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Destaque
Iguatemi e Rio Bravo precisam acertar os ponteiros no Pátio Higienópolis
12/11/2024Infraestrutura
VLI encontra mais um obstáculo para a devolução de trechos da FCA
4/11/2024A VLI, leia-se Vale, Brookfield e Mitsui, entrou na linha de tiro dos próprios clientes. Há informações em Brasília que grandes grupos usuários da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), a exemplo da Braskem e da RHI Magnesita, têm feito pressão junto ao ministro dos Transportes, Renan Filho, para brecar a possível devolução de trechos da linha férrea. As empresas alegam risco de descontinuidade no serviço de transporte de cargas – sabe-se lá quando o governo conseguirá relicitar esses ramais. A reação de importantes empresas aumenta o enrosco em torno da renovação antecipada do contrato da FCA. A VLI quer prorrogar a concessão, mas insiste em devolver à União trechos menos rentáveis ou mesmo deficitários, notadamente na Bahia. É o caso do ramal entre Corinto (MG) e o Porto de Aratu, nas proximidades de Salvador.
Destaque
Brookfield espreita a porta de saída na VLI
17/10/2024Energia
Polaris Renewable mira geração solar no Brasil
15/10/2024O nome da Polaris Renewable Energy está na ponta da língua de executivos de outros grupos canadenses presentes no Brasil, como Brookfield e CPP Investments. A empresa está vasculhando projetos em energia solar no país. A Polaris ainda é um peixe relativamente pequeno: seu portfólio de ativos gira em torno de US$ 700 milhões. Com negócios em geração fotovoltaica em diversos países da América Latina, como Peru, Equador, Panamá, Nicarágua e República Dominicana, costuma entrar como minoritária ao lado de investidores mais graúdos.
Destaque
Vale e Opportunity querem atracar no Porto Sudeste
23/08/2024Seis anos após seu turbulento desenlace societário, Vale e Opportunity devem ter um novo duelo pela frente. Segundo o adviser de uma das empresas envolvidas na negociação, a mineradora e a gestora de Daniel Dantas estão na disputa pela aquisição do Porto Sudeste, colocado à venda pelo Mubadala e pela Trafigura. As conversas são conduzidas pelo UBS BB e pela Goldman Sachs, contratados pelo fundo árabe e pela trading de Cingapura.
Tanto a Vale quanto o Opportunity jogam o jogo com uma carta em cada mão. De acordo com a mesma fonte, a mineradora poderia entrar diretamente na operação ou “terceirizar” o investimento, por meio da VLI, empresa de logística portuária e ferroviária da qual é uma das maiores acionistas, ao lado da Brookfield.
O mesmo se aplica ao Opportunity, que teria a possibilidade de comprar o Porto Sudeste de forma direta ou por intermédio da Santos Brasil, da qual é um dos principais investidores. Nesta segunda hipótese, o M&A resultaria na consolidação do grande conglomerado do setor portuário brasileiro, que reuniria um dos maiores terminais de contêineres da América Latina, em Santos, e uma importante estrutura logística para exportação de minério de ferro – no ano passado, cerca de 26 milhões de toneladas saíram do Porto Sudeste.
Em tempo: a eventual aquisição do complexo portuário, localizado em Itaguaí (RJ), dissiparia os rumores sobre a saída do Opportunity do setor – no ano passado, circularam notícias de que a instituição financeira de Dantas teria colocado à venda a sua participação na Santos Brasil.
Do lado da Vale, há todo um contexto em torno do seu interesse pelo Porto Sudeste.
A mineradora já controla um porto na região de Itaguaí, a Cia. Portuária Baía de Sepetiba (CPBS), responsável pela exportação de mais de 17 milhões de toneladas de minério de ferro no ano passado. E, no que dependesse da sua vontade, entraria com as garras afiadas no leilão de arrendamento do IGT 02, o novo terminal de minério de Itaguaí. No entanto, conforme o RR antecipou, o edital da Antaq cria restrições à participação tanto da Vale quanto da CSN na disputa – a siderúrgica controla o Tecar, terminal de granéis de Itaguaí.
As duas empresas têm feito lobby em Brasília na tentativa de derrubar os entraves para a sua entrada na licitação. Porém, até o momento, a Antaq segue firme na sua disposição de impedir uma concentração ainda maior dos embarques de minério de ferro na Baía de Sepetiba nas mãos da mineradora e da siderúrgica.
Ou seja: a Vale – assim como a CSN – está em uma espécie de índex da agência reguladora, ao menos quando o assunto é o complexo portuário de Itaguaí. É justamente essa amarra regulatória que justificaria a entrada em cena da VLI, como candidata à compra do Porto Sudeste. Em conversa com o RR, ao ser perguntada sobre a possibilidade de comprar o empreendimento, a empresa de logística afirmou que “não há nada nesse sentido”. Está feito o registro.
No entanto, o que se diz no setor é que, diante do cerco da Antaq, a saída mais plausível para a Vale não perder o negócio seria a VLI se posicionar na linha de frente da operação de compra do Porto Sudeste. Seria, digamos assim, um “outsourcing societário”.
A aquisição daria à Vale, quer dizer, à VLI uma capacidade adicional de exportação de 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano – ainda que atualmente, o Porto Sudeste opere com quase 50% de ociosidade. O mundo roda, gira, capota e, por vezes, volta ao mesmo lugar. Em 2014, quando do início da derrocada do “Império X”, a Vale chegou a sinalizar a Eike Batista o interesse em comprar o Porto Sudeste. E talvez só não tenha levado porque Eike não podia vender o que já não era mais seu. Mubadala e Trafigura assumiram o ativo, em troca de dívidas do empresário.
Negócios
CPP Investments pode desaguar na BRK Ambiental
7/08/2024Empresa
Brookfield faz um movimento de mão dupla na VLI Logística
2/07/2024Nem tudo é o que parece ser na recente investida feita pela Brookfield para aumentar sua participação na VLI Logística. Ao adquirir 10% das ações pertencentes à Mitsui, o conglomerado canadense tornou-se o maior acionista individual da holding de concessões, com 36,5%. Uma aposta de longo prazo na empresa? Não necessariamente. No setor, há quem veja, desde já, um segundo movimento na operação.
A VLI está em negociações avançadas com o Ministério dos Transportes para a renovação antecipada da concessão da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica). A prorrogação do contrato, um impasse que se arrasta há mais de dois anos, tem tudo para elevar o valuation da VLI. A Brookfield, então, aproveitaria a janela de oportunidade para vender mais à frente parte ou mesmo integralmente a sua participação na companhia. Ressalte-se que, no passado recente, os canadenses chegaram a ofertar as ações em mercado, mas não encontraram comprador. Muito em função exatamente do imbróglio da FCA. Procurada pelo RR, a Brookfield não quis se pronunciar.
Destaque
Sai a Sabesp e entra a BRK no radar da Aegea Saneamento
28/06/2024A decisão da Aegea de não apresentar oferta pela Sabesp está longe de significar um momento de inapetência de seus controladores – Equipav, GIC, fundo soberano de Cingapura, e Itaúsa. Pelo contrário. No setor, a interpretação é que a companhia guardou munição para outro investimento de grande porte.
Fontes da área de saneamento ouvidas pelo RR apontam a Aegea como a mais forte candidata à compra da participação de 70% da Brookfield na BRK Ambiental. O passo seguinte seria a consolidação dos ativos em uma única holding, um conglomerado com atuação em mais de 600 municípios e uma receita líquida de R$ 19 bilhões e um Ebitda combinado de R$ 8 bilhões, a números do ano passado. Ou seja: um negócio de porte não muito distante ao da Sabesp – a empresa paulista registrou faturamento de R$ 25,5 bilhões e um Ebitda de R$ 9,6 bilhões em 2023.
Com um cenário mais vantajoso, na visão de dirigentes do setor. No caso de um M&A com a BRK, Equipav, GIC e Itaúsa serão os controladores da nova companhia. Na Sabesp, a Aegea seria apenas acionista de referência, com um poder de mando sempre indexado ao governo de São Paulo, que manterá uma participação no capital. Além disso, havia a poison pill.
A Aegea foi sabidamente contrária à cláusula que obrigará o futuro acionista da Sabesp a fazer uma oferta pelas ações em mercado, com ágio de 200%, se atingir uma participação de 30%. Consultadas pelo RR, Brookfield e Aegea não se manifestaram.
A fatia de 70% da BRK Ambiental nas mãos da Brookfield é avaliada em aproximadamente R$ 6,3 bilhões.
O cálculo se baseia no valor lançado pelo FI-FGTS em seu balanço de 2023: sua participação de 30% na empresa de saneamento está marcada a R$ 2,7 bilhões. No mês passado, a Brookfield contratou o BTG, o Itaú BBA e o Santander para avaliar possibilidades de desinvestimento na BRK Ambiental – conforme noticiou o Valor Econômico no dia 27 de maio. Os canadenses trabalham com duas hipóteses sobre a mesa: a venda de ativos operacionais e a negociação do controle da companhia.
O que corre à boca miúda no setor é que este segundo cenário é o preferido da Brookfield. E, ao que tudo indica, da Aegea também.
Destaque
Tarcísio Freitas enxerga mais do que gás em polêmico terminal da Cosan
29/05/2024Empresa
VLI busca um atalho para renovação antecipada da FCA
17/05/2024Pode ser que sim, pode ser que não. Na tentativa de obter a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica, a VLI teria levado uma proposta sui generis ao Ministério dos Transportes. A empresa – leia-se Vale e Brookfield, com a luxuosa companhia da BNDESPar no capital – estaria disposta a pagar uma compensação financeira à União para devolver o trecho da linha férrea na Bahia. São 2,3 mil quilômetros de pura confusão. As autoridades baianas acusam a VLI de ter sucateado deliberadamente a porção da FCA no estado para jogar a operação de volta no colo do governo. O próprio Ministério dos Transportes cobra da empresa a retomada dos investimentos na Bahia, hoje o principal nó para a prorrogação do contrato, que vence em 2026. Mesmo com o aceno de pagamento de uma indenização, a proposta da VLI encontra resistências dentro da Pasta. A começar pelo próprio Renan Filho. O ministro é o principal defensor no governo da estratégia de repactuação dos contratos de concessão já em vigor em troca de novos investimentos. Procurada pelo RR, a VLI não se pronunciou.
Destaque
Abertis e Brookfield trafegam em sentidos opostos na Arteris
24/04/2024Os acionistas da Arteris, uma das maiores concessionárias de infraestrutura do Brasil, estão diante de uma bifurcação. E cada um quer seguir por lados diferentes. Segundo o RR apurou, a espanhola Abertis, sócia majoritária, com 51%, avalia vender sua participação, o que significaria sua saída do país. Por sua vez, a canadense Brookfield, dona dos 49% restantes, está disposta a seguir à frente do negócio. Seria a combinação perfeita – a fome de vender de um com a vontade de comprar do outro – não fosse a agastada relação entre os dois sócios. Assim como duas estradas paralelas, Abertis e Brookfield não se cruzam.
Ambos não conseguem chegar a um entendimento sobre o valuation da Arteris, o que tem inviabilizado qualquer proposta dos canadenses para ficar com a parte em poder dos espanhóis. Enquanto não chegam a um denominador comum sobre o futuro do grupo, Abertis e Brookfield também não se entendem em relação ao presente, com impacto na própria gestão da Arteris. De acordo com uma fonte próxima à empresa, a Abertis estaria defendendo o aumento da distribuição de dividendos e consequentemente da remessa de lucros para a matriz. Mas enfrenta a resistência dos canadenses no Conselho.
A Brookfield prega o reinvestimento dos recursos na própria operação e uma estratégia mais agressiva de participação nos próximos leilões rodoviários. Não chega a surpreender, tratando-se do “polvo canadense”, como o conglomerado era chamado por seus múltiplos negócios no Brasil. Presente no país desde 1899, a Brookfield investiu mais de R$ 30 bilhões apenas nos últimos seis anos. Procuradas, Arteris e Brookfield não quiseram comentar o assunto.
