Você buscou por: Eduardo Cunha

Política

Dirceu costura as pontas da sucessão na Câmara

27/03/2024
  • Share

O ex-ministro José Dirceu entrou de cabeça nas articulações para a sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara. Dirceu tem mantido interlocução frequente com Marcos Pereira, presidente do Republicanos, e Elmar Nascimento, do União Brasil – ambos tidos como fortes candidatos ao cargo. Nas conversas, o que mais chama a atenção são os acenos de Nascimento ao Palácio do Planalto – no governo, há resistência ao seu nome pela proximidade com Lira. Dirceu sabe muito bem identificar o ninho onde repousa o ovo da serpente. Entende que qualquer acordo com o “inimigo” é melhor do que gestar um novo Eduardo Cunha.

#José Dirceu

Política

“Pacto” entre Lula e Lira tem bônus cruzados e alto retorno para o presidente

1/08/2023
  • Share

O acerto de Lula com Arthur Lira, seja lá o nome que se queira chamar, custa caro para o governo, mas vai render bons frutos para o presidente. Lula diz que não quer conversa com o Centrão, mas com todos os partidos. Na verdade, o papo firme é com Lira, que é quem fala com as siglas. A palavra Centrão já entrou no vernáculo com um significado próximo a “holding de partidos, cujos objetivos, é retirar o máximo de recursos em verbas e cargos”. Lula vai retribuir serviços prestados pela “holding” em número bem superior ao de Jair Bolsonaro, mas o acordo é que os projetos de lei e reformas emanem, prioritariamente, do Congresso e não sejam enviados como de autoria do governo. O orçamento e o arcabouço balizarão montantes. Eles dão os limites. O resto segue as regras conhecidas do troca-troca da política.  

O presidente da Câmara, que já tinha dito, espontaneamente, sobre a probabilidade de aprovação de uma reforma administrativa em dois meses – o projeto já está na CCJ, mas provém da gestão Bolsonaro – vai usar, brevemente, a lógica reversa. Dizer que a reforma administrativa é um projeto da Câmara, segundo Lira, adaptado pelo atual governo e que já contaria com o apoio de Lula. A reforma tributária do consumo será aprovada em oito meses, dependendo é claro da celeridade do Senado. 

Vale o registro de que a reforma tributária é tentada há 30 anos sem êxito.  Mas, a conversa com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é mais fácil; o custo da casa, mais barato, a identificação do interesse dos estados, muito mais veloz; e há bem menos dispersão. Lira já adiantou que a reforma tributária da renda será bem recebida e com tramitação rápida, e os projetos do PAC tratados com entusiasmo pelo “Centrão”. 

Lula deixou claro que as PPPs serão bônus valiosos para que o entendimento entre as partes perdure o mais longe possível. Se vingar o que a dobradinha Lula e Lira almejam, o presidente poderá dizer que nunca na história nenhum outro mandatário aprovou tantas reformas estruturais em tão pouco tempo. E com razoável probabilidade de emplacar ainda uma reforma federativa.  Lembrando que existe no meio do caminho uma pedra chamada PT. E o risco, ainda que hoje pequeno, de Lira se transmutar em Eduardo Cunha. Mas, aparentemente, Lula dá conta desses fatores.

#Arthur Lira #Lula

Política

Um olho nos yanomami e outro na própria eleição

30/01/2023
  • Share

Nos últimos dias, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) tem feito intensas articulações junto a parlamentares do centrão em busca de apoio à representação criminal contra a ex-ministra Damares Alves, em razão da dramática situação dos povos indígenas yanomami, em Roraima. Na prática, a peregrinação da deputada gaúcha se mistura à sua campanha eleitoral por uma vaga na mesa diretora da Câmara. O PT quer lançar Maria do Rosário como candidata à vice-presidente da Casa na chapa de Arthur Lira. Ressalte-se que o desejo do partido nem sempre é o desejo de Lula, que opera com uma lógica própria. O presidente, à la Martinho da Vila, quer ir devagar, devagarinho em relação à sucessão da Câmara, sem criar qualquer aresta com Arthur Lira. O case Eduardo Cunha está vivo na sua memória. 

#Maria do Rosário #PT

PT e Cunha têm um encontro marcado?

21/07/2022
  • Share

A presidente do PT, Gleisi Hoffman – um dos quadros mais autênticos do partido – iniciou uma conversa arriscada e fora do script com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Gleisi parece imbuída do pragmatismo do seu candidato à Presidência. Lula, diga-se de passagem, já criou seu bordão para composição das alianças: “O fato de termos discordado no passado não quer dizer que não podemos estar juntos no presente”. Cunha traz um punhado de votos e uma rara competência para quebrar a espinha dorsal do grupo do MDB que apoia diretamente a candidata Simone Tebet. O retorno de Cunha é a “volta dos que não foram”.

Carteira de créditos

30/06/2022
  • Share

Eduardo Cunha está trabalhando no Congresso pela indicação da deputada Soraya Santos (PL- RJ) ao TCU. E o que não falta é parlamentar “devedor” ao ex-presidente da Câmara.

#Eduardo Cunha #Soraya Santos #TCU

Em nome dos pais

16/03/2022
  • Share

Clarissa Garotinho e Danielle Dytz estão conseguindo o que até outro dia parecia impossível: costurar uma aliança entre seus respectivos pais, Anthony Garotinho e Eduardo Cunha. Ambos devem subir juntos no palanque de Jair Bolsonaro no Rio.

#Anthony Garotinho #Clarissa Garotinho #Danielle Dytz #Eduardo Cunha #Jair Bolsonaro

As “absolvições” de Eduardo Cunha

10/02/2022
  • Share

Além da movimentação para retomar seus direitos políticos e disputar as eleições deste ano, Eduardo Cunha dedica-se a outra missão: recuperar sua aposentadoria como ex-deputado estadual no Rio. O benefício foi cassado pelo TJ-RJ sob a acusação de enriquecimento ilícito. Não é exatamente pelos R$ 20 mil, média do benefício pago a ex-parlamentares. Em seus cálculos políticos, Cunha considera uma eventual vitória jurídica no caso um fato forte em sua campanha para voltar à Câmara.

#Eduardo Cunha #TJ-RJ

Causa própria

1/02/2022
  • Share

O prefeito de Caixas, Washington Reis, é a liderança do MDB mais empenhada em convencer Eduardo Cunha a permanecer no partido, em vez de se filiar ao União Brasil. Reis está convicto de que a saída de Cunha levará a outras defecções, inclusive de prefeitos, minando suas chances de concorrer ao Senado neste ano. O prefeito de Caixas, Washington Reis, é a liderança do MDB mais empenhada em convencer Eduardo Cunha a permanecer no partido, em vez de se filiar ao União Brasil. Reis está convicto de que a saída de Cunha levará a outras defecções, inclusive de prefeitos, minando suas chances de concorrer ao Senado neste ano.

#Eduardo Cunha #MDB #Washington Reis

Cabo de guerra

28/01/2022
  • Share

O nome do ex-deputado Carlos Marun está sendo cogitado no Palácio do Planalto para um cargo na Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste). Ex-conselheiro de Itaipu, Marun é ligadíssimo a Michel Temer e Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Michel Temer #Palácio do Planalto

O coronel e o ex-presidiário

22/12/2021
  • Share

Eduardo Cunha tem feito aproximações sucessivas do ministro Tarcísio Freitas. Em jogo uma coalizão bolsonarista em São Paulo. Se Freitas vai disputar o governo, Cunha já anunciou que concorrerá a uma vaga na Câmara pelo estado. E que apoiará Bolsonaro e seus candidatos contra “a volta do PT”.

#Eduardo Cunha #PT #Tarcísio Freitas

Tudo como dantes

9/11/2021
  • Share

Eduardo Cunha e Michel Temer voltaram a se falar com regularidade. A relação andou um tanto quanto estremecida depois de Cunha ter revelado em seu livro que Temer já tramava o impeachment de Dilma Rousseff três meses antes da abertura do processo na Câmara.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Ele voltou com tudo

29/10/2021
  • Share

Eduardo Cunha tem mantido assídua interlocução com o clã Bolsonaro. Cunha é visto pela família, desde já, como um potencial candidato à presidência da Câmara em 2023.

#Eduardo Cunha

“Frente ampla”

8/10/2021
  • Share

Uma ampla e sortida coalizão está se formando em torno do sobrenome Picciani, célebre na política do Rio. O governador Claudio Castro, o prefeito Eduardo Paes e Eduardo Cunha estão juntos no apoio à candidatura de Leonardo Picciani à Câmara em 2022.

#Claudio Castro #Eduardo Paes #Leonardo Picciani

Bancada Cunha

17/09/2021
  • Share

Eduardo Cunha está retomando o que sempre foi seu: o MDB do Rio. Já trabalha a candidatura de aliados à Câmara. Intramuros, garante que elege de quatro a seis deputados só no Rio de Janeiro.

#Eduardo Cunha

Missão impossível até para Cunha

13/08/2021
  • Share

Eduardo Cunha trabalhou nos bastidores da Câmara, junto a antigos colegas que lhe devem favores pelo resto da vida, em busca de apoio à aprovação do voto impresso. Fato raro: perdeu uma votação na Casa.

#Eduardo Cunha

Avalanche Cunha

22/06/2021
  • Share

Eduardo Cunha está arrastando o MDB do Rio – ao menos a parte que sobreviveu à Lava Jato – para a base aliada do governador Claudio Castro. É o mesmo que dizer que está empurrando o partido para o colo de Jair Bolsonaro.

#Eduardo Cunha #MDB

Abalos sísmicos

28/05/2021
  • Share

As placas tectônicas da política do Rio estão se movimentando com velocidade. Depois do governador Claudio Castro e do prefeito Eduardo Paes mudarem de partido, o presidente da Assembleia Legislativa, Andre Ceciliano, também poderá trocar de sigla. Ceciliano vem sendo sondado pelo MDB, de Eduardo Cunha.

#André Ceciliano

Detalhes de nós dois

6/05/2021
  • Share

Eduardo Cunha já começou a escrever celeremente o segundo tomo de suas memórias. Parece que agora Cunha vai realmente dar nome aos bois. A promessa é de que o cartapácio seja ainda maior do que o primeiro (808 páginas).

#Eduardo Cunha

O jogo virou?

22/03/2021
  • Share

A “Rádio Lava Jato” informa: a defesa de Eduardo Cunha deverá solicitar ao STF acesso ao conteúdo de todas as mensagens entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol obtidas pela Operação Spoofing. É mais caldo para o pedido de suspeição de Moro.

#Deltan Dallagnol #Eduardo Cunha #Sérgio Moro

“Mr. Emenda”

22/03/2021
  • Share

Onyx Lorenzoni, que voltou ao Palácio do Planalto como secretário geral da Presidência, ganhou a alcunha de “Mr. Emendas” no Congresso. Lorenzoni vem atuando com desenvoltura na negociação de recursos orçamentários para parlamentares. Já, já cria algum embaraço com o general Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do governo.

#Onyx Lorenzoni

Não se vê, mas se sente

4/03/2021
  • Share

Eduardo Cunha está “presente” na Câmara. Sua filha, Danielle Cunha, tem mantido interlocução assídua com o presidente da Casa, Artur Lira.

#Eduardo Cunha

Não se vê, mas se sente

4/03/2021
  • Share

Eduardo Cunha está “presente” na Câmara. Sua filha, Danielle Cunha, tem mantido interlocução assídua com o presidente da Casa, Artur Lira.

#Eduardo Cunha

Ele voltou

28/01/2021
  • Share

Nos últimos dias, Eduardo Cunha, que cumpre prisão domiciliar, tem mantido contato com antigos aliados da Câmara pedindo votos para Arthur Lira.

#Arthur Lira

Ao alcance dos olhos

25/08/2020
  • Share

Condenados na Lava Jato em prisão domiciliar, a exemplo de Eduardo Cunha, têm solicitado à Justiça a suspensão do uso de tornozeleira. Os advogados alegam que, com o isolamento social, o monitoramento eletrônico tornou-se desnecessário. Não colou. O TRF4 tem negado os pedidos.

#Eduardo Cunha #Lava Jato

Avanço para o passado

14/07/2020
  • Share

A recondução de Luiz Roberto Curi para a presidência do CNE (Conselho Nacional de Educação) é mais uma prova de que a promessa de Jair Bolsonaro de romper com a “velha política” ficou lá na campanha. Curi se notabiliza pelo bom trânsito entre antigos próceres do Congresso. Sua mulher, a advogada Emília Ribeiro, já foi chefe de gabinete de José Sarney e de Renan Calheiros no Senado. Também foi secretaria executiva do Ministério da Ciência e Tecnologia na gestão de Celso Pansera, indicado para o cargo por Eduardo Cunha.

#Conselho Nacional de Educação #Jair Bolsonaro #José Sarney #Renan Calheiros

Regime domiciliar

29/05/2020
  • Share

O estado de saúde do ex-deputado Eduardo Cunha é delicado. É grande a possibilidade de que ele permaneça preso em regime domiciliar mesmo após o fim da pandemia.

#Eduardo Cunha

Janela de oportunidade

6/04/2020
  • Share

A defesa de Eduardo Cunha vai entrar com um recurso no STF pedindo a passagem definitiva do ex-deputado para o regime de prisão domiciliar. Por decisão da juíza Gabriela Hardt, sucessora de Sergio Moro na 13a Vara Federal de Curitiba, Cunha está provisoriamente em casa após ter testado positivo para o novo coronavírus. Seus advogados, no entanto, alegam que o ex-parlamentar sofre de graves e crônicos e problemas de saúde.

#Eduardo Cunha #Sérgio Moro #STF

Braço direito

26/03/2020
  • Share

Ex-advogado de Eduardo Cunha, Gustavo Rocha tornou-se um dos homens mais poderosos do DF. Deixou a Secretaria de Justiça para ser braço direito do governador Ibaneis Rocha.

#Eduardo Cunha

Presídio capa de revista

6/02/2020
  • Share

“Ilha de Caras”. Este é o apelido jocoso que integrantes do Ministério Público do Rio deram ao presídio Bangu 8. A menção ao arquipélago das celebridades remete aos figurões presos na unidade, notadamente Sergio Cabral e Eduardo Cunha. Refere-se também às “regalias” do local, onde as instalações estão a milhas de distância do padrão das penitenciárias brasileiras, inclusive do próprio Complexo de Bangu. Em tempo: desde segunda-feira, a ilha abriga mais um hóspede com alguma notoriedade, por coincidência ex-integrante do MP-RJ: o procurador aposentado Flavio Bonazza, acusado de receber R$ 1,3 milhão em propina.

#Eduardo Cunha #Ministério Público #Sérgio Cabral

2019 foi um ano de acertos dobrados no RR

30/12/2019
  • Share

4 de janeiro. O ano de 2019 e a era Bolsonaro nem bem tinham raiado quando o RR cravou não apenas a decisão do novo governo de privatizar a Eletrobras, mas também os movimentos de Jorge Lemann para comprar a empresa, por meio do 3G Radar. Poucas semanas depois, as duas informações estavam em toda a mídia. Foi o primeiro dos incontáveis furos aos quais o assinante do Relatório Reservado teve acesso, com exclusividade, ao longo deste ano – boa parte deles antecipando passos do Poder, notadamente do presidente Jair Bolsonaro e de sua equipe. Na edição de 8 de janeiro, a newsletter destrinchou o projeto da gestão Bolsonaro para murchar o Ibama e demais órgãos da área ambiental por dentro.

Não deu outra: o meio ambiente se tornaria um nervo exposto no primeiro ano de seu governo, como se veria mais à frente, em um dos episódios de maior repercussão de 2019. Em 21 de agosto, o RR informou, em primeira mão, que o Itamaraty tinha a informação de que governos da Europa preparavam um forte ataque à política ambiental do presidente Bolsonaro, com ênfase no desmatamento da Amazônia. A matéria do RR informava, inclusive, o Dia D e o lócus da ofensiva: 24 de setembro, data de abertura dos chamados debates de alto nível da 74ª Assembleia Geral da ONU. Dito e feito. O Brasil sofreu um bombardeio sem precedentes de grandes líderes globais por conta das queimadas na Amazônia, e o tema ditou o discurso de Bolsonaro nas Nações Unidas. Em 4 de setembro, o RR também foi o primeiro veículo a noticiar a coalizão entre a bancada ruralista e grandes tradings para evitar a moratória da soja, assunto que estouraria na imprensa duas semanas depois.

Nos primeiros dias de mandato do Capitão, precisamente em 9 de janeiro, o RR trouxe em primeira mão a determinação do Planalto de abrir a “caixa-preta” da Previdência, com uma devassa nos bancos de dados da Dataprev e nos pagamentos de benefício do INSS, que seria formalmente anunciada semanas depois. Em 17 de janeiro, a publicação revelou os planos de Bolsonaro de espalhar escolas cívico-militares pelo país – projeto que só seria formalmente divulgado em setembro, com o anúncio da construção de 216 colégios até o fim do atual mandato. Ainda em janeiro, no dia 21, o RR informou sobre a disposição de Paulo Guedes em rasgar a camisa de força do Orçamento, com a desvinculação das receitas. O ministro abriu essa guerra, ainda que, até o momento, sem vitória. Por dever de ofício, auscultar os gabinetes de Paulo Guedes e da equipe econômica foi um exercício quase diário do RR, o que permitiu antecipar decisões ou projetos ainda que no seu nascedouro.

Em 15 de fevereiro, o RR foi o primeiro veículo a colocar sobre a mesa que o Ministério da Economia cogitava um shutdown, ou seja, a suspensão geral dos pagamentos dos gastos públicos. O risco estava diretamente vinculado à não aprovação da reforma da Previdência e chegou a ser tratado em conversas entre Guedes e o presidente Jair Bolsonaro, conforme revelou a newsletter. O tema somente começou a aparecer na mídia em maio. Em novembro, o próprio ministro viria a falar na possibilidade de um “shutdown à brasileira”, com a adoção de medidas combinadas para “estancar a sangria de despesas até que o equilíbrio fiscal seja restabelecido”, como suspensão de reajustes para o funcionalismo, reestruturação de carreiras no serviço público etc etc.

Em 13 de junho, o RR noticiou a intenção de Paulo Guedes de soltar recursos pingados para adoçar a boca dos brasileiros e injetar uns trocados na economia – no que a newsletter chamou de uma estratégia “rouba montinho”, ou seja, tira um pouquinho de moedas daqui e empurra para ali. Pouco tempo depois, as migalhas começaram a cair sobre a mesa, com a liberação de dinheiro do FGTS, um pequeno puxadinho no orçamento do Minha Casa, Minha Vida e até um cata-cata de grana para honrar o pagamento de bolsas do CNPq. O drama fiscal foi acompanhado no detalhe do detalhe pelos assinantes do RR, a partir de informações exclusivas e análises argutas. O RR seguiu cada pegada do Copom, especialmente a sua intenção de acelerar a redução da Selic, tendo como meta juros reais de 1% neste ano, conforme a newsletter informou em 17 de setembro. Por falar em juros, o Relatório Reservado foi o primeiro veículo a chamar a atenção para a dissintonia entre os dois grandes bancos estatais diante da forte queda da Selic.

No dia 7 de outubro, a publicação abordou a posição do Banco do Brasil, de Rubem Novaes, nome historicamente vinculado a Paulo Guedes, de não reduzir suas taxas de juros, diferentemente da Caixa Econômica. Poucos dias depois, o restante da mídia abriu os olhos para o assunto e o próprio BB acabaria por anunciar um corte em suas taxas. Ainda percorrendo os bastidores das grandes decisões da economia, o assinante do RR soube antes, no dia 19 de agosto, que o governo estava prestes a lançar um programa de privatizações como o “país nunca viu”. Dois depois, a notícia se confirmava – ainda que sem fazer jus à expressão hiperbólica cunhada dentro do próprio Ministério da Economia. Em 21 de agosto, o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, divulgava oficialmente o plano de venda de nove estatais – à exceção dos Correios, e olhe lá, nenhuma de fechar o comércio. Por ora, o explosivo programa de privatizações anunciado por Bolsonaro e Guedes não passa de um estalinho.

Ainda na seara das concessões públicas, nos estertores de 2019, mais precisamente em 4 de dezembro, o RR noticiou um mutirão interministerial do governo para aprovar o marco regulatório do saneamento – condição sine qua nom para destravar a venda de estatais do setor. Cinco dias depois o próprio ministro Paulo Guedes confirmava que o governo havia intensificado a articulação política para acelerar a aprovação da lei no Congresso. Seguindo na agenda econômica, o RR foi o primeiro a puxar uma questão que somente dias depois seria fisgada pela mídia de um modo geral. Na edição de 8 de novembro, após consultar importantes juristas, a newsletter trouxe a informação de que o Conselho Fiscal da República – o ornitorrinco criado por Paulo Guedes juntando partes do Executivo, Legislativo e Judiciário – é inconstitucional. Do fiscal para o câmbio, em 22 de novembro o RR trouxe à tona a crescente preocupação do Banco Central com a escalada do dólar.

Quatro dias depois, a autoridade monetária entrou no mercado vendendo a moeda americana para segurar as cotações, expediente que ainda se repetiria mais algumas vezes. Em 20 de fevereiro, o RR esmiuçou o grande projeto do “governo digital” que começava a ser engendrado no Ministério da Economia, mais precisamente na área comandada pelo Secretário Paulo Uebel, com o objetivo de arrumar a máquina pública tanto para dentro quanto para fora, leia-se o atendimento à população. Somente mais para o fim do ano, o tema cairia no radar da mídia, com direito a capa de revista semanal. Ainda no âmbito da economia, em 11 de fevereiro, a newsletter informou sobre o convite do então presidente do BNDES, Joaquim Levy, a Gustavo Franco para assumir a presidência do Conselho de Administração, formalizado apenas no fim daquele mês.

Da mesma forma, em 19 de junho, o RR antecipou que o economista deixaria de ser o chairman da agência de fomento antes mesmo de assumir o cargo. Àquela altura, oficialmente Gustavo Franco e o próprio BNDES negavam o meia volta, volver, garantindo que o processo de indicação transcorria normalmente e a demora na posse se devia à burocracia do rito. Pois bem… Somente no fim de julho, mais de um mês após a notícia do RR, o economista e o banco admitiram o desenlace antes mesmo do casório. Em 16 de dezembro, o RR colocou foco sobre o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, antecipando os preparativos para a sua saída do governo.

Uma semana depois, Paulo Guedes e toda a equipe econômica fizeram um desagravo público a Mansueto. Chamou a atenção do empenho do ministro em garantir a permanência do economista no cargo por “pelo menos mais um ano”. Mais sintomático, impossível. Guedes desmentiu e o RR reafirmou e reafirma o que disse: Mansueto vai deixar o governo em breve. Ao longo de 2019, o RR manteve a tradição de acompanhar amiúde a área de Defesa, que, não bastasse sua importância per si, ganhou um  destaque ainda maior no noticiário devido ao notório imbricamento entre o estamento militar e o governo Bolsonaro.

Em 25 de fevereiro e 13 de março, período marcado pelo agravamento da crise institucional na Venezuela e por forte tensão na fronteira, a newsletter revelou a preocupação das Forças Armadas com a fragilidade do sistema brasileiro de defesa, resultado da contínua asfixia orçamentária comum a todos os últimos governos brasileiros. Em 5 de abril, o RR abordou a tensão entre militares, ainda que da reserva, e o Judiciário. A publicação destacou o editorial da Revista do Clube Militar, por meio do qual o presidente da instituição, General de Divisão Eduardo José Barbosa, fez duras críticas ao STF. Na ocasião, o oficial da reserva classificou como uma “evidente ofensiva contra a Lava Jato” a decisão do Supremo de que processos de “caixa 2” migrem para a Justiça Eleitoral. Nos dias a seguir, o assunto ganharia evidência na mídia.

O RR também foi um intérprete das tensões institucionais que cercam o governo Bolsonaro. Em 2 de maio, em matéria intitulada “FHC é o maior conspirador da República”, a newsletter desvendou as movimentações do ex-presidente junto aos principais grupos de poder do país em um período de efervescência por conta dos seguidos episódios de quebra de decoro protagonizados por Jair Bolsonaro. Menos de duas semanas depois, FHC não se fez de rogado e verbalizou publicamente a palavra que tanto vinha sussurrando na penumbra: “O impeachment às vezes é inevitável”. Entre as várias “guerras” abertas por Bolsonaro em seu primeiro ano de mandato, está o embate com a própria mídia. Em 9 de agosto, o RR trouxe a informação de que o presidente da República determinaria o corte de assinaturas de grandes jornais e revistas nos órgãos federais. Bingo! Em 31 de outubro, o governo anunciava o cancelamento da assinatura da Folha de S. Paulo.

O ministro Sergio Moro e, por extensão, o Judiciário estiveram no centro de outros importantes furos do RR ao longo de 2019. Em 1 de abril, a newsletter divulgou a movimentação de Moro para aumentar o orçamento da sua Pasta e aumentar o efetivo da Polícia Federal. Um mês depois, Paulo Guedes soltou a grana, e o ministro da Justiça anunciou a convocação de 1.200 aprovados em concurso para a PF realizado no ano passado. Em 11 de junho, o RR antecipou uma grande ação da Justiça, notadamente da Polícia Federal, para combater a atuação do crime organizado, sobretudo do PCC, no contrabando de ouro. Sete dias depois, a PF deflagrava a Operação Ouro Perdido, desbaratando uma quadrilha que havia movimentado cerca de R$ 145 milhões. No agitado ano de Sergio Moro, talvez nenhuma outra agenda supere o vazamento dos seus diálogos com os procuradores da Lava Jato, iniciado pelo The Intercept Brasil. O assinante do RR soube, com exclusividade, das movimentações de Moro nos bastidores para administrar o escândalo.

Em 29 de julho, por exemplo, a publicação antecipou que o ministro, em uma ardilosa estratégia, ligou para uma relação de 26 autoridades dos Três Poderes para informar e “tranquilizá-los” sobre o hackeamento de seus celulares e computadores. Por falar em Lava Jato, ao longo de 2019, por diversas vezes o RR chamou a atenção para o desmonte do setor de construção pesada com a insistência do aparelho de Justiça em punir as empresas e não apenas seus controladores. Em 10 de outubro, na esteira da criação do Instituto Brasileiro de Autorregulação do Setor de Infraestrutura, o RR enfatizou que a redenção das empreiteiras e a salvaguarda de seus milhares de empregos – os que ainda restaram – deveriam ser tratadas como assunto de Estado. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Em 26 de dezembro, a imprensa divulgou um relatório da CGU levantando o risco de calote em acordos de inadimplência devido à falta de retomada da atividade no setor de construção pesada. Eureka!

No âmbito do Judiciário, o RR revelou a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de criar varas especializadas para o julgamento de integrantes do crime organizado, informação que somente seria divulgada pelos grandes jornais em 1 de julho. Em 23 de agosto, a newsletter antecipou a união entre os Ministérios Públicos do Brasil e do Paraguai para investigar o doleiro Dario Messer e sua abastada clientela nos dois países. Em 11 de outubro, o RR divulgou que os dois MPs tinham à mão uma lista de 36 clientes do doleiro. Mais uma vez, no alvo: em 20 de dezembro, o Ministério Público do Brasil indiciou 18 pessoas ligadas a Messer, entre elas o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes. Os outros 18 que esperem. A sua hora vai chegar… Como não poderia deixar de ser, não obstante o peso do noticiário político institucional, a seleta rede de informantes do RR no ambiente corporativo permitiu à newsletter antecipar importantes fatos do universo empresarial em 2019.

