Tag: BID
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Saneamento
Será que o BID vai irrigar o caixa da Copasa?
21/08/2024O governo Zema tem buscado recursos internacionais para projetos na área de saneamento. Um dos alvos seria o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em março deste ano, o BID liberou um empréstimo de cerca US$ 100 milhões ao Distrito Federal para investimentos na ampliação da rede de abastecimento de água e tratamento de resíduos. O dinheiro seria repassado à Copasa, a estatal de saneamento de Minas Gerais, que, aliás, é hoje um campo de interrogações: não se sabe se será privatizada, como quer Zema, se será repassada à União junto com a Cemig em troca do perdão de parte da dívida de Minas Gerais; ou se tudo ficará como agora.
COP28
O clima está bom para o meio ambiente no BID
5/12/2023Informação que circulou agora há pouco entre membros do governo brasileiro que participam da COP28: Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, sinalizou uma expansão expressiva do BID Clima em 2024. Trata-se do programa recém-criado pela agência multilateral, que prevê recompensas a países pelo cumprimento de metas climáticas e ambientais. Em linhas gerais, o “cash back” se dará com um desconto de 5% sobre o valor de face de empréstimos contraídos junto ao BID. Na primeira leva, o banco contemplará dez projetos-piloto em nove países, incluindo o Brasil, no valor total de US$ 1 bilhão. Essa cifra deverá ser duplicada em 2024.
Política
Guedes e Mantega fazem do BID a rinha dos seu despautérios
14/11/2022O ex-presidente do BC, Ilan Goldfajn, foi sabatinado ontem para a presidência do BID. Deverá ser eleito no próximo domingo. Goldfajn é um quadro altamente qualificado. Esse é o novelo da história. O Valor Econômico de hoje praticamente bate o martelo do assunto. Mas o fio desencapado está no processo de indicação e no comportamento dos atores envolvidos. A história é tão non sense que vale a pena explorar suas nuances e despautérios. Guardadas as devidas ressalvas, Ilan Goldfajn e Elizabeth Guedes estão no mesmo balaio – o RR noticiou as vergonhosas minisagas de ambos em primeira mão – ver.
Assim como no caso da nomeação da própria irmã para o Conselho Nacional de Educação, nos estertores do governo, a mesma corrida para indicação e a insistência no nome de Goldfajn para a presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) só demonstra a gula do ministro Paulo Guedes para a ocupação de cargos ao apagar das luzes da sua gestão. Ressalte-se que essa sofreguidão começou duas semanas antes das eleições. Nesse afã aparelhista, Guedes está atropelando praxes que deveriam ser respeitadas nesse processo, sobretudo tratando-se de um governo já com prazo de validade estabelecido. Primeiramente, o ministro e o presidente Jair Bolsonaro registraram oficialmente a candidatura de Goldfajn sem qualquer consulta à oposição. Há exemplos muito mais civilizados vindos do exterior, em que governantes, em períodos eleitorais, aguardaram o resultado do pleito, combinando devidamente com a agência multilateral, ou consultaram seus oponentes antes de uma indicação dessa natureza. Foi o caso do então presidente Nicolas Sarkozy, de direita, que indicou Dominique Strauss-Kahn, um socialista, para a presidência do FMI.
Em mais um procedimento fora dos padrões, o governo brasileiro indicou Ilan Goldfajn sem consultar outros países da região. Historicamente, candidaturas como essa são construídas em consenso, por meio de costuras diplomáticas. Segundo o RR apurou, o Brasil sequer analisou nomes indicados por outras nações latino-americanas, dentro do critério de analisar a melhor opção para a região como um todo.