Além dos desencontros entre seus sócios, a Arteris trafega em uma rodovia sinuosa, marcada por ziguezagues regulatórios. Abertis e Brookfield podem até demorar a aparar suas arestas, mas terão de acertar rapidamente os ponteiros em São Paulo e em Brasília, sob risco, no limite, de perda de ativos. Em janeiro, após um longo impasse, a companhia, enfim, assinou um acordo com o governo Tarcísio Freitas para prorrogar a concessão da Intervias de 2028 para 2039. Mas ainda falta fazer um encontro de contas entre as dívidas e créditos da Arteris junto ao estado – os valores sobre a mesa giram em torno de R$ 4 bilhões.
Em outra ponta, a empresa negocia com o governo federal a extensão do contrato da Arteris Fluminense, em linha com a oportuna estratégia do ministro Renan Filho de renovar concessões rodoviárias em troca de investimentos. A empresa se compromete a desembolsar R$ 6,6 bilhões no trecho de 320 quilômetros da BR-101 entre Rio de Janeiro e Espírito Santo. No que depender da Abertis, essa obrigação deverá cair no colo do futuro controlador da Arteris. Assim como no caso da Intervias, o acordo com o Ministério dos Transportes seria fundamental para destravar a eventual venda da holding. Seja para um forasteiro, seja para a Brookfield.
Destaque
Alto endividamento é um fio desencapado na venda da AES Brasil
12/04/2024A AES encontrou um obstáculo para deixar o Brasil – obstáculo, ressalte-se, que ela própria criou. Segundo o RR apurou, as tratativas para a venda da AES Brasil, conduzidas pelo Itaú BBA, têm esbarrado no alto endividamento da companhia. Os candidatos à compra da empresa estariam se recusando a pagar os R$ 7 bilhões pedidos pela AES, valor considerado elevado vis-à-vis o passivo total da empresa, da ordem de R$ 19 bilhões. Com um agravante: uma dívida com vencimento de curto prazo superior a R$ 9 bilhões, ou 5,3 vezes o Ebitda, um nível de alavancagem mais do que preocupante. Há ainda um segundo agravante: a AES Brasil terá de refinanciar algo em torno de R$ 5,4 bilhões em dívidas até o início de 2025 sob ameaça, caso contrário, de disparar cláusulas de convenants junto a credores. Diante desse cenário, os interessados na compra da AES Brasil, notadamente Auren (Votorantim e a canadense CPPIB) e a China Three Gorges (CTG), têm empurrado os norte-americanos contra as cordas, fazendo pressão por um modelo que reduza os riscos da operação. De acordo com uma fonte que participa das negociações, uma das possibilidades discutidas é atrelar a oferta à repactuação da dívida de curto prazo da AES Brasil. O valor total pago aos norte-americanos seria calculado em cima de metas de alongamento do perfil do passivo. Ou seja: dependendo do êxito da renegociação das dívidas pelo futuro controlador, a AES receberia mais ou menos pelo ativo. Procuradas pelo RR, AES e CTG não se manifestaram. A Auren, por sua vez, disse que “não comenta rumores sobre eventuais processos de fusões e aquisições.”
No mercado, a venda da AES Brasil é considerada uma questão de tempo. E esse tempo será maior ou menor em função da postura da AES. No setor, há um consenso de que os norte-americanos terão de ceder, notadamente em relação ao valuation e à repactuação do passivo, para fechar o negócio. A Auren chegou a apresentar uma primeira proposta à AES – conforme informou o Pineline, do Valor Econômico -, mas a oferta foi rechaçada pelos norte-americanos. Além da joint venture entre os Ermírio de Moraes e a CPPIB e da CTG, a franco-belga Engie e a canadense Brookfield também são apontados no mercado como potenciais candidatos à aquisição da AES Brasil. No entanto, independentemente dos nomes, todos os fios levam ao mesmo problema: o peso da dívida da AES Brasil e o seu potencial de contaminar a estrutura de capital do seu futuro controlador. Por exemplo: no caso da Auren, a relação dívida líquida/Ebitda sairia do nível atual e confortável de 1,8 vez para quatro vezes, com a incorporação da AES Brasil. Já a Engie veria seu nível de alavancagem subir de 2 para 3,5 vezes.
Empresa
Brookfield joga sua rede sobre ativos de energia limpa
21/03/2024A Elera Renováveis, leia-se Brookfield, saiu no mercado em busca de ativos em energia limpa. Segundo a fonte do RR, há conversas com a Atlas Renewable, que está em um momento de “rotação” dos seus investimentos, com a venda de projetos já maturados – no fim do ano passado, por exemplo, negociou um pacote de cinco usinas solares para a Engie, por R$ 3,5 bilhões. O apetite da Brookfield tem também, digamos assim, um valor “psicológico”. Há alguns meses circularam no setor informações de que o conglomerado canadense queria se desfazer da Elera. A Brookfield respondeu como de costume, colocando seu poderio financeiro na mesa: de imediato, anunciou mais de R$ 1,2 bilhão em novos investimentos em geração solar no Brasil. Procurada pelo RR, a empresa não quis se manifestar.
Energia
Diamante Energia e QWEC repetem dobradinha em negociação com Eletrobras
22/02/2024A Diamante Energia, do empresário Nicolas Gutierrez Londono, conseguiu um aliado de peso na disputa pelo pacote de termelétricas colocadas à venda pela Eletrobras. A Qatar Electricity & Water Company (QWEC), que mantém investimentos com a empresa na área de gás, já teria se comprometido a entrar com uma parcela expressiva do funding. Trata-se de um negócio de alta voltagem. Os valores sobre a mesa giram em torno dos R$ 8 bilhões, e entre os concorrentes estão a Eneva e a Brookfield.
Destaque
Novonor tenta sair das sombras da Lava Jato também no Peru
8/02/2024A, Novonor ex-Odebrecht, oscila entre o inferno e o purgatório. Na primeira categoria, estão a recuperação judicial, dívidas de quase R$ 100 bilhões, o crime ambiental da Braskem em Alagoas e a dificuldade para a venda da própria petroquímica. O outro lado, o da purga dos antigos pecados, encontram-se importantes vitórias nos tribunais – notadamente a decisão do ministro Dias Toffoli de suspender o pagamento de R$ 14 bilhões em multas junto ao MPF – e avanços em países onde até outro dia a empresa parecia estar irremediavelmente criminalizada. É o caso do Peru.
O RR apurou que a Novonor entrou na disputa pelas obras de ampliação da Barragem de Limón, no Rio Huancabamba. Os valores giram em torno dos US$ 250 milhões. A expansão da barragem integra um dos maiores empreendimentos de infraestrutura em execução no Peru: a transposição e irrigação do Vale do Olmos, que já consumiu quase US$ 3 bilhões em investimentos.
O grupo, ressalte-se, participou de uma das fases do megaprojeto, estando à frente das obras para o desvio do Rio Huancabamba. No entanto, em 2016, quando a Lava Jato já chegava ao pescoço da família Odebrecht, o negócio foi repassado à Brookfield. Em contato com o RR, a Novonor confirmou que a “a NPI – Novonor Participações e Investimentos, braço operacional do Novonor no Peru, avalia apresentar ao Governo Regional de Lambayeque uma Iniciativa Privada Autossustentável (IPA) para a ampliação da capacidade de armazenamento da barragem de Limón”.
A negociação com as autoridades do Peru tem um razoável valor simbólico. Há oito anos, a velha Odebrecht não participa de licitações públicas naquele país. Os motivos são sabidos: a empresa também foi duramente atingida pela versão peruana da Lava Jato.
Do ponto de vista político, pode até se dizer que o impacto da corrupção estruturada foi ainda maior do que no Brasil: quatro ex-presidentes da República foram denunciados e presos por receberem propina da Odebrecht. Ainda assim, graças a um carry over pré-criminalização, o Peru concentra 11% da carteira de contratos da OEC, braço de construção pesada da Novonor. No plano internacional, está atrás apenas de Angola, que representa aproximadamente 34% do backlog da empresa.
De acordo com a fonte do RR, o grupo articula com autoridades peruanas sua participação em outros negócios. O que não falta no país é obra para tocar. O PróInversion – uma espécie de “PAC peruano” – prevê a licitação de até 40 projetos de infraestrutura, tanto por meio de concessões quanto PPPs, com investimentos estimados em US$ 8 bilhões.
Consultada sobre outros projetos no radar, a companhia disse que a NPI “está sempre atenta a oportunidades”.
Nesse longo processo de expurgação, a Novonor ainda aguarda pelo maior dos perdões: o da Petrobras. Somente no ano passado, foi autorizada a voltar a participar de licitações da petroleira. Até o momento, não consta que tenha firmado qualquer novo contrato com a companhia. A retomada da prestação de serviços para a estatal consumaria a maior das “absolvições” – a Petrobras se tornou um emblema de todos os pecados da velha Odebrecht.
A Odebrecht ficou marcada pela corrupção sistêmica capitaneada por seus acionistas e executivos. Mas o passado de malfeitos não apaga o que o grupo sempre teve de melhor: um quadro de engenheiros de excelência, o reconhecimento como uma referência em construção pesada e o status de ser a mais competitiva das empresas brasileiras em exportação de serviços. A recuperação da companhia é uma excelente notícia.
Destaque
Governo quer cobrar pedágio bilionário por renovação da licença da FCA
18/12/2023O ministro dos Transportes, Renan Filho, vai subir o tom contra a VLI – leia-se Vale, Mitsui e Brookfield. Segundo o RR apurou, Renan articula junto ao TCU a elaboração de uma auditoria dos prejuízos econômicos e ambientais causados pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) nos oito estados em que atua, incluindo o Distrito Federal. O objetivo do ministro seria usar o parecer do Tribunal de Contas como munição de alto calibre na renegociação do contrato de concessão da FCA.
De acordo com a mesma fonte, Renan Filho e seus assessores trabalham com a estimativa de que o valor pode chegar à casa dos R$ 30 bilhões. O valuation dos danos causados pela ferrovia vai balizar o “pedágio” cobrado pelo governo para autorizar a prorrogação antecipada da concessão, como reivindica a VLI – o contrato atual vence em 2026. Ou seja: o parecer do TCU promete despejar ainda mais tensão em uma negociação dura, nervosa e de poucos avanços.
Os valores apresentados pela VLI estão muito atrás: investimentos de R$ 14 bilhões em troca da prorrogação da licença da Centro-Atlântica por mais 30 anos. Procurada pelo RR, a companhia não quis se pronunciar.
A VLI não se encontra em uma posição confortável. Ao longo dos anos, a empresa acumulou uma carga de desgaste político junto a diversos estados pela falta de investimentos na FCA. Na Bahia, por exemplo, as autoridades locais não querem ver os trens da empresa nem pintados de ouro – ver RR.
Essa antipatia federativa vem da própria gênese da VLI, uma engenhosa criação da Vale. A mineradora jogou na companhia seus ativos logísticos deficitários e problemáticos, como sempre foi o caso da FCA. Dessa forma, a conta reputacional dos investimentos suspensos, dos trechos abandonados e do sucateamento de quilômetros e quilômetros de trilhos da FCA foi para a conta da VLI e não da Vale.
Do outro lado da mesa, está um ministro que fareja uma oportunidade política a léguas de distância. Renan Filho enxerga a fragilidade da FCA como um trunfo para pressionar a VLI e subir consideravelmente o preço pela renovação da licença. Da mesma forma como o ex-governador alagoano identificou vulnerabilidades da própria Vale, que também está na sua alça de mira. Renan Filho tem atacado a renovação antecipada dos contratos das ferrovias Vitória-Minas e Carajás, aprovada pelo governo Bolsonaro.
No caso desta última, a mineradora pagou R$ 600 milhões pela outorga. O ministro cobra que a Vale deve desembolsar pelo menos R$ 20 bilhões.
Empresa
Venture capital é a próxima parada da VLI
7/11/2023A VLI – o conglomerado de logística controlado por Vale, Mitsui e Brookfield – vai criar um braço de venture capital. Já teria reservado cerca de R$ 30 milhões para dar a partida no fundo. Na mira, startups ligadas ao agronegócio e à área de logística. A VLI – dona das ferrovias Centro-Atlântica e Norte- Sul – já fez uma espécie de teste driver ao aportar R$ 1,5 milhão na agtech Brasil Agritest. Procurada pelo RR, a VLI não quis se manifestar.
