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Destaque

Centrais sindicais disputam cadeira por cadeira no governo Lula

12/12/2023
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As grandes centrais sindicais do país, base histórica do PT, estão travando entre si uma queda de braço por maior espaço de influência e poder junto ao governo Lula. O objeto de disputa são os assentos nos principais órgãos de governo com representação de trabalhadores, a começar pelo Conselho Deliberativo do FAT (Codefat) e pelo Conselho Curador do FGTS. Um momento importante desse duelo, por ora ainda restrito aos bastidores, se dará na próxima quinta-feira, a partir das 10 horas, em Brasília, na última reunião do ano do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), vinculado ao Ministério do Trabalho. Segundo o RR apurou, com base na Lei 11.648/2008 e no artigo 8º do Regimento Interno do colegiado, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), vai propor uma ampla aferição do total de sindicatos e trabalhadores representados pelas maiores centrais brasileiras. Uma espécie de “censo” do sindicalismo. A CTB alega já ser a segunda maior entidade do setor no país em número de filiados, atrás apenas da CUT. No entanto, para efeito de indicação em conselhos federais, é apenas a quarta com mais representantes, atrás ainda de Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores). O mais provável é que estas duas últimas se unam na reunião do CNT para brecar a proposta da contagem. A incógnita fica por conta da posição do próprio Ministério do Trabalho, a quem caberia a coordenação do “censo”, se aprovado pelo colegiado.

Por mais alguns possam enxergar dessa forma, não se trata de uma disputa paroquial. O que está em jogo é poder político, a força de influenciar em decisões sobre o destino de bilhões de reais. O Codefat e o Conselho Curador do FGTS vão dispor em 2024 de um orçamento somado de aproximadamente R$ 230 bilhões. A CTB, por exemplo, não tem assento no colegiado gestor do Fundo de Garantia.

#centrais sindicais #CNT #CTB #Lula #PT #trabalhadores

Empresa

Eletrobras cerca a última ilha no capital da usina de Santo Antônio

13/09/2023
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A Eletrobras estaria negociando com a Caixa Econômica a compra da participação de 5% do FI-FGTS na Madeira Energia, controladora da hidrelétrica de Santo Antônio. Trata-se da fatia que falta para a ex-estatal assumir 100% do capital da usina. Neste ano, a empresa adquiriu as participações que pertenciam à Cemig, Andrade Gutierrez e Novonor, antiga Odebrecht. A estratégia é um legado da gestão Wilson Ferreira Jr., que vinha trabalhando para a Eletrobras assumir integralmente o controle de seus maiores ativos em geração. É o caso de Belo Monte, onde a companhia tenta, há alguns meses, adquirir o pedaço pertencente à Aliança Energia, leia-se Vale e Cemig.

#Cemig #Eletrobras #Madeira Energia

Futebol

Grêmio procura um parceiro de ataque para comprar estádio

13/09/2023
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O Grêmio aposta em uma nova estratégia para, enfim, comprar o “seu” estádio, em Porto Alegre. A diretoria do clube gaúcho busca um investidor, notadamente da área de real estate, para ser seu parceiro na operação. A arena pertence à Coesa, ex-OAS, e ao FI-FGTS, administrado pela Caixa Econômica. A negociação com o banco estatal seria a parte menos complexa. Mas as relações entre o Grêmio e a empreiteira andam pouco amistosas, sobretudo porque nos últimos meses o clube não tem cumprido compromissos financeiros referentes ao uso do estádio. Para embolar ainda mais o meio de campo, há outros três protagonistas neste enredo: Banrisul, Banco do Brasil e Santander. A trinca de bancos conseguiu recentemente na Justiça a penhora da arena por uma dívida de R$ 220 milhões ainda referente ao empréstimo para a construção do empreendimento.

#Caixa Econômica #FI-FGTS #futebol #Grêmio

Futebol

Grêmio quer dar ordem de despejo à antiga OAS

11/07/2023
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O Grêmio está tentando aproveitar o momento conturbado da Coesa, empresa criada a partir de uma das costelas da antiga OAS, para negociar a compra do seu estádio. A Arena é avaliada em aproximadamente R$ 700 milhões, mas os dirigentes do clube gaúcho trabalham com a premissa de que a companhia teria pouco a receber. Além disso, a aposta é que a Coesa não está em condições de endurecer as conversas. No fim do mês passado, a empresa teve sua recuperação judicial revertida em falência pelo TJ-SP. No total, a companhia carrega mais de R$ 4,5 bilhões em dívidas herdadas da OAS. A própria relação societária com a Arena do Grêmio é enrolada. O estádio pertence ao FI-FGTS, administrado pela Caixa, e à Coesa. Esa última comprou a KPE Engenharia, que reunia ativos imobiliários da própria OAS. Ainda que a investida do Grêmio surta efeito, os derivativos empresariais da antiga construtora baiana estão longe de ser o maior enrosco do estádio. Há uma dívida de R$ 226 milhões com o Banrisul, Banco do Brasil e Santander, referente ainda à construção da Arena. Recentemente, os três bancos conseguiram a penhora judicial do complexo esportivo por conta do endividamento.

#Grêmio #OAS

Esportes

Grêmio procura um parceiro de ataque para comprar estádio

7/06/2023
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O Grêmio busca um parceiro, leia-se um fundo de investimento, para comprar o seu estádio. Seu, em termos. A propriedade da Arena, em Porto Alegre, é um enrosco só. Atualmente, o estádio pertence ao FI-FGTS, administrado pela Caixa, e à Coesa, que, em abril, comprou a KPE Engenharia. Esta última reunia os ativos imobiliários da antiga OAS, responsável pela construção do empreendimento. No entanto, a empreiteira baiana ainda pisa nesse gramado. A gestão do complexo é feita pela Arena Porto Alegrense, empresa pertencente à Metha, novo nome da velha OAS. Ou seja: a bola rola, rola e parece voltar ao mesmo lugar. O Grêmio quer tirar todos esses players do negócio. Até porque o atual modelo contratual para a utilização do estádio corre sério risco. Em abril, Banrisul, Banco do Brasil e Santander entraram com uma ação na Justiça pedindo a penhora da Arena por conta de uma dívida de R$ 226 milhões ainda referente ao crédito para a construção do empreendimento. 

#Banco do Brasil #Banrisul #FI-FGTS #Grêmio #Santander

Justiça

Novo presidente do Basa teve disputa judicial contra o BB

22/05/2023
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Dentro da própria estrutura da Fazenda, a indicação de Luiz Claudio Moreira Lessa para comandar o Banco da Amazônia causou surpresa. Isso porque a longa passagem de Lessa como funcionário da carreira do Banco do Brasil – de 1982 a 2017 – terminou com um processo trabalhista. O executivo acionou o BB, requerendo pagamento das diferenças do FGTS quando atuou no exterior, mais precisamente na subsidiária Banco Brasil Américas Miami, devolução de valores descontados a título de Imposto de Renda sobre auxílio moradia, e férias não quitadas O Banco do Brasil foi condenado pela juíza Margarete Dantas Duque, da 9ª Vara do Trabalho de Brasília. Procurado, o Banco do Brasil não quis comentar o assunto. A Casa Civil, responsável pela checagem do currículo de nomeados para cargos no governo, disse ao RR que “a pesquisa se restringe a processos administrativos, judiciais e de contas relacionados aos indicados.” O Banco da Amazônia não retornou até o fechamento desta matéria. 

#Banco Brasil #Banco da Amazônia #FGTS

Destaque

Lula sobe no “palanque” para anunciar mudanças do Minha Casa, Minha Vida

16/05/2023
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O Ministério das Cidades e a Secom estão embalando um pacote de boas notícias no Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para serem anunciadas pelo próprio presidente Lula. Até o início de junho a Pasta vai encaminhar ao Conselho Curador do FGTS a proposta de zerar o valor de entrada para financiamentos na faixa 1 do programa, uma promessa de campanha do petista. A medida favorecerá o estrato mais baixo do MCMV, famílias com renda mensal de até dois salários-mínimos. Pelas regras atuais, os beneficiários do programa posicionados nessa faixa têm de pagar, logo na partida, algo em torno de 20% do valor do imóvel, o que acaba funcionando como uma cláusula de barreira. Outra mudança prestes a sair do forno é o aumento do número de parcelas do financiamento, vinculada à ampliação dos subsídios do FGTS.  

A ideia da Secom é que Lula anuncie a medida em um grande evento no Nordeste. Fortaleza é a principal candidata – está prevista para as próximas três semanas a entrega de aproximadamente 900 imóveis do Minha Casa, Minha Vida na capital cearense. O Nordeste – proporcionalmente o maior colégio eleitoral do PT – é o alvo principal das mudanças no MCMV. Ao lado do Norte do país, trata-se da região com o maior número de construtoras que deixaram o programa habitacional nos últimos quatro anos. Com as medidas, o governo quer atrair novas empresas para o Minha Casa, Minha Vida.  

#FGTS #Lula #Minha casa #Minha Vida #Secom

Infraestrutura

Tem muito trilho retorcido no caminho da VLI

28/04/2023
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Os planos da VLI de selar a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântico (FCA) neste ano não encontram eco nas mais diversas esferas de Poder. Segundo o RR apurou, tanto no Ministério da Infraestrutura quanto no TCU há resistências à proposta apresentada pela companhia, notadamente no que diz respeito às contrapartidas financeiras – a promessa de investir R$ 14 bilhões em 30 anos é considerada baixa. Além disso, há pressões na mão contrária dos estados cortados pela FCA, sobretudo da Bahia, Rio de Janeiro e, mais recentemente, Espírito Santo.  

Neste último caso, a broca maior do governador Renato Casagrande é em relação à Vale, o principal nome do comboio de acionistas da VLI – que inclui ainda Brookfield, Mitsui, FI-FGTS e BNDESpar. Quando da renovação antecipada das concessões das ferrovias Vitória-Minas e Carajás, fechada no mesmo pacote, a mineradora se comprometeu a pagar R$ 11,8 bilhões em outorgas. No entanto, a maior parte – quase R$ 9 bilhões – foi destinada à construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO). Coube ao Espírito Santo uma fatia irrisória do valor. Além disso, até o momento a Vale ainda não honrou o compromisso de iniciar as obras de construção da EF-118 entre as cidades capixabas de Cariacica e Ubu. A companhia tem postergado sucessivamente o cronograma do projeto. Ou seja: ao menos por ora, não há nenhum motivo para o governo de Renato Casagrande ter boa vontade com a VLI, uma espécie de braço ferroviário da mineradora. O RR enviou uma série de perguntas à Vale, mas a empresa não se manifestou.

#BNDESPar #Brookfield #FI-FGTS #Ministério da Infraestrutura #Mitsui #VLI

Negócios

Brookfield coloca venda da BRK Ambiental em “modo espera”

19/12/2022
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A Brookfield ainda não bateu o martelo sobre  o IPO da BRK Ambiental e sua saída do capital. A empresa avalia esperar o governo Lula assentar para decidir o que e quando vai fazer. Ainda que de forma indireta, os próximos movimentos do grupo canadense passam por Brasília, mais precisamente pelo que ocorrerá com a participação de 30% do FI-FGTS, administrado pela Caixa, no capital da empresa de saneamento. Por ora, são apenas conjecturas. Mas a eventual possibilidade de uma venda conjunta com o banco estatal aumentaria o valuation das ações em poder tanto da Brookfield quanto do FI-FGTS. A única certeza é que o grupo canadense quer se desfazer do controle da BRK, negociando parte expressiva ou mesmo a totalidade da sua participação, de 70%.

#BRK Ambiental #Brookfield

Destaque

Assessores de Lula querem mais FGTS para o Minha Casa, Minha Vida

16/11/2022
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Além do reforço que viria com a PEC da Transição, o time de assessores de Lula busca outras fontes de recursos para anabolizar o Minha Casa, Minha Vida, que será recriado em 2023. Segundo o RR apurou, uma das ideias que ganha corpo é o aumento dos repasses do FGTS para o programa habitacional. O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou, para 2023, a liberação de R$ 9,5 bilhões para o atual “Casa Verde Amarela”.  Assessores do presidente eleito já estão debruçados sobre a orçamento do FGTS para ver até onde é possível esticar essa corda e ampliar o volume de recursos para o Minha Casa, Minha Vida. Esse reforço seria importante para o novo governo viabilizar a já anunciada recriação da faixa 1 do programa habitacional, para famílias de baixa renda. Na prática, seria uma solução na linha do “mais do mesmo”. O expediente nasceu no governo Bolsonaro. Desde 2020, o FGTS passou a ser usado para subsidiar os financiamentos para as faixas 2 e 5 do ainda Minha Casa, Minha Vida, que, no ano seguinte, seria transformado no Casa Verde Amarela.  

#FGTS #Lula #Minha casa #Minha Vida

Brookfield prepara seu desembarque da BRK

21/09/2022
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A Brookfield decidiu não esperar pelo eventual IPO da BRK Ambiental. O grupo canadense procura um comprador para parte ou mesmo a totalidade da sua participação na empresa de saneamento – 70% do capital. Em tempo: o que se diz no setor é que o FI-FGTS, leia-se a Caixa Econômica, pretende aproveitar a onda para vender também a sua fatia de 30% na BRK.

#BRK Ambiental #Brookfield

O encontro das águas da Iguá e da BRK Ambiental

7/07/2022
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Faria Lima, 4.300 – 14° andar. No escritório da canadense CPP Investments no Brasil está sendo arquitetada o que pode vir a ser a maior operação de M&A já realizada no setor de saneamento no Brasil: a fusão da BRK Ambiental e da Iguá Saneamento. A gestora de recursos – braço do Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), um potentado com mais de meio trilhão de dólares em ativos – negocia a compra de até metade das ações da Brookfield na BRK.

A conterrânea canadense tem 70% do capital. Estima-se que a fatia total da Brookfield valha algo próximo de R$ 6 bilhões. Uma vez dentro do capital da BRK, a CPP Investments estaria em uma posição privilegiada para o segundo movimento: costurar a fusão da companhia com a Iguá Saneamento, da qual a gestora canadense já é acionista, com 15%. Da associação poderá emergir um grupo com faturamento da ordem de R$ 5 bilhões e Ebitda combinado de R$ 1,1 bilhão, a números de 2021. A própria Brookfield seria um aliada importante da CPP nessa intrincada engenharia.

Ainda assim, não se trata de uma operação das mais simples. Algumas pontas precisam ser atadas de parte a parte. Do lado da BRK, uma incógnita é a posição da Caixa Econômica. O FI-FGTS, ad- ministrado pelo banco estatal, detém 30% da empresa – participação está avaliada em R$ 2,7 bilhões. Do outro lado, a CPP já mantém conversações com a BNDESpar, sua sócia na Iguá. Dona de 13% da empresa, a agência de fomento é vista pelos canadenses como um agente facilitador da operação. Dentro do banco há uma preocupação com o elevado nível de alavancagem tanto da BRK quanto da Iguá e seu impacto sobre a capacidade de investimento das duas empresas e sobre o próprio setor.

A primeira tem uma dívida de curto prazo equivalente a sete vezes o seu Ebitda. No caso da Iguá, esse peso é ainda maior: 14 vezes. Em fevereiro, a S&P rebaixou o rating tanto da companhia quanto de suas debêntures devido ao elevado endividamento. O aporte da CPP e a consequente fusão dariam o fôlego necessário à nova companhia. Sede de Brasil, por sinal, é o que não falta aos canadenses. Somente nos últimos meses, a gestora uniu-se à Votorantim para criar a Auren Energia, empresa com R$ 15 bilhões de valor de mercado. O próprio Canada Pension Plan, por sua vez, costurou por dentro outra grande operação de M&A: a recente fusão da BR Malls e da Aliansce. A Faria Lima, 4.300 – 14° andar – crepita.

#BNDESPar #BRK Ambiental #Brookfield #Canada Pension Plan Investment Board #CPP Investments #Iguá Saneamento

Solução caseira

18/04/2022
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Há conversações para que a Monte Capital compre a participação do FI-FGTS no fundo Yosemite, acionista da Invepar. Com isso, a gestora passaria a ter 25% da holding de infraestrutura.