Em 14 de fevereiro, a publicação noticiou os preparativos para a saída de Fabio Schvartsman da presidência da Vale, na esteira da tragédia de Brumadinho. No dia 2 de março, a mineradora anunciava o afastamento “temporário” de Schvartsman do cargo. Mero jogo de palavras: o executivo deixava o posto em definitivo, carregando no currículo 270 mortes. Em 29 de maio, o RR informou, com exclusividade, da parceria entre Starboard e Apollo para a compra da ViaVarejo. Dois dias depois o assunto estava estampado nos principais jornais do país. No fim, a dupla de gestoras perdeu o negócio. Michael Klein foi mais rápido no gatilho e ficou com a ViaVarejo. Em 30 de maio, o Relatório Reservado publicou, em primeira mão, a condenação da Volkswagen pelo TJ-RJ pelo escândalo da adulteração de resultados de emissão de poluentes em veículos a diesel. Outros veículos só noticiaram o veredito, no valor total de R$ 460 milhões, quatro dias depois.

Na edição de 24 de junho, o RR antecipou um movimento decisivo no processo de recuperação judicial da Saraiva: uma “rebelião” dos credores, condicionando a aprovação do plano ao afastamento da família da gestão da empresa. Mais um tiro certeiro: em 29 de agosto, a saída de Jorge Saraiva Neto do comando da companhia foi confirmada. Em 14 de agosto, o RR publicou, com exclusividade, a retomada dos planos da JBS de abrir o capital nos Estados Unidos. No apagar das luzes de 2019, o RR levantou ainda um caso inusitado: sete donos de embarcações incendiadas na Marina de Angra dos Reis (RJ) aguardam há meses pelo pagamento de seus seguros. Por ora, nem a BR Marinas, concessionária do atracadouro, nem a Tokyo Marine, responsável pela apólice coletiva do local, pagaram um centavo pelo sinistro.

Dez dias depois, o assunto estava em coluna de prestígio de uma revista semanal. Essa seleta de acertos foi apenas uma pequena amostra do número elevado de furos e análises premonitórias com que a newsletter brindou seus assinantes durante 2019. O leitor do RR não tem dúvida de que em nossas páginas pode enxergar o noticiário mais à frente. Em 2020, esperamos ter a honra de que nossos assinantes permaneçam nos prestigiando. Ainda em 2019, o Relatório Reservado adensou o volume de informações disponibilizadas ao seu assinante com o lançamento do Observatório RR – uma nota técnica diária sobre assunto específico e relevante – e o Termômetro RR, que antecipa a temperatura da agenda política e econômica do dia seguinte. Em 2020, podem esperar, teremos muito mais. Que venham novos acertos e muito mais assinantes!

#Jair Bolsonaro #Ministério da Economia #Paulo Guedes #Selic

Em nome do pai

28/11/2019
  • Share

Danielle Dytz da Cunha, filha de Eduardo Cunha, tem se reaproximado de líderes evangélicos, antigos aliados de seu pai. Começa a preparar o terreno para uma candidatura a vereadora no Rio no ano que vem. A herdeira de Cunha não teve sorte em sua primeira tentativa de manter o legado paterno: perdeu a eleição para deputada federal no ano passado.

#Eduardo Cunha

Cunha Livre?

21/11/2019
  • Share

A defesa de Eduardo Cunha prepara novo pedido de habeas corpus ao STF. A solicitação de alforria vai se basear na decisão do TRF-5, proferida no último dia 15, suspendendo uma das prisões preventivas contra Cunha.

#Eduardo Cunha

Denúncias e eleições racham os lobistas brasileiros

18/10/2019
  • Share

A disputa eleitoral cindiu a cúpula da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), entidade responsável pelo lobby do lobby no país. O presidente, Guilherme Cunha Costa, pretende fazer como sucessor Luis Henrique Bezerra Campelo, da Volkswagen. Ele é filho de Valmir Campelo, ex-senador e ex-ministro do TCU.

No entanto, uma chapa de oposição está ganhando corpo dentro da própria diretoria. Os dissidentes chegaram a lançar a candidatura da atual vice-presidente Ângela Rehem, ex-Editora Abril. No entanto, uma semana depois ela se desfiliou da Associação tamanho o grau de divergência com a direção da entidade. A batalha eleitoral é quente, com denúncias contra o atual no 1 da Abrig. Os dissidentes acusam Guilherme Costa de usar a entidade para fazer lobby, sim, mas de seus negócios.

Há denúncias na Associação de que ele chegou a registrar uma de suas empresas no endereço da Abrig. Diretor de Relações com o Governo da Paper Excellence, Costa é o lobista do controlador da companhia, o controverso empresário indonésio Jackson Widjaya. A Paper Excellence se encontra no meio de um contencioso com a família Batista, sua sócia na Eldorado Celulose. Foi Costa quem costurou a polêmica viagem de Eduardo Bolsonaro a Jacarta, em julho, quando o “03” posou ao lado de Widjaya, segurando um “cheque” de US$ 31 bilhões. O RR tentou ouvir Guilherme Cunha Costa sobre o racha na entidade e as acusações contra a sua gestão. No entanto, ele não quis se pronunciar. Apenas a Abrig se manifestou, por meio de sua assessoria. A entidade disse que “toda disputa eleitoral é tensa”. Sobre as acusações contra Guilherme Cunha, a Abrig afirmou “não tem qualquer informação sobre duplicidade de endereço e garante que as atividades desenvolvidas em seu escritório são, exclusivamente, de interesse da Associação. “

#Abrig #Guilherme Cunha Costa

Relatos do cárcere

31/07/2019
  • Share

Eduardo Cunha quebrou a “paz” de Bangu 8 na manhã da última sexta-feira. Policiais foram ao presídio para conduzir o ex-deputado a prestar depoimento à Justiça. No entanto, Cunha reagiu, com vigor, e acionou seus advogados. A defesa alegou que não havia respaldo jurídico para a condução e conseguiu suspender o depoimento.

#Eduardo Cunha

Preso comum

25/06/2019
  • Share

Desde que deixou Curitiba e passou a ocupar uma cela em Bangu 8, Eduardo Cunha tem recebido apenas familiares e seus advogados. Até o momento, nenhum político e muito menos algum velho aliado do MDB do Rio – entre os que estão soltos, claro – foram visitá-lo.

#Eduardo Cunha #MDB

Os dados de Cunha

28/05/2019
  • Share

A defesa de Eduardo Cunha joga com duas peças no tabuleiro: nos próximos dias deverá pedir um novo habeas corpus enquanto o STF não se pronuncia sobre o recurso de anulação da condenação do ex-deputado a 14 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

#Eduardo Cunha #STF

Direita busca a coesão em concílio digital

24/05/2019
  • Share

Os ativistas de direita que se tornaram ex-bolsonaristas ou bolsonaristas com dor de cotovelo planejam um encontro para alinhar posições e discutir uma estratégia comum. Umas das propostas, segundo apurou o RR, é que o evento seja a primeira convenção digital da direita. A iniciativa é atribuída ao cantor Lobão. A pauta dos debates é incandescente. Vai da cooptação do vice-presidente Hamilton Mourão à atitude em relação ao filósofo Olavo de Carvalho (“enfrentamento ou congelamento”) até um plano com medidas alternativas de governo.

Há personagens mais e menos revoltados com Jair Bolsonaro. O colunista Reinaldo Azevedo, por exemplo, tornou-se quase um petista raivoso. São ativistas magoados o jornalista Augusto Nunes, o líder do MBL, Kim Kataguiri, e o ator e deputado Alexandre Frota. O cantor Lobão é o principal agregador do grupo. Ele tem um site – o “Lobão oficial” – que virou um point digital da “direita”. O escritor Martin Vasques da Cunha, o economista Rodrigo Constantino e o jornalista Francisco Escorsin estão na linha de tiro dos bolsonaristas, mesmo sendo do time construtivo, que acredita em uma virada na direção do “bem”.

O assessor internacional do Palácio do Planalto, Filipe Martins, por sua vez, tem sido chamado de “jacobino olavista”. Está à beira do expurgo. O filósofo Luiz Felipe Pondé – que também usa seu programa de entrevistas na internet como bunker ideológico – é um dos cruzados direitistas mais light, que tem expectativa de arrumar a casa. Consultado pelo RR sobre a proposta de realização de uma convenção digital organizada por Lobão e outros expoentes da nova direita brasileira, Pondé disse: “Não fui contatado por eles ainda”.

Janaina Paschoal e Lobão oscilam entre o “pau puro” e a “volta para casa”. Janaina é a mais empolgada em criar um canal direto junto a Hamilton Mourão. É difícil, mas a ideia é que, pelo menos em relação a alguns pontos, todo esse pessoal fale a mesma língua. Mas há um consenso de que é preciso afinar os discursos. Nas palavras atribuídas a Lobão, “a direita não pode ser o lobo da direita”. Dividida a direita já está. Mas pode piorar. Seus líderes acreditam que o racha vai aumentar após as manifestações do próximo domingo.

A julgar pelas reações antagônicas que a convocação gerou dentro da base de apoio de Jair Bolsonaro, esse risco não é pequeno. No entanto, há quem pense o contrário e enxergue nos protestos uma oportunidade de conciliação e até uma forma de estímulo à militância. Que o diga Alexandre Frota, que até alguns dias trás vinha sendo considerado persona nom grata pelo clã dos Bolsonaro – Eduardo Bolsonaro chegou a chamá-lo de “caroneiro”.

Em conversa com o RR, o deputado se disse, com todas as letras, integrante da “tropa de choque do presidente Bolsonaro”: “Eu me considero um guerreiro e não temo a esquerda.” A lealdade, no entanto, não o impede de dar uma cutucada no Capitão: “Acho que ele não prestigia o PSL como faz com o DEM, partido detentor de muitos cargos no governo”. Já o economista Rodrigo Constantino não esconde seu incômodo com a ala bolsonarista, que “continua agindo como se estivesse em campanha eterna”. Constantino acredita que as divergências vão se acentuar: “É como se Bolsonaro tivesse sido eleito para imperador absolutista. Há claro desprezo pela democracia em si. Portanto, não vejo como essa divisão se aliviar, já que a ala jacobina deve dobrar a aposta em sua retórica autoritária, o que os liberais e conservadores jamais aceitarão.”

#Alexandre Frota #DEM #Eduardo Bolsonaro #Jair Bolsonaro #MBL #PSL

Sondagem

10/04/2019
  • Share

Nos últimos dias, caciques políticos, empresários e mesmo magistrados vêm rondando discretamente Danielle Dytz da Cunha, filha de Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha

Cunha quer ver o sol

27/03/2019
  • Share

O RR apurou que, nos próximos dias, a defesa de Eduardo Cunha entrará com recurso no Tribunal Regional Federal da 4a Região pedindo a passagem do ex-deputado para o regime semiaberto. A petição deverá se basear na unificação dos processos em que Cunha foi condenado, nos quais já cumpriu um sexto da pena no Complexo Médico-Penal de Pinhais (PR).

#Eduardo Cunha

Bolsonaro desmoraliza o GSI com o seu celular

22/02/2019
  • Share

Até que ponto a incontinência verbal de Jair Bolsonaro é um assunto de foro privado ou uma questão de Estado? A pergunta é feita recorrentemente no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sem que haja uma resposta sobre que tipo de providência de ordem técnica poderia ser adotada para o controle do uso das mensagens do presidente pelo WhatsApp. A premissa é que é inadministrável a disposição de Bolsonaro para utilizar o celular pessoal. Contrariando recomendações, ele teima em não recorrer a aparelhos criptografados.

Um áudio ou mensagem de texto transmitido por WhatsApp pode ser reencaminhado para terceiros e rapidamente viralizado sem que o seu remetente original tome conhecimento de quem e muito menos quantas pessoas receberam – ainda que existam aplicativos que se dizem capazes de rastrear essa comunicação, como Mac Spoofing e Spyzie. O próprio WhatsApp está longe de ser conhecido como o mais seguro dos dispositivos entre seus congêneres. Ao melhor estilo “Missão Impossível”, o concorrente Telegram, por exemplo, permite que as mensagens sejam automaticamente apagadas em um tempo pré-determinado, como cinco segundos. Não por acaso, era o preferido de Eduardo Cunha.

Pressionado pela viralização das fake news, o próprio WhatsApp já anunciou que está testando novos recursos capazes de identificar todo o caminho percorrido por uma determinada postagem e chegar ao seu remetente original. A resistência de Bolsonaro, de certa forma, desmoraliza o GSI. E pior: coloca uma espada sobre a cabeça da República. A busca de um dispositivo legal contra vazamentos, a exemplo da conversa entre Jair Bolsonaro e Gustavo Bebianno, encontra um obstáculo aparentemente irremovível no fato de que ninguém sabe quem copiou para quem. O compartilhamento, sem autorização, de mensagens é crime previsto no artigo 153 do Código Penal.

“Divulgar a alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem” é passível de detenção de um a quatro anos, além do pagamento de multa. No entanto, a punição não é imediatamente aplicável. A interpretação da lei é dúbia. Há controvérsias em relação ao que configura um “documento particular” e mesmo à caracterização ou não do dano. Entre os juristas, existe também uma corrente que defende não haver delito se um dos participantes da conversa ou da troca de mensagens for o responsável por torná-las públicas. Trata-se da mesma premissa relativa à gravação e divulgação de ligações telefônicas.

O RR encaminhou ao Gabinete de Segurança Institucional uma série de perguntas relacionadas à proteção das comunicações da Presidência da República, seja por celular ou e-mail. O GSI, no entanto, não quis se pronunciar. Em 2017, o General Sergio Etchegoyen, então ministro-chefe do Gabinete, recomendou ao Palácio do Planalto à aquisição de equipamentos capazes de interferir no funcionamento de dispositivos eletrônicos, de celulares a câmeras fotográficas ou gravadores.

O presidente Michel Temer vetou a compra – ver RR de 18 de maio de 2017. Não se tem notícia de que os aparelhos tenham sido comprados posteriormente. Entre tantas interrogações, uma certeza: o caso Bebianno expõe um problema não apenas a futuro, mas, sobretudo, pelo passado. Pode se imaginar o volume de mensagens escritas ou de viva-voz disparadas por Bolsonaro e seus rebentos durante a campanha eleitoral e mesmo em suas primeiras semanas no Palácio do Planalto. Muito provavelmente, há um razoável estoque de missivas, sobre os mais diversos assuntos, armazenadas em celulares de terceiros, que copiaram para terceiros, que copiaram para terceiros… A voz de Bolsonaro tornou-se um risco de resultar em um “Zapgate”, ameaçando a governabilidade do país.

#GSI #Jair Bolsonaro

Eduardo Cunha reloaded

14/01/2019
  • Share

Derrotada na eleição para a Câmara, Danielle Dytz da Cunha não desiste de seguir os passos do pai, Eduardo Cunha. Passou a bater ponto quase diariamente no antigo escritório de Cunha, no 29º andar do tradicional Edifício De Paoli, no Centro do Rio. No QG, presta serviços de consultoria política, quase sempre para assuntos relacionados ao MDB.

#MDB

Comissão de Ética?

2/01/2019
  • Share

Não é lá muito ético interromper um mandato em curso. Mas, desde já, existe uma movimentação no governo Bolsonaro para abreviar a permanência de Luiz Navarro de Britto Filho do comando da Comissão de Ética Pública da Presidência. O mandato de Navarro se encerra apenas em 11 de maio. No entanto, a presença de um nome tão identificado com Dilma Rousseff no Anexo I-B do Palácio do Planalto causa incômodo no núcleo duro bolsonarista. Ministro-Chefe da CGU no governo Dilma, Navarro assumiu a Comissão de Ética também indicado pela então presidente. Como se essa fosse a única espinha entalada na garganta… Um “problema” mais longevo atende pelo nome de Gustavo do Valle Rocha, que está assumindo agora o seu mandato de três anos na Comissão de Ética. Ex-subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil do governo Temer, o advogado teria chegado ao Palácio do Planalto por indicação de um de seus clientes mais notórios: Eduardo Cunha.

#Jair Bolsonaro

Capitania hereditária

18/12/2018
  • Share

O MDB do Rio não renega sua vocação de partido-família. Danielle Dytz da Cunha, filha de Eduardo Cunha, deverá ganhar um cargo na direção da legenda. Vai ser juntar a outro emedebista de sobrenome famoso que também tomou bomba nas eleições: o atual deputado e ex-ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, rebento do ex-presidente da Alerj, Jorge Picciani;

#MDB

Eduardo Cunha está presente?

22/11/2018
  • Share

Erick Bill Vidigal está cotado para assumir a subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil no governo Bolsonaro. Seu nome conta com o importante apoio do próprio Onyx Lorenzoni, futuro titular da Pasta. Filho do ex-ministro do STJ Edson Vidigal, o jurista ocupa hoje a cadeira de subchefe adjunto da área jurídica da Casa Civil. Integra também a Comissão de Ética da Presidência da República. Mas, como quase sempre, há um “porém”. O senão à indicação é a sua sinuosa ligação com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Vidigal foi levado para o governo por Gustavo Rocha, atual subchefe da área jurídica da Casa Civil. Este, por sua vez, chegou ao Ministério pelas mãos de Cunha, para quem advogou. Vidigal sempre negou a conexão direta com o ex-parlamentar. No entanto, além da relação com Rocha, em 2016 ficou célebre por publicar um artigo afirmando que beneficiários de trusts não são necessariamente seus proprietários – justamente a tese pregada pela defesa de Cunha.

#Eduardo Cunha #Jair Bolsonaro #Onyx Lorenzoni #STJ

Genética

28/09/2018
  • Share

Lula não detém a exclusividade na produção de “postes” eleitorais. Nos cálculos do MDB, Danielle Cunha terá mais de 110 mil votos para deputada federal. Caso se confirme, significa dizer que o orgulhoso pai Eduardo Cunha terá transferido à rebenta metade da votação que recebeu em 2014. Nada mal para uma moça que até outro dia era uma anônima e circulava discretamente pelos corredores do Congresso.

#Danielle Cunha #Eduardo Cunha

“Dia dos Paes”

20/09/2018
  • Share

Eduardo Paes (DEM) é o “paizão” dos órfãos políticos da Lava Jato. Além do apoio a Danielle Cunha, filha de Eduardo Cunha, vem se empenhando na campanha de Marco Antonio Cabral (MDB). Além de pedir votos, Paes tem cooperado na arrecadação de recursos para garantir a reeleição do herdeiro do ex-governador Sergio Cabral à Câmara dos Deputados. Não convém criar rusgas com dois presidiários tão explosivos quanto Cunha e Cabral.

#DEM #Eduardo Paes

Cunha presente

28/08/2018
  • Share

O deputado federal Marcelo Aro (PHS) está mais engajado na campanha de Henrique Meirelles do que boa parte dos parlamentares do próprio MDB. Cria de Eduardo Cunha, Aro acumula a cadeira na Câmara com uma diretoria da CBF.

#Eduardo Cunha

Artur Falk agora é um papa-tudo de diamantes

27/07/2018
  • Share

O folclórico empresário Artur Falk está de volta aos negócios no Brasil. Bem, mais ou menos de volta. Se entrar no país, Falk será preso. Condenado por crimes contra o sistema financeiro, o empresário vai empreender lá de fora, em associação com capitais da Rússia. O projeto é a mineração de diamantes na área kimberlíticas ao oeste de Minas – nas proximidades de onde o mítico empresário Samy Cohn fez fortuna explorando a pedra preciosa. O negócio está avançado e os alvarás de exploração já foram acertados com o Departamento Nacional da Produção Mineral e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Falk hoje vive entre Berlim e Moscou.

O empresário é uma espécie híbrida do Barão de Münchausen com Naji Nahas. Tornou-se um trader internacional de barrilha – matéria-prima para a produção de vidro. Quando a Companhia Nacional de Álcalis foi privatizada, Falk quebrou o monopólio estatal do insumo. Achou um jeito de abrir o mercado para importações, levou a Álcalis à bancarrota e quase matou de ódio o dono da empresa, o armador José Carlos Fragoso Pires, que atribuía a Falk um protagonismo na destruição do seu império. As peripécias de Artur Falk parecem ficção.

O empresário foi sócio de Roberto Marinho no título de capitalização Papa Tudo – quem conheceu o dono de O Globo, sua fleuma e conservadorismo, acha que Falk usava alguma poção mágica ou praticava o vodu. Dois anos depois de escalar os píncaros do sucesso, tendo Xuxa como garota-propaganda, o Papa Tudo desabou por problemas de gestão. Por falar em Xuxa, foi Falk quem a descobriu. Ele contratou-a para sua agência de modelos. Quando o empresário fazia reuniões de negócios na sua empresa, importava dez a quinze modelos, e, toda a vez que tocava a campainha da mesa para pedir qualquer coisa, as meninas se revezavam para atendê-lo.

Xuxa era uma delas. Com o fim do Papa Tudo, Falk chamou Eduardo Cunha para uma associação em torno de um novo título de capitalização, dessa vez voltado para o público evangélico. O parceiro escolhido foi o banqueiro Daniel Dantas. E, pasmem, a consultoria jurídica era de Roberto Mangabeira Unger. Graças a Deus o título não saiu. Falk fez muitas outras travessuras. Uma delas foi a compra do Hotel Nacional, pelo qual pagou só a entrada para vender depois.

Uma história divertida do empresário foi quando ele conheceu Betinho e adorou a ideia do balanço social. Encomendou rapidamente que fosse feita uma demonstração das iniciativas mais nobres do grupo. Pouco depois ficou perplexo ao saber que não tinha realizações que pudessem ser enquadradas como iniciativas sociais. Perguntou, então, à agência à qual tinha encomendado a missão: quanto custa fazer obras sociais? Recebeu de volta um número tentativo. “Pode deixar, me dê um mês”. O balanço social de Falk foi um dos mais recheados daqueles tempos pioneiros da produção destes relatórios.

#Artur Falk #Xuxa

Playground do Cunha

16/05/2018
  • Share

A Operação Greenfield está triscando em um fundo de pensão do setor elétrico que já foi o playground de Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Operação Greenfield

Zona do agrião

18/04/2018
  • Share

Eduardo Cunha fincou raízes firmes na CBF. A bancada da bola já se mexe para garantir a permanência do deputado federal Marcelo Aro na nova gestão da CBF, eleita ontem. Aro, cria do ex-presidente da Câmara, ocupa a diretoria de ética da entidade.

#CBF #Eduardo Cunha

Acervo RR

Zona do agrião

18/04/2018
  • Share

Eduardo Cunha fincou raízes firmes na CBF. A bancada da bola já se mexe para garantir a permanência do deputado federal Marcelo Aro na nova gestão da CBF, eleita ontem. Aro, cria do ex-presidente da Câmara, ocupa a diretoria de ética da entidade.

#CBF #Eduardo Cunha

Inimigo íntimo

13/03/2018
  • Share

A filiação do deputado federal Celso Pansera tem causado divergências dentro do PT do Rio. A chegada de Pansera, ministro de Ciência e Tecnologia no breve segundo mandato de Dilma Rousseff, empurra para o partido as figuras de Eduardo Cunha e Jorge Picciani, aos quais ele sempre deveu lealdade. Isso em uma campanha eleitoral em que o PT terá de fazer todo o esforço para apagar do debate a aliança com o PMDB de Sergio Cabral, Cunha e Picciani.

#Dilma Rousseff #PT

O “poste” de Eduardo Cunha

22/02/2018
  • Share

O PMDB do Rio já está catequisando a candidatura de Daniela Dytz da Cunha à Câmara junto à comunidade evangélica, o reduto eleitoral de seu pai, Eduardo Cunha. O partido dá como líquido e certo que a herdeira terá algo entre 70 mil e 100 mil votos. Nada mau para uma debutante. Para efeito de comparação, o ex-deputado foi eleito com 230 mil votos em 2014.

#Eduardo Cunha #PMDB

Intervenção no Rio antecede mudanças no Exército, na Defesa e na segurança pública

20/02/2018
  • Share

O Ministério Extraordinário da Segurança, o Ministério da Defesa e o próprio Exército Brasileiro serão pivôs de mudanças que devem redefinir as lideranças e funções de proteção à integridade da população. Em paralelo à intervenção federal no Rio de Janeiro cozinham em banho-maria diversas hipóteses de remanejamentos e fusões de órgãos de Estado. São poucos os que acreditam, na área da Defesa, que o Ministério Extraordinário veio para ficar. Não há sequer tempo para sua estruturação em condições adequadas.

A aposta maior é que ele seja um arranjo político criado por Temer para tonificar a sua nova narrativa de candidato à reeleição: o de “estadista da segurança”. A probabilidade maior é que o efêmero Ministério Extraordinário da Segurança venha a ser fundido com o da Defesa, fortalecendo este último, que passaria a deter o controle da Polícia Federal. Hoje, o Ministério da Defesa não exerce a direção das Forças Armadas, cujos comandos são autônomos na prática. Sua função é meramente administrativa, estando sob sua alçada o Hospital das Forças Armadas e a Escola Superior de Guerra.

Até o fechamento desta edição do Relatório Reservado, na noite de ontem, as especulações eram de que o general Sergio Etchegoyen assumiria o Ministério Extraordinário e acumularia o cargo com a chefia do GSI. Outra versão quase inacreditável apontava para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, como ministro interino do GSI. É provável que Etchegoyen seja preservado. Ele é um dos nomes cotados para a Defesa – ver RR edições de 9 de maio e 28 de junho de 2017.

O atual titular, Raul Jungmann, deve deixar o cargo em abril para concorrer nas eleições. Etchegoyen chegou a ser cogitado para uma futura sucessão do Comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Ele é respeitado entre seus pares e é amigo pessoal de Villas Bôas. Mas os ares do Palácio do Planalto não fizeram bem a sua candidatura ao posto máximo do Exército. O desejo geral é que o Comandante Villas Bôas, hoje uma unanimidade, permaneça no cargo o maior tempo possível. Hoje, o principal candidato é o chefe do Estado Maior do Exército, general Fernando Azevedo e Silva. Ressalte-se que o calendário traz um fator determinante para esta intrincada análise combinatória. Até o fim de março, os quatro mais antigos generais de Exército depois do comandante Villas Bôas passarão para a reserva: Juarez Aparecido de Paula Cunha, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército; Antônio Hamilton Mourão, que, inclusive, já se despediu publicamente do quadro da ativa; Guilherme Cals Teophilo Gaspar de Oliveira, Comandante Logístico; e João Camilo Pires de Campos, chefe do Comando Militar do Sudeste. Automaticamente, o general Azevedo e Silva passará a ser o primeiro na linha de sucessão de Villas Bôas.

#Exército #Forças Armadas #Michel Temer

Greenfield II, a missão

16/02/2018
  • Share

O RR apurou que a Polícia Federal está prestes a deflagrar a segunda fase da Operação Greenfield. Desta vez, a bomba vai estourar em fundos de pensão de pequeno e médio portes. Um deles seria a Prece, da Cedae, onde Eduardo Cunha fez barba, cabelo e bigode. Procurada, a PF diz que “não divulga informações sobre supostas operações em andamento”.

