Tag: Aloizio Mercadante

Governo

Mercadante na Petrobras é apenas a ponta do iceberg

4/04/2024
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A Petrobras corre o risco de virar, de vez, um departamento de Estado. As mudanças planejadas pelo governo não ficariam circunscritas à ida de Aloizio Mercadante para a presidência da empresa, no lugar de Jean Paul Prates. Mercadante assumiria com carta branca para fazer substituições na diretoria da Petrobras e colocar nomes, digamos assim, mais alinhados aos planos do Palácio do Planalto para a empresa. Segundo especulações que circulam dentro da própria Petrobras em meio ao turbilhão de informações desta manhã, o primeiro a ser trocado seria o CFO, Sergio Caetano Leite. O executivo é homem de confiança de Jean Paul Prates e foi uma escolha direta do próprio presidente da estatal para o cargo. Mercadante quer ter na mão o controle de todo o mapa das finanças da companhia. Ressalte-se que a diretoria financeira da Petrobras é responsável, entre outras atribuições, pelo valuation de ativos em caso tanto de desinvestimentos quanto de investimentos. Nesse contexto, caberia ao futuro CFO a importante missão de conduzir eventuais reestatizações. Não é segredo para ninguém, por exemplo, que o governo Lula quer o retorno da Petrobras ao setor de distribuição de combustíveis.

Em tempo: na esteira da possível transferência de Mercadante para a Petrobras, Guido Mantega está cotado para assumir a presidência do Conselho de Administração do BNDES. Seria um pouso até que pareça alguma sinecura melhor. A ida para o banco de fomento seria também uma forma de tirar Mantega do rolo da Braskem – nos últimos dias surgiram informações sobre a intenção do presidente Lula de colocá-lo no board da encalacrada petroquímica.

#Aloizio Mercadante #Petrobras

Governo

Mercadante reverte processo de inanição do BNDES em renda variável 

7/03/2024
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A crítica ao processo de “venda maciça de ações” feita pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, deixa claro o que ele pensa em relação à redução da carteira do banco, na gestão de Gustavo Montezano. Para ser mais fiel aos fatos, Montezano era um ventríloquo de Paulo Guedes, melhor dizer um fantoche. Por ordem de cima, detonou as operações de renda variável do banco. Não bastasse a obsessão de usar o BNDES como galinha poedeira de recursos para a redução do déficit fiscal, Montezano transformou em poeira o apoio à área de infraestrutura por meio da renda variável. As participações através de ações, debêntures e fundos de investimentos em energia – excluído petróleo e gás -, logística e transporte e telecomunicações, desceram ao nível mais baixo da história da BNDESpar. Mercadante quer fazer uma combinação com apoio a setores estratégicos pela via da renda variável com uma gestão eficiente da carteira.

A BNDESpar vai voltar a crescer bastante em sua participação na estrutura de financiamento do banco. Em 2023, o fomento através desses instrumentos foi o mais baixo da série histórica do BNDES, chegando a míseros R$ 400 milhões, segundo dados disponibilizados pelo próprio banco. Um desconto aos valores raquíticos pode ser dado devido ao período ser o primeiro ano do governo Lula. Mercadante tinha de lidar com a herança dos repasses ao Tesouro Nacional e resgatar fontes de recursos que haviam secado na gestão Montezano. No período entre 2024 e 2026, pode ser que o presidente do banco não chegue ao recorde de operações de renda variável – registrado em 2010, no último ano do segundo governo Lula, com investimentos de R$ 30 bilhões –, mas vai disparar em relação a 2023.

#Aloizio Mercadante #BNDES #Gustavo Montezano

Governo

BNDES requenta o lançamento do Nova Indústria Brasil

22/02/2024
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O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, recebeu recomendações expressas do Palácio do Planalto para que o plano Nova Indústria Brasil seja reapresentado, com informações bem mais detalhadas e fartura de números e dados. Por enquanto, o banco divulgou praticamente um programa de intenções. A orientação é que Mercadante disponibilize seus técnicos à mídia e use o bom e velho modelo do power point.

