Denúncias e eleições racham os lobistas brasileiros

  • 18/10/2019
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A disputa eleitoral cindiu a cúpula da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), entidade responsável pelo lobby do lobby no país. O presidente, Guilherme Cunha Costa, pretende fazer como sucessor Luis Henrique Bezerra Campelo, da Volkswagen. Ele é filho de Valmir Campelo, ex-senador e ex-ministro do TCU.

No entanto, uma chapa de oposição está ganhando corpo dentro da própria diretoria. Os dissidentes chegaram a lançar a candidatura da atual vice-presidente Ângela Rehem, ex-Editora Abril. No entanto, uma semana depois ela se desfiliou da Associação tamanho o grau de divergência com a direção da entidade. A batalha eleitoral é quente, com denúncias contra o atual no 1 da Abrig. Os dissidentes acusam Guilherme Costa de usar a entidade para fazer lobby, sim, mas de seus negócios.

Há denúncias na Associação de que ele chegou a registrar uma de suas empresas no endereço da Abrig. Diretor de Relações com o Governo da Paper Excellence, Costa é o lobista do controlador da companhia, o controverso empresário indonésio Jackson Widjaya. A Paper Excellence se encontra no meio de um contencioso com a família Batista, sua sócia na Eldorado Celulose. Foi Costa quem costurou a polêmica viagem de Eduardo Bolsonaro a Jacarta, em julho, quando o “03” posou ao lado de Widjaya, segurando um “cheque” de US$ 31 bilhões. O RR tentou ouvir Guilherme Cunha Costa sobre o racha na entidade e as acusações contra a sua gestão. No entanto, ele não quis se pronunciar. Apenas a Abrig se manifestou, por meio de sua assessoria. A entidade disse que “toda disputa eleitoral é tensa”. Sobre as acusações contra Guilherme Cunha, a Abrig afirmou “não tem qualquer informação sobre duplicidade de endereço e garante que as atividades desenvolvidas em seu escritório são, exclusivamente, de interesse da Associação. “

#Abrig #Guilherme Cunha Costa

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