#FGTS #Invepar #Monte Capital

Acervo RR

Porta de saída

21/03/2022
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A Caixa, gestora do FI-FGTS, estuda a venda da sua participação indireta na Invepar. O fundo detém 25% da Yosemite. Trata-se do condomínio de credores da antiga OAS que herdou as ações da Invepar pertencentes à construtora.

#Caixa Econômica Federal #FI-FGTS #Invepar

Racha no Conselho do FGTS

14/12/2021
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Há um impasse no Conselho do FI-FGTS. Os representantes do governo querem agilizar a concessão de financiamentos, notadamente para projetos de infraestrutura. Do lado contrário estão os conselheiros indicados pelas centrais sindicais: eles defendem um pente fino em todos os pedidos de empréstimo, ainda que isso signifique atrasos maiores na liberação dos recursos. Alegam que a medida é necessária para conter o uso político dos recursos do FGTS em ano eleitoral.

#FGTS

Mais um “legado” da Copa de 2014

24/08/2021
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Mais um capítulo de uma novela que se arrasta desde a Copa do Mundo de 2014: o governo do Mato Grosso solicitou ao Conselho Curador do FGTS uma mudança no contrato de financiamento firmado originalmente para a construção do VLT de Cuiabá. Em vez do VLT, o estado quer o empréstimo para a implantação de um BRT – informação confirmada ao RR pelo governo do Mato Grosso. Difícil. Dois integrantes do Conselho ouvidos pela newsletter afirmaram que as chances de aprovação do pleito são pequenas. Trata-se de um dos maiores esqueletos da Copa. O projeto previa a conclusão das obras em 2013. De lá para cá, no entanto, a única coisa que circulou pelo traçado do VLT foram denúncias de superfaturamento e de desvios de material. A obra, ressalte-se, já torrou mais de R$ 1 bilhão.

#BRT #VLT

Será um Porto Maravilha 2?

18/05/2021
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Uma nova ideia para a revitalização da Zona Portuária do Rio paira sobre uma das áreas mais degradadas da cidade. O ponto de partida é projeto “Waterfront”, como é chamada dentro da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) a proposta de construção de terminais portuários na Ilha da Popemba, na Baía de Guanabara. A ideia da estatal é ceder uma faixa do Cais da Gamboa para a instalação de empreendimentos imobiliários – tanto residenciais quanto comerciais -, abrindo espaço para a reurbanização da região. Os recursos amealhados com a concessão dos terrenos seriam usados para financiar o novo complexo de terminais portuários da estatal. O projeto já foi apresentado ao Conselho de Autoridade Portuária, órgão que reúne representantes dos Poderes federal, estadual e municipal – informação confirmada ao RR por Docas. Já existe um acordo de cooperação técnica com o BNDES, a quem caberia coordenar os estudos. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas a missão é hercúlea: buscar investidores no meio de uma pandemia para um ousado projeto imobiliário em uma das regiões mais complexas do Rio. Nem mesmo na Olimpíada, no auge dos aportes na cidade, o projeto de reurbanização da Zona Portuária atingiu o sucesso esperado. O Porto Maravilha só saiu do papel com dinheiro público. Os Certificados do Potencial Adicional de Construção (CEPACs), títulos emitidos para financiar as obras, foram integralmente comprados pela Caixa Econômica, com recursos do FGTS. Será que o banco, eventualmente, estaria disposto a repetir a dose?

#Companhia Docas do Rio de Janeiro

Sirene ligada

11/12/2020
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Entreouvido pelo RR na Polícia Federal: a corporação prepara uma nova ação para os próximos dias no âmbito da Operação Greenfield. O alvo seria o desvio de recursos do FI-FGTS.

#FI-FGTS #Polícia Federal

Próxima parada

6/10/2020
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O RR apurou que a BRK Ambiental é candidata a firmar uma PPP com a Sanesul, a estatal de saneamento do Mato Grosso do Sul. A empresa arrematou na semana passada a concessão de tratamento de água de Alagoas, pagando R$ 2 bilhões. A BRK conta com a alta munição financeira da Brookfield e, de quebra, com recursos do FI-FGTS.

#Sanesul

Dinheiro parado

13/08/2020
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Ao que tudo indica, ainda não será desta vez que o governo apresentará algum novo projeto de infraestrutura para ser financiado pelo FI-FGTS. A duas semanas da reunião do Conselho Curador do fundo, no dia 27, nenhuma proposta foi submetida ao Comitê Técnico, a quem compete a primeira análise do pedido. E lá vai o Brasil, descendo a ladeira, com suas mais de 14 mil obras paradas.

#FI-FGTS

T de trabalho

1/06/2020
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Em uma aliança rara ultimamente, PT e PDT se uniram pela mudança da MP 927. O objetivo é permitir aos trabalhadores que aderiram ao FGTS no regime de saque- aniversário e foram demitidos na pandemia o direito de sacar todo o fundo. Pela lei, eles só podem retirar 40% do FGTS.

#FGTS #MP 927 #PDT #PT

Falta um recolhimento compulsório do ajuste fiscal

17/03/2020
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, brecou a proposta de liberação da totalidade do recolhimento compulsório. A ideia, que passeou no circuito do Congresso Nacional ao Palácio do Planalto, triplicaria a disponibilidade de recursos no sistema, dando um choque de liquidez. A medida, contudo, teria restrição para o saque dos recursos. Os médios bancos e as pequenas e médias empresas, por exemplo, teriam prioridade, assim como outras companhias diretamente afetadas pelo novo coronavírus. Hoje, o estoque de compulsórios sobre depósitos à vista no BC é superior a R$ 400 bilhões.

Recomendável para situações de crise em qualquer cartilha da teoria econômica, a medida causa calafrios no ministro Paulo Guedes. Não obstante a circunstância emergencial por conta da pandemia do coronavírus, no caso de Guedes a proposta significa ceder a uma de suas maiores aversões: liberar dinheiro carimbado. Em uma segunda leva, a concessão de dinheiro com endereço certo pode vir não pelo Banco Central, mas pelo BNDES. A agência de fomento tem cerca de R$ 100 bilhões disponíveis no caixa. Esses recursos seriam liberados para as unidades federativas com a maior carteira de obras públicas atrasadas – único caminho viável para a geração de empregos em maior escala, sobretudo em um ambiente de retração da economia.

O Brasil soma mais de 14 mil projetos de infraestrutura parados. Segundo o próprio Ministério da Infraestrutura, a retomada dessas obras demandaria algo em torno de R$ 90 bilhões. Os recursos aprovados pelo Ministério da Economia, por meio do FGTS, PIS-Pasep e Bolsa Família, têm sua função e importância. É dinheiro direto no bolso do brasileiro. Mas, é um remédio passageiro, a exemplo do que ocorreu no último trimestre do ano passado. O que falta à população é emprego.

Falta um recolhimento compulsório do ajuste fiscal, quanto mais sustentável melhor. O governo estuda outras medidas, além do aumento de crédito da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil já concedidos, de preferência que não o levem a desconstruir a arquitetura fiscal, ou seja, meta de déficit primário e teto dos gastos. Uma das iniciativas certas será o remanejamento de recursos do orçamento para a área da saúde – já foram aprovados R$ 5 bilhões, ou, ao preço médio de R$ 15 por frasco, o equivalente a um vidrinho e meio de álcool gel para cada brasileiro. Como o cobertor é curto, ou seja, as verbas discricionárias são justas, outros setores serão sacrificados. Não há outro jeito. Não há? Cresce no governo quem defenda a mudança da meta do déficit primário. No teto, há um buraco regulatório que permite gastos excepcionais em situações de emergência nacional. Portanto, o teto pode ser furado. A questão é aumentar o gasto e lembrar que o ajuste fiscal não salva vidas.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica Federal #Ministério da Economia #Paulo Guedes

Especialidade da casa

10/02/2020
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A Universidade Candido Mendes,no Rio de Janeiro, balança, mas não cai. Só no FGTS, é a terceira maior devedora do país com um passivo de R$ 132 milhões. Na instituição, como se fosse troça, pensa-se em promover um 2° Fórum de Recuperação e Falência. O 1° foi realizado em 2017, quando a Candido Mendes já estava pela bola sete.

#Candido Mendes #FGTS

VLI na prateleira

3/02/2020
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A Caixa decidiu o próximo passo do seu programa de desmobilizações: vai vender sua participação de 15,9% na VLI Logística, ações penduradas na carteira do FI-FGTS.

#Caixa Econômica Federal #VLI Logística

Desemprego, quem diria, “faz a festa” do governo

9/01/2020
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Ainda na rebarba do “Natal do FGTS”, o governo espera uma taxa de desemprego de 10,9% no mês de dezembro. Apesar do índice ainda ser alto, é algo a ser festejado com palmas. Como disse o subsecretário de Política Macroeconômica do Ministério da Economia, Wladimir Teles, funcionou além das expectativas o choque de liberação de recursos do FGTS. Essa medida, quem diria, já foi chamada de “keynesianismo bastardo” pela turma de Chicago.

A queda da desocupação vem junto com uma provável expansão do PIB, que subiria de uma previsão de 1,2%, em 2019, para 1,4%. São frações quase microscópicas, mas que podem ser lidas como tendências. Devidamente “marketadas”, resultam em ganho político nada desprezível para o governo. Afinal, o desemprego é a saúva da gestão Bolsonaro e a sarna do discurso liberal do ministro Paulo Guedes. Mesmo que a desocupação possa em parte ser provocada por componentes estruturais, fatores exógenos e outras tecnicalidades, justificá-la dessa forma é fazer troça com cinco milhões de pessoas que, no 3° trimestre de 2019, procuravam emprego há 12 meses, segundo dados do Dieese. Só se justifica o desemprego com mais emprego.

É a única linguagem. Em novembro, o índice de desemprego (IBGE) foi de 11,2%, caindo 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior, de 11,8%. Trata-se da menor taxa desde o trimestre encerrado em março. Seja qual for o ângulo que se enxergue, o desemprego deu uma aliviada. Segundo o boletim da LCA Consultores, em dezembro, o Indicador Antecedente de Emprego (IA-Emp) da FGV avançou 1,7% m/m, após subir 3% no mês anterior. A LCA projeta uma taxa de desemprego de 11% no trimestre móvel encerrado em dezembro (11,6% com ajuste sazonal).

A variável mestra agora é o fator resiliência. Até que ponto os números dos últimos três meses não vão sentar na gangorra de índices que perdurou durante boa parte de 2019? É sabido que o FGTS não é uma drágea para ser tomada repetidas vezes. De qualquer forma, há uma brisa fresca no setor, e o governo ainda tem muitos instrumentos para manobrar, a exemplo da área de crédito. Quem se lembra do refinanciamento compensatório de Ciro Gomes, que limpava a ficha dos consumidores no SPC? Economia é assim: sai do inferno para um resort em Salvador.

#FGTS #Jair Bolsonaro #Ministério da Economia #PIB

2019 foi um ano de acertos dobrados no RR

30/12/2019
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4 de janeiro. O ano de 2019 e a era Bolsonaro nem bem tinham raiado quando o RR cravou não apenas a decisão do novo governo de privatizar a Eletrobras, mas também os movimentos de Jorge Lemann para comprar a empresa, por meio do 3G Radar. Poucas semanas depois, as duas informações estavam em toda a mídia. Foi o primeiro dos incontáveis furos aos quais o assinante do Relatório Reservado teve acesso, com exclusividade, ao longo deste ano – boa parte deles antecipando passos do Poder, notadamente do presidente Jair Bolsonaro e de sua equipe. Na edição de 8 de janeiro, a newsletter destrinchou o projeto da gestão Bolsonaro para murchar o Ibama e demais órgãos da área ambiental por dentro.

Não deu outra: o meio ambiente se tornaria um nervo exposto no primeiro ano de seu governo, como se veria mais à frente, em um dos episódios de maior repercussão de 2019. Em 21 de agosto, o RR informou, em primeira mão, que o Itamaraty tinha a informação de que governos da Europa preparavam um forte ataque à política ambiental do presidente Bolsonaro, com ênfase no desmatamento da Amazônia. A matéria do RR informava, inclusive, o Dia D e o lócus da ofensiva: 24 de setembro, data de abertura dos chamados debates de alto nível da 74ª Assembleia Geral da ONU. Dito e feito. O Brasil sofreu um bombardeio sem precedentes de grandes líderes globais por conta das queimadas na Amazônia, e o tema ditou o discurso de Bolsonaro nas Nações Unidas. Em 4 de setembro, o RR também foi o primeiro veículo a noticiar a coalizão entre a bancada ruralista e grandes tradings para evitar a moratória da soja, assunto que estouraria na imprensa duas semanas depois.

Nos primeiros dias de mandato do Capitão, precisamente em 9 de janeiro, o RR trouxe em primeira mão a determinação do Planalto de abrir a “caixa-preta” da Previdência, com uma devassa nos bancos de dados da Dataprev e nos pagamentos de benefício do INSS, que seria formalmente anunciada semanas depois. Em 17 de janeiro, a publicação revelou os planos de Bolsonaro de espalhar escolas cívico-militares pelo país – projeto que só seria formalmente divulgado em setembro, com o anúncio da construção de 216 colégios até o fim do atual mandato. Ainda em janeiro, no dia 21, o RR informou sobre a disposição de Paulo Guedes em rasgar a camisa de força do Orçamento, com a desvinculação das receitas. O ministro abriu essa guerra, ainda que, até o momento, sem vitória. Por dever de ofício, auscultar os gabinetes de Paulo Guedes e da equipe econômica foi um exercício quase diário do RR, o que permitiu antecipar decisões ou projetos ainda que no seu nascedouro.

Em 15 de fevereiro, o RR foi o primeiro veículo a colocar sobre a mesa que o Ministério da Economia cogitava um shutdown, ou seja, a suspensão geral dos pagamentos dos gastos públicos. O risco estava diretamente vinculado à não aprovação da reforma da Previdência e chegou a ser tratado em conversas entre Guedes e o presidente Jair Bolsonaro, conforme revelou a newsletter. O tema somente começou a aparecer na mídia em maio. Em novembro, o próprio ministro viria a falar na possibilidade de um “shutdown à brasileira”, com a adoção de medidas combinadas para “estancar a sangria de despesas até que o equilíbrio fiscal seja restabelecido”, como suspensão de reajustes para o funcionalismo, reestruturação de carreiras no serviço público etc etc.

Em 13 de junho, o RR noticiou a intenção de Paulo Guedes de soltar recursos pingados para adoçar a boca dos brasileiros e injetar uns trocados na economia – no que a newsletter chamou de uma estratégia “rouba montinho”, ou seja, tira um pouquinho de moedas daqui e empurra para ali. Pouco tempo depois, as migalhas começaram a cair sobre a mesa, com a liberação de dinheiro do FGTS, um pequeno puxadinho no orçamento do Minha Casa, Minha Vida e até um cata-cata de grana para honrar o pagamento de bolsas do CNPq. O drama fiscal foi acompanhado no detalhe do detalhe pelos assinantes do RR, a partir de informações exclusivas e análises argutas. O RR seguiu cada pegada do Copom, especialmente a sua intenção de acelerar a redução da Selic, tendo como meta juros reais de 1% neste ano, conforme a newsletter informou em 17 de setembro. Por falar em juros, o Relatório Reservado foi o primeiro veículo a chamar a atenção para a dissintonia entre os dois grandes bancos estatais diante da forte queda da Selic.

No dia 7 de outubro, a publicação abordou a posição do Banco do Brasil, de Rubem Novaes, nome historicamente vinculado a Paulo Guedes, de não reduzir suas taxas de juros, diferentemente da Caixa Econômica. Poucos dias depois, o restante da mídia abriu os olhos para o assunto e o próprio BB acabaria por anunciar um corte em suas taxas. Ainda percorrendo os bastidores das grandes decisões da economia, o assinante do RR soube antes, no dia 19 de agosto, que o governo estava prestes a lançar um programa de privatizações como o “país nunca viu”. Dois depois, a notícia se confirmava – ainda que sem fazer jus à expressão hiperbólica cunhada dentro do próprio Ministério da Economia. Em 21 de agosto, o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, divulgava oficialmente o plano de venda de nove estatais – à exceção dos Correios, e olhe lá, nenhuma de fechar o comércio. Por ora, o explosivo programa de privatizações anunciado por Bolsonaro e Guedes não passa de um estalinho.