Negócios
Argo Energia entra na disputa por concessões da Sterlite
3/10/2023A Argo Energia está no páreo para a compra dos ativos em transmissão da indiana Sterlite no Brasil. O que está sobre o balcão é uma carteira com oito concessões em oito estados – quatro delas ainda em fase de desenvolvimento e construção, com investimentos que totalizam cerca de R$ 4 bilhões. A Argo, associação entre a espanhola Redeia e a colombiana Grupo Energia Bogotá, tem mostrado forte apetite pelo Brasil. No ano passado, desembolsou o equivalente a R$ 4,3 bilhões por cinco linhas de transmissão do Brasil Energia FIP, leia-se Brookfield Asset Management. São mais de quatro mil quilômetros em linhas, que geraram, no ano passado, uma receita de R$ 1,1 bilhão. Do lado da Redeia, a eventual aquisição dos ativos Sterlite seria o primeiro grande investimento da gestão de Juan Collado. O executivo assumiu em abril deste ano o comando da empresa no Brasil.
Destaque
Bahia exige acerto de contas com a VLI em troca da concessão da FCA
3/10/2023Há uma “Conjuração Baiana” contra a VLI – leia-se Vale, Mitsui e Brookfield. O ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia Rui Costa e o seu sucessor no cargo, o também petista Jerônimo Rodrigues, têm se movimentado em Brasília para embarreirar o pedido de renovação antecipada da concessão da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), que vence em 2026. A dupla trabalha junto ao ministro dos Transportes, Renan Filho, e à direção da ANTT para que a extensão do contrato seja obrigatoriamente atrelada a investimentos no trecho da ferrovia em território baiano.
Nos bastidores, o clima é tenso. Autoridades do estado acusam a VLI de ter negligenciado operações da FCA na Bahia para privilegiar ramais mais rentáveis, como o de Goiás, destinado ao transporte de grãos. A munição contra a companhia inclui estudos já encaminhados à ANTT com o objetivo de quantificar as perdas sofridas pelo estado e atribuídas à má conservação e ao sucateamento de trechos locais da linha férrea.
Um dos documentos mais recentes é resultado de um trabalho coordenado por Bernardo Figueiredo, ex-presidente da EPL (Empresa de Planejamento Logístico) e atualmente à frente da TAV, estatal responsável pelo projeto do trem-bala entre Rio e São Paulo. Um dos principais efeitos colaterais seria a suspensão de investimentos na área de mineração, pelas dificuldades logísticas para o escoamento da produção.
As tratativas entre o governo e a VLI são cheias de ziguezagues. Até o momento, a companhia se compromete a desembolsar cerca de R$ 13,8 bilhões na FCA até 2056 – fora os R$ 5 bilhões referentes à nova outorga pela renovação do contrato. Mas, segundo a mesma fonte, não teria apresentado um plano detalhado da partilha dos recursos por estado. Em meio ao imbróglio com influentes lideranças políticas baianas, as conversas parecem ter pedido ainda mais velocidade nas últimas semanas.
O pedido de renovação antecipada da Centro-Atlântica chegou a entrar na pauta da reunião de diretoria da ANTT por duas vezes no mês de setembro – a primeira no dia 14 e a segunda, na última quinta-feira, dia 28. Nos dois casos, o assunto acabou sendo retirado da agenda em cima da hora. Em contato com o RR, a VLI informou que “O processo de renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica segue seu fluxo normal nos órgãos reguladores. Todos os detalhes do processo serão levados a conhecimento das partes interessadas em consultas públicas que serão realizadas em breve.”
A empresa afirma ainda que “Uma vez concluído, o processo de renovação permitirá a antecipação de uma série de investimentos que estimularão a indústria ferroviária e metalmecânica nacional e a economia como um todo”. Perguntada especificamente sobre as cobranças de políticos baianos e a alegada falta de investimentos no estado, a VLI não se pronunciou.
A FCA cruza a Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal. Nos mais de sete mil quilômetros da ferrovia, a VLI tem deixado um rastro de descontentamento federativo. Há cobranças de outros estados por mais investimentos, notadamente Rio e Espírito Santo. Mas nada se compara à pressão política que vem da Bahia. Por lá, o enrosco é maior e com vários movimentos cruzados. A estatal Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, por exemplo, chegou a acionar a Procuradoria Geral do Estado e a ANTT exigindo que a VLI faça investimentos na ferrovia.
Empresa
IPO da Descarbonize já está na mira da Brookfield
15/09/2023A recente criação da Descarbonize foi apenas o primeiro raio de sol. A Brookfield já faz planos de abrir o capital da nova empresa, focada no desenvolvimento de soluções em energia solar. Trata-se de um negócio que nasceu com faturamento superior a R$ 4 bilhões. Na partida, a Descarbonize reúne a Aldo Solar, que opera no mercado de geração distribuída com a venda de equipamentos fotovoltaicos, a Sol Agora, fintech que atua no financiamento de projetos no setor e deve fechar neste ano cerca de R$ 500 milhões em operações de crédito. A ideia da Brookfield é usar a nova holding para a compra de outras energytechs da área de geração solar.
Empresa
Arteris recebe um reforço financeiro de seus acionistas
11/08/2023Os acionistas da Arteris – a espanhola Abertis e a canadense Brookfield – bateram o martelo: vão realizar um aumento de capital na empresa. A holding de infraestrutura atravessa um momento delicado, com o caixa excessivamente justo para honrar o plano de investimentos de suas sete concessões rodoviárias. Há outro fator de pressão sobre a companhia e seus sócios: o elevado endividamento. O passivo de curto prazo soma quase R$ 10 bilhões, o equivalente a quatro vezes o Ebitda.
Empresa
BRK tem de filtrar sua dívida para ser vendida
19/06/2023Com o cancelamento do IPO, a BRK Ambiental, segundo o RR apurou, está na seguinte situação. A Aegea quer comprar a companhia de saneamento, controlada pela Brookfield. Conta, inclusive, com o apoio financeiro do GIC, um dos fundos soberanos de Singapura, que já e seu acionista e está disposto a fazer um novo aporte para viabilizar a aquisição. O senão: a dívida da BRK. Como está, a Aegea não topa o negócio. A alavancagem da companhia está nas alturas: a relação dívida líquida/Ebitda é de sete vezes. Consultadas, as duas empresas não quiseram se manifestar.
Destaque
BRK Ambiental pode ser o passaporte de entrada da Votorantim no saneamento
25/05/2023A Votorantim estaria em conversações com a Brookfield para a compra da sua participação de 70% na BRK Ambiental. Trata-se de uma operação estimada em aproximadamente R$ 6 bilhões, tomando-se como base o valuation da companhia para o IPO que seria realizado no ano passado e acabou engavetado. Na ocasião, os 100% da BRK foram precificados em torno de R$ 9 bilhões. No caso da Votorantim, o M&A representaria a entrada dos Ermírio de Moraes na área de saneamento, um passo a mais no acelerado processo de diversificação dos negócios do conglomerado. A julgar pelos movimentos recentes, há uma considerável possibilidade de o grupo investir no setor de mãos dadas com um parceiro ainda mais parrudo. Nos últimos tempos, a Votorantim tem se notabilizado por se associar a grandes investidores internacionais. Uniu-se ao Temasek, o trilhardário fundo soberano de Cingapura, para negócios em saúde, educação e tecnologia. Ao lado da canadense CPP Investments, criou a Auren, empresa de energia renovável. A própria CPP, por sinal, já tem um pé no setor de saneamento: está entre os maiores acionistas da Iguá. Como não poderia deixar de ser, os protagonistas do enredo se esquivam. Perguntada, a Votorantim diz que “não comenta especulações de mercado.” A Brookfield também não quis se pronunciar. O fato é que não é de hoje que os canadenses buscam uma porta de saída da BRK Ambiental. A princípio, seria por meio do IPO. Desde o fim de 2022, após a suspensão da abertura de capital, a Brookfield passou a oferecer sua participação no mercado. De acordo com a mesma fonte, mantém tratativas também com fundos de investimentos internacionais. A BRK é umas grandes holdings de saneamento do país. Presente em 13 estados e em mais de 100 municípios, teve uma receita líquida da ordem de R$ 4,5 bilhões e um Ebitda da ordem de R$ 1,2 bilhão no ano passado.
Infraestrutura
Tem muito trilho retorcido no caminho da VLI
28/04/2023Os planos da VLI de selar a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântico (FCA) neste ano não encontram eco nas mais diversas esferas de Poder. Segundo o RR apurou, tanto no Ministério da Infraestrutura quanto no TCU há resistências à proposta apresentada pela companhia, notadamente no que diz respeito às contrapartidas financeiras – a promessa de investir R$ 14 bilhões em 30 anos é considerada baixa. Além disso, há pressões na mão contrária dos estados cortados pela FCA, sobretudo da Bahia, Rio de Janeiro e, mais recentemente, Espírito Santo.
Neste último caso, a broca maior do governador Renato Casagrande é em relação à Vale, o principal nome do comboio de acionistas da VLI – que inclui ainda Brookfield, Mitsui, FI-FGTS e BNDESpar. Quando da renovação antecipada das concessões das ferrovias Vitória-Minas e Carajás, fechada no mesmo pacote, a mineradora se comprometeu a pagar R$ 11,8 bilhões em outorgas. No entanto, a maior parte – quase R$ 9 bilhões – foi destinada à construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO). Coube ao Espírito Santo uma fatia irrisória do valor. Além disso, até o momento a Vale ainda não honrou o compromisso de iniciar as obras de construção da EF-118 entre as cidades capixabas de Cariacica e Ubu. A companhia tem postergado sucessivamente o cronograma do projeto. Ou seja: ao menos por ora, não há nenhum motivo para o governo de Renato Casagrande ter boa vontade com a VLI, uma espécie de braço ferroviário da mineradora. O RR enviou uma série de perguntas à Vale, mas a empresa não se manifestou.
Destaque
Fusão entra no radar de Movida e Nova Unidas
4/04/2023O RR apurou que a Movida e a Nova Unidas vêm mantendo conversações para uma possível fusão. De um lado da mesa, está a JSL, um dos maiores grupos logísticos do Brasil; do outro, a canadense Brookfield, um polvo de mil e um tentáculos. De acordo com a mesma fonte, a operação não envolveria qualquer aporte de recursos, mas, sim, uma troca de ações entre as duas empresas de locação de veículos. Procuradas pelo RR, Movida e Novas Unidas não quiseram se pronunciar.
O M&A seria uma resposta razoavelmente rápida à fusão entre a Localiza e a antiga Unidas, fechada no ano passado. Movida e Nova Unidas ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugares do setor. Juntas, as duas companhias passariam a ter uma receita líquida de quase R$ 13 bilhões por ano e um Ebitda combinado na casa dos R$ 4,8 bilhões. A frota somada chegaria a 280 mil veículos, ainda bem atrás da Localiza, líder disparada do mercado, com 450 mil carros. Escala é tudo nesse negócio. Além do market share em si, quanto maior o número de automóveis maior o poder de barganha da empresa junto a montadoras para a renovação da sua frota e, depois, para a venda dos veículos usados.
A diferença nesse quesito poderia ser ainda maior, não fosse o pedágio imposto pelo Cade para aprovar a fusão entre a Localiza e a Unidas. Esta última foi obrigada a vender cerca de R$ 3,5 bilhões em ativos para a Ouro Verde, como se chamava, até então, a empresa de locação de veículos da Brookfield. O acordo envolveu a transferência de 49 mil automóveis, 182 agências e da própria marca Unidas, que passou a ser usada pelos canadenses em seu negócio.
Empresa
Brookfield está com meio corpo fora da BRK
28/03/2023O RR apurou que a Brookfield está conversando com fundos internacionais para a venda da sua participação de 70% na BRK Ambiental. Trata-se de um Plano B que virou A. A ideia original era aproveitar o IPO da empresa de saneamento como porta de saída do capital. No entanto, a BRK engavetou sua oferta de ações por conta das condições adversas do mercado. E os canadenses não estão dispostos a esperar por um momento propício para a abertura de capital, que pode demorar muito ainda. Procurada, a Brookfield não quis se manifestar.
O valuation da BRK Ambiental no IPO seria da ordem de R$ 9 bilhões. Mantida a cifra, a participação da Brookfield está avaliada em algo como R$ 6,3 bilhões. O gigante canadense, por sinal, vive uma fase de desinvestimento de alguns importantes ativos no Brasil. A empresa colocou à venda o equivalente a R$ 6 bilhões em ativos da Elera Renováveis, sua operação na área de energia eólica e solar.
