se Vivo, Oi, Claro e Telefônica. Macedo ainda estuda em qual das suas empresas o novo negócio ficará pendurado. A possibilidade mais forte é usar a própria Rede Record. Outra hipótese sobre a mesa é que a operadora seja vinculada ao Banco Renner, do qual Macedo tem 40% do capital. Neste caso, no entanto, ele teria de dividir os bônus com a família Renner, acionista controladora da instituição financeira. Pela decisão da Anatel, as operadoras virtuais só podem ser criadas por empresas do setor comercial ou financeiro, o que, para todos os efeitos, não é o caso da Igreja Universal. Mas é de olho em seus fiéis que Macedo pretende mergulhar na nova investida. O bispo/empresário olha para os seus milhões de seguidores em todo Brasil e enxerga em cada um deles um potencial usuário dos serviços de telefonia. A Igreja Universal seria um potencial canal de vendas, maior do que muita rede de atendimento bancário. São mais de cinco mil templos em todo o país e uma legião de mais de 13 milhões de fieis. Macedo terá ainda a seu dispor o canhão da Rede Record, seja para a veiculação de comerciais sobre a nova operadora, seja na distribuição de conteúdo. Além dos serviços tradicionais de telefonia, a oferta de programas da emissora, notadamente os de caráter religioso, seria um dos grandes apelos comerciais da empresa. A Anatel calcula que, em até três anos, de 20% a 30% do mercado de telefonia poderão estar nas mãos de operadoras virtuais. Noves fora o número aparentemente inflado, o fato é que diversas empresas já manifestaram interesse em oferecer serviços de telefonia. A seguradora Porto Seguro fechou uma parceria com a TIM. Redes varejistas, como Carrefour e Pão de Açúcar, e grandes bancos, a começar pelo BB e pela Caixa Econômica Federal, sinalizaram a disposição de criar suas próprias operadoras com o objetivo de aproveitar sua vasta capilaridade de vendas e seu elevado número de clientes.

Mais um

11/05/2011
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O CEO do Pão de Açúcar, Enéas Pestana, tem a autonomia de voo de um tecoteco. Quando toma qualquer decisão, apenas cumpre ordem de Abílio Diniz. Em que pese que isso não chega a ser uma grande novidade.

Acervo RR

Pão de Açúcar e Walmart levam carrinho na direção da DMA

4/05/2011
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Há um acirrado leilão em curso no varejo mineiro. Pão de Açúcar e Walmart disputam lance a lance a compra da DMA Distribuidora, dona dos supermercados Epa. Trata-se da segunda maior rede varejista do estado, superada apenas pelo Bretas, vendido no ano passado para a chilena Cencosud. Os valores sobre a mesa giram em torno de R$ 1,2 bilhão. O valor corresponde a cerca de 60% do faturamento obtido pela DMA no ano passado, de aproximadamente R$ 2 bilhões. Esta cifra mostra a sede com que Abílio Diniz e os herdeiros de Sam Walton estão indo ao pote. Trata- se de um múltiplo semelhante ao que a Cencosud pagou pela aquisição do Bretas em outubro do ano passado ? R$ 1,35 bilhão, equivalente a 64% da receita da empresa. É pouco comum que as ofertas por ativos no varejo ultrapassem o equivalente a  metade do faturamento total. Porém, tanto Pão de Açúcar quanto Walmart estão dispostos a fazer um esforço extra para superar o rival e arrematar a rede mineira. A DMA vale quanto pesa. Comprar o grupo significa arrematar não apenas uma, mas três bandeiras de uma só vez. Além do Epa, com 77 lojas em Minas Gerais e Espírito Santo, a DMA controla ainda o Martplus, com oito pontos de venda, e a Viabrasil, hipermercado que opera no modelo compacto com três unidades na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Pão de Açúcar e Walmart ampliariam consideravelmente sua atuação no terceiro mais importante mercado do país. Hoje, as duas empresas têm operações esquálidas em Minas Gerais na área supermercadista. O Grupo Pão de Açúcar soma apenas cinco lojas com a bandeira Extra. Já o Walmart tem só dois pontos de venda no estado. A venda do Bretas transformou a DMA Distribuidora na queridinha do varejo mineiro. Controlada pela família Nogueira e por um grupo de investidores reunidos sob a WRV Empreendimentos, a companhia tornou-se a única grande rede de super e hipermercados capaz de fazer diferença no varejo de Minas Gerais. Além do Pão de Açúcar e do Walmart, o Carrefour chegou a sondar a compra da companhia no passado recente. Mas ficou pelo caminho por conta dos graves problemas contábeis que tem enfrentado no Brasil.

Acervo RR

Sócio de Diniz

3/05/2011
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Abílio Diniz pretende cindir as drogarias e os postos de combustíveis do Grupo Pão de Açúcar em uma nova empresa. O objetivo é pavimentar o caminho para a entrada de sócios investidores no capital.

Acervo RR

Menos Diniz

6/04/2011
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João Paulo Diniz pretende reduzir sua participação na holding do Pão de Açúcar. Quer dinheiro no vivo no bolso para investir na área de entretenimento e gastronomia, sua praia. E como, no final, o Casino vai ficar dono de tudo mesmo, é só uma questão de timing.

Mercado Livre

5/04/2011
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A B2W, de Jorge Paulo Lemann e cia., quer adicionar o Mercado Livre ao seu cast de sites de comércio eletrônico. Seria uma maneira de a B2W, que fechou 2010 com receita de R$ 3,8 bilhões, se distanciar ainda mais da Nova Pontocom. A empresa de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar teve receita de R$ 2,7 bilhões.