Ainda na seara das concessões públicas, nos estertores de 2019, mais precisamente em 4 de dezembro, o RR noticiou um mutirão interministerial do governo para aprovar o marco regulatório do saneamento – condição sine qua nom para destravar a venda de estatais do setor. Cinco dias depois o próprio ministro Paulo Guedes confirmava que o governo havia intensificado a articulação política para acelerar a aprovação da lei no Congresso. Seguindo na agenda econômica, o RR foi o primeiro a puxar uma questão que somente dias depois seria fisgada pela mídia de um modo geral. Na edição de 8 de novembro, após consultar importantes juristas, a newsletter trouxe a informação de que o Conselho Fiscal da República – o ornitorrinco criado por Paulo Guedes juntando partes do Executivo, Legislativo e Judiciário – é inconstitucional. Do fiscal para o câmbio, em 22 de novembro o RR trouxe à tona a crescente preocupação do Banco Central com a escalada do dólar.

Quatro dias depois, a autoridade monetária entrou no mercado vendendo a moeda americana para segurar as cotações, expediente que ainda se repetiria mais algumas vezes. Em 20 de fevereiro, o RR esmiuçou o grande projeto do “governo digital” que começava a ser engendrado no Ministério da Economia, mais precisamente na área comandada pelo Secretário Paulo Uebel, com o objetivo de arrumar a máquina pública tanto para dentro quanto para fora, leia-se o atendimento à população. Somente mais para o fim do ano, o tema cairia no radar da mídia, com direito a capa de revista semanal. Ainda no âmbito da economia, em 11 de fevereiro, a newsletter informou sobre o convite do então presidente do BNDES, Joaquim Levy, a Gustavo Franco para assumir a presidência do Conselho de Administração, formalizado apenas no fim daquele mês.

Da mesma forma, em 19 de junho, o RR antecipou que o economista deixaria de ser o chairman da agência de fomento antes mesmo de assumir o cargo. Àquela altura, oficialmente Gustavo Franco e o próprio BNDES negavam o meia volta, volver, garantindo que o processo de indicação transcorria normalmente e a demora na posse se devia à burocracia do rito. Pois bem… Somente no fim de julho, mais de um mês após a notícia do RR, o economista e o banco admitiram o desenlace antes mesmo do casório. Em 16 de dezembro, o RR colocou foco sobre o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, antecipando os preparativos para a sua saída do governo.

Uma semana depois, Paulo Guedes e toda a equipe econômica fizeram um desagravo público a Mansueto. Chamou a atenção do empenho do ministro em garantir a permanência do economista no cargo por “pelo menos mais um ano”. Mais sintomático, impossível. Guedes desmentiu e o RR reafirmou e reafirma o que disse: Mansueto vai deixar o governo em breve. Ao longo de 2019, o RR manteve a tradição de acompanhar amiúde a área de Defesa, que, não bastasse sua importância per si, ganhou um  destaque ainda maior no noticiário devido ao notório imbricamento entre o estamento militar e o governo Bolsonaro.

Em 25 de fevereiro e 13 de março, período marcado pelo agravamento da crise institucional na Venezuela e por forte tensão na fronteira, a newsletter revelou a preocupação das Forças Armadas com a fragilidade do sistema brasileiro de defesa, resultado da contínua asfixia orçamentária comum a todos os últimos governos brasileiros. Em 5 de abril, o RR abordou a tensão entre militares, ainda que da reserva, e o Judiciário. A publicação destacou o editorial da Revista do Clube Militar, por meio do qual o presidente da instituição, General de Divisão Eduardo José Barbosa, fez duras críticas ao STF. Na ocasião, o oficial da reserva classificou como uma “evidente ofensiva contra a Lava Jato” a decisão do Supremo de que processos de “caixa 2” migrem para a Justiça Eleitoral. Nos dias a seguir, o assunto ganharia evidência na mídia.

O RR também foi um intérprete das tensões institucionais que cercam o governo Bolsonaro. Em 2 de maio, em matéria intitulada “FHC é o maior conspirador da República”, a newsletter desvendou as movimentações do ex-presidente junto aos principais grupos de poder do país em um período de efervescência por conta dos seguidos episódios de quebra de decoro protagonizados por Jair Bolsonaro. Menos de duas semanas depois, FHC não se fez de rogado e verbalizou publicamente a palavra que tanto vinha sussurrando na penumbra: “O impeachment às vezes é inevitável”. Entre as várias “guerras” abertas por Bolsonaro em seu primeiro ano de mandato, está o embate com a própria mídia. Em 9 de agosto, o RR trouxe a informação de que o presidente da República determinaria o corte de assinaturas de grandes jornais e revistas nos órgãos federais. Bingo! Em 31 de outubro, o governo anunciava o cancelamento da assinatura da Folha de S. Paulo.

O ministro Sergio Moro e, por extensão, o Judiciário estiveram no centro de outros importantes furos do RR ao longo de 2019. Em 1 de abril, a newsletter divulgou a movimentação de Moro para aumentar o orçamento da sua Pasta e aumentar o efetivo da Polícia Federal. Um mês depois, Paulo Guedes soltou a grana, e o ministro da Justiça anunciou a convocação de 1.200 aprovados em concurso para a PF realizado no ano passado. Em 11 de junho, o RR antecipou uma grande ação da Justiça, notadamente da Polícia Federal, para combater a atuação do crime organizado, sobretudo do PCC, no contrabando de ouro. Sete dias depois, a PF deflagrava a Operação Ouro Perdido, desbaratando uma quadrilha que havia movimentado cerca de R$ 145 milhões. No agitado ano de Sergio Moro, talvez nenhuma outra agenda supere o vazamento dos seus diálogos com os procuradores da Lava Jato, iniciado pelo The Intercept Brasil. O assinante do RR soube, com exclusividade, das movimentações de Moro nos bastidores para administrar o escândalo.

Em 29 de julho, por exemplo, a publicação antecipou que o ministro, em uma ardilosa estratégia, ligou para uma relação de 26 autoridades dos Três Poderes para informar e “tranquilizá-los” sobre o hackeamento de seus celulares e computadores. Por falar em Lava Jato, ao longo de 2019, por diversas vezes o RR chamou a atenção para o desmonte do setor de construção pesada com a insistência do aparelho de Justiça em punir as empresas e não apenas seus controladores. Em 10 de outubro, na esteira da criação do Instituto Brasileiro de Autorregulação do Setor de Infraestrutura, o RR enfatizou que a redenção das empreiteiras e a salvaguarda de seus milhares de empregos – os que ainda restaram – deveriam ser tratadas como assunto de Estado. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Em 26 de dezembro, a imprensa divulgou um relatório da CGU levantando o risco de calote em acordos de inadimplência devido à falta de retomada da atividade no setor de construção pesada. Eureka!

No âmbito do Judiciário, o RR revelou a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de criar varas especializadas para o julgamento de integrantes do crime organizado, informação que somente seria divulgada pelos grandes jornais em 1 de julho. Em 23 de agosto, a newsletter antecipou a união entre os Ministérios Públicos do Brasil e do Paraguai para investigar o doleiro Dario Messer e sua abastada clientela nos dois países. Em 11 de outubro, o RR divulgou que os dois MPs tinham à mão uma lista de 36 clientes do doleiro. Mais uma vez, no alvo: em 20 de dezembro, o Ministério Público do Brasil indiciou 18 pessoas ligadas a Messer, entre elas o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes. Os outros 18 que esperem. A sua hora vai chegar… Como não poderia deixar de ser, não obstante o peso do noticiário político institucional, a seleta rede de informantes do RR no ambiente corporativo permitiu à newsletter antecipar importantes fatos do universo empresarial em 2019.

Em 14 de fevereiro, a publicação noticiou os preparativos para a saída de Fabio Schvartsman da presidência da Vale, na esteira da tragédia de Brumadinho. No dia 2 de março, a mineradora anunciava o afastamento “temporário” de Schvartsman do cargo. Mero jogo de palavras: o executivo deixava o posto em definitivo, carregando no currículo 270 mortes. Em 29 de maio, o RR informou, com exclusividade, da parceria entre Starboard e Apollo para a compra da ViaVarejo. Dois dias depois o assunto estava estampado nos principais jornais do país. No fim, a dupla de gestoras perdeu o negócio. Michael Klein foi mais rápido no gatilho e ficou com a ViaVarejo. Em 30 de maio, o Relatório Reservado publicou, em primeira mão, a condenação da Volkswagen pelo TJ-RJ pelo escândalo da adulteração de resultados de emissão de poluentes em veículos a diesel. Outros veículos só noticiaram o veredito, no valor total de R$ 460 milhões, quatro dias depois.

Na edição de 24 de junho, o RR antecipou um movimento decisivo no processo de recuperação judicial da Saraiva: uma “rebelião” dos credores, condicionando a aprovação do plano ao afastamento da família da gestão da empresa. Mais um tiro certeiro: em 29 de agosto, a saída de Jorge Saraiva Neto do comando da companhia foi confirmada. Em 14 de agosto, o RR publicou, com exclusividade, a retomada dos planos da JBS de abrir o capital nos Estados Unidos. No apagar das luzes de 2019, o RR levantou ainda um caso inusitado: sete donos de embarcações incendiadas na Marina de Angra dos Reis (RJ) aguardam há meses pelo pagamento de seus seguros. Por ora, nem a BR Marinas, concessionária do atracadouro, nem a Tokyo Marine, responsável pela apólice coletiva do local, pagaram um centavo pelo sinistro.

Dez dias depois, o assunto estava em coluna de prestígio de uma revista semanal. Essa seleta de acertos foi apenas uma pequena amostra do número elevado de furos e análises premonitórias com que a newsletter brindou seus assinantes durante 2019. O leitor do RR não tem dúvida de que em nossas páginas pode enxergar o noticiário mais à frente. Em 2020, esperamos ter a honra de que nossos assinantes permaneçam nos prestigiando. Ainda em 2019, o Relatório Reservado adensou o volume de informações disponibilizadas ao seu assinante com o lançamento do Observatório RR – uma nota técnica diária sobre assunto específico e relevante – e o Termômetro RR, que antecipa a temperatura da agenda política e econômica do dia seguinte. Em 2020, podem esperar, teremos muito mais. Que venham novos acertos e muito mais assinantes!

#Jair Bolsonaro #Ministério da Economia #Paulo Guedes #Selic

Cobertor curto

17/12/2019
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Com a nova lei do FGTS, que eleva o volume de saque imediato de R$ 500 para R$ 998, a liquidez do fundo deverá baixar dos previstos R$ 120 bilhões para cerca de R$ 89 bilhões em 2020. O número, que ainda será oficialmente divulgado, foi obtido pelo RR junto a um integrante do Conselho Curador do FGTS. De um lado, mais dinheiro para as famílias; do outro, menos recursos para investimentos em infraestrutura, na casa própria e em outros destinos do FGTS. Não dá para ter tudo.

#FGTS

A Caixa vai falar. Vai mesmo?

13/12/2019
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30 de janeiro de 2020. Esse será o dia da lavagem de roupa suja no Conselho Curador do FGTS. O RR apurou que o colegiado vai se reunir nessa data para a Caixa Econômica apresentar um relatório detalhado sobre investimentos com recursos do fundo, notadamente na área imobiliária. O assunto é um caco de vidro dentro Conselho. Os seis representantes do empresariado e das centrais sindicais no colegiado têm cobrado sistematicamente do banco estatal esclarecimentos sobre as aplicações – ver RR de 4 de novembro.

#Caixa Econômica #FGTS

Trava de segurança no FGTS

11/11/2019
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A base governista no Congresso articula uma sutil mudança na MP 889/19, que altera as regras para os saques do FGTS e foi aprovada em Comissão Especial na Câmara. Trata-se da inclusão de uma trava para o mandato dos representantes dos trabalhadores e do empresariado no Conselho Curador do Fundo. O governo quer limitar o prazo de permanência a quatro anos. Hoje, não há restrição. Quem chega pode ir ficando…

#FGTS

Caixa deixa Conselho do FGTS falando sozinho

4/11/2019
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A julgar pela postura da Caixa Econômica, talvez seja melhor extinguir de vez o Conselho Curador do FGTS – já reduzido de 24 para 12 componentes pelo governo Bolsonaro. O banco tem feito ouvidos de mercador a pedidos do colegiado por disclosure na aplicação de recursos do Fundo. Segundo relato de um conselheiro ao RR, os seis representantes do empresariado e das centrais sindicais vão cobrar formalmente na próxima reunião a apresentação de um informe detalhado de aportes de R$ 10 bilhões do FGTS em um fundo imobiliário. Querem detalhes sobre projetos contemplados, rentabilidade e resgastes. Não será a primeira vez. De acordo com a mesma fonte, há três meses estes conselheiros solicitaram as mesmas informações e, até o momento, não foram atendidos. Procurada, a Caixa não quis se pronunciar.

#Caixa Econômica #FGTS

Reserva de mercado

10/09/2019
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A bancada governista já foi acionada para derrubar quatro propostas de emenda de José Serra para a MP 889/19, que estabelece novas regras para saques do FGTS. O senador tucano não apenas propõe a substituição do Fundo de Garantia pelo Fundo de Investimento do Trabalhador (FIT) como prevê que qualquer instituição financeira pode assumir sua gestão. Seria um baque e tanto para a Caixa Econômica, administradora do FGTS.

#FGTS #José Serra

A era das demissões voluntárias

16/08/2019
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Goste-se ou não, Jair Bolsonaro está entregando uma de suas promessas de campanha: a redução do funcionalismo. Menos de um ano após seu último Plano de Demissões Voluntárias, a Casa da Moeda passará por mais uma lipoaspiração. A direção da estatal já aprovou um novo PDV, com a meta de cortar cerca de 200 funcionários – algo como 10% da força de trabalho. Entre outras iscas, a Casa da Moeda oferecerá indenização de 80% sobre o FGTS e plano de saúde por 42 meses. A estatal tem amargado queda de receita devido à suspensão do Sicobe (Sistema de Controle Fiscal de Produção de Bebidas) e pelo contingenciamento das verbas do BC para novas encomendas de cédulas e moedas.

#Casa da Moeda #Jair Bolsonaro

FGTS da discórdia

31/07/2019
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Começou, mas não terminou a reunião do Conselho Curador do FGTS, ontem, em Brasília. Integrantes do colegiado se recusaram a votar o orçamento para 2020 alegando uma série de inconsistências nas projeções apresentadas pela Caixa Econômica, responsável pela gestão do Fundo de Garantia. Um dos números mais contestados foi a previsão para os honorários de sucumbência, da ordem de R$ 700 milhões. Uma nova reunião deverá ser marcada para a segunda semana de agosto.

#Caixa Econômica #FGTS

A temperatura das ruas

30/07/2019
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Jair Bolsonaro vai intensificar nas próximas semanas a agenda de viagens pelo Brasil para a inauguração de obras, notadamente do “Minha Casa, Minha Vida”. Mesmo com o adiamento da votação da reforma da Previdência em segundo turno na Câmara para agosto, os estrategistas do Planalto consideram que este é um dos melhores momentos para Bolsonaro ir às ruas desde a sua posse. Segundo recente pesquisa do Datafolha, de abril a julho o número de brasileiros que apoia a mudança nas regras de aposentadoria subiu de 41% para 47%. Ressalte-se ainda que Bolsonaro acaba de liberar até R$ 500 do FGTS para cada trabalhador.

#Jair Bolsonaro #Minha Casa Minha Vida

Legado Campos

25/07/2019
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O achado social e político de Paulo Guedes, criando uma modalidade de saque anual do FGTS para todos os trabalhadores, merece loas, mas não chega a ser tão original assim. O mentor de Guedes, o ex-ministro do Planejamento Roberto Campos, nos idos de 1995, fez uma proposta similar de saques anuais, logo rechaçada por meio mundo. Se dependesse de Campos, juntamente com José Luiz Bulhões Pedreira um dos criadores do FGTS, a criatura, inclusive, já estaria morta. Em tempo: não custa recordar que foi Henrique Meirelles o primeiro a tirar uma casquinha das siderúrgicas regras de saque instituindo a transferência da rentabilidade do Fundo para o trabalhador.