O Nova Indústria Brasil, que era para ser um dos trunfos do governo, se tornou um saco de pancadas devido à pouca transparência das suas efetivas ações, prazos e números. Em tempo: a sugestão para que o BNDES corrija sua comunicação foi feita por agência que presta serviços à Secom.

#Aloizio Mercadante #BNDES #Nova Indústria Brasil

Economia

Mercadante apara arestas com as grandes centrais sindicais

26/04/2023
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O RR apurou que o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, está articulando um encontro com representantes dos trabalhadores no Conselho Deliberativo do FAT e com presidentes de centrais sindicais. A reunião deverá ser realizada no dia 12 de maio. Mercadante pretende apresentar seus planos para o uso de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, principal fonte de financiamento do banco. O presidente do BNDES já aventou a hipótese de utilizar o FAT para a concessão de subsídios a setores como energia renovável, fabricação de veículos elétricos, empresas de inovação, entre outros. De quebra, Mercadante deverá usar o encontrar para tentar reverter o climão com os representantes das centrais de trabalhadores. Nenhum deles foi convidado para a sua posse na presidência do BNDES. 

#Aloizio Mercadante #BNDES #FAT

Política

Mercadante tentou levar Benjamin Steinbruch para Ministério

23/12/2022
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O Barão do Aço, Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, foi sondado por Aloizio Mercadante para ocupar a pasta da Indústria e Comércio. Os dois são unha e carne. Mercadante tinha um argumento adicional para o aceite de Steinbruch: sua própria nomeação para o BNDES. “Vamos ser o Pelé e Coutinho do setor”, teria dito Mercadante, que ficaria “subordinado” ao “Barão”. Mesmo com toda essa animação, o convite não colou. Steinbruch argumentou que vive uma fase de decisões estratégicas na empresa e um rolo com familiares para ver quem é dono de que. O curioso é a malha fina entre os empresários que estavam cotados para a Indústria e Comercio: o presidente da CSN era vice de Paulo Skaf, na Fiesp, que agora tenta demolir seu sucessor na entidade, Josué Gomes da Silva, que, por sua vez, foi convidado para o MDIC e não aceitou.

Bem melhor fez Lula. Com tantos fricotes nessa área, simplificou tudo. Chamou Geraldo Alckmin e entregou-lhe a Pasta. Com isso, esterilizou Mercadante. O presidente do BNDES passa a responder ao vice-presidente, que tem maior autoridade formal e é ”indemissível”. De quebra, mandou o seu coordenador dos Grupos de Transição para o Rio de Janeiro, bem longe de Brasília. Mercadante fazendo política é um rinoceronte dentro de uma casa de louças.

#Aloizio Mercadante #Benjamin Steinbruch #BNDES #CSN

Política

Mercadante no BNDES não é um bom sinal. Mas podia ser pior

13/12/2022
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Lula bateu o martelo da nomeação de Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES na véspera da sua diplomação. A conversa já vinha rolando há um bom tempo, mas o presidente eleito empurrava a definição para frente. A alternativa ao BNDES seria a indicação de Mercadante para a Petrobras. Mas dentro do grupo mais próximo do presidente a nomeação para a petrolífera foi considerada como uma sinalização mais arriscada. O próprio Mercadante concordou. Afinal, o banco de fomento não tem ações em mercado nem o impacto que a estatal tem nas bolsas de valores. Fora o fato de que, pelos notórios eventos pretéritos, a escolha do presidente da Petrobras tem de ser feita com muito carinho.  

 

Havia dúvida como se daria a relação de Mercadante com o futuro ministro da Indústria e Comércio – especula-se que o mais cotado é o atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva – tendo em vista o tamanho que o economista possui no PT e junto ao próprio Lula. A pergunta é se o titular do banco não ficaria maior do que o ministro, pilotando um verdadeiro enclave dentro da Pasta. No passado, o excessivo empoderamento do então presidente do BNDES, Guido Mantega, gerou atritos com os ministros Antônio Palocci e Luiz Furlan, além do presidente do BC, Henrique Meirelles. Deu no que deu.  

