Levaram o sorriso da InterOdonto

  • 29/12/2014
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É impossível arrancar um sorriso de José Antonio Molinari, presidente da InterOdonto. A gestora de planos dentários está levando uma mordida atrás da outra. Recentemente, a Amil Dental lhe cravou os caninos, ao tomar o segundo lugar no ranking do setor pelo número de vidas. Agora, a ameaça atende pelo nome de Sul América, cuja carteira tem crescido em média 20% ao ano – o dobro do resultado da InterOdonto. Os dados que chegam a  mesa de Molinari e dos demais executivos da companhia são preocupantes: nessa toada, a queda para o quarto lugar do ranking virá em 2015. Nos últimos três anos. o faturamento da InterOdonto estacionou na casa dos R$ 140 milhões. No mesmo período, a receita do setor cresceu, em média, 10% ao ano. A empresa tem demonstrado outros sinais de fragilidade. No ano passado, perdeu a carteira de funcionários do Pão de Açúcar para a própria Amil, com aproximadamente 130 mil vidas. A justificativa de que a rentabilidade do contrato era baixa e os valores de renovação não seriam competitivos ressoaram pelo mercado como choro de perdedor. Se, diante dessas circunstâncias, José Molinari não tem motivos para sorrir, o que dizer, então, dos norte-americanos do Bain Capital, que, no início deste ano, pagou mais de R$ 2 bilhões pelo controle do Grupo Intermédica, controlador da InterOdonto. O desempenho da gestora de planos odontológicos tem alimentado especulações no mercado. Há dúvidas até mesmo em relação ao interesse dos norte-americanos em permanecer no negócio.

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