Por falar em Greenfield, a Funcef está entrando na Justiça contra os dez ex-dirigentes do fundo que viraram réus na Operação, entre eles o ex-presidente Carlos Alberto Caser. A fundação vai pedir uma indenização da ordem de R$ 730 milhões – segundo as investigações do Ministério Público, o montante que teria sido desviado do caixa da entidade. Consultado, o fundo de pensão confirma que está atuando com o “MPF na qualidade de assistente de acusação” e “quem houver, comprovadamente, contribuído em operações irregulares será instado a ressarcir a Funcef”. A fundação disse ainda que não poderia “passar maiores detalhes para não comprometer as investigações.”

#Funcef #Operação Greenfield

Página virada

30/01/2018
  • Share

Os dias de estrelato de Claudia Cruz parecem ter ficado no passado. Ontem, por volta das 16h30, a Sra. Eduardo Cunha circulava na área de embarque do Aeroporto do Galeão como se fosse uma anônima.

#Claudia Cruz #Eduardo Cunha

Crossover

23/01/2018
  • Share

Segundo informações filtradas do Ministério Público Federal, há pontas interligando as Operações Greenfield e Sépsis, que apuram, respectivamente, desvios de recursos nos fundos de pensão e no FI-FGTS. O liason entre as irregularidades tanto na Funcef quanto no fundo administrado pela Caixa Econômica seriam os prisioneiros Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima. Entre as empresas no radar das investigações estaria a OAS. Cabe lembrar que a subsidiária OAS Óleo e Gás recebeu recursos do FI-FGTS e a empreiteira se associou à Funcef na Invepar.

#FI-FGTS #Funcef #Invepar #Operação Greenfield

Um pedaço perigoso da Caixa Econômica

22/01/2018
  • Share

O RR apurou que Deusdina dos Reis Pereira, recém-afastada da vice-presidência de Fundos de Governo e de Loterias da Caixa Econômica Federal por suspeitas de irregularidades, teria sido uma indicação direta do próprio presidente do PRB, Antônio Carlos Rodrigues. Era, portanto, uma aposta de risco, como tantas outras feitas pelo governo Temer. Rodrigues chegou a ser preso no fim do ano passado no âmbito da Operação Caixa D´Água, acusado de repassar R$ 3 milhões em propina ao ex-governador Anthony Garotinho. Aliás, a cadeira de VP de Fundos de Governo e de Loterias da Caixa parece ter sido alvo de alguma maldição. Antes, o cargo foi ocupado por Fabio Cleto, que fechou acordo de delação e entregou um suposto esquema de corrupção no banco e no FI-FGTS liderado por Eduardo Cunha. Ah, claro! Moreira Franco também mandou naquele pedaço

#Caixa Econômica

Mandato-tampão

18/01/2018
  • Share

A Lava Jato tem fortes indícios de que, na “ausência” de Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima assumiu os interesses do ex-presidente da Câmara junto à Caixa Econômica Federal e a dois grupos privados já citados na Operação.

#Caixa Econômica #Eduardo Cunha #Geddel Vieira Lima #Lava Jato

11 medidas

28/12/2017
  • Share

As 11 medidas prudenciais anunciadas pela Previc na semana passada têm um alvo prioritário: garantir a continuidade de um fundo de pensão que foi sugado por Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Previc

Gritos do silêncio

14/12/2017
  • Share

O PT está desde já quebrando a cabeça em busca de saídas para que Lula consiga participar do debate político caso seja condenado a prisão domiciliar e impedido judicialmente de fazer qualquer manifestação pública. No partido, houve quem citasse o caso da ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo, que, mesmo sem ser julgada, foi proibida pela Justiça de ter acesso a telefone e internet em sua residência. Assim como foi lembrado que, da cadeia, Eduardo Cunha publicou dois artigos na Folha de S. Paulo. Em meio às incertezas, os mais otimistas acreditam que, mesmo impossibilitado de se pronunciar, o valor simbólico de Lula terá peso sobre a eleição. Lembrai-vos de Nelson Mandela.

#Adriana Ancelmo #Lula #PT

A longa rapinagem das Docas pelos santos de pau oco

23/10/2017
  • Share

O presidente Michel Temer tornou-se adepto de um antigo pleito do setor de navegação e portos: a profissionalização da gestão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), autoridade portuária de Santos. Desde que, é claro, ele faça os cargos centrais da diretoria. Segundo uma fonte do RR, a medida não passa de um subterfúgio para dissimular os desmandos praticados na companhia há quase duas décadas. O atual presidente da autoridade portuária, José Alexi Oliva, tem sentido cada vez mais o círculo fechar em torno da sua gestão.

A empresa tem o nome mencionado em extensos trechos de delações da Lava Jato. Estar hoje no comando da companhia sem abrir inquéritos administrativos é a mesma coisa que ser conivente com as operações pouco ortodoxas do passado. Consultada sobre as mudanças na direção, a Codesp não se pronunciou até o fechamento desta edição. Oliva faz parte de um seleto time de presidentes das Docas feitos sob a influência de Michel Temer: Marcelo Azeredo, Paulo Fernandez Carmo e Wagner Rossi.

O presidente, de acordo com a mesma fonte, quer mudar para que tudo continue como está. Ou seja: pretende deslocar a autoridade portuária e colocar um tampão naquela instância-marítima onde flutuam improbidades de toda ordem. Seu nome já está na boca do sapo, quer dizer do STF, que terá de apreciar o pedido da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, para que seja autorizada investigação sobre as estranhas relações de Temer com a Codesp. Para o RR o assunto é velho, basta ver as edições de 21 e 22 de março de 2016 e 21 de março e 14 de setembro deste ano.

Temer aparece ligado às Docas paulistas em mais de mil citações no Google. Mesmo se fosse só a nata desse creme azedo, ela já seria esclarecedora. Basta ver os balanços da Codesp que, se não revelam repasses de propinas, explicitam estranhos passivos de operações pouco esclarecedoras. Os documentos das diversas administrações da companhia sobre o controle do mesmo grupo de interesse são comprovantes do que não fazer na gestão de uma empresa pública.

Durante esse período, a autoridade portuária não teve gestores independentes. Respondeu a ordens do oligopólio da marinha civil e da oligarquia dos governantes do país. Se forem buscados, não faltarão testemunhos para descortinar a quem serviu a autoridade portuária em Santos. Sobre os nomes das empresas que sofreram extorsão e as que usufruíram do butim, o RR pretende se manter em silêncio.

Eles estão repetidos em diversos e longos trechos nas delações premiadas. São grandes operadoras e políticos supracitados. Os números superam os R$ 3 bilhões. E muitos pagaram e não receberam a contrapartida pelo dinheiro que deram, tendo que engolir calados. Os delitos mais graves estão trancados em um cadeado com trinca de titânio. É mais fácil pressionar Eduardo Cunha para que inclua esses escândalos no seu “Almanaque de delação premiada”. Temer com certeza não dirá nada.

#Codesp #Governo do Estado de São Paulo #Lava Jato #Michel Temer

Cunha e sua única moeda de troca

23/10/2017
  • Share

A situação jurídica de Eduardo Cunha se agravou consideravelmente nas últimas semanas. Na avaliação da força-tarefa da Lava Jato, os depoimentos do doleiro Lúcio Funaro e do ex-deputado Pedro Correia reduziram consideravelmente as chances de Cunha fechar um acordo de delação. A não ser que ele saque da cartola o maior de todos os coelhos.

#Eduardo Cunha #Lava Jato #Lucio Funaro

A difícil missão de higienizar o PMDB

28/09/2017
  • Share

Os marqueteiros do PMDB discutem nos mínimos detalhes o “espetáculo” da convenção nacional marcada para o próximo dia 4 de outubro, quando o partido mudará sua identidade para MDB. A maior preocupação é evitar que o evento ganhe a pecha de “convenção da Lava Jato”. Há quem defenda, inclusive, que Moreira Franco, Eliseu Padilha e Romero Jucá participem em horários diferentes. A ideia é evitar que três dos mais próximos e maculados aliados de Michel Temer sejam capturados no mesmo instantâneo. No partido, é citada, como exemplo, a reunião de março de 2016 que formalizou a saída do PMDB do governo Dilma. Na ocasião, a imagem de Eduardo Cunha, Jucá e Padilha celebrando, juntos, com as mãos para o alto bombou nas redes sociais. Se serve de alento, desta vez Cunha é uma preocupação a menos para a marquetagem do PMDB.

#Eliseu Padilha #Moreira Franco #PMDB #Romero Jucá

Outras engenharias

27/09/2017
  • Share

A delação do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fabio Cleto afunda ainda mais a Carioca Engenharia na Lava Jato. Segundo Cleto, a companhia teria funcionado como uma espécie de hub das propinas pagas por construtoras e concessionárias públicas do Rio a Eduardo Cunha. Recolhia o pedágio, que depois seguia direto para contas de Cunha na Suíça.

#Caixa Econômica #Carioca Engenharia #Lava Jato

O jogador Bendine

25/09/2017
  • Share

O entorno de Dilma Rousseff interpretou a inclusão da ex-presidente entre as testemunhas de defesa do ex-Banco do Brasil e Petrobras Aldemir Bendine como um gesto na fronteira entre a pressão e a coação. Algo similar ao que fez Eduardo Cunha ao arrolar o nome de Michel Temer.

#Aldemir Bendine #Banco do Brasil #Dilma Rousseff #Petrobras

Será o Eduardo?

21/09/2017
  • Share

Curioso: o antigo endereço eletrônico de Eduardo Cunha na época da Câmara (eduardocunhapresidente.com.br) leva agora para um site de análise do quadro eleitoral de 2018. Michel Temer figura entre os candidatos.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Deus no Céu e Meirelles na terra

19/09/2017
  • Share

O vídeo que circulou ontem em grupos de WhatsApp de deputados e senadores, no qual Henrique Meirelles aparece pedindo uma “oração pela economia”, teve como autor intelectual Gilberto Kassab. O ministro das Comunicações, que, na semana passada, lançou “inadvertidamente”, a pré-candidatura do colega à Presidência da República, vem costurando a interlocução de Meirelles com líderes evangélicos. Já propôs, inclusive, que ele visite alguns templos para falar sobre os “ajustes na economia”. Em tempo: o vídeo em questão foi endereçado à Assembleia de Deus Ministério Madureira, no Rio. Por uma dessas coincidências, trata-se da igreja que era frequentada por Eduardo Cunha.

#Gilberto Kassab #Henrique Meirelles

Futuro best-seller

18/09/2017
  • Share

Eduardo Cunha vem escrevendo diariamente na cadeia. São manuscritos e mais manuscritos, que, por ora, não mostra sequer aos seus advogados.

#Eduardo Cunha

Michel Temer e as perigosas curvas da estrada de Santos

14/09/2017
  • Share

Se Rodrigo Janot ficasse mais tempo no cargo, teria um novo território onde escarafunchar uma terceira denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer. A investigação de favorecimento à empresa Rodrimar é apenas o fio da meada das ações inconfessáveis no setor portuário. Outras facilidades foram concedidas por meio da Companhia Docas de Santos, antigo feudo de Temer.

Nos anos mais recentes, as operações passaram a ser conduzidas por Eduardo Cunha, que, a mando do atual presidente, passou a ser o interlocutor entre as empresas, a autoridade portuária, a Advocacia Geral da União e a miríade de agências reguladoras do setor. Basta lembrar de todas as artimanhas de Cunha para embarreirar a votação da MP dos Portos, em 2013. A favor de Temer, pesa o fato de que essa “prestação de serviços”, digamos assim, aconteceu antes de ele assumir a Presidência da República, o que o eximiria de responsabilidade criminal.

Entretanto, uma empresa, pelo menos, teria sido agraciada no início da gestão de Temer, quando Cunha tinha o mandato para representá-lo. Se o ex-presidente da Câmara acertar a delação premiada, as travessuras no Porto de Santos estarão entre as tramoias reveladas. Basta convocar os executivos das operadoras de terminais e da autoridade portuária. Todo mundo sabe. Ou já ouviu falar. Santos sempre foi uma vaca leiteira.

#Eduardo Cunha #Michel Temer #Rodrigo Janot #Rodrimar

As bombas de Palocci

14/09/2017
  • Share

Em sua delação, Antônio Palocci promete escancarar para a Lava Jato as entranhas de um esquema de venda de MPs no Congresso, que teria atravessado, principalmente, as gestões de Henriques Alves e Eduardo Cunha na Câmara e de Renan Calheiros no Senado.

#Antônio Palocci #Henrique Alves #Lava Jato #Renan Calheiros

Family office

21/08/2017
  • Share

Jorge Picciani está se tornando tutor político dos “órfãos” da Lava Jato. Mentor de Marco Antonio Cabral, filho de Sérgio Cabral, terá também participação direta na campanha de Danielle Dytz da Cunha à Câmara dos Deputados. Herdeira do capital político de Eduardo Cunha – sim, ele existe -, já é possível antever a jovem Danielle em palanques do interior do Rio, nas inúmeras cidades dominadas pelo PMDB, falando da “injustiça” que fizeram com seu pai.

#Eduardo Cunha #Jorge Picciani #PMDB #Sérgio Cabral

Conselho do conselho

15/08/2017
  • Share

Além do Conselho Curador, o governo planeja montar um comitê de compliance exclusivo para o FI-FGTS, que hoje pega carona na estrutura da Caixa Econômica. A Lava Jato está aí para mostrar que sempre há um Eduardo Cunha disposto a beliscar a grana dos trabalhadores.

#Caixa Econômica #FI-FGTS #Lava Jato

Testemunhas de defesa

9/08/2017
  • Share

Ontem, o Palácio do Planalto foi chacoalhado pela informação de que Eduardo Cunha está prestes a encaminhar a Moreira Franco e Eliseu Padilha uma relação de perguntas demolidoras, como fez com Michel Temer. A conferir.

#Eduardo Cunha #Eliseu Padilha #Moreira Franco #Palácio do Planalto

Corpo fechado

1/08/2017
  • Share

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, pensou em se livrar do deputado Marcelo Aro, diretor de Ética e Transparência da entidade. Foi aconselhado a “não mexer nesse negócio”. Esse “negócio” atende pelo nome e sobrenome de Eduardo Cunha, responsável por “infiltrar” o parlamenta r na CBF.

#CBF #Eduardo Cunha #Marco Polo Del Nero

Vitor ou Vitória?

28/07/2017
  • Share

No “toma lá dá cá” para barrar o pedido de abertura de inquérito contra Michel Temer, o governo está ressuscitando ou engavetando pautas no Congresso ao gosto do freguês. Para receber as bênçãos da bancada evangélica, por exemplo, promete apoiar o projeto de lei do deputado e pastor Hidekazu Takayama (PSC-PR), que proíbe o uso do
nome social de travestis e transexuais em órgãos da esfera federal, como estatais, autarquias e universidades. A proposta é tão polêmica, para se dizer o mínimo, que nem o evangélico Eduardo Cunha topou levá-la adiante quando comandava a Câmara.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

“Bolsa gratidão”

18/07/2017
  • Share

O deputado Carlos Marun – o mais estridente defensor de Michel Temer, Eduardo Cunha et caterva no Congresso – tem colhido seus dividendos por tão desmedido apoio. Nas últimas semanas, vem fazendo um giro pelo interior do Mato Grosso do Sul para anunciar, todo pimpão, a liberação de verbas do governo federal para educação, saúde, saneamento etc.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

O dono do pedaço

17/07/2017
  • Share

Segundo fonte do MP, o doleiro Lucio Funaro apontou que o suposto esquema de desvios de recursos do FI-FGTS prosseguiu mesmo após a prisão de Eduardo Cunha, o então “dono do pedaço”.

#Eduardo Cunha #FI-FGTS

Radioatividade

13/07/2017
  • Share

O prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (PMDB),tomou conta da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), com a indicação de aliados para diversos cargos. A sesmaria lhe foi concedida pelo presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani. Nada mais justo. Reis tem um longo histórico de serviços prestados à atômica trinca Sergio Cabral, Eduardo Cunha e Picciani.

#Jorge Picciani #PMDB

Longe do holofote

22/06/2017
  • Share

Claudia Cruz celebrou seu aniversário de 50 anos, na última segunda-feira, de forma reservada, junto a poucos familiares. Nada que lembrasse os concorridos festejos da senhora Eduardo Cunha nos últimos anos, especialmente as recepções na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados.

#Claudia Cruz #Eduardo Cunha

Cálculo de um “alto oficial” do PMDB

20/06/2017
  • Share

A delação de Eduardo Cunha vai arrastar, por baixo, por baixo, 150 parlamentares. Ao câmbio do dia, equivale a duas listas e meia da Odebrecht.

#Eduardo Cunha #Odebrecht

Venda da Estre Ambiental é um rio contaminado pela Lava Jato

6/06/2017
  • Share

O empresário Wilson Quintella Filho tem duas prioridades cruciais neste momento: desvencilhar-se da Lava Jato, que insiste em arrastá-lo para o seu redemoinho, e encontrar um comprador para a Estre Ambiental, uma das maiores empresas privadas de saneamento do país. A primeira questão interfere decisivamente na segunda. Interessados na companhia existem. Segundo o RR apurou, há canais abertos de negociação com a espanhola Acciona e a canadense Brookfield.

A mexicana Pasa, que no ano passado esteve muito perto de se associar à Estre, ainda corre por fora. No entanto, mais do que a elevada dívida, que já estaria na casa de R$ 1,5 bilhão, a pressão dos bancos credores e os maus resultados da companhia, o maior entrave à venda do controle vem de outra direção. Todos os resíduos e dejetos da Estre Ambiental parecem escoar para um único local: Curitiba.

O turbilhão da Lava Jato ameaça invadir a Estre dos mais diversos lados. Pode vir dos depoimentos de Fabio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa e ex-gestor do FI-FGTS, ao qual a companhia solicitou um aporte de R$ 500 milhões, que acabou não se realizando; ou de uma eventual delação do próprio Eduardo Cunha, o condutor dos passos de Cleto, a quem, digamos assim, recomendou que aprovasse a capitalização da empresa. O maior risco, no entanto, está dentroda própria Estre: o BTG, importante sócio da companhia, com 27,4% do capital.

Os persistentes rumores de que André Esteves já teria feito um acordo de delação premiada calam fundo em Wilson Quintella. É por ali que um veio de lama pode invadir os reservatórios da Estre. Enquanto a venda não sai e o fantasma da Lava Jato espreita à porta, a Estre Ambiental acumula prejuízos.

Até o momento, a empresa não divulgou os resultados de 2016, mas é pouco provável que tenha conseguido estancar a sangria dos anos anteriores: as perdas somadas entre 2013 e 2015 passaram dos R$ 800 milhões. O passivo, por sua vez, teria superado a marca de 3,5 vezes o Ebitda. Wilson Quintella Filho quer distância desta água barrenta. Por todos os motivos.

#Brookfield #BTG #Estre Ambiental #Lava Jato

Sérgio Andrade sai das sombras onde Otávio Azevedo sempre o escondeu

4/05/2017
  • Share

Na ponta do lápis e sobre o papel almaço, que é onde ficcionistas de finos hábitos cometem seus escritos, o empreiteiro Sérgio Andrade bem que poderia ser um personagem literário. Andrade evoca o Fausto de Goethe. Ele negocia sua alma com Mefistófeles em troca da onipresença de Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, em todo o processo da Lava Jato. Azevedo, por sua vez, teria vendido seu sacrifício a Andrade, por farta pecúnia. O pagamento de gratificação entre sócios é o que permite ao empreiteiro ocultar-se no latíbulo perfeito, onde todos veem e sabem sem que ninguém o enxergue e denuncie.

Consta que Andrade pagou uma gratificação de R$ 140 milhões a Azevedo pelos seus sacrifícios. O executivo assumiria solitariamente a magnífica culpa pelos malfeitos. Como todos sabem, Andrade e Azevedo são o par perfeito da construção pesada. Aliás, eles ultrapassaram o setor, atravessando de mãos dadas os territórios da energia elétrica e da telefonia. Em todas essas empreitadas deixaram um rastro de práticas inconfessáveis. Foi identificada através das delações uma hidra de subornos: pagamentos por fora a Aécio Neves no processo de entrada no capital da Cemig, propina ao ex-deputado Eduardo Cunha e irregularidades nas obras do metrô de São Paulo, Rodoanel, Linha Amarela, hidrelétrica de Jirau, Angra 3, Belo Monte, Petrobras, reforma do Maracanã, além da GameCorp de Lulinha etc. etc. etc.

Diria Mefistófeles diante da extensa lista: nada que as outras empreiteiras não tenham feito. Os donos das demais construtoras, porém, não tinham um Otávio Azevedo. Ele entregou nomes, posou para a história algemado, cometeu perjúrio ao mudar seu próprio depoimento, mas, em momento algum, girou sua metralhadora na direção de Sergio Andrade. Manteve também prudente silêncio sobre as perigosas armações que levaram à criação da Oi e sua fusão com a Portugal Telecom, permitindo que a Andrade Gutierrez e a La Fonte – pertencente ao empresário Carlos Jereissati – abrissem uma janela milionária de saída depois de tosquiar a empresa e deixá-la às portas da recuperação judicial.

Também aqui interviria, recorrente, Mefistófeles: ora, o ex-presidente da Camargo Correa Dalton Avancini teve a mesma atitude protetora com as sócias da empreiteira, as irmãs Regina Camargo Pires de Oliveira Dias, Renata de Camarg Nascimento e Rosana Camargo de Arruda Botelho. O executivo não envolveu as meninas em instante nenhum. Assim não é, e nem lhe parece. As filhas do fundador da empreiteira, Sebastião Camargo, são herdeiras no estilo passadista: moram na Europa, não participam da gestão, nem sabem o que acontece na firma.

Para todos os efeitos, terceirizaram seu papel de donas para os respectivos maridos. Sergio Andrade, ao contrário, era sócio, gestor, planejador e executor das artimanhas da construtora. E todos sabem disso. Passados 22 meses desde que Otávio Azevedo foi preso, solto, preso mais uma vez e novamente solto, aguardando o desfecho de sua pena em prisão domiciliar, tudo indica que Sergio Andrade, enfim, sairá das trevas, no recall convocado pela força-tarefa de Curitiba.

Há versões de que Andrade se antecipará aos fatos em uma colaboração espontânea, prática já ocorrida com diversos outros depoentes da Lava Jato. Seria mais uma astuciosa manobra do empresário para se manter firme como Minas Gerais, de onde é oriundo: estar na escuridão, onde sempre esteve. Mas, mesmo com essa espontaneidade toda na sua delação, não haverá mais jeito. Otávio Azevedo fez tudo o que podia ser feito. Agora Sergio Andrade virá à tona.

#Lava Jato #Sergio Andrade

“Bombando” no twitter

3/05/2017
  • Share

Não deixa de ser curioso: Eduardo Cunha ganhou 40 mil seguidores no Twitter desde que foi preso, em outubro. Isso sem qualquer nova postagem de lá para cá, por motivos mais do que óbvios.

#Eduardo Cunha #Twitter

Voltando para o azul

25/04/2017
  • Share

O FI-FGTS, antigo cluster de Eduardo Cunha, voltou a operar no azul. Em 2015, a carteira de ativos registrou um prejuízo de R$ 900 milhões.

#Eduardo Cunha #FI-FGTS

Se os elevadores falassem…

19/04/2017
  • Share

Entre os procuradores da Lava Jato, o tradicional Edifício Depaoli, no Centro do Rio, já ganhou a jocosa alcunha de “Propinão”. O prédio abriga escritórios do ex-deputado Eduardo Cunha, do senador Lindbergh Faria e da UTC Engenharia. Nos últimos meses, a presença de agentes da Polícia Federal no condomínio virou rotina.

#Eduardo Cunha #Lava Jato #UTC Engenharia

Rádio pirata

18/04/2017
  • Share

A Lava Jato investiga se Eduardo Cunha ainda é sócio de uma rádio em Pernambuco que, segundo ele, teria sido vendida há dez anos. Entre os procuradores, a emissora já ganhou um slogan: “A rádio que toca propina”.

#Eduardo Cunha #Lava Jato

A razão cínica da “Constituinte Já”

18/04/2017
  • Share

O jogo foi pesado nesses dias da Semana Santa. Com sua entrevista à Band, Michel Temer assumiu-se como o Pôncio Pilatos da sua própria ópera bufa. Denunciou o golpe em Dilma Rousseff, lavrado por Eduardo Cunha. Sua aquiescência foi uma confissão de cumplicidade. Lavou as mãos. As mesmas que estendeu a Lula sob o corpo de D. Marisa e estão novamente ao seu dispor.

O Plano B do PMDB de reeditar uma chapa com Lula na cabeça pode passar a ser o Plano A se houver somente uma boia salva vidas para todos. Ou seja: enquanto o TSE pensa sobre o andamento do processo de cassação da chapa Dilma/Temer, a conspiração para uma nova tabelinha PT/PMDB correria solta. Das cinzas, o renascimento. O ex-presidente reza a todas as santas de São Bernardo, Santo André e Diadema, por uma solução que o poupe de ter de partir para a briga.

Lula carrega evidências de crimes nas costas, tem dúvidas se seu exército atende o chamado para a luta e, o que é pior, teme, caso venha a ser preso, que ninguém vá para as ruas. Seria a sentença aplicada pelo povo. Só agendas diversionistas como a da Constituinte e do pacto o tiram dessa. O cacife que Lula dispõe é a resiliência de 30% do eleitorado. Mas, para esse jogo ser jogado, é preciso que emissários de todos os reinos se disponham a defender firmemente seu protetorado.

Os ex-presidentes da República, FHC à frente, alicerçam o pacto que seria firmado não em cima da Lava Jato, mas da convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, que tomaria posse neste ano. Eles conduziriam o governo Temer ao seu desfecho em 2018, fazendo do pacto um cordão sanitário, pelo menos do ponto de vista simbólico e ritualístico. É quase certo que a Constituinte teria uma participação especial da tropa do STF, que não pretende entregar de mãos beijadas o caminhão de poder arrancado dos últimos governos.

Nesse cenário em que a ficção flerta com a realidade, o condutor dos trabalhos seria o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, na condição de candidato a vice-presidente em uma virtual chapa com Lula. As reformas de Temer entrariam no bojo da Constituinte, passando, assim, a serem emendas com maior legitimidade. Com a mudança prevista da Constituição, tudo que foi operado pela Lava Jato, até a própria forma de funcionamento do Ministério Público, uma jabuticaba amarga que brotou na carta de 1988, fica sub judice ou na espera de reconstitucionalização.

Da boca para fora, a velha guarda dos parlamentares pregará a renovação da política. Ao mesmo tempo buscará a costura de um acordo que alivie as penas e reduza os dolos próprios e dos seus pares. O pacto é plural. A melhor metáfora seria a de uma orquestra sinfônica com um naipe de metais e uma seleta de violinos e violoncelos cortantes de tão afiados. Ou um filme de George Lucas, com a Constituinte voando na velocidade da luz e cuspindo leis como balas, sem poder errar o alvo. E as eleições representando o lado claro, clean, da força, trazendo a mudança e o rejuvenescimento. Há um quê de realismo mágico sem dúvida nesse enredo do RR. Um combinado de informações de cocheira com uma composição literária à lá Julio Cortázar. São muitas as predições a confirmar. Quem viver verá?