 

Quanto aos dizeres de Lula de que não fará privatizações, a declaração está em linha com o discurso de campanha e é um recado sobre a linha de atuação que o banco terá sob a gestão de Mercadante. Com certeza, havia outros nomes de gabarito, próximos do vice Geraldo Alckmin e com uma aceitação muito maior pelo mercado. Mas está dado. O sinal não é bom. 

#Aloizio Mercadante #BNDES #Lula #Petrobras

Política

Assessores de Lula temem um “pacotaço” de última hora de Bolsonaro

14/11/2022
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Há um temor entre os assessores mais próximos de Lula, tais como Gilberto Carvalho e Aloizio Mercadante, de que Jair Bolsonaro tenha recomendado a seus ministros a implementação de um “pacotaço” de medidas na saída do governo. Essa iniciativa ampliaria o tamanho do “revogaço”, cuja realização Lula já anunciou desde a campanha. A lógica perversa é a seguinte: quanto maior o número de decisões deste mandato presidencial que o futuro governo tiver de rever, pior será para sua imagem e relação com o mercado. Se depender da disposição de Bolsonaro, Lula vai se desgastar tendo que explicar o “revogaço” de um mar de medidas. Não interessa que elas tenham sido tomadas na última hora e com o intuito de desestabilizar o início do futuro governo. Bolsonaro quer mostrar que é o dono do pedaço até a última hora antes da sua saída.

#Aloizio Mercadante #Gilberto Carvalho #Jair Bolsonaro #Lula

Política

Âncora

25/10/2022
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Assessores econômicos de Lula, a começar por Aloizio Mercadante, têm levado propostas para empresários do setor portuário. O objetivo é acalmar o maremoto no segmento após as notícias de que o petista vai suspender as privatizações do segmento.

#Aloizio Mercadante #Lula

Lula quer acelerar concessões no setor portuário

25/08/2022
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Silenciosamente, o comitê de Lula para a área econômica, à frente Aloizio Mercadante, vai montando o programa de concessões do candidato petista. No momento, assessores do ex-presidente estão debruçados sobre os planos para o setor portuário. De acordo com a fonte do RR, a ideia é realizar ao menos duas licitações em 2023: as Companhias Docas do Pará e da Bahia.

Ressalte-se que um eventual governo Lula ainda poderá herdar leilões originalmente programados para este ano, mas ainda cercados de incertezas. Entram nesse rol, por exemplo, a licitação do STS10, o novo terminal de contêineres do Porto de Santos, e a desestatização da Companhia Docas de São Sebastião, ambos ainda sem previsão. Segundo o RR apurou, assessores de Lula têm mantido conversações com investidores do setor para apresentar os planos do candidato petista.

A interlocução tem sido conduzida por Miriam Belchior e Maurício Diniz, que ocuparam, respectivamente, o Ministério do Planejamento e a Secretaria Nacional de Portos no governo de Dilma Rousseff. Ressalte-se que o trackrecords nessa área é razoavelmente favorável ao PT: o programa de concessões portuárias teve início na gestão Dilma. Além das concessões em si, os assessores econômicos de Lula têm acenado com outra medida simpática ao setor portuário: a transformação do Conselho de Autoridade Portuária de uma instância meramente consultiva, como é hoje, em um órgão deliberativo, com poderes para acelerar as desestatizações da área.

#Aloizio Mercadante #Companhia Docas do Pará #Lula #Ministério do Planejamento

2023 é logo ali

13/06/2022
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Emissários da indústria química foram até Aloizio Mercadante. Querem saber se Lula, uma vez eleito, vai manter o Reiq, o regime tributário especial do setor. Por ora, só silêncio.

#Aloizio Mercadante #Reiq

O eclipse de Mercadante

14/05/2018
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O ex-ministro Aloizio Mercadante submergiu entre as próprias hostes petistas. Não tem participado de reuniões do partido, não atendeu ao chamado de Gleisi Hoffmann para visitar o acompanhamento Marisa Letícia, em Curitiba, e mantém distância regulamentar da mídia, recusando-se até mesmo a falar em off com velhos conhecidos da imprensa. Pessoas próximas a Mercadante garantem que a possível delação de Antonio Palocci o tem deixado ainda mais amuado.