Acervo RR

TV Abílio Diniz

15/02/2011
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O Pão de Açúcar estuda criar um programa ou um canal de TV a cabo para a venda de produtos. A operação ficará pendurada na Nova PontoCom, que reúne os sites do próprio Pão de Açúcar, da Casas Bahia e do Ponto Frio. Como diria Chacrinha, nada se cria, tudo se copia. Trata-se de um modelo similar ao da B2W, de Jorge Paulo Lemann, que juntou sob o mesmo guarda chuva o canal Shoptime e os sites Americanas. com e Submarino.

Acervo RR

Salfer cresce Á  margem da cobiça alheia

15/02/2011
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A declarada cobiça do Magazine Luiza e do Pão de Açúcar/Ponto Frio parece não abalar a estrutura das Lojas Salfer, de Santa Catarina. Apesar das ofertas que chegaram a s suas mãos nos últimos meses, a família Gonçalves aposta no voo solo e está prestes a lançar um dos maiores planos de expansão da história da rede varejista. Ao longo deste ano, a empresa pretende abrir 60 lojas ? em 2010, foram 40 inaugurações. O investimento total será da ordem de R$ 30 milhões. A maior parte dos novos pontos de venda será instalada no interior de Santa Catarina e, sobretudo, do Paraná ? estado que concentra apenas um terço das lojas da empresa (210). Entre os novos pontos de venda, parcela expressiva será montada no conceito Salfer Mais. O “Mais”, no caso, é menos. Trata-se de um modelo de loja menor, com reduzido número de funcionários e praticamente sem estoque. O grande projeto da família Gonçalves está reservado para 2012. A Salfer pretende entrar em São Paulo, uma selva onde passará a concorrer com bichos bem mais graúdos, a começar pelo próprio Magazine Luiza e o dueto Ponto Frio e Casas Bahia. A rede catarinense já está mapeando possíveis pontos para a abertura de lojas. Tem também um projeto para a construção de um centro de distribuição na capital paulista. A entrada em São Paulo é vista pela família Gonçalves como o trampolim que permitirá a  Salfer atingir a marca de R$ 1 bilhão de faturamento já em seu primeiro ano na cidade. No ano passado, as vendas da empresa foram de aproximadamente R$ 700 milhões

Acervo RR

Banco de Açúcar

9/02/2011
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Abílio Diniz tem dito em conversas não tão reservadas que, depois de unir Pão de Açúcar, Ponto Frio e Casas Bahia, só falta agora o grupo ter um banco próprio.

Pão de Açúcar

21/01/2011
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O período de paz nas relações entre Abílio Diniz e Michael Klein teve uma interrupção pontual. Klein foi contra o fechamento de todas as 53 lojas do Ponto Frio em Salvador. O empresário defendia que algumas delas fossem mantidas com a bandeira das Casas Bahia. Como sempre, foi voto vencido.

Acervo RR

Troco no caixa

20/01/2011
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As duras críticas feitas publicamente pelo vice-presidente do Pão de Açúcar, José Roberto Tambasco, ao desempenho do Walmart caíram feito uma pedra entre os executivos da rede norte-americana no país. Os dirigentes do Walmart também dispõem de uma saraivada de informações negativas sobre o concorrente. Como diz o adágio , vento que venta lá, venta cá.

Acervo RR

Lojas Colombo escreve um futuro de interrogações

7/01/2011
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Peça enigmática no tabuleiro do varejo – ora, é apontada como presa fácil para a concorrência, ora emerge no noticiário como possível consolidadora -, a Lojas Colombo prepara um expressivo plano de expansão para 2011. A cifra deverá passar dos R$ 150 milhões. O investimento tem enorme valor simbólico e histórico para a companhia. Não se trata de um projeto de ampliação qualquer, mas, sim, do que muito provavelmente será o canto do cisne do empresário Adelino Colombo a  frente da presidência executiva da rede. Pelo menos é o que o próprio Silvio Caldas do varejo tem sinalizado a familiares e a seus pares na diretoria do grupo. Homem de mil e uma despedidas, Adelino acena com a sua retirada da gestão da Colombo até março, quando, então, ficaria apenas no comando do Conselho de Administração. Entre os próprios executivos da rede varejista, o clima é de – ver para crer-. A prioridade de Adelino Colombo é a ampliação da rede em São Paulo e, sobretudo, em Minas Gerais. Em terras paulistas, a meta é chegar a 100 lojas ainda no primeiro semestre, hoje são 72 pontos de venda. Os maiores esforços se concentrarão na capital, onde a presença da Colombo não dá nem para a saída. Desde 2009, quando chegou a  cidade, abriu apenas duas lojas. Só em São Paulo, a empresa deverá desembolsar aproximadamente R$ 60 milhões. Em Minas, onde tem apenas três estabelecimentos, todos no interior, a rede gaúcha prepara seu desembarque em Belo Horizonte. Os próximos alvos serão o Rio de Janeiro, Brasília e Goiânia. O Nordeste, o eldorado da mobilidade social, viria em 2012. Nas grandes cidades, a Colombo jogará suas fichas no conceito de lojas Premium, voltada ao público das classes A e B. O porvir da Lojas Colombo é cheio de interrogações, que vão além da transição administrativa e chegam ao próprio futuro societário da empresa. Adelino Colombo tenta se desvincular do rótulo de que vem engordando a empresa apenas com o objetivo de vendê-la. O empresário garante a quem quiser ouvir que é comprador – espantoso seria se dissesse o contrário, depreciando seu próprio ativo. Colombo pretende usar a expansão pelo greenfield como uma forma de dissipar as insistentes especulações sobre o amanhã da companhia. Além do Magazine Luiza e do Pão de Açúcar, a Colombo foi assediada também pela mexicana Elektra. No ano passado, como antídoto a  venda do controle da rede, Adelino Colombo chegou a entabular conversas com a também gaúcha Renner e a Riachuelo para uma associação. Até o momento, o projeto permanece na prateleira. O Silvio Caldas do varejo acha que ainda dá para ficar sozinho no palco por mais um tempo.

