Tag: Cimento Tupi
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Negócios
Argos planeja entrar no setor cimenteiro no Brasil
10/11/2022Corre no setor cimenteiro a informação de que a colombiana Argos estuda entrar no Brasil. A companhia estaria garimpando ativos no país. Estariam na mira a Cimento Tupi, da família Koranyi Ribeiro, que se encontra em recuperação judicial, e fábricas da Nassau, pertencentes aos herdeiros do Grupo João Santos. Neste último caso, o enrosco é maior. Recentemente, os irmãos José e Fernando Santos, filhos do fundador João Santos, perderam mais uma ação na Justiça na tentativa de retomar a gestão da companhia. Com faturamento anual da ordem de US$ 4 bilhões, a Argos está presente em vários países da América Central, onde trava um duelo particular com a mexicana Cemex, outro dos grandes grupos latino-americanos do setor.
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Cimento Tupi entra no radar do Grupo Votorantim
1/09/2022Mais um M&A à vista no mercado cimenteiro: o Grupo Votorantim vem mantendo conversações para a compra da Cimento Tupi, controlada pela família Koranyi Ribeiro. A empresa estaria avaliada em cerca de R$ 1,8 bilhão. Ou seja: os Ermírio de Moraes podem desembolsar o equivalente a US$ 103 por tonelada instalada. Para efeito de comparação, trata-se de um múltiplo próximo ao que a CSN Cimentos pagou pelos ativos da Lafarge Holcim (US$ 100 a tonelada), em 2021. Mas bem distante do que a própria companhia de Benjamin Steinbruch ofertou pela Elizabeth Cimentos, também em 2021 – US$ 167 a tonelada.
O principal fator de depreciação da Tupi é o seu alto endividamento. Em recuperação judicial desde o início de 2021, a empresa carrega um passivo superior a R$ 3 bilhões. Essa dívida torna a venda do controle uma operação intrincada. Segundo o RR apurou, a Votorantim tem feito gestões preliminares junto aos credores da Tupi. Qualquer investida sobre a companhia passa obrigatoriamente por eles. O ponto mais nervoso são os fundos abutres, que detêm mais de metade dos créditos contra a companhia.
Foi o único grupo de credores que votou contra a proposta de pagamento das dívidas extraconcursais no plano de recuperação judicial da Tupi. Os abutres têm mais de US$ 200 milhões em créditos com a empresa. Procuradas pelo RR, Votorantim e Tupi não quiseram se manifestar. Mesmo com o fardo do endividamento, a Tupi voltou a ser uma peça interessante no tabuleiro da indústria brasileira de cimento. No ano passado, teve uma receita de R$ 491 milhões, 27% a mais do que em 2020. No mesmo intervalo, o Ebitda saltou de R$ 70 milhões para R$ 118 milhões.
A aquisição da empresa permitiria à Votorantim ampliar ainda mais a folgada liderança no ranking do setor, saindo de 35 milhões para 38,5 milhões de toneladas de capacidade instalada no Brasil. De certa forma, ainda que indiretamente, seria uma resposta à investida feita pela CSN com a compra das operações da Lafarge Holcim no Brasil. Com a aquisição, a companhia de Benjamin Steinbruch passou a disputar o segundo lugar do setor com a Intercement, da Mover Participações (ex-Camargo Corrêa), ambas na casa dos 17 milhões de toneladas de capacidade.
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“Coautores”
4/07/2022Benjamin Steinbruch enxerga a caligrafia dos Ermírio de Moraes na ação movida pela Cimento Tupi no Cade, contestando a venda dos ativos da LafargeHolcim para a CSN.
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Fundos abutre afiam as garras na Cimento Tupi
8/02/2022Cobiçada por pesos-pesados do setor, como CSN e Votorantim, a Cimento Tupi corre o risco de se tornar uma presa fácil para aves de rapina do mercado. Por “aves de rapina” leia-se os fundos abutre que já compraram US$ 350 milhões em bonds da companhia e ameaçam tomar o controle da cimenteira, pertencente à família Koraniy Ribeiro. No mercado, circula a informação de que um desses investidores seria o Elliot Management, do norte-americano Paul Singer, conhecido como um dos mais agressivos hedge funds do mundo.
Segundo uma fonte envolvida nas negociações, esses fundos estão se unindo à suíça Tupacta AG, instituição financeira que detém outros US$ 228 milhões em títulos da cimenteira. Esse bloco estaria forçando a conversão dos créditos contra a empresa em participação societária, inclusive acima do teto de 21% do capital total. Trata-se da trava proposta pela própria Tupi em seu plano de recuperação judicial para a possível transformação de debt em equity.
A manobra seguinte seria uma tomada hostil do controle da cimenteira, com o apoio de minoritários e eventualmente a compra de mais ações em bolsa. Procurada pelo RR, a Tupi não se pronunciou. A situação dos acionistas controladores da Tupi é vulnerável, sobretudo diante dos credores. Os detentores de dívidas trabalhistas e os fornecedores até aprovaram integralmente o plano de recuperação judicial. O problema são os fundos abutre, que votaram contra. Com a adesão da Tupacta AG, esse bloco passa a responder por 85% do passivo total da Tupi. Ou seja: nesse cenário, dificilmente os Koraniy Ribeiro teriam força para conter uma eventual tentativa de take over.
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Cimento que não acaba mais
26/04/2021Há uma superoferta de ativos no mercado brasileiro de cimento. Além da iminente saída da LafargeHolcim do país, a Cimento Tupi também avalia a venda de uma de suas três fábricas.
A principal candidata seria a unidade de Volta Redonda, a mais antiga do grupo – foi fundada em 1952. Em recuperação judicial, a empresa controlada pela família Koraniy Ribeiro precisa fazer caixa para cobrir um passivo da ordem de R$ 3,5 bilhões.