#Aloizio Mercadante #Gleisi Hoffmann

Na moita

8/03/2016
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 Avesso a incêndios, o ministro Aloizio Mercadante guardou no cofre o projeto de cobrança de mensalidade em universidade pública.

#Aloizio Mercadante

Procura-se o mordomo do vazamento

9/12/2015
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  Procura-se Wally. O vazamento da carta enviada por Michel Temer a Dilma Rousseff é um “crime” ainda sem cadáver. Até o início da noite de ontem, proliferavam suspeições de um lado e de outro, com farta dose de vazamentos sobre o vazamento. No Palácio Jaburu, o próprio Temer assistiu às mais variadas versões disseminadas pelo seu próprio partido. Como o teor da carta foi metralhado por parcela expressiva do PMDB, o vice-presidente eximiu-se da divulgação da missiva. Muito embora o envio da mensagem só fizesse sentido político se vinculado ao vazamento. Até aí morreu Neves. É nesse ponto que surgem os demais personagens da pantomima.  Ao longo do dia, Temer vazava que Jaques Wagner havia sido o vazador. Para “evitar polêmica”, o Planalto não se posicionou oficialmente em relação à carta do vice-presidente. Mas também tratou de vazar a sua lista de prováveis vazadores. A relação de suspeitos era encabeçada por Moreira Franco, por sinal citado na epístola como um “ministro brilhante”. Um pouco atrás, vinha o agora ex-ministro Eliseu Padilha, a exemplo de Moreira um histórico e fiel aliado de Temer. Colocado na roda, Padilha também tratou de encontrar o seu culpado. Vazou que o vazador poderia ser Leonardo Picciani. Em tempo: enquanto Temer vazava que Jaques Wagner vazava que Moreira Franco vazava que Eliseu Padilha vazava que Picciani vazava, Aloizio Mercadante passava o dia inconsolável. Ninguém cogitou seu nome como responsável pelo vazamento. Em outros tempos, seria uma aposta certa.

#Aloizio Mercadante #Dilma Rousseff #Eliseu Padilha #Jaques Wagner #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB

Tatuagem

18/11/2015
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 Os próprios colegas de Aloizio Mercadante na Esplanada dos Ministérios se perguntam: o que o titular da Pasta da Educação fazia ao lado de Dilma Rousseff na visita a Mariana? Inspecionar a escola da cidade é que não foi.

#Aloizio Mercadante #Dilma Rousseff

Elite

21/10/2015
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 Aloizio Mercadante deverá tirar a azeitona da empada do grupo Eleva, de Jorge Paulo Lemann. Está em estudo no Ministério da Educação proposta para acabar com a farra do ranking do Enem. Hoje, basta ter 10 alunos e que 50% façam a prova para que a unidade seja pontuada. A ideia é subir o percentual para 70% e separar as escolas por tamanho. A Eleva é campeã no marketing do ranking, com salas repletas de “gênios” do Enem.

#Aloizio Mercadante #Eleva Educação #Jorge Paulo Lemann

Três por quatro

8/10/2015
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 A foto oficial da cerimônia de posse dos novos ministros, na última segunda-feira, é reveladora. Aloizio Mercadante ficou próximo de Dilma Rousseff – entre ambos, apenas seu sucessor na Casa Civil, Jaques Wagner. Na foto de 1 de janeiro, quando Dilma deu a partida no segundo mandato, o então ministro da Educação, Cid Gomes, foi posto a léguas de distância da presidente.

