Acervo RR

Pão de Açúcar estaciona no caixa do Prezunic

  • 9/03/2010
    • Share

Após fisgar dois cetáceos do varejo ? Ponto Frio e Casas Bahia ?, Abílio Diniz pretende retomar a pescaria de peixes mais miúdos. O objetivo é reforçar a operação supermercadista do grupo, que acabou relegada a segundo plano com os investimentos no setor de eletroeletrônicos. O projeto passa pela compra de redes de médio porte em regiões vistas como calcanhar de aquiles no mapa do Pão de Açúcar. Uma das prioridades é o Rio de Janeiro, onde Abílio enfrenta a relativamente baixa rentabilidade da Sendas. O primeiro nome na lista é o Prezunic, controlado pela família Cunha. A empresa estaria avaliada em aproximadamente R$ 600 milhões. O Prezunic é a sétima maior rede de supermercados do país. Com 30 lojas, encerrou 2008 com faturamento em torno de R$ 1,5 bilhão ? os números de 2009 ainda não foram fechados. A família Cunha, sobrenome tradicional no varejo do Rio de Janeiro, é campeã em fazer bons negócios no setor. Há cerca de uma década, vendeu, de uma só vez, três redes para o Carrefour ? Rainha, Dallas e Continente. Colocou cerca de US$ 400 milhões no bolso e, com parte destes recursos, abriu o Prezunic. O Grupo Pão de Açúcar tem uma presença significativa no Rio, com 101 lojas. Apenas nove delas levam a bandeira Pão de Açúcar. A maior parte da operação está pendurada na marca Sendas. São 71 lojas em todo o estado, que estão longe de encher os olhos exigentes de Abílio Diniz. Ao investir sobre o Prezunic, o Pão de Açúcar busca não apenas aumentar o número de lojas, mas, sobretudo, alavancar sua performance no Rio de Janeiro. Em termos de receita por loja, a rede da família Cunha dá um banho na bandeira Sendas. Em 2008, teve faturamento médio de R$ 50 milhões por supermercado. Não obstante o sucessivo aumento das vendas nos últimos anos, cada loja da Sendas faturou algo em torno de R$ 20 milhões em 2008. Não por acaso, a família Cunha vem sendo assediada pelos grandes do varejo. No ano passado, teria sido sondada pelo Wal-Mart.

Leia Também

Todos os direitos reservados 1966-2024.