#FGTS #Paulo Guedes

Saques do FGTS II, a missão

19/07/2019
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A bola dos saques antecipados do FGTS está sendo jogada de um lado para outro no pingue-pongue entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Economia. Para ser mais preciso entre as áreas de comunicação de ambos. A discussão – determinante para o adiamento do anúncio da medida para a próxima semana – envolve a realização de campanha televisiva, site com a disponibilização dos nomes dos beneficiários e uso intensivo da rede. A questão é a mesma que o RR tangenciou na edição de ontem: os saques de recursos do FGTS e do PIS/Pasep podem ter tanto finalidade de estímulo ao consumo quanto de muleta fiscal. O governo nas suas internas acredita que o dono do dinheiro somente vai sacar algo em torno de R$ 2 bilhões dos mais de R$ 30 bilhões disponibilizados. O sujeito simplesmente esquece que a grana é dele. Como o governo coloca um prazo máximo para o resgate e finge que lembra o indivíduo, a dinheirama é toda carreada para o triângulo das bermudas da meta do déficit primário, teto dos gastos e regra de ouro. Repita-se aqui que a praxe até agora é confiscar os recursos do dono através do sibilino expediente do desmemoriamento. Mas o RR não acredita que Paulo Guedes pretenda ir por esse caminho.

#FGTS #Ministério da Economia

Fôlego na economia ou estelionato?

18/07/2019
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Antes de comemorar, convém conferir o tamanho da publicidade do governo para, então, julgar se a antecipação dos saques do FGTS e do PIS/Pasep será mais um confisco disfarçado. Mais ou menos assim: o governo anuncia que vai permitir a retirada, depois fica quietinho, os beneficiários se esquecem do prazo e o tacho cheio é raspado pelo Tesouro Nacional. O governo Temer usou do mesmo estelionato disfarçado com as dívidas julgadas e vencidas da União. Espera-se que Paulo Guedes queira esse dinheiro para aquecer o consumo e não financiar sorrateiramente o déficit primário.

#FGTS #Paulo Guedes

BNDESPar pula do trem

18/07/2019
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No que deve ser uma das primeiras operações da gestão Montezano, a BNDESPar vai vender sua participação na Odebrecht TransPort (OTP), por sua vez sócia minoritária da Supervia. Deverá ter a companhia do FI-FGTS, gerido pela Caixa.

#BNDESPar #Odebrecht

O risoto da Previdência

9/07/2019
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A bancada ruralista vai celebrar a votação da PEC da Previdência com uma chuva de arroz. Em meio à tramitação da “reforma de todas as reformas” do governo Bolsonaro, a Frente Parlamentar da Agricultura está prestes a arrancar um programa de subsídios para os produtores do cereal no sul do país. Segundo o RR apurou, os recursos poderão somar cerca de R$ 300 milhões. O acordo deverá ser selado nas próximas duas semanas, na contramão dos esforços do ministro Paulo Guedes para reduzir esse tipo de incentivo. Os termos do benefício foram discutidos na semana passada em uma reunião entre a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, e ruralistas, escoltados pelo deputado Luiz Carlos Heinze, um dos próceres da FPA. Os produtores do Rio Grande do Sul estimam um prejuízo de mais de R$ 600 milhões com as enchentes do início do ano.

As “remake news” de Paulo Guedes

O governo vai detonar uma blitzkrieg de estímulos já manjados para reverter as expectativas negativas em relação ao comportamento da economia em 2019/2020. A ação da equipe econômica é um remake das operações de marketing feitas no passado: o governo refoga iniciativas já anunciadas e as apresenta como algo orquestrado e essencialmente novo. O tal plano estruturado a ser divulgado após a votação da Previdência tem por função o reforço nas bolsas e nos mercados do impacto da votação da principal reforma estrutural. Como se sabe, a Previdência será saudada como a conquista da Copa Jules Rimet. Só que à vera ela somente mexe com as expectativas neste ano – interfere pouco na realidade fiscal em 2019 e 2020. O projeto é pedalar, no bom sentido, a reforma acoplada com as outras medidas animadoras das expectativas. A lista, que foi guardada para pós-aprovação da reforma, é de velhíssimas novidades: o choque de energia barata, o saque antecipado do PIS/Pasep e FGTS, aceleração do programa de privatizações, reforma tributária, redução do Estado brasileiro e melhorias no campo microeconômicos, com novas regras para debêntures incentivadas de infraestrutura. Todas as propostas já foram despejadas na mídia, sempre com a condicionalidade da mudança do regime de aposentadoria. A grande expectativa é se Paulo Guedes vai abrir um flanco e liberar medidas fiscais e parafiscais para dar um gás na economia do curto prazo. As reformas e iniciativas mais pretensiosas ainda estão por ser buriladas e só começarão a vigorar a partir do próximo ano. Agora um estímulo na veia talvez seja o que falta para que a malta – e não apenas o mercado de valores mobiliários – compre o conjunto de medidas estruturais.

#Jair Bolsonaro #Paulo Guedes #PEC da Previdência

Contrastes

4/07/2019
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Na última segunda-feira, a Avianca Brasil demitiu cerca de 40 funcionários. Pior: segundo a fonte do RR, mais da metade descobriu que a companhia não depositava seu FGTS há aproximadamente um ano. No mesmo dia, a imprensa italiana trazia a inusitada notícia de que German Efromovich poderá investir 240 milhões de euros na compra de 30% da Alitalia. Nem parecia se referir ao mesmo Efromovich que lançou a Avianca numa recuperação judicial, com R$ 2,8 bilhões em dívidas.

#Avianca #FGTS

Paulo Guedes solta devagar as rédeas do dinheiro

13/06/2019
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O ministro Paulo Guedes aquiesceu ao grito de todas as torcidas organizadas. Vai ter gasto público. Vai ter alguma política anticíclica. Vão ter medidas pró-consumo. Guedes topou soltar o dinheiro, mas em conta-gotas, para não atrapalhar o foco na reforma da Previdência e nem contaminar as futuras reformas tributárias e de transferência dos fundos federativos. Pode-se esperar a liberação de R$ 10 bilhões, R$ 15 bilhões ou R$ 20 bilhões em tranches sempre irregulares. Nenhum programa, pacote ou plano de ações. A operação segue o modelo “rouba montinho”.

O ministro tira dali recursos parafiscais, põe aqui as “despedaladas” e instrumentos híbridos de capital e dívida, repõe acolá com a esperada apropriação dos recursos não sacados das contas do PIS/Pasep e FGTS e complementa arbitrando o resgate da dívida bruta com algum gasto primário. Até o fim do ano, entram ainda na equação fiscal os R$ 100 bilhões do leilão dos excedentes de cessão onerosa. Estica e puxa de um lado e aloca em outro. É a contabilidade engenhosa no lugar da criativa. Mas a tacada de mestre de Guedes foi mesmo na negociação do crédito adicional para o cumprimento da regra de ouro.

Preocupada com o desastre político que qualquer forfait do Congresso poderia provocar, a equipe do ministro fez uma cirurgia bariátrica no buraco orçamentário de R$ 248,9 bilhões. O objetivo da redução era apresentar um valor mais palatável aos parlamentares, lubrificando a aprovação do suplemento orçamentário. Chegaram a baixar o rombo para R$ 90 bilhões. Guedes, acostumado às eletrizantes emoções de “bater e tomar mercado” (compra e venda de ações no intervalo de segundos), não titubeou: bancou o valor cheio de R$ 248,9 bilhões para aprovação do Congresso.

“É melhor que sobre dinheiro e não tenhamos que atravessar novamente essa burocracia”, teria dito. O pedido passou e o dinheiro sobrou. Já na partida, o ministro se comprometeu a pagar um pedágio de R$ 2,8 bilhões com gastos no Minha Casa, Minha Vida, área de educação e bolsas do CNPQ. Com a operação “rouba montinho”, pode ser até que, além das despesas para que a economia não asfixie, Guedes consiga reduzir bem o déficit primário do ano – da ordem de R$ 104 bilhões – sim, aquele que o ministro, no início do governo, prometeu zerar. Com esse bailado fiscal, alguns gastos reanimadores da economia e a aprovação das reformas, talvez 2019 acabe com um tímido sorriso no canto da boca. O paciente estaria respirando melhor. Bom que seja assim. Para 2020, aguarda o enfermo um déficit primário de cerca de R$ 140 bilhões, um salto da dívida mobiliária acima de 80% do PIB e um novo estouro da regra ouro.

#Paulo Guedes

Voz do contra no FGTS

4/06/2019
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Das três centrais sindicais com assento no conselho de investimento do FI-FGTS, a Força Sindical já se posiciona contra a possível liberação de saques de contas ativas do Fundo. Mas, se a proposta for levada adiante, deverá ser voto vencido mesmo entre suas congêneres. CUT e UGT, que também têm representação no Conselho do FI-FGTS, já se mostraram a favor da medida.

#FI-FGTS

Tratamento de choque

14/05/2019
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Jair Bolsonaro pediu ao ministro Paulo Guedes um “choque de consumo” até o final do ano. No gatilho estão os saques do FGTS e do PIS/Pasep e um refinanciamento das dívidas das pessoas com nome no SPC. Nenhuma dessas medidas tem impacto fiscal negativo. Todas têm grande poder de impulsão do varejo.

#FGTS #Jair Bolsonaro #Paulo Guedes

Dona Beija

30/04/2019
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Duas décadas após a quebra da emissora, a novela da Rede Manchete continua em exibição no Judiciário. A administração da massa falida espera levar a leilão até junho o prédio que serviu como sede da empresa em São Paulo. É mais um capítulo no arrastado processo de pagamento das dívidas deixadas por Adolpho Bloch e cia. Somente em FGTS, INSS e passivos não tributários, o rombo passa dos R$ 500 milhões.

#Rede Manchete

Um fundo de garantia anti-trabalhador?

11/04/2019
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A primeira reunião do Comitê de Investimentos do FI-FGTS da era Bolsonaro, marcada para hoje, promete altas temperaturas. De acordo com a fonte do RR, ao menos dois conselheiros cobrarão do governo um cronograma para o pagamento de R$ 450 milhões em dívidas com construtoras, boa parte no âmbito do “Minha Casa, Minha Vida” e do programa de habitação rural. Há o temor de que o calote possa, ainda que por vias oblíquas, gerar um inusitado paradoxo: demissões na cadeia da construção decorrentes de dívidas contraídas pelo fundo de garantia dos próprios trabalhadores. Outro tema polêmico diz respeito à situação das obras iniciadas e outras ainda por começar. Da gestão Dilma Rousseff restaram contratadas 2.312 moradias; da era Temer, 78 mil unidades e a nascente administração Bolsonaro está fechando a contratação de 14 mil unidades.

#FI-FGTS #Jair Bolsonaro

General Mourão nos trilhos

19/12/2018
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Ponte entre o governo Bolsonaro e entidades empresariais, notadamente da área de infraestrutura, o General Mourão tem mantido assídua interlocução com fabricantes de equipamentos ferroviários e metroviários. O setor levou ao vice-presidente eleito a proposta de que recursos do FGTS sejam usados para financiar a modernização das frotas das concessionárias nos dois modais. Consta, no entanto, que a ideia não encontrou ressonância em Paulo Guedes, que será o tutor dos mais de R$ 800 bilhões tanto do Fundo de Garantia quanto do FAT.

#FGTS #General Mourão #Jair Bolsonaro

Sonhos de uma noite de dizimação

22/11/2018
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No mundo perfeito idealizado por Paulo Guedes, o sistema bancário público sofreria uma semi-extinção. O Banco do Brasil perderia o seu sobrenome e seria associado a um grupo estrangeiro. A Caixa Econômica, por sua vez, deixaria de ser uma instituição bancária para se transformar em uma certificadora e garantidora de empréstimos imobiliários, uma espécie de Fannie May tropicalizada – em alusão a uma das maiores empresas de hipoteca dos Estados Unidos. Mesmo com a inexorável concentração bancária decorrente da eventual fusão do BB com um estrangeiro, o argumento é que ela pelo menos se daria entre entes privados. Nesse universo lúdico ultraliberal, o Banco da Amazônia (Basa) seria incorporado pelo Banco do Brasil. Já o Banco do Nordeste e a Finep seriam agregados
ao BNDES. Nos prováveis devaneios do ministro da Economia, tudo são possibilidades. A única certeza é que o BNDES será desidratado. Esta dimensão paralela que permeia as divagações de Paulo Guedes buscaria tirar totalmente o governo do risco da atividade financeira, vista como uma potencial fonte de perdas de recursos. Isso incluiria alguns pingentes pendurados no sistema bancário estatal. Em tese, a gestão do FGTS e do FAT, a cargo da Caixa Econômica, e o financiamento agrícola, cujo repasse é de responsabilidade do BB, seriam licitados para a banca privada. O Fundo de Garantia, por sinal, seria gradativamente transferido para uma carteira de previdência complementar.

#Paulo Guedes

Inverno em Abril

27/08/2018
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A Rádio-Corredor da Editora Abril informa que os irmãos Giancarlo Civita e Victor Civita Neto viajaram para a Europa logo após o pedido de recuperação judicial, sem data estipulada para retornar ao Brasil.

Os ex-funcionários demitidos recentemente pela Editora Abril estão criando uma associação para o que promete ser uma longa batalha nos tribunais. Como a empresa não homologou as mais de 800 demissões antes do pedido de recuperação judicial, os trabalhadores não conseguiram sacar o FGTS ou sequer solicitar o seguro desemprego. O grupo pretende ainda fazer o que sabe de melhor, jornalismo, e criar um perfil nas redes sociais para noticiar o andamento dos processos contra a Abril.

#Editora Abril

Caixa busca uma solução para um Porto nada Maravilha

21/06/2018
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A sobrevivência do projeto do Porto Maravilha, que corre sério risco de ter suas obras e serviços paralisados nos próximos dias por falta de recursos, passa inevitavelmente pela Caixa Econômica Federal. Pressionado pela Prefeitura do Rio, o banco estuda saídas para o impasse financeiro que cerca o empreendimento. Uma das ideias é buscar um fundo de real estate para se associar ao projeto e dividir a responsabilidade pelo financiamento dos serviços na região, hoje a cargo apenas do Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha (FIIPM), administrado pela Caixa. Outra hipótese sobre a mesa é um novo aporte do FI-FGTS  – em 2015, o FIIPM recebeu cerca de R$ 1,5 bilhão do Fundo de Garantia.

Esta alternativa é tratada pela própria diretoria da Caixa como a última linha, a bala de prata, tamanho o desgaste e a repercussão negativa que uma nova injeção de recursos da poupança dos trabalhadores certamente vai gerar. Procurada, a Caixa não se pronunciou até o fechamento desta edição. Sem receber, a Concessionária Porto Novo estendeu por mais sete dias a prestação de serviços na região, a exemplo de operação do tráfego, coleta de lixo e conservação e manutenção das vias que compõe o chamado Porto Maravilha. O prazo termina exatamente hoje. Até ontem à noite, no fechamento desta edição, ainda não havia uma solução para o impasse.

A Concessionária é a última ponta do efeito-dominó que começa no Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha. A carteira é lastreada pelos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), títulos emitidos pela Prefeitura para custear o projeto do Porto Maravilha. Em 2011, o FIIPM comprou todos os Cepacs, ao valor de R$ 3,5 bilhões. De lá para cá, no entanto, o valor do título só fez despencar, afetando a rentabilidade da carteira. Resultado: o fundo gerido pela Caixa deve R$ 198 milhões à Prefeitura referente a compromissos com o projeto. No intervalo de um ano e meio, tem também atrasado recorrentemente os pagamentos à Concessionária Porto Novo, que, sem alternativa, chegou a suspender a prestação dos serviços na região.