Ressalte-se ainda que a pressa e a teimosia de Paulo Guedes jogam contra o próprio potencial de representatividade do Brasil em grandes organismos multilaterais. Ilan Goldfajn dirige atualmente o departamento do FMI responsável pelos programas do Fundo para todas as Américas. Trata-se de um posto estratégico. Seria mais proveitoso ter indicado ou trabalhado a candidatura de outro nome para o BID, sem abrir mão da presença de Goldfajn no FMI. Diante da oportunidade de fazer o próximo presidente do Banco Interamericano, o país passaria a ter dois representantes em altos postos internacionais. Por outro lado, é inacreditável a participação bizarra e deselegante do ex-ministro Guido Mantega, que sem ter nenhuma representatividade ou função definida no futuro governo – oremos que faça parte só do grupo de transição – escreveu uma carta de punho próprio à secretaria do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, condenando o nome de Goldfajn, como se tivesse autoridade para tal. Quem é Mantega para proceder dessa maneira?. Como pode isso? O resultado é que a tacanha iniciativa fortaleceu o nome de Ilan Goldfajn junto aos Estados Unidos e demais grandes sócios do BID.
De qualquer forma, Inês é morta. A eleição será na próxima semana, e, independentemente de trololó ou patati patatá na imprensa, o ex-presidente do BC e atual diretor do FMI, Ilan Goldfajn, já está eleito. Agora é permanecer atento e forte, como cantava Gal Costa, vigiando se Paulo Guedes seguirá loteando os cargos do governo em causa própria e torcendo para que Mantega seja interditado em alguma embaixada distante, no governo do PT.
Política
Uma ex-presidente no caminho de Ilan Goldfajn?
7/11/2022Além do ex-ministro da Economia, Nicolas Eyzaguirre, Ilan Goldfajn poderá ter outro oponente chileno na disputa pela presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Segundo informações filtradas do Itamaraty, há uma mobilização entre países sul-americanos em torno do lançamento do nome da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet. Curiosamente, não se trata de uma iniciativa formal do governo chileno. A indicação de Bachelet teria o respaldo de Peru e Colômbia, além de países da América Central. A ex-presidente do Chile consolidou uma importante rede de relacionamentos com países da América Central durante sua passagem pelas Nações Unidas. Ela encerrou em agosto seu mandato à frente do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU.
Destaque
Há um Bolsonaro vs. Lula na eleição do Banco Interamericano
19/10/2022Ilan Goldfajn não é o único brasileiro no páreo para assumir a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo o RR apurou, há uma articulação em torno do nome do também economista Luiz Awazu Pereira da Silva, atualmente diretor-geral adjunto do BIS (Banco de Compensações Internacionais) – uma espécie de Banco Central dos Bancos Centrais. Sua candidatura ganha corpo de fora para dentro do Brasil. De acordo com a fonte do RR, Awazu conta com o apoio de países de peso, como Estados Unidos e Canadá.
A eleição está marcada para 20 de novembro – os candidatos devem ser indicados até 11 de novembro. O colégio eleitoral é composto pelos próprios diretores do BID, com peso proporcional à representatividade dos respectivos países. O governo norte-americano responde, sozinho, por 30% dos votos. O sistema para a eleição do presidente do BID estimula ou, mais do que isso, exige uma ampla articulação diplomática.
O Brasil, por exemplo, tem junto com o Suriname 11,4% de poder de voto. A representante do país na diretoria do BID é Martha Seillier, ex-secretária de PPI do governo Bolsonaro. Sob um determinado ângulo, não seria exagero dizer que a eventual disputa entre Ilan Goldfajn e Luiz Awazu reproduz o embate eleitoral entre Jair Bolsonaro e Lula. Goldfajn é o candidato da gestão Bolsonaro. Tem o apoio explícito de Paulo Guedes, que levou o nome do economista a Nova York na semana passada.
Ressalte-se que Bolsonaro quer fazer o presidente do BID mesmo que não venha a ser reeleito. Ou seja: no intervalo entre o segundo turno e a eleição no banco, vai seguir trabalhando pela candidatura de Goldfajn. Awazu, por sua vez, tem uma trajetória interligada aos governos do PT. Comandou a Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda no primeiro mandato de Lula. Posteriormente ocupou o cargo de diretor de Política Econômica e Assuntos Internacionais do Banco Central no primeiro governo Dilma.
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Revoada
12/11/2021Mais um desfalque à vista no time de Paulo Guedes: Martha Seillier, secretária especial do Programa de Parceiras de Investimentos (PPI), voltou a ser convidada para um cargo no BID e, segundo uma fonte próxima, está propensa a aceitar.
