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Pão de Açúcar e Walmart levam carrinho na direção da DMA

  • 4/05/2011
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Há um acirrado leilão em curso no varejo mineiro. Pão de Açúcar e Walmart disputam lance a lance a compra da DMA Distribuidora, dona dos supermercados Epa. Trata-se da segunda maior rede varejista do estado, superada apenas pelo Bretas, vendido no ano passado para a chilena Cencosud. Os valores sobre a mesa giram em torno de R$ 1,2 bilhão. O valor corresponde a cerca de 60% do faturamento obtido pela DMA no ano passado, de aproximadamente R$ 2 bilhões. Esta cifra mostra a sede com que Abílio Diniz e os herdeiros de Sam Walton estão indo ao pote. Trata- se de um múltiplo semelhante ao que a Cencosud pagou pela aquisição do Bretas em outubro do ano passado ? R$ 1,35 bilhão, equivalente a 64% da receita da empresa. É pouco comum que as ofertas por ativos no varejo ultrapassem o equivalente a  metade do faturamento total. Porém, tanto Pão de Açúcar quanto Walmart estão dispostos a fazer um esforço extra para superar o rival e arrematar a rede mineira. A DMA vale quanto pesa. Comprar o grupo significa arrematar não apenas uma, mas três bandeiras de uma só vez. Além do Epa, com 77 lojas em Minas Gerais e Espírito Santo, a DMA controla ainda o Martplus, com oito pontos de venda, e a Viabrasil, hipermercado que opera no modelo compacto com três unidades na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Pão de Açúcar e Walmart ampliariam consideravelmente sua atuação no terceiro mais importante mercado do país. Hoje, as duas empresas têm operações esquálidas em Minas Gerais na área supermercadista. O Grupo Pão de Açúcar soma apenas cinco lojas com a bandeira Extra. Já o Walmart tem só dois pontos de venda no estado. A venda do Bretas transformou a DMA Distribuidora na queridinha do varejo mineiro. Controlada pela família Nogueira e por um grupo de investidores reunidos sob a WRV Empreendimentos, a companhia tornou-se a única grande rede de super e hipermercados capaz de fazer diferença no varejo de Minas Gerais. Além do Pão de Açúcar e do Walmart, o Carrefour chegou a sondar a compra da companhia no passado recente. Mas ficou pelo caminho por conta dos graves problemas contábeis que tem enfrentado no Brasil.

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