#Caixa Econômica #Prefeitura do Rio de Janeiro

Crossover

23/01/2018
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Segundo informações filtradas do Ministério Público Federal, há pontas interligando as Operações Greenfield e Sépsis, que apuram, respectivamente, desvios de recursos nos fundos de pensão e no FI-FGTS. O liason entre as irregularidades tanto na Funcef quanto no fundo administrado pela Caixa Econômica seriam os prisioneiros Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima. Entre as empresas no radar das investigações estaria a OAS. Cabe lembrar que a subsidiária OAS Óleo e Gás recebeu recursos do FI-FGTS e a empreiteira se associou à Funcef na Invepar.

#FI-FGTS #Funcef #Invepar #Operação Greenfield

Um pedaço perigoso da Caixa Econômica

22/01/2018
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O RR apurou que Deusdina dos Reis Pereira, recém-afastada da vice-presidência de Fundos de Governo e de Loterias da Caixa Econômica Federal por suspeitas de irregularidades, teria sido uma indicação direta do próprio presidente do PRB, Antônio Carlos Rodrigues. Era, portanto, uma aposta de risco, como tantas outras feitas pelo governo Temer. Rodrigues chegou a ser preso no fim do ano passado no âmbito da Operação Caixa D´Água, acusado de repassar R$ 3 milhões em propina ao ex-governador Anthony Garotinho. Aliás, a cadeira de VP de Fundos de Governo e de Loterias da Caixa parece ter sido alvo de alguma maldição. Antes, o cargo foi ocupado por Fabio Cleto, que fechou acordo de delação e entregou um suposto esquema de corrupção no banco e no FI-FGTS liderado por Eduardo Cunha. Ah, claro! Moreira Franco também mandou naquele pedaço

#Caixa Econômica

Seguro anti-Lava Jato

16/10/2017
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A demora na venda da participação da Cemig na Usina de Santo Antônio para a chinesa State Power Investment Overseas (Spic) não passa apenas por pendências financeiras. O impasse se deve, sobretudo. a exigências jurídicas feitas pelos asiáticos para se proteger de eventuais punições no âmbito da Lava Jato. Denúncias de corrupção pesam sobre o consórcio responsável pela construção e operação da hidrelétrica. Em suas delações, executivos da Odebrecht, uma das acionistas, relataram o pagamento de propina para a obtenção de recursos do FI-FGTS.

#Cemig #Lava Jato #Spic

O italiano

22/09/2017
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Em suas tratativas para o acordo de delação, Antônio Palocci, o “Italiano”, está atirando pesado em Guido Mantega, o “Pós-Itália”. Parte da munição ricocheteia na Caixa, mais precisamente no FI-FGTS.

#Antônio Palocci #Caixa Econômica #FI-FGT

Já é Natal no Palácio do Planalto

14/09/2017
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Michel Temer vai fazer outra fogueirinha para aquecer o consumo. Amanhã, anuncia o cronograma para o saque antecipado dos beneficiários do PIS/Pasep com idade a partir de 62 anos – antes o mínimo era 70 anos. A boa nova é que a liberação de recursos pode ser maior do que a estimada, da ordem de R$ 16 bilhões. Calcula-se que poderão ser lançados R$ 20 bilhões na economia. A expectativa é que uma parte maior dessa dinheirama vá para o consumo e não para o pagamento de dívidas. Isto porque os saques das contas inativas do FGTS, uma medida gêmea adotada no início do ano, permitiram que os trabalhadores abatessem uma parte do seu endividamento mais urgente. O Natal, portanto, pode ser melhor para o assalariado, o comércio e, claro, para Michel Temer. O ajuste fiscal não tem nada a ver com isso.

#FGTS #Michel Temer #PIS

Conselho do conselho

15/08/2017
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Além do Conselho Curador, o governo planeja montar um comitê de compliance exclusivo para o FI-FGTS, que hoje pega carona na estrutura da Caixa Econômica. A Lava Jato está aí para mostrar que sempre há um Eduardo Cunha disposto a beliscar a grana dos trabalhadores.

#Caixa Econômica #FI-FGTS #Lava Jato

O dono do pedaço

17/07/2017
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Segundo fonte do MP, o doleiro Lucio Funaro apontou que o suposto esquema de desvios de recursos do FI-FGTS prosseguiu mesmo após a prisão de Eduardo Cunha, o então “dono do pedaço”.

#Eduardo Cunha #FI-FGTS

Paulinho sempre dá uma força

4/07/2017
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O deputado Paulinho da Força não se faz de rogado. Tem se empenhado para manter Luiz Fernando Emediato como representante da Força Sindical no comitê de investimentos do FI-FGTS. Emediato deixou a presidência do colegiado na semana passada quando vieram à tona as acusações de executivos da Odebrecht e da JBS de que ele teria recebido propina para liberar recursos do fundo. Ao permanecer no comitê, Emediato continuará dando seu voto e ajudando a decidir o destino de cada centavo dos R$ 17 bilhões que o FI-FGTS tem em caixa.

#FI-FGTS

Governo cata migalhas para reduzir o rombo fiscal

27/06/2017
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O governo pretende securitizar um monte de cacarecos e transformá-los em receitas extraordinárias para cobrir o crescente buraco fiscal sem lançar mão de algum tipo de gravame. A meta para o déficit primário é de R$ 139 bilhões, mas esse número já foi estourado em cerca de R$ 70 bilhões. Estão contingenciados R$ 39 bilhões e são necessários mais R$ 30 bilhões pelo menos, pois a arrecadação tende a continuar decepcionando.

O governo vai fazer uma varredura em débitos e fraudes e usar raspas e restos para tapar o que for possível do rombo orçamento. Valem as combinações mais incomuns, como recursos previdenciários pagos indevidamente a pessoas que estão mortas – a MP já se encontra pronta -, aos beneficiários do Bolsa Família que se encontram empregados e os inadimplentes do programa Minha Casa, Minha Vida. Entre as medidas, estaria incluída também a retenção de parte do FGTS dos trabalhadores demitidos sem justa causa, mas o governo recuou na proposta.

Há cacarecos já previstos – os R$ 8 bilhões em precatórios que precisam ser aprovados no Senado. O projeto de José Serra que busca transformar a dívida ativa da União em cessão de crédito também será resgatado. A dívida ativa é da ordem de R$ 1,5 trilhão. No ano passado, Meirelles achava que conseguiria recuperar R$ 16 bilhões. Neste ano as estimativas com a securitização da dívida ativa já foram esticadas para R$ 18 bilhões. Está em estudo também a venda de parte da carteira de crédito do BNDES, que é considerada como de alta qualidade.

#Bolsa Família #FGTS #Minha Casa Minha Vida

Munição do FI-FGTS

20/06/2017
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O FI-FGTS será uma das armas de maior calibre utilizada pelo governo para descarregar recursos na economia – conforme informou o RR na edição de 9 de junho. O fundo, administrado pela Caixa Econômica, tem cerca de R$ 7 bilhões de munição reservados para o PPI.

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Por falar em PPI, o governo pretende marcar o leilão da Ferrogrão para a primeira quinzena de setembro. Trata-se de um projeto de R$ 12 bilhões.

#Ferrogrão #FI-FGTS #PPI

A “novíssima” matriz econômica de Henrique Meirelles

9/06/2017
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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, retorna de Paris com a missão de irradiar boas notícias para a economia. O governo acha que sobrevive ao tormento político e aprova as reformas, ainda que aos trancos e barrancos. Mas precisa de alimento para os empresários e para a base aliada no Congresso, noves fora a população, órfã de novidades favoráveis.

Portanto, pelo menos por um tempo, sai o “Meirelles lobo mau”, entra o “Meirelles vovozinha”. A razão principal dessa guinada na política e na postura do ministro da Fazenda é a certeza de que a economia vai abortar sua tênue recuperação. Os cenários para o crescimento e o desemprego – efetivamente o que interessa – estão nublados.

O investimento em formação de capital fixo deve cair, assim como o consumo das famílias. E não adianta o governo ficar falando que “o país está saindo da recessão” – porque não está. Tampouco adiante dizer que o “PIB vai crescer 1%” – porque não vai. É preciso contrabalançar esse ambiente econômico ruim com boas novas, a exemplo do que foi o saque antecipado do FGTS para as contas inativas.

Henrique Meirelles é o “cara limpa” do governo Temer – pelo menos até agora. Servirá de anteparo para a presença espectral do presidente. Seria bom se as concessões pudessem ser agilizadas, sem dúvida. Algumas sairão até o fim do ano, mas bem menos do que o esperado. Há travas estruturais para que se chegue ao ritmo adequado dos leilões. Meirelles tem basicamente os instrumentos de crédito na mão. E é com eles que vai a animar a economia na medida do restrito possível. Vai ter BNDES para os empresários – o banco tem um caixa livre ainda razoável.

Vai ter recurso para as pequenas e médias empresas. Vai ter Caixa Econômica e Banco do Brasil para os consumidores. Vai ter financiamento para habitação e construção civil. Algo de parecido com o que fez o desesperado governo de Dilma Rousseff pouco antes do impeachment. Sem o disparate fiscal, é claro. Henrique Meirelles vai jogar um “rouba montinho” dos orçamentos. Talvez deixe algum esqueleto para ser somado ao déficit primário de R$ 122 bilhões já projetado para 2018. Talvez antecipe um recurso ali e dê acesso a outro acolá. O certo é que o ministro da Fazenda vai entregar algum alívio. Do jeito que está, não dá! O país está insuportável!

#Henrique Meirelles

Venda da Estre Ambiental é um rio contaminado pela Lava Jato

6/06/2017
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O empresário Wilson Quintella Filho tem duas prioridades cruciais neste momento: desvencilhar-se da Lava Jato, que insiste em arrastá-lo para o seu redemoinho, e encontrar um comprador para a Estre Ambiental, uma das maiores empresas privadas de saneamento do país. A primeira questão interfere decisivamente na segunda. Interessados na companhia existem. Segundo o RR apurou, há canais abertos de negociação com a espanhola Acciona e a canadense Brookfield.

A mexicana Pasa, que no ano passado esteve muito perto de se associar à Estre, ainda corre por fora. No entanto, mais do que a elevada dívida, que já estaria na casa de R$ 1,5 bilhão, a pressão dos bancos credores e os maus resultados da companhia, o maior entrave à venda do controle vem de outra direção. Todos os resíduos e dejetos da Estre Ambiental parecem escoar para um único local: Curitiba.

O turbilhão da Lava Jato ameaça invadir a Estre dos mais diversos lados. Pode vir dos depoimentos de Fabio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa e ex-gestor do FI-FGTS, ao qual a companhia solicitou um aporte de R$ 500 milhões, que acabou não se realizando; ou de uma eventual delação do próprio Eduardo Cunha, o condutor dos passos de Cleto, a quem, digamos assim, recomendou que aprovasse a capitalização da empresa. O maior risco, no entanto, está dentroda própria Estre: o BTG, importante sócio da companhia, com 27,4% do capital.

Os persistentes rumores de que André Esteves já teria feito um acordo de delação premiada calam fundo em Wilson Quintella. É por ali que um veio de lama pode invadir os reservatórios da Estre. Enquanto a venda não sai e o fantasma da Lava Jato espreita à porta, a Estre Ambiental acumula prejuízos.

Até o momento, a empresa não divulgou os resultados de 2016, mas é pouco provável que tenha conseguido estancar a sangria dos anos anteriores: as perdas somadas entre 2013 e 2015 passaram dos R$ 800 milhões. O passivo, por sua vez, teria superado a marca de 3,5 vezes o Ebitda. Wilson Quintella Filho quer distância desta água barrenta. Por todos os motivos.

#Brookfield #BTG #Estre Ambiental #Lava Jato

Fornada do FI-FGTS

4/05/2017
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O FI-FGTS, administrado pela Caixa Econômica, deverá liberar até o fim do mês um pacote de financiamentos para projetos na área de infraestrutura em torno de R$ 6 bilhões.

#Caixa Econômica #FI-FGTS

Otimismo pré-datado

3/05/2017
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O RR assiste a uma reversão de expectativas edulcoradas pelos economistas nas páginas dos jornais. Mas, estranho, as previsões de agora são as mesmas das primeiras entrevistas de Henrique Meirelles em 2016: crescimento rodando em 2,5% do PIB no último trimestre de 2017 e uma expansão de 4% do PIB em 2018, tudo por causa das reformas, dos estoques baixos da economia no fundo do poço, dos sagues das contas inativas do FGTS etc. etc. etc. Ninguém fala nos efeitos de uma provável empinada do desemprego – pelo menos neste ano -, impacto da Lava Jato, aumento do risco Brasil em função do ambiente político conturbado em 2018, “Efeito Trump” na economia internacional, queda dos investimentos devido à incerteza eleitoral etc. etc. etc. Os economistas já mudaram suas previsões diversas vezes nesse período. Afinal de contas, o que são previsões se não bolhas de sabão. Tomara que estejam certos.

#FGTS #Henrique Meirelles #PIB

Voltando para o azul

25/04/2017
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O FI-FGTS, antigo cluster de Eduardo Cunha, voltou a operar no azul. Em 2015, a carteira de ativos registrou um prejuízo de R$ 900 milhões.

#Eduardo Cunha #FI-FGTS

Crônicas do calote contra a previdência e o trabalho

13/03/2017
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Ao contrário do Campeonato Carioca, no qual ocupa até o momento o nada honroso último lugar entre os times grandes, o Botafogo de Futebol e Regatas ascende, devagar e sempre, no ranking dos maiores devedores do FGTS no país. Segundo levantamento feito pela Advocacia Geral da União (AGU), o clube alvi-negro passou de 12° para 11° lugar na lista dos 20 maiores inadimplentes da poupança de garantia trabalhista, com um débito de R$ 49 milhões. Da lista dos 20 maiores caloteiros do FGTS, não consta nenhum outro clube de futebol.

Notório caloteiro, já devidamente criminalizado e condenado, o Instituto Candango de Solidariedade (ICS) continua aumentando espetacularmente sua dívida com a Previdência Social. No último levantamento da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional sobre os 500 maiores devedores, chegou ao 8° lugar, com um passivo previdenciário de R$700,351 milhões. O Candango, que já foi até fechado, ficou famoso por ser “laranja” de Joaquim Roriz, que desviava recursos públicos através da egrégia instituição. Roriz foi governador do DF por quatro mandatos.

Um trio fabuloso de bancos espera a regularização dos leilões da dívida ativa do governo para fazer suas ofertas por três dos maiores parasitas tributários do país: as massas falidas da Varig, Transbrasil e Vasp. As três ocupam posição de destaque entre as maiores devedoras de impostos. Mas possuem, em média, cerca de R$ 6,5 bilhões para receberem cada uma, com sentenças já transitadas em julgado no TRF 1a Região, relacionadas à defasagem tarifária. Os precatórios podem valer bem mais dependendo do desconto que o governo vier a conceder à divida ativa.

#Botafogo de Futebol e Regatas #FGTS

MRV vai aonde o Minha Casa está

9/03/2017
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No embalo da nova fase do Minha Casa, Minha, Vida e da liberação de recursos do FGTS, a MRV está investindo R$ 400 milhões na compra de terrenos para a construção de habitações populares. Uma demonstração do apetite da construtora pelo segmento será dada amanhã, com o lançamento de um empreendimento com 7,5 mil apartamentos para a população de baixa renda em Pirituba, Zona Norte de São Paulo. Com 90% do seu faturamento dependentes do Minha Casa, Minha Vida, não admira que Ruben Menin, dono da MRV, costume tecer loas ao governo de Michel Temer e, em especial, ao ministro Henrique Meirelles nos eventos do setor.

#FGTS #Minha Casa Minha Vida #MRV

Sob medida

7/03/2017
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Os nove processos de investigação abertos pela Caixa Econômica para apurar irregularidades no FI-FGTS perigam acabar em pizza. Por ora, todos apontam em uma única e conveniente direção: o ex-vice-presidente e delator Fabio Cleto. Consultada, a Caixa diz apenas que “está em contato permanente com as autoridades”.