NA

9/12/2010
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Com o ego do tamanho do PIB, Abílio Diniz adoraria ser convocado para o ministério de Dilma Rousseff. Mas, por ora, o único convite é o de um grupo de associados do São Paulo para se candidatar a  presidência do clube _ a eleição está prevista para abril do ano que vem. Nos corredores do Pão de Açúcar, o assunto já virou motivo para anedota. Reza a lenda que, ao ser consultado sobre a candidatura, Abílio responde de bate-pronto: “Faz sentido. Nada mais natural do que Deus mandar em São Paulo”.

Acervo RR

ADM evapora planos no etanol e enche o tanque com outros

3/12/2010
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A estratégia da ADM para o mercado de açúcar e álcool no Brasil balança feito um pêndulo. A companhia tem demonstrado sinais trocados sobre o que vai fazer no país. Se, por um lado, tem procurado investidores para negociar parcerias; por outro, deixou claro para o ex-ministro Antonio Cabrera, seu parceiro em duas usinas, que sairá da sociedade. O grupo colocou a  venda os 49% que detém nas usinas Limeira do Oeste, no Triângulo Mineiro, e Jataí, em Goiás. A decisão pegou de surpresa Cabrera, já que há poucos meses a ADM aprovou o plano de investimentos na planta de Jataí. Por trás dos panos, a estratégia mais acalentada pela ADM no Brasil, o que não necessariamente tem o beneplácito da matriz, é comprar usinas que tenham grande endividamento, ou que estejam até mesmo em recuperação judicial, em parceria com fundos de investimento. A subsidiária do grupo americano pretende acelerar o processo de consolidação da sua posição no mercado brasileiro com a compra de ativos depreciados. A preocupação da ADM no Brasil é perder as oportunidades que estão surgindo com a consolidação do setor no país e abrir espaço para concorrentes internacionais que estão ávidas por comprar usinas, como o grupo belga Alco Group, o Sumitomo, do Japão, além de chineses e indianos. Difícil será convencer a matriz a colocar dinheiro em um setor ainda bastante vulnerável a  oscilação de preços do açúcar no mercado internacional há, pelo menos, dois anos. A dissolução da sociedade com o ex-ministro é um dos pontos de consenso. A venda deverá ser celebrada até o início do próximo ano. Cabrera pediu apenas um tempo para encontrar um comprador.

Pão de Açúcar

22/11/2010
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Abílio Diniz quer agora comprar a rede de eletroeletrônicos Fast Shop, pertencente a  família Kakumoto. Desta vez, Diniz não mira na escala são apenas 50 lojas , mas no poder aquisitivo dos clientes. A aquisição serviria para ampliar a inserção do Ponto Frio na classe A.

Acervo RR

Pague Menos e Drogasil misturam seus comprimidos

17/11/2010
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O empresário Francisco Deusmar de Queirós, dono da rede de drogarias Pague Menos, enxerga o futuro societário da companhia por meio de duas bulas. Uma delas prevê a venda de uma participação minoritária para um fundo de investimento _ BTG Pactual e GP sondaram a empresa recentemente. Outra hipótese, que vem ganhando força, é a fusão com outra grande rede do setor. Neste caso, a posologia aponta na direção da Drogasil, terceira do ranking do varejo farmacêutico. Seu principal acionista é o empresário Carlos Pires Oliveira, também presidente do Conselho de Administração. As conversas entre as duas redes farmacêuticas começaram há cerca de três meses. Passam pela criação de uma holding onde serão pendurados os ativos das duas empresas. Ambas as marcas seriam mantidas, como forma de aproveitar a força de cada uma delas em determinas regiões. Muito provavelmente a nova companhia terá ações em Bolsa a Drogasil tem capital aberto. Procuradas pelo RR – Negócios & Finanças, Pague Menos e Drogasil negaram a negociação. A operação, se concluída, vai dar um nó no varejo farmacêutico, além de causar enxaqueca na concorrência. A fusão será a origem de um gigante difícil de ser alcançado no curto prazo, seja pelas redes mais tradicionais do setor, seja até mesmo por grandes grupos supermercadistas, como Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart, que têm investido cada vez mais nesse mercado. Juntas, Pague Menos e Drogasil somam quase R$ 4 bilhões em vendas e uma rede com duas mil drogarias. Para efeito de comparação, a Drogaria São Paulo tem pouco mais de 320 lojas e deverá faturar cerca de R$ 2 bilhões neste ano, já contabilizadas as vendas da rede Drogão, adquirida em junho deste ano. Pague Menos e Drogasil têm operações complementares. Embora esteja presente em todos os estados do país, parte expressiva das lojas da rede cearense está concentrada no Nordeste. Já a Drogasil atua basicamente em São Paulo e Minas Gerais tem ainda uma loja em Goiás e outra em Brasília.