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A Trump tudo, a Bolsonaro nada
26/10/2020De acordo com um informante do RR no Itamaraty, havia um acordo tácito para que o Brasil indicasse o vice-presidente do BID. Seria a contrapartida ao apoio brasileiro à eleição do norte-americano Maurício Claver-Carone para o comando do banco. Dito, mas não feito. A promessa caiu por terra na semana passada, quando Carone convidou para o cargo Benigno López, ex-ministro da Fazenda do Paraguai.
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In Donald Trump we trust
11/09/2020Segundo fontes ligadas ao Itamaraty, nos últimos dias Ernesto Araújo manteve contatos com chanceleres de países da América Central em busca de apoio à eleição do norte-americano Maurício Claver-Carone para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – o pleito ocorrerá neste fim de semana. Puro jogo de cena de Araújo. Claver-Carone já tem o número de eleitores necessários – a começar pelos próprios EUA, que, no sistema proporcional do BID, controlam 30% dos votos. Além disso, Araújo não tem punch na comunidade diplomática internacional para influenciar a votação. Mas, o teatro interessa a Jair Bolsonaro, que aproveita mais uma oportunidade para demonstrar sua devoção a Donald Trump. A sucessão do BID, ressalte-se, é cercada de polêmicas: Trump quebrou uma tradição de 60 anos ao lançar um candidato norte-americano para o comando do banco, que, por um acordo tácito, sempre coube a um país latino-americano.
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A federação brasileira faz fila na porta do BID
26/09/2019O “ajuste fiscal” dos estados brasileiros está vindo não de Brasília, mas de Washington. Já chega a 16 o número de unidades da federação que fecharam ou negociam um empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no âmbito do Profisco II. Trata-se da linha de crédito do BID para financiar projetos de melhoria da gestão fiscal no Brasil. Segundo o RR apurou, dos pedidos na fila Santa Catarina deve ser o próximo a sair do forno, no valor de US$ 50 milhões. A maior solicitação (US$ 87 milhões), feita pelo governo Doria, ainda aguarda autorização. A carreata ao BID traz uma boa nova especialmente para a turma do comércio exterior. Entre outras obrigações, os estados que beberem na fonte do Profisco II terão de automatizar todos os impostos sobre exportações e importações.
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Lula e Dilma só teriam a Força em outra galáxia
11/03/2016Há um tempo não mensurável, em uma galáxia nas cercanias, personagens replicantes se confrontam em manifestações pelas ruas da cidade. Os seres análogos a Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, acuados pelas denúncias da oposição, veem exauridas as possibilidades de reagir ao adversário. Ambos perderam seu contato com a Força, leia-se a maioria da população sofrida e carente daquelas paragens do universo. Em um governo de coalizão com a traiçoeira timocracia e fragilizados pelos malfeitos de sua própria espécie, estão encurralados entre a masmorra e o abismo. Em meio à recessão, ao desemprego e à desesperança que se abatem sobre a República, a escolha só poderia ser governar para o povo e com o povo. A política de ajuste focada somente na redução do emprego, na desaceleração da economia e na queda do salário real seria revertida, tornando-se um fabuloso programa social e de retomada do investimento. Com essa decisão, “Dilma do B” unificaria sua base partidária, que se sentia traída pela adoção do receituário das hostes inimigas. O Lula intergaláctico, por sua vez, se tornaria ministro plenipotenciário para assuntos de Estado, com a missão de viabilizar o projeto o mais rapidamente possível, sem que isso significasse um ato de exceção diante de uma eventual condenação da Justiça. Os replicantes Dilma e Lula ganhariam tempo para conseguir a tonicidade necessária à implementação das grandes reformas estruturais, que teriam sua realização garantida a partir do primeiro biênio de vigência das medidas. Como prova da solidez das iniciativas e da integridade das suas intenções, a dupla proporia a instituição do recall em um ano, contado a partir da data de anúncio das ações. A desaprovação popular, portanto, poderia ceifar o mandato dessa “Dilma espacial” em pouco mais da metade da sua gestão. Ambos prestariam contas semanalmente em rede nacional de TV sobre os avanços e resultados do novo programa. Os recursos seriam obtidos em fontes que não exigissem aprovação no Congresso, notadamente mudanças na Constituição, e tampouco implicassem a disparada da dívida pública bruta. A Petrobras seria capitalizada por meio da conversão do seu endividamento junto a bancos públicos em participação acionária e recompra de passivos por um fundo soberano constituído por fração das reservas cambiais. Os recursos da repatriação de capital, da securitização da dívida ativa da União, da venda emergencial de estatais e todo o patrimônio disponível seriam canalizados para esse “New Deal interestelar”. O orçamento da União seria preservado de uma contribuição maior. O governo iria buscar recursos no Banco Mundial, no BID, no Banco dos Brics e, eventualmente, através de dívida soberana para financiar o programa de recuperação do consumo. Os dois simulacros fariam da nova agenda a sua bala de prata para confrontar o exército inimigo. Mesmo que derrotados nessa guerra das estrelas, o ideário da República sobreviveria a um tempo de equívocos e arrependimentos. Cabe a pergunta: a Força estará com eles?
