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Grupo Martins deixa porta entreaberta para um novo sócio

  • 24/09/2010
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A venda de uma parte do capital do Tribanco para o IFC, leia-se Banco Mundial, vai além das fronteiras da instituição. Os holofotes se voltam agora na direção do próprio Grupo Martins, controlador do banco. A operação seria um ensaio para a entrada de um novo sócio na companhia, uma das maiores e mais cobiçadas redes atacadistas do país, com faturamento superior a R$ 4 bilhões por ano. Segundo uma fonte próxima ao controlador do grupo, Alair Martins, o empresário estaria disposto a vender uma participação minoritária para um fundo de private equity. Seria uma forma de permanecer a  frente do negócio e se proteger do assédio de grandes concorrentes, a começar pelo Wal-Mart. De acordo com a mesma fonte, a GP e o norte-americano Advent já teriam sondado o Grupo Martins. Alair Martins, 76 anos, sempre resistiu a  ideia de um intruso no capital do grupo, que fundou e dirige com mão de ferro há quase 57 anos. No entanto, o setor atacadista não é mais uma sesmaria de poucos. Pão de Açúcar, Wal-Mart e Carrefour, que sempre correram em outra raia, entraram de vez neste mercado, tornando a concorrência ainda mais acirrada. A capitalização permitiria ao Grupo Martins ampliar sua operação e, ao mesmo tempo, redobrar a aposta no que hoje é a menina dos olhos de Alair Martins: a rede Smart, que representa sua incursão no segmento varejista. Trata-se de uma espécie de cooperativa supermercadista, que reúne mais de mil lojas em quase 700 cidades do país. A rigor, cada empresa mantém sua estrutura acionária original. A gestão, no entanto, está nas mãos do Martins. Não é de hoje que o grupo estuda um modelo para a consolidação destas redes de pequeno e médio porte em uma única holding.

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