Acervo RR

Pão de Açúcar e o marketing da discórdia

11/10/2010
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O planejamento de marketing do Pão de Açúcar para 2011 acirrou divisões internas. Entre os executivos egressos da Casas Bahia, a estratégia foi vista como um sinal de enfraquecimento da bandeira. Trata-se de um duelo de cifrões. Proporcionalmente, o Ponto Frio terá um aumento maior da verba publicitária em relação a este ano. A marca deverá concentrar também as principais ações de marketing nos pontos de venda e na promoção de eventos. A reposição das bandeiras é outro ponto de fricção. A decisão do próprio Abílio Diniz de exilar a publicidade da Casas Bahia em veículos voltados a s classes C, D e E jogou por terra todo o trabalho feito pela empresa nos últimos dois anos para ascender a  classe B e, consequentemente, ampliar seu tíquete médio.

Acervo RR

Grupo Martins deixa porta entreaberta para um novo sócio

24/09/2010
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A venda de uma parte do capital do Tribanco para o IFC, leia-se Banco Mundial, vai além das fronteiras da instituição. Os holofotes se voltam agora na direção do próprio Grupo Martins, controlador do banco. A operação seria um ensaio para a entrada de um novo sócio na companhia, uma das maiores e mais cobiçadas redes atacadistas do país, com faturamento superior a R$ 4 bilhões por ano. Segundo uma fonte próxima ao controlador do grupo, Alair Martins, o empresário estaria disposto a vender uma participação minoritária para um fundo de private equity. Seria uma forma de permanecer a  frente do negócio e se proteger do assédio de grandes concorrentes, a começar pelo Wal-Mart. De acordo com a mesma fonte, a GP e o norte-americano Advent já teriam sondado o Grupo Martins. Alair Martins, 76 anos, sempre resistiu a  ideia de um intruso no capital do grupo, que fundou e dirige com mão de ferro há quase 57 anos. No entanto, o setor atacadista não é mais uma sesmaria de poucos. Pão de Açúcar, Wal-Mart e Carrefour, que sempre correram em outra raia, entraram de vez neste mercado, tornando a concorrência ainda mais acirrada. A capitalização permitiria ao Grupo Martins ampliar sua operação e, ao mesmo tempo, redobrar a aposta no que hoje é a menina dos olhos de Alair Martins: a rede Smart, que representa sua incursão no segmento varejista. Trata-se de uma espécie de cooperativa supermercadista, que reúne mais de mil lojas em quase 700 cidades do país. A rigor, cada empresa mantém sua estrutura acionária original. A gestão, no entanto, está nas mãos do Martins. Não é de hoje que o grupo estuda um modelo para a consolidação destas redes de pequeno e médio porte em uma única holding.

Acervo RR

Pílula de veneno

14/09/2010
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Duas grandes redes de drogarias, com operação em todo o Brasil, abriram guerra contra o Pão de Açúcar. Estão municiando o Cade e a SDE com informações na tentativa de comprovar que a rede de Abílio Diniz está praticando dumping na venda de medicamentos. Em alguns casos, os descontos passariam dos 80%.

Acervo RR

Abilio.com

19/07/2010
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Passado o maremoto no acordo com a Casas Bahia, Abílio Diniz prepara seu próximo passo: a criação de uma mega-portal de varejo englobando os sites do Pão de Açúcar, Extra, Ponto Frio e Casas Bahia. O negócio ficará pendurado na Nova.com.

Casa & Vídeo

2/07/2010
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Além das conversas com a Lojas Americanas, a Casa & Vídeo também foi oferecida ao Pão de Açúcar. Abílio Diniz, no entanto, está mais preocupado em desatar o nó com a Casas Bahia

Acervo RR

Pão de Açúcar 1

25/06/2010
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Agora é que Claudio Galeazzi, ex-presidente do Pão de Açúcar, vai saber se tem mesmo esse cartaz todo com Abílio Diniz. Ele vem tentando renovar o contrato de consultoria entre a Galeazzi & Associados e a rede varejista. O acordo, que vence em dezembro, é uma espécie de mega-sena particular de Galeazzi e seus sócios. Só neste ano, deverá render a  consultoria cerca de R$ 8 milhões.

Acervo RR

Pão de Açúcar 2

25/06/2010
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Abílio Diniz confia plenamente na Estáter, a consultoria financeira de Pércio de Souza responsável pela fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia e que atua para aparar as arestas entre os dois grupos. Já os Klein…

Acervo RR

Supermercados Bretas vai para o balcão

16/06/2010
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A família Bretas vai dar a mão para preservar o braço. Maior rede de supermercados de Minas Gerais, o Bretas pretende vender uma parte do capital para um fundo de private equity. O objetivo da família é rechaçar o assédio de Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour e fortalecer o caixa sem precisar abrir mão do controle da empresa. Dois fundos despontam como candidatos a  operação: o BTG Pactual, de Andre Esteves, e o Governança & Gestão (G&G), do ex-ministro Antonio Kandir. A família está disposta a se desfazer de até 20% do capital. O BTG vislumbra o Bretas como uma peça importante no mosaico de participações que está montando. O banco poderá usar a rede de supermercados para a venda de produtos financeiros e para a instalação de drogarias da rede Farmais. O G&G, por sua vez, ensaia seu retorno ao varejo. O fundo teve uma experiência no varejo, que Kandir gostaria de apagar da memória e do currículo. O fundo comprou a rede Gimenes, no interior paulista, mas sucumbiu a s dificuldades financeiras da empresa. A rede fechou diversas lojas, entrou em recuperação judicial e acabou vendida a  também paulista Ricoy. a€ época, a própria Bretas chegou a negociar a aquisição da empresa, o que aproximou a família mineira de Kandir.

Cencosud

9/06/2010
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Após levar a rede Perini, da Bahia, a chilena Cencosud está de olho em um peixe mais graúdo: a Lojas Maia, da Paraíba. Com 130 lojas e receita de R$ 500 milhões, a empresa é cobiçada também por Pão de Açúcar/Ponto Frio e Magazine Luiza.