#Dilma Rousseff #Lula #Michel Temer #PMDB

A voz do apocalipse

13/04/2017
  • Share

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos últimos seguidores fiéis de Eduardo Cunha, ganhou nos corredores da Câmara o apelido de “Mensageiro da morte”. Marun sempre tem na ponta da língua um alerta ou uma lembrança do ex-presidente da Câmara feita sob medida para cada um de seus antigos correligionários.

#PMDB

Prontuário

7/04/2017
  • Share

A defesa de Eduardo Cunha fez novo pedido de habeas corpus ao STF, fato confirmado ao RR pelos advogados do ex-deputado. Não custa lembrar que, em fevereiro, Cunha encaminhou à Justiça exames médicos para comprovar que é portador de um aneurisma intracraniano.

#Eduardo Cunha #STF

Os fundos de Cunha

31/03/2017
  • Share

A delação de Fabio Cleto, que era o homem de Eduardo Cunha na Caixa Econômica, empurra a Lava Jato para cima dos fundos de pensão Petros, Previ e Funcef. Cleto tem ajudado a força tarefa a mapear a interferência do próprio Cunha em investimentos da tríade, a começar pela malfadada Sete Brasil.

#Caixa Econômica #Eduardo Cunha #Lava Jato #Petros

As contas de Cunha

27/03/2017
  • Share

Pelo visto, a família de Eduardo Cunha já conseguiu equacionar os problemas de liquidez que vinha acusando. O pagamento do condomínio das salas 3201, 3203, e 3212 do Edifício Di Paoli, no Centro do Rio, que chegou a acumular três meses de atraso, foi normalizado. As três pertencem a Cunha, conforme declaração de bens entregue ao TSE em 2014.

#Eduardo Cunha #TSE

Renan, o “pobre órfão”

13/03/2017
  • Share

Renan Calheiros deu para se queixar de tudo. Além de bradar contra o poder de Eduardo Cunha junto ao Planalto, reclama também de perda de espaço no Senado para Eunício de Oliveira e Romero Jucá. Está bem, o RR acredita no coitadinho: Renan não apita mais nada no governo…

#Eduardo Cunha #Renan Calheiros

Sem Cunha, mas com melodia

14/02/2017
  • Share

Curioso: foi só Eduardo Cunha, maior nome do seu cast de apresentadores, sair de cena para a Rádio Melodia atingir, em janeiro, o maior ibope da sua história (2,3%). Ainda assim, corre no mercado que, depois da prisão do ex- deputado, o pastor evangélico Francisco Silva tem suado para pagar as contas da emissora, informação que a empresa nega.

#Eduardo Cunha #Rádio Melodia

Telefone sem fio

2/02/2017
  • Share

O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer. O que significa dizer que Eduardo Cunha tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Acervo RR

Telefone sem fio

2/02/2017
  • Share

O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer. O que significa dizer que Eduardo Cunha tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Fim de mandato

27/01/2017
  • Share

A trajetória profissional de Danielle Dytz Cunha, filha de Eduardo Cunha, sofreu um duro baque. Antes concorridíssima, a publicitária encerrou suas atividades de assessoria e consultoria a parlamentares.

#Eduardo Cunha

Habeas corpus adiado

26/01/2017
  • Share

A morte de Teori Zavascki abalroou Eduardo Cunha. Seus advogados já dão como certo o adiamento do julgamento do pedido de habeas corpus previsto para 8 de fevereiro.

#Eduardo Cunha #Teori Zavascki

Apoio a distância

13/01/2017
  • Share

Diretamente do cárcere, Eduardo Cunha tem se empenhado em caçar votos para a candidatura de Jovair Arantes (PTB-GO) à presidência da Câmara dos Deputados. Pelo menos é o que a campanha de Rodrigo Maia faz questão de espalhar entre os congressistas.

#Eduardo Cunha #Jovair Arantes #Rodrigo Maia

Delação a caminho 2

9/01/2017
  • Share

Entre os parlamentares, há um consenso de que 8 de fevereiro é o dia D de Eduardo Cunha. Se o STF negar seu pedido de habeas corpus, previsto para ser julgado nessa data, o ex-deputado parte para a delação.

#Eduardo Cunha #STF

Réveillon 2

5/01/2017
  • Share

No vai e vem entre Curitiba e Rio de Janeiro, Claudia Cruz e as filhas de Eduardo Cunha tiveram um réveillon discreto. Bem diferente da passagem de 2015 para 2016, quando desfrutaram do conforto e luxo de um resort em Cuba, com direito às imagens de praxe nas redes sociais.

#Eduardo Cunha

Efeito dominó

29/12/2016
  • Share

A delação do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fabio Cleto está permitindo à Lava Jato montar um novo e instigante quebra-cabeças: as peças revelam as relações entre empresas interessadas em obter recursos do FI-FGTS, administrado pela Caixa, e uma miríade de parlamentares que orbitavam em torno de Eduardo Cunha.

#Caixa Econômica #FI-FGTS #Lava Jato

Lava Jato 1

27/12/2016
  • Share

A Lava Jato investiga as relações do doleiro e lobista Lucio Funaro com Furnas. O que significa dizer que ela investiga as guloseimas e travessuras de Eduardo Cunha na estatal.

#Eduardo Cunha #Lava Jato

Literatura policial

23/12/2016
  • Share

O sistema penitenciário brasileiro ainda vai acabar formando uma nova geração de escritores. A exemplo de Eduardo Cunha, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão, aproveita o cárcere para rascunhar suas memórias. Antes do BB, Pizzolato passou pela Previ e trabalhou na campanha de Lula em 2002.

#Banco do Brasil #Eduardo Cunha #Previ

Dr. Delação

22/12/2016
  • Share

O advogado Marlus Arns de Oliveira, contratado por Eduardo Cunha e Claudia Cruz há menos de dois meses, tornou-se o principal estrategista da defesa do casal. Arns é especialista em delação premiada.

#Eduardo Cunha

Cabral, Lula e Dilma são os culpados pela tragédia financeira do Rio de Janeiro

12/12/2016
  • Share

Sérgio Cabral é o maior culpado pela tragédia financeira do estado. Vox populi, vox Dei. Quem o condena não é o RR, mas uma sondagem feita por esta newsletter na santíssima trindade dos bairros do Rio – Copacabana, Centro e Méier. Para 62% dos 298 entrevistados, o título de exterminador do estado é de Cabral. O ex-governador recebeu o dobro da votação somada do segundo e do terceiro colocados. Mas novidade mesmo, com todo respeito a Cabral, é o reconhecimento que a população do Rio empresta a Lula e Dilma Rousseff. Os dois são os principais responsáveis pela desgraça financeira do estado na opinião, respectivamente, de 17% e 14% dos consultados.

É a constatação de que verba federal nem sempre traz popularidade. Foram citados ainda Luiz Fernando Pezão (5%) e o prefeito em fim de mandato Eduardo Paes (2%). Sergio Cabral está em todas. Para 56%, o ex-governador é também o maior vilão do Rio. Em segundo lugar, vem Anthony Garotinho, com 16%. Eduardo Cunha recebeu 11% das respostas, seguido do presidente da Alerj, Jorge Picciani (7%). A partir daí, a percepção de vilania começa a ficar mais fragmentada.

Mais uma vez, os entrevistados separaram o criador da criatura: Pezão foi lembrado apenas por 4% dos votantes. Mesmo sem qualquer ingerência direta na administração do estado, Jair Bolsonaro recebeu 3% das menções – talvez numa interpretação mais ampla do termo “vilão”. Eduardo Paes somou apenas 2%. Por fim, a curiosa lembrança de 1% dos entrevistados ao nome de Roberto Jefferson, que hoje  está mais para político aposentado.

Tomando como referência os três maiores vilões do Rio apontados na questão anterior (Sergio Cabral, Anthony Garotinho e Eduardo Cunha),o RR perguntou: “No intervalo de um a cem, quantos anos de prisão cada um destes políticos merece?” Não obstante a inevitável ausência de embasamento jurídico nas respostas, o resultado exprime a revolta e a raiva da população do Rio. É uma métrica da indignação. Na média dos votos, Cabral foi “condenado” a 82 anos de prisão. Já Eduardo Cunha merece 81 anos de cárcere, na opinião dos entrevistados. Garotinho pegou a “pena” mais branda: 78 anos.

Em relação aos agentes privados que, de uma maneira ou de outra, se beneficiaram com as malversações do governo, deu o óbvio. Para 44% dos consultados, quem mais ganhou com a roubalheira do Rio foram as empreiteiras. Em segundo lugar, quase que por osmose, a antiga diretoria da Petrobras, com 15%. Escritórios de advocacia receberam 12%. Para 11% dos entrevistados, quem mais se aproveitou das falcatruas foram as joalherias, como se sabe hoje um segmento que contava com o especial apreço da família Cabral.

Até então tudo razoavelmente dentro do script. O que surge como um ponto fora da curva é a citação à imprensa (12%). A princípio, a resposta pode causar estranheza. Mas as barbaridades estampadas nas páginas dos jornais e noticiadas na TV talvez expliquem, ainda que por um ângulo mórbido, o aumento da audiência. Outras duas áreas de negócio afins com a imprensa também foram citadas: agências de publicidade e agências de comunicação, cada grupo com 3%. Curioso.

Por fim, uma pergunta diretamente relacionada à crise financeira do estado e ao bolso do cidadão: “O estado do Rio deve suspender pagamento da dívida aos bancos até receber recursos do governo federal para resolver a crise?” Dos 298 entrevistados, 72% disseram que sim. Mais impactante, no entanto, é o universo de 28% que preferem ver o governo do Rio pagando aos bancos em vez de segurar os recursos para outras despesas, inclusive pessoal. Talvez seja um indicativo de que as consequências de uma moratória ainda estão vivas na memória de muita gente.

#Dilma Rousseff #Lula #Sérgio Cabral

Sabatina

1/12/2016
  • Share

Além de Michel Temer, Eduardo Cunha pretende chamar Jorge Picciani como sua testemunha de defesa. Nem que seja apenas para também lhe enviar uma lista de apimentadas perguntas.

#Eduardo Cunha #Jorge Picciani #Michel Temer

Esclarecimento

16/11/2016
  • Share

Em relação à matéria postada no dia 1 de novembro, o empresário Ricardo Andrade Magro procurou o RR para fazer o seguinte esclarecimento:

“A Refinaria de Manguinhos é companhia aberta com ações negociadas na Bovespa, logo não detém um dono. A família de Ricardo Andrade Magro detém apenas quantidade majoritária das ações da companhia”.

Ricardo Andrade Magro, nunca foi intimado para prestar qualquer tipo de esclarecimento na chamada Operação Lava-Jato. Logo, desconhece que seja alvo desta investigação.

Da mesma forma, desmente que tenha sido parceiro de negócios do Sr. Eduardo Cunha, ressaltando que o único fato que envolveu o seu nome com o do ex-deputado, foi objeto de inquérito junto à Suprema corte brasileira, que arquivou o caso a pedido da Procuradoria Geral da República, por considerar que não existia qualquer crime na referida apuração.

Por fim, Ricardo Andrade Magro enfatiza que, diferentemente, do destacado pelo site, jamais teve qualquer tipo de interesse em colocar obstáculos na referida fusão e que tem certeza que a mesma afirmação se aplica à Refinaria de Manguinhos”.

#Banco Central #Ilan Goldfajn

Na escuta

8/11/2016
  • Share

 Os ministros Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima foram destacados para monitorar a pulsação de Eduardo Cunha na prisão, notadamente seus batimentos cardíacos em relação a Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Eliseu Padilha #Geddel #Michel Temer

Ultra encontra um pedágio pelo caminho

1/11/2016
  • Share

  No Grupo Ultra, há poucas dúvidas quanto às intenções de Ricardo Andrade Magro, dono da Refinaria de Manguinhos. Investigado pela Lava Jato, o antigo parceiro de Eduardo Cunha está diante de uma grande oportunidade de “negócio”. E esta oportunidade surgiu à sua frente graças ao Cade, que declarou Manguinhos como parte interessada na venda da rede de postos Ale para a Ipiranga. Ou seja: Magro conseguiu colocar o bode na sala e agora, ao que tudo indica, vai cobrar caro para tirá-lo de lá. O Ultra, dono da Ipiranga, já trata como inevitável uma dura negociação com Manguinhos para que a refinaria não se interponha – tanto na esfera administrativa, caso do Cade, quanto, sobretudo, no âmbito jurídico – à venda dos postos Ale.  Em sua decisão, o Cade considerou que a aquisição da Ale pela Ipiranga poderá causar um grau de concentração na compra de combustível capaz de afetar os interesses da Refinaria de Manguinhos. Curioso: ao que consta, Manguinhos não refina uma gotícula de petróleo há anos. Seu core business é brigar com o governo do estado para não pagar o ICMS sobre o pouco combustível que comercializa, todo ele importado. • As seguintes empresa não retornaram ou não comentaram o assunto: Manguinhos.

#Ale #Grupo Ultra #Ipiranga #Lava Jato #Ricardo Andrade Magro

Evocação

1/11/2016
  • Share

 O Planalto tem sido pressionado pelo próprio PMDB para acelerar a substituição de André Moura (PSC-CE) na liderança do governo na Câmara. A presença de Moura no cargo traz a reboque o espectro de Eduardo Cunha, seu regente.

#Eduardo Cunha #PMDB

Acervo RR

Calendário

28/10/2016
  • Share

 Coincidência que não quer calar: Constantino de Oliveira Junior saiu da presidência executiva da Gol em 2012. Ou seja: deixou de ser diretor estatutário exatamente no ano em que, segundo a Lava Jato, a companhia aérea começou a fazer pagamentos para empresas ligadas a Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Gol #Lava Jato

Quatro mãos

28/10/2016
  • Share

 A jornalista Claudia Cruz assumiu a função de ghostwriter do livro que seu marido, Eduardo Cunha, está escrevendo sobre os bastidores do impeachment.

#Eduardo Cunha #Impeachment

Bons de bola

26/10/2016
  • Share

 A eventual delação de Eduardo Cunha causa apreensão também entre os cartolas da CBF. Cunha tem uma história de tabelinhas com a entidade. Foi ele, inclusive, quem indicou o deputado Marcelo Aro (PHS-MG) para a diretoria de ética e transparência da CBF.

#CBF #Delação premiada #Eduardo Cunha

Acervo RR

Memórias

25/10/2016
  • Share

 O ex-deputado Eduardo Cunha manteve longas conversas telefônicas com o polêmico e antigo parceiro Arthur Falk. Apelidado de “Desfalque”, Falk foi um controvertido operador no mercado financeiro nos anos 90. Fez de tudo um pouco: vendeu barrilha e até agenciou modelos.

#Eduardo Cunha

Fora de cobertura

20/10/2016
  • Share

 Apenas duas horas após a sua prisão, Eduardo Cunha já contabilizava cerca de mil seguidores a mais no Twitter, rompendo a marca dos 280 mil usuários. Só não se sabe muito bem o que essa turma vai seguir.

#Eduardo Cunha

Show do Cunha

7/10/2016
  • Share

 Eduardo Cunha pensa em voltar ao rádio, a trincheira onde começou a construir sua popularidade, notadamente com o eleitorado evangélico.

#Eduardo Cunha

Urubu

4/10/2016
  • Share

 Eduardo Cunha está se tornando um personagem pop nas redes sociais. Nos últimos dias, por exemplo, tem usado recorrentemente o Twitter para publicar mensagens de apoio ao Flamengo, sempre arrastando milhares de curtidas e compartilhamentos. Em tempo: o ex-congressista ainda assina sua conta como Deputado Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Flamengo

Bullets

26/09/2016
  • Share

 Eduardo Cunha já foi procurado por produtores de cinema interessados em levar para a telona o livro que promete lançar em dezembro, revelando as entranhas do impeachment. •••  Os advogados de Lula deverão acionar o Google. Buscas pela expressão “Maior ladrão do Brasil” levam a imagens do ex-presidente. •••  O PSDB tenta emplacar o nome de Renato Villela, ex-secretário de Fazenda de Geraldo Alckmin, como ministro do Planejamento. Villela também está cotado para um cargo na Pasta da Fazenda.

#Eduardo Cunha #Geraldo Alckmin #Lula #PSDB

A rede de Cunha

22/09/2016
  • Share

 Eduardo Cunha promete usar e abusar das redes sociais para destilar seu veneno. No último sábado, ele teve uma amostra do sucesso que a estratégia poderá alcançar. Em poucas horas, os ataques a Moreira Franco somaram mais de mil curtidas e compartilhamentos no Twitter.

#Eduardo Cunha #Moreira Franco #Twitter

De volta à Real Grandeza

21/09/2016
  • Share

 Sergio Wilson Fontes reassumirá, em outubro, a presidência da Fundação Real Grandeza, que administra um patrimônio da ordem de R$ 13 bilhões. Ainda que por vias oblíquas, sua indicação é uma forma de o governo Michel Temer asseverar o distanciamento de Eduardo Cunha. Em 2009, o próprio Fontes foi defenestrado do comando da Real Grandeza a pedido de Cunha e aliados, que, à época, emplacaram o nome de Aristides Leite França no comando do fundo de pensão. França faleceu no mês passado.

#Eduardo Cunha #Fundação Real Grandeza

Benchmarking

1/09/2016
  • Share

 Ontem, logo após a votação em separado do impeachment e da inelegibilidade de Dilma Rousseff, Eduardo Cunha recebeu dezenas de telefonemas de saudação de aliados. Há a certeza de que ele será cassado. E a convicção de que voltará à Câmara em dois anos e meio.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Impeachment

On the records II

12/08/2016
  • Share

 Em relação à informação publicada ontem, o empresário Ricardo Andrade Magro entrou em contato com o RR afirmando que não procurou Eduardo Cunha, motivo pelo qual “não é possível que o parlamentar tenha ficado intrigado”.

#Eduardo Cunha #Ricardo Andrade Magro

On the records

11/08/2016
  • Share

 Ricardo Andrade Magro, dono da Refinaria de Manguinhos e figurinha carimbada da Lava Jato, tentou por duas vezes um encontro com Eduardo Cunha. Não teve sequer resposta. Consta que Cunha ficou bastante intrigado com a insistência do antigo parceiro em revê-lo. Talvez tenha sentido um cheiro de “Sergio Machado” no ar.

#Eduardo Cunha #Refinaria de Manguinhos

Cunha manda CPI do Futebol para escanteio

9/08/2016
  • Share

 A CPI do Futebol é o mais novo exemplo do poder que Eduardo Cunha mantém na Câmara dos Deputados – ainda que um exemplo relativamente prosaico se comparado a algumas de suas maiores façanhas. Nos últimos dias de trabalho da CPI, encerrada há duas semanas, o ex-presidente da Câmara escalou alguns de seus melhores beques na Casa para garantir o esvaziamento da pauta, chutar as votações para escanteio e, sobretudo, proteger atuais e ex-dirigentes da CBF.  O desempenho da zaga de Eduardo Cunha – liderada pelos deputados Washington Reis (PMDB-RJ) e André Moura (PSC/CE), dois de seus mais fiéis aliados – não poderia ter sido melhor. A CPI chegou ao fim sem que o atual presidente da CBF, Marco Polo del Nero, tenha sido sequer convocado a depor. Os dois últimos caciques da entidade, José Maria Marin e Ricardo Teixeira, também escaparam ilesos. É mais um tento na lista de serviços prestados por Cunha à entidade. O parlamentar tem uma estreita relação com a CBF desde os tempos de Teixeira. Mais recentemente, foi o artífice da indicação do deputado mineiro Marcelo Aro para a diretoria de Ética e Transparência da Confederação.

#CBF #Eduardo Cunha #futebol #José Maria Marin #Marco Polo Del Nero #Ricardo Teixeira

Lava Jato AM

5/08/2016
  • Share

 A Rádio Satélite, de Pernambuco, estaria à venda. Trata-se de uma mais célebres emissoras do país desde o advento da Lava Jato. O Ministério Público Federal garante que ela pertence a Eduardo Cunha. O deputado, por sua vez, não se cansa de negar a propriedade da rádio, afirmando que a vendeu para o pastor RR Soares há quase dez anos.

#Eduardo Cunha #Lava Jato #Rádio Satélite

Acervo RR

Pela raiz

25/07/2016
  • Share

 Como se não bastasse a derrocada de Eduardo Cunha, a prisão de Ricardo Andrade Magro tem se revelado um duro golpe para as campanhas do PMDB e do PT a prefeituras do interior do Rio. Magro tinha um papel fundamental no project finance dos dois partidos.

#Eduardo Cunha #PMDB #PT

Boa-fé

15/07/2016
  • Share

 Pastores ligados a Eduardo Cunha tentaram ao longo da semana organizar um dia de vigília e orações pelo ex-presidente da Câmara. No entanto, a ideia não frutificou entre os líderes da Assembleia de Deus de Madureira, frequentada pelo ainda deputado federal. O mote “A Igreja do Cunha” não lhes interessa mais.

#Eduardo Cunha

Acervo RR

Chapa única

14/07/2016
  • Share

 Ontem à tarde, poucas horas antes da eleição para a presidência da Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF) ainda encontrava tempo para fazer corpo a corpo pelo adiamento da votação do processo de cassação de Eduardo Cunha na Comissão de Constituição e Justiça.

#Eduardo Cunha

Chapa única

14/07/2016
  • Share

 Ontem à tarde, poucas horas antes da eleição para a presidência da Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF) ainda encontrava tempo para fazer corpo a corpo pelo adiamento da votação do processo de cassação de Eduardo Cunha na Comissão de Constituição e Justiça.

#Eduardo Cunha

Vai ter troco?

1/07/2016
  • Share

 O próprio Eduardo Cunha já contabiliza 280 votos na Câmara favoráveis a sua cassação. Desses, há 70 deputados que ele computa na coluna da traição.

#Eduardo Cunha

O vazio André Moura

13/06/2016
  • Share

 O criador perde força e a criatura derrete. Sutilmente, o Planalto vem esvaziando o deputado federal André Moura, líder do governo na Câmara – o que, em última instância, significa esvaziar o cada vez mais encalacrado Eduardo Cunha. Na prática, a liderança tem sido exercida por Pauderney Avellino (DEM-AM), que, entre outros predicados, tem ótimo trânsito junto ao sempre dúbio PSDB.

#Eduardo Cunha

Negócios

Fio condutor

9/06/2016
  • Share

 Tia Eron, dona do voto decisivo que cassará ou não o mandato de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, nega que tenha conversado com o presidente afastado da Câmara nos últimos dias. É uma meia verdade. Ela só tem ouvidos para o deputado Washington Reis (PMDB-RJ). O que dá no mesmo.

#Eduardo Cunha

Um pacto à luz do dia em nome da democracia

31/05/2016
  • Share

 O futuro da democracia brasileira passa, nas próximas semanas, pela antecipação da eleição direta para a Presidência, um pacto entre as principais lideranças políticas e os Poderes da República e a definição sobre a negociação de uma “janela” na Lava Jato para que o pleito possa se dar de forma soberana. A ordem dos fatores altera o produto. O pacto social antecede os demais, pois lubrifica as mudanças constitucionais necessárias e o novo ambiente institucional. O acordão por meio do qual pretende se legitimar as “Diretas Já” é primo distante daquele conspirado por Romero Jucá e Sérgio Machado. É motivado por intenções distintas, pode ser articulado e anunciado à luz do dia e, em vez de ser uma costura entre Eduardo Cunha, Michel Temer, Renan Calheiros et caterva, seria alinhavado, por cima, por Fernando Henrique Cardoso, Lula, Ciro Gomes, Dilma Rousseff, Jaques Wagner, Tasso Jereissati e, acreditem, Aécio Neves, além de empresários de primeira grandeza que voltaram a pensar no Brasil.  Os articuladores não acreditam em uma reação de Temer e sua turma, denunciando o “golpe dentro do golpe”, apesar de estarem atentos aos afagos cada vez mais explícitos do presidente interino aos comandantes militares. O professor de Direito Constitucional e suas eminências pardas sabem que a governança do país é extremamente frágil. Um “frentão” juntaria as ruas com a Av. Paulista e mudaria de direção o leme da imprensa. O espinho é o que fazer com a Lava Jato, que, se por um lado, descortinou as tenebrosas transações com a pátria mãe tão distraída, por outro, gangrenou a democracia com a criminalização do futuro. A instituição de uma “janela” na nossa Operazione Mani Pulite seria uma concessão para que as eleições diretas já não se dessem no ambiente de investigações, delações e aceitação de provas forjadas que sancionam a culpa antes mesmo da denúncia. Pensa-se em algo derivado a partir do modelo de anistia com punições razoáveis criado para a repatriação do capital estrangeiro: quem confessa sua irregularidade não é criminalizado, mas paga multa pecuniária.  Todos os participantes desse programa de adesão espontânea não teriam seus direitos eleitorais subtraídos inteiramente, mas somente no próximo pleito. A condição para que o próprio infrator confessasse a “malfeitoria de fato” sem ser criminalizado esterilizaria os porões das investigações, nos quais a intimidade do cidadão é devassada e revelada no limite dos seus pensamentos inconfessáveis, que nada têm a ver com qualquer dos delitos aventados. É nesse ponto crucial que surge a importância simbólica de Sérgio Moro em toda essa arrumação. Caberia a ele validar a seguinte mensagem: a Lava Jato não morreu, a Lava Jato entrou em uma nova fase. E não vai ter “golpe” e crime estampado diariamente nas bancas de jornais. Vai ter eleição e vai ter governança.

#Aécio Neves #Ciro Gomes #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #FHC #Jaques Wagner #Lava Jato #Lula #Michel Temer #Renan Calheiros #Romero Jucá #Sérgio Machado #Sérgio Moro

Acervo RR

Suspense

31/05/2016
  • Share

 Os candidatos do PMDB do Rio às eleições municipais estão agoniados com as incertezas que cercam o futuro político de Eduardo Cunha. O presidente afastado da Câmara é peça chave para a montagem, digamos assim, do project finance das campanhas peemedebistas no interior do estado.

#Eduardo Cunha #Eleição Municipal RJ -2016 #Eleições #PMDB

“Governo Cunha” avança novas jardas

20/05/2016
  • Share

  A cada dia que passa, Eduardo Cunha amplia seu raio de ação e estende um novo tentáculo no governo Michel Temer. Cunha mira agora nos bancos estatais. Na Caixa Econômica Federal, a bola da vez é o deputado Manoel Junior (PMDB-RJ), forte candidato à vice-presidência de Operações Corporativas. O parlamentar carrega como maior credencial para o cargo o fato de ser um dos mais fiéis aliados de Cunha no Congresso. Ao mesmo tempo, o presidente afastado da Câmara estaria cavando uma diretoria do Banco do Brasil para o executivo Joaquim Cruz, funcionário de carreira da instituição. Neste caso, a indicação pode ser atribuída a um “consórcio” entre Cunha e Ciro Nogueira, presidente do PP. Foi o próprio Nogueira que há cerca de dois meses garantiu a nomeação de Joaquim Cruz para a diretoria de negócios do Banco do Nordeste .  O que mais chama a atenção é a investida de Eduardo Cunha sobre a Caixa Econômica. Caso se confirme, a nomeação de Manoel Junior configurará caso de reincidência. Durante o governo Dilma Rousseff, Cunha manteve os dois pés no banco com a presença de Fabio Cleto na vice-presidência de Governo e Loterias. Deu no que deu. Hoje, Cleto negocia um acordo de delação premiada com a Lava Jato. Ele já teria confirmado aos procuradores de Curitiba que Eduardo Cunha recebia propina de empresas beneficiadas com recursos do FI-FGTS, fundo administrado pela Caixa.

