Cencosud mira a porta de saída do Brasil

  • 10/09/2015
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A baixa contábil de US$ 167 milhões anunciada na semana passada foi a penúltima gota d’água no copo da Cencosud no Brasil. O presidente do grupo no país, Cristián Gutierrez Maurer, terá não mais do que seis meses para colocar o negócio nos trilhos e provar que a opera- ção da rede varejista é viável. Este é o prazo que separa a Cencosud da porta de saída do mercado brasileiro. A permanência dependerá do êxito das medidas que serão colocadas em prática nesse período. Segundo o RR apurou, o grupo deverá fechar entre 30 e 40 lojas – algo em torno de 15% dos pontos de venda no Brasil. As três maiores bandeiras – G. Barbosa, Bretas e Prezunic – seriam as mais atingidas. No Chile, há uma crescente pressão por parte de fundos minoritários da Cencosud para que o grupo se desfaça dos ativos no Brasil. Nos últimos seis anos, a companhia gastou US$ 5 bilhões na aquisição de redes varejistas na América do Sul. Entre todos os países, a subsidiária brasileira seria a única a operar sistematicamente no vermelho. Os resultados estão quase sempre aquém da performance do setor. No segundo trimestre, o varejo de alimentos recuou 2%, ao passo que a receita da Cencosud caiu 5,3%. No topo do ranking, nada mudaria com a eventual saída da Cencosud: os R$ 10 bilhões de receita da rede chilena não seriam o bastante para o Carrefour sequer encostar no Casino /Pão de Açúcar. Mas seriam o suficiente, por exemplo, para o Walmart ultrapassar o próprio Carrefour e assumir a vice-liderança do setor

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