Acervo RR

Walmart e Makro duelam pelo Atacadista Roldão

31/05/2010
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Os irmãos Eduardo e Ricardo Roldão estão cercados. De um lado, o Walmart; do outro, o Makro. Norte-americanos e holandeses protagonizam um duelo pela compra da Roldão, uma das maiores redes atacadistas do país. Com 12 lojas em São Paulo, a empresa deverá faturar neste ano quase R$ 1 bilhão. O Walmart e o Makro vêm assediando a família Roldão desde o fim do ano passado. Estão dispostas a gastar munição de grosso calibre para derrubar a resistência dos irmãos Eduardo e Ricardo a  venda da empresa. O dote pode chegar perto dos R$ 400 milhões, o que significaria um índice sobre o faturamento superior, por exemplo, ao que o Pão de Açúcar pagou pela atacadista Assai (em torno de 35% das vendas). Walmart e Makro têm motivações distintas para avançar na direção da Roldão. Os norte-americanos se ressentem de uma investida mais contundente no segmento atacadista, sobretudo para os públicos B e C, que não são atingidos pelas lojas Sam?s Club. Depois da aquisição da bandeira Maxxi, herdada com a compra dos ativos do Sonae, em 2005, o grupo não fez outro grande movimento, concentrando-se nos investimentos em greenfield. Nesse período, além da compra do Assai pelo Pão de Açúcar, o Carrefour fisgou o Atacadão. O Makro, por sua vez, vai, pouco a pouco, saindo para escanteio no país. Entre os holandeses há o consenso de que ou a empresa tira um coelho da cartola e faz uma aquisição expressiva ou perderá de vez o contato com as grandes redes, que aumentaram seus investimentos no chamado “atacarejo”. Nesta primeira hipótese, a Roldão é vista como um alvo feito sob medida. Assim como o Makro, é um atacadista puro-sangue.

Acervo RR

Magazine Luiza negocia com Riachuelo e Colombo

12/05/2010
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Luiza Helena Trajano, dona do Magazine Luiza, cansou de ser mera espectadora do processo de consolidação do varejo. A empresária chamou para si a responsabilidade de comandar um contra-ataque a s fusões entre Casas Bahia e Ponto Frio e, mais recentemente, Ricardo Eletro e Insinuante. Nos últimos dois meses, vem mantendo contatos com Flavio Rocha, dono da Riachuelo, e Adelino Colombo, controlador da Lojas Colombo. As conversas envolveriam a fusão entre as três redes varejistas, que daria origem a um grupo com receita anual de R$ 7,5 bilhões e mais de 900 lojas. Juntas, Luiza, Riachuelo e Colombo ainda ficariam a milhas de distância do conglomerado Pão de Açúcar/Ponto Frio/Casas Bahia (R$ 40 bilhões de receita e 1,5 mil lojas) ? isso, claro, se Abílio Diniz e os Klein seguirem sob o mesmo teto. Mas ultrapassaria a Máquina de Vendas, associação entre Ricardo Eletro e Insinuante, que soma 528 lojas e vendas na casa dos R$ 5 bilhões. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, o Magazine Luiza negou as tratativas com as outras duas redes varejistas. Riachuelo e Lojas Colombo, por sua vez, não se pronunciaram até o fechamento desta edição. Magazine Luiza, Riachuelo e Colombo têm uma grande complementaridade, a começar pelo aspecto territorial. O trio apresenta baixa sobreposição de lojas. A Colombo está praticamente restrita a  Região Sul. O Magazine Luiza concentra boa parte de sua rede no interior paulista. Já a Riachuelo tem uma operação mais espalhada pelo país, com uma presença significativa no Nordeste. Os segmentos de atuação das três redes também se completam. Luiza e Colombo são fortes em eletroeletrônicos e móveis; a Riachuelo, na área de vestuário. Se, para Luiza Helena Trajano e Flavio Rocha, a operação permitiria a ambos subir um degrau no varejo e se associar a uma rede com mais escala e presença nacional, no caso de Adelino Colombo a negociação tem outra dimensão. Ela pode também ser uma saída para os problemas de sucessão do grupo, um ponto de interrogação para o próprio Adelino, 78 anos. Em 2008, Olivar Berlaver, genro do empresário e tido como favorito a assumir a presidência, deixou o grupo devido a desentendimentos familiares. Carlos Alberto e Karen Colombo, filhos de Adelino que atuam na gestão, seriam candidatos naturais a  sucessão. No entanto, a ideia de entregar o comando a um dos dois não chega a empolgar o patriarca. Nos últimos meses, o nome de outro Carlos Alberto ganhou força. Trata-se do neto de Adelino Colombo, que ocupa a diretoria comercial da empresa. O patriarca, contudo, ainda consideraria o executivo, de 28 anos, verde demais para o cargo.

Pão de Açúcar

5/05/2010
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As conversas entre Abílio Diniz e a rede de supermercados carioca Prezunic, que andavam em ponto de ebulição, viraram uma geleira nas últimas semanas. É o efeito Casas Bahia. Em tempo: no meio do caminho, o Walmart também entrou forte na disputa pelo Prezunic.