#Banco do Nordeste #Caixa Econômica #Eduardo Cunha #FI-FGTS #Lava Jato #Michel Temer

Cunha não para

16/05/2016
  • Share

 Eduardo Cunha articula 24 horas por dia para que André Moura (PSC-SE), um de seus mais fiéis aliados, seja o novo líder do governo na Câmara. De quebra, trata de manter em alta a “candidatura” de Jovair Arantes (PTB-GO) para o seu lugar caso seja definitivamente afastado da presidência da Casa.

#Eduardo Cunha #Jovair Arantes

Bancada fiel

10/05/2016
  • Share

 Na última quinta-feira, quando teve seu mandato suspenso pelo STF, em poucas horas da manhã Eduardo Cunha recebeu telefonemas e mensagens de apoio de 138 deputados. Ou algo em torno de 25% da Câmara.  Por falar em Eduardo Cunha, ele tem destilado todo o seu fel para cima de Romero Jucá, um dos cavaleiros da távola redonda de Michel Temer. Cunha acusa Jucá de romper acordos que jamais poderiam ser quebrados.  Jovair Arantes (PTB-GO) costura um acordão para ser o candidato do PMDB e do PSDB à presidência da Câmara.

Enigma de Renan Calheiros

10/05/2016
  • Share

 Como não ser o Eduardo Cunha da vez logo após a votação do impeachment no Senado? Cartas para a redação

#Eduardo Cunha #Renan Calheiros

Catequese

6/05/2016
  • Share

 Depois de gravar um reclame comercial com o pastor Marco Antonio Feliciano destinado à população evangélica, Michel Temer deverá estrelar um filmete com Paulinho da Força, endereçado aos “trabalhadores do Brasil”. Tanto num caso quanto no outro, produções assinadas por Eduardo Cunha. – Em tempo: mais do que o PRB, a quem o cargo foi oferecido, o novo ministro da Ciência e Tecnologia terá a bênção do próprio Feliciano.

#Michel Temer #Paulinho da Força

Profundezas

3/05/2016
  • Share

 Em sua delação premiada, o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fabio Cleto teria mergulhado nas relações entre Eduardo Cunha e Emival Caiado, primo do senador Ronaldo Caiado e dono da usina eólica Rialma. Cleto, homem de confiança de Cunha na CEF, era um dos gestores do FI-FGTS quando o fundo liberou R$ 571 milhões para a geradora.

#Caixa Econômica #FI-FGTS #Rialma

Carro de som

29/04/2016
  • Share

 O deputado Paulinho da Força – uma espécie de imediato de Eduardo Cunha no Congresso – está pessoalmente empenhado na organização dos eventos da Força Sindical para o Dia do Trabalho, no próximo domingo. Seu objetivo é mostrar o apoio da “classe trabalhadora” ao iminente governo Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Lula lança sua campanha de fora para dentro do Brasil

26/04/2016
  • Share

 O ex-presidente Lula programa sua caravana internacional para depois de batido o martelo do impeachment. Lula, conforme noticiou o RR na edição de 12 de abril, aposta que o longo prazo fortalece o discurso do “golpe” e que a mídia estrangeira poderá dar uma contribuição inestimável para a volta do PT. Afinal, todos os principais jornais do mundo publicaram que Dilma foi vítima de uma “trama anticonstitucional” e que os responsáveis pela sua queda são acusados de corrupção, sem exceção. Por essa linha de raciocínio, é preciso alimentar esses jornalões e emissoras de televisão. Nas hostes petistas reina a descrença de que os “golpistas” tenham disposição para enfrentar a mídia estrangeira. Os gringos já marcaram sua posição contrária ao impeachment. E Eduardo Cunha, Renan Calheiros e mesmo Michel Temer não são bem os porta-vozes dos sonhos para a missão de reverter a opinião lá fora. Ninguém acredita também que um personagem com respeitabilidade no exterior, a exemplo de Fernando Henrique Cardoso, vá se prestar ao papel de ser o diplomata do impeachment. A última coisa de que se pode acusar FHC é que ele seja tolo.  Com relação a Lula, não faltam pedidos de entrevistas. The New York Times, Le Monde, Le Figaro, El País, The Wall Street Journal, Der Spiegel, entre outros jornais e revistas que desancaram o impedimento de Dilma Rousseff, estão na fila. O minueto entre Lula e Dilma Rousseff dessa vez parece ter sido bem ensaiado. Dilma sabe que está fora do governo. Entre os devaneios palacianos não falta, inclusive, quem a veja saindo do Alvorada antes de conclusos os 180 dias da sua crucificação pelo Senado Federal. Mas a presidente rebate esse gesto como se fosse uma adaga cravada em seu coração. Seu sacrifício até o último dia no cargo é o tributo que pagará pelo fortalecimento da candidatura do ex-presidente em 2018.  Por sua vez, a Lula cabem as acusações do “golpe” e a lembrança do legado do seu governo. Elas são a dupla mensagem com que pretende caminhar até 2018. A caravana holiday do ex-presidente é multiuso. Ela colabora também na blindagem do que vem sendo chamado de “Segundo Golpe”, ou seja, a prisão de Lula. Na pauta estão conversas com organizações de direitos políticos e humanos e chefes de Estado. Dessa vez, a campanha também vai se dar lá fora. E mesmo que haja um esforço concentrado para antecipação da prisão de Lula, não tem jeito, vai dar no New York Times.

#Lula

Real Grandeza

26/04/2016
  • Share

 Os poucos deputados da Comissão de Ética da Câmara que fazem oposição a Eduardo Cunha querem aproveitar o depoimento de Fernando Baiano, hoje, para questioná-lo sobre as ligações do parlamentar com o Real Grandeza. Consta que o fundo de pensão estava na “jurisdição” do lobista do PMDB.

#Eduardo Cunha #PMDB #Real Grandeza

Acervo RR

Real Grandeza

26/04/2016
  • Share

 Os poucos deputados da Comissão de Ética da Câmara que fazem oposição a Eduardo Cunha querem aproveitar o depoimento de Fernando Baiano, hoje, para questioná-lo sobre as ligações do parlamentar com o Real Grandeza. Consta que o fundo de pensão estava na “jurisdição” do lobista do PMDB.

#Eduardo Cunha #PMDB #Real Grandeza

Ascensão de Cunha

25/04/2016
  • Share

 Por razões óbvias, o fato não mereceu destaque na grande mídia: em meio ao processo de impeachment, Eduardo Cunha assumiu a presidência da AP-CPLP, associação que reúne os parlamentos dos países de língua portuguesa. Aliás, durante a cerimônia de posse, realizada em Brasília, congressistas ironizavam a “coerência” na linha de comando da entidade. Cunha recebeu o cargo do presidente da Assembleia Nacional Angolana, Fernando Piedade dos Santos, alvo de inúmeras denúncias de corrupção. Há, ao menos, uma diferença: Fernando Piedade é acusado de agir em nome dos interesses do presidente da República, José Eduardo dos Santos, há 37 anos no Poder.

#Eduardo Cunha #Impeachment

Sincronização

11/04/2016
  • Share

 Eduardo Cunha tem municiado os líderes do movimento “Vem pra Rua” com todos os detalhes sobre a agenda do impeachment. Fica mais fácil para o “cerimonial” sincronizar o andamento do processo com novas manifestações.

#Impeachment

Alugue um sócio

5/04/2016
  • Share

 A filha de Eduardo Cunha, Danielle Ditz Cunha, estaria desfazendo sua sociedade com o site Rent a Local Friend no Brasil – como diz o nome, especializado no “aluguel” de amigos para turistas. Consultada, a empresa garante que não há mudanças previstas no quadro societário.

#Eduardo Cunha #Local Friend no Brasil #Rent

“Operação Oban” na versão Paulo Skaf

4/04/2016
  • Share

 A premissa inverídica é que os empresários associados à Fiesp e pulverizados em meio às festas bacantes pró-impeachment são facilmente manipuláveis e não têm qualquer controle sobre o caixa da entidade. O raciocínio é inspirado na dinheirama que o presidente Paulo Skaf raspou da Federação para financiar sua campanha fracassada a governador de São Paulo sem consultar os empresários mantenedores, que responderam à malversação com abulia e sonolência. Diga-se de passagem, a base aliada de Skaf é o empresariado mais conservador que já passou pelo latifúndio da Fiesp nesses anos todos.  A premissa verídica é que os industriais sabem da gastança na campanha a favor do impeachment e vão cobrar caro do eventual ministro Paulo Skaf, em um provável governo Michel Temer. Já estaria acertada a Pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, contrapartida explícita do dispendioso apoio ao projeto de impedimento da presidente Dilma Rousseff. O combinado não sai caro. As faixas de plástico, a iluminação do prédio da Av. Paulista, os bonecos inflados, os folhetos e anúncios e mais anúncios têm na sua raiz ideologia de alta octanagem. O ódio a Lula, em primeiro lugar, e a Dilma sempre foi muito maior do que a bronca objetiva com os desacertos de ambos. Mas, nesse caso, o útil estaria de mãos dadas com o agradável. Skaf negociou com Temer, com quem toca de ouvido, que o Ministério será de fato da entidade.  Esse “Ministério da Fiesp” foi vendido para as bases como a moeda de troca do apoio financeiro à deposição da presidente – gana por tirá-la todos sempre tiveram. As políticas do setor real da economia seriam primeiramente discutidas nos departamentos de estudos da entidade e depois subiriam para aprovação do baronato da indústria e sua Câmara dos Lordes. Após a obediência a essa hierarquia, desceriam, então, ao Ministério do Desenvolvimento para seguir a tramitação de praxe.  Paulo Skaf acha que essa simbiose entre a entidade e o Ministério vai destravar o setor, permitindo-lhe um suporte único e condições de competitividade eleitoral futura excepcionais. Skaf acredita piamente que esse “Ministério Fiesp” poderá empurrá-lo para a Presidência da República – por mais despropositada que a ideia possa parecer. Aliás, não é de hoje que ele só pensa nisso. Se João Doria se eleger prefeito de São Paulo, o apoio do animador de auditório será automático. Doria será o puxador da campanha presidencial do presidente da Fiesp. E aí há abrigo para os Eduardo Cunha, Romero Jucá, Michel Temer etc. Como diria o ministro Luís Roberto Barroso, do STF: “Meu Deus!”

A crise é pop

30/03/2016
  • Share

 Termômetro do impeachment: programas populares de TV, notadamente o SuperPop, de Luciana Gimenez, e Gugu Liberato, já duelam pelo direito de exibir uma entrevista de Marcela Temer antes mesmo dela, eventualmente, se tornar a primeira dama.  A propósito: Luciana Gimenez convidou pessoalmente Claudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, para participar de seu programa.

Em cadeia

28/03/2016
  • Share

 O ardoroso fã clube de Eduardo Cunha no Congresso não tem mesmo limites. Seus aliados estão espalhando que Cunha pretende fazer um pronunciamento em rede nacional, às vésperas da votação do impeachment, para, digamos assim, apresentar à população um balanço das atividades “mais recentes” da Câmara. Isso, claro, se a Lava Jato permitir.

#Eduardo Cunha #Impeachment

PMDB vs. PMDB

23/03/2016
  • Share

 Em meio ao processo de impeachment na Câmara, o deputado federal Jarbas Vasconcelos tem circulado entre os bálcãs do PMDB em busca de apoio para a expulsão de Eduardo Cunha do partido. Ao RR, Jarbas negou que trabalhe pela saída de Cunha do PMDB, embora o considere “sem nenhuma condição ética e moral de conduzir a Câmara”.

#Eduardo Cunha #Impeachment

Impeachment de Dilma lava as mazelas de Temer

22/03/2016
  • Share

  Michel Temer reza todos os dias pelo impeachment de Dilma Rousseff. A mudança do Palácio do Jaburu para o Alvorada representa bem mais do que um projeto de poder. Significa também a conquista de um salvo-conduto, ainda que simbólico. Colocar a faixa de Presidente da República seria o mais convincente aceno a Sergio Moro e seus procuradores para que deixassem suas denúncias em banho-maria, pois o país não suportaria outro processo de impedimento.  Temer é citado na Lava Jato por uma suposta participação em um esquema de propina vinculado à compra irregular de etanol pela BR Distribuidora. A história de que o vice-presidente recebeu por muitos anos uma mesada informal da estatal já virou lugar-comum, mas essa não seria sua única travessura. Ele teria reinado na Cia. Docas de Santos, uma informação igualmente requentada, não constasse da delação de Delcídio do Amaral. Por meio de sua assessoria, o vice-presidente Michel Temer nega as acusações.  Temer está convicto de que a Presidência da República é um antibiótico de largo espectro. Mesmo porque ele deverá se deparar com um quadro bem mais favorável, marcado pelo arrefecimento da crise política e por um Congresso novamente domável. Na economia, ele herdaria um momento de melhorias já contratadas no governo Dilma, em razão do aumento dos investimentos estrangeiros, do crescimento das exportações e da queda da inflação.  Com relação à mídia, por sua vez, a expectativa é de um noticiário igualmente mais ameno. Sem a queda de Dilma, entretanto, Temer é candidato a um distúrbio neurovegetativo. Fica difícil imaginar que o vice sairá ileso caso a Lava Jato siga no trilho atual. Segundo o RR apurou, a delação de Delcídio do Amaral avançou muitas jardas em relação às denúncias feitas pelo exdiretor da BR João Augusto Henriques, preso desde setembro – vide RR edição 28/ 9. De acordo com uma fonte, Delcidio revelou em novos depoimentos que Temer teria se beneficiado do esquema da BR por mais de uma década. Os pagamentos teriam se iniciado antes da nomeação de Henriques para a diretoria da estatal e perdurado mesmo após a sua saída do cargo. Ainda segundo o informante do RR, Delcídio informou que os recursos repassados a Temer giravam em torno de R$ 70 mil por mês.  A princípio, se comparado aos valores bilionários que caracterizam a Lava Jato, a cifra soa como modesta. Mas, partindo-se da denúncia de que o esquema durou mais de 10 anos, uma conta matemática simples mostra que o vice-presidente teria recebido algo superior a R$ 8 milhões. Ainda segundo a fonte do RR, Temer não seria o único figurão alvejado pela revelação do propinoduto da BR. De acordo com Delcídio, Eduardo Cunha e o então presidente do PMDB em Minas Gerais, o deputado federal Fernando Diniz, já falecido, também se favoreciam do esquema do etanol.

#BR Distribuidora #Cia. Docas de Santos #Delcídio do Amaral #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Impeachment #Michel Temer

Oito cenários à procura da realidade

21/03/2016
  • Share

 As fichas estão sendo apostadas no impeachment de Dilma Rousseff e na prisão de Lula. Mas a ambiência institucional e a volatilidade dos fatos suportam as mais variadas hipóteses, algumas indesejáveis e outras até extravagantes. O RR desenhou seus cenários e deu suas respectivas notas. Escolha o seu. Mas não espere encontrar uma opção tranquilizadora.  CENÁRIO 1: São cumpridos os ritos do impeachment na Câmara e no Senado, e Dilma Rousseff já está pré-condenada por todos. É possível, bem razoável, que Sergio Moro tenha mais alguma gravação “fortuita” para dar o xeque-mate na presidente. Tudo muito rápido. A esquerda patrocina a ideia do exílio de Dilma. Ela vira uma versão grosseira e mal educada de Zélia Cardoso de Mello. Ficará eternamente lembrada como a pior presidente da República de todos os tempos. Nota AAA   CENÁRIO 2: Lula não assume a Casa Civil devido à interpretação condenatória do STF, é preso e, logo a seguir, é sentenciado – no melhor estilo Sergio Moro, a toque de caixa. Pega de 20 a 30 anos de prisão. Algo similar à condenação de Marcelo Odebrecht. A militância do PT desiste de reagir diante do massacre da mídia e da maioria crescente da população, que coloca em dúvida a lisura do ex-presidente. Lula fica engradado e solitário. Esse é o seu pior pesadelo, o do “Esqueceram de mim”. Nota AAa  CENÁRIO 3: Lula consegue assumir o ministério. Faz um discurso seminal em horário nobre. Chama todos à militância. Faz anúncios irresistíveis, a exemplo de um programa de recuperação social e econômica. Lula quebra a espinha dorsal da mídia ao usar à exaustão o horário pago de televisão. Falaria por volta de 10 minutos no horário do Jornal Nacional ou no intervalo da novela das 21 horas. O ex-presidente, com esse show off, reduz a animação dos “coxinhas”. Ainda nesse cenário, Dilma surfa no desarmamento dos espíritos patrocinado por Lula. O impeachment é postergado. Lula e Dilma determinam uma devassa fiscal seletiva e um levantamento de todos os passivos trabalhistas e previdenciários de veículos de comunicação escolhidos a dedo. Nota Bbb   CENÁRIO 4: Lula é preso. Dedica-se a escrever seus diários. Relata como foi perseguido por Sergio Moro, na lenta transformação do regime em um macarthismo verde e amarelo. Com dois ou três anos de cárcere, vai se tornando um ícone, um Nelson Mandela tupiniquim. Nota BBb  CENÁRIO 5: Dilma Rousseff não aguenta a onda e renuncia antes do término da abertura da sessão de impeachment. Lula vence a batalha das liminares no STF e permanece no Gabinete Civil da Presidência. Com um pedido público emocionado de Dilma, segue no cargo mesmo com a renúncia da presidente. Michel Temer assume. Vai governar com Lula. O ex-presidente fica mais à vontade, na medida em que Temer passa a ser investigado no esquema de arbitragem dos preços do etanol na BR Distribuidora e, em segundo plano, do feudo na Companhia Docas de Santos. Nota BBB  CENÁRIO 6: O TSE encontra provas do uso da grana do petrolão para o financiamento de campanha da chapa Dilma/Temer. Game over. Lula é preso. Dilma e Temer rolam o despenhadeiro. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, assume a presidência da República, com o compromisso de realizar eleições em 90 dias. Moro alveja Cunha frontalmente. Assume o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, que carrega um portfólio de denúncias de documento falso, peculato e falsidade ideológica. Renan também cai na rede de Moro. Ascende, então, um togado. O presidente do Supremo – Ricardo Lewandowsky ou, a partir de setembro, Carmem Lucia – cai de paraquedas na Presidência da República. A partir de 2017, portanto na segunda metade do mandato, a eleição do presidente se dará por voto indireto. Os atores que sobem no proscênio da envergonhada política nacional, concorrendo no voto direto ou indireto, são Aécio Neves e Nove cenários à procura da realidade Geraldo Alckmin, Eduardo Paes, José Serra, Ciro Gomes, todos sabidamente patos para Sergio Moro. Sim, restam Marina Silva e Jair Bolsonaro. A julgar pela ausência no momento mais crucial da República, Marina trocaria as eleições no Brasil pelas do Tibet. E Bolsonaro, mesmo que concorra conforme as mais rigorosas normas democráticas, será golpe de qualquer maneira. Nota aaa  CENÁRIO 7: A tensão cresce no país. A nação corre o risco de se transformar em uma praça de guerra. A primeira bala perdida, um número maior de feridos, um confronto corpo a corpo com as forças da ordem e pronto: terão extraído o magma fumegante que assopraram com convicção. Sangue e porrada na madrugada. Dilma, na condição de comandante em chefe, convoca o Conselho Nacional de Defesa, dentro dos estritos ditames constitucionais. Sentados no Conselho, o ministro da Defesa, os três comandantes militares e o chefe da Casa Civil – Lula or not Lula. Juntos, analisam a exigência de se lançar mão do estado de emergência, instituto cabível na situação citada. Golpe? Nenhum, pois a iniciativa está prevista na Constituição. Na excepcionalidade da circunstância, a ordem tem de ser mantida. As negociações com o Congresso e o Judiciário mudam muito! Nota BB+   CENÁRIO 8: O onipresente Sergio Moro avança no seu projeto de dizimar a classe política e refundar o Brasil. Todas as lideranças estão ameaçadas para valer: Lula e Dilma, é claro, mas também FHC, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Michel Temer et caterva. Os políticos se reúnem para firmar um pacto, um governo de coalizão nacional, compartilhado entre os partidos. Todos acolhem que esta é a melhor solução não somente para a sobrevivência jurídica, mas para tirar o Brasil do atoleiro. Os líderes acordam que a fórmula para estabilizar a economia brasileira é promover um ajuste relâmpago no estilo Campos-Bulhões. Com o Congresso dominado, é pau na máquina. Nota CCC

#Dilma Rousseff #Impeachment #Lula #Michel Temer #Sérgio Moro

Passe disputado

9/03/2016
  • Share

 O deputado Fausto Pinato, o primeiro relator do processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara, aproveita seus minutos de fama. Prestes a deixar o PRP, é cortejado pelo PP e pelo DEM.

#Eduardo Cunha

Que base aliada é essa?

8/03/2016
  • Share

 Mais uma da série “Que base aliada é essa?” O PR capturou todo o Ministério dos Transportes, acaba de indicar o novo presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e, ainda assim, o líder do partido na Câmara dos Deputados, Mauricio Quintella, é hoje um dos mais fiéis aliados de Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #EPL

Presidência da Câmara

1/03/2016
  • Share

 A um ano da eleição para a presidência da Câmara – isso se Eduardo Cunha completar o mandato – o PMDB já trabalha para se manter no cargo. A prioridade de Michel Temer, neste momento, é debelar disputas internas e sancionar uma candidatura desde já. O nome de sua preferência seria o de Jarbas Vasconcelos, de Pernambuco.

#Eduardo Cunha #Michel Temer #PMDB

Mendonça Filho no jogo

26/01/2016
  • Share

 Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara, promete iniciar o ano legislativo agitando duas bandeiras: além do impeachment de Dilma Rousseff, seu estandarte maior, vai trabalhar com afinco para emplacar o projeto de lei de sua autoria que propõe uma nova regulamentação para a venda de direitos de transmissão de jogos de futebol – assunto que está na ordem do dia. Ele garante ter o apoio de Eduardo Cunha para acelerar a votação do projeto. Sob a lógica que rege a ética parlamentar, é mais do que justo. Graças ao empenho de Mendonça Filho, a bancada do DEM está fechada com Eduardo Cunha.

#DEM #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Impeachment

Minuto do Cunha

20/01/2016
  • Share

 Eduardo Cunha vai falar mais e mais. Com a justificativa de divulgar o trabalho da Presidência da Casa, Cunha pretende gravar vídeos diários, no formato de pequenos boletins, que serão usados para bombardear redes sociais, YouTube, blogs e, claro, a própria TV Câmara.

#Eduardo Cunha

Água fria

8/01/2016
  • Share

 Henrique Alves costuma seguir Eduardo Cunha. Mas, neste momento, prefere fazer ouvidos de mercador aos conselhos do presidente da Câmara. Cunha insiste que ele deixe o Ministério do Turismo em resposta à decisão de Dilma Rousseff de cortar 24 cargos comissionados da Pasta.

Novos hábitos

7/01/2016
  • Share

 Eduardo Cunha, que teve três smartphones apreendidos pela Polícia Federal em dezembro – todos já devidamente substituídos por novos aparelhos –, reduziu consideravelmente o uso de SMS e WhatsApp. Aderiu a aplicativos que utilizam sistemas criptográficos mais apurados. Além disso, adquiriu o hábito de apagar todas as mensagens assim que as envia ou as recebe.

#Eduardo Cunha

Catilinária

4/01/2016
  • Share

 A exemplo do vice-presidente Michel Temer, Eduardo Cunha não fica um só dia sem trocar um dedo de prosa com o ministro do Turismo, Henrique Alves.  Alvo de recente operação da Polícia Federal, o ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, passa os dias repetindo a seus interlocutores que não tem qualquer relação com Eduardo Cunha. Agora, é tarde.

Redator-chefe

4/01/2016
  • Share

 Nevaldo Rocha, dono Grupo Guararapes e da Riachuelo, anda extremamente irritado com o exibicionismo do herdeiro Flavio Rocha nas redes sociais. Além das seguidas críticas ao governo, Rocha já chegou até a se vestir de blogueiro e publicar no Twitter que Eduardo Cunha renunciaria à presidência da Câmara, dando lugar a Jarbas Vasconcellos.

#Grupo Guararapes #Riachuelo

Base aliada

17/12/2015
  • Share

 Marido e pai zeloso, Eduardo Cunha chegou a cogitar a hipótese de a mulher, Claudia Cruz, e os filhos passarem uma temporada no exterior para protegê-los da estressante conjuntura nacional. Mas a família, em consenso, decidiu permanecer unida.

#Carlyle #Etna #Tok & Stok

Silvio Santos e Edir Macedo entram em sintonia na Rede TV

16/12/2015
  • Share

Enquanto o polêmico projeto de regulação da mídia segue trancado no fundo da gaveta de Eduardo Cunha, está no ar um redesenho do mercado de TV aberta no Brasil. Além do notório interesse da norte-americana Turner em adquirir até 30% da Band, Silvio Santos e Edir Macedo estariam negociando a compra em conjunto da Rede TV. O controle seria igualmente repartido entre os dois empresários. Ressalte-se que as três emissoras anunciaram recentemente uma joint venture para a venda de sua programação a concessionárias de TV a cabo – ao que tudo indica, uma antessala para uma operação bem maior. Procurado, o SBT disse “não confirmar a negociação”. Record e Rede TV não se pronunciaram.  Em termos de disputa direta pela audiência, a venda da Rede TV ao SBT e à Record não teria maior impacto sobre o setor – até porque, na prática, as três permaneceriam como emissoras independentes. Não obstante o susto que andou levando recentemente, com seguidas perdas de share para a novela Dez Mandamentos, da Record, a Globo seguirá no Olimpo da TV aberta. Segundo o Ibope, de janeiro para cá, a emissora foi líder de audiência em 95% do tempo. Significa dizer que, na média, nos 1.440 minutos de um dia, a Globo fica na frente durante 1.368 minutos. SBT, Band, Rede TV e Record se engalfinham por apenas 72 minutos na dianteira.  O grande ganho de Silvio Santos e Edir Macedo com a compra da Rede TV viria da possibilidade de tirar um concorrente do caminho, automaticamente herdar seu pedacinho no bolo da receita publicitária do setor (R$ 67 bilhões no total, a números de 2014) e ter maior poder de barganha na negociação com os anunciantes. Haveria ainda algumas vantagens periféricas. A aquisição permitiria a Silvio Santos ter um balcão televisivo a mais no momento em que acaba de relançar o baú da felicidade – há quem diga que o próprio Edir Macedo seria um sócio discreto da empreitada. Macedo, por sua vez, teria o tão sonhado segundo canal de TV aberta para rechear a programação com cultos da Igreja Universal, sem sacrificar em demasia a grade e a estratégia comercial da Record.  Nos últimos anos, SBT, Record, Band e Rede TV têm se unido na tentativa de reagir ao poderio da Globo. A medida de maior impacto foi a formação do consórcio que trouxe para o Brasil a alemã GfK, um dos maiores institutos de opinião da Europa. Desta maneira, o quarteto conseguiu quebrar a hegemonia do Ibope na medição da audiência no Brasil. Mas este pool não é um monolito. Se, fora dele, exista um oponente em comum, dentro todos continuam brigando contra todos. Neste caso, SBT e Record são os predadores e a Rede TV aparece como a presa mais frágil. Faz algum tempo que a emissora de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho convive com insistentes rumores sobre sua venda. Há pouco mais de um ano, por exemplo, o apresentador Ratinho chegou a abrir conversações para a compra da empresa, mas teria desistido por conta do passivo trabalhista.