#Aloizio Mercadante #Dilma Rousseff #Jaques Wagner

Mercadante deixa um legado de vilania

1/10/2015
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Não se sabe quantos Otelos e Desdemonas desfilam na versão kitsch e palaciana da peça sobre o mouro de Veneza. Mas inexistem dúvidas de que só há um vilão, pusilânime e fofoqueiro, na dramaturgia do faroeste brasiliense. Até as cigarras, com seu canto estridente, sibilam que Aloizio Mercadante é o Iago do governo Dilma Rousseff. O “Bigode” encena com requintes de perfídia essa comédia de farsas que se desenrola no Gabinete Civil da Presidência da República. Como bom Iago que é, Mercadante não tem inimigos orgânicos. São seus adversários todos que cruzem a linha que demarca o poder. Joaquim Levy é um deles. Desde que ascendeu ao posto de ministro da Fazenda, Levy tem levado rasteiras seguidas do Iago dessa trama vulgar. Mercadante acicatou Nelson Barbosa contra Levy, o desmentiu em off na imprensa várias vezes e foi responsável por uma das ações mais ofídicas na curta saga “levyniana”: Iago, aliás, Mercadante desmentiu que o governo lançaria mão da CPMF – a mesma que será relançada agora – deixando o ministro da Fazenda defendendo- a sem saber o que tinha sido dito em Brasília. Em tempo: Mercadante somente se expôs em favor de Levy no momento de uma crise quase terminal. Instado pela presidente, acompanhou o ministro da Fazenda em uma entrevista coletiva, emprestando o apoio do governo. O Iago do Planalto tem se esmerado no seu repertório de traições. O episódio da tributação do “Sistema S” supera tudo que o bardo de Stratford-upon- Avon nos legou. A ideia foi de Mercadante, que garantiu ter capacidade de convencimento do empresariado. Ato contínuo, ligou para seu amigo Benjamin Steinbruch, vice-presidente da Fiesp, comunicando a decisão em primeira mão. O assunto foi logo levado a Skaf. Soou como a mais profunda traição. Mercadante, então, tirou o corpo fora e repassou a bola para a Fazenda. Pronto, o autor do crime passou a ser Levy. Mais recentemente, Mercadante foi informado do documento de crítica à política econômica produzido pela Fundação Perseu Abramo. O desfecho da trama nos recomenda a acreditar que ele calado ouviu, calado ficou. Ninguém mais do que Mercadante estaria autorizado a contestar um documento provindo da sua origem acadêmica, a Unicamp. Pois acredite que nosso Iago mais divulgou o posicionamento do que o contestou. Talvez Joaquim Levy seja o Cássio dessa história. Talvez não haja mocinhos. Em qualquer das hipóteses, Mercadante é quem assina o tratado do ciúme e da inveja. Já vai tarde.

#Aloizio Mercadante #CPMF #Dilma Rousseff #Fiesp #Joaquim Levy #Nelson Barbosa #Paulo Skaf

Causa própria

28/09/2015
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Há tricilhões de opositores à presença de Aloizio Mercadante na Casa Civil. Mas ninguém espalha mais o boato sobre sua saída do que ele próprio. O “fofocadante” opera por uma lógica transversa: quanto maior a pressão externa para que saia do Ministério, mais blindado ele fica. Dilma não o tiraria em função do falatório geral. Seria como se ela estivesse sendo governada e não governando

#Aloizio Mercadante

Cintura de ferro

14/09/2015
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 Graçola que circula nos corredores do Planalto: Dilma Rousseff vai entregar seu bambolê para Aloizio Mercadante. Dilma ganhou o brinquedo do ministro do Turismo, Henrique  Alves. A intenção de Alves, à época líder do PMDB, era melhorar o jogo de cintura da então ministra da Casa Civil. Periga o bambolê voltar para a dona mais quadrado do que já estava.

