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Walmart e Makro duelam pelo Atacadista Roldão

  • 31/05/2010
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Os irmãos Eduardo e Ricardo Roldão estão cercados. De um lado, o Walmart; do outro, o Makro. Norte-americanos e holandeses protagonizam um duelo pela compra da Roldão, uma das maiores redes atacadistas do país. Com 12 lojas em São Paulo, a empresa deverá faturar neste ano quase R$ 1 bilhão. O Walmart e o Makro vêm assediando a família Roldão desde o fim do ano passado. Estão dispostas a gastar munição de grosso calibre para derrubar a resistência dos irmãos Eduardo e Ricardo a  venda da empresa. O dote pode chegar perto dos R$ 400 milhões, o que significaria um índice sobre o faturamento superior, por exemplo, ao que o Pão de Açúcar pagou pela atacadista Assai (em torno de 35% das vendas). Walmart e Makro têm motivações distintas para avançar na direção da Roldão. Os norte-americanos se ressentem de uma investida mais contundente no segmento atacadista, sobretudo para os públicos B e C, que não são atingidos pelas lojas Sam?s Club. Depois da aquisição da bandeira Maxxi, herdada com a compra dos ativos do Sonae, em 2005, o grupo não fez outro grande movimento, concentrando-se nos investimentos em greenfield. Nesse período, além da compra do Assai pelo Pão de Açúcar, o Carrefour fisgou o Atacadão. O Makro, por sua vez, vai, pouco a pouco, saindo para escanteio no país. Entre os holandeses há o consenso de que ou a empresa tira um coelho da cartola e faz uma aquisição expressiva ou perderá de vez o contato com as grandes redes, que aumentaram seus investimentos no chamado “atacarejo”. Nesta primeira hipótese, a Roldão é vista como um alvo feito sob medida. Assim como o Makro, é um atacadista puro-sangue.

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