Negócios
Votorantim e CPP avançam sobre ativos da Brookfield em energia limpa
16/03/2023A dobradinha entre os Ermírio de Moraes e a CPP Investments está elétrica. O RR tem informações de que a Auren Energia – joint venture entre o Grupo Votorantim e o fundo canadense – avalia a compra dos ativos em geração colocados à venda pela Brookfield. Trata-se de um pacotão de usinas eólicas e solares avaliado em aproximadamente R$ 6 bilhões – os empreendimentos pertencem à Elera Renováveis, antiga Brookfield Energia Renovável. Seria a maior aquisição feita pela Auren, que tem combinado a compra de ativos com o crescimento orgânico. No greenfield, o maior projeto em curso é a construção de uma usina solar em Jaíba (MG), ao custo de R$ 2,1 bilhões. Como se não bastasse o agressivo plano de investimentos, a Auren virou uma espécie de darling do mercado por sua generosa política de dividendos. A empresa anunciou o pagamento de R$ 1,5 bilhão aos acionistas. Conforme o RR antecipou , o valor dos dividendos foi inflado pelo recebimento de uma indenização de R$ 1,7 bilhão da União, referente à Usina Hidrelétrica Três Irmãos.
Destaque
Brasil entra no mapa de um gigante global da energia renovável
14/02/2023A Copenhagen Infrastructure Partners prepara sua entrada no Brasil. A gestora dinamarquesa, dona de uma das maiores carteiras de ativos em energia verde do mundo, tem se movimentado para se associar a projetos em geração renovável no país, notadamente usinas eólicas e solares. De acordo com informações apuradas pelo RR, há conversas com um grande grupo brasileiro do setor, que reúne um portfólio da ordem de 40 GW, somando-se plantas já em operação ou em fase de desenvolvimento.
O Copenhagen Infrastructure Partners tem por regra investir em negócios no nascedouro, do zero. Seus números são hiperlativos. Ao todo, são mais de US$ 20 bilhões em investimentos globais, abrigados sob dez fundos de investimento. Por enquanto. O Copenhagen está lançando seu Fund V, ou seja, a quinta carteira da sua série principal de fundos. A meta é captar até US$ 15 bilhões, igualando-se ao Brookfield Energy Transition, até o momento a maior captação global já feita para projetos em energia verde.
Com parcela majoritária de seus negócios concentrada na Europa e nos Estado Unidos, o Copenhagen Infrastructure Partners começa a esticar seus tentáculos para novos mercados, notadamente Ásia e América Latina. No ano passado, associou-se a um projeto para a construção de um complexo eólico na cidade de Barranquilla, na Colômbia. Os dinamarqueses estão investindo também na produção de hidrogênio e amônia verde no Chile.
Destaque
Cemig negocia venda da sua participação na Taesa
6/01/2023O governo Romeu Zema está retomando o processo de desmobilização de ativos da Cemig. O RR apurou que a estatal mineira abriu conversações para a venda da sua participação na Taesa, dona de uma das maiores carteiras de ativos em transmissão do país – são 12 mil km de linhas já em operação e outros dois mil km em construção. A Cemig detém 37% das ações ordinárias. Sua fatia estaria avaliada em aproximadamente R$ 2 bilhões. Um dos candidatos à aquisição é a colombiana ISA, que já é a segunda maior acionista da Taesa, com 26% do capital votante. De acordo com a mesma fonte, quem também está no páreo é a China Southern Power Grid (CSPG). Trata-se da segunda tentativa dos chineses de entrar no mercado de transmissão no Brasil em menos de um ano. Em meados de 2022, a China Southern participou do bid para a compra de um pacote de ativos da Quantum, braço da Brookfield. No entanto, a colombiana Argo Energia venceu a disputa.
O governo mineiro quer acelerar a venda de ativos da Cemig considerados não-estratégicos, de olho em um projeto maior, já sinalizado por Romeu Zema: a transformação da empresa em uma “corporation”, com capital pulverizado em bolsa. Com a força de uma reeleição e a nova composição da Assembleia Legislativa, menos hostil politicamente, Zema está convicto que, dessa vez, terá o aval dos deputados estaduais tanto para a desmobilização de ativos da Cemig quanto para uma posterior oferta de ações em Bolsa. Além da Taesa, a estatal mineira pretende se desfazer das suas participações nas hidrelétricas de Santo Antônio e de Belo Monte. Quer também deixar o capital da Aliança Energia, joint venture com a Vale.
Destaque
VLI terá de pagar um alto “pedágio” para renovar concessão da Ferrovia Centro-Atlântica
4/01/2023A VLI – leia-se Vale, Mitsui e Brookfield – terá de abrir o caixa para conseguir a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica por mais 30 anos – o acordo em vigor vence em 2026. O governo vai condicionar a prorrogação do contrato à realização de expressivos investimentos na operação, notadamente no trecho que corta a Bahia. O “pedágio” será alto. Segundo o RR apurou, com base em cálculos feitos ainda pela equipe de transição, as cifras pode chegar perto dos R$ 20 bilhões, acima dos R$ 13 bilhões originalmente negociados entre a companhia e a ANTT. Em conversa com o RR, a VLI afirma que o “processo de renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica, desde seu início, é pautado por discussões e análises em nome do interesse público. O plano de investimentos apresentado e ora em análise prevê grandes obras de infraestrutura, aquisição de vagões e locomotivas, obras de solução de conflitos urbanos, entre outros pontos.” A companhia informou ao RR ter mantido “diálogo com a equipe de transição do governo federal e com os governos estaduais, assim como o fez ao longo de todo o processo, além de outras partes interessadas, a fim de ouvir as necessidades de cada região envolvida”.
As tratativas com a ANTT já se arrastam há meses. No entanto, a chegada do PT ao poder tende a tornar a negociação ainda mais dura e complexa para a VLI. A empresa terá um forte “adversário” no primeiro escalão da gestão Lula: o ex-governador da Bahia e novo ministro da Casa Civil, Rui Costa, um dos mais influentes aliados de Lula. A VLI e o governo baiano vivem uma relação bastante conturbada. A gestão de Costa apertou o cerco à companhia pelo mau estado de conservação da Ferrovia Centro-Atlântica no estado e pelos diversos trechos inoperantes no estado, notadamente de Alagoinhas a Juazeiro. Entre outros impactos, o governo baiano alega que a falta de manutenção na ferrovia tem inviabilizado investimentos, por exemplo, na área de mineração. A estatal Companhia Baiana de Pesquisa Mineral chegou a acionar a Procuradoria Geral do Estado e a Secretaria de Infraestrutura e a enviar ofícios à ANTT questionando a gestão da VLI – conforme o RR informou.
Negócios
Brookfield apaga aos poucos seus investimentos em transmissão no Brasil
2/01/2023A recente venda de 4,1 mil quilômetros de linhas transmissoras no Brasil para a colombiana Argo Energia por R$ 7,4 bilhões (incluindo a dívida) foi só o começo. A Brookfield tem planos de reduzir gradativamente sua posição no setor de transmissão no país, no qual opera por meio da controlada Quantum. Os canadenses estão aguardando apenas os projetos desenvolvidos pela empresa entrarem em operação para se desfazer do restante dos ativos. A Quantum ainda tem em carteira outros quatro mil quilômetros de linhas, em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, todos em fase de construção.
Negócios
Brookfield coloca venda da BRK Ambiental em “modo espera”
19/12/2022A Brookfield ainda não bateu o martelo sobre o IPO da BRK Ambiental e sua saída do capital. A empresa avalia esperar o governo Lula assentar para decidir o que e quando vai fazer. Ainda que de forma indireta, os próximos movimentos do grupo canadense passam por Brasília, mais precisamente pelo que ocorrerá com a participação de 30% do FI-FGTS, administrado pela Caixa, no capital da empresa de saneamento. Por ora, são apenas conjecturas. Mas a eventual possibilidade de uma venda conjunta com o banco estatal aumentaria o valuation das ações em poder tanto da Brookfield quanto do FI-FGTS. A única certeza é que o grupo canadense quer se desfazer do controle da BRK, negociando parte expressiva ou mesmo a totalidade da sua participação, de 70%.
Negócios
Iguá Saneamento mira na compra da BRK
17/11/2022A intenção da Iguá Saneamento de captar até R$ 3 bilhões com a venda de uma participação no seu capital esconde um segundo movimento, tão ou mais impactante. O objetivo da IG4 e da canadense CPP Investments, os dois principais acionistas da empresa, é amealhar recursos para bancar a aquisição da BRK Ambiental. Ressalte-se que o controlador desta última, a Brookfield, já saiu no mercado em busca de um comprador – conforme o RR antecipou . Um eventual M&A entre a Iguá e a BRK daria origem a uma empresa com faturamento anual na casa dos R$ 5 bilhões. Consultadas, as duas empresas não quiseram se manifestar.
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Brookfield prepara seu desembarque da BRK
21/09/2022A Brookfield decidiu não esperar pelo eventual IPO da BRK Ambiental. O grupo canadense procura um comprador para parte ou mesmo a totalidade da sua participação na empresa de saneamento – 70% do capital. Em tempo: o que se diz no setor é que o FI-FGTS, leia-se a Caixa Econômica, pretende aproveitar a onda para vender também a sua fatia de 30% na BRK.
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Aposta redobrada
23/08/2022O setor de saneamento é o novo alvo da OTPP (Ontario Teachers Pension Plan Board) no Brasil. Um dos ativos no radar dos canadenses seria a BRK Ambiental, controlada pela conterrânea Brookfield. A OTTP administra mais de US$ 200 bilhões em ativos.
Acervo RR
Metamorfose
19/08/2022A BR Properties prepara uma guinada em seu perfil de negócios. A empresa pretende vender as duas últimas torres comerciais que ainda restam em seu portfólio. Quase todos os imóveis corporativos foram negociados recentemente para a Brookfield por R$ 5,9 bilhões. A ideia da companhia é se concentrar em galpões industriais, negócio que tem se mostrado mais rentável.
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Os trilhos retorcidos da VLI
28/07/2022A VLI – leia-se Vale, Brookfield, Mitsui, entre outros acionistas – tem uma delicada questão de ordem institucional em seu caminho. O governador Claudio Castro está usando seu prestígio político junto ao clã Bolsonaro para brecar a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Castro quer usar a prorrogação do contrato para pressionar a VLI a retomar os investimentos no Rio de Janeiro. Os trechos da FCA no estado estão desativados. A VLI já teria até sinalizado a intenção de devolvê-los à União, mas, a depender do desempenho da dupla Bolsonaro-Castro nas urnas, talvez seja forçada a mudar seus planos. Procurada, a empresa adota um tom diplomático. Diz que “o processo de renovação segue seu curso regular junto aos órgãos reguladores e toda a sua tramitação tem sido marcada pela transparência e a oitiva de pleitos encaminhados por Estados e demais interessados no processo.” Sobre o caso específico do Rio, nenhuma palavra.
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O encontro das águas da Iguá e da BRK Ambiental
7/07/2022Faria Lima, 4.300 – 14° andar. No escritório da canadense CPP Investments no Brasil está sendo arquitetada o que pode vir a ser a maior operação de M&A já realizada no setor de saneamento no Brasil: a fusão da BRK Ambiental e da Iguá Saneamento. A gestora de recursos – braço do Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), um potentado com mais de meio trilhão de dólares em ativos – negocia a compra de até metade das ações da Brookfield na BRK.
A conterrânea canadense tem 70% do capital. Estima-se que a fatia total da Brookfield valha algo próximo de R$ 6 bilhões. Uma vez dentro do capital da BRK, a CPP Investments estaria em uma posição privilegiada para o segundo movimento: costurar a fusão da companhia com a Iguá Saneamento, da qual a gestora canadense já é acionista, com 15%. Da associação poderá emergir um grupo com faturamento da ordem de R$ 5 bilhões e Ebitda combinado de R$ 1,1 bilhão, a números de 2021. A própria Brookfield seria um aliada importante da CPP nessa intrincada engenharia.