Acervo RR

Bunge e Itochu vivem sua lua de fel no etanol

30/04/2010
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Recém-entronado no comando da Bunge Brasil, Pedro Parente voltou a conviver com o risco de um apagão ? de porte muito menor, é bem verdade, e, desta vez, não na área de energia elétrica, mas no setor sucroalcooleiro. A associação entre a multinacional e a Itochu na produção de etanol é uma lâmpada cada vez mais fraca, prestes a queimar. A solitária missão de Parente ? desta vez sem o auxílio de uma Câmara de Gestão de Crise ? é contornar a crescente insatisfação do grupo nipônico com os rumos da parceria e, sobretudo, com a forma como vem sendo tratado. Dona de 20% de duas usinas controladas pela Bunge ? Paulo Afonso (TO) e Santa Juliana (MG) ? a Itochu estaria se sentindo como uma esposa traída, cujas cláusulas do contrato nupcial foram rasgadas. A trading nipônica tornou-se praticamente refém dos interesses da Bunge. Os japoneses se ressentem de um espaço maior na gestão das usinas, tanto no caso da Santa Juliana, já em operação, quanto em Paulo Afonso, com inauguração prevista para junho. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a Bunge negou qualquer divergência com a Itochu e informou que as duas empresas estudam novos projetos conjuntos. A multinacional tem mesmo todo o interesse do mundo em manter os japoneses por perto. Segundo o RR apurou, a Itochu tem planos ambiciosos para o Brasil. Pretende se tornar um dos cinco maiores produtores de álcool e açúcar do país em até três anos. Para isso, os japoneses estão debruçados sobre um vultoso programa de investimentos. De acordo com informações filtradas junto ao próprio grupo, os aportes poderão chegar a US$ 1,5 bilhão até 2013. O plano estratégico da Itochu prevê a aquisição de extensas áreas para o cultivo de cana-de-açúcar, notadamente no Centro-Oeste, a compra e a construção de usinas e a montagem de uma estrutura logística. A trading estaria interessada ainda em criar uma empresa própria para o setor, cujo principal objetivo seria exportar a produção para o Japão. Por trás do investimento está a aposta que, no futuro, guardadas as devidas proporções, o álcool será para o Japão o que o minério de ferro é hoje para a China. Há uma crescente expectativa de que o governo local amplie o limite para a mistura de etanol a  gasolina, hoje de 3%. Entidades empresariais do país, entre elas a Jama, uma espécie de Anfavea nipônica, defendem que o percentual seja estendido para 10%. Em outras circunstâncias, a perspectiva era que os futuros investimentos da Itochu fossem incorporados a  parceria com a Bunge, que, do seu lado, já anunciou um aporte de US$ 750 milhões nos próximos três anos para aumentar sua produção de álcool e açúcar no país. Hoje, no entanto, os japoneses estariam dispostos a atrair outros investidores para a empreitada. O grupo já vem mapeando algumas possibilidades de associação no país. Um dos alvos seria a Infinity BioEnergy, comprada recentemente pelo Grupo Bertin. A operação juntaria a fome de comprar com a vontade de vender. A família Bertin já percebeu que precisará ter ao lado um sócio de braço forte para carregar o plano de investimentos da empresa. Até porque, mesmo com a escolta estatal e, claro, salvo alguma grande reviravolta no consórcio vencedor do leilão de Belo Monte, nos próximos anos boa parte da capacidade financeira do grupo estará comprometida com a construção da usina.

Acervo RR

Casas Bahia e Carrefour juntos no país das maravilhas

28/04/2010
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Em um mundo virtual, o cenário é o mesmo do prédio de nº 213 na Rua George Eastman, na região do Morumbi. Na sala de decoração austera, executivos discutem planos estratégicos. Na cabeceira da mesa, o senhor esguio, de cabelos levemente grisalhos, abstrai-se do burburinho e começa a divagar. Em seus solitários devaneios, Jean Marc Pueyo, presidente do Carrefour no Brasil, pensa no que seria não apenas a grande tacada de sua gestão, mas também o maior investimento da história do grupo no país: a compra da Casas Bahia. Quimera, loucura, arrojo empresarial? Pouco importa. Tendo a  frente inúmeros recortes de jornal estampando a contenda entre Abílio Diniz e a família Klein e o possível rompimento do acordo entre ambos, Pueyo solta as rédeas dos seus pensamentos e passa a fazer alguns cálculos rápidos. Com a aquisição da Casas Bahia, o Carrefour poderia retomar a liderança do varejo nacional. Saltaria de R$ 25 bilhões para mais de R$ 39 bilhões de faturamento anual, tomando o lugar do Pão de Açúcar, que retrocederia a  casa dos R$ 26 bilhões. O grupo francês avançaria ainda de 250 para quase 800 lojas no país. Nesse universo onírico, Pueyo nem presta atenção ao café que é colocado a sua frente. Continua absorto em sua fantasia. Leva a fina haste de seus óculos a  boca e passa a pensar nas motivações, de parte a parte, para uma associação entre o Carrefour e a Casas Bahia. Do lado dos Klein, mais do que um tapa com luva de pelica, seria um golpe de mestre sobre o mezzo sócio, mezzo desafeto Abílio Diniz. Ao contrário do Pão de Açúcar, que retornaria a  posição pré-fusão, a família Klein permaneceria no topo do varejo nacional, com um bônus: na negociação para a venda da Casas Bahia, poderia se tornar sócia minoritária do próprio Carrefour. Ou seja: passaria a ser acionista de um dos maiores grupos varejistas não apenas da França, mas do mundo, desta vez sem intermediários, como é o Pão de Açúcar em relação ao Casino. Já o Carrefour, além da liderança no Brasil, reforçaria substancialmente sua posição geoeconômica no estratégico mercado latino-americano e dissiparia de uma vez por todas os boatos de venda da sua operação brasileira, uma das mais importantes do grupo fora da Europa. A reunião chega ao fim. Um dos executivos se dirige a Pueyo. Ele mal responde e se levanta subitamente. Ainda não refeito de sua viagem astral, sai imaginando o prêmio que os Klein pediriam para virar de ponta-cabeça a configuração do varejo brasileiro. Fantasia, insanidade ou um lance de gênio na história do Carrefour? Pueyo volta a  sua sala, onde já lhe aguarda uma conference com o board do grupo em Paris: “Bon jour, monsieur de Seze”.