#Band #Edir Macedo #GFK #Rede Record #Rede TV! #SBT #Turner

Último salmo

16/12/2015
  • Share

 O pastor Francisco Silva, espécie de irmão espiritual de Eduardo Cunha, estaria em busca de um comprador para a Rádio Melodia, no Rio. A emissora nega a venda.

#Rádio Melodia

Caça às bruxas

15/12/2015
  • Share

 Katia Abreu recebeu do Planalto a missão de exorcizar aliados de Eduardo Cunha que ainda repousam em cargos secundários do Ministério da Agricultura. As nomeações foram feitas em 2013, quando o peemedebista Antonio Andrade comandava a Pasta.

#Katia Abreu

Acervo RR

Manguinhos

14/12/2015
  • Share

 Da longa lista de suspeições sobre Eduardo Cunha ninguém no Congresso questionou ainda sobre suas relações perigosas com Ricardo Magro, dono da Refinaria de Manguinhos. Trata-se de uma joint venture informal para lá de badalada.

#Refinaria de Manguinhos

Noite longa

10/12/2015
  • Share

 A decisão de Luiz Fachin de só julgar os atos sobre o impeachment na próxima quarta-feira foi recebida no Planalto com latas de Red Bull. Jaques Wagner, Ricardo Berzoini, Edinho Silva e cia. estarão dia e noite em missão para arregimentar a base aliada e limpar as chicanas legislativas de Eduardo Cunha. A expectativa é que o STF não conclua a apreciação na data prevista e o julgamento se estenda. Está decretada, portanto, por tempo indeterminado, a insônia no núcleo duro do governo.

#Impeachment #STF

JBS desmoraliza o “impeachment” do BNDES

7/12/2015
  • Share

 O processo de “impeachment” da JBS está fadado a morrer por inanição de argumentos. O conglomerado de empresas construído com o apoio do BNDES vai fechar o ano com um faturamento superior a R$ 180 bilhões e entra em 2016 como candidato a liderar o mais furioso processo de consolidação multissetorial do país. A recente aquisição da Alpargatas não deve ser vista como fato isolado. A J&F vai avançar em sua estratégia de diversificação. Entre os alvos estão construção pesada, agronegócio, energia e  celulose, segmento em que o grupo já atua por meio da Eldorado. Neste caso, todos os caminhos apontam para a fusão da empresa com a Fibria, da Votorantim – a operação de M&A mais decantada e aguardada no setor.  Os grupos de interesse que fazem oposição ao BNDES sempre apostaram no “impeachment” da JBS como uma ponte para  o“impedimento” do próprio banco. Mas não há Eduardo Cunha capaz de se contrapor a fatos e números tão superlativos. Principal negócio da J&F, o frigorífico vai romper neste ano a barreira dos R$ 165 bilhões em faturamento, 37% a mais do que em 2014, consolidando-se como a maior empresa privada do país. A dimensão destas cifras se estende à balança comercial. Ao fim deste ano, a JBS responderá por mais de 40% das exportações brasileiras de carne bovina, que deverão somar US$ 6bilhões. Em um exercício meramente hipotético, mantidas as respectivas taxas médias de crescimento nos últimos quatro anos, até 2020 a JBS superaria a própria Petrobras, tornandose o maior faturamento do Brasil entre as companhias não financeiras. Ressalte-se que esta é uma projeção extremamente conservadora, uma vezque, na ponta do lápis, a estatal promete um encolhimento para os próximos anos. Ou seja: a ultrapassagem pode vir antes.  Na área técnica do BNDES, há quem diga que o Brasil estaria em outro patamar se a cada dez operações de financiamento do banco houvesse uma JBS. Poucos negócios na história da instituição se revelaram tão lucrativos. Em 2007, quando o BNDES fez seu primeiro aportenna companhia, a ação estava em torno de R$ 7. Em setembro deste ano, a cotação atingiu seu maior patamar histórico – R$ 17,20. Se, nesse momento, a agência de fomento eventualmente tivesse vendido em mercado toda a sua posição na JBS, realizaria um ganho superior a R$ 6 bilhões. A J&F talvez seja hoje o que existe no Brasil de mais próximo dos chaebols, os grandes conglomerados industriais sulcoreanos, com negócios nos mais variados setores, formados a partir de uma empresamãe. O BNDES está indissociavelmente ligado à gênese deste cavalo vencedor. Em 2007, a JBS era um frigorífico com umareceita de R$ 4 bilhões por ano. Hoje, todos os negócios da J&F faturam essa soma a cada oitodias. O financiamento do banco à JBS teve um efeito multiplicador ao permitir que o grupo aumentasse seu nível de alavancagem para investir em outras áreas. À época, além da produção de carne bovina, a família Batista tinha apenas um negócio mais relevante, a Flora, fabricante de produtos de higiene e limpeza. De lá para cá, entrou nos setores de laticínios, celulose, financeiro, calçadista e até mesmo em mídia, com a aquisição do Canal Rural. Essa miríade de empresas soma 270 mil postos de trabalho – 150 mil no Brasil. A incorporação da Fibria aumentaria esse efetivo em 15 mil funcionários. O “impeachment” da JBS ou do BNDES seria também o“impeachment” dessa gente.

#Alpargatas #BNDES #Eldorado #Fibria #Flora #J&F #JBS #Votorantim

Porta-voz

4/12/2015
  • Share

 Nem bem Eduardo Cunha encaminhou o pedido de abertura de impeachment, Armínio Fraga começou a receber telefonemas de parabenização. Mesmo sendo ainda um ministro de araque, Armínio deve deitar falação nos jornais a qualquer momento.

Recesso

1/12/2015
  • Share

 Danielle Ditz da Cunha, filha de Eduardo Cunha, deverá dar um tempo na carreira de consultora parlamentar. Seu perfil no Linkedin já não traz qualquer referência à Popsicle, empresa de marketing político à qual é associada. Entre as atividades atuais de Danielle, há menção apenas aos seus negócios na área de venture capital – a publicitária é CEO no Brasil da Mola, fundo de investimentos de origem espanhola.  Por falar em Eduardo Cunha, o PSDB rompeu com o presidente da Câmara, mas, curiosamente, não figura entre os partidos que assinaram a representação contra ele protocolada pelo PSOL na Comissão de Ética da Casa.

#Popsicle

Casa do senhor

25/11/2015
  • Share

 O pastor Marco Antonio Feliciano costura o apoio da bancada evangélica para lançar sua candidatura à presidência da Câmara caso o irmão Eduardo Cunha seja afastado do cargo.

#Bancada Evangélica #Eduardo Cunha #Marco Feliciano

Última manobra

24/11/2015
  • Share

 No fim da tarde de ontem, Eduardo Cunha ainda se articulava com o objetivo de tirar seu processo da pauta da reunião de hoje do Conselho de Ética da Câmara. Sua tropa de choque no Conselho é liderada pelo deputado Washington Reis.

#Eduardo Cunha

O que se passa na cabeça de Leonardo Piccinani?

23/11/2015
  • Share

 Leonardo Picciani tem passado ao largo de alguns importantes eventos do PMDB. Nos últimos 15 dias, não compareceu ao lançamento do documento “Uma Ponte para o Futuro – transformado numa festa particular de Michel Temer – e faltou a dois encontros seguidos de deputados do partido em Brasília, um deles organizado pelo bancada do Rio. Há quem diga que ele tem dedicado seu tempo às articulações para indicar o irmão, Rafael Picciani, como candidato do PMDB à Prefeitura do Rio. Puro diversionismo. No momento, Picciani só pensa naquilo: fazer campanha para suceder Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados.

#Eleição Municipal RJ -2016 #Eleições #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB

Jogo jogado

19/11/2015
  • Share

 Nos microfones, o líder do DEM, Mendonça Filho, endurece contra Eduardo Cunha. Longe deles, reúne sua tropa para que o processo contra Cunha não avance no Conselho de Ética da Câmara.

Ação e reação

18/11/2015
  • Share

 A presidente Dilma Rousseff tem só hoje e um pedacinho desta quinta-feira para positivar as expectativas com algum gesto de impacto. Explica-se a correria: amanhã é a data que o próprio Eduardo Cunha tem vazado sobre sua decisão de aceitar o pedido de impeachement. Seria um bom momento para Dilma anunciar a nomeação de Henrique Meirelles.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha

Pombo correio

18/11/2015
  • Share

 Paulinho da Força não passa um dia sem conversar com o corregedor da Câmara, o deputado Carlos Manato. Ou seja: Eduardo Cunha não passa um dia sem falar com Manato.

#Carlos Manato #Eduardo Cunha #Paulinho da Força

Inimigo meu

13/11/2015
  • Share

Notícia que Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha não gostariam de ler. Na Lava Jato, a expectativa é que o acordo de delação premiada do lobista João Augusto Henriques seja sacramentado na próxima semana.

#Eduardo Cunha #Lava Jato #Michel Temer #Renan Calheiros

Coalizão

13/11/2015
  • Share

 Vender a alma ao Congresso dá nisso. Até o líder do PTB, deputado Jovair Arantes, se sente o próprio Eduardo Cunha dos bons tempos. Não satisfeito em garantir a transferência de Rubens Rodrigues para a cobiçada vice-presidência corporativa da Caixa, Arantes já avisou ao governo que não vota nada se não emplacar também o substituto do executivo na Conab. Imaginem se fosse a presidência da Petrobras…

#Caixa Econômica #Conab #Petrobras

Nelson Barbosa é o ministro da dissimulação

11/11/2015
  • Share

 O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, desde sempre considera que o timing do ajuste econômico é devagar, é devagar, devagarinho, como na canção do sambista lusófono Martinho da Vila. Quando do ingresso retumbante de Joaquim Levy na Fazenda, Barbosa conspirou com Lula sobre o desgaste desnecessário de tentar fazer a toque de caixa um superávit primário de quase 2% em 2015. Não havia condições políticas nem econômicas, pois a crise internacional permanecia freando o país, o “petrolão” bombando e a arrecadação já tinha embicado para baixo. Levy, com o aplauso das primeiras horas, insistiu na tese do ajuste rápido para comemorar uma recuperação da economia igualmente rápida. Foi perdendo em todas as rodadas. Barbosa ganhou na redução do primário. Depois, venceu com a controversa cláusula de abatimento, com previsão de déficit primário. O ministro do Planejamento tem trabalhado incessantemente pela criação das bandas fiscais, o que mudaria todo o balizamento do programa de estabilização de Levy.  O fato é que Barbosa acredita piamente em uma das máximas de Mario Henrique Simonsen: não se formam expectativas racionais se as premissas, racionais ou não, carecem de credibilidade. O ajuste lento, com metas razoáveis, machuca menos e é mais crível. É nesse contexto que o ministro tem comemorado intramuros o Nelson Barbosa é o ministro da dissimulação documento/programa do PMDB, “Uma Ponte para o futuro”. O arrazoado de ideias detona com a CLT, artigos da Constituição, a garantia de que as verbas da educação e saúde não ficarão à mercê de um Eduardo Cunha da vida, a relativa independência do BC, torna o superávit fiscal permanente, desindexa o salário mínimo e deixa as políticas sociais na corda bamba ao invés de institucionalizá-las.  Barbosa acha que os mandamentos do PMDB terão o efeito de reforçar a condenação de outros ajustes épicos. Não há PMDB que aprove um moinho de insatisfações desse. E o regra-três oficial Henrique Meirelles assopra na mesma direção árida, regida pela vontade dos ativos, não obstante o marketing de que trará o maná para o povo e os estados através de crédito popular e empréstimos externos. Aos poucos, segundo Barbosa, o mercado perceberá que a marolinha vai sacudindo lentamente o mar. E o câmbio, os juros e até um pouquinho de inflação vão promovendo algum ajuste. Neste cenário, os mais descrentes vão enxergar somente um deserto na economia, sem ver que a água já estará no tornozelo da população. Nelson Barbosa quer ser ministro da Fazenda deste país devagar, devagar, devagarinho. Obs: Barbosa tem convidado, com a maior discrição, economistas próximos a ele para conversar com Dilma Rousseff.

#Banco Central

Voto de pobreza

5/11/2015
  • Share

 Claudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, tem mudado seus hábitos. Reduziu as idas à academia que frequenta na Barra da Tijuca e, nos últimos dias, já foi vista pelo menos em duas ocasiões em um supermercado de classe média do bairro. Parece uma dona de casa da série Mad Man.

Catta Preta

4/11/2015
  • Share

De Miami, para onde partiu após receber ameaças não se sabe de quem ou por quê, a advogada Beatriz Catta Preta ainda manteria linha direta com seu cliente mais polêmico: o delator premiado Julio Camargo, que fez acusações a Eduardo Cunha.

Nota

3/11/2015
  • Share

 Prefeitos do PMDB espalhados pelo interior do Rio organizam um desagravo a Eduardo Cunha.

Investigação virtual

30/10/2015
  • Share

 Os procuradores da Lava Jato querem ouvir o ex-funcionário do Congresso Luiz Antônio Souza da Eira. Para quem não está ligando o nome à pessoa, trata-se do ex-diretor de informática da Câmara dos Deputados, demitido por Eduardo Cunha em abril deste ano. Em sua delação premiada, o lobista Fernando “Baiano” trouxe à tona novos fatos relacionados ao rumoroso episódio dos requerimentos encaminhados à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, em 2011, cujo objetivo seria pressionar a Mitsui. Suspeita-se que Eduardo Cunha tenha sido o verdadeiro autor dos documentos, que, para todos os efeitos, foram registrados no sistema da Casa em nome da então deputada Solange Almeida.

#Eduardo Cunha #Mitsui

Siameses

20/10/2015
  • Share

 Artur Falk, que vive em uma agitada ponte aérea Rio-Moscou, tem frouxos de riso toda vez que ouve sobre o flagrante dado nas contas offshore de Eduardo Cunha. Falk e Cunha ensaiaram uma série de negócios nos anos 80. É uma incógnita se alguns desses estranhos negócios prosperaram. Mas Falk ri bastante dos infortúnios do velho parceiro.

#Artur Falk #Eduardo Cunha

O orixá que habita o Palácio do Planalto

19/10/2015
  • Share

 Diz-se na Bahia que o ministro chefe do Gabinete Civil, Jaques Wagner é filho de Xangô, orixá do trovão e ligado à justiça. Que seja, mas ele também reza pela benção do profeta Davi. É preciso mesmo estar ungido para desenrolar as missões que lhe foram incumbidas. Wagner foi despachado para o Planalto com o múnus de rabiscar a minuta de uma II Carta ao Povo Brasileiro, bala de prata para enfrentamento da incredibilidade econômica, a ser usada após a superação do round golpista. Paralelamente vai afinar, dentro do Palácio, o jogo de espelhos, especialidade do chefe Lula. Algo mais ou menos como simular que o ex-presidente não pensa aquilo que disse, mas que o que disse está combinado com a presidenta e que Dilma vocaliza e governa diferente do que Lula supostamente deseja, mas no fundo, pasmem, é tudo a mesma coisa. Dessa tradução do realismo fantástico dependeria o futuro do PT e, é claro, sua performance nas eleições de 2018.   Assim, em suas articulações no núcleo duro do governo e nas entranhas do Congresso, Wagner garante, por exemplo, que o ex-presidente é a favor do ajuste fiscal, enquanto “o chefe” manda brasas no palanque contra a recessão, queda do salário real e no próprio Joaquim Levy. Tido como o mais manhoso dos petistas, cabe a Wagner negociar com o ministro da Fazenda. A diferença em relação à difícil conversa com Aloizio Mercadante é abissal. O baiano é bom de bico, fala mansa. Mal sabe Levy que Wagner vem fazendo sua cama para que, já já, venha, então, o messias Henrique Meirelles. Por enquanto, nesse finzinho de crepúsculo, o titular da Casa Civil vai acertando com seu companheiro da Fazenda os detalhes para encerrar, de uma vez por todas, a novela das empreiteiras, que está empatada há meses no mesmo capítulo, congelando a infraestrutura do país no período pré-cambriano. Wagner tem negociado com as construtoras o acordo de leniência engendrado por Levy para o desembargo das construtoras.   Nos préstimos do bom baiano pode também ser creditada a recente e indigesta rodada de conversações com Eduardo Cunha, reabrindo um canal de diálogo com o presidente da Câmara. Wagner assumiu o lugar de Temer na negociação política com suavidade, deixou Renan plácido como as águas da praia de Itacimirim, e, pasmem, conseguiu que Dilma ficasse restrita a suas aptidões, fazendo conferências sobre como estocar o vento. Wagner fala ao telefone com Lula todos os dias. Diz que gosta mesmo é de ficar em casa, um apartamento de classe média alta, no bairro da Federação, em Salvador, com vista para o mar ao fundo. Do lado, se encontra a Igreja de São Lázaro. Um conhecido médico baiano, considerado o maior parceiro de Wagner, conta que ele toma cervejinha com o pior desafeto da mesma forma que bebe com os amigos. O cabra é protegido.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Henrique Meirelles #Jaques Wagner #Joaquim Levy #Lula

Nota

15/10/2015
  • Share

 Jaques Wagner já esteve quatro vezes com Eduardo Cunha nas últimas 192 horas.

#Eduardo Cunha #Jaques Wagner

Dr. No do Twitter

13/10/2015
  • Share

O Twitter de Eduardo Cunha virou a “Tribuna do Desmentido”. Em apenas uma semana, o presidente da Câmara negou ter se encontrado com Aécio Neves, negou ter participado de um movimento para a dissolução do bloco do PMDB na base governista, negou ter trabalhado para ser diretor da Petrobras no governo de FHC e negou que tenha dito a famosa frase “Não caio antes dela”. Sobre a Suíça, nenhuma linha.

#Eduardo Cunha

Vai ter rabanada no Natal de Dilma Rousseff

6/10/2015
  • Share

 O Natal de Dilma Rousseff deverá surpreender a ela própria. Graças a uma imprevista combinação de fatos – alguns criados pelo próprio governo e outros surgidos praticamente por combustão espontânea –, a presidente deverá tirar uma folga da crise que a vem afogando desde o início do segundo mandato. No território político, o acordão com o PMDB e a consequente abdução do Congresso – por mais que não se saiba ao certo quem capturou quem – aumentaram suas chances de sobrevivência. Na noite da última quinta-feira, enquanto Dilma dava a definitiva demão de tinta na reforma ministerial, um cada vez mais fragilizado Eduardo Cunha – aliás, um raro “presente” de Sergio Moro para o Planalto – arquivava outros dois pedidos de impeachment. O arresto do Legislativo se dá em um momento crucial também pela iminente reprovação das contas de Dilma em 2014. Se o troca-troca ministerial foi o “toma lá”, o governo espera que o Congresso e, em especial, a bancada do PMDB saibam retribuir com o “dá cá” ao apreciar o parecer do TCU. O mesmo se aplica à votação das medidas para o ajuste fiscal. As propostas fundamentais para o reordenamento das contas públicas, como a CPMF, a repatriação de recursos e o adiamento do reajuste de servidores, dependem dos parlamentares. Para os brindes de fim de ano serem feitos antecipadamente, fica faltando só o encerramento do processo no TSE, previsto para esta terça-feira. Há pontos de descompressão, digamos assim, involuntários, que passam ao largo de ações deliberadas do governo. Antes mesmo que o eventual desanuviamento do ambiente político se espraiasse pela economia, a crise engendrou seu próprio ajuste parcial. Quanto maior a crueldade do binômio desemprego/queda do salário real, maior a blindagem da inflação ao pass through do câmbio. A própria disparada do câmbio foi mal que veio para o bem. A balança comercial projeta superávits cada vez maiores, com o aumento das exportações e a substituição de importações. De quebra, o câmbio tem promovido uma arrumada dos estoques das empresas, principalmente na indústria. Previsões indicam aumento nas vendas natalinas do comércio de até 2% em relação a 2014, o que há pouco tempo não era esperado. O agrobusiness continua bombando. E o desemprego, que deu um salto de cerca de um ponto percentual em um único mês, deve ser amainado pelo presente da maior absorção de mão de obra que Noel traz todos os anos para os trabalhadores. Ressalte-se que estes fatos somados trazem a expectativa de um alívio apenas para o curtíssimo prazo. Os tijolos que Dilma Rousseff conseguiu juntar não permitem a construção de uma ponte muito longa. O Natal da presidente está salvo? Hoje é uma aposta razoável, não obstante a impressionante volatilidade que caracteriza o atual governo. Mas do Dia de Reis para a frente, tudo é incógnita. A agenda para 2016 é sombria: todas as projeções para a economia dão o ano como perdido, a começar pela expectativa de uma queda do PIB de 1% – sobre uma redução prevista de 2,8% em 2015 –, aumento do déficit nominal, aumento da relação dívida bruta/PIB de 2,5%, expansão do desemprego, queda da renda e do salário real, mais impostos etc. Mas mesmo nesse oxigenado interstício que vai de agora até o Natal, não se pode desprezar a notória capacidade de autossabotagem da própria presidente da República. Dilma está sempre pronta para colocar mais um bode na sala de cada brasileiro. Mesmo que seja no período de festas.

#CPMF #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #PMDB

Fifty to fifty

2/10/2015
  • Share

 A indicação de Celso Pansera para o Ministério da Ciência e Tecnologia é uma prova de que a alardeada ruptura entre Eduardo Cunha e os Picciani não passa de teatro. O nome de Pansera só entrou na dança depois que Cunha e Leonardo Picciani conversaram diretamente com Dilma Rousseff e deram o duplo aval.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Leonardo Picciani

A figuração de Eduardo Cunha

28/09/2015
  • Share

Para um ministro petista, que se deu ao trabalho de cronometrar as falas de cada um dos participantes do programa do PMDB, na última quinta-feira à noite, o partido fez questão de expor em rede nacional o isolamento de Eduardo Cunha. Além do “candidato” Michel Temer, o âncora do show, todos os demais líderes da sigla tiveram ao menos 10 segundos para proferir suas mensagens dúbias em relação ao governo Dilma. Moreira Franco ficou no ar por 16 segundos. O governador gaúcho José Ivo Sartori, 14 segundos. Renan Calheiros falou por 10 segundos. Já o presidente da Câmara teve somente sete segundos na edição final, o suficiente para uma única frase. Para efeito de comparação, foi o mesmo tempo concedido à novata Simone Morgado, que cumpre apenas seu primeiro mandato como deputada federal. Se serve de consolo para Cunha, Leonardo Picciani, o aluno que deu uma volta no mestre, teve os mesmos sete segundos.

#Eduardo Cunha #José Ivo Sartori #Leonardo Picciani #Michel Temer #Moreira Franco #PMDB #Renan Calheiros

Barganha

24/09/2015
  • Share

O deputado Celso Pansera, indicado por Eduardo Cunha para o novo Ministério da Infraestrutura, é um dos mais fieis integrantes da tropa de choque do presidente da Câmara. Cunha costuma despachá-lo em seu lugar para reuniões de menor calibre para tratar de assuntos miúdos. Isso quando Pansera não está se dedicando ao seu restaurante em Caxias (RJ), que atende pelo sugestivo nome de “Barganha”.

#Eduardo Cunha

UUUhhhh

23/09/2015
  • Share

Eduardo Cunha, ao que parece, pegou gosto em ser vaiado. Após as homenagens que recebeu do público no Estádio Mané Garrincha, no jogo entre Flamengo e Coritiba, e no Rock in Rio, no último domingo, é esperada a sua presença na quadra do Salgueiro no próximo sábado, quando a escola escolherá seu samba-enredo para 2016. A quem quiser interagir com o espetáculo recomenda-se levar uma vuvuzela.

#Eduardo Cunha

Jogo jogado

17/09/2015
  • Share

 À luz do dia, Eduardo Cunha posterga a apreciação dos pedidos de impeachment de Dilma Rousseff; na calada da noite, estaria instruindo deputados do PSDB e do DEM de como usar o próprio regimento da Câmara para acelerar a tramitação das requisições.

#DEM #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Impeachment #PSDB

Sangrar

16/09/2015
  • Share

 Conselho de um marechal do PMDB do Rio ao testemunhar, no último fim de semana, o deslumbramento com que Leonardo Picciani – até outro dia braço direito e esquerdo de Eduardo Cunha – relatava suas recorrentes idas ao Planalto: “Meu jovem, torça para o Eduardo sangrar até morrer. Se não, o que é seu está guardado”.

#Eduardo Cunha #Leonardo Picciani #PMDB

Eduardo Cunha resiste na base aliada na Caixa Econômica

9/09/2015
  • Share

Há um enigma na Caixa Econômica Federal, um mistério que atende pelo nome e sobrenome de Fabio Ferreira Cleto, vice-presidente de Governo e de Loterias da instituição. Seus próprios pares na diretoria da Caixa se perguntam: até quando Cleto, uma notória extensão de Eduardo Cunha, se manterá intocado no alto-comando do segundo maior banco público do país? Sai executivo, entra executivo e o tentáculo do presidente da Câmara dos Deputados segue com suas ventosas presas ao cobiçado cargo. Aliás, dois cobiçados cargos. Cleto tem assento também no conselho do FI-FGTS. É, portanto, uma das 11 vozes que decidem o destino dos mais de R$ 32 bilhões em recursos do Funde Investimento reservados para projetos de infraestrutura. Entredentes, seus pares no conselho do FI-FGTS se referem a Cleto como “o quinta coluna”. Em julho, quando as relações entre o nº 1 da Câmara dos Deputados e o Planalto já tinham avinagrado de vez, o vice-presidente da Caixa foi o único conselheiro a votar contra o repasse de R$ 10 bilhões do fundo para o BNDES. Perdeu por 10 a um, porém, mais uma vez, não desperdiçou a chance de demonstrar enorme fidelidade ao seu fiador. Na Caixa Econômica, havia a expectativa de que Fabio Cleto pudesse receber o bilhete azul há cerca de duas semanas, quando foram anunciadas novas mudanças na gestão do banco. No entanto, seu nome passou longe da canetada que, de uma só vez, exonerou três vice-presidentes – José Urbano Duarte, José Carlos Medaglia Filho e Sergio Pinheiro Rodrigues. Assim tem sido desde que o governo iniciou a dança das cadeiras no banco. Não é por falta de tentativas em contrário. A própria presidente da Caixa, Miriam Belchior, tratou diretamente da saída de Clero com o ministro Aloizio Mercadante, que tem centralizado as articulações políticas para a montagem da nova diretoria do banco. No entanto, por ora o executivo sobrevive ao troca-troca. Não se sabe se pela ação de forças ocultas, se por mais uma demonstração de inércia do próprio governo ou se, quando o assunto é Caixa Econômica, a prioridade de Mercadante é trabalhar pela permanência de Marcio Percival. Homem forte da área de finanças do banco, Percival foi indicado ao cargo pelo ministro da Casa Civil. * A Caixa não retornou ao contato do RR.

