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Centrais sindicais disputam cadeira por cadeira no governo Lula

12/12/2023
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As grandes centrais sindicais do país, base histórica do PT, estão travando entre si uma queda de braço por maior espaço de influência e poder junto ao governo Lula. O objeto de disputa são os assentos nos principais órgãos de governo com representação de trabalhadores, a começar pelo Conselho Deliberativo do FAT (Codefat) e pelo Conselho Curador do FGTS. Um momento importante desse duelo, por ora ainda restrito aos bastidores, se dará na próxima quinta-feira, a partir das 10 horas, em Brasília, na última reunião do ano do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), vinculado ao Ministério do Trabalho. Segundo o RR apurou, com base na Lei 11.648/2008 e no artigo 8º do Regimento Interno do colegiado, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), vai propor uma ampla aferição do total de sindicatos e trabalhadores representados pelas maiores centrais brasileiras. Uma espécie de “censo” do sindicalismo. A CTB alega já ser a segunda maior entidade do setor no país em número de filiados, atrás apenas da CUT. No entanto, para efeito de indicação em conselhos federais, é apenas a quarta com mais representantes, atrás ainda de Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores). O mais provável é que estas duas últimas se unam na reunião do CNT para brecar a proposta da contagem. A incógnita fica por conta da posição do próprio Ministério do Trabalho, a quem caberia a coordenação do “censo”, se aprovado pelo colegiado.

Por mais alguns possam enxergar dessa forma, não se trata de uma disputa paroquial. O que está em jogo é poder político, a força de influenciar em decisões sobre o destino de bilhões de reais. O Codefat e o Conselho Curador do FGTS vão dispor em 2024 de um orçamento somado de aproximadamente R$ 230 bilhões. A CTB, por exemplo, não tem assento no colegiado gestor do Fundo de Garantia.

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