Acervo RR

Abílio Diniz vs. Klein em três assaltos

14/04/2010
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A descoberta de que a mesada de R$ 130 milhões referente ao aluguel dos imóveis da Casas Bahia, nem bem foi combinada, simplesmente evaporou do contrato de fusão rasgou a boa-fé dos Klein. O valor das locações não estava sujeito a  due diligence dos ativos imobiliários. Isso foi batido, repisado e lacrado nas conversas com Abílio Diniz. Ou seja, os R$ 130 milhões por ano não eram sujeitos a deságio e, muito menos, flutuantes, mas, sim, um valor fixo, na lata. Esse quesito é que fazia boa parte do mercado considerar que o negócio tinha sido mais favorável aos Klein do que ao Pão de Açúcar, não obstante o impacto positivo sobre o valuation do grupo de Abílio Diniz. Uma fonte próxima dos Klein confirma que eles só fecharam o negócio devido a  garantia de se tornarem donos de uma grande imobiliária. É consenso entre analistas do mercado que tanto Abílio Diniz quanto os Klein perderão em escala e sinergia se a fusão andar para trás, mas Abílio sentiria mais o golpe. Isso se deveria ao impacto proporcionalmente maior sobre o valor patrimonial do Pão de Açúcar e a  péssima impressão causada junto aos acionistas do Casino pela condução jurídica do episódio, que tende a se tornar uma guerra entre bancas de advocacia. A percepção geral é que Abílio subtraiu do contrato de fusão acordos feitos na base da confiança. Vai ser difícil resgatar a credibilidade que foi tão mal tratada nessa história. Se, por um lado, a família Klein tem motivos para indignação, do outro, Abílio Diniz também tem suas razões para se queixar dos ainda sócios. Um fatura de algumas dezenas de milhões de reais ameaça cair no colo do Pão de Açúcar. A conta diz respeito a antigos débitos tributários da Casas Bahia no Rio Grande do Sul, boa parte relativa ao recolhimento de ICMS em vendas com cartão de crédito. A Secretaria de Fazenda gaúcha ensaia entrar na Justiça para cobrar as dívidas, que estariam na casa dos R$ 50 milhões. Desde o início de 2009, o governo gaúcho vem tentando renegociar integralmente o passivo apenas na esfera administrativa, sem recorrer a  Justiça. Houve alguns acordos pontuais, relativos a multas específicas. No meio do caminho, a própria Secretaria de Fazenda do estado chegou a detectar alguns equívocos nos autos de infração, o que reduziu o valor do débito. No entanto, a maior parte segue em aberto. Os Klein, e, agora, o Pão de Açúcar contestam os critérios usados pela Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul para a cobrança do imposto. O imbróglio, se não foi o motivo principal, ao menos acelerou a saída definitiva da Casas Bahia do Rio Grande do Sul. A despedida se consumou em dezembro do ano passado, quando a empresa fechou suas últimas cinco lojas locais.

Acervo RR

Pão de Açúcar estaciona no caixa do Prezunic

9/03/2010
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Após fisgar dois cetáceos do varejo ? Ponto Frio e Casas Bahia ?, Abílio Diniz pretende retomar a pescaria de peixes mais miúdos. O objetivo é reforçar a operação supermercadista do grupo, que acabou relegada a segundo plano com os investimentos no setor de eletroeletrônicos. O projeto passa pela compra de redes de médio porte em regiões vistas como calcanhar de aquiles no mapa do Pão de Açúcar. Uma das prioridades é o Rio de Janeiro, onde Abílio enfrenta a relativamente baixa rentabilidade da Sendas. O primeiro nome na lista é o Prezunic, controlado pela família Cunha. A empresa estaria avaliada em aproximadamente R$ 600 milhões. O Prezunic é a sétima maior rede de supermercados do país. Com 30 lojas, encerrou 2008 com faturamento em torno de R$ 1,5 bilhão ? os números de 2009 ainda não foram fechados. A família Cunha, sobrenome tradicional no varejo do Rio de Janeiro, é campeã em fazer bons negócios no setor. Há cerca de uma década, vendeu, de uma só vez, três redes para o Carrefour ? Rainha, Dallas e Continente. Colocou cerca de US$ 400 milhões no bolso e, com parte destes recursos, abriu o Prezunic. O Grupo Pão de Açúcar tem uma presença significativa no Rio, com 101 lojas. Apenas nove delas levam a bandeira Pão de Açúcar. A maior parte da operação está pendurada na marca Sendas. São 71 lojas em todo o estado, que estão longe de encher os olhos exigentes de Abílio Diniz. Ao investir sobre o Prezunic, o Pão de Açúcar busca não apenas aumentar o número de lojas, mas, sobretudo, alavancar sua performance no Rio de Janeiro. Em termos de receita por loja, a rede da família Cunha dá um banho na bandeira Sendas. Em 2008, teve faturamento médio de R$ 50 milhões por supermercado. Não obstante o sucessivo aumento das vendas nos últimos anos, cada loja da Sendas faturou algo em torno de R$ 20 milhões em 2008. Não por acaso, a família Cunha vem sendo assediada pelos grandes do varejo. No ano passado, teria sido sondada pelo Wal-Mart.