#Aloizio Mercadante #BNDES #Caixa Econômica #Eduardo Cunha #Fabio Ferreira Cleto #FI-FGTS

Sem cortinas

8/09/2015
  • Share

Foi Sergio Cabral quem convenceu Eduardo Cunha a ter uma conversa com Dilma Rousseff. Cunha ligou, então, para a presidente e disse que ela ficaria mais à vontade se, para todos os efeitos, o convite para a reunião partisse do próprio Planalto. Feito isso, poucas pessoas no Palácio tiveram conhecimento do encontro. Algumas horas depois a conversa estava no noticiário. Nesse caso, há dois vazadores em potencial: um é o próprio Cunha; o outro, o bigode mais indiscreto da República.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Sérgio Cabral

Momento de fé

25/08/2015
  • Share

Há um frisson na Assembleia de Deus de Madureira, no Rio. Corre a informação de que seu mais célebre e pródigo fiel, Eduardo Cunha, participará da noite de orações programada para a próxima sexta-feira. O nome do evento é que parece um tanto quanto despropositado para a ocasião: “Vigília da Vitória Total”.

#Assembleia de Deus #Eduardo Cunha

Cair atirando

21/08/2015
  • Share

Ontem, circulava pelos corredores da Câmara – a casa do cada vez mais encalacrado Eduardo Cunha – a informação de que Ricardo Pessoa teria feito novas denúncias contra o governador de Alagoas, Renan Calheiros Filho. Em delações anteriores, Pessoa afirmou que a doação de R$ 1 milhão da UTC para a campanha do filho de Renan Calheiros era pagamento de propina.

#Delação premiada #Renan Calheiros #Ricardo Pessoa #UTC

Albert Einstein avança na educação

19/08/2015
  • Share

O semblante carregado com que Eduardo Cunha chegou para o jantar com um grupo de empresários no apartamento de Claudio Lottenberg, na segunda-feira da semana passada, contrastava com a euforia do anfitrião. Naquele mesmo dia, conforme fez questão de confidenciar a alguns dos convidados, o presidente do Albert Einstein passou boa parte do seu tempo debruçado sobre o projeto de expansão do grupo na área de educação, hoje a menina dos olhos do executivo. A Ensino Einstein, que atua nos segmentos de graduação, pós-graduação e educação a distância, vai duplicar sua rede, abrindo três novas unidades na capital paulista até o início do próximo ano. Oficialmente, o Einstein nega a expansão. Mas, segundo o RR apurou, na empresa fala-se não apenas na abertura de novas escolas como na possibilidade de se atrair um investidor para o negócio. O grande salto do Albert Einstein na área de educação está previsto para 2016. Depois de dois anos à espera do imprimatur, o hospital, enfim, foi autorizado pelo MEC a abrir sua faculdade de medicina a partir do próximo ano letivo. Por ora, será uma operação razoavelmente modesta. A licença do ministério permite a oferta de apenas 100 vagas, metade em cada semestre. A expectativa é que o Einstein seja autorizado pelo MEC a duplicar este número em 2017. Aliás, ao fim do jantar, os convivas perceberam que Lottenberg cochichou algo ao pé do ouvido de Eduardo Cunha, prontamente respondido pelo deputado com um sorriso melífluo. De súbito, parece que um cheiro de éter tomou conta do ambiente.

#Albert Einstein #Eduardo Cunha

Captura

19/08/2015
  • Share

 Todos os dias, Michel Temer tem reservado um tempo para afagar e catequisar Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara dos Deputados. Não é de se estranhar, portanto, o gradual afastamento entre Picciani e Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB

Contra-ataque

14/08/2015
  • Share

Eduardo Cunha não vai ficar em segundo plano. A partir de ontem, iniciou a operação “Documentalhaço”. Trata-se da divulgação de centenas de pedidos de informação encaminhados à Dilma Rousseff desde que ela era ministra de Minas e Energia.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha

Renan tem seus 15 minutos de fama e descrédito

12/08/2015
  • Share

Renan Calheiros quer tudo ao mesmo tempo agora: criar um oceano entre ele e Eduardo Cunha, resgatar o protagonismo perdido para Michel Temer e purificar-se aos olhos incautos dos consumidores de factoides. Quem sabe não queira também fincar as bases de um “parlamentarismo branco”, de olho na disputa em seu próprio partido. A agenda da Terra do Nunca apresentada pelo presidente do Senado ao ministro Joaquim Levy é um conjunto de 27 propostas que vem se arrastando no Congresso como um ser invertebrado. As medidas, quando passaram pela porta do Executivo, foram malhadas de pancada pelo corporativismo dos  Ibamas, Feemas e Funais da vida (casos do fast track para a aprovação de licenças ambientais e da flexibilização das regras para investimentos em zonas costeiras e áreas naturais). Difícil dizer onde termina o compromisso com a governabilidade e começam a astúcia e a venda de ilusões. O imposto sobre heranças faz parte de qualquer compêndio sobre ludíbrios. Ficou faltando o tributo sobre fortunas. São medidas desejáveis desde sempre. É provável que Aécio Neves, em off the records, assinasse embaixo a maior parte delas. Mas com  o Congresso sublevado, por que milagre a agenda da salvação seria aprovada? Para o gáudio dos dois santos do PMDB, Renan e Temer? Ou para a redenção de Dilma Rousseff? É mais provável que a resposta se encontre nas entranhas da Lava Jato. Renan é um homem bem informado. E desembainhar suas armas ao lado de Cunha mais parece um convite à autoimolação. É possível que sobre uma coisa ou outra desse exagerado balão de ensaio. Roberto Campos, em sua peroração ultraliberal, dizia que costumava jogar dez iscas para fisgar um único peixe. Em meio ao colar de medidas salvacio­nistas, a repatriação de capital como fórmula de financiamento da reforma do ICMS pode ser o lambari a ser pescado. Digamos que seja uma tainha, afinal não é tão pouca coisa assim. A manobra diversionista, no melhor dos mundos, permitiria, inclusive, que o governo reduzisse um pouco a draconia­na multa com a qual pretende saudar os capitais que se dispuserem a tomar o risco do retorno. O fato é que Renan, pelo menos por um dia, saiu da última fila entre os líderes do PMDB e assumiu a pole position da política nacional. Os motivos para que nada aconteça, contudo, são muitos. A consequência mais antirrepublicana dessa fábrica de miragens fomentada por esses homens públicos e probos é fazer com que as pessoas, já descrentes, simplesmente não acreditem em fato algum. Mesmo sem saberem do que se trata.  

#Eduardo Cunha #Michel Temer #Renan Calheiros

 A reforma e a reforma de Dilma Rousseff

11/08/2015
  • Share

A presidente Dilma Rousseff dorme e acorda com a ideia de uma reforma ministerial na cabeça. Mas tem dúvidas sobre qual reforma deve implementar. É uma decisão grave, porque são modelos antípodas. De um lado, a reforma “por dentro”, buscando ministros que controlem suas bancadas, defendida por Lula e por acólitos do Planalto, tal como Aloizio Mercadante e Edinho Silva; do outro, uma reforma contemplando a presença de “notáveis”, técnicos e guerreiros. O objetivo da mudança “por dentro” seria enfrentar a crise política criando trincheiras no Congresso. A novidade maior seria o uso da caneta por Dilma, aprovando os pedidos e benefícios que caracterizam a política do “é dando que se recebe”. Seria um ministério político ocupado por políticos. O critério da convocação seria o grau de influência junto à sua base e o número de votos no Congresso. Os ministros técnicos, a exemplo de Joaquim Levy e Nelson Barbosa, seriam preservados. Alguns próximos, como Mercadante e José Eduardo Cardozo, iriam para o sacrifício, abrindo vagas disputadas. Todos os demais postos seriam passíveis de troca. A outra reforma ministerial, a proposta por seu exmarido Carlos Araújo, tem um viés inteiramente contrário. Araújo é a pessoa mais influente junto a Dilma e considera que a presidenta é refém de um ministério pouco qualificado e sem vocação guerreira. Qualquer associação com o ministério de notáveis de Fernando Collor não é mera coincidência. A diferença seria a predisposição para sair no pau e governar para valer. Por essa ótica, o governo de coalizão não se daria a qualquer preço ou com uma coalizão tão obesa. Quando se sentisse chantageada, Dilma confrontaria o Congresso, vetando projetos de lei. E explicaria o ocorrido publicamente. O novo ministério buscaria o maior distanciamento dos mensaleiros e do próprio Lula. Exemplo de um ministeriável: o ex-senador Ciro Gomes, que tem chamado o deputado Eduardo Cunha de canalha nas mídias. Os empresários seriam bastante contemplados: Josué Gomes da Silva, Jorge Gerdau, Luiz Carlos Trabuco e Benjamin Steinbruch são alguns nomes. Levy e Nelson Barbosa não permaneceriam nos seus cargos. Uma fantasia que teima em perdurar: Fernando Henrique Cardoso em qualquer ministério. Ah, impossível! Para quem não se lembra, FHC foi o primeiro a se apresentar para o ministério de notáveis de Collor quando o impeachment já era pule de dez. As duas reformas ministeriais trazem propostas de como governar – e tanto num modelo quanto no outro, há muito de wishful thinking. A melhor escolha assim é se lhe parece. A pior é permanecer com a abulia decisória, ausência de governança e falta de qualificação dos quadros. Esse tem sido o governo Dilma.  

#Ciro Gomes #Dilma Rousseff #FHC #Joaquim Levy #Nelson Barbosa

Entre os aliados

5/08/2015
  • Share

Entre os aliados e assessores de Eduardo Cunha, a diversão do momento é se referir ao presidente da Câmara pela alcunha de Mr. Kroll.

#Eduardo Cunha

Nada consta

4/08/2015
  • Share

O convescote da semana passada, patrocinado por João Doria Jr., foi apenas a partida. Eduardo Cunha pretende manter uma agenda regular de encontros com o empresariado, como forma de demonstrar que seu poder e sua capacidade de interlocução seguem inabalados mesmo após as denúncias na Lava Jato. A bola da vez são federações de indústrias e associações comerciais.

#Eduardo Cunha #Lava Jato

Enola Gay

30/07/2015
  • Share

A esquadrilha de Eduardo Cunha começou a bombardear o BNDES. Circula na internet a informação de que o banco financiou a compra de 20 aviões da Embraer pela Austral, subsidiária da Aerolíneas Argentinas, no valor de US$ 700 milhões. Segundo a denúncia, o contrato apresenta indícios de sobrepreços.

#Aerolíneas Argentinas #Austral #BNDES #Eduardo Cunha #Embraer

Paralelas

27/07/2015
  • Share

Tancredo Neves dizia que só enviava uma carta quando já sabia a resposta. Lula e FHC, por sua vez, só marcam encontros que nunca ocorrerão. De qualquer forma, o simples fato de se cogitar um diálogo entre ambos já é uma boa notícia. Fica a sugestão para Dilma Rousseff e Eduardo Cunha.

#FHC #Lula

Tiro no pé?

24/07/2015
  • Share

Pergunta que tem sido repetida nos corredores de Furnas: será que a CPI dos fundos de pensão vai mergulhar para valer no Real Grandeza, onde ainda se aninham muitos apadrinhados de Eduardo Cunha?

#Eduardo Cunha #Fundação Real Grandeza #Furnas

Aliás, FHC

23/07/2015
  • Share

Aliás, FHC tem dado o maior apoio à  aproximação entre Aécio Neves e Eduardo Cunha. Geraldo Alckmin e José Serra agradecem.

#Aécio Neves #Eduardo Cunha #Geraldo Alckmin #José Serra

Bala perdida

23/07/2015
  • Share

Eduardo Cunha gasta tudo que tem de munição. Logo após o recesso parlamentar, aliados do deputado vão voltar à  carga com força redobrada para que o ex-presidente Lula e os ministros Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo sejam ouvidos na CPI da Petrobras.

#Eduardo Cunha

Eduardianas

22/07/2015
  • Share

A CPI que está saindo do pacote de vendettas de Eduardo Cunha não provocou nem soluços no BNDES. Segundo o entendimento da área jurídica, o banco está absolutamente forrado e garantido quanto à  constitucionalidade do sigilo das suas operações. *** Por falar em Eduardo Cunha, o presidente da Câmara vem sendo chamado no Congresso de Jânio Quadros versão malévolo 2.0. A comparação não se deve aos óculos horrorosos comuns a ambos, mas ao entendimento de que Cunha renunciou a uma posição confortável, que lhe permitia ditar as ordens na Câmara, em nome da obsessão em cindir o PMDB.

#BNDES #Eduardo Cunha

Endereço certo

20/07/2015
  • Share

Para ouvidos menos belicosos – ou muito otimistas – do Palácio do Planalto, a declaração de Michel Temer de que o PMDB terá candidato à  presidência em 2018 soou como uma palavra de apoio a Dilma Rousseff e uma mensagem nem tão cifrada ao rebelado Eduardo Cunha. à‰ como se Temer tivesse dito: o PMDB terá, sim, candidato, mas “só em 2018”.

#Michel Temer #PMDB

O sinistro Magro despenca refinaria abaixo

19/06/2015
  • Share

São evidentes os sinais da derrocada de Ricardo Andrade Magro, o híbrido de advogado e empresário que se notabilizou por cruzar e descruzar com desenvoltura a porta giratória entre a política e o mundo dos negócios. O aspecto soturno, agravado pelo monotemático terno preto, talvez seja uma das poucas características que ainda lembram o personagem de natureza maquiavélica, no mais pragmático dos sentidos – entre os mais próximos há até quem compare o Magro dos bons tempos a Doug Stamper, o discreto e eficiente desatador de nós do congressista Frank Underwood, de “House of Cards”. Hoje, tudo ao seu redor é decadência. Andrade Magro já não serpenteia com o mesmo desembaraço pelos corredores do poder. Perdeu prestígio junto ao PMDB de Eduardo Cunha da mesma forma que se distanciou do PT, de Marcelo Sereno, com quem, inclusive, chegou a trabalhar. O declínio político irradia pelos seus negócios. É sintomático que Andrade Magro tenha fechado seu escritório de advocacia no 16º andar do tradicional edifício Martinelli, no Centro do Rio. É uma pena! Aquelas paredes têm muita história para contar. As evidências do ocaso de Ricardo Andrade Magro estão também na Refinaria de Manguinhos, que, por uma série de circunstâncias, caiu no seu colo. Em recuperação judicial desde o início de 2013, a empresa vive a crônica de uma agonia mais do que anunciada. Opera de forma errática e sua atividade comercial se restringiria a  venda de reduzidos volumes de combustíveis a preços baixos para postos bandeira branca. Entre janeiro e setembro do ano passado, Manguinhos teve prejuízo de R$ 83 milhões. E mais não se sabe, pois até hoje a empresa não encaminhou a  BM&F Bovespa as demonstrações contábeis de 2014. O RR fez várias tentativas de contato com a Refinaria de Manguinhos, mas não obteve retorno em nenhum dos telefones e e-mails disponíveis da companhia. Que falta faz a Manguinhos o Andrade Magro do passado. Fosse em outros tempos, muito provavelmente a Assembléia Legislativa do Rio já teria aprovado o Projeto de Lei 425/2015, que propõe a criação de uma versão fluminense do Refis para empresas com dívidas fiscais acima de R$ 1 bilhão. É possível também que o contencioso com a Petrobras já tivesse chegado ao fim. Em dezembro, a 25a Vara Cível do Rio condenou a estatal a pagar R$ 935 milhões a  Refinaria de Manguinhos pela compra de combustíveis a preços inferiores ao custo de produção. Esta, no entanto, foi apenas a decisão de primeira instância. A novela ainda deve perdurar por muitos anos, um futuro que talvez Manguinhos não possa esperar.

Eduardo Cunha

18/06/2015
  • Share

Eduardo Cunha pretende levar mais um explosivo tema para a Câmara dos Deputados: uma legislação para as empresas “grandes demais para quebrar”. Já viram, né?

#Eduardo Cunha

Adivinhão

15/06/2015
  • Share

Logo após a confirmação de que seu nome não estava entre os 140 convocados pela CPI da Petrobras, Eduardo Cunha atendeu a vários telefonemas de correligionários sempre com a mesma frase: “Eu não te disse, eu não te disse?”

#Petrobras

Acervo RR

Adivinhão

15/06/2015
  • Share

Logo após a confirmação de que seu nome não estava entre os 140 convocados pela CPI da Petrobras, Eduardo Cunha atendeu a vários telefonemas de correligionários sempre com a mesma frase: “Eu não te disse, eu não te disse?”

#Petrobras

Aloprados

8/06/2015
  • Share

Nos últimos dias, circulou pela Câmara dos Deputados, a casa de Eduardo Cunha, a informação de que haveria um dossiê contra o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. É cada uma que aparece…

Fiéis seguidores

25/05/2015
  • Share

A conta é de um cabo eleitoral do peemedebista: se Eduardo Cunha quiser mesmo levar o assunto adiante, já chega a 300 o número de deputados que apoiariam a PEC para a reeleição na presidência da Câmara. Pergunta de um parlamentar que não está nessa estatística: “Serão os mesmos 300 da célebre música de Herbert Vianna?”

#Eduardo Cunha

Pitágoras

22/05/2015
  • Share

Frase atribuída a Eduardo Cunha, ao comentar a desabrida e arriscada campanha de Renan Calheiros contra a indicação de Luiz Fachin ao STF: “Renan é um péssimo matemático. Uma coisa é torpedear o procurador-geral da República, que ficará por mais dois anos no cargo; a outra é bater de frente com um ministro do Supremo que lá estará pelos próximos 18 anos”.

Sempre presente

13/05/2015
  • Share

Para quem acha que Eduardo Cunha perdeu seu poder em Furnas: no papel, o presidente da Enerpeixe, joint venture entre a estatal e a EDP, é Julio Galvão de Araújo Junior. Na prática, porém, quem estaria mandando e desmandando na geradora é o diretor de operações, Carlos Nadalutti, ex-presidente de Furnas e ligado a Cunha.

Segunda pele

12/05/2015
  • Share

Para todos os efeitos, Jader Barbalho veste a camisa de Michel Temer e do governo no Congresso. Mas há momentos em que o vice-presidente tem a impressão de enxergar a silhueta de Eduardo Cunha levemente esmaecida sob as vestes do senador paraense.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Cunha e Renan decidem a sorte do programa nuclear

7/05/2015
  • Share

 O programa nuclear brasileiro está nas mãos do PMDB. Em breve, a dupla radioativa Eduardo Cunha e Renan Calheiros terá o poder de deslanchar ou sentar em cima dos planos do governo de retomar a construção de usinas atômicas no país. Em até 90 dias, a Presidência da República deverá encaminhar ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), com o objetivo de permitir a entrada de investidores privados, inclusive estrangeiros, nas novas geradoras. Cunha e Renan, uma mistura de césio 137 com urânio enriquecido, sabem muito bem a importância deste projeto para o Planalto, o que só aumenta o potencial explosivo da dupla na condução do assunto no Legislativo. Dilma Rousseff gostaria de incluir a licitação de pelo menos duas usinas nucleares no pacote de concessões que será anunciado em novembro. Mas já se dará por satisfeita se puder ofertá-las até 2016. Esta é uma missão para Michel Temer. Dilma Rousseff já convocou seu vice-presidente e articulador político para aparar as arestas e negociar com os presidentes da Câmara e do Senado uma rápida tramitação da PEC nas duas casas. Em outro front, também por dever de ofício, caberá a Jaques Wagner reduzir a sensibilidade das Forças Armadas a  entrada de forasteiros em um setor que caminha lado a lado a  área de segurança nacional. Perto da pedreira que Temer terá de dinamitar, a missão do ministro da Defesa promete ser mais simples. A intenção do governo é permitir que os grupos privados tenham uma participação de até 49% nos consórcios responsáveis pela instalação das futuras geradoras – a Eletronuclear será sempre majoritária. Originalmente, o programa nuclear já aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética prevê a construção de 12 usinas até 2050, sendo um terço delas nos próximos 15 anos. Para que estes prazos sejam cumpridos, ao menos quatro projetos terão de ser licitados em até dois anos. Nas atuais circunstâncias, no entanto, o próprio governo considera essa meta praticamente inexequível.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Eletronuclear #Forças Armadas #Michel Temer #PMDB #Renan Calheiros

Receita Federal deixa CPI do HSBC a ver navios

24/04/2015
  • Share

O plenário a s moscas na sessão que marcou a abertura dos trabalhos já era um indicativo do que vinha pela frente. A julgar pelos fatos, a CPI do HSBC é um balão que vai custar a subir. Na última quarta-feira, a Comissão do Senado sofreu um duro golpe. A Receita Federal negou formalmente o pedido de informações sobre os 129 brasileiros com contas no HSBC da Suíça que tiveram seus nomes devassados pelo SwissLeaks. Este é um dos pontos fulcrais dos três ofícios, com data de 22 de abril, enviados pelo secretario da Receita Federal, Jorge Rachid, ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, senador Paulo Rocha (PTPA). O Fisco recusou-se a informar se os contribuintes sob investigação da CPI declararam a existência das contas no exterior e os saldos dos respectivos depósitos bancários. Rachid apenas seguiu a letra fria da lei. Argumentou que o questionamento do Senado abrange informações de natureza econômica e financeira dos contribuintes protegidas por sigilo fiscal. Ou seja: se a CPI quer escarafunchar esses dados que trate de conseguir uma decisão judicial que permita a quebra do sigilo dos 129 correntistas do HSBC. Ontem a  tarde, o semblante dos componentes da CPI revelava que os senadores haviam acusado o golpe. Eles contavam, desde já, com os dados fiscais dos 129 brasileiros para avançar nas investigações – e, claro, bater tambor na mídia. Enquanto todas as atenções da Casa estavam voltadas ao embate entre Renan Calheiros e Eduardo Cunha por conta da votação do projeto de terceirização, Paulo Rocha procurava mobilizar a tropa. Houve várias reuniões ao longo do dia na tentativa de encontrar caminhos políticos e jurídicos para evitar o esvaziamento das investigações. Diferentemente de alguns senadores, a Receita Federal não parece disposta a fazer prejulgamentos e tampouco colocar o carro na frente dos bois. Em um dos ofícios encaminhados ao Senado, o secretário Jorge Rachid informou que o órgão ainda não instaurou qualquer processo administrativo fiscal contra os contribuintes citados. A justificativa é didática e só reforça a ideia de que a CPI vai ter muito trabalho para avançar. A Receita disse, com todas as letras, que “considera ilícita a utilização das informações vazadas na mídia”, uma referência a  publicação em doses homeopáticas dos brasileiros que, supostamente, mantêm contas irregulares no HSBC da Suíça. O Fisco só tomará qualquer medida administrativa quando receber informações oficiais da Receita francesa, que investiga as denúncias de evasão de divisas e sonegação de impostos e tem fechado acordos com outros países para o compartilhamento dos dados apurados.

#HSBC

A Real Grandeza

24/04/2015
  • Share

A Real Grandeza, leia-se Furnas, é o maior foco de resistência aos planos do governo de reunir sob o mesmo teto todos os fundos de pensão das estatais do setor. E olha que a atual diretoria da fundação nem “pertence” a Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Fundação Real Grandeza #Furnas

Boca torta

6/04/2015
  • Share

O PMDB fez chegar ao Planalto uma lista de nomes para o comando do ONS, encabeçada pelo ex-presidente da Eletrobras Firmino Sampaio. No próprio partido, as indicações são atribuídas a Eduardo Cunha, aquele que “não quer ministério, nem cargo, mas apenas participar de um projeto de gestão pública”.

#ONS #PMDB

Um conto sem fadas na Câmara

30/03/2015
  • Share

Eduardo Cunha tomou uma decisão sobre sua trajetória a  frente da Câmara dos Deputados: vai governar o país. Cunha pretende exercer plenamente o poder, deixando clara sua condição de condutor do destino nacional. Segundo fonte ligada ao deputado – inclusive, por diversas vezes, parceira no noticiário dos jornais -, Cunha se preparou para exercer esse papel ao longo dos dois anos de seu mandato na presidência da Câmara. Cabe lembrar que não há reeleição na mesma legislatura, a não ser com uma mudança no regimento – mas, aí, são outros quinhentos. Contando nos dedos os aliados certos, prováveis adesistas e os “Maria vai com as outras”, Cunha já soma duas centenas de votos na Casa. É a Branca de Neve com seus duzentos anões. Se caminhar na direção do governo, vota com o PT. Se for na contramão, vota com o PSDB. Seu projeto é temperar o domínio sobre os congressistas com a aparente isenção em relação ao fato político. O sal do seu apoio é a satisfação da sua base aliada. Lá no futuro, quem sabe ele não unifique as vontades do Executivo e Legislativo. Por enquanto, Dilma Rousseff terá de compartilhar seu governo, ao que tudo indica, inexoravelmente. Cunha, ao contrário da presidenta, acha que o passar do tempo só fortalece o seu intento. O Brasil agora tem dois mandatários.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #PSDB

Grendene navega nas águas férteis do Ceará

17/03/2015
  • Share

Não faltaram tentativas, quase súplicas, mas o ministro da Educação, Cid Gomes, o principal convidado do empresário Alexandre Grendene, não dará as caras no megaevento de inauguração de “Madame Kate”. Tudo no mundo de Grendene é superlativo e precisa de tradução. “Madame Kate” é o nome do novo iate do imperador dos calçados, um colosso dos mares que está sendo construído pelo estaleiro holandês Amels, com previsão de entrega para abril. Quanto a  Kate, é ela mesma, o bichon frisé do bilionário. Não há endinheirado porto- alegrense que não tenha ouvido falar da sua inseparável cadelinha branca, também homenageada no iate aposentado, o “Lady Kate”. A cachorrinha, é claro, estará presente ao rega-bofe, mas Cid, que, junto com sua esposa Maria Celia Habib Moura, já singrou os mares e rasgou os céus nos luxuosos meios de transporte dos Grendene, acha que dessa vez é risco demais até para o seu conhecido destemor. Não se trata somente de ser ministro de um governo controverso, em meio a uma crise política, mas Cid tem nos seus calcanhares o implacável Eduardo Cunha, seu desafeto. Na última semana, Cunha não deixou nem que Cid fosse hospitalizado tranquilamente para tratar de uma suspeita de pneumonia. Afirmou que designaria uma comissão constituída de três deputados médicos para verificar a real situação do ministro da Educação, internado no Hospital Sírio Libanês. Cid não tinha comparecido a  sessão da Câmara dos Deputados para prestar explicações sobre declarações polêmicas em relação aos parlamentares. Alexandre e Cid são ligados por inquebrantáveis laços de incentivos fiscais e que tais, eternos enquanto durem. Em Sobral, no Ceará, Alexandre e seu irmão Pedro semearam no solo semiárido do Nordeste, regado com as facilidades e benefícios públicos concedidos por Cid. Para o gáudio de ambos, colheram sete unidades de produção de calçados, que dão emprego a cerca de 25 mil pessoas. A Grendene tem ramificações também em Fortaleza, Pacajus e Crato, onde emprega em torno de 10 mil pessoas. A aliança entre Alexandre e Cid não foi indolor para terceiros. Custou um “baianicídio”, com o fechamento de seis fábricas da Vulcabras/Azaleia, na Bahia. Alexandre justificou a despedida da Terra de todos os Santos devido a  “desproporcional concorrência asiática”. Vixe! Nas eleições de 2010, o potentado do Rio Grande mostrou que guarda os amigos do lado esquerdo do peito e doou R$ 1,2 milhão para a campanha a  reeleição do companheiro de viagem ao governo do Ceará. Mas, chega de assuntos políticos e empresariais, e voltemos aos folguedos, o dolce far niente. Alexandre se recorda como se fosse hoje das inesquecíveis férias com Cid nos EUA. Viajaram no seu jato Falcon 7X, com as respectivas esposas, o empresário Júlio Ventura, Kate e a babá da cadela. Por isso e por tudo, será extremamente lamentável o não comparecimento de El Cid a  recepção em Mônaco, onde ficará ancorado o iate. Mas, se não der, não deu. “Madame Kate” sempre estará disponível. E dinheiro e mar são o que não faltam.

