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Destaque

Votorantim pode ser sócio da Vale na Aliança Energia

20/09/2024
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Mais de 27 anos após o leilão de privatização da Vale – quando Antônio Ermírio foi derrotado por Benjamin Steinbruch -, os caminhos da companhia e dos Ermírio de Moraes voltam a se cruzar. Há informações no mercado de que a Auren, leia-se o Grupo Votorantim e a canadense CPP Investments, entrou no páreo para adquirir uma participação majoritária na Aliança Energia.

A mineradora pretende vender 70% do capital, parcela que estaria avaliada em cerca de R$ 4 bilhões. A concorrência não é pequena. Entre as empresas que mantém conversações com o Itaú BBA e o Morgan Stanley, advisers da Vale, estão a chinesa CTG e a francesa TotalEnergies – conforme informou o Pipeline, do Valor Econômico, no último dia 2.

Executivos do setor ouvidos pelo RR apontam alguns fatores que fariam a Auren avançar com mais sede ao pote da Aliança. Criada há apenas dois anos, a empresa parece disposta a pular etapas e acelerar seu crescimento por meio de M&As. Foi assim com a compra da AES Brasil em março, por R$ 7 bilhões, o maior investimento já realizado pela dobradinha Votorantim/CPP.

A operação permitiu à Auren saltar da 13ª para a 3ª posição entre os maiores grupos de geração do país. O segundo lugar do ranking é logo ali na frente, e a Aliança desponta como um atalho. Com a eventual aquisição, a Auren sairia de 8,8 GW para 10,8 GW, em um empate técnico com a Engie (10,7 MW) – à frente das duas, a inalcançável Eletrobras (44 GW).

E com um benefício adicional: além da venda da energia em mercado, a Aliança carrega um grande potencial de crescimento, na condição de fornecedora do insumo para a própria Vale, um cliente cativo que já está dentro de casa. Procurada pelo RR, a Auren informou que “não comenta rumores sobre eventuais processos de fusões e aquisições”. Também consultada, a Vale não se pronunciou.

Sob certo aspecto, causa até certa surpresa que uma companhia que vinha sendo conduzida em banho-maria pela Vale e pela Cemig atraia um número razoável de pretendentes. Ainda assim, a negociação para a compra da Aliança Energia tem alguns senões.

A começar pelo preço. Em março, quando a Vale comprou os 45% até então pertencentes à estatal mineira, os 100% da Aliança foram avaliados em R$ 6 bilhões. No entanto, o que se diz é que a Auren, assim como a CTG e a TotalEnergies, consideram o valuation elevado. Existe ainda outro complicador.

A informação é que a Vale pretende condicionar o negócio a um acordo de acionistas que lhe permita manter algum grau de participação na gestão, mesmo como minoritária. Talvez seja um pedágio que o comprador da Aliança terá de pagar. A ver.

#Benjamin Steinbruch #Ermírio de Moraes #Grupo Votorantim #Vale do Rio Doce

Negócios

Será mesmo que Benjamin Steinbruch vai realizar esse prejuízo?

18/09/2024
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Caso mantenha a intenção de, enfim, reduzir sua participação na Usiminas até o início de 2025 – conforme informou o Pipeline, do Valor Econômico, no dia 27 de agosto, a CSN realizará um respeitável prejuízo. A título de ilustração: em abril de 2011, quando a empresa de Benjamin Steinbruch montou grande parte da sua posição no capital, a ação da siderúrgica mineira estava cotada ao equivalente a US$ 10,01. Hoje, o papel vale o correspondente a US$ 1,11. Ou seja: a Usiminas perdeu quase 90% do seu valor de mercado em moeda forte.

Mesmo neste ano, a CSN teve momentos muito mais propícios para diminuir sua participação na Usiminas de 12,9% para 5%, conforme determinação do Cade. Em fevereiro, o papel chegou a ser negociado na casa dos R$ 10. Hoje, está parado nos R$ 6. E a probabilidade de um salto até o começo de 2025, o tal deadline da CSN, é ínfima. Resumo da ópera: a não ser que Benjamin Steinbruch tenha alguma carta na manga – o que tratando-se de quem se trata até seria possível -, esse é um caso em que o fígado do empresário tem tudo para fazer mal ao seu próprio bolso. É o preço do fel trocado entre Steinbruch e a Ternium, controladora da Usiminas.

#Benjamin Steinbruch #CSN #Usiminas

Destaque

Quanto vale a escória da Usiminas para Benjamin Steinbruch?

22/08/2024
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As tratativas para a redução da fatia de Benjamin Steinbruch no capital da Usiminas seguem uma desgastante dinâmica há quase dez anos: para cada metro de avanço, um quilômetro de retrocesso. Neste momento, em meio às hostilidades de sempre entre a CSN e a Ternium, controladora da siderúrgica mineira, surge uma possível moeda de troca, capaz – quem sabe? – de fazer com que as conversas engatassem.

A moeda em questão é a escória de aciaria produzida pela Usiminas a partir da fabricação de aço – cerca de 600 mil toneladas por ano. Trata-se de um insumo de razoável valor, que poderia entrar em uma composição para a venda de parte das ações de Benjamin na siderúrgica. Nesse caso, o acordo envolveria não apenas pagamento em dinheiro, mas também a garantia de entrega de escória à CSN.

Procurada pelo RR, a empresa não se pronunciou.  Ao menos em tese, essa equação parece fazer sentido. A escória é um dos principais insumos para a fabricação de certos tipos de cimento. No caso do cimento Portland Pozolânico, a proporção varia de 15% a 50%. Já na produção do Portland de Alto-Forno, a escória tem um peso ainda maior na composição, de 35% a 75%.

A CSN não divulga publicamente os dados, mas sabe-se que a maior parte da escória usada pelo grupo em suas fábricas de cimento sai da usina siderúrgica de Volta Redonda. No entanto, sua demanda pelo produto tende a aumentar caso feche a compra da Intercement, o braço cimenteiro na Mover Participações, ex-Camargo Corrêa. Com a eventual aquisição, a CSN dobraria de tamanho na indústria cimenteira, pulando de 17 milhões para mais de 34 milhões de toneladas por ano.

Seriam ao todo 23 plantas industriais, já contando as 15 da Intercement no Brasil que seriam incorporadas. Ao contrário da CSN, a empresa das herdeiras de Sebastião Camargo depende de terceiros para assegurar o suprimento de escória. Entre seus fornecedores estão a própria Usiminas, ArcelorMittal e Gerdau, além de usinas siderúrgicas de menor porte.

Ou seja: é uma permanente briga no mercado. A Intercement está mais sujeita a variações de preço e de oferta da matéria-prima. Não custa lembrar que a garantia de suprimento de escória para a produção de cimento foi uma das razões que, no passado, levaram a Camargo Corrêa e a Votorantim a entrarem no capital da Usiminas – ambas acabariam vendendo suas participações para a Ternium em 2011.  

Amistosidade e diálogo não são exatamente componentes predominantes na convivência entre os acionistas da Usiminas. Por mais que esse modelo possa destravar o imbróglio societário, não se trata de uma costura simples. Há uma década, o Benjamin Steinbruch dribla a decisão do Cade e da própria Justiça, que o obrigaram a reduzir sua participação na Usiminas de 12,9% a menos de 5%.

Benjamin é vidraça, mas, como todos sabem, se sente muito mais confortável no papel de pedra. O empresário cobra da Ternium uma indenização de R$ 5 bilhões, sob a acusação de que o grupo ítalo-argentino descumpriu a lei ao entrar no capital da Usiminas e não realizar uma oferta para aquisição das demais ações da empresa. Recentemente, Benjamin teve uma vitória de peso: a Terceira Turma do STJ concedeu uma decisão favorável ao seu pleito de ressarcimento, o que só acirrou o clima entre os sócios da Usiminas. A Ternium ameaça rever seu investimento no Brasil caso perca a disputa para a CSN.  

Paralelamente à questão da Usiminas, neste momento Benjamin Steinbruch joga um jogo da maior relevância para o futuro da CSN. Com a compra da Intercement, o market share da empresa no setor cimenteiro saltaria de 20% para algo em torno de 35%. O mundo e suas voltas…

Quase três décadas depois de Benjamin Steinbruch impor uma dura derrota a Antônio Ermírio de Moraes na privatização da Vale, o empresário e o clã travam uma nova disputa. A Votorantim nunca correu tanto risco de ser desbancada do topo da indústria de cimento no Brasil. Se a CSN incorporar a Intercement, a distância entre ambas ficaria no photochart. Hoje, a empresa dos Ermírio de Moraes soma aproximadamente 37% do mercado.

Há ainda um componente de ordem conjuntural capaz de acirrar ainda mais esse

embate pela pole position do setor cimenteiro. Não obstante a queda de 1,7% nas vendas em 2023, quando comparado ao ano anterior, esse é um mercado que tem tudo para crescer em um ritmo significativo nos próximos anos. O PAC, com suas quase dez mil obras, tem tudo para ser um “devorador” de cimento. Para não falar das mais de cinco mil obras públicas inacabadas em todo o país, que, segundo o presidente Lula, são prioridade do seu governo. 

#ArcelorMittal #Benjamin Steinbruch #CSN #Gerdau #Usiminas

Empresa

IPO da CSN Cimentos vai sair do papel neste ano

2/05/2024
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Segundo informações filtradas da CSN, Benjamin Steinbruch decidiu tirar da gaveta o IPO do braço cimenteiro da companhia. A ideia seria realizar a operação até outubro. O CFO da siderúrgica, Marcelo Ribeiro, que será deslocado para a presidência da própria CSN Cimentos – conforme informou o Pipeline, do Valor -, já tem visitado bancos e fundos de investimento para aferir o apetite do mercado. De acordo com a mesma fonte, a oferta de ações vai sair com ou sem a aquisição dos ativos da Intercement, leia-se Mover Participações (ex-Camargo Corrêa). A diferença é que “com” o múltiplo do valuation será bem maior. Consultada, a CSN não se manifestou.

#Benjamin Steinbruch #CSN

Destaque

Nippon Steel quer reduzir sua exposição ao “risco Usiminas”

9/02/2024
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Nova mudança à vista no bloco de controle da Usiminas. O RR apurou que a Nippon Steel avalia reduzir ainda mais sua participação na empresa, hoje de 22,7% do capital total. Em março de 2023, os japoneses venderam o equivalente a 9,7% para a Ternium, maior acionista da siderúrgica mineira. Se, no passado, os dois principais sócios da companhia protagonizaram um dos grandes contenciosos empresariais do país, hoje suas intenções parecem convergir.

De um lado, está a Ternium, com a sua fome de comprar; do outro, a Nippon Steel, com a vontade de vender. Ao que tudo indica, para o grupo asiático, a importância estratégica de ter uma parcela expressiva da Usiminas se tornou relativamente menor vis-à-vis os custos envolvidos. No setor, a empresa mineira é tida como a mais frágil entre as grandes siderúrgicas do país. Sua reduzida diversificação de produtos a torna mais vulnerável a circunstâncias conjunturais adversas.