Acervo RR

Wal-Mart atira com vários calibres no Pão de Açúcar

10/02/2010
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O Wal-Mart está se pintando para a guerra. Os herdeiros de Sam Walton preparam uma reação ao salto do Pão do Açúcar no varejo brasileiro. Os norte-americanos estão debruçados sobre diversas possibilidades de aquisição no país. As hipóteses sobre a mesa vão de movimentos extremamente ousados, capazes de virar pelo avesso o varejo no Brasil, a investidas mais óbvias e conservadoras. Informalmente, os planos do Wal-Mart respeitam a seguinte hierarquia: I. O movimento mais audacioso seria justamente uma oferta pelos ativos do Casino no Brasil. Este passo transformaria o Wal-Mart em sócio do Pão de Açúcar. Ou, controlador. Tudo depende do que está escrito em um dos mais insondáveis contratos empresariais de que se tem notícia. Tudo é mistério no acordo entre o grupo francês e Abílio Diniz. Qual a participação do Casino? São os franceses que têm uma opção de compra da parte de Abílio ou Abílio, uma opção de venda para os franceses? Qual é a data para o exercício do put? Abílio permanece na gestão mesmo se vender sua participação? Enigmas a  parte, o Wal-Mart provocaria um terremoto no varejo brasileiro. Passaria a ter quase R$ 60 bilhões de faturamento anual. E o Cade? Bem, o passado recente tem mostrado que o Conselho não chega a ser um obstáculo irremovível para a consolidação de grandes grupos empresariais, vide a própria associação entre Pão de Açúcar, Ponto Frio e Casas Bahia. II. Descendo na escala de audácia, outra investida em pauta é a propalada aquisição dos ativos do Carrefour no Brasil. Os norte-americanos passariam a ter R$ 35 bilhões de faturamento no país, aproximando-se do Pão de Açúcar. Trata-se, no entanto, de uma operação complexa, quase uma cirurgia de nervo óptico. Além de um símbolo francês, o Carrefour é quase uma paraestatal, como, de resto, todos os grandes grupos locais. Vender a subsidiária brasileira para o Wal-Mart seria entregar aos norte-americanos uma operação estratégia do ponto de vista geopolítico. A aquisição exigiria uma negociação praticamente de Estado para Estado. É bem verdade que o Wal-Mart tem um pistolão no governo norte-americano. Hillary Clinton foi, por muitos anos, advogada do grupo. III. A terceira opção seria a aquisição do Makro. A rede holandesa vive a eterna síndrome da Dow Chemical. Volta e meia, é alvo de especulações de que está deixando o país. A empresa passa por um momento conturbado. A pressão da SHV por melhores resultados no Brasil resultou na saída de Rubens Batista Junior, substituído no comando da rede varejista pelo venezuelano Roger Laughlin. Outro fator que empurra o Makro na direção do Wal-Mart é a semelhança entre suas operações. O ponto de partida do grupo norte-americano no país foi o modelo de atacarejo, com a bandeira Sam?s Club. IV. Por fim, diante da impossibilidade de execução de projetos de maior arrojo, restaria ao Wal-Mart partir na direção de empresas menos votadas. Um dos alvos seria a maior das menores varejistas do país: a G. Barbosa. Quarta colocada no ranking do setor, a rede sergipana fatura cerca de R$ 2,8 bilhões e tem 50 lojas, todas no Nordeste. Sem massa crítica no Brasil, seu controlador, o grupo chileno Cencosud, surge como uma presa em potencial a investidas do andar de cima do varejo.

Acervo RR

Reprovadas

26/01/2010
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O Pão de Açúcar criou um rating de zero a seis para avaliar a performance das lojas da Casas Bahia. Cerca de 40 repetiram de ano: teriam ficado com uma nota entre zero e dois pontos, abaixo da média traçada pelo grupo. No que depender de Abílio Diniz, algumas delas serão fechadas. Falta combinar com os sócios, a família Klein.

Acervo RR

B2W blinda sua hegemonia no varejo eletrônico

19/01/2010
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A B2W, gigante do varejo eletrônico controlado por Jorge Paulo Lemann e Cia., afia as garras. A ordem na empresa é adotar uma política comercial ainda mais agressiva em 2010. Um dos principais projetos envolve a parceria com grandes portais independentes que já atuam na venda de produtos e serviços. Entre os alvos estão o UOL e o Terra, apenas para citar dois dos nomes mais badalados. Ambos têm um braço próprio no comércio eletrônico. A B2W identifica uma grande oportunidade de expansão neste segmento. A ideia é assumir as operações de varejo de sites de grande e médio porte, usando sua expertise neste mercado. Paralelamente, a B2W pretende ampliar seu balcão. Dona de dois dos maiores sites de comércio eletrônico (Americanas.com e Submarino) e da principal emissora de televendas do país (Shoptime), a companhia estuda utilizar novos canais de distribuição, sobretudo o rádio. Com as novas medidas, a B2W espera blindar sua supremacia no setor. A nova estratégia comercial está diretamente vinculada aos recentes movimentos no varejo. A associação entre Pão de Açúcar, Casas Bahia e Ponto Frio teve forte impacto no comércio eletrônico. A Nova PontoCom, marca criada para reunir os sites de vendas das três redes, nasceu com 23% de market share no varejo online. Pela primeira vez, surge uma ameaça real a  hegemonia da B2W, dona de 45% deste mercado. Ressalte-se ainda que a empresa não teve um 2009 dos mais animadores. Entre janeiro e setembro, seu lucro caiu 41% em relação ao mesmo período em 2008.

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