Ainda assim, não se trata de uma operação das mais simples. Algumas pontas precisam ser atadas de parte a parte. Do lado da BRK, uma incógnita é a posição da Caixa Econômica. O FI-FGTS, ad- ministrado pelo banco estatal, detém 30% da empresa – participação está avaliada em R$ 2,7 bilhões. Do outro lado, a CPP já mantém conversações com a BNDESpar, sua sócia na Iguá. Dona de 13% da empresa, a agência de fomento é vista pelos canadenses como um agente facilitador da operação. Dentro do banco há uma preocupação com o elevado nível de alavancagem tanto da BRK quanto da Iguá e seu impacto sobre a capacidade de investimento das duas empresas e sobre o próprio setor.
A primeira tem uma dívida de curto prazo equivalente a sete vezes o seu Ebitda. No caso da Iguá, esse peso é ainda maior: 14 vezes. Em fevereiro, a S&P rebaixou o rating tanto da companhia quanto de suas debêntures devido ao elevado endividamento. O aporte da CPP e a consequente fusão dariam o fôlego necessário à nova companhia. Sede de Brasil, por sinal, é o que não falta aos canadenses. Somente nos últimos meses, a gestora uniu-se à Votorantim para criar a Auren Energia, empresa com R$ 15 bilhões de valor de mercado. O próprio Canada Pension Plan, por sua vez, costurou por dentro outra grande operação de M&A: a recente fusão da BR Malls e da Aliansce. A Faria Lima, 4.300 – 14° andar – crepita.
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Oferta de venda
15/06/2022Circula no mercado a informação de que a Brookfield planeja uma emissão de ações da Ouro Verde, empresa de locação de veículos. Não obstante o registro de companhia aberta, 100% das ações estão nas mãos do grupo canadense. A captação faria parte da engenharia financeira da recém-fechada compra de 49 mil veículos da Localiza e da Unidas, por R$ 3,6 bilhões. Os ativos foram adquiridos pela Brookfield, mas deverão ser incorporados à Ouro Verde em um segundo momento.
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Vai chover dividendo na BR Properties
1/06/2022O ano de 2022 promete ser de fartura para os acionistas da BR Properties. A GP, maior acionista da companhia, pretende destinar uma parcela expressiva dos R$ 5,5 bilhões arrecadados com a venda de ativos imobiliários à Brookfield para o pagamento de dividendos. Em tempo: a medida pode ter um efeito colateral: reduzir o ritmo de redução do passivo da companhia.
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De novo na pista
16/05/2022A Arteris vai sair do acostamento. Ausente das mais recentes licitações do setor, a empresa – leia-se a espanhola Abertis e a Brookfield – está fazendo caixa para disputar as concessões rodoviárias programadas para o segundo semestre.
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Dobradinha elétrica
13/04/2022A Auren Energia, joint venture entre o Grupo Votorantim e a canadense CPP Investments, entrou na disputa por um pacote de ativos em transmissão da Quantum, leia-se Brookfield. Trata-se de um negócio de altíssima voltagem: a operação está estimada em cerca de R$ 6,5 bilhões. São mais de 2,5 mil km em linhas transmissoras.
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Governo da Bahia e VLI estão a um passo dos tribunais
23/12/2021O governo da Bahia e a VLI – leia-se Vale, Mitsui, Brookfield e BNDES – estão à beira de um contencioso. Segundo o RR apurou, a estatal Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) pretende entrar na Justiça contra a empresa de logística, controladora da Ferrovia Centro -Atlântica (FCA). Um dos objetivos é brecar a renovação antecipada da concessão da FCA, neste momento tema de tratativas entre a VLI e a ANTT.
O governo baiano alega que o mau estado de conservação da ferrovia tem inviabilizado novos investimentos em mineração no estado. De acordo com a fonte do RR, ao menos dois grandes projetos, da ordem de R$ 5 bilhões, estariam parados por conta de gargalos logísticos relacionados à FCA. Coincidência ou não, os investimentos em conservação da ferrovia em território baiano começaram a escassear depois que a Vale, uma das maiores acionistas da VLI, encerrou sua operação de ferroligas de manganês no estado.
Em conversa com o RR, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral informou que, “no momento” não há qualquer ação judicial contra a VLI. Talvez seja só uma questão de tempo. A empresa confirmou à newsletter que “tem consultado órgãos do Governo da Bahia, como a Procuradoria Geral do Estado e a Secretaria de Infraestrutura, para que se trace uma estratégia conjunta de defesa da logística ferroviária utilizando todos os meios possíveis”. A CBPM também relatou ao RR que tem questionado a VLI através de ofícios enviados à ANTT, o mais recente na segunda semana de novembro. Também procurada, a VLI não quis se pronunciar.
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Radar avança sobre as terras da Brookfield
25/10/2021A Cosan, de Rubens Ometto, voltou com todo o gás ao controle da Radar. A empresa estaria em conversações para a compra de cinco fazendas da Brookfield, localizadas no Tocantins, Maranhão e Piauí. O valor dos ativos seria da ordem de R$ 1 bilhão. Procuradas, as duas empresas não quiseram se manifestar. A Radar também está em busca de propriedades agrícolas na Bahia. A companhia aposta em um longo ciclo de alta dos preços de terras no país. O custo do hectare já cresceu, em média, 18% em 12 meses, atingindo o maior patamar em 20 anos. Como consequência, os contratos de arrendamento de terras subiram mais de 70% no último ano. Esse é o principal negócio da Radar: a maior parte de sua carteira, composta por 390 fazendas e quase cem mil hectares, está alugada para terceiros.
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Pé na estrada
18/10/2021Nos corredores do Ministério da Infraestrutura, a Arteris – leia-se Brookfield e a espanhola Abertis – é considera presença certa no leilão da Nova Dutra, marcado para o dia 29 de outubro.
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Às compras
24/08/2021O Grupo Iguatemi, dono de 12% do Shopping Higienópolis, está se movimentando para aumentar sua participação no negócio. Os outros sócios são Brookfield, Rio Bravo e Agropart Participações.
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Fundo verde
18/05/2021Nem tudo é devastação: a Brookfield tem interesse na compra de ativos florestais no Brasil, vinculados a projetos de manejo sustentável.
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Ponto final
18/05/2021Não retornaram ou não comentaramo assunto: Geely, Ford, Carrefour, Equatorial Energia e Brookfield.
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Escafandristas
25/03/2021A BRK Ambiental, leia-se Brookfield, está submersa na Cedae. Executivos da empresa já teriam visitado as instalações da estatal. Segundo informações filtradas do Palácio Guanabara, a BRK deverá dar lances em dois dos quatro blocos da Cedae que serão levados a leilão.
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Próxima parada
6/10/2020O RR apurou que a BRK Ambiental é candidata a firmar uma PPP com a Sanesul, a estatal de saneamento do Mato Grosso do Sul. A empresa arrematou na semana passada a concessão de tratamento de água de Alagoas, pagando R$ 2 bilhões. A BRK conta com a alta munição financeira da Brookfield e, de quebra, com recursos do FI-FGTS.
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Fundos de pensão preparam seu desembarque da Invepar
24/09/2020A cassação da licença da Linha Amarela (Lamsa) pela Prefeitura do Rio foi a gota d ´água. Previ, Petros e Funcef, donas de 75% do capital da Invepar, discutem a venda do controle do grupo. De acordo com a fonte do RR, potenciais interessados, a exemplo da canadense Brookfield e da espanhola Arteris, já estariam sendo contatados. A perda da Lamsa, um de seus principais negócios, e o impacto negativo da pandemia sobre suas concessões (entre as quais o aeroporto de Guarulhos e o Metrô do Rio) formaram a tempestade perfeita.
Entre abril e junho, já sob os efeitos do isolamento social sobre o setor de transporte público, a Invepar teve uma queda de 49% em sua receita líquida no comparativo com igual período em 2019. No mesmo intervalo, o Ebitda despencou de R$ 462 milhões para R$ 19 milhões. Some-se ainda a pressão de uma dívida de R$ 7,5 bilhões, metade dela com vencimento em até 12 meses. Deixar a Invepar agora é vender na baixa. Paciência!
Os fundos de pensão não querem viver uma nova Paranapanema ou um Complexo de Sauípe, para citar exemplos nos quais o dinheiro da previdência privada foi torrado. O maior temor de Previ, Petros e Funcef é ter de fazer um aporte emergencial na Invepar. Não custa lembrar que, há cerca de dois anos, a trinca chegou a abrir negociações com o Mubadala e a CCR para a venda da Invepar. No entanto, não houve consenso quanto ao valor do negócio. De lá para cá, a situação da empresa se agravou. A Invepar teve de postergar o pagamento da outorga do Aeroporto de Guarulhos e já cogitou, inclusive, devolver a licença para a União.
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Brookfield avança
4/09/2020A Nova Transportadora do Sudeste (NTS), leia-se a Brookfield, tem interesse no projeto de construção de um novo ramal ligando o
gasoduto Gascav, no Espírito Santo, ao Porto do Açú, no Rio. O empreendimento está orçado em aproximadamente R$ 350 milhões, uma gotícula para a Brookfield, que pagou mais de US$ 4 bilhões para ficar com a participação da Petrobras na NTS.
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Bacia das almas
6/12/2019O fundo árabe Mubadala está tentando empurrar o prédio do antigo Hotel Glória, no Rio, para a canadense Brookfield. Estimase que qualquer projeto hoteleiro ou imobiliário para o imóvel não sairá por menos de R$ 2 bilhões.
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Ponto final
6/12/2019Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Brookfield, Simon Property, CTG e Renova.
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Fio condutor
30/10/2019Um M&A de alta voltagem toma forma no setor elétrico. Informação filtrada junto à gestora inglesa Actis aponta a Brookfield como forte candidata à compra da Echoenergia. Trata-se da empresa de energia renovável controlada pelos britânicos. O negócio pode chegar a R$ 5 bilhões.
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Ponto final
30/10/2019Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Actis e Brookfield.
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O primeiro teste psicossocial da MP 881
23/08/2019Há uma tensão dentro do próprio governo, especialmente na Pasta da Economia, com a reação dos sindicatos à Medida Provisória 881, a chamada MP da Liberdade. O ponto de apreensão diz respeito, notadamente, a negociação de dissídios coletivos. As “cobaias” serão os sete mil funcionários da VLI Logística, leia-se Vale, Mitsui e Brookfield. Será o primeiro grande acordo discutido após a edição da MP – que só não foi de todo madrasta com os trabalhadores após a interferência de Rodrigo Maia. A data-base para o dissídio dos funcionários da empresa de é 1º de setembro. Seus efeitos vão além das paredes da VLI: tradicionalmente, os termos fixados servem como parâmetro para o acordo coletivo da própria Vale.
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Proposta sobre a mesa
5/08/2019A Brookfield teria apresentado uma proposta para a compra da Argo, empresa de transmissão de energia controlada pelo Pátria Investimentos. A colombiana ISA CTEEP e a franco-belga Engie também estão no páreo.
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Ponto final
5/08/2019Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Funcef, Pátria e Brookfield.
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Brookfield avança
14/05/2019A Brookfield está em tratativas para a aquisição da Argo, holding que reúne os ativos do Pátria Investimentos na área de transmissão. A operação é avaliada em R$ 3,5 bilhões.
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Ponto final
14/05/2019Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Brookfield, Pátria, Equinor e Galp.
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Luzes do passado
23/10/2018A Brookfield entrou na disputa para comprar a participação da Cemig na Light. Seu principal concorrente é a italiana Enel. A operação é estimada em aproximadamente R$ 2 bilhões. Em tempo: a eventual venda para a Brookfield teria um ar de déjà vu: seria o retorno da Light ao controle canadense.
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Falcon
23/10/2018A Brinquedos Estrela, uma das principais entusiastas da candidatura de Jair Bolsonaro, já estuda até lançar um bonequinho em homenagem ao Capitão.
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Ponto final
23/10/2018As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Cemig, Brookfield e General Shopping.