#Aloizio Mercadante #Dilma Rousseff #Henrique Alves

Eduardo Cunha resiste na base aliada na Caixa Econômica

9/09/2015
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Há um enigma na Caixa Econômica Federal, um mistério que atende pelo nome e sobrenome de Fabio Ferreira Cleto, vice-presidente de Governo e de Loterias da instituição. Seus próprios pares na diretoria da Caixa se perguntam: até quando Cleto, uma notória extensão de Eduardo Cunha, se manterá intocado no alto-comando do segundo maior banco público do país? Sai executivo, entra executivo e o tentáculo do presidente da Câmara dos Deputados segue com suas ventosas presas ao cobiçado cargo. Aliás, dois cobiçados cargos. Cleto tem assento também no conselho do FI-FGTS. É, portanto, uma das 11 vozes que decidem o destino dos mais de R$ 32 bilhões em recursos do Funde Investimento reservados para projetos de infraestrutura. Entredentes, seus pares no conselho do FI-FGTS se referem a Cleto como “o quinta coluna”. Em julho, quando as relações entre o nº 1 da Câmara dos Deputados e o Planalto já tinham avinagrado de vez, o vice-presidente da Caixa foi o único conselheiro a votar contra o repasse de R$ 10 bilhões do fundo para o BNDES. Perdeu por 10 a um, porém, mais uma vez, não desperdiçou a chance de demonstrar enorme fidelidade ao seu fiador. Na Caixa Econômica, havia a expectativa de que Fabio Cleto pudesse receber o bilhete azul há cerca de duas semanas, quando foram anunciadas novas mudanças na gestão do banco. No entanto, seu nome passou longe da canetada que, de uma só vez, exonerou três vice-presidentes – José Urbano Duarte, José Carlos Medaglia Filho e Sergio Pinheiro Rodrigues. Assim tem sido desde que o governo iniciou a dança das cadeiras no banco. Não é por falta de tentativas em contrário. A própria presidente da Caixa, Miriam Belchior, tratou diretamente da saída de Clero com o ministro Aloizio Mercadante, que tem centralizado as articulações políticas para a montagem da nova diretoria do banco. No entanto, por ora o executivo sobrevive ao troca-troca. Não se sabe se pela ação de forças ocultas, se por mais uma demonstração de inércia do próprio governo ou se, quando o assunto é Caixa Econômica, a prioridade de Mercadante é trabalhar pela permanência de Marcio Percival. Homem forte da área de finanças do banco, Percival foi indicado ao cargo pelo ministro da Casa Civil. * A Caixa não retornou ao contato do RR.

#Aloizio Mercadante #BNDES #Caixa Econômica #Eduardo Cunha #Fabio Ferreira Cleto #FI-FGTS

Alvo central

1/09/2015
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O próximo alvo a ser desconstruído no governo Dilma Rousseff é o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Vão tentar tirá-lo do cargo de qualquer maneira. Mas quem quer afastar Tombini da autoridade monetária? A maior central de boatos do país opera ao lado da própria presidente. Tem nome, sobrenome e bigode.

#Aloizio Mercadante #Banco Central #Dilma Rousseff #Tombini

Na esteira do novo plano

11/06/2015
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Na esteira do novo plano de concessões, o governo estuda lançar um programa de financiamento para a modernização da frota ferroviária nacional, um contingente composto por mais de 50 mil vagões e 1,5 mil locomotivas. O assunto está na mesa de Aloizio Mercadante, o que significa dizer que está na mesa de Dilma Rousseff. A concessão de crédito seria atrelada ao cumprimento de um índice de nacionalização na compra de equipamentos e na contratação de serviços da ordem de 60%.