#Caixa Econômica #Fabio Ferreira Cleto #FI-FGTS

FGTS: um estalinho na economia

9/02/2017
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Em relatório enviado a grandes clientes na semana passada, o Santander rebateu o discurso do governo de que a liberação das contas inativas do FGTS dará um gás à economia. Segundo o banco espanhol, a medida terá um impacto “modesto” sobre o PIB, algo em torno de 0,25% sobre a taxa deste ano e de 0,17% sobre o resultado de 2018. Não obstante o estoque total das contas inativas, de R$ 41,4 bilhões, a instituição alerta que a liberação dos recursos será diferida ao longo de 12 meses, apenas nas datas de aniversário dos correntistas. Além disso, crava que boa parte do dinheiro não será destinada ao consumo direto, por conta do alto desemprego. O banco espanhol também se mostra cético quanto à contribuição da medida para a redução da inadimplência, como apregoa o governo. O relatório lembra que cerca de cerca de R$ 20 bilhões estão concentrados em 1% das contas e pertencem à faixa de trabalhadores com maior nível de empregabilidade, menos expostos a dívidas. Em tempo: espera-se que, desta vez, nenhum analista do Santander seja demitido por confrontar o governo.

#FGTS #PIB #Santander

Fato raro: o governo foi rápido no gatilho

6/02/2017
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Com o novo pacote de estímulo o financiamento habitacional, que inclui a criação de mais uma faixa no Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e a ampliação do uso do FGTS, o governo espera aparar arestas que ele próprio criou no setor. Grandes incorporadoras imobiliárias à frente do MCMV, como MRV e Gafisa/Tenda, ameaçaram pisar no freio depois das recentes mudanças nas regras do FGTS. Em dezembro, a Fazenda anunciou a liberação os saques de contas inativas do Fundo, reduzindo a oferta de recursos para o crédito imobiliário.

#FGTS #Gafisa #Minha Casa Minha Vida #MRV

Segundo ato

17/01/2017
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Além da operação da última semana contra Geddel Vieira Lima, a delação do ex-vice-presidente da Caixa Econômica – Fabio Cleto ainda deverá render um rescaldo nos próximos dias. Os alvos são empresas da área de infraestrutura que bateram à porta do FI-FGTS.

#Caixa Econômica

Efeito dominó

29/12/2016
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A delação do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fabio Cleto está permitindo à Lava Jato montar um novo e instigante quebra-cabeças: as peças revelam as relações entre empresas interessadas em obter recursos do FI-FGTS, administrado pela Caixa, e uma miríade de parlamentares que orbitavam em torno de Eduardo Cunha.

#Caixa Econômica #FI-FGTS #Lava Jato

FGTS, uma questão de fundo

26/12/2016
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Até o fechamento da edição da última sexta-feira, o RR não tinha tido acesso à mudança da mudança do saque no FGTS, que tanto irritou Henrique Meirelles. O RR publicou a primeira versão, de que o saque não poderia ser superior a R$ 1 mil por trabalhador apud Meirelles. Influenciado pelos ministros da casa, Moreira Franco e Eliseu Padilha, Temer liberou o saque do FGTS, mas restrito às contas inativas.

O presidente foi convencido pelo argumento de que, se não tomasse uma decisão mais otimizante contemplando o trabalhador, ficaria marcado como o comandante-em-chefe do pior Natal do povo brasileiro. Em tempo: os empresários da construção chiaram porque terão menos recursos para financiar as obras – e menos construção pesada é menos emprego. Os banqueiros não falaram nada, mas adoraram, pois as medidas parecem ter sido feitas sob medida para reduzir a inadimplência. O dinheiro começa a pingar só a partir de fevereiro.

#FGTS #Henrique Meirelles #Michel Temer #Moreira Franco

Os pacotes e pacotinhos de papelão de Michel Temer

23/12/2016
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Nas duas últimas semanas, Michel Temer lançou mão do velho expediente de anunciar pacotes de medidas econômicas com objetivo de mudar a impressão de que só sentou na cadeira da presidência para fazer da bela Marcela a Primeira Dama. Não conseguiu. Foram dois pacotes e um pacotinho, fora o projeto com as exigências para que os governos estaduais tenham acesso às bondades do Tesouro e a Lei de Recuperação dos Estados, devidamente detonado pela Câmara. A ver agora como os estados se enquadram na PEC do Teto.

Temer gastou munição em cerca de 50 medidas: as já prontas, vocalizadas por um esgoelado e nitidamente cansado Henrique Meireles; as inacabadas, que ajudaram a adensar o pacote; e as no terreno das intenções, voltadas, sobretudo, a polir as expectativas. Todas as iniciativas são de cunho microeconômico e, de uma maneira geral, estão na direção correta. Mas são medidas “meia bomba”, de impacto somente no médio e longo prazos, com forte potencial de rejeição pelo trabalhador (a desconstrução mimetizada da CLT) e que nem sequer arranham a recessão.

O governo procurou focar em novos mecanismos para refinanciamento ou renegociação de dívidas. Na direção certa, repita-se. Mas em escala insignificante para o elevadíssimo nível de endividamento da história desse país. É bem verdade que na véspera do Natal o governo anunciou um refresco de até R$ 1 mil nos saques do FGTS. O alívio maior do débito do consumidor parece ter ficado para 2017, em outro pacote ou pacotinho. Com o desemprego crescente – as projeções já apontam uma taxa de 13,5% –, o investimento em queda, os pátios da indústria repletos de estoques e a retração do consumo atingindo também fortemente o comércio, a volta do cidadão às compras, assim como o futuro, parafraseando Althus-ser, pode demorar muito ainda. Sem querer fritar ninguém, talvez fosse a hora de experimentar o receituário de Armínio Fraga, que, em essência, é 90% da fórmula de Joaquim Levy com 10% do pernosticismo tucano. Se, no momento, não há alternativa à ortodoxia econômica, ao menos que seja uma “ortodoxia de resultados”.

#FGTS #Henrique Meirelles #Michel Temer #PEC do Teto

O decálogo de “cacarecos” de Henrique Meirelles

7/12/2016
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O embrulho de medidas contra a recessão em fase de finalização na Fazenda é constituído pelo que Henrique Meirelles chama de “cacarecos”. Até a marketada de lançá-lo como um decálogo para o resgate do crescimento econômico remonta à época dos pacotes, quando os governos em desespero despejavam, emergencialmente, um toró de medidas salvacionistas. As ações pré-natalinas pretendidas, à exceção de uma ou duas, são uma colcha remendada com retalhos do passado e sugestões de terceiros.

Para quem assumiu a Pasta da Fazenda como um esteio para a credibilidade tíbia de Michel Temer, as derrotas dos últimos dois meses são mesmo de aumentar a calvície. Mas é o que se tem. E Meireles é um pragmático. O decálogo de medidas milagrosas em linhas gerais seria o seguinte:

  1. Redução do compulsório sobre os depósitos bancários para refinanciamento da dívida de empresas e pessoas físicas. Sugestão de Roberto Setubal, que vai contra a contenção da liquidez planejada por Henrique Meirelles como núcleo do ajuste.

 

  1. Queda mais acentuada da Selic. Sugestão de Deus e o mundo. Pressupõe uma série de reduções de 0,5% na Selic a partir do próximo Copom.

 

  1. Recuo progressivo das altas na TJLP. Uma taxa mais baixa estimularia os empresários a buscarem o dinheiro empoçado no banco. Sugestão de Paulo Skaf.

 

  1. Desonerações tributárias seletivas. O objetivo seria atrelar as bondades aos novos investimentos e aumento de empregos. A medida seria financiada com a extinção das “más desonerações” e parte dos impostos e multas da segunda parte da repatriação. Sugestão do IEDI e do pessoal da indústria.

 

  1. Utilização dos recursos do FGTS no financiamento de obras de infraestrutura. Sugestão de Guido Mantega, ontem, hoje e sempre.

 

  1. Emissão de títulos públicos para garantia cambial dos investimentos. Não se sabe ainda quem emitiria esses títulos, se o BNDES, Banco do Brasil etc. Sugestão da Câmara de Comércio Americana e de 10 entre 10 investidores estrangeiros.

 

  1. Novas facilidades para o crédito consignado. O governo quer aumentar o crédito popular. O FGTS, via Caixa Econômica Federal, seria usado como hedge do trabalhador. Há quem diga que a medida pode levar o trabalhador a trocar poupança por consignado.

 

  1. Lei de Recuperação Judicial dos Estados. Algo na linha, devo, não nego, pago quando puder, o que faria o dinheiro fluir nas unidades federativas. Tem de ser feita, não é um retalho. Sugestão de Pezão, em primeiro, e dos demais governadores, em segundo.

 

  1. Securitização da dívida ativa. Trata-se de uma iniciativa para ontem, pois seus recursos podem financiar algumas das outras medidas já citadas. Sugestão de Joaquim Levy, na sua gestão na Fazenda.

 

  1. Rodada de investimentos sociais (habitação popular, energia para todos, bolsa família etc.). Algum recurso seria pescado do orçamento deste ano (como se sabe, Henrique Meirelles inflou a projeção de déficit primário para ter alguma sobra para os restos a pagar e os “cacarecos”). A medida seria anunciada com pompa e um reforço do compliance, ou seja, na gestão anterior era dado e desviado, agora é dado, fiscalizado e usufruído. Sugestão de Geddel Vieira Lima.

Obs: As medidas microeconômicas em gestação no governo – ajustes regulatórios, extinção da obrigatoriedade da compra de equipamentos de fabricação doméstica, desapropriação de imóveis, revisão de incentivos fiscais etc – são corretas e podem mexer positivamente nas expectativas, ainda que não tenham maior impacto antirrecessivo no curto prazo. O risco é o governo incorrer na quebra de contratos. Se depender de opiniões como a do economista Marcos Lisboa, o governo deve ir com tudo porque não há recursos. Mas devagar com o andor. Não há receita de ajuste fiscal nem monetário que rearrume uma economia ferida pela quebra de contratos juridicamente perfeitos.

#Henrique Meirelles

Um novo mergulho

27/09/2016
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 A Caixa Econômica estaria contratando uma auditoria externa para mergulhar nos contratos de financiamento firmados por meio do FI-FGTS , administrado pelo banco. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Caixa Econômica.

#Caixa Econômica #FI-FGTS

Bullets

19/09/2016
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 José Serra pretende não só participar do road show dos outros ministros no exterior, mas também organizar os seus individuais. Desafia quem vai captar mais.  Se a República de Curitiba quiser depurar suas investigações na Lava Jato, recomenda-se ouvir o presidente da PwC, Fernando Alves, um expert em Odebrecht e Petrobras.  Geraldo Alckmin trabalha junto ao Planalto para que recursos do FI-FGTS também sejam usados na venda de concessões estaduais. Puxa a brasa para a sua Cesp .  

#Cesp #Geraldo Alckmin #Lava Jato #Odebrecht #Petrobras #PwC

Dívidas na grade curricular

31/08/2016
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 Os problemas financeiros da Ulbra parecem não ter fim. Após um intenso programa de cortes de custos, com vendas de imóveis, demissões e até fechamento de cursos, o grupo universitário gaúcho ainda tem um caminhão de abacaxis para descascar. As medidas de austeridade cortaram R$ 1 bilhão do endividamento, mas não resolveram a situação. A Ulbra é uma das campeãs em dívidas com a Previdência – aproximadamente R$ 1,5 bilhão –, sem contar pagamentos atrasados com fornecedores e com o FGTS. A dívida total chega perto de R$ 2,5 bilhões. • Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Ulbra.

#Ulbra

Fundo perdido

31/05/2016
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 PMDB e PP, do novo presidente da Caixa Econômica, Gilberto Occhi, se engalfinham pelo direito de emplacar o maior número de representantes no conselho gestor do FI-FGTS. O que está em jogo é o controle de um caixa de R$ 23 bilhões disponíveis para novos investimentos em infraestrutura.

#Caixa Econômica

“Governo Cunha” avança novas jardas

20/05/2016
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  A cada dia que passa, Eduardo Cunha amplia seu raio de ação e estende um novo tentáculo no governo Michel Temer. Cunha mira agora nos bancos estatais. Na Caixa Econômica Federal, a bola da vez é o deputado Manoel Junior (PMDB-RJ), forte candidato à vice-presidência de Operações Corporativas. O parlamentar carrega como maior credencial para o cargo o fato de ser um dos mais fiéis aliados de Cunha no Congresso. Ao mesmo tempo, o presidente afastado da Câmara estaria cavando uma diretoria do Banco do Brasil para o executivo Joaquim Cruz, funcionário de carreira da instituição. Neste caso, a indicação pode ser atribuída a um “consórcio” entre Cunha e Ciro Nogueira, presidente do PP. Foi o próprio Nogueira que há cerca de dois meses garantiu a nomeação de Joaquim Cruz para a diretoria de negócios do Banco do Nordeste .  O que mais chama a atenção é a investida de Eduardo Cunha sobre a Caixa Econômica. Caso se confirme, a nomeação de Manoel Junior configurará caso de reincidência. Durante o governo Dilma Rousseff, Cunha manteve os dois pés no banco com a presença de Fabio Cleto na vice-presidência de Governo e Loterias. Deu no que deu. Hoje, Cleto negocia um acordo de delação premiada com a Lava Jato. Ele já teria confirmado aos procuradores de Curitiba que Eduardo Cunha recebia propina de empresas beneficiadas com recursos do FI-FGTS, fundo administrado pela Caixa.

#Banco do Nordeste #Caixa Econômica #Eduardo Cunha #FI-FGTS #Lava Jato #Michel Temer

Profundezas

3/05/2016
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 Em sua delação premiada, o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fabio Cleto teria mergulhado nas relações entre Eduardo Cunha e Emival Caiado, primo do senador Ronaldo Caiado e dono da usina eólica Rialma. Cleto, homem de confiança de Cunha na CEF, era um dos gestores do FI-FGTS quando o fundo liberou R$ 571 milhões para a geradora.

#Caixa Econômica #FI-FGTS #Rialma

Invepar é um risco para os fundos de pensão

23/03/2016
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 A venda de parte da Invepar deverá deflagrar uma sangrenta batalha nos tribunais. Segundo o RR apurou, as principais entidades que representam os participantes dos três maiores fundos de pensão do Brasil – Associação de Mantenedores-Beneficiários da Petros (Ambep), Associação de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (AAPBB) e Associação Nacional Independente dos Participantes e Assistidos da Funcef (Anipa) – pretendem entrar na Justiça. O objetivo é impedir que as fundações exerçam o direito de preferência sobre a participação da OAS e aumentem sua fatia no capital da Invepar. Procurada, a Ambep confirmou que “está participando de ações que defendem o patrimônio do Petros e mantém contatos para mobilizar os participantes da Previ e da Funcef”. A Anipa, por sua vez, disse “não participar da referida articulação”. Já a AAPBB não quis se pronunciar.  No caso de um novo aporte de capital na Invepar, a conta a ser compartilhada pelos três fundos de pensão seria de R$ 1,3 bilhão. Entre os beneficiários das fundações, o temor é que Previ, Petros e Funcef sejam quase que obrigadas a engolir esse batráquio pelas mais variadas motivações. Uma delas: por vias oblíquas, a compra da participação da OAS na Invepar permitiria à construtora honrar uma dívida de R$ 330 milhões com o FIFGTS, administrado pela própria Caixa Econômica. A probabilidade de a batata quente da Invepar cair no colo dos três fundos de pensão aumentou consideravelmente nos últimos dias, após uma sequência de frustradas negociações. Primeiro, a Brookfield desistiu de assumir a participação da OAS. As ações foram a leilão na semana passada, mas não apareceu um só candidato. O plano de recuperação judicial da OAS prevê a hipótese de transferência do ativo para os credores da empreiteira. Antes, no entanto, as ações terão de ser oferecidas a Previ, Petros e Funcef, que possuem direito de preferência. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Previ, Petros e Funcef.

#Brookfield #Caixa Econômica #FI-FGTS #Invepar #OAS

Sorte ou revez

25/02/2016
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 Paulo Furtado, escolhido para comandar o encalacrado Postalis, tem a sina de estar no lugar errado na hora errada. Ele era conselheiro do FI-FGTS quando o Ministério do Trabalho desbaratou um esquema para a aplicação irregular de recursos do fundo.