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Brookfield embrulha seus shoppings para a venda
22/06/2018A Brookfield está com um pé fora do mercado brasileiro de shopping centers. No que pode vir a ser uma das maiores operações de M&A já realizadas no setor, o grupo negocia a venda de sua carteira de participações em shoppings. Do outro lado da mesa estariam o GIC, fundo soberano de Singapura, e o PSP (Public Sector Pension Investment Board), sócios dos canadenses em alguns dos empreendimentos. Estima-se que a transferência dos seis shoppings pendurados no Brookfield Brazil Retail Fundo de Investimento –entre os quais o Rio Sul e o Pátio Paulista – possa movimentar algo em torno de R$ 2,5 bilhões. Caso se confirme, a venda dos shoppings para o GIC e o PSP – que, juntos, administram mais de US$ 500 bilhões – abriria caminho para uma segunda grande operação. Os dois fundos passariam a ter uma valiosa moeda de troca para negociar uma fusão com outro grupo do setor. Por sinal, foi exatamente isso que a Brookfield tentou. Os canadenses teriam mantido tratativas com a e o Iguatemi, mas as condições negociadas não agradaram.
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Ponto final
22/06/2018Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Brookfield e State Grid.
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Rota alternativa
6/04/2018Enquanto o Programa de Parcerias de Investimentos (PPIs) caminha em marcha lenta, a Arteris – leia-se a espanhola Abertis e a Brookfield – volta suas baterias para o pacote de concessões que o governo do Mato Grosso pretende leiloar neste ano, orçado em R$ 1,5 bilhão. Com atuação concentrada em São Paulo, o grupo busca uma porta de entrada no sistema logístico do Centro -Oeste. Um dos alvos seria a operação da MT-100, na região do Alto Araguaia.
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Operação a jato
27/02/2018A Cemig tem pressa. O RR apurou que o Conselho da estatal vai se reunir já nesta semana para analisar a oferta da Brookfield por ativos da Renova Energia, braço de geração renovável da companhia. O dote total pode passar de R$ 800 milhões.
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Ancar Ivanhoe avança sobre os shoppings da Brookfield
6/02/2018A Ancar Ivanhoe estaria em negociações para a compra da carteira de shopping centers da Brookfield no Brasil. São cinco empreendimentos – Pátio Paulista, Raposo Shopping, BCP Itaim e BCP Green Valley, em São Paulo, Madureira Shopping, no Rio de Janeiro – avaliados em aproximadamente R$ 2,5 bilhões. A operação envolveria ainda a aquisição da participação de acionistas minoritários, entre os quais o GIC, fundo soberano de Cingapura, e o PSP,fundo de pensão dos funcionários públicos do Canadá.
Por sinal, outro investidor canadense tem um papel de protagonismo nesta negociação. A maior parte dos recursos para a aquisição viria da Ivanhoe Cambridge, braço de real estate do Caisse de Dépôt et Placement du Québec e sócio da família Carvalho na Ancar desde 2006. A Ancar chegaria à marca de 26 shoppings, com vendas somadas da ordem de R$ 3 bilhões.
No mercado, contudo, há quem aposte que a eventual aquisição dos ativos da Brookfield não seria um fim em si mesma, mas o pé de apoio para uma operação muito maior. A Ancar ganharia massa crítica para negociar sua associação com outro grande grupo do setor em condições bem mais favoráveis. Consta que BR Malls e Aliansce já teriam batido à porta.
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Ponto final
6/02/2018As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Ancar, Brookfield, Martins e Catterton.
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“Rebelião societária” atrasa planos da Cemig
16/01/2018A direção da Cemig está com os nervos à flor da pele. A estatal mineira teme que a ofensiva dos acionistas minoritários da Renova Energia inviabilize a venda da sua participação na empresa – operação visceral para a redução de sua dívida. A Brookfield já se dispôs a fazer um aporte de capital de R$ 1,4 bilhão, que diluiria a participação da Cemig. No entanto, fundos acionistas da Renova entendem que o modelo seria uma aquisição direta da participação da distribuidora mineira travestida de capitalização. Por isso, exigem o tag along, com a extensão da proposta a todos os acionistas. Investidores ameaçam, inclusive, entrar na Justiça para barrar a operação. A Brookfield tem todo o interesse em fechar o negócio o quanto antes, mas desde que não tenha de pagar mais pelo ativo. A Cemig, dona de casa, que trate de conter os insatisfeitos para garantir o acordo.
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Ponto final
16/01/2018Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Prefeitura do Rio, Mendes Junior, Brookfield e Cemig.
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Segundo ato
2/01/2018A terceirização dos shopping centers da Brookfield no Brasil, para a Ancar Ivanhoe, é apenas uma antessala. Segundo o RR apurou, o que os canadenses querem mesmo é empurrar o controle dos empreendimentos para a Ancar.
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Ponto final
2/01/2018As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Movida, Ancar, CSN, Aché, Eurofarma, Mitsubishi e Brookfield.
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Desejável solidão
12/12/2017A Brookfield está sedenta para comprar a parte da espanhola Abertis e assumir sozinha o volante da Arteris, dona de nove concessões rodoviárias ou mais de três mil quilômetros de asfalto.
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Ponto final
12/12/2017Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Galderma, Theraskin, Brookfield e Cyrela.
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Uma pedra no caminho da Braskem
27/11/2017O investidor Lírio Parisotto não está disposto a dar sossego à Petrobras e aos Odebrecht. Minoritária da Braskem, a Geração Futuro L. Par, de Parisotto, deverá contestar na Justiça a recompra da Cetrel pela Braskem. É provável que outros acionistas se unam à ação. No entendimento dos investidores, a aquisição configuraria gestão temerária. Na
Assembleia Geral Extraordinária de outubro, a Geração Futuro L. Par já havia votado contra a operação. Com o sinal verde da Petrobras, uma vez que a própria Odebrecht se absteve de votar, a Braskem readquiriu a empresa de soluções ambientais por R$ 610 milhões. A Cetrel estava pendurada na Odebrecht Ambiental, vendida para a Brookfield, que, por sua vez, não quis ficar com a controlada. Ou seja: no fim das contas, a Braskem resolveu um problema para o seu acionista controlador. Procurada, a empresa disse que “a Cetrel tem papel relevante na gestão dos processos ambientais das atividades do Polo Petroquímico de Camaçari”.
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Sinal quase verde para a Brookfield
22/11/2017O Conselho de Administração da Cemig deverá se reunir nos próximos dias para avaliar a oferta vinculante apresentada pela Brookfield para a compra da Renova Energia, pertencente à estatal mineira e à Light, sua controlada. A tendência é que o board aceite preliminarmente a proposta, o que dará aos canadenses direito de exclusividade para negociar a aquisição pelos próximos 60 dias. É a segunda tentativa da Brookfield de fisgar a Renova. Em junho, o grupo fez uma proposta de aporte de capital na empresa de energia renovável, mas as negociações não andaram.
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Prêmio de consolação para a Eztec
27/09/2017A venda da Torre B da EZ Towers, em São Paulo, teve um gosto meio amargo para Ernesto Zarzur, dono da incorporadora Eztec. Zarzur começou pedindo cerca de R$ 750 milhões pelo empreendimento de 26 andares encravado na cobiçada região da Berrini. Cerca de um ano depois, foi convencido por sócios e conselheiros – e, sobretudo, pela falta de comprador – a baixar o sarrafo e aceitar a oferta de R$ 650 milhões da Brookfield.
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Os Jereissati saem às compras
21/09/2017Os dados da consolidação do mercado de shopping centers estão rolando e os Jereissati fazem suas apostas. O Iguatemi estaria em conversações com a Aliansce para a compra da sua participação no West Plaza, em São Paulo. A fatia de 25% estaria avaliada em aproximadamente R$ 600 milhões. O sócio majoritário é a Brookfield. O Iguatemi olha para o mercado e também para dentro de casa. Ao mesmo tempo, quer consolidar sua posição em empreendimentos dos quais já participa. Enquadram-se neste caso os shoppings Praias Belas, em Porto Alegre, e Esplanada, em Sorocaba (SP) – a empresa detém, respectivamente, 55% e 37%. O caminho natural aponta na direção do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), ponto de interseção entre os dois. O IRB é dono de 20% do shopping gaúcho e de 15% do empreendimento de Sorocaba. Consultado pelo RR, o Iguatemi não se pronunciou. Já o IRB negou o interesse em se desfazer das participações. Talvez ainda não tenha recebido uma oferta de fechar o comércio.
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Prata da casa
14/09/2017A Brookfield, que já tem mais de R$ 60 bilhões em ativos no Brasil, está contratando um ex-dirigente da Eletrobras para assessorá-la nos assuntos da privatização da empresa.
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Ponto final
14/09/2017Procurada pelo RR, a seguinte empresa não comentou o assunto: Brookfield.
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Desmobilização em dobro
25/08/2017Em meio ao contencioso com o governo federal pela posse de quatro hidrelétricas, a Cemig vai anunciar em setembro a venda de suas participações na Usina de Santo Antônio e na Renova Energia. Os dois virtuais compradores são, respectivamente, China State Power e Brookfield.
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Ponto final
25/08/2017Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Cemig, Brookfield e H. Stern.
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Brookfield espalha seus shoppings sobre o balcão
17/08/2017O mercado de shopping centers é uma ilha entre os negócios da Brookfield no Brasil. Com mais de R$ 60 bilhões em investimentos no país, os canadenses planejam reduzir drasticamente ou, no limite, até mesmo encerrar suas operações no setor. A decisão é emblemática, não só pelo presente, mas, sobretudo, pelo passado. A Brookfield está na gênese deste mercado no país, quando ainda atendia pelo nome de Brascan e ergueu alguns dos primeiros centros de compras brasileiros, a começar pelo Rio Sul.
No início do ano, segundo o RR apurou, a Brookfield iniciou estudos para a venda de até três dos seus oito shoppings. De lá para cá, no entanto, com a crise econômica e a retração do consumo, passou a contemplar a hipótese de desmonte total da área. No momento, todos os estão os shoppings estão na vitrine, e alguns já na boca do caixa. De acordo com uma fonte que participa das negociações, os canadenses pretendem fechar até o fim do ano a venda do próprio Rio Sul e do Pátio Higienópolis, em São Paulo, conjuntamente avaliados em mais de R$ 2 bilhões.
Há conversas com BR Malls e a norte-americana General Shopping. A fonte do RR faz uma ressalva: a rigor, a Brookfield não matou a possibilidade de uma fusão com outro grupo do setor – há dois meses surgiram especulações sobre uma associação com a BR Malls e a Aliansce. Essa hipótese, no entanto, está restrita a condições especiais, leia-se uma participação minoritária em uma carteira de ativos enxuta e rentável – a segunda parte é o mais difícil em um setor que deverá crescer, no máximo, 5% neste ano.
Não é de hoje que a Brookfield ensaia um homeopático desmanche de sua carteira de shoppings no Brasil: em 2012, por exemplo, vendeu de uma só tacada o Brascan Open Mall, o Botafogo Praia Shopping e o Itaú Power Shopping. Na mesma época, o grupo enfrentou um episódio que só aumentou seu dissabor pelo setor: a Polícia Civil de São Paulo investigou a participação do presidente da Brookfi eld Gestão de Empreendimentos, Bayard de Lima, em um suposto esquema de pagamento propinas para a liberação de obras.
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Ponto final
17/08/2017As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Brookfield, BR Malls, General Shopping, Mendes Junior e Dasa.
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Um problema a menos
9/08/2017A Arteris (Brookfield e a espanhola Abertis) tem interesse na compra da MGO Rodovias, que opera a BR- 050 entre Minas e Goiás. O ativo estaria avaliado em R$ 500 milhões. No Ministério dos Transportes há uma discreta torcida pela operação. O receio é que as nove empreiteiras de médio porte que controlam a concessão não tenham musculatura para investir R$ 1,5 bilhão até 2020. Procurada, a MGO negou a venda. Já a Arteris não quis se pronunciar.
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Brookfield pilota criação da maior holding rodoviária do Brasil
25/07/2017A Brookfield já tem R$ 60 bilhões em ativos no Brasil e quer mais. Neste momento, “mais” significa a criação da maior holding de concessões rodoviárias do país, a partir de duas operações em paralelo conduzidas pelos canadenses. De um lado, o grupo negocia a aquisição da carteira da Odebrecht Transport (1,8 mil quilômetros de estradas em seis estados); do outro, movimenta-se para assumir o controle da Arteris, que reúne um colar de nove concessões, com mais de 3,2 mil quilômetros. A Brookfield já detém 56% da empresa e pisa no acelerador para ficar com o restante das ações, pertencente à espanhola Abertis.