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Ativos nacionais em tempos de Black Friday
23/02/2016O governo federal vai incluir no seu esforço para atrair investidores internacionais um pacote de mudanças em áreas em que ainda há restrições ao capital estrangeiro ou, ao menos, obrigatoriedade de associação com estatais. O cenário não poderia ser mais propício. Misturando-se o dólar valorizado e a depreciação das empresas com uma demanda reprimida do capital estrangeiro em alguns setores, o negócio vai ser uma verdadeira Black Friday dos ativos nacionais. A missão foi delegada a um grupo interministerial coordenado pela Fazenda. O projeto será inserido no plano que está sendo desenhado pelo secretário de Acompanhamento Econômico da Fazenda, Paulo Corrêa, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco Mundial e da Global Infrastructure Facility, criada pelo G-20 para desenvolver projetos de infraestrutura. O Ministério da Justiça, com o auxílio do Cade, fez um mapeamento de setores em que há limitações à participação de grupos internacionais, mas restringiu o grupo a áreas prioritárias em que haja condições políticas de mudanças na legislação. Ficaram de fora, por ora, os setores nuclear e aeroespacial, afinal não é momento de melindrar os quartéis. Do que sobrou, o governo federal vai priorizar imóveis rurais, serviços postais, radiodifusão e aviação. As tratativas do grupo interministerial estão mais avançadas na questão dos imóveis rurais, que não exige mudança constitucional ou mesmo na legislação específica. O que há mais precisamente é um imbróglio jurídico a partir de uma revisão do posicionamento da Advocacia Geral da União (AGU) sobre a aplicação da Lei 5.709/71, que estabelece restrições à compra de terras por empresas sediadas no exterior. O parecer da AGU é mais restritivo porque classifica a empresa estrangeira pelo critério do efetivo poder de controle, mesmo que não detenha a maioria do capital social e, para piorar, a análise deve ser estendida a toda a cadeia societária. A proposta em estudo pelo grupo interministerial é que a AGU simplesmente reconsidere seu posicionamento e deixe o assunto a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF), que julga uma ação sobre o assunto apresentada pela Sociedade Rural Brasileira. Nos setores de serviços postais, radiodifusão e aviação, por sua vez, que exigem alterações na legislação ou na Constituição, o que está em estudo no Ministério da Justiça é embalar tudo em um mesmo pacote de propostas de emenda à Constituição (PEC) e projetos de lei que deverão ser apresentados no Congresso no segundo semestre desse ano. Cada situação está sendo estudada separadamente porque existem diferenças jurídicas e regulatórias, mas a ideia é que em todos esses setores haja um aumento expressivo da participação do capital estrangeiro, inclusive com a desnacionalização integral, como é o caso da aviação civil. Do grupo liderado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) partiu a ideia de retirar a obrigatoriedade da participação da Infraero em concessões privadas aeroportuárias, o fim da proibição à fusão entre distribuidoras de energia elétrica – o que está em análise na Aneel – e a abertura do segmento hospitalar.
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O ex-ministro Cid Gomes
19/06/2015O ex-ministro Cid Gomes flertou com o BID, mas deve acabar mesmo montando uma consultoria financeira no Ceará.