#FI-FGTS #Postalis

Estre Ambiental é um copo cheio de impurezas

11/02/2016
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  Acusação de sonegação de impostos da ordem de R$ 110 milhões pelo Ministério Público Federal em São Paulo, cadeira cativa na Operação Lava-Jato, queda de receita, prejuízos, alto endividamento. A água da Estre Ambiental é imprópria para consumo humano. O empresário Wilson Quintella vê o que já foi um dos maiores grupos privados de serviços ambientais do país se evaporar sem encontrar uma solução para a encruzilhada em que o negócio se encontra. Uma parte expressiva dos contratos de concessão vence nos próximos 12 meses. A dívida de quase R$ 2 bilhões exige novos aportes de capital no curto prazo. De “dentro de casa”, o dinheiro dificilmente virá. A Angra Partners, dona de 8% do capital, não está disposta a colocar mais recursos na Estre e dá sinais de que quer pular fora do negócio. O BTG, então, nem se fala. Neste momento, o banco, que detém 32% da companhia, mal consegue ajudar a si próprio. Quintella foi buscar uma saída da porta para fora da empresa. Nos últimos meses, vem tentando fisgar um novo investidor, até o momento sem sucesso. As recentes gestões com a GP Investments e a espanhola GS Inima, que comprou recentemente ativos de saneamento do grupo OAS, esbarram na intransigência do empresário, que quer permanecer no negócio como um acionista relevante e tomar conta da gestão.  Wilson Quintella não se dá por vencido. Cria do ex-rei da soja, o falecido Olacyr de Moraes, de quem foi sócio na Constran – posteriormente comprada pela UTC (incrível como as águas da Lava-Jato sempre se encontram em algum ponto) –, o empresário já virou o jogo diversas outras vezes na vida. Às vezes, quando o jogo sequer havia começado. Do zero construiu uma holding na área de saneamento e serviços ambientais com 17 centros de tratamento de resíduos no Brasil, Argentina e Colômbia e faturamento de R$ 2,5 bilhões ao ano. Mas hoje as circunstâncias lhe são cada vez menos favoráveis. O alívio poderia vir do fundo FIFGTS, ao qual a Estre Ambiental solicitou um aporte da ordem de R$ 500 milhões. No entanto, o processo está parado no conselho curador do Fundo desde 2014 e não há qualquer previsão para ser concluído, ainda mais com a Lava-Jato no encalço da Estre e de Quintella.  A empresa Estre Ambiental não retornou ou não comentou o assunto.

#Angra Partners #BTG Pactual #Estre Ambiental #GP Investimentos #Lava Jato

Venda da Embasa

22/12/2015
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 Consta nos búzios, garantem os Orixás que o governador da Bahia, Rui Costa, pretende vender até 49% da Embasa. Com os cortes no orçamento público, a entrada de um novo sócio é vista pelo governo baiano como a forma de garantir o programa de investimentos da estatal e a extensão da rede de saneamento no estado. Uma das hipóteses sobre a mesa é uma operação com o FI-FGTS, da Caixa Econômica, que compraria debêntures conversíveis em ações da Embasa. Procuradas pelo RR, o Governo da Bahia não comentou o assunto.

#Caixa Econômica #Embasa #FGTS

Saneamento

7/12/2015
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 Além da capixaba Cesan, que está prestes a captar cerca de R$ 400 milhões, a Sanepar tenta atrair o FI-FGTS para o seu capital.

#Cesan #Sanepar

Eduardo Cunha resiste na base aliada na Caixa Econômica

9/09/2015
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Há um enigma na Caixa Econômica Federal, um mistério que atende pelo nome e sobrenome de Fabio Ferreira Cleto, vice-presidente de Governo e de Loterias da instituição. Seus próprios pares na diretoria da Caixa se perguntam: até quando Cleto, uma notória extensão de Eduardo Cunha, se manterá intocado no alto-comando do segundo maior banco público do país? Sai executivo, entra executivo e o tentáculo do presidente da Câmara dos Deputados segue com suas ventosas presas ao cobiçado cargo. Aliás, dois cobiçados cargos. Cleto tem assento também no conselho do FI-FGTS. É, portanto, uma das 11 vozes que decidem o destino dos mais de R$ 32 bilhões em recursos do Funde Investimento reservados para projetos de infraestrutura. Entredentes, seus pares no conselho do FI-FGTS se referem a Cleto como “o quinta coluna”. Em julho, quando as relações entre o nº 1 da Câmara dos Deputados e o Planalto já tinham avinagrado de vez, o vice-presidente da Caixa foi o único conselheiro a votar contra o repasse de R$ 10 bilhões do fundo para o BNDES. Perdeu por 10 a um, porém, mais uma vez, não desperdiçou a chance de demonstrar enorme fidelidade ao seu fiador. Na Caixa Econômica, havia a expectativa de que Fabio Cleto pudesse receber o bilhete azul há cerca de duas semanas, quando foram anunciadas novas mudanças na gestão do banco. No entanto, seu nome passou longe da canetada que, de uma só vez, exonerou três vice-presidentes – José Urbano Duarte, José Carlos Medaglia Filho e Sergio Pinheiro Rodrigues. Assim tem sido desde que o governo iniciou a dança das cadeiras no banco. Não é por falta de tentativas em contrário. A própria presidente da Caixa, Miriam Belchior, tratou diretamente da saída de Clero com o ministro Aloizio Mercadante, que tem centralizado as articulações políticas para a montagem da nova diretoria do banco. No entanto, por ora o executivo sobrevive ao troca-troca. Não se sabe se pela ação de forças ocultas, se por mais uma demonstração de inércia do próprio governo ou se, quando o assunto é Caixa Econômica, a prioridade de Mercadante é trabalhar pela permanência de Marcio Percival. Homem forte da área de finanças do banco, Percival foi indicado ao cargo pelo ministro da Casa Civil. * A Caixa não retornou ao contato do RR.

#Aloizio Mercadante #BNDES #Caixa Econômica #Eduardo Cunha #Fabio Ferreira Cleto #FI-FGTS

Queiroz Galvão

4/11/2014
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O Fundo de Investimento do FGTS deverá anunciar em breve um aporte de até R$ 600 milhões na Queiroz Galvão Energias, colocando um ponto final numa novela que já dura quase um ano. Os recursos serão usados em projetos de energia eólica.

Trem pagador

2/07/2014
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O governo promete usar de tudo que é alavanca financeira para desemperrar a licitação da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico). Além da garantia de financiamento do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica, há uma articulação para que o FI-FGTS entre no equity do consórcio vencedor do leilão. O fundo administrado pela própria Caixa deverá ter algo entre 10% e 15% do capital.

Cais do porto

4/11/2013
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A Dubai Ports World e o fundo FI-FGTS estão se juntando para a compra de terminais portuários na Amazônia.

Sete Brasil perfura ainda mais o caixa dos acionistas

31/10/2013
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As sondas da Sete Brasil já estão funcionando. Pelo menos para atingir as mais profundas camadas do caixa de seus acionistas, sobretudo os ligados ao governo. De um jeito ou de outro, praticamente todo o funding necessário para a execução do plano de investimentos da companhia – leia-se a construção de 29 sondas, ao superlativo custo de US$ 25 bilhões – virá de agentes públicos. Além dos US$ 6,3 bilhões obtidos no âmbito do Fundo da Marinha Mercante (FMM) e do empréstimo de US$ 9 bilhões do BNDES, há uma negociação para que Previ, Funcef e FI-FGTS façam um novo aporte de capital na empresa. Ao lado da Petrobras, as duas fundações e o fundo administrado pela Caixa figuram entre os principais acionistas da companhia, com mais de 40%. Segundo uma fonte ligada a  Funcef, a capitalização pode chegar aos US$ 3 bilhões. Uma vez confirmada, a operação significará a diluição da participação dos acionistas privados, entre eles BTG Pactual, Santander e Global Energy Partners. O mesmo se aplica a  Petrobras, que já admitiu publicamente a intenção de reduzir sua fatia no negócio. A Sete Brasil nasceu sob a égide de ser o grande fornecedor nacional de sondas para a indústria de exploração e produção de petróleo. Este propósito, é bom que se diga, segue de pé. No entanto, mais do que uma escolha, o governo hoje se vê forçado pelas circunstâncias a usar de farta munição financeira para garantir o cumprimento do plano de negócios da companhia. Vencedor ou não, é o cavalo que conduz o jóquei. O motivo é a Petrobras. Quase toda a carteira de pedidos da Sete Brasil esta pendurada na estatal. O receio do governo é que qualquer contratempo na entrega dos equipamentos comprometa a operação da Petrobras. Tanto que existe ainda a possibilidade de o próprio BNDES entrar também no equity do negócio – ver RR edição nº 4.668. Do valor total previsto no plano de negócios da companhia, cerca de um quarto, ou aproximadamente US$ 5 bilhões, virão do caixa da Sete Brasil. Após fechar os empréstimos do BNDES e do Fundo da Marinha Mercante – e somando-se também os recursos próprios – , os acionistas da empresa avaliaram a possibilidade de buscar no mercado os outros US$ 5 bilhões que faltavam para fechar a conta de US$ 25 bilhões. No entanto, teriam recuado diante da conjuntura pouco favorável. Com o eventual aporte liderado por Previ, Funcef e FIFGTS, o valor ainda a descoberto cairia para a “ninharia” de US$ 2 bilhões, montante que deverá ser obtido junto a bancos internacionais.

Grupo Espírito Santo

29/08/2013
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Já foi maior o entusiasmo do Grupo Espírito Santo com seus negócios em energia no Brasil. Os portugueses estariam dispostos a reduzir sua participação na Energias Renováveis do Brasil (ERB), sociedade com o FI-FGTS. O grupo tem 25% do capital por meio da Rio Forte Investments. A inapetência lusitana é proporcional a  necessidade de aportes na ERB. Os projetos em curso na empresa exigem cerca de R$ 500 milhões em recursos. Procurado, o grupo não quis comentar o assunto.

Acervo RR

EDF e Iberdrola levam energia Á  ERB

16/01/2013
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Mudanças a  vista no capital da Energias Renováveis do Brasil (ERB). A Rio Forte Investments, do Grupo Espírito Santo, e o Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), que já desembolsaram R$ 120 milhões, costuram a entrada de dois pesos-pesados no negócio. Trata-se da Iberdrola e da EDF. Segundo informações filtradas junto a  própria ERB, as negociações com franceses e espanhóis têm sido mediadas pelo Espírito Santo. Ao fim da reestruturação, cada sócio deverá ficar com 25% do capital. De acordo com a mesma fonte, a operação deverá ser sacramentada mediante um aporte de capital da EDF e da Iberdrola no valor de aproximadamente R$ 500 milhões. Procurada, a ERB negou a operação. A chegada dos dois grupos europeus traz junto a promessa de que, enfim, a ERB vai deslanchar. Por ora, trata-se de uma empresa de um só projeto. Criada em 2008, a companhia conseguiu fechar apenas a construção de uma usina nas instalações da Dow em Candeias (BA). Ainda assim, a geradora só deverá gerar receita a partir de 2014. Empreendimentos a  espera dos recursos da EDF e da Iberdrola não faltam. Há mais de 20 projetos de construção de usinas engatilhados na ERB, tudo no papel. Boa parte deles envolve geradoras a  base de biomassa.

Acervo RR

Saneamento é a nova obra da OAS

30/03/2012
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O empreiteiro Cesar Mata Pires vai acelerar o projeto de diversificação da OAS. O alvo da vez é a área de saneamento. A empresa abriu conversações com a Caixa Econômica Federal para investimentos conjuntos no setor. A operação deverá passar pela criação de uma empresa de participações. A CEF entrará no negócio por meio de um dos fundos de infraestrutura com recursos do FGTS que são administrados por ela. De acordo com informações filtradas junto a  própria OAS, a construtora terá dois terços do capital; o banco entrará com o restante. Existem planos, inclusive, de IPO desta nova empresa na Bolsa de Valores. Cesar Mata Pires foi beber em outras águas baianas. O modelo de negócio é similar ao da Foz do Iguaçu, empresa criada em parceria entre a Odebrecht e o fundo de investimentos FI FGTS. O foco da OAS é a compra de participações em concessionárias estaduais ou até mesmo municipais de médio porte, notadamente em regiões menos cobiçadas por outros grandes investidores privados do setor. É o caso, por exemplo, da Saneago. A empreiteira já teria sinalizado ao governo de Goiás o interesse em disputar a compra da empresa. O governador Marconi Perillo pretende privatizar a companhia até o início de 2013. Outra concessionária na mira da OAS.

Acervo RR

Caixa Econômica põe mais cimento no crédito imobiliário

24/08/2011
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A Caixa Econômica Federal vai colocar mais lenha na fornalha do crédito imobiliário. Ao contrário do que dizia o velho Marx, nem sempre a história se repete sob a forma de farsa. A exemplo do que ocorreu em 2008, a presidente Dilma Rousseff determinou que o banco amplie consideravelmente a concessão de financiamento no setor. O objetivo é compensar a iminente retração da oferta de recursos por parte das instituições privadas em decorrência da nova crise nos mercados mundiais. O presidente da CEF, Jorge Hereda, teria se reunido na semana passada com Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega para tratar dos detalhes da tour de force. A Caixa Econômica deverá fechar o ano com quase R$ 110 bilhões em empréstimos imobiliários. Este valor representa um acréscimo de mais de 20% sobre a última projeção, que havia sido anunciada há cerca de um mês (R$ 90 bilhões). Se a cifra for comparada com a primeira estimativa divulgada pela CEF, o salto é ainda maior: o banco começou o ano com a projeção de liberar aproximadamente R$ 70 bilhões em crédito imobiliário. Funding, a princípio, não é problema. Pelas contas da Caixa, ainda há um excedente anual em torno de R$ 25 bilhões em recursos do FGTS. Há folga também para o uso de dinheiro da caderneta de poupança. Como não poderia deixar de ser, boa parte dos holofotes do Planalto está voltada para o -Minha Casa, Minha Vida-. As concessões no âmbito do programa deverão fechar o ano acima de R$ 45 bilhões – a meta inicial não passava dos R$ 32 bilhões. Ressalte- se ainda que até outubro a Caixa vai dar a partida nas liberações dentro do -Minha Casa, Minha Vida 2- em um primeiro momento, serão beneficiados os tomadores na faixa de um a três salários mínimos. Paralelamente, a direção da Caixa Econômica trabalha em algumas medidas com o objetivo de ampliar o seu balcão para a oferta de crédito imobiliário. Entre outras ações, o banco pretende fechar acordos com imobiliárias para a concessão direta de empréstimos na -boca do caixa-. Ressalte-se que há seis meses a Caixa já mantém uma operação experimental deste modelo de negócio com cerca de 300 corretoras de imóveis em São Paulo. Sua intenção é ampliar este número para mil imobiliárias até dezembro, entrando em outras capitais.

Santo Antônio

5/07/2011
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A Cemig, dona de 10% do consórcio que vai construir a hidrelétrica de Santo Antônio, está doida para aumentar seu quinhão no negócio. Mira nas ações pertencentes ao Fundo de Investimentos e Participações Amazônia Energia. Formado com recursos do banco português Banif e do FI FGTS, leiase Caixa Econômica, o fundo tem 20% das ações.

Acervo RR

CEF deságua na Embasa e na Compesa

1/09/2010
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As concessionárias de saneamento agradecem. A Caixa Econômica Federal começa a abrir as torneiras do Fundo de Investimento em Cotas (FIC-FGTS), que demorou mais de um ano para ser aprovado pelo Conselho Curador do FGTS e regulamentado pelo próprio banco. A CEF está em negociações com a baiana Embasa e a pernambucana Compesa. O projeto prevê a compra de participações nas duas empresas com recursos do FIC-FGTS. A expectativa no banco é que as duas operações sejam fechadas até novembro. Nos dois casos, a fatia acionária não deverá passar dos 25%. A Caixa terá direito a indicar um conselheiro e um nome para a diretoria executiva das duas empresas. Mais quatro concessionárias estaduais estão em conversações com a CEF. Uma delas é a paraense Cosanpa. A Caixa Econômica tem cerca de R$ 10 bilhões disponíveis para a área de saneamento. Um terço deste valor se refere a recursos que já estavam aprovados em 2009, mas não foram contratados por empresas do setor.