Estima-se que as duas negociações envolvam um investimento somado da ordem de R$ 5 bilhões. Mais à frente, todas estas estradas se encontrariam, com a fusão das concessões da Odebrecht e da Arteris sob o mesmo guarda-chuva. A Brookfield teria, então, uma operação integrada com faturamento superior a R$ 6 bilhões e mais de cinco mil quilômetros sob administração, deixando para trás a atual líder do setor, a CCR (3,5 mil quilômetros). Procurada pelo RR, a Odebrecht Transport informou que “segue com seu plano de reestruturação que inclui a busca por novos investidores para seu portfólio de rodovias”.
Brookfield e Abertis não quiseram comentar o assunto. Segundo fonte próxima à Brookfield, o acordo com a Odebrecht Transport deve ser sacramentado até o fim de agosto. No caso da Arteris, o timing é uma variável ainda mais importante. Isso porque a própria Abertis está à venda na Espanha. A Brookfield considera fundamental comprar a participação dos sócios e tomar o controle da Arteris antes da venda do grupo ibérico e, automaticamente, da entrada de um novo acionista na empresa brasileira. Esse investidor, eventualmente, pode vir a ser um obstáculo aos planos dos canadenses. Segundo a mídia local, os candidatos mais fortes à aquisição da Abertis são a italiana Atlanta e a também espanhola ACS, de propriedade de um dos homens mais ricos do país, Florentino Perez, presidente do Real Madrid.
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Novo marco regulatório causa curto-circuito no setor elétrico
20/07/2017Nem bem foi anunciado, o modelo do novo marco regulatório do setor elétrico já deverá sofrer uma recauchutagem. No próprio governo, o entendimento é que algumas das mudanças apresentadas pelo ministro Fernando Coelho Filho no início do mês passaram do ponto. Desde já, o objetivo é aplanar as arestas com as geradoras e distribuidoras. As empresas têm torpedeado Coelho Filho com duras críticas ao texto da Medida Provisória, por entender que, como está, ele favorece em demasia os comercializadores e os grandes consumidores.
A percepção é que as mudanças criarão um desequilíbrio ainda maior no mercado, beneficiando alguns dos maiores grupos industriais do país que, nos últimos anos, praticamente transformaram a produção e comercialização de energia em seu core business, a exemplo de Gerdau, ArcelorMittal, Votorantim etc. Não por acaso, a proposta já está sendo chamada ironicamente no setor de “MP da Abraceel” – uma referência à Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia. O ponto nevrálgico é a redução da barreira de entrada no mercado livre. Hoje, apenas os consumidores com demanda a partir de três megawatts podem comprar energia no segmento. O novo marco deixa o sarrafo bem perto do chão, baixando essa exigência para 0,5 MW. Ou seja: um espectro ainda maior de consumidores poderá acessar o mercado livre, deixando de adquirir energia das distribuidoras.
Outra questão que tem gerado controvérsia e deverá ser revista pelo governo é a ampliação do limite de contratação livre nos leilões de energia de 50% para 75%. Ou seja: a demanda para o mercado cativo assegurada por lei passaria a ser de apenas 25%. Ao soltar as amarras do mercado livre e achatar o mercado cativo, o governo aplicará um duro golpe nos grupos que investiram na ampliação do seu parque gerador com base no atual arcabouço regulatório, além do potencial impacto negativo sobre projetos futuros no segmento.
Na avaliação das empresas de geração, as consequências serão ainda mais graves no caso das companhias que apostaram em fontes alternativas, casos, por exemplo, de CPFL, Brookfield e Enel. Isso para não falar do aumento das tarifas, já admitido pelo próprio ministro Coelho Filho. Consultado pelo RR, o Ministério de Minas e Energia disse que é “precipitado falar em alterações” e só avaliará a necessidade de mudanças após a fase de contribuições do setor. A Abraceel, por sua vez, afirmou que o texto é positivo e “beneficia todo o setor elétrico e não especialmente as comercializadoras”.
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Embarque aberto
18/07/2017Os bondholders da OAS já abriram negociações para revender a participação de 24,4% da GRU Airport, concessionária do Aeroporto de Guarulhos, que receberam em troca de uma dívida de aproximadamente R$ 1,3 bilhão. A Brookfield está na primeira fila entre os candidatos.
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Ponto final
18/07/2017As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Brookfield, GRU Airport e Livraria Cultura.
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Nem a Lava Jato desmata as florestas de André Esteves
29/06/2017André Esteves está acumulando um tesouro em recursos naturais, à espera que o Congresso Nacional aprove o projeto de lei que autoriza a venda de terras para o capital estrangeiro. Por meio da Timberland Investment Group (TIG), o BTG Pactual tem se mostrado um agressivo comprador de ativos florestais. Segundo o RR apurou, a Timberland entrou na disputa pelas reservas da Eldorado, a fabricante de celulose da J&F Investimentos – seus concorrentes são a chilena Arauco e a canadense Brookfield.
Em outro front, mantém negociações para a compra de bases florestais no país que somam mais de 200 mil hectares. Neste caso, contabilizando-se também a eventual aquisição dos ativos da Eldorado, o portfólio da Timberland no Brasil mais do que dobraria, pulando de 300 mil para aproximadamente 740 mil hectares. Consultado pelo RR, o BTG não quis se pronunciar sobre o assunto. Já a Eldorado informou que “não há qualquer discussão em andamento para a venda de florestas”. Está feito o registro.
Ao mesmo tempo, o BTG é comprador de terras em geral, notadamente áreas agrícolas, com negociações engatilhadas no Norte e Nordeste. A agressiva política de aquisições deixará o banco em uma posição privilegiada para negociar com os fundos internacionais que já aquecem as turbinas para desembarcar no Brasil. O projeto de lei no 2289/07, que permite a venda de terras e bases florestais para estrangeiros, deveria ter sido votado ainda no primeiro semestre. Esta era a expectativa do relator, o deputado Newton Cardoso Junior, e dos partidos aliados.
No entanto, a crise política e as reformas empurraram a questão. Enquanto a votação não ocorre, André Esteves vai adubando sua carteira de ativos florestais no país, que já estaria precificada em mais de US$ 1 bilhão. A Lava Jato não foi capaz de incinerar as árvores do BTG. Este é um dos raros negócios que passou incólume ao desmonte das participações societárias do banco após a prisão de André Esteves, em novembro de 2015.
Trata-se de uma operação que vai além das fronteiras brasileiras. A Timberland está ampliando seu cinturão de ativos florestais em todo o continente americano. Segundo o RR apurou, neste momento o fundo também está envolvido em negociações para a compra de áreas na América Central e, sobretudo, nos Estados Unidos, onde já tem quase 300 mil hectares. Recentemente, ao lado de outros investidores, o Timberland desembolsou cerca de US$ 400 milhões para comprar as reservas da norte-americana Weyerhaeuser no Uruguai. Foram mais de 300 mil hectares.
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Renova arruma a casa para futuro morador
20/06/2017A Renova Energia, braço da Cemig, encontra-se sob tratamento de choque. Está convocando os bancos para negociar um alongamento da dívida de curto prazo, na casa de R$ 1 bilhão, reduziu o número de contratos de venda de energia no mercado regulado e pretende acelerar a desmobilização de ativos. Recentemente, vendeu um conjunto de parques eólicos para a AES Tietê por R$ 650 milhões e transferiu sua participação na TerraForm, de energia eólica e solar, para a Brookfield. Tudo isso, no entanto, não passa de aquecimento. A grande operação ainda está por vir: a venda da parte das ações pertencente à Cemig. Consultada, a Renova informou que, até o momento, não foi notificada por seus controladores sobre o recebimento de oferta vinculante. A empresa confirmou a venda de ativos e o encerramento de contratos no mercado regulado.
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Praça de alimentação
12/06/2017Além da possível fusão com a BR Malls, a Aliansce negocia a compra do Madureira Shopping, pertencente à Brookfield. Em tempo: os canadenses também colocaram à venda o West Plaza, em São Paulo.
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Ponto final
12/06/2017As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: BRF, Jequiti, Coty, Brookfield e Aliansce.
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Venda da Estre Ambiental é um rio contaminado pela Lava Jato
6/06/2017O empresário Wilson Quintella Filho tem duas prioridades cruciais neste momento: desvencilhar-se da Lava Jato, que insiste em arrastá-lo para o seu redemoinho, e encontrar um comprador para a Estre Ambiental, uma das maiores empresas privadas de saneamento do país. A primeira questão interfere decisivamente na segunda. Interessados na companhia existem. Segundo o RR apurou, há canais abertos de negociação com a espanhola Acciona e a canadense Brookfield.
A mexicana Pasa, que no ano passado esteve muito perto de se associar à Estre, ainda corre por fora. No entanto, mais do que a elevada dívida, que já estaria na casa de R$ 1,5 bilhão, a pressão dos bancos credores e os maus resultados da companhia, o maior entrave à venda do controle vem de outra direção. Todos os resíduos e dejetos da Estre Ambiental parecem escoar para um único local: Curitiba.
O turbilhão da Lava Jato ameaça invadir a Estre dos mais diversos lados. Pode vir dos depoimentos de Fabio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa e ex-gestor do FI-FGTS, ao qual a companhia solicitou um aporte de R$ 500 milhões, que acabou não se realizando; ou de uma eventual delação do próprio Eduardo Cunha, o condutor dos passos de Cleto, a quem, digamos assim, recomendou que aprovasse a capitalização da empresa. O maior risco, no entanto, está dentroda própria Estre: o BTG, importante sócio da companhia, com 27,4% do capital.
Os persistentes rumores de que André Esteves já teria feito um acordo de delação premiada calam fundo em Wilson Quintella. É por ali que um veio de lama pode invadir os reservatórios da Estre. Enquanto a venda não sai e o fantasma da Lava Jato espreita à porta, a Estre Ambiental acumula prejuízos.
Até o momento, a empresa não divulgou os resultados de 2016, mas é pouco provável que tenha conseguido estancar a sangria dos anos anteriores: as perdas somadas entre 2013 e 2015 passaram dos R$ 800 milhões. O passivo, por sua vez, teria superado a marca de 3,5 vezes o Ebitda. Wilson Quintella Filho quer distância desta água barrenta. Por todos os motivos.
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Funcef põe mais um tijolinho no rombo atuarial
24/05/2017A Funcef vai vender sua participação de 20% na Odebrecht Utilities, subsidiária da Odebrecht Ambiental. Já teria oferecido a fatia à própria Brookfield, que comprou a antiga companhia de saneamento do grupo baiano.
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Ponto final
24/05/2017Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Funcef, Brookfield e Arsesp.
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Capitalização à vista na BR Properties
19/04/2017A GP Investimentos prepara um aumento de capital na BR Properties, seu tentáculo na área de real estate. Segundo o RR apurou, a operação será realizada no início do segundo semestre. A injeção de recursos terá como objetivo viabilizar a execução de projetos no segmento de galpões e armazéns industriais, além de aquisições. É como se a crise tivesse lançado a companhia no túnel do tempo.
Em 2014, a BR Properties se desfez de praticamente todo o seu portfólio na área industrial: no total, foram mais de R$ 6 bilhões em ativos vendidos para GLP, Brookfield e Blackstone. Hoje, o segmento responde por menos de 10% de toda a Área Bruta Locável (ABL), em torno de 650 mil metros quadrados. Mais do que um foco estratégico, avançar no segmento industrial tornou-se uma necessidade da BR Properties diante da brutal retração do mercado de escritórios, disparadamente o seu maior negócio.
Só no Rio de Janeiro, a BR Properties tem 36 andares, ou 41 mil metros quadrados, encalhados. Entre 2010 e 2016, sua taxa de vacância na cidade saltou de 3% para quase 20%. Em tempo: de acordo com informações filtradas da própria BR Properties, a empresa permanecerá aberta em bolsa. Desde o fim de março, quando a companhia anunciou um programa para a recompra de ações, circulam no mercado rumores de que a operação seria uma antessala para o fechamento do capital.
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Iguatemi às compras
5/04/2017A Iguatemi, dos Jereissati, teria apresentado uma oferta firme pelos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista, da Brookfield. Os dois empreendimentos estariam avaliados em aproximadamente R$ 2 bilhões.