Rápida erosão

16/03/2015
  • Share

Joaquim Levy foi desautorizado por Dilma Rousseff; teve suas medidas para a redução dos gastos públicos vetadas pelo Congresso; recebeu de Renan Calheiros a pecha de inimigo do Nordeste; foi obrigado a pedir a bênção de Eduardo Cunha. Levy é a âncora do ajuste fiscal. Cantemos, pois, um fado: “Joaquim foi para o tiro-liro-liro, Joaquim foi para o tiro-liro-ló!”

A rádio-corredor do Congresso

11/03/2015
  • Share

A rádio-corredor do Congresso informa que Eduardo Cunha estaria presenteando os filhos com a transferência de alguns imóveis no Rio. É um pai zeloso.

Dupla dinâmica

3/03/2015
  • Share

Arthur Falk está acelerando seus negócios de exportação e importação no Brasil. Por coincidência no momento de ascensão do amigo Eduardo Cunha. Os dois sempre foram fiéis um ao outro em tempos de vacas mais magras. Mas, ainda assim, muito gordinhas.

Osmose

5/02/2015
  • Share

No encontro que tiveram nesta semana no Palácio Jaburu, Michel Temer e Eduardo Cunha falaram mais do PMDB do que do governo. O que, no fundo, vem a dar no mesmo.

Coalizão

4/02/2015
  • Share

Frase atribuída ao controverso empresário Ricardo Andrade Magro, ex-controlador da refinaria de Manguinhos, ao saber da vitória de Eduardo Cunha: “Eu voltei!”.

Ninguém mexe

30/01/2015
  • Share

Na Caixa Econômica, já se dá como certo que Fabio Cleto, indicado por Eduardo Cunha para a vice-presidência de Governo e Loterias, seguirá firme e forte no cargo se o padrinho vencer a eleição para o comando da Câmara dos Deputados. E se perder também.

#Caixa Econômica

Otavio Medeiros

22/01/2015
  • Share

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, acha que Eduardo Cunha tem assistido muito a seriados de espionagem. Ele quer vender a percepção de que o governo age no melhor estilo do FBI, de Edgar Hoover, gravando tudo. A recomendação é deixar ele falando sozinho.

Contrapartida

11/12/2014
  • Share

Da série “É bom para mim e bom para você”: Eduardo Cunha topa condicionar todas as indicações do PMDB a cargos no governo a nomes com perfil técnico. É mais seguro.

Pós-datado

17/10/2014
  • Share

Durante reunião da bancada do PMDB, na semana passada, ao ser perguntado sobre quem apoiará no segundo turno, o deputado Eduardo Cunha teria saído com a seguinte resposta: “Vocês ainda têm muito que aprender. Voto só se revela depois da eleição”. *** Em tempo: o incógnito candidato de Eduardo Cunha agradece penhoradamente pela discrição.

Quebra-cabeças

29/09/2014
  • Share

Flavio Decat, presidente de Furnas, é o nome preferido de Fernando Pimentel para comandar a Cemig em seu eventual governo. O problema é a desarrumação das peças no setor elétrico no caso de um segundo mandato de Dilma Rousseff. A saída de Decat abriria caminho para Eduardo Cunha recuperar espaço na gestão de Furnas. É tudo o que o Planalto não quer.

Cara ou coroa

26/09/2014
  • Share

Uma raposa felpuda do Congresso aposta suas fichas que Eduardo Cunha será o futuro presidente da Câmara dos Deputados se Dilma Rousseff ganhar as eleições. E se Marina Silva vencer, também.

Excelsior Seguros é uma ilha Á  espera de novos habitantes

23/09/2014
  • Share

Os dias da pernambucana Excelsior como uma operação insular no mercado brasileiro de seguros estão contados. É o que sugerem os movimentos atribuídos ao híbrido de político, empresário e dirigente esportivo Luciano Bivar, dono da única seguradora fora do Sudeste a figurar entre as 40 primeiras do ranking do setor. a€ luz do dia, Bivar rechaça peremptoriamente a venda da companhia; mas, quando o sol se vai, começaria o flerte com os norte-americanos da Ace e da Chubb, dois fortes candidatos a  compra da Excelsior. Segundo interlocutores próximos a Bivar, o empresário teria cansado de habitar uma ilha cercada de gigantes por todos os lados. Com R$ 240 milhões em ativos, há anos que a companhia pernambucana está praticamente inerte no mesmo lugar do ranking. Procuradas pelo RR, Excelsior e Chubb negaram qualquer negociação. Os dois pretendentes a  compra da Excelsior são guiados por motivações estratégicas distintas. A Ace, que acaba de comprar a carteira de seguros de risco do Itaú, enxerga a possibilidade de aumentar sua fatia nos ramos vida e habitacional, dois dos principais negócios da companhia pernambucana. Já a Chubb, excessivamente focada nos seguros massificados, mira nos produtos da Excelsior para o mercado corporativo. Embora nadem em raias diferentes, as duas companhias norte-americanas têm algo em comum: suas operações no Brasil são apenas retratos três por quatro do porte que ambas ostentam nos Estados Unidos. Com R$ 900 milhões em prêmios, Chubb e Ace brigam somente pela longínqua 15ª posição no ranking do setor. Línguas ferinas do setor afirmam que, independentemente do desfecho das conversas, os norte-americanos é que vão precisar de uma apólice, pelo simples fato de sentar a  mesa com Luciano Bivar. O risco, neste caso, se deve ao temperamento de Bivar, visto por seus próprios parceiros e aliados como um personagem mercurial, afeito a ziguezagues e rompantes – características que se unem aos atributos de competente gestor e hábil negociador. Que o diga Marina Silva. Fundador do Partido Social Liberal (PSL), pelo qual se candidatou a  presidência da República em 2006, e muito próximo de Eduardo Campos, Bivar recebeu a indicação de Marina com uma pedra em cada mão. Assim que a senadora acreana foi confirmada como substituta de Campos, o empresário anunciou que seu partido estava fora da coligação e ainda deu entrevistas dizendo que “Confiar em Marina era dar um tiro no escuro”. No dia seguinte, já era visto em fotografias ao lado do tsunami da Amazônia. É por essas e outras que empresários nordestinos costumam dizer que, em se tratando de Luciano Bivar, só uma coisa é certa: sua torcida pelo Sport. O empresário, aliás, é presidente do clube pernambucano, posto que lhe valeu a alcunha de “Eurico Miranda do Nordeste”. Não parece coisa de amigo.

Zani, o Fenômeno

29/07/2014
  • Share

O diretor de operação de Furnas, Cesar Zani, nunca fez gol em Copa, jamais namorou a Daniella Cicarelli, mas é visto na estatal como um “Fenômeno”. Apesar das tentativas em contrário do PMDB, leia-se do próprio Eduardo Cunha, Zani segue firme no cargo. E com um poder cada vez maior.

Para que o PT?

28/04/2014
  • Share

Imaginem se Dilma Rousseff convocasse Eduardo Cunha e aceitasse as condições propostas pelo deputado…A base aliada de Cunha criaria uma CPI por semana. Com a bênção da ministra Rosa Weber.

Após um breve período fora da mesa de pôquer

13/12/2013
  • Share

Após um breve período fora da mesa de pôquer, Eduardo Cunha teria voltado a dar as cartas na Fundação Real Grandeza.

Os dirigentes de entidades

18/11/2013
  • Share

Os dirigentes de entidades de classe e empresários do setor de e-commerce que foram a  Câmara dos Deputados na semana passada para discussão do marco civil da Internet ficaram impressionados com a performance de Eduardo Cunha. O parlamentar colocou o dedo em riste na cara do deputado Alessandro Molon e disse, não exatamente com estas palavras: “Quem manda nesse assunto aqui sou eu”. Convenceu a audiência. De lá para cá tem se visto uma romaria dos grandalhões do comércio eletrônico na porta do seu gabinete.

“Síndico da Aneel” barra a construção de 700 PCHs

5/11/2013
  • Share

Nem Romeu Rufino, diretor- geral da Aneel, nem Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, e tampouco o ministro Edison Lobão. O capa preta da energia elétrica se chama Odenir José dos Reis, superintendente de Gestão e Estudos Hidroenergéticos (SGH) da Aneel. Reis tem se notabilizado como uma espécie de Eduardo Cunha do setor. Praticamente todos os investimentos em geração no país passam por suas mãos, neste caso mãos de tesoura, para insatisfação dos investidores da área de energia. O superintendente da Aneel vem se revelando um obcecado degolador de empreendimentos. Em suas gavetas, jazem quase 700 projetos para a instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), adiados ou suspensos por conta do exagerado nível de exigência imposto por Reis. Quase no limite da patologia, o executivo tem usado e abusado da autoridade que o cargo lhe faculta para ser mais realista do que o rei. Seu último feito foi exigir licença ambiental de projetos que ainda nem sequer tinham sido analisados e aprovados pela Aneel. Ao menos neste caso, o carimbo do tabelião da Aneel foi apagado por instâncias superiores. Diante da reação dos investidores do setor, a diretoria da agência revogou a decisão. Ainda assim, Odenir José dos Reis não se dá por vencido. Já teria dito a grupos do setor que a decisão do alto comando vale apenas para os projetos sob disputa por mais de um operador, o que representa o universo de somente 46 hidrelétricas em análise. Significa dizer que dos quase sete mil megawatts de PCHs represados na poderosa Superintendência de Gestão e Estudos Hidroenergéticos (SGH), tão somente 500 megawatts teriam condições de serem produzidos. Por ora, o impasse criou uma situação surreal. Os órgãos ambientais só concedem a respectiva licença depois que o projeto é aprovado pela Aneel. Este é o padrão. No entanto, a SGH quer subverter a ordem e só aprovar o empreendimento a posteriori. Ou seja: o cachorro passaria a correr atrás do próprio rabo. Procurada, a Aneel informou que a “SGH segue integralmente as orientações emanadas pela Diretoria Colegiada da agência reguladora, harmonizadas com a regulamentação e a legislação vigentes.” Está feito o registro. No entanto, segundo uma fonte do Ministério de Minas e Energia, na Aneel já se fala na substituição de Odenir dos Reis, como forma de acalmar os ânimos entre os investidores do setor. Em tempo: a julgar pela artilharia disparada por seus próprios pares, o executivo não deve deixar saudades nem fora e muito menos dentro da Aneel. Nos últimos dias, seus desafetos têm feito circular nos corredores da Agência cópias do processo de nº 9393- 17.2010.4.01.3400, ajuizado pelo Crea-DF na 19ª Vara Federal. Na ação, o Crea cobra de Reis o pagamento de contribuições atrasadas. O mesmo vale para uma ação de execução fiscal da Fazenda Nacional, impetrada na 11ª Vara Federal do DF, sob o nº 22539-23.2013.4.01.3400, por supostos problemas relacionados ao seu Imposto de Renda.

Filósofo cético

4/07/2013
  • Share

Do filósofo cético Eduardo Cunha: “A presidenta Dilma colocou o bode na sala com a ideia do plebiscito e das reformas políticas. O problema agora vai ser tirar o bode de lá. E o diacho é que, se não tirar, a garotada volta para as ruas.”

Filósofo cético

21/06/2013
  • Share

O RR não resiste e reproduz a reflexão do filósofo cético Eduardo Cunha: “Se reduziram as tarifas, por que aumentaram antes?”. Grande Edu!

Coroinhas

10/06/2013
  • Share

Henrique Alves e Eduardo Cunha nem esperam o sol se pôr para se dedicar de corpo e alma a s articulações para uma candidatura do PMDB a s eleições presidenciais de 2018. A dupla quer que o acordo com o PT seja firmado já em 2014. E o Lula III?

Ádolo pop

24/05/2013
  • Share

Se o governo insistir na fulanização de seus problemas no Congresso, corre o risco de transformar Eduardo Cunha em um ídolo pop, com o luxuoso auxílio da mídia.

Embrapa

17/05/2013
  • Share

O PMDB está balançando a árvore de tudo que é lado para derrubar lá de cima o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, no cargo há apenas sete meses. Dessa vez, porém, Eduardo Cunha não está na parada.

Lúdico

10/05/2013
  • Share

Medida Provisória dos brindes da semana: Anthony Garotinho ganha um transtainer de brinquedo e Eduardo Cunha, um contêiner decorativo. Dependendo do gosto do freguês, contudo, a ordem dos brindes pode se alterar.

Luciano Coutinho não vira a casaca no BNDES

25/04/2013
  • Share

Engana-se quem pensa que Luciano Coutinho fez uma autocrítica e jogou a toalha por meio da imprensa. O presidente do BNDES continua achando que a política de escolha dos “cavalos vencedores” teve e tem suas razões estratégicas, ou seja, a inserção internacional dos grupos com capacidade de concorrência no exterior. Coutinho declarou que essa política está enterrada. Os tempos no BNDES são outros. E não deu mais explicações sobre a nova era, nem racionalizou os investimentos caso a caso, explicando motivações das escolhas e razões de eventuais fracassos. Quem conhece o economista, personagem frio, extremamente preparado e com raro controle das circunstâncias, certamente estranhou. Mas Luciano Coutinho não virou a casaca. Seu fundamento cabe em um breviário. Vamos a ele: A orientação para que Coutinho anunciasse a reviravolta da política do banco veio do andar mais alto do governo. O Planalto pretende ir eliminando as iniciativas mais polêmicas, que têm se transformado em munição para oposição. a€ medida que se aproxima o período eleitoral, é hora de afinar o discurso. A escolha de “O Estado de S. Paulo” para a entrevista não foi fortuita. Havia outra opção, O Globo. Ambos atingiriam o target pretendido. A decisão também teve o dedo, aliás a mão, do andar de cima do governo. Os chamados “desenvolvimentistas” do governo nunca se manifestaram a favor de Coutinho. É o chamado “silêncio dos covardes”. A política do BNDES provém do governo Lula. Mas ninguém fala, ninguém diz. Guido Mantega, “ex-bndeista”, e afinado com a orientação do banco, da qual participou em outros idos, fez da omissão um jeito confortável de desconstruir Coutinho. Mantega está seguro no cargo, mas inseguro em relação a  sua reputação. Coutinho já foi alçado pela mídia a ministro da Fazenda muitas vezes, na maior parte em balões de ensaio. Mas, em todas elas, a motivação foi sua competência. O time da chamada “nossa gente” – economistas da Unicamp, UFRJ e afins – ficou calado esse tempo todo. Talvez fosse um último bunker de resistência ao massacre. Mas parece ter se dividido. E fidelidade não anda em alta entre os acadêmicos. Existe uma prateleira de pedidos de financiamento que se encaixam nos critérios da política sepulta. O avanço em novos financiamentos transformaria o BNDES em roupa suja das oposições e da mídia. Melhor estancar, em tempo, do que sangrar em praça pública. A solidão do BNDES se espraia também pela classe empresarial. Não há entidade patronal, grande conglomerado ou mesmo grupo beneficiado que tenha se exposto para fazer um prosaico elogio. Finalmente, os traíras de sempre. Circulou ontem na internet que Roberto Mangabeira Unger revelou seu espanto a diversos membros do governo, devido ao fato de “Luciano Coutinho ainda estar pensando com a cabeça na Coréia de 50 anos atrás.” Logo Mangabeira, que, em uma estranha associação de personagens no governo FHC, foi contratado para criar um título de capitalização popular, que teria como foco principalmente os evangélicos. Participavam da construção do ornitorrinco Eduardo Cunha e Arthur Falk.

Campo minado

28/02/2013
  • Share

Maurício Lopes, que assumiu a presidência da Embrapa há apenas quatro meses, já está balançando feito vara verde. Não, ainda não há notícias de que Eduardo Cunha já tenha exigido o cargo.

Acervo RR

Depardieu

29/01/2013
  • Share

O danadinho Arthur Falk, eterno papa-tudo, passa atualmente a maior parte do ano na Rússia. A sua maior correspondência no Brasil é com o deputado Eduardo Cunha, por quem nutre enorme admiração e afeto.

Acervo RR

Delta

24/01/2013
  • Share

Fernando Cavendish já começa a colher os dividendos do efeito Eduardo Cunha. Está convicto de que, logo, logo, conseguirá a aprovação do BB ao plano de recuperação da Delta. O banco foi um dos poucos grandes credores da construtora a votar contra.

Acervo RR

PT

25/05/2012
  • Share

Eduardo Cunha voltou a soltar seus raios em Furnas. Estaria tentando eletrocutar do cargo o diretor de operação da estatal, Cesar Zani, que tem o apoio do PT.

Acervo RR

Manguinhos é vista como uma refinaria de boatos

10/04/2012
  • Share

As recentes informações veiculadas na imprensa sobre o suposto interesse da Petrobras em comprar a Refinaria de Manguinhos e transformá-la em uma companhia de tancagem podem até ter um fundo de verdade. Mas, ao que tudo indica, o fundo é um fundinho, bem pequenininho. Mais verossímil é constatar que a notícia já foi e voltou, foi e voltou, inúmeras vezes, tão ao gosto dos operadores do mercado de ações. No bê-á-bá da CVM, a combinação de informações vazadas na mídia e movimentos mais bruscos das cotações só teria uma tradução: a possível tentativa de manipulação de mercado. Supostamente, está se falando de uma fórmula criminosa matusalêmica, que obedeceria a  seguinte mecânica: compramse as ações no mercado; soltase o balão de ensaio na mídia; a notícia pedala o papel; como as ações da empresa têm uma liquidez irrisória, os picos e vales das cotações são enormes; é hora de vender na alta as ações compradas na baixa; com a realização de lucro, os preços caem; é hora de recomprar as ações na baixa. Que a operação é suspeita, ninguém duvida. Segundo uma fonte da CVM, não há convicção, contudo, se o processo em questão se trata da instrumentalização indevida de um desejo de venda da companhia, partindo de personagens da própria Refinaria de Manguinhos, ou se é apenas a jogatina de algum espertalhão. O RR fez vários contatos telefônicos e via e-mail com a Refinaria de Manguinhos, mas a empresa não se pronunciou até o fechamento desta edição. Também procurada, a CVM informou que “acompanha e analisa as notícias e operações envolvendo companhias abertas e adota as medidas cabíveis, quando necessário”. A questão é a recorrência do procedimento. A própria história do interesse da Petrobras já saiu em outras vezes – só em uma oportunidade foi devidamente comunicada a  CVM. O que se investiga, portanto, é se a empresa do polêmico Ricardo Magro teria ou não alguma responsabilidade nessa “mão leve” no mercado. Pode ser que sim, pode ser que não. Mas o fato é que o estranho expediente já ocorreu tendo como protagonistas empresas como Grupo Ultra, EBX, Grupo Libra e Braskem. Todas foram citadas como interessadas na aquisição de Manguinhos, que, por sua vez, não desmente e não faz qualquer comunicado legal a  autoridade reguladora ou a s bolsas. As ações, então, dão aquele looping. Informações filtradas junto a fontes da própria refinaria indicam que o presidente da companhia, Paulo Henrique Menezes, seria a fonte oficial e “informal” das mídias. Vai muito além dizer que ele seria o operador dos vazamentos. Mas Paulo Henrique carrega consigo o estigma de, supostamente, ter sido o responsável por tentativas, devidamente identificadas, de denegrir a imagem da família Marinho, em resposta a uma série de matérias publicadas no jornal O Globo sobre a situação fiscal de Manguinhos. O controlador da empresa, Ricardo Magro, expoente de uma banca de advocacia e dono de postos de gasolina, é tido como um gênio. Sujeito discreto, de fala baixa, surpreende pelo seu cartel de relacionamentos, que tem como esteios Eduardo Cunha e José Dirceu. Quem o conhece não acredita que ele seja o mentor de uma maracutaia dessas. O fato é que os interesses – reais ou não – da compra de Manguinhos foram destilados em águas barrentas do mercado de ações, onde alguém ganhou muito dinheiro. Cabe a  CVM averiguar se a “coincidência” não veste chapéu de burro.

Acervo RR

Anthony Garotinho

2/04/2012
  • Share

O ex-governador Anthony Garotinho pretende disputar as novas concessões de TV aberta. Dizem que Eduardo Cunha vai junto. Mas deve ser intriga da oposição.

Caixa Econômica

19/01/2012
  • Share

O terremoto político na direção da Caixa Econômica atingiu o pico da escala Richter. O presidente do banco, Jorge Hereda, trabalha pelo afastamento do vice-presidente de Fundos de Governo e de Loterias, Fabio Cleto, nome indicado pelo PMDB, mais precisamente por Eduardo Cunha. Hereda quer colocar no cargo um nome do PT. Um dos candidatos seria o ex-presidente da Funcef, Guilherme Lacerda.

Choque elétrico

6/10/2011
  • Share

O deputado federal Eduardo Cunha voltou a atacar. Está balançando a árvore de Furnas com toda a força para derrubar lá de cima o diretor de Operação do Sistema e Comercialização de Energia, Cesar Ribeiro Zani.

Estátua

26/04/2011
  • Share

É constrangedora a posição de Carlos Nadalutti, ex-presidente de Furnas. Como prêmio de consolação por sua saída do cargo, Nadalutti foi nomeado assessor direto da presidência da estatal. O atual comandante da companhia, Flavio Decat, entretanto, evitar consultar o seu antecessor para qualquer assunto. Não obstante ser funcionário de carreira de Furnas, Nadalutti é identificado até a medula com o deputado federal Eduardo Cunha.

Petrobras

6/04/2011
  • Share

No melhor estilo Petrobras, o deputado federal Eduardo Cunha encomendou a criação de um blog para responder a s acusações que lhe são feitas rotineiramente. Vai ser no modelo “bateu, levou”. Terá milhares de acessos.

Acervo RR

Eletricidade

31/03/2011
  • Share

Depois do Real Grandeza, Eduardo Cunha quer esticar seus tentáculos em outro fundo do setor elétrico, o Eletros

Eletrobras

14/03/2011
  • Share

Dilma Rousseff vai criar uma diretoria internacional na Eletrobras. Mas Eduardo Cunha pode perder as esperanças. Apesar da cobiça do deputado pelo cargo, o posto será ocupado por um profissional da área técnica já ligado ao Sistema Eletrobras.

Acervo RR

Eletrobras tira voltagem de suas subsidiárias

16/02/2011
  • Share

Em sua primeira conversa com Dilma Rousseff e o ministro Edison Lobão, o futuro presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, recebeu uma missão prioritária: intensificar o processo de centralização administrativa na estatal. O Planalto considera esta medida fundamental para blindar a holding e suas controladas dos diversos interesses políticos que as rodeiam e deslanchar o novo plano de negócios do governo para a reestruturação do setor elétrico. A questão é tratada em Brasília como condição sine qua non para o tão alardeado objetivo de transformar a Eletrobras na “Petrobras do setor elétrico”. Nenhum grande projeto na área de energia será feito antes da consolidação do novo modelo de gestão. Com as mudanças, todas as decisões do Sistema Eletrobras serão centralizadas na holding. Para desconsolo de Eduardo Cunha e outros pantagruélicos integrantes da base aliada, Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul perderão autonomia e passarão a ser meras executoras das estratégias definidas pelo comando da Eletrobras. Trata-se do modelo de gestão verticals adotado por diversas multinacionais, como a IBM. Para blindar a companhia contra a criação dos latifúndios do setor elétrico, o governo estuda até mesmo criar uma diretoria da Eletrobras que ficaria responsável por fazer o meio de campo entre a holding e suas controladas. Todo o cuidado é pouco. Carvalho Neto nem começou sua missão e já sentiu que tocou em um fio desencapado. O executivo identificou reações contrárias entre os atuais diretores da Chesf, historicamente a mais desgarrada das subsidiárias. A empresa nordestina sempre teve uma visão extremamente local, que não encontra paralelo em nenhuma de suas irmãs siamesas. Ao longo dos anos, a Chesf adotou uma política de desenvolvimento regional, muitas vezes colocada acima das diretrizes da própria holding. O governo enxerga diversas vantagens técnicas na integração administrativa de todas as empresas do Sistema Eletrobras, notadamente no que diz respeito a cortes de custos, padronização de procedimentos internos e maior celeridade na aprovação de investimentos. Mas são as razões de ordem política que movem o Planalto a fortalecer o comando da Eletrobras em detrimento de suas controladas. Este novo modelo será um Niágara de água fria sobre o ímpeto dos partidos da base aliada, sempre ávidos por ocupar cadeiras na Chesf, Eletronorte, Eletrosul e, principalmente, na cobiçadíssima Furnas. A partir de agora, os diretores destas empresas ficarão engessados e subordinados aos seus correspondentes na holding. Até o Conselho de Administração da companhia será automaticamente replicado em todas as controladas, reduzindo ainda mais a autonomia de cada uma destas empresas. As mudanças implementadas pelo governo terão impacto imediato na rotina das empresas do Sistema Eletrobras. José da Costa Carvalho Neto vai despachar com regularidade nas sedes das controladas, medida que terá forte valor simbólico sobre a diretoria das subsidiárias. A mão pesada da holding também será sentida nos próximos leilões da área de energia. A Eletrobras vai fazer um mapeamento dos principais projetos e definirá qual empresa poderá participar de cada empreendimento, inclusive limitando as fatias societárias.

Acervo RR

Comentários

4/02/2011
  • Share

Comentário atribuído ao ex-deputado Roberto Jefferson, estopim da crise do -mensalão- sobre o poder de fogo de Eduardo Cunha: “Eu sou fichinha perto dele. Ele é um míssil travestido de parlamentar. Não tem barreira de Furnas que o contenha.”

NA

10/01/2011
  • Share

Um número que só aumentará a cobiça de Eduardo Cunha, Helio Costa e cia.: o plano de investimentos de Furnas para 2011 será superior a R$ 1,5 bilhão.

Acervo RR

Fio elétrico

12/11/2010
  • Share

Carlos Nadalutti Filho está muito bem cotado para emplacar mais um mandato a  frente de Furnas no governo de Dilma Rousseff. Um pedido do deputado federal Eduardo Cunha é sempre uma ordem.

Todos os direitos reservados 1966-2024.