Acervo RR

Bertin e Equipav apagam a luz na Cibe Participações

30/07/2010
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Uma das mais conturbadas parcerias da área de concessões públicas está chegando ao fim. O Grupo Bertin e a Equipav discutem o rompimento da sociedade criada há quatro anos para a construção de termelétricas e a gestão de rodovias. A operação passa por uma intrincada reestruturação societária que culminará na saída da Equipav tanto da holding Cibe Participações quanto da recém-criada Nova Cibe. Ambas vão dar origem a uma só companhia, controlada pelo Grupo Bertin. Informalmente chamada de ?Bertin Energia?, esta empresa herdará uma carteira com 16 usinas termelétricas. Em um segundo momento, vai incorporar também a Heber Participações, que reúne as participações da família Bertin em mais 11 térmicas. As negociações envolvem ainda a Caixa Econômica Federal, peça fundamental desta engrenagem. O FIFGTS, administrado pelo banco, funcionará como a porta de saída da Equipav. Deverá assumir integralmente as participações da empresa na Cibe Participações e na Nova Cibe. O fundo já é acionista desta última empresa ? em janeiro deste ano, desembolsou R$ 280 milhões para ficar com 49%. Ao fim da operação, se tornará sócio da ?Bertin Energia?. Se todos os projetos herdados da Cibe Participações e da Nova Cibe forem levados adiante, a empresa terá o quinto maior parque gerador privado do país, com capacidade para cinco mil megawatts. Procurados pelo RR – Negócios & Finanças, o grupo Bertin não quis se pronunciar sobre o assunto e a Equipav não retornou até o fechamento desta edição. Desatar o nó societário da Cibe Participações e da Nova Cibe é apenas parte do desafio que o Bertin tem pela frente. Após equacionar a saída da Equipav, o grupo precisará buscar energia financeira para tocar os projetos em geração. As 11 usinas da Heber terão de entrar em operação já no próximo ano, ao custo de R$ 5 bilhões. Das 16 licenças adquiridas pela Cibe Participações e pela Nova Cibe nos leilões da Aneel, dez térmicas terão de ser instaladas até 2013. São R$ 7 bilhões a mais na salgada conta que os Bertin têm nas mãos. Uma parte dos recursos virá da venda dos ativos da Cibe Participações fora da área de energia, a começar pelas operações de saneamento ? aguas Guariroba (MS), ProLagos (RJ) e aguas de Itu (SP). O Bertin deverá se desfazer também das concessões rodoviárias ? Univias (RS), Nascentes das Gerais (MG), Colinas (SP) e Rodovias do Tietê (SP).

Acervo RR

Caixa Econômica, Previ e Funcef recarregam o Grupo Rede

21/07/2010
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O empresário Jorge Queiroz, dono do Grupo Rede, acendeu uma vela para a Caixa Econômica Federal e outra para a dupla Funcef e Previ. O banco e as duas fundações estão liderando uma tour de force com o objetivo de capitalizar a empresa de energia, a s voltas com uma dívida superior a R$ 4 bilhões. O FI-FGTS, administrado pela Caixa, vai ampliar sua participação no Grupo Rede. O fundo, que recentemente desembolsou R$ 600 milhões para ficar com 35% da holding Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A. (EEVP), deverá comprar uma participação direta na própria Rede Energia. O vendedor é a BNDESPar, que detém 24% da empresa. O FI-FGTS vai ficar com uma fatia equivalente a 10%. Em outro front, um grupo de fundos de pensão encabeçados por Previ e Funcef deverá adquirir outros 10% da parcela pertencente a  BNDESPar, que, ao final da operação, ficaria com aproximadamente 4% do capital da Rede. As negociações preveem, em um segundo momento, um aporte de capital também liderado pelo FI-FGTS e pelos fundos de pensão. Procurado pelo RR – Negócios & Finanças, o Grupo Rede não se pronunciou até o fechamento desta edição. Ao fim desta operação, Jorge Queiroz permanecerá como acionista majoritário tanto da holding EEVP quanto do Grupo Rede. No entanto, terá de entregar alguns anéis. As negociações com a Caixa Econômica, Previ e Funcef estão vinculadas a  assinatura de um novo acordo de acionistas, que, se confirmado, vai reduzir significativamente o poder do empresário. Questões como mudanças na diretoria, compra e venda de ativos e investimentos terão de ser aprovadas por 60% dos votos. Significa dizer que Queiroz passará a depender da anuência dos novos sócios para tomar decisões estratégicas. É grande também a possibilidade de mudança no comando do Grupo Rede, hoje nas mãos da executiva Carmem Campos Pereira. O nome da preferência dos fundos de pensão é o do ex-Eletrobras Flavio Decat, que já comanda a Celpa, distribuidora controlada pelo grupo. Nos últimos meses, com o luxuoso apoio do próprio BNDES, Jorge Queiroz tem conversado com diversos grupos do setor elétrico em busca de um comprador para o Grupo Rede. No entanto, as negociações esbarram no elevado passivo da companhia. A operação com o FI-FGTS, Previ e Funcef não significa que a hipótese de venda do controle será descartada. Pelo contrário. Ela continua em pauta, mas sem o mesmo caráter de urgência. O aporte dará ao grupo mais tempo para buscar um comprador.

Acervo RR

Caixa Econômica muda o figurino do FI-FGTS

14/07/2010
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O relatório da Controladoria Geral da União (CGU), com diversas ressalvas ao Fundo de Investimentos em Participações do FGTS (FIFGTS) administrado pela Caixa Econômica Federal, calou fundo no banco. A diretoria da CEF vai fazer mudanças no formato de uma das principais fontes de financiamento para projetos de infraestrutura no país. O novo figurino já vestirá o segundo fundo, o FI-FGTS II que a Caixa pretende criar no segundo semestre. O calibre do funil vai ficar ainda mais estreito. A maior parte dos recursos será destinada a empresas com capital aberto em Bolsa. Os investimentos serão condicionados a  participação da Caixa no bloco de controle das empresas, com direito a tag along em caso de venda do controle. O banco terá direito também a indicar um nome para a diretoria. Com estas medidas, a Caixa espera afastar o risco de questionamento jurídico a  gestão do fundo, que já acumula investimentos da ordem de R$ 14 bilhões. A CGU apontou uma série de falhas na operação, a começar pela inexistência de um processo de gerenciamento de riscos para ativos não negociados em Bolsa. O relatório da Controladoria fez ressalvas também aos critérios de contabilização dos investimentos, considerados em ?discordância com as boas práticas do mercado?. O documento da CGU questiona também a taxa de administração paga a  Caixa Econômica pela gestão do fundo. O banco recebe 1% ao ano sobre o patrimônio em carteira. Neste quesito, no entanto, não se tem notícia de qualquer movimento no governo para que o ?pró-labore? da Caixa seja reduzido. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a CEF informou que já esclareceu os questionamentos da CGU sobre o fundo e que desconhece o lançamento de um segundo fundo. Não é para menos, o Ministério da Fazenda exigiu sigilo absoluto na operação, que tem números superlativos. A meta é criar uma carteira com aproximadamente R$ 30 bilhões para a compra de ações e debêntures. Um dos alvos será o setor de saneamento. Já existem gestões entre a Caixa e governos estaduais para a aquisição de participações em concessionárias do setor. A lista de pretendentes inclui a paulista Sabesp e a paranaense Sanepar.

Acervo RR

Caixa Econômica gira as turbinas da energia eólica

1/06/2010
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O governo Lula vai soprar uma nova lufada de recursos em mais uma tentativa de impulsionar a produção de energia eólica, que até o momento não passa de uma brisa no parque gerador nacional. O pulmão da vez é a Caixa Econômica Federal, que se tornará sócia de projetos no setor. Os investimentos serão feitos com recursos do FGTS, por meio do fundo FI-FGTS, administrado pela própria CEF. A primeira tranche deverá somar aproximadamente R$ 600 milhões. O FI-FGTS terá participação de até 49% nos empreendimentos selecionados. Uma proxy desta operação ocorreu em março, quando o fundo desembolsou quase R$ 500 milhões para ficar com 45% da Energimp, braço de energia renovável do grupo argentino Impsa. Os ventos batem contra a expansão do parque eólico no Brasil. No Ministério de Minas e Energia e na Casa Civil, o segmento é visto como o grande fracasso dentro do fracasso chamado Proinfa. Entre os empreendimentos selecionados no âmbito do programa nos últimos seis anos, 16 não saíram do papel. Todos, sem exceção, são usinas eólicas cujas obras nem sequer começaram. Segundo mapeamento do Ministério de Minas de Energia, os projetos neste segmento já anunciados no país somam quase R$ 9 bilhões em investimentos para os próximos três anos, com uma geração em torno de 1.800 MW. Estes números, no entanto, são vistos com descrédito pelo próprio governo. A aposta no Ministério de Minas e Energia é que a maioria destas usinas ficará apenas no escaninho das boas intenções, pelas notórias dificuldades na obtenção das licenças ambientais, por falta de financiamento e, sobretudo, pelas dúvidas em relação a  viabilidade econômica que ainda cerca os empreendimentos. O leilão de usinas eólicas promovido pela Aneel no fim do ano passado foi saudado pelo governo devido ao deságio de 21% em relação ao preço-teto fixado para a tarifa de energia. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas os próprios investidores que participaram do leilão estão hesitantes quanto a  possibilidade de o negócio ser rentável com este valor. Está certo que dinheiro chama confiança, mas o grande desafio do governo não é apenas aumentar o financiamento ao setor, mas dissipar essa nuvem de descrédito que ainda cerca a produção de energia eólica no país. Por isso, a Caixa Econômica pretende também fomentar a montagem de uma estrutura industrial no Brasil que dê suporte a  expansão do parque eólico nacional. O projeto passa pela instalação de uma fábrica de equipamentos para o setor e outra para a construção de torres de geração eólica. Este “polo industrial dos ventos” está orçado em aproximadamente R$ 1,5 bilhão, valor considerado pequeno pelo governo vis-a -vis o impulso que o projeto poderá dar a  implantação de parques eólicos no país. A Caixa procura parceiros privados para a operação. Um dos candidatos é a Siemens, que entraria não apenas na montagem desse backoffice industrial, mas também como sócia de usinas. Empresas chinesas, interessadas em montar uma cabeça de ponte para a venda de equipamentos de energia no país, também são vistas no governo como potenciais parceiras da operação.

Acervo RR

Bertin e Equipav desmontam seu castelo de concessões

18/03/2010
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A Cibe Participações, associação entre o Grupo Bertin e a Equipav, está se desintegrando. A empresa ? que nasceu com a promessa de se tornar uma grande holding de concessões públicas ? pretende se desfazer de operações em saneamento e rodovias. O objetivo é ganhar fôlego para concentrar os investimentos na área de energia elétrica. O destino de maior parte dos ativos da Cibe deverá ser a OHL. Os espanhóis já teriam feito uma oferta por um pacote de subsidiárias da companhia. A negociação envolve a compra da aguas de Guariroba, de Campo Grande (MS), Pró-Lagos, na região dos Lagos (RJ), e aguas de Itu (SP). Inclui também as concessões rodoviárias Univias (RS), Nascentes das Gerais (MG), Colinas e Rodovias do Tietê ? as duas últimas em São Paulo. A operação poderá chegar a R$ 2 bilhões ? ou seja, vai consumir uma fatia expressiva dos quase R$ 6 bilhões que a OHL pretende investir no Brasil até 2014. A Cibe Participações é uma prova de que o cruzamento entre dois puros-sangues nem sempre resulta em um cavalo vencedor. Não obstante o porte e os investimentos do Grupo Bertin e da Equipav, a empresa carrega uma biografia tortuosa, sobretudo na área de energia. Ela se notabilizou como uma das mais agressivas investidoras dos recentes leilões de térmicas da Aneel. Ao todo, controla 26 licenças para a construção e operação de termelétricas. A Cibe pretendia investir mais de R$ 10 bilhões no setor elétrico, mas a crise mundial causou um curto-circuito nestes planos. Por falta de financiamento, a maior parte das geradoras não saiu do papel. A companhia chegou, inclusive, a atrasar o depósito das garantias a  Aneel e esteve ameaçada de perder licenças. Além da venda dos ativos em saneamento e concessões rodoviárias, a própria área de energia está sendo alvo de uma reestruturação na companhia. A Bertin vai incorporar 11 usinas, transferindo o problema de endereço. Destas geradoras, seis delas terão de entrar em funcionamento até o ano que vem. É provável que a família Bertin não segure o abacaxi sozinha e busque um sócio para a operação. Algo, aliás, que a própria Cibe já fez. O Fundo de Investimento FGTS (FI FGTS) está acertando sua entrada no capital da holding. A empresa terá de construir 10 geradoras até 2013.

Acervo RR

CEF amplia a casa própria

10/03/2010
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São hiperbólicas as metas da Caixa Econômica Federal para o crédito imobiliário em 2010. O banco pretende conceder cerca de R$ 15 bilhões em recursos do FGTS, 60% a mais do que em 2009. No financiamento com dinheiro proveniente da poupança, o salto será ainda maior. A oferta deverá chegar a R$ 35 bilhões, alta de 80% em relação ao ano passado. Ressalte-se que a meta ainda é conservadora se comparada a  performance de 2009. No ano passado, o crédito com recursos da caderneta cresceu mais de 100%.

Acervo RR

ADM ressurge no futuro da Cooagri

3/02/2010
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O governo do Mato Grosso do Sul entrou em campo na tentativa de dar um fim mais digno a  Cooagri, uma das maiores cooperativas agrícolas do Centro-Oeste. Há uma costura, conduzida pelas autoridades do estado, para que a ADM assuma boa parte dos ativos da empresa, que teve sua liquidação decretada pela 3ª Vara Cível de Dourados (MS) em outubro do ano passado. O mundo dá voltas. No início de 2009, o grupo norte-americano esteve prestes a fechar o arrendamento da Cooagri, em um acordo que incluiria uma opção de compra do controle em um prazo de dois anos. Entre outras operações, a ADM ficaria com pelo menos dez dos 18 armazéns da cooperativa. O governo sul-mato-grossense tenta desarmar uma bomba política e social, que ganha ainda mais potência em ano de eleição. A débâcle da Cooagri tem forte impacto na região de Dourados. Desde o fim do ano passado, funcionários da empresa têm feito sucessivas manifestações no município. Os trabalhadores estariam sem receber desde julho do ano passado, portanto, três meses antes da liquidação oficial da empresa. As dívidas relativas a salários, rescisões e FGTS giram em torno de R$ 6 milhões. Aliás, a fila de credores é grande. O passivo total da Cooagri ? que, nos bons tempos, chegou a faturar mais de R$ 800 milhões por ano ? está em torno de R$ 240 milhões.

Acervo RR

Gafisa finca nova pilastra na Bovespa

1/02/2010
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A Gafisa está maturando uma nova emissão de ações. A construtora aguarda apenas a conclusão da incorporação da Tenda, prevista para a primeira quinzena de fevereiro, para dar a partida no processo de capitalização. Além de ganhar fôlego para tocar os projetos previstos para este ano, com foco em imóveis entre R$ 300 mil e R$ 500 mil, a empresa vai usar os recursos para abater seu expressivo endividamento. Não obstante ter em caixa cerca de R$ 1,3 bilhão, a Gafisa está preocupada com o crescimento do passivo, que se acentuou em 2009. A dívida total, em torno de R$ 2,2 bilhões, equivale a mais de 120% do patrimônio líquido. A Gafisa vai chegar ao mercado de capitais na posição de retardatária. Entre as grandes construtoras do país, foi uma das poucas empresas que não recorreram a  Bolsa de Valores em 2009. A companhia optou por outros mecanismos de capitalização. No fim do ano, emitiu cerca de R$ 600 milhões em debêntures. Os papéis foram comprados pela Caixa Econômica Federal, por meio de recursos do FGTS.

Térmicas

19/01/2010
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O Fundo de Investimento do FGTS (FI FGTS), administrado pela CEF, está prestes a fechar a compra de boa parte das ações do Grupo Bertin na Cibe. A empresa, que tem licenças para a construção de termelétricas, passou por momentos de turbulência financeira.

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