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Ponto final
5/04/2017Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: CCR, Invepar, Iguatemi e Brookfield.
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Arteris deixa governo paulista na saudade
2/03/2017Entre os grupos que fizeram forfait no leilão das rodovias de São Paulo, a ausência que mais causou mal estar no Palácio Bandeirantes foi a da Arteris, leia-se Brookfield e a Abertis. Nos dias que antecederam à apresentação das propostas, representantes da empresa garantiam a participação na concorrência. No governo paulista havia grande expectativa de que a simples presença da Arteris elevaria a linha de corte das ofertas.
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Trem de pouso
4/01/2017A Brookfield mantém tratativas com a Invepar para a compra de uma participação no Aeroporto de Guarulhos. Seria a estreia dos canadenses em infraestrutura aeroportuária no Brasil – o grupo já atua em concessões de rodovias e ferrovias.
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Ponto final
4/01/2017Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Camargo Corrêa, McDonald ´s, BNP, Brookfield, Invepar e Cargill.
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RR escreve certo em um ano de linhas tortas
30/12/2016No dia 4 de julho, o Relatório Reservado foi a primeira publicação a cravar que haveria uma segunda rodada de repatriação de recursos. Na ocasião, quando as estimativas mais otimistas giravam em torno dos R$ 30 bilhões, o RR informou também que Henrique Meirelles trabalhava com uma projeção acima de R$ 50 bilhões para o total arrecadado com a tributação dos recursos trazidos de volta ao país. Dito e feito! Estas foram apenas algumas das inúmeras informações que o assinante do RR soube na frente ao longo de 2016.
Durante o ano, em 247 edições, a newsletter publicou 2.584 notas e matérias. Desse total, 81% das notícias veiculadas se consumaram ou, ao menos, foram alvo de especulação na mídia. As informações que não se confirmaram posteriormente podem ser atribuídas, em grande parte, ao espírito agressivo da publicação e à busca da informação exclusiva na sua gênese, por vezes no limiar entre o fato e a boa especulação. O Relatório Reservado é adepto da máxima de Samuel Beckett: “Tente de novo, erre de novo, erre melhor”. Este foi o ano em que a política obscureceu a economia, o que se refletiu no noticiário do Relatório Reservado. Em 2016, a newsletter acompanhou amiúde o processo de impeachment de Dilma Rousseff, a chegada ao Poder de Michel Temer e de seu governo sub judice, as delações da Lava Jato que fizeram Brasília tremer.
Ainda nas raias da macroeconomia, o RR antecipou uma série de medidas que viriam a ser anunciadas ou, ao menos, estudadas pelo governo, como desonerações fiscais, securitização da dívida ativa, suspensão temporária do pagamento das dívidas das unidades federativas com os bancos públicos federais no âmbito de uma “Lei de Recuperação Judicial” para os estados – esta última tema de reportagem na edição de 5 de dezembro. Na edição de 2 de março, ainda no governo Dilma Rousseff, o RR informou que o Congresso aprovaria o projeto de lei do senador José Serra desobrigando a Petrobras de participar de todas as concessões no pré-sal. A estatal, aliás, foi a companhia mais mencionada na publicação em 2016, com 145 citações.
O RR publicou, com exclusividade, algumas das primeiras medidas adotadas por Pedro Parente na empresa, inclusive com a criação de novos instrumentos de compliance. No dia 16 de junho, a newsletter antecipou que GP Investimentos, Advent e a suíça Vitol haviam apresentado propostas para comprar uma participação minoritária na BR Distribuidora. Menos de uma semana depois, o próprio Parente confirmaria o recebimento das ofertas. Ficou o dito pelo não dito. O modelo de venda da BR foi revisto, o processo, reaberto e, até agora, nem sinal de que a operação vá sair do papel. Em 2016, apesar da abulia generalizada do empresariado, o RR seguiu de perto Jorge Paulo Lemann, Abilio Diniz, Benjamin Steinbruch, Roberto Setubal, entre outros nomes que comandam, do lado privado, a economia nacional. Cobriu no detalhe do detalhe a área de infraestrutura, as concessões e “desconcessões” do setor, o desmonte da indústria da construção pesada e a desmobilização de ativos da Camargo Corrêa.
Em um ano pautado por estratégias defensivas, suspensão de investimentos e seguidos passos para trás, é sintomático que algumas operações de M&A antecipadas pelo Relatório Reservado e posteriormente tratadas pela mídia tenham, ao menos por ora, ficado no quase, casos da venda da participação da OAS na Invepar para a Brookfield e da negociação dos ativos da japonesa Kirin no Brasil. A etapa que se encerra, no entanto, não foi feita apenas de recuos. Pelo menos não no caso do próprio Relatório Reservado. 2016 foi o ano em que o RR intensificou sua presença nas redes sociais, reformulou seu site e lançou um novo layout em sua versão newsletter, agora com duas páginas e mais informações diárias. Que venha 2017!
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Brookfield e Abertis em estradas opostas
28/12/2016A Brookfield fez uma nova proposta à espanhola Abertis para deixar o capital da Arteris, dona de nove concessões rodoviárias no país. O modelo passa pelo spin off da companhia: cada sócio seguiria seu caminho com parte dos ativos. Não é de hoje que Brookfield e Abertis se desentendem sobre o plano de expansão da Arteris. Com o tanque cheio de dólares, o grupo canadense defende que a concessionária parta para novas aquisições. Mas encontra pela frente uma cancela chamada Abertis.
Acervo RR
Trilhos cruzados
27/12/2016Há articulações, ainda embrionárias, para a fusão entre a Invepar, operadora do Metrô do Rio, e a Supervia, concessionária de trens urbanos da cidade. A operação se daria com o embarque de um investidor no capital da nova empresa. Não custa lembrar que, recentemente, a Brookfield tentou comprar a parte da OAS na Invepar. Procurada, a Supervia nega a operação.
A Invepar, por sua vez, não quis se pronunciar. A fusão é vista com bons olhos por Previ, Petros e Funcef, donas de 75% da Invepar. O trio aproveitaria a operação para reduzir sua participação em um negócio que tem exigido sucessivos aportes de capital. O acordo funcionaria ainda como uma solução para a delicada situação financeira da Supervia. A Light chegou a entrar com um pedido de falência da companhia por uma dívida de R$ 38 milhões.
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Fio desencapado
21/10/2016State Grid e Brookfield têm um duelo marcado no Brasil. Em disputa, os sete mil quilômetros de linhas de transmissão da espanhola Abengoa, em recuperação judicial.
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Multiplicação
7/10/2016A Brookfield estaria em negociações para a compra da TTG Brasil, empresa de ativos florestais do BTG. Sua carteira reúne 110 mil hectares de terras, avaliados em aproximadamente US$ 800 milhões. Os canadenses, ressalte-se, já atuam neste setor no Brasil. Com a aquisição da TTG, passariam a ter mais de 400 mil hectares sob seu guarda-chuva. Procurada, a Brookfield nega a operação. Já o BTG não se pronunciou.
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BR Malls entra na lista de compras da Brookfield
20/09/2016A Brookfield, que acaba de fechar a aquisição da Nova Transportadora do Sudeste junto à Petrobras , avança agora sobre o mercado de shopping centers. Os canadenses querem comprar o controle da BR Malls, maior empresa do setor no país. Com 45 shoppings, a companhia faturou no ano passado R$ 1,3 bilhão. Tem ainda a melhor margem NOI (Net Operating Income) do segmento, em torno de 90% – ou seja, cada R$ 100 de receita líquida geram R$ 90 de caixa. Apesar destes números luzidios, a BR Malls não escapou ilesa ao impacto da crise econômica sobre o setor de shopping centers. Vide a depreciação do seu valor de mercado. Hoje, sua ação é negociada a R$ 12, praticamente a metade da máxima histórica de R$ 23, alcançada em 2012. Não por acaso, a Brookfield está convencida de que este é o momento propício para dar o bote sobre a BR Malls, antes que uma recuperação do consumo se reflita na valoração do ativo. Aliás, assim também pensavam a norte-americana Blackstone e a israelense GazitGlobe, que recentemente fizeram frustradas investidas sobre a empresa brasileira – esta última por meio de uma mal-sucedida tentativa de take over em bolsa (ver RR edição de 18 de julho). A Brookfield almoça, janta, devora Brasil. Já são mais de R$ 45 bilhões em participações sob o seu guarda-chuva. Somente no último ano, além da malha de gasodutos da Petrobras, os canadenses compraram ativos no setor elétrico, concessões rodoviárias e imóveis. No caso da BR Malls, a operação passaria quase que obrigatoriamente por uma Oferta Pública para Aquisição (OPA) em bolsa, uma vez que a empresa tem o controle difuso e nenhum acionista soma mais do que 6% das ordinárias. Procurada, a Brookfield nega a investida sobre a BR Malls. No entanto, segundo informações filtradas junto à própria administradora de shoppings, os canadenses já teriam mantido conversações com o presidente da companhia, Carlos Medeiros. Qualquer negociação de compra da BR Malls passa obrigatoriamente pela sua sala. Egresso da GP Investimentos, que fundou a BR Malls em parceria com o norte-americano Sam Zell, Medeiros está no cargo há mais de uma década e é conhecido no setor como “o executivo que manda no acionista”. Com enorme ascendência sobre a babel de investidores institucionais que coabitam o capital da empresa, é voz decisiva em qualquer decisão estratégica da BR Malls. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: BR Malls.
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Vendas em série
13/09/2016Após a negociação da Nova Transportadora do Sudeste para a Brookfield, a Petrobras deverá anunciar até o fim do mês a venda da sua participação na Companhia Petroquímica de Pernambuco para a mexicana Alpek . • Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras.
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Linha cruzada
25/08/2016A Brookfield está a um passo de arrematar da Petrobras a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), mas não terá a mesma facilidade para ficar com a TAG, dona dos gasodutos da estatal no Norte e Nordeste. A norueguesa Statoil estaria em tratativas com a estatal. Procurada, a empresa norueguesa negou o interesse. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras.
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Bifurcação
23/08/2016A Brookfield não quer mais ser minoritária na Arteris, concessionária de rodovias. Formalmente, os canadenses negam, mas, segundo fonte do RR próxima ao gupo, pesam as divergências com a espanhola Abertis, dona de 51% do negócio, e o alto endividamento da empresa, na casa dos R$ 6 bilhões. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Arteris.
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Rodoanel é uma estrada sem fim para Isolux e Mendes Junior
11/08/2016A tolerância do governo de São Paulo com a espanhola Isolux e a Mendes Junior chegou ao fim. Segundo o RR apurou, o Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) já está tomando as providências jurídicas necessárias para o rompimento do contrato com as duas empresas, líderes do consórcio responsável pela construção do trecho norte do Rodoanel. Pelo cronograma original, a obra deveria ter sido inaugurada em fevereiro deste ano, mas, até o momento, apenas 54% do projeto estão concluídos. No início do ano, pressionada pelo governo de São Paulo, Isolux e Mendes Junior teriam se comprometido a acelerar as obras e até mesmo buscar parceiros para tocar o empreendimento. Mas não fizeram nem uma coisa nem outra, praticamente enterrando qualquer possibilidade de nova negociação com o governo. Por se tratar de um dos maiores projetos de infraestrutura no estado, os atrasos na construção do Rodoanel têm gerado um razoável desgaste para o governo de Geraldo Alckmin. Talvez seja por isso que as próprias autoridades estaduais estejam confusas quanto à melhor maneira de tratar o caso publicamente. Procurada pelo RR, a assessoria do governador Alckmin negou os atrasos e o rompimento do contrato com as duas empresas. No entanto, a própria Dersa, um órgão estatal, informou ao RR que discute com a Isolux e a Mendes Junior “divergências relativas às obras do lote 1 do Rodoanel Norte”. A empresa confirmou que “o contrato poderá ser, inclusive, rescindido”. O contencioso com o governo de São Paulo fragiliza ainda mais a situação tanto da Isolux quanto da Mendes Junior. A empreiteira brasileira foi tragada pela Lava Jato e entrou em recuperação judicial. Ainda que por outros motivos, a Isolux não vive melhor sorte. A grave crise financeira que afeta o grupo na Espanha se espraiou pela operação brasileira. A subsidiária, que entrou em recuperação extrajudicial no início do ano, está