#Aloizio Mercadante

Busca-se um animador de auditório para a economia

14/01/2015
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O ministro Aloizio Mercadante é defensor da tese de que o governo deve botar para quebrar, sacudir com ideias, projetos e proposições que transpareçam para a sociedade uma nova fase pulsante da administração pública. Ele chama para si uma parte da missão. Mas ele é só uma andorinha bigoduda e, sozinho, não faz verão. Na Fazenda, Joaquim “Mãos de Tesoura” Levy fará o seu arroz com feijão, que, na primeira hora, levará o governo a parecer refém de uma monocórdia bandinha de pífaros, por mais empoada que pareça ser a política de ajustamento ortodoxo. Da parte de Levy, portanto, é que não virá a tal energia novidadeira. Ele repetirá a velha, a temida e a, até então, recusada política oposicionista, que, no passado, era conhecida como “monetarismo dos Chigago Boys”. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, tem espaço para exercer em parte o drive criativo reclamado. Mas sua função está mais para uma oficina de consertos do que para um centro de fomento e administração de ideias novas, cuja trajetória possa verticalizar do lançamento do balão de ensaio a  implementação das medidas. Não bastassem as demandas de sobra, Barbosa tomou um “chega para lá” de Dilma Rousseff quando falou uma vírgula a mais sobre assunto de sua área de competência. Melhor ficar um tempo dizendo tudo sem dizer nada. Mas, é preciso sacolejar, como diz Mercadante, envolver o empresariado com a consulta das suas ideias e resgatar no baú velhas novidades, que preveem maior interação societária entre capital e trabalho; ampliar a rentabilidade empresarial para atrair essa turma para PPPs e concessões – a volta aos investimentos vai exigir “cenouras gordas”; e implantar um programa plural de fundos garantidores juntando governos estaduais, prefeituras e União. Mercadante prega também um choque de transparência e prestação de contas em toda a administração pública, um plano para tornar proativa as relações internacionais do país, notadamente a participação da presidente. Ainda na visão do ministro mais próximo do gabinete presidencial, é fundamental envolver a Nação com o projeto de avanço educacional para que o slogan “Pátria Educadora” não soe como um mote vazio ou enganador do novo mandato de Dilma. Quem testemunhou Mercadante falar sobre o desafio tremeu de júbilo. “É isso mesmo, é isso mesmo”, repetiu. Mas, passado algum tempo, o incauto ouvinte caiu em si. O mesmo Mercadante frenético, defendendo uma usina propulsora de acontecimentos mobilizadores da economia e da sociedade, é a antítese personificada das suas intenções. Alegria de interlocutor do governo dura pouco. Se o papel de promoter não cabe em Mercadante, Levy, Barbosa e, muito menos, em Dilma Rousseff, quem será o catalisador/vendedor das inovações no governo? O animador do debate nacional não passará da idealização de governantes impotentes?

#Aloizio Mercadante #Dilma Rousseff

Acervo RR

Embrapa vira aríete contra sementes das multinacionais

4/03/2011
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 O governo trabalha em um projeto que pega pela raiz as grandes multinacionais da área de agrociência presentes no país, a começar por Monsanto, Bayer e Syngenta. Em jogo, a criação de uma empresa 100% nacional voltada ao desenvolvimento e a  produção de sementes, convencionais e transgênicas. O objetivo é criar uma alternativa ao oligopólio que as empresas internacionais estabeleceram no país. A companhia ficaria pendurada na Embrapa. Estão debruçados sobre o projeto o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. A proposta tem o apoio da bancada ruralista e de políticos ligados ao setor. Um dos principais interlocutores do governo tem sido o senador Blairo Maggi. O exgovernador do Mato Grosso se compromete a retomar no Congresso a antiga proposta do senador Delcídio do Amaral para a abertura de capital da Embrapa. A entrada de novos sócios, preferencialmente fundos de pensão e outros grandes investidores de capital nacional ? financiaria a criação da nova subsidiária.  Este é um daqueles projetos nos quais o governo só enxerga benefícios para todos os envolvidos. O principal objetivo é criar uma empresa capaz de concorrer e minar a primazia das multinacionais no desenvolvimento e venda de sementes, notadamente transgênicas. Hoje mais de 70% dos pedidos de patentes apreciadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) são enviados por empresas internacionais. O maior beneficiado seriam os agricultores, que passariam a ter uma nova opção para a compra de sementes. Hoje, estão praticamente na mão de três ou quatro companhias estrangeiras que estabelecem os preços do insumo e impõem draconianos reajustes anuais. O caso mais emblemático é o da Monsanto, que vive a s turras com os agricultores, principalmente nos períodos de aumento dos royalties das sementes de soja geneticamente modificadas. Entidades representativas do setor, como a Aprosoja, regularmente acionam o Ministério da Agricultura por conta da truculência com que a Monsanto conduz as negociações.  A expectativa do governo é que a nova empresa passe a arbitrar os preços das sementes transgênicas, forçando as multinacionais do setor a rever o valor dos seus royalties. Além disso, o projeto daria um novo status a  própria Embrapa, que ganharia um braço de trader com musculatura suficiente para desenvolver e comercializar sementes em outros países da América do Sul

#Agronegócio #Aloizio Mercadante #Bayer #Blairo Maggi #Embrapa #Monsanto #Syngenta

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