A companhia é uma das mais afetadas pelo aumento da entrada de aço chinês no Brasil – no mês passado, o CEO, Marcelo Chara, falou publicamente da possibilidade de desligamento do alto-forno 2 de Ipatinga por conta da concorrência com o produto asiático. Das grandes siderúrgicas nacionais, a Usiminas é também a que apresenta seguidamente os menores resultados financeiros – como mostra levantamento publicado recentemente pelo RR (https://relatorioreservado.com.br/noticias/usiminas-e-a-lanterninha-do-aco-brasileiro/). Outro fator que pesa na balança é o risco jurisdicional que a Usiminas carrega – o que, em boa parcela, também pode ser chamado de “Risco Benjamin Steinbruch”. Com 14% das ações ordinárias, o dono da CSN é um enclave societário na companhia mineira basicamente com uma função: criar instabilidade e tensão.

Há anos, Steinbruch cobra o suposto direito de tag along. O imbróglio remonta a 2011, quando a Ternium comprou a participação do Votorantim e da Camargo Corrêa. Em março do ano passado, o STJ decidiu que a operação não configurou troca de controle e, portanto, não disparou a necessidade de Oferta Pública de Aquisição (OPA).

A CSN recorreu e o assunto segue ricocheteando nos tribunais. Na paralela, em novembro a 11ª Vara Cível de Belo Horizonte determinou que a empresa de Benjamin Steinbruch deve vender sua participação na Usiminas em até 12 meses. E ainda tem o Cade, que proibiu a CSN de exercer direitos políticos na siderúrgica mineira.

#Benjamin Steinbruch #Nippon Steel #Ternium #Usiminas

Destaque

Grupo turco entra no páreo para a compra da InterCement

21/12/2023
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A disputa pela InterCement virou uma Torre de Babel. Segundo o RR apurou, a turca Oyak é a nova candidata à compra do braço cimenteiro da Mover Participações (a velha Camargo Corrêa). Entra em uma disputa multilateral que já reúne as brasileiras Votorantim e CSN, a chinesa Huaxin Cement, a grega Titan e a francesa Vicat.

De acordo com a mesma fonte, o interesse dos turcos envolveria apenas os ativos da companhia no Brasil. Ou seja: a Loma Negra, subsidiária argentina, ficaria de fora do negócio. As duas partes já se conhecem de outros M&As. Em 2018, os turcos pagaram US$ 800 milhões pelas fábricas da InterCement em Portugal e Cabo Verde. A Oyak – ou Ordu Yardımlaşma Kurumu – é um bicho esquisito.

Na origem de tudo está o fundo de pensão dos militares, da Gerdarmaria – a Guarda Nacional -, e da Guarda Costeira da Turquia, com mais de 400 mil beneficiários. Abaixo, vem um dos maiores conglomerados industriais do país, com empresas de mineração, metalurgia, química, energia, alimentos, construtoras e banco. No meio desse emaranhado, está a Okay Cement, maior cimenteira turca, com capacidade instalada de 22 milhões de toneladas/ano – quase o dobro da produção potencial somada de todas as fábricas da InterCement no Brasil (12 milhões de toneladas).

Votorantim e CSN são apontadas no mercado como as mais fortes candidatas à aquisição da InterCement. A companhia de Benjamin Steinbruch, inclusive, contratou o Morgan Stanley para conduzir as tratativas. No entanto, nos dois casos, há um entrave importante nas negociações. O RR teve informações de que tanto CSN quanto Votorantim condicionam suas respectivas propostas à repactuação prévia do endividamento da InterCement.

Nem Steinbruch nem os Ermírio de Moraes querem jogar para dentro dos balanços de suas empresas uma dívida líquida da ordem de R$ 8 bilhões sem um acordo firmado com os credores. Desse valor, cerca de um terço são compromissos em dólar. O banco norte-americano Houlihan Lokey tem auxiliado a InterCement na negociação com os credores.

Um trabalho formiguinha. Recentemente, a companhia conseguiu adiar para maio de 2024 o pagamento de US$ 124 milhões em debêntures que venceriam no último dia 8 de dezembro. Trata-se de menos de 10% do passivo com vencimento em 12 meses. Procurada pelo RR, a InterCement não se manifestou.

#Benjamin Steinbruch #Camargo Corrêa #CSN #InterCement #Morgan Stanley #Mover Participações #Votorantim

Destaque

Aço brasileiro derrete entre cortes de produção, férias coletivas e riscos de demissão

27/11/2023
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O fim de ano da indústria siderúrgica nacional promete ser de sangue, suor e lágrimas. Segundo o RR apurou, CSN e Gerdau planejam suspender parte da sua produção e conceder férias coletivas aos funcionários. No caso da empresa de Benjamin Steinbruch, a medida atingiria a unidade central, em Volta Redonda.

Já a Gerdau deverá paralisar as atividades nas usinas de Pindamonhangaba e Mogi das Cruzes, em São Paulo. Procuradas pelo RR, as duas companhias não se pronunciaram. A se confirmar a decisão, CSN e Gerdau vão se juntar à ArcelorMittal, que já anunciou cortes na produção da usina de Resende (RJ) e concedeu férias coletivas para 87 trabalhadores da unidade.

Ao que tudo indica, são apenas ações paliativas, o prenúncio de decisões mais radicais. A indústria siderúrgica já trabalha com o cenário de demissões em massa no início de 2024. Em conversas reservadas, empresários do setor calculam o fechamento de até três mil postos de trabalho. Seria uma consequência, sobretudo, do excesso de oferta de aço importado no país.

Entre janeiro e setembro, as importações de aço cresceram 57,9% na comparação com igual período em 2022. A estimativa é que neste ano entrarão no Brasil mais de cinco milhões de toneladas do produto, a maioria proveniente da China. Em contato com o RR, perguntado sobre as iminentes demissões no setor, o Instituto Aço Brasil confirma que “Caso continue entrando aço importado de forma indiscriminada e em volumes crescentes, não há dúvida de que as consequências serão o aumento da paralisação de plantas, aumento do desemprego, o risco do desabastecimento de aço e o desarranjo das cadeias produtivas.”

As grandes siderúrgicas do país têm usado essa macabra estimativa – a essa altura, de forma até conveniente – como instrumento de pressão junto ao governo, notadamente ao vice-presidente e ministro da Indústria e Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, principal interlocutor do setor em Brasília. As empresas cobram, não é de hoje, o aumento das alíquotas das importações de aço, mais precisamente de origem chinesa. Na conversa com o RR, o Instituto Aço Brasil informou que se reuniu nos últimos meses com Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad “para transmitir a situação vivida pelo setor”. A entidade diz acreditar que “o governo será sensível ao pleito”.

A questão é saber para onde pende a sensibilidade da gestão Lula neste momento: para a indústria siderúrgica, com seus 2,8 milhões de empregos diretos e indiretos, ou para a China, maior parceiro comercial do Brasil. Não é uma escolha simples. Qualquer novo aperto no parafuso das taxas de importação poderá ser respondido com uma martelada comercial de Pequim. E não seria um aperto qualquer. As siderúrgicas reivindicam ao governo uma elevação das alíquotas para próximo dos 25%, em linha com os índices aplicados por Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e México. Ou seja: seria mais do que duplicar o muro contra o aço chinês. Atualmente, a taxa média de importação de produtos siderúrgicos é de 9,6%.

Entre janeiro e setembro, as importações de aço cresceram 57,9% na comparação com igual período em 2022. A estimativa é que neste ano entrarão no Brasil mais de cinco milhões de toneladas, a maioria proveniente da China. O aço externo atende a quase 20% da demanda doméstica. Como consequência, entre janeiro e setembro a indústria nacional registrou uma queda de produção de 8,4% em relação aos nove primeiros meses de 2022.

LEIA AINDA HOJE: A LANTERNINHA DA DÉCADA NA SIDERURGIA NACIONAL

#Benjamin Steinbruch #CSN #Fernando Haddad #Geraldo Alckmin #Gerdau #Ministério da Indústria

Destaque

Vale e CSN se unem para derrubar edital do Porto de Itaguaí

10/10/2023
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Benjamin Steinbruch e a Vale estão do mesmo lado novamente. A causa que os une é a concessão do futuro terminal de minério de ferro do Porto de Itaguaí, o ITG 02. CSN e a Vale prometem jogar duro para brecar o edital de licitação do empreendimento. As regras traçadas pela Antaq restringem a participação de grandes mineradoras na disputa.

Segundo o RR apurou, dirigentes das duas companhias já solicitaram audiências ao ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para tratar do assunto. O objetivo é assegurar a revogação do edital antes que ele seja submetido e aprovado pelo TCU. Se necessário, Vale e CSN cogitam judicializar o caso, buscando nos tribunais o direito de disputar a concessão do ITG 02. Procuradas pelo RR, as duas empresas não quiseram comentar o assunto.

A premissa da Antaq é aumentar a concorrência e permitir que pequenas e médias produtoras de minério de ferro tenham uma porta de saída para as suas exportações. Por essa razão, o edital prevê que empresas com contratos de arrendamento ou autorização de terminais para minério só poderão participar da licitação caso não haja propostas. Nos bastidores, em conversas travadas na Antaq, CSN e Vale alegam, de forma uníssona, que a trava afronta a livre concorrência e pune as mineradoras com maior capacidade de investimento em infraestrutura.

A regra parece ter sido feita sob encomenda para barrar ou ao menos limitar a entrada da Vale e da CSN na disputa. Além de serem as maiores produtoras de minério do Brasil, as duas companhias são notoriamente as grandes interessadas em arrematar o ITG 02. O Porto de Itaguaí é uma peça estratégica no mosaico logístico de ambas, pela localização de suas minas.

A CSN opera o Tecar, terminal de granéis de Itaguaí, com capacidade para 45 milhões de toneladas/ano – além do Sepetiba Tecon, dedicado à movimentação de contêineres. A Vale, por sua vez, é dona da Cia. Portuária Baía de Sepetiba (CPBS), terminal por onde exportou quase 17 milhões de toneladas no ano passado. O que está em jogo é justamente a manutenção dessa primazia. A siderúrgica de Benjamin Steinbruch e a mineradora não gostariam de ver um intruso, ou seja, um competidor se intrometendo nessa sesmaria portuária. Literalmente se intrometendo. Os mais de 340 mil metros quadrados do ITG 02 ficam exatamente entre os terminais da CSN e da Vale. Não por acaso, essa parte do Porto é chamada informalmente de “Área do meio”.

#Antaq #Benjamin Steinbruch #CSN #Vale do Rio Doce

Destaque

Intercement pode ser o passaporte para a entrada da Argos no Brasil

23/08/2023
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Os Ermírio de Moraes e Benjamin Steinbruch poderão ganhar um concorrente de peso no mercado brasileiro de cimento. Segundo o RR apurou, a colombiana Argos vem mantendo conversas com a Mover, leia-se a antiga Camargo Corrêa, em torno da possível aquisição dos ativos da Intercement. Do lado brasileiro, a aproximação teria sido feita pelo banco norte-americano Houlihan Lokey; pelos colombianos, as gestões são representadas pelo Banco de Bogotá.

Há duas hipóteses sobre a mesa: a aquisição apenas da Loma Negra, leia-se a operação na Argentina, ou de todos os negócios da Intercement – modelo que mais agrada às herdeiras de Sebastião Camargo. Ao todo, são 23 fábricas – 15 no Brasil e oito na Argentina. A Intercement teve, no ano passado, uma receita em torno de R$ 8 bilhões, sendo R$ 3,7 bilhões decorrentes da operação brasileira.

A Argos é um dos maiores fabricantes de cimentos da América Latina, com fábricas não apenas na Colômbia, mas também nos Estados Unidos e Caribe. Esta não é a primeira vez que a empresa – controlada pelo maior conglomerado industrial da Colômbia, o Grupo Empresarial Antioqueño – ensaia entrar no Brasil. Há 10 anos, chegou a negociar a aquisição de ativos colocados à venda por ocasião da fusão entre Lafarge e Holcim. Procurados, Mover Participações e Argos não se pronunciaram.

A venda da Intercement para a Argos, assim como para qualquer outro grupo ainda não presente no Brasil, surge como uma solução mais palatável para as autoridades antitruste. Votorantim e CSN também têm, como sempre tiveram, interesse na operação cimenteira da Mover.

O problema é que muito provavelmente uma negociação com os Ermírio de Moraes ou Benjamin Steinbruch obrigaria a antiga Camargo Corrêa a esquartejar a subsidiária brasileira e vender fábricas em separado. Com a eventual aquisição integral da Intercement no Brasil, a Votorantim pularia de 35% para 52% de market share; a CSN, por sua vez, iria de 20% para 37%, com fatias ainda maiores em regiões específicas do país. Ressalte-se que, há pouco mais de um ano, a empresa de Steinbruch adquiriu os ativos da LafargeHolcim sem restrições do órgão antitruste. Pouco provável que o Cade dê sinal verde para uma operação ainda maior.

A Mover já se desfez das operações da Intercement na África. Não passou de um hors d’oeuvres. O que realmente fará diferença para o caixa da holding é a venda dos ativos no Brasil e na Argentina. Até porque ao negociar a Intercement, o grupo se livraria uma dívida líquida da ordem de US 1,5 bilhão. O elevado passivo foi o principal fator que levou a Fitch a rebaixar a nota de crédito da Intercement de CC para C. O downgrade se deu logo após a cimenteira pedir a credores um prazo adicional de 90 dias para pagar um passivo de US$ 180 milhões.

#Argos #Benjamin Steinbruch #Ermírio de Moraes #InterCement

Infraestrutura

Banco do Nordeste manda um trem-pagador para Transnordestina

30/05/2023
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Estão bem adiantadas as negociações políticas para que o Banco do Nordeste financie a construção do trecho da Transnordestina em Pernambuco, entre as cidades de Salgueiro e Suape. O projeto envolve a instalação de aproximadamente 206 quilômetros de trilhos, a um custo aproximado de R$ 5 bilhões. Trata-se, ressalte-se, do trecho devolvido à União pela CSN, responsável pela construção dos 1,2 mil km da linha férrea entre Eliseu Martins (PI) e o Porto de Pecém, no Ceará. Ou seja: a princípio, o dinheiro do BNB ficará restrito as obras a cargo do DNIT. Mas, no que depender das notórias relações entre Benjamin Steinbruch e integrantes do governo Lula, a começar por Aloizio Mercadante, vai que o funding do Banco do Nordeste não é estendido também para a parte da Transnordestina que cabe ao empresário. A CSN ainda precisa de quase R$ 8 bilhões para concluir as obras. 

#Banco do Nordeste #Benjamin Steinbruch #Transnordestina

Destaque

Governo Lula e Benjamin Steinbruch se encaixam nos trilhos da Transnordestina

28/02/2023
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O governo vai abrir o cofre para financiar a conclusão das obras da Transnordestina, a cargo da CSN. Segundo o RR apurou, a ideia é lançar mão de uma tríplice injeção de capital, com empréstimos do BNDES, do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDN) e do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) – os dois últimos vinculados à Pasta da Integração e do Desenvolvimento Regional. Segundo a mesma fonte, paralelamente o Ministério dos Transportes estuda uma nova mudança no modelo de construção da ferrovia. De acordo com as discussões travadas dentro da Pasta, a ideia é usar a liberação de dinheiro público como moeda de troca para que a CSN reassuma integralmente a concessão do empreendimento e consequentemente a construção de todo o traçado original. No ano passado, a partir de um acordo com o governo Bolsonaro, houve uma cisão do projeto. A siderúrgica permaneceu responsável apenas pelas obras entre Eliseu Martins (PI) e o Porto de Pecém (CE), um trecho de aproximadamente 1,2 mil quilômetros, devolvendo à União a concessão do ramal de 520 quilômetros entre Salgueiro e o Porto de Suape, ambos em Pernambuco. Essa fratura da Transnordestina serviu apenas para jogar um problema no colo do governo Lula: estudos feitos pelo Ministério do Transporte indicam que a operação desse segundo pedaço até Suape de forma isolada, sem a garantia de conexão e os ganhos de escala do trecho entre Piauí e Ceará, torna o negócio praticamente inviável. 

Além da promessa de financiamento público, há um outro fator tão ou mais importante para colocar toda essa operação nos trilhos: a notória conexão entre Benjamin Steinbruch e o governo do PT surge como um potencial facilitador para o reencaixe entre as duas “Transnordestinas”. O dono da CSN é bastante próximo, sobretudo, de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. No fim do ano passado, inclusive, Mercadante chegou a sondar o empresário para que ele assumisse o Ministério do Desenvolvimento e da Indústria – conforme o RR noticiou. Essa sintonia poderá ajudar a contornar entraves de ordem técnica que levaram a CSN a devolver à União parte da ferrovia. A siderúrgica alega que o governo pernambucano impactou o projeto, ao autorizar a construção de uma barragem no antigo leito dos trilhos. A obra exigiu um aumento de 42 quilômetros na extensão da ferrovia e, com isso, gerou um gasto extra de algumas centenas de milhões de reais com desapropriações.  

O acordo com a CSN e a reintegração dos dois trechos da Transnordestina sob uma única operação contribuiriam para destravar o empreendimento junto ao Tribunal de Contas da União. No início de fevereiro, o TCU apontou irregularidades na cisão da concessão em duas, autorizada pela ANTT no ano passado. Como consequência, a Corte suspendeu a liberação de qualquer recurso do governo federal para o empreendimento – tanto a parte nas mãos da CSN, quanto o trecho hoje sob responsabilidade da União. Ou seja: a engenharia financeira que vem sendo traçada em Brasília, com aportes do BNDES e dos fundos regionais, depende do nihil obstat do TCU. 

Atualmente, há pouco mais de 800 quilômetros de trilhos já instalados. Faltam quase mil quilômetros para a execução de todo o projeto conforme a sua concepção original. Estima-se que sejam necessários mais de R$ 8 bilhões para a conclusão da Transnordestina. Parte desses recursos poderão vir, por exemplo, por meio de uma emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura, com a garantia de subscrição por parte do BNDES. O governo Lula trata o projeto como prioritário, não apenas pela sua importância econômica e social para a região – as obras deverão gerar cerca de cinco mil postos de trabalho diretos e indiretos -, mas também pelo seu “traçado político”. A Transnordestina corta estados governados por petistas ou aliados. Consta que os governadores do Ceará e de Pernambuco, respectivamente Elmano de Freitas e Raquel Lyra, têm mantido conversas frequentes com o ministro do Desenvolvimento Regional, Wellington Dias, em busca de apoio do governo federal para a retomada das obras. Nesse contexto, há ainda disputas federativas alimentadas pela própria divisão da Transnordestina em duas, na gestão de Jair Bolsonaro. Parlamentares de Pernambuco alegam que a manutenção desse formato vai criar um desequilíbrio concorrencial entre os dois maiores portos do Nordeste, beneficiando o Porto de Pecém, no Ceará, em detrimento do Porto de Suape.  

Tudo muito bom, tudo muito bem… Até se entende que o governo tenha as mais variadas motivações – seja de ordem econômica, seja de ordem política – para se engajar no projeto. No entanto, a Transnordestina é um benchmarking às avessas, um exemplo de como uma concessão não deve ser feita. Sua construção já torrou um enorme montante de recursos públicos. Há concessões que notoriamente não deram certo e hoje estão às portas de serem devolvidas à União – como, por exemplo, o Aeroporto do Galeão ou a Malha Oeste. No entanto, nenhuma delas consumiu tanto dinheiro e nem de perto apresenta o histórico de idas e vindas da ferrovia. Por muito menos, concessões foram tomadas ou relicitadas pelo governo.

#Benjamin Steinbruch #BNDES #CSN #Lula #PT #TCU #Transnordestina

Política

Mercadante tentou levar Benjamin Steinbruch para Ministério

23/12/2022
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O Barão do Aço, Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, foi sondado por Aloizio Mercadante para ocupar a pasta da Indústria e Comércio. Os dois são unha e carne. Mercadante tinha um argumento adicional para o aceite de Steinbruch: sua própria nomeação para o BNDES. “Vamos ser o Pelé e Coutinho do setor”, teria dito Mercadante, que ficaria “subordinado” ao “Barão”. Mesmo com toda essa animação, o convite não colou. Steinbruch argumentou que vive uma fase de decisões estratégicas na empresa e um rolo com familiares para ver quem é dono de que. O curioso é a malha fina entre os empresários que estavam cotados para a Indústria e Comercio: o presidente da CSN era vice de Paulo Skaf, na Fiesp, que agora tenta demolir seu sucessor na entidade, Josué Gomes da Silva, que, por sua vez, foi convidado para o MDIC e não aceitou.

Bem melhor fez Lula. Com tantos fricotes nessa área, simplificou tudo. Chamou Geraldo Alckmin e entregou-lhe a Pasta. Com isso, esterilizou Mercadante. O presidente do BNDES passa a responder ao vice-presidente, que tem maior autoridade formal e é ”indemissível”. De quebra, mandou o seu coordenador dos Grupos de Transição para o Rio de Janeiro, bem longe de Brasília. Mercadante fazendo política é um rinoceronte dentro de uma casa de louças.

#Aloizio Mercadante #Benjamin Steinbruch #BNDES #CSN


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Cimento Tupi entra no radar do Grupo Votorantim

1/09/2022
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Mais um M&A à vista no mercado cimenteiro: o Grupo Votorantim vem mantendo conversações para a compra da Cimento Tupi, controlada pela família Koranyi Ribeiro. A empresa estaria avaliada em cerca de R$ 1,8 bilhão. Ou seja: os Ermírio de Moraes podem desembolsar o equivalente a US$ 103 por tonelada instalada. Para efeito de comparação, trata-se de um múltiplo próximo ao que a CSN Cimentos pagou pelos ativos da Lafarge Holcim (US$ 100 a tonelada), em 2021. Mas bem distante do que a própria companhia de Benjamin Steinbruch ofertou pela Elizabeth Cimentos, também em 2021 – US$ 167 a tonelada.

O principal fator de depreciação da Tupi é o seu alto endividamento. Em recuperação judicial desde o início de 2021, a empresa carrega um passivo superior a R$ 3 bilhões. Essa dívida torna a venda do controle uma operação intrincada. Segundo o RR apurou, a Votorantim tem feito gestões preliminares junto aos credores da Tupi. Qualquer investida sobre a companhia passa obrigatoriamente por eles. O ponto mais nervoso são os fundos abutres, que detêm mais de metade dos créditos contra a companhia.

Foi o único grupo de credores que votou contra a proposta de pagamento das dívidas extraconcursais no plano de recuperação judicial da Tupi. Os abutres têm mais de US$ 200 milhões em créditos com a empresa. Procuradas pelo RR, Votorantim e Tupi não quiseram se manifestar. Mesmo com o fardo do endividamento, a Tupi voltou a ser uma peça interessante no tabuleiro da indústria brasileira de cimento. No ano passado, teve uma receita de R$ 491 milhões, 27% a mais do que em 2020. No mesmo intervalo, o Ebitda saltou de R$ 70 milhões para R$ 118 milhões.

A aquisição da empresa permitiria à Votorantim ampliar ainda mais a folgada liderança no ranking do setor, saindo de 35 milhões para 38,5 milhões de toneladas de capacidade instalada no Brasil. De certa forma, ainda que indiretamente, seria uma resposta à investida feita pela CSN com a compra das operações da Lafarge Holcim no Brasil. Com a aquisição, a companhia de Benjamin Steinbruch passou a disputar o segundo lugar do setor com a Intercement, da Mover Participações (ex-Camargo Corrêa), ambas na casa dos 17 milhões de toneladas de capacidade.

#Benjamin Steinbruch #Cimento Tupi #CSN Cimentos #Grupo Votorantim


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“Coautores”

4/07/2022
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Benjamin Steinbruch enxerga a caligrafia dos Ermírio de Moraes na ação movida pela Cimento Tupi no Cade, contestando a venda dos ativos da LafargeHolcim para a CSN.

#Benjamin Steinbruch #Cade #Cimento Tupi #CSN #Ermírio de Moraes


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“Empresa assassina”

24/06/2022
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De uma instituição especializada em M&A: “Benjamin Steinbruch vai tentar estuprar o valor da Samarco. Só assim justifica o intangível negativo que ela carrega, de ser uma empresa assassina”.

#Benjamin Steinbruch #Samarco


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Mapa da mina

1/06/2022
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A CSN Mineração estaria preparando uma nova emissão de ações em Bolsa. A operação é parte fundamental da engenharia financeira montada pela empresa de Benjamin Steinbruch para duplicar sua produção até 2026. O programa de investimentos da companhia beira os R$ 12 bilhões.

#Benjamin Steinbruch #CSN Mineração


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Garimpo na bolsa

10/05/2022
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Depois de congelar o IPO da CSN Cimentos, Benjamin Steinbruch cogita uma nova oferta de ações da CSN Mineração. A abertura de capital da empresa, há pouco mais de um ano, movimentou quase R$ 5 bilhões.

#Benjamin Steinbruch #CSN Cimentos #CSN Mineração


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Benjamin Steinbruch, perdeu, playboy

21/03/2022
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O setor de siderurgia no Brasil parece uma fênix: morre para renascer e renasce para morrer. Há coisa de uma década, dizia-se à boca comum que a indústria nacional ia acabar. Foi naquele momento que se chegou a cogitar uma onda de consolidações, na qual o líder natural seria o “Barão do Aço”, Benjamin Steinbruch. A verdade é que Steinbruch foi bem além da intenção e buscou movimentos consistentes para ampliar os seus domínios, mais precisamente o que seria uma fusão CSN-Usiminas.

O empresário entabulou diversas conversas com a siderúrgica mineira e chegou a comprar um naco expressivo de ações da companhia. O negócio não prosperou devido à resistência da Nippon Steel e da Ternium, os dois maiores acionistas da Usiminas. Além da consolidação das usinas, havia ainda um negócio de razoável interesse para ambas as companhias: as suas respectivas operações de minério de ferro, então mantidas à margem e que devidamente reunidas poderiam dar uma origem a uma “Valezinha”, para não citar os ativos portuários próprios, entre outros negócios. Mas não deu.

Se esse projeto tivesse sido levado adiante, hoje a CSN-Usiminas seria um mastodonte, com uma competitividade brutal. As duas juntas somam 16 milhões de toneladas de capacidade instalada na siderurgia, uma receita anual superior a R$ 60 bilhões e Ebitda em torno de R$ 17 bilhões – a números de 2021. Não seria nada incomum, não fossem o Cade e óbices regulatórios, que esse tiranossauro rex passasse a comprador da Gerdau e da Arcelor Brasil.

#Arcelor Brasil #Benjamin Steinbruch #Gerdau


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Tricô

9/02/2022
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O petista Aloizio Mercadante tem tricotado, dia sim, dia não, com seu grande amigo Benjamin Steinbruch. A pauta, como não poderia deixar de ser, é política industrial.

#Benjamin Steinbruch


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Os prós e contras de Benjamin no Ministério da Economia

22/12/2021
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Caso as especulações que apontam Benjamin Steinbruch como um dos virtuais candidatos ao Ministério da Economia em um governo Lula venham a se consumar, sua indicação ao cargo traria a reboque soluções e problemas. Do lado positivo, Benjamin é um empresário do setor real, preferência esta que Lula já vem cantando por aí. Seria um contraponto ao habitual perfil financista dos ocupantes da Pasta.

Outro ponto a seu favor: Benjamin, vice-presidente licenciado da Fiesp, tem excelente relacionamento com o presidente eleito da entidade, Josué Gomes da Silva. Este, por sua vez, é filho de José Alencar, vice de Lula, e tem ótimo trânsito junto ao ex-presidente. A Fiesp estaria unificada em uma virtual gestão do petista. Benjamin Steinbruch tem ainda uma relação histórica com Aloizio Mercadante. É próximo também de Ciro Gomes.

Por ora, o pedetista ainda é uma incógnita. Mas, se a hipótese de Benjamin como ministro da Economia vingar, seria um motivo a mais para Ciro apoiar Lula em um eventual segundo turno. Mas Benjamin Steinbruch também carrega aspectos negativos. Todos sabem do temperamento difícil do empresário. Além disso, ao aceitar um eventual convite para o Ministério, ele sairia da CSN em um momento de forte consolidação da empresa. Benjamin precisaria de muito desprendimento para se ausentar da companhia e transferir essa missão para um executivo. Um exemplo do que está em jogo: a CSN estuda ampliar seus domínios no setor cimenteiro, com a compra de ativos na Argentina e no Chile.

#Benjamin Steinbruch #Lula #Ministério da Economia


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Startups no atacado

24/06/2021
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O aporte na Yuca, empresa de coliving de Rafael Steinbruch, sobrinho de Benjamin Steinbruch, foi só a primeira semente: segundo o RR apurou, a norte-americana Foundation Capital já estaria em negociações com mais quatro startups brasileiras.

#Benjamin Steinbruch


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Aço derretido

7/06/2021
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O projeto de Benjamin Steinbruch de unir a CSN e a Usiminas ficou mesmo no passado. O empresário já prepara a venda do restante de ações da siderúrgica mineira que ainda lhe pertencem – cerca de 10% das preferenciais. Em maio, Benjamin vendeu outro naco.

#Benjamin Steinbruch


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CSN perde o trem da Transnordestina

10/03/2021
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O governo Bolsonaro e o empresário Benjamin Steinbruch caminham para um contencioso. Segundo o RR apurou, o Ministério da Infraestrutura avança nos estudos para decretar a caducidade da concessão da Transnordestina. De acordo com a mesma fonte, a ideia seria anunciar a decisão em abril. Com base em relatório produzido pela ANTT já há um ano, o Ministério entende que a CSN descumpriu uma série de cláusulas do contrato, justificando a caducidade.

A empresa, que há meses tenta uma saída negociada da Transnordestina, pretende entrar na Justiça caso a cassação se confirme. Deverá cobrar da União uma indenização pelos investimentos já realizados no projeto, algo como R$ 6 bilhões. Procurada pelo RR, a CSN confirma que “a recomendação de caducidade da concessão foi emitida pela ANTT em 10 de março de 2020.”

A empresa informa que, “desde então, tem mantido tratativas com o governo federal no sentido de encontrar uma solução definitiva para a obra”. Perguntada sobre a hipótese de levar o caso à Justiça, a CSN não se pronunciou. O Ministério da Infraestrutura, por sua vez, também confirmou que os “processos de apuração de caducidade da Transnordestina estão em análise”. Sobre a possibilidade de a CSN entrar na Justiça, o Ministério diz que “a eventual judicialização de decisões administrativas é uma faculdade de todos os cidadãos, não só dos concessionários.”

#Benjamin Steinbruch #CSN #Transnordestina


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Faltou comprador

30/11/2020
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Não admira que a CSN tenha cancelado o IPO da sua empresa de mineração. Segundo o RR apurou junto a um dos bancos envolvidos na operação, a demanda firme pelos papéis não teria chegado a R$ 6 bilhões. Ou seja: bem abaixo dos R$ 10 bilhões que haviam sido
estipulados pela companhia de Benjamin Steinbruch.

#Benjamin Steinbruch #CSN


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A Pauliceia desvairada na sucessão da Fiesp

14/09/2020
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Benjamin Steinbruch, Paulo Skaf, Josué Gomes da Silva, Ciro Gomes, Iedi… Todos são personagens da pauliceia desvairada que promete ser a eleição da Fiesp, em 2021. As múltiplas combinações cruzadas, os blefes de parte a parte e os interesses em jogo fazem desta a mais estranha sucessão da história recente da entidade – mesmo porque a indústria paulista não sabe o que é sucessão há 16 anos. E saberá desta vez? A  peça central no tabuleiro é o sempre dúbio Paulo Skaf. O mandatário já anunciou que não concorrerá ao pleito. Mas, há pessoas próximas a Skaf que acreditam se tratar de jogo de cena.

O próprio vazamento da informação de que Gomes da Silva é o nome da preferência do presidente da Fiesp para ser seu sucessor é visto por muitos como parte do teatro. Outro ponto de interrogação importante é Benjamin Steinbruch. O “barão do aço” vem sendo cortejado por um grupo de empresários de oposição a Paulo Skaf para disputar a eleição. Steinbruch é visto como um nome de peso suficiente para galvanizar o apoio de figuras importantes do empresariado paulista, cooptar sindicatos dos mais diversos segmentos da indústria e, dessa maneira, cindir por dentro a poderosa máquina eleitoral montada por Skaf.

Steinbruch, ressalte-se, é vice-presidente licenciado da entidade desde 2018, quando teria rompido com Paulo Skaf. No entanto, há dúvidas dentro da própria Fiesp se o relacionamento entre ambos está realmente abalado ou não. Ou seja: Steinbruch é um enigma. Tanto pode ser o rival de Skaf ou de seu candidato como um importante aliado para que tudo fique como está na entidade. Outra incógnita: como seria a Fiesp de Benjamin Steinbruch?

O “barão do aço” manteria a instituição como base de atendimento dos pequenos sindicatos ou levaria de volta a entidade a algo mais próximo dos tempos de Horácio Lafer Piva, a última gestão que privilegiou o apoio à indústria? O primeiro significaria na prática, seguir com o modelo Skaf; já o segundo, sob certo aspecto, representaria a incorporação de uma parte do ideário do Iedi, que não deixa de ser um spinoff da própria Fiesp. E se Benjamin, a exemplo do próprio Skaf, tiver o interesse de transformar a entidade em plataforma para um projeto político? Nesse caso, todos os caminhos apontam na direção de Ciro Gomes. Em 2018, Steinbruch esteve cotado para ser o vice na chapa de Ciro. Talvez essa dobradinha não estivesse devidamente madura para ocorrer na ocasião.

#Benjamin Steinbruch #Ciro Gomes #Fiesp #Josué Gomes da Silva #Paulo Skaf


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Será o começo do fim de Benjamin na Transnordestina?

3/08/2020
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Os trilhos da Transnordestina e de Benjamin Steinbruch começam a se separar. O ministro Tarcísio Freitas está em tratativas avançadas com a CSN para cindir o contrato original de concessão, criando uma espécie de “Nova Transnordestina”. Os próximos trechos da ferrovia já seriam leiloados à parte, fora do acordo com a siderúrgica.

O RR apurou que a ideia do Ministério da Infraestrutura seria lançar, ainda neste ano, o edital de licitação do trecho entre a cidade de Salgueiro (PE) até o Porto de Suape. O leilão ocorreria no primeiro semestre de 2021. Nesse novo modelo, a CSN ficará responsável apenas pela “Velha Transnordestina”, leia-se o trecho em construção no Ceará, desobrigando-se da responsabilidade sobre as demais etapas.

Isso se a guinada no contrato não se revelar, mais à frente, um approach para a saída definitiva de Benjamin Steinbruch do projeto – como muitos dentro do próprio Ministério da Infraestrutura acreditam. A essa altura, seria mais um favor do que um castigo parA o empresário. No governo ninguém acredita que Benjamin tem punch financeiro e muito menos interesse de seguir à frente da Transnordestina. Somente para a conclusão das obras no Ceará ainda terão de ser investidos cerca de R$ 5 bilhões.

#Benjamin Steinbruch #Tarcísio Freitas #Transnordestina


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O vampiro de Volta Redonda

3/08/2020
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O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense rachou: uma parte dos operários demitidos da CSN na pandemia quer levar à Câmara dos Vereadores de Volta Redonda uma monção para que o barão do aço, Benjamin Steinbruch, seja considerado formalmente persona non grata na cidade; uma outra corrente acha que essa iniciativa somente atrapalha as negociações com a siderúrgica. O fato é que a direção da usina não só demitiu os operários como se recusa a pagar o Programa de Participação nos Resultados (PPR), equivalente a um salário mensal do trabalhador, o que, na atual situação, é emergencial. A bronca com Benjamin Steinbruch é tão grande que uma corrente defende colocar em uma praça uma estátua de ferro com o barão caracterizado de vampiro.

#Benjamin Steinbruch #CSN #Volta Redonda


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As “vítimas” da pandemia na CSN

2/06/2020
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A CSN estaria preparando um pacote de demissões em Volta Redonda que pode atingir cerca de 1,5 mil trabalhadores, segundo informações filtradas junto ao Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense. Os cortes teriam início logo após a assinatura do acordo de PPR (Programa de Participação nos Resultados), ainda em negociação com os funcionários. Seria a primeira grande leva de demissões do setor siderúrgico desde o início da pandemia. Procurada, a CSN não se pronunciou. A tensão em Volta Redonda vem aumentando desde a semana passada, quando a siderúrgica de Benjamin Steinbruch concluiu o processo de abafamento do alto forno – procedimento que costuma anteceder paradas de produção. É mais um indício de que a empresa deverá interromper a operação do equipamento, responsável por cerca de 35% da atividade local. Ressalte-se que a CSN já vem de um prejuízo da ordem de R$ 1,3 bilhão no primeiro trimestre.

#Benjamin Steinbruch #CSN #PPR


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Igreja é mais um obstáculo para a construção da Transnordestina

20/09/2019
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Benjamin Steinbruch deve estar erguendo as mãos ao firmamento. Quem dera houvesse outros clérigos como o arcebispo de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido, que, indiretamente, está dando ao empresário um conveniente pretexto para atrasar ainda mais as obras da Transnordestina. Dom Fernando chamou para si a defesa das mais de 4,5 mil famílias da Zona da Mata pernambucana que
serão removidas de suas casas para a passagem da ferrovia.

Ao lado de outras autoridades eclesiásticas da região, criou uma comissão para tratar do assunto e tem conduzido seguidas reuniões com a população local para impedir a passagem dos trilhos da Transnordestina por oito municípios. O que para a CSN, responsável pelo projeto, é uma dádiva dos céus, para o governo é motivo de razoável preocupação. Neste caso, não está em jogo apenas o atraso atávico na construção da Transnordestina, que, originalmente, deveria ter sido inaugurada em 2010 – as últimas previsões apontam para 2027. Os ministros da Infraestrutura, Tarcisio Freitas, e do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, já trabalham a quatro mãos em um novo plano para a retirada de moradores de cidades da Zona da Mata de Pernambuco.

O objetivo é abrandar a mobilização social liderada pela Igreja Católica. Dom Fernando, ressalte-se, é um dos clérigos mais respeitados e influentes da região. Foi presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e integrante do Conselho Permanente da entidade. A proposta que está sendo elaborada pelos Ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional prevê um cronograma escalonado para as desapropriações. Há estudos para que os moradores afetados possam ter acesso a benefícios específicos no âmbito do Minha Casa, Minha Vida.

O trecho em questão, o Recife Sul, atravessa eminentemente áreas urbanas. Proporcionalmente, é uma das pernas da Transnordestina como maior impacto sobre a população. A mobilização na Zona da Mata pernambucana desponta justo no momento em que a Transnordestina dá sinais de sair da inércia. Pressionada pelo Ministério da Infraestrutura e pela ANTT, a CSN acenou ao governo federal que, nas próximas semanas, retomará as obras paralisadas desde 2017. A companhia já encaminhou à agência reguladora uma série de projetos executivos, condição imposta pelo TCU para desbloquear o repasse de recursos públicos ao empreendimento. Mas, a essa altura, se houver novos contratempos, Benjamin Steinbruch agradece.

#Benjamin Steinbruch #Transnordestina


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Steinbruch vs. Steinbruch

8/08/2019
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As garras “amigas” de Benjamin Steinbruch ferem mais do que uma foice. O empresário já cravou seu gadanho no antigo sócio da família, Jacks Rabinovich, seus filhos e sobrinhos. Brigou com os primos Clarice e Leo, filhos do tio Eliezer Steinbruch – fundador da Vicunha Têxtil, junto com o pai de Benjamin, Mendel Steinbruch. No contencioso estava ladeado pelos irmãos, Ricardo e Elisabeth. Agora, Benjamin aponta suas unhas para os “manos”. O motivo de todos os dissensos é shakespeariano: vontade de poder desmedida e olho grande na parte do outro. Elisabeth faz parte do Conselho do Banco Fibra e da Vicunha Têxtil. Nunca chegou a ser um problema para a vontade de poder do irmão mais velho. Ricardo é o irmão mais novo. Mais emotivo, chegou, em momentos políticos mais críticos, a fazer defesas e pedidos candentes em favor de Benjamin. Mas o couro come, e ninguém vê. Benjamin quer os dois distantes da estrutura da empresa. Quem o conhece lacra o futuro: vai atropelar os outros dois Steinbruch menores. Perguntada sobre as divergências entre os Steinbruch, como seria de se esperar a Vicunha Têxtil disse “não confirmar as informações”.

#Benjamin Steinbruch


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Fora, Benjamin

13/03/2019
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O governo Bolsonaro busca um novo maquinista para a Transnordestina. A convicção é de que com Benjamin Steinbruch não há jeito desse trem sair do lugar. O assunto está no gabinete do ministro da Infraestrutura, Tarcisio Freitas, e já foi solicitado um parecer ao TCU.

#Benjamin Steinbruch #Transnordestina


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Caminhos distintos

26/09/2018
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O empresário Benjamin Steinbruch, que chegou a estar cotado para ser o vice na chapa de Ciro Gomes, tem se esquivado das tentativas de aproximação feitas pelo pedetista. Ao mesmo tempo, o amigo João Doria tenta convencer Benjamin a “Bolsonariar”.

#Benjamin Steinbruch


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Palavras ao vento

14/08/2018
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Os analistas que participaram da teleconferência da CSN na semana passada fizeram grande esforço para acreditar nas palavras de Benjamin Steinbruch. Pelo terceiro trimestre seguido, o empresário garantiu que o processo de desmobilização de ativos da siderúrgica está avançado. Nesse intervalo, a companhia vendeu apenas uma laminadora nos Estados Unidos.

#Benjamin Steinbruch #CSN


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“Sucessão” na CSN

5/06/2018
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Na CSN já se discute o nome do possível “substituto” de Benjamin Steinbruch caso ele se licencie da presidência da siderúrgica para disputar as eleições. O diretor executivo Luis Fernando Martinez, que comanda as áreas comercial e de logística da companhia, é o mais cotado para a posição de títere.

#Benjamin Steinbruch #CSN


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Cochichos da Big Apple

21/05/2018
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João Doria e Benjamin Steinbruch tiveram uma longa conversa a sós na última semana, durante a passagem dos dois por Nova York para os rapapés do Grupo Lide ao juiz Sérgio Moro.

#Benjamin Steinbruch #João Doria #Sérgio Moro


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Credores da CSN cobram venda de ativos

27/04/2018
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Em meio ao contencioso com os primos Leo e Clarice Steinbruch, que exigem na Justiça uma nova partilha e a venda de bens do clã, Benjamin Steinbruch enfrenta ainda um pico de pressão dos credores da CSN. Os bancos – à frente BB e Caixa Econômica – têm condicionado um novo alongamento da dívida e também a concessão de empréstimos futuros à venda de ativos da companhia. Segundo o RR apurou, estimativas dos próprios credores indicam que a CSN teria de levantar entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões ainda neste ano apenas para honrar a amortização das dívidas com vencimento até 2020. A subida do tom dos bancos nas últimas semanas parece estar sincronizada com a alta das ações da Usiminas – entre os ativos “vendáveis” da CSN, de longe o que pode ter maior impacto para a redução da dívida da empresa. O papel da siderúrgica mineira tem sido negociado a R$ 12, o maior patamar em quatro anos. Tomando-se como base o atual valor de mercado, a venda da participação renderia à CSN algo em torno de R$ 2,8 bilhões, o que possibilitaria a amortização de 10% do seu passivo. Por ora, no entanto, Benjamin se esquiva e não dá nem sinal de que vai se desfazer das suas ações na Usiminas. No máximo, fez chegar aos credores de que já abriu negociações para a venda da LLC Laminadora, nos Estados Unidos.

#Benjamin Steinbruch #CSN


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Aço retorcido

26/03/2018
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Alerta vermelho entre os credores da CSN: o contencioso entre Benjamin Steinbruch e seus primos travou o processo de venda de ativos da siderúrgica, fundamental para o abatimento da dívida de R$ 29 bilhões da empresa.

#Benjamin Steinbruch #CSN


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Credores triscam nos calcanhares de Benjamin

14/03/2018
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O acordo de alongamento da dívida da CSN, fechado em fevereiro, não trouxe o sossego esperado por Benjamin Steinbruch. Os principais credores, entre os quais Banco do Brasil e Caixa Econômica, pressionam o empresário a apresentar um plano de desmobilização de ativos. O temor dos bancos é que a bola de neve volte a crescer no curto prazo sem a adoção de medidas mais agudas para a redução da dívida. O passivo da CSN beira os R$ 29 bilhões.

#Banco do Brasil #Benjamin Steinbruch #Caixa Econômica #CSN


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Os anéis de Benjamin Steinbruch

23/02/2018
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O RR apurou que a CSN abriu o processo de venda da LLC, laminadora de aços planos localizada nos Estados Unidos, mais precisamente no estado de Indiana. Segundo informações filtradas da própria companhia, o ativo já teria sido oferecido à ArcelorMittal. A usina é avaliada em aproximadamente US$ 500 milhões. Trata-se apenas de um aquecimento no plano de desmobilização de ativos da siderúrgica de Benjamin Steinbruch, às voltas com um passivo de quase R$ 30 bilhões. O lance mais aguardado é a venda da participação de 16% na Usiminas. Os anéis de Benjamin Steinbruch

#ArcelorMittal #Benjamin Steinbruch #CSN #Usiminas


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CSN e Usiminas batem de frente com montadoras

11/12/2017
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As negociações entre o setor automotivo e a indústria siderúrgica em torno do reajuste dos preços do aço para 2018 têm sido mais duras do que o habitual. As montadoras – leia-se, notadamente, Volkswagen, Fiat, General Motors e Ford – ameaçam reduzir encomendas no mercado interno e aumentar as importações do insumo caso os fabricantes da matéria-prima não recuem em suas exigências. Na outra ponta deste cabo de guerra estão Usiminas e CSN, as duas principais fornecedoras para o segmento automotivo.

A siderúrgica mineira tenta impor um aumento da ordem de 25%. Já a companhia de Benjamin Steinbruch teria colocado sobre a mesa um reajuste entre 30% e 35%. Na média, os fabricantes de veículos consideram que o limite do razoável é um índice de 20%. Procurada, a Usiminas confirmou o pedido de 25% e garantiu que “as negociações com cada cliente seguem normalmente.” CSN, Fiat, Volkswagen, GM, Ford e Anfavea não se pronunciaram.

Nos bastidores, as montadoras acusam as siderúrgicas de pressionar o governo a aumentar as alíquotas de importação do aço. Uma vez adotada. a medida enfraqueceria o principal trunfo da indústria automobilística na queda de braço com os fornecedores. Consultado, o Instituto Aço Brasil diz não ter conhecimento sobre “pleito de elevação de imposto de importação”. Haveria ainda outro fator de colisão entre as duas partes: o prazo de vigência dos contratos. As siderúrgicas querem fechar acordos com validade de seis meses, um indício de que tentarão mais um reajuste em junho. As montadoras exigem contratos de um ano. Insistem que a lenta recuperação do mercado não suporta o aumento exigido pelos fabricantes de aço e muito menos um bis no meio do ano.

#Benjamin Steinbruch #CSN #Fiat #Volkswagen


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Uma no cravo…

28/11/2017
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A CSN está “empobrecendo” Benjamin Steinbruch. Desde  janeiro, a companhia já perdeu um quarto do valor de mercado. Menos mal que a Usiminas, da qual Benjamin também é acionista, acumula alta de 125% no ano.

#Benjamin Steinbruch #CSN #Usiminas


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Pax mineira

14/11/2017
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Para o lamento de dirigentes sindicais, concorrente e alguns acionistas – a exemplo de Benjamin Steinbruch – nos últimos dois meses tem reinado a paz entre a Techint e a Nippon Steel na Usiminas. Vai ver é a proximidade do Natal.

#Benjamin Steinbruch #Nippon Steel #Techint


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Golpe com Fibra

13/10/2017
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O Banco Fibra, da família Steinbruch, tornou-se alvo de golpistas, que estariam utilizando seu nome para oferecer empréstimos pessoais. O modus operandi segue o mesmo script: os criminosos estariam pedindo uma “taxa fiança” adiantada para a liberação do “empréstimo”. O Fibria já teria acionado o Banco Central e a Polícia Federal.

#Banco Fibra #Benjamin Steinbruch


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Na Norte-Sul, Steinbruch tem um culpado

27/09/2017
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A família Steinbruch deverá colocar mais pólvora no contencioso com a Triunfo Participações. Segundo o RR apurou, o Banco Fibra, controlado pelo clã, pretende entrar na Justiça com um pedido de indenização milionária contra o grupo, seu sócio na Tiisa Infraestrutura e Investimentos, por sua vez responsável pela construção de um trecho da ferrovia Norte-Sul. Acionista minoritário do consórcio, com 12,5%, o banco cobra da Triunfo o ressarcimento pelos prejuízos causados pela interrupção das obras e pelo bloqueio de R$ 56 milhões nas contas da Tiisa, a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Ambos investigam denúncias de superfaturamento no projeto. A contenda entre os Steinbruch e a Triunfo estourou no início do ano, com a paralisação das obras. O Banco Fibra já solicitou a contratação de uma auditoria externa para passar um pente fino na contabilidade do consórcio e apurar as denúncias de corrupção. O escândalo envolve também ex-dirigentes da Valec, a começar pelo notório ex-presidente da estatal José Francisco das Neves, o Juquinha, já condenado a 10 anos de prisão. Para todos os efeitos, a contratação de empresas terceirizadas, assim como a relação com a Valec, estava na alçada da Triunfo Participações. Em tempo: quem dera Benjamin Steinbruch tivesse uma Triunfo para acusar dos malfeitos na construção da Transnordestina, a cargo da CSN.

#Benjamin Steinbruch #Triunfo Participações


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Benjamin Steinbruch vai?

13/09/2017
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Benjamin Steinbruch está prestes a ser jogado do trem. E junto com ele a Valec. A solução desenhada pela Casa Civil para a Transnordestina prevê a saída da CSN e da estatal – a autarquia é dona de 41% do consórcio. A operação passaria pela Medida Provisória 752/16, que deu ao governo o poder de retomar licenças de infraestrutura por meio de uma “devolução amigável”, um eufemismo para “cassação”.

Dependendo do quão seja esse “amigável”, Benjamin poderia deixar o negócio levando uma indenização, como reza a MP. Neste momento, um grupo interministerial encabeçado por Eliseu Padilha está ultimando os estudos de viabilidade econômico-financeira da Transordestina. A ideia é que tudo fique pronto ainda neste mês.

Levantamento preliminar indica que a ferrovia precisará de quase R$ 5 bilhões para ser concluída, e não apenas R$ 3 bilhões como se estimava anteriormente. Da CSN e da Valec é que esse dinheiro não deverá sair. A retomada permitiria ao governo relicitar a concessão da Transnordestina. De quebra, funcionaria como uma “higienização” de um projeto que está atrasado em quase dez anos e cercado de denúncias de irregularidades, que levaram o TCU a suspender as obras.

#Benjamin Steinbruch #CSN #Transnordestina #Valec


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Benjamin Steinbruch volta?

13/09/2017
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Benjamin Steinbruch está lustrando suas armas para investir na aquisição de ações da Vale em Bolsa. O empresário pretende montar uma participação expressiva na mineradora. O espelho é o modelo Usiminas, na qual ele é um investidor relevante com interesses em sinergias futuras com a CSN. A própria reestruturação societária da Vale criou condições mais propícias para uma investida desta natureza. A pulverização do capital aumenta a flexibilidade para que ele faça suas operações de aquisição no mercado. A engenharia montada por Benjamin Steinbruch pode envolver também a Congonhas Minérios, controlada pela CSN. Há motivações cruzadas nesta direção. Sabe-se que a Vale tem interesse no ativo; Benjamin, por sua vez, precisa gerar caixa para reduzir o a alavancagem de sua siderúrgica.

#Benjamin Steinbruch #CSN #Usiminas #Vale


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Trem que nasce torto…

4/09/2017
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A Transnordestina é uma dízima periódica. O grupo de trabalho montado pelo governo para colocar o projeto nos trilhos calcula que faltam mais de R$ 5 bilhões para a conclusão das obras. Do bolso de Benjamin Steinbruch é que esse dinheiro não vai sair.

#Benjamin Steinbruch #Transnordestina


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Desembarque da China

3/08/2017
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A China Communications Construction Company está desembarcando das negociações com Benjamin Steinbruch para se associar à Transnordestina.

#Benjamin Steinbruch #China Communications Construction Company (CCCC) #Transnordestina


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Os pesos e medidas de Benjamin

2/06/2017
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Benjamin Steinbruch é o alvo da vez de Lírio Parisotto, híbrido de empresário, investidor ativista e máquina de contenciosos societários. Parisotto entrou com um recurso na Justiça com o objetivo de nomear um representante para o Conselho de Administração da CSN. Em abril, a siderúrgica conseguiu barrar a participação do investidor na eleição dos novos conselheiros, sob a alegação de conflito de interesse. Parisotto também é acionista da Usiminas. Assim como o próprio Benjamin…

#Benjamin Steinbruch #CSN #Usiminas


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TCU é uma locomotiva na direção de Benjamin Steinbruch

24/04/2017
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O trem de Benjamin Steinbruch ameaça descarrilar de vez. O mais novo obstáculo à permanência do empresário à frente da Transnordestina é o Tribunal de Contas da União. Segundo o RR apurou, a Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura Portuária e Ferroviária (Seinfra), unidade técnica do TCU, já encaminhou ao procurador Julio Mendes de Oliveira, do Ministério Público Federal, seu parecer sobre o empreendimento.

De acordo com fonte do próprio TCU, o relatório confirma que há risco de continuidade das obras de construção da ferrovia por falta de garantias financeiras, corroborando análise preliminar do ministro Walton Alencar Rodrigues, relator do processo. Procurado, o TCU informou que não se pronuncia sobre processos em andamento. A CSN não quis comentar o assunto. No vai e vem desses sinuosos trilhos, agora será a vez do próprio Ministério Público emitir seu parecer sobre o caso, que, ato contínuo, voltará às mãos do ministro Walton Alencar, do TCU.

São quilômetros que poderão definir se Benjamin Steinbruch seguirá ou não como o maquinista de um projeto que começou ao custo de R$ 5 bilhões e já deixou para trás uma conta de mais de R$ 11 bilhões, noves fora os seguidos atrasos no cronograma. O relatório técnico da Seinfra aumenta a probabilidade de que o relator Walton Alencar determine a suspensão definitiva do repasse de recursos públicos para a construção da Transnordestina. Em janeiro, o TCU fechou preventivamente as torneiras que ainda jorravam dinheiro no projeto – além do próprio orçamento da União, o financiamento vem do Fundo de Investimentos do Nordeste, do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e do BNDES.

Em sua decisão, Alencar afirmou que “sequer existem elementos que permitam aferir o custo real da obra”. Desde fevereiro, a construção está parada. No início deste mês, o Planalto determinou a criação de um grupo de trabalho formado por representantes dos Ministério do Planejamento e do Transportes, Secretaria de PPIs, ANTT e da própria CSN para tratar da Transnodestina.

Esse condomínio multissetorial terá 120 dias para apresentar medidas que permitam a retomada das obras. O mais correto é dizer que esse é o prazo para que Benjamin Steinbruch engendre a sua própria solução. No próprio governo, o sentimento em relação à Transnordestina é de “vai ou racha”. A negociação para a entrada da China Communications Construction Company (CCCC) no empreendimento é vista como a última cartada de Benjamin para se manter à frente do projeto.

#Benjamin Steinbruch #Transnordestina


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Caixa e BB no caminho de Benjamin

12/04/2017
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Como se não bastasse a Transnordestina, com seus atrasos e processos no TCU, Benjamin Steinbruch tem outra aresta pontiaguda com o governo. Trata-se da complexa e arrastada renegociação do endividamento de curto prazo da CSN com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. Neste momento, a siderúrgica tenta alongar os passivos com vencimento em 2017 e 2018, que somam R$ 4,9 bilhões. É a menor parte do problema. A chapa esquenta ainda mais quando o assunto são as dívidas que vencem em 2019 e 2020, em torno de R$ 15 bilhões. No caso específico do BB, não custa lembrar, Benjamin tem do outro lado da mesa um ex-colaborador: o atual presidente do banco, Paulo Rogério Caffarelli, que foi diretor executivo da própria CSN. O que isso quer dizer? Até agora, nada!

#Benjamin Steinbruch #CSN #Transnordestina


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Aço derretido

9/02/2017
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Benjamin Steinbruch tem sido aconselhado por executivos e advisers da CSN a se desfazer da Lusosider. A siderúrgica portuguesa é considerada uma ilha dentro do grupo. Responsável por 7% da produção total de aço da CSN, tem reduzida rentabilidade e baixíssima sinergia com as operações no Brasil. Por ora, no entanto, Benjamin trata a recomendação com a habitual empáfia.

#Benjamin Steinbruch #CSN #Lusosider


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Caminho livre

20/01/2017
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Benjamin Steinbruch já negocia com o governo um novo financiamento para a Transnordestina – em dezembro, recebeu R$ 430 milhões. Benjamin não sabe o que lhe trouxe mais sorte: se a chegada de Michel Temer ao Planalto ou a saída de Ciro Gomes da companhia?

#Benjamin Steinbruch #Transnordestina


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Bullets

30/09/2016
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 “Pedro”, conforme Parente é formalmente chamado na Petrobras, tem pedido que todos os funcionários leiam os recortes do noticiário. O clipping tem sido ótimo para “Pedro”. •••  O “maior lobista do Brasil”, Jorge Serpa, está fora de combate. Como dizia o poeta austríaco Karl Kraus, a idade é a maior doença da vida. ••• Se vender parte da Congonhas Minérios para a CB Steel, Benjamin Steinbruch vai abater um bocado da dívida da CSN e comprar um outro tanto de ações da Usiminas. Ele só pensa naquilo.

#Benjamin Steinbruch #CB Steel #Congonhas Minérios #CSN #Pedro Parente #Petrobras #Usiminas


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Bullets

28/09/2016
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 O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, aquele que diz não saber o que disse saber, teria sido informado da operação contra Antonio Palocci na tarde da última quinta-feira. •••  Além da iminente venda de parte da Congonhas Minérios, Benjamin Steinbruch tenta atrair o China Development Bank para a Transnordestina . •••  O lobista Milton de Oliveira Lyra Filho, preso pela Lava Jato na última segunda-feira, é bastante próximo de badalados cartolas do futebol brasileiro, inclusive o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

#Alexandre de Moraes #Antônio Palocci #Benjamin Steinbruch #CBF #China Development Bank #José Maria Marin #Lava Jato #Transnordestina


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Lata enferrujada

23/09/2016
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 A canadense CanPack , que pagou US$ 98 milhões pela Metalic, estima que terá de gastar mais de US$ 20 milhões para colocar a ex-fabricante de latas de aço de Benjamin Steinbruch na ponta dos cascos. Há tempos que a CSN não investia na empresa.

#Benjamin Steinbruch #CSN #Metalic


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Bullets

20/09/2016
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Todas as noites, Michel Temer tem tirado o ponto com Marcela Temer. Ambos se debruçam sobre o conteúdo do programa “Criança Feliz”   A Transnordestina acabou afastando de vez Benjamin Steinbruch e Paulo Skaf. O presidente da Fiesp “esqueceu” completamente que prometeu tratar do assunto junto ao Planalto.   O diretor de planejamento do BNDES, Vinicius Carrasco, foi encarregado pela presidente Maria Sílvia Bastos de construir um disclosure capaz de catar pulga. Vai inovar com métricas criativas.

#Benjamin Steinbruch #BNDES #Criança Feliz #Fiesp #Marcela Temer #Maria Sílvia Bastos #Michel Temer #Paulo Skaf #Transnordestina #Vinicius Carrasco


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Ardagh quer as latinhas de Steinbruch

5/07/2016
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 A Ardagh, uma das maiores produtoras de embalagens de alumínio da Europa, surge como a solução para um antigo problema da , : a cada vez mais deficitária Metalic. O grupo sediado em Luxemburgo teria apresentado uma oferta de aproximadamente US$ 30 milhões pela fabricante de latas de aço controlada pela siderúrgica. Se dependesse apenas da vontade dos executivos da CSN, a Metalic já teria sido vendida há muito tempo. Trata-se de um ativo que não para de depreciar. Há cerca de três anos, Benjamin recusou propostas na casa dos US$ 70 milhões. Em setembro do ano passado, a norte-americana Crown ofereceu US$ 40 milhões pela Metalic. Nessa toada, chegará um dia em que a CSN terá de pagar para se livrar da controlada.  A Metalic é uma espécie de “alienígena” entre os fabricantes de latas para bebidas do país. Trata-se da única empresa que utiliza o aço como matéria-prima. Totaliza apenas 4% de participação no mercado e vende praticamente para um único cliente: Tasso Jereissati. A companhia sofre com a baixíssima escala e com um custo logístico incomparavelmente superior ao da concorrência. Com apenas uma fábrica em Maracanaú, na Grande Fortaleza, não tem condições de competir com a própria Crown e a Ball /Rexam, que contam com unidades espalhadas em todo o país. Além disso, precisa arcar com o transporte do aço desde a usina da CSN em Volta Redonda até o Ceará. Nessas circunstâncias, a Metalic só faz sentido para um grupo que esteja chegando ao país e precisa montar um colar industrial, exatamente como é o caso da Ardagh. Presente em 21 países e com um faturamento global superior a US$ 8 bilhões, o grupo herdou suas duas primeiras fábricas no Brasil no início deste ano, ao comprar um pacote global de ativos da Ball/Rexam. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: CSN.

#Ardagh #Ball /Rexam #Benjamin Steinbruch #CSN #Metalic #Metalúrgica


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Transnordestina passa pela Ásia para chegar à estação final

23/05/2016
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 A rumorosa saída de Ciro Gomes da Transnordestina se dá justo no momento em que Benjamin Steinbruch joga uma cartada decisiva para a continuidade do projeto. A CSN estaria negociando a venda de parte de suas ações na Transnordestina Logística para a CK Holdings, de Hong Kong. Segundo o RR apurou, o acordo envolveria a transferência de 25% do capital ordinário – a siderúrgica permaneceria no controle, com 74%. Estima-se que a operação possa injetar cerca de US$ 500 milhões na concessionária, recursos fundamentais para tirar o empreendimento do atoleiro. Do percurso total de 1,8 mil quilômetros, até o momento apenas a metade foi entregue – o cronograma original previa a conclusão da obra em 2010.  A venda de um pedaço da Transnordestina conta com o aval do governo, parte mais do que interessada no equacionamento dos graves problemas financeiros da concessionária. Só nos últimos dois anos, o Tesouro Nacional despejou mais de R$ 800 milhões na empresa, recursos que acabaram convertidos em equity, com o aumento da participação da Valec de 8% para 32% das ações preferenciais. Na semana passada – coincidência ou não, no mesmo dia em que Ciro Gomes deixou a empresa para evitar que “perseguições políticas interfiram ainda mais no projeto” – o TCU proibiu novos repasses da União à Transnordestina. Se o cofre do Tesouro está fechado, da cartola de Benjamin Steinbruch, então, é que não sairá coelho algum. Com uma dívida de R$ 27 bilhões – oito vezes o seu patrimônio –, a CSN não tem condições de arcar com os mais de R$ 4 bilhões que faltam para complementar o orçamento.  Fôlego financeiro é exatamente o que sobra à CK Holdings. Trata-se de um dos maiores grupos de investimento de Hong Kong, com participações nas áreas de transporte, energia elétrica, telecomunicações, real estate e hotelaria, que somam quase US$ 900 bilhões. Recentemente, após uma série de atritos com o governo local, a CK vendeu todos os ativos na China. Colocou mais de US$ 16 bilhões no caixa e decidiu que era hora de se aventurar na América Latina. A Transnordestina, tudo indica, será a primeira estação. Procurada pelo RR, a CSN não comentou o assunto.

#Benjamin Steinbruch #CK Holdings #CSN #Transnordestina


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Pato de aço

28/04/2016
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 O presidente da CSN , Benjamin Steinbruch, já avisou que dessa vez não será o tapa buraco da Fiesp. O barão do aço está imerso em seus problemáticos negócios e atravessando um período pessoal ruim. Além do mais, sabe que a Fiesp hoje é uma miríade de indústrias de araque mescladas com corretores de seguros. É esse exército de brancaleone que iria comandar caso topasse ir para o sacrifício.

#Benjamin Steinbruch #CSN #Fiesp


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A indiferença sem vergonha da burguesia nacional

17/11/2015
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 Rubens Ometto, Jorge Gerdau, Abilio Diniz, Pedro Passos, Roberto Setubal e Benjamin Steinbruch, só para dizer o nome de alguns dos mais destacados empresários do país que, ao menos, se dizem interessados nos rumos do Estado Nacional. Digamos que esses acumuladores de dinheiro buscam colocar uma pitada de organicidade e interesse público naquilo que é seu mantra individual: incentivos, crédito direcionado, barreira protecionista, redução dos gastos públicos, subsídios e câmbio subvalorizado. Nenhuma dessas variáveis representa, solta, o interesse nacional, ou sequer o bordado de uma política setorial consistente. As experiências governamentais anteriores revelam que o surgimento de tecnocracias eficientes somente ocorreu em sintonia com a existência de grupos influentes de empresários orgânicos, que queriam moldar o Estado a sua semelhança e ocupá-lo virtualmente. Os empresários citados no início deste texto não operam em grupo, não falam grosso, não conspiram em bloco, não têm um projeto de país que acomode bem seus negócios, e, sim, uma dúzia de pleitos de suas empresas que ignoram o Brasil.  Os empresários têm sido a elite que traz a inovação capaz de quebrar a inércia após ciclos de dinamismo. FHC foi se pendurar em uma penca de financistas, ligados à aristocrática banca privada brasileira – Itaú, Safra e Unibanco – e a instituições do mercado de capitais, travestidos de acadêmicos independentes, ou seja, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira, André Lara Resende, Gustavo Franco, Pérsio Arida, Armínio Fraga e outros. No início do regime militar, Jorge Oscar de Mello Flores, Walter Moreira Salles, Antônio Gallotti, Gastão Bueno Vidigal e Eudoro Villela trabalharam com afinco no apoio à dupla estereotípica da tecnocracia, Roberto Campos e Otávio Gouveia de Bulhões. No Lula I e Lula II, o próprio Henrique Meirelles, saído do BankBoston, com a anuência de Antônio Palocci, era criatura e criador. Antes, é bem verdade, tinham vindo as empreiteiras – até a estigmatização pela Lava Jato, donatárias do melhor capital humano existente no país –, a Coteminas, de José de Alencar, e o Bradesco, única instituição financeira do país com uma preocupação nacional. Com o apoio desse núcleo ascenderam Marcos Lisboa, Murilo Portugal e Joaquim Levy.  Os mais bem favorecidos perderam a amarra cívica, aquele tesão pelo país, a vontade de modelar o Estado até que ele fosse objeto de orgulho. A política empresarial é tímida, pífia e egoísta. Em pouco tempo, muitos deles sairão daqui, transferindo seus negócios para o exterior, de forma a que eles estejam protegidos naturalmente em dólar. Vai nos restar lembrar um dia 1º de janeiro, quando três anciões subiram a rampa do Palácio do Planalto esbaforidos e de braços dados, ajudando-se mutuamente, para uma frugal visita matinal ao então presidente da República, o general João Baptista Figueiredo. Roberto Marinho, Amador Aguiar e Azevedo Antunes eram a metáfora da fibra empresarial daqueles tempos. Tinham ido cumprimentar o presidente e conversar sobre o Brasil. Simbolicamente, os empresários morreram.

#Abilio Diniz #Benjamin Steinbruch #Jorge Gerdau #Pedro Passos #Roberto Setubal #Rubens Ometto


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CSN e Usiminas fazem duelo de perdedoras

20/10/2015
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   Por mais de uma década, CSN e Usiminas disputaram o rali do protagonismo no setor de aços planos. No caminho, Benjamin Steinbruch chegou a cogitar a aquisição da concorrente – ficou com 17% fora do bloco de controle, que acabou se tornando parte do problema e não da solução. As duas empresas mantêm a sina de concorrer entre si, mas agora competem em outra modalidade, o enduro das desgraçadas, uma corrida às avessas na qual o objetivo é chegar em segundo, ou melhor, jamais cruzar a linha fatal. O cronômetro também gira na contramão, numa contagem regressiva que entra em seu momento crucial. No curto prazo, CSN e Usiminas terão de enfrentar situações decisivas para o seu futuro, como endividamento, redefinições estratégicas, venda de ativos e mudanças societárias.  A premissa para o reequilíbrio financeiro das duas empresas é a repactuação de seus massacrantes passivos. A Usiminas tem um caminho menos pedregoso; claro, no comparativo com a CSN. A dívida líquida chegou a R$ 4,8 bilhões em agosto – 3,7 vezes o Ebitda. Esse índice ultrapassou os covenants acordados com os credores (3,5 vezes). Por ora, os bancos concederam um waver à Usiminas e não vão pedir a liquidação antecipada das dívidas ou executar as garantias. Ou seja: a siderúrgica está nas mãos dos credores como nunca esteve. Mas não tanto quanto a CSN.  O endividamento líquido da CSN é de R$ 22 bilhões, ou 5,6 vezes o Ebitda. Vai piorar. Bancos de investimentos ja soltaram relatórios indicando que esse índice deverá chegar a sete vezes até o fim do ano. A recente renegociação dos débitos com BB e Caixa apenas descomprimiu o curto prazo, empurrando vários pagamentos para o período entre 2018 e 2022. Há quem questione se a CSN saiu mesmo ganhando, pois já tinha R$ 17 bilhões em compromissos que vencem nesse intervalo.  Para os males causados pelo alto endividamento, a dupla do aço derretido só tem o remédio da venda de ativos. A CSN tem mais lenha para queimar, incluindo a Usiminas. Avaliações preliminares apontam que a venda dos 17% da siderúrgica mineira, do excedente de ações na MRS , do Tecon Sepetiba e de duas hidrelétricas, além de outros ativos, poderia render cerca de R$ 5 bilhões. Ainda restaria a Steinbruch a hipótese de se desfazer de sua pedra mais preciosa: os ativos de mineração. O problema é o timing: essas participações estão muito depreciadas, a começar pela Usiminas – no ano, suas ações caíram 30%. Se, nesse aspecto está ruim para a CSN, imaginem para a Usiminas que praticamente só tem a si própria como ativo.  A CSN tem outra vantagem: é empresa de um dono só. O que Steinbruch decidir está decidido. Já Minas Gerais é um território conflagrado. A Usiminas é uma empresa rachada ao meio entre Nippon Steel e Techint, inimigas, o que torna praticamente impossível qualquer decisão corporativa de maior peso. Não por acaso, muitos defendem que o soerguimento da companhia depende da mudança do controle.  O fato é que as diferenças entre Usiminas e CSN mais aproximam do que afastam. Quanto mais aceleram maior a sensação de que uma está acorrentada à outra e suas raias se cruzarão definitivamente em algum ponto. Neste pega ao reverso, é grande a probabilidade de que o vencedor, na verdade o perdedor, caia na rede do perdedor, neste caso o real vencedor, viabilizando, por uma via invertida, a mais lógica e esperada fusão da siderurgia nacional. Seria uma associação de aleijados, em que um se escoraria no outro. Que outra solução?

#Benjamin Steinbruch #CSN #Nippon Steel #Techint #Tecon Sepetiba #Usiminas


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Aço derretido

4/09/2015
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Além das negociações com os principais bancos credores da CSN em busca do alongamento do passivo da empresa, na casa dos R$ 32 bilhões, Benjamin Steinbruch estaria agora convocando a McKinsey. A missão da consultoria seria comandar uma drástica reestruturação na companhia. Oficialmente, a CSN nega a contratação da McKinsey.

#Benjamin Steinbruch #CSN #McKinsey


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O empresariado engajado no autoengano de Dilma

31/08/2015
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A disposição de Dilma Rousseff em criar um núcleo duro empresarial no seu governo, com forte participação em uma futura reforma ministerial, está esbarrando na diversidade dos interesses e ideias da categoria. O apoio do empresariado foi apresentado à presidente como uma terceira via para lidar com a borrasca perfeita do seu governo: base aliada dividida, Congresso hostil, crash de popularidade, corrupção, ministério fisiológico, inflação, recessão etc. A ideia de trazer a burguesia para compor a regência é um chiclete mastigado. Lula defende um diálogo maior com o setor privado desde a formação do ministério do segundo mandato. O chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que tem bons amigos entre os empresários, é entusiasta antigo dessa aproximação e adepto da criação de um conselho consultivo de dirigentes do setor privado – a presidente ouve falar em conselheiros e quer logo pegar em uma pistola. Na última vez, mirou o alvo e assassinou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Joaquim Levy veio bater na mesma tecla de atração do empresariado. A estratégia caiu na boca do povo, e ministros como Armando Monteiro e Nelson Barbosa, além dos “aliados” Michel Temer e Renan Calheiros, correram para os braços dos empresários. Os interesses nesses jantares, almoços e reuniões variam do oportunismo mais rastaquera até nobres tentativas de apoio. Em comum, o fato de que todos batem cabeça. Os empresários não têm “uma agenda para o desenvolvimento”, até porque, “agendas” – enfatize-se o plural – é o que não falta. Não há nada nesse empresariado que lembre os Srs. Augusto Trajano de Azevedo Antunes, Gastão Bueno Vidigal, Antonio Gallotti, Walther Moreira Salles, Amador Aguiar, Cândido Guinle de Paula Machado e… Roberto Marinho. Uma elite orgânica, conservadora modernizante, frequentadora entre si, empreendedora, com um projeto permanente de conquista do Estado e ciosa de previsibilidade. O atual rating dos endinheirados varia conforme as notas sobre a gradação financeira, respeitabilidade, presença na mídia e dependência financeira do governo. Há análises combinatórias. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, tem relacionamentos com o governo, respeitabilidade e porte financeiro. O presidente do Itaú, Roberto Setubal, respeitabilidade e grana, mas nunca foi bem visto no Planalto. Jorge Gerdau, arroz de festa nas especulações ministeriais, é, no momento, potencial candidato a pedir o auxílio do governo. O presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva, já foi aspirante a ministro da Fazenda antes de Joaquim Levy. É identificado como um sincero colaborador. Os dirigentes da Natura, Guilherme Leal e Pedro Passos – este último presidente do IEDI – são anunciados como presentes em todos os encontros, mas nunca participaram de nenhum. E tome de Benjamin Steinbruch, Rubens Ometto, Edson Bueno, Cledorvino Belini, Joesley Batista e tantos e tantos outros. Ressalvas para Paulo Skaf, considerado pelos seus pares o “Guido Mantega do empresariado”. São tantas as diferenças para um único consenso: Dilma é vista por todos como um estorvo. Se a realidade refletir o que é dito pelos empresários à boca pequena, o apoio à presidente não passa de um autoengano de Dilma.

#Benjamin Steinbruch #Bradesco #Dilma Rousseff #Gerdau #IEDI #Itaú #Joaquim Levy #Jorge Gerdau #Lula #Michel Temer #Natura #Paulo Skaf #Renan Calheiros #Roberto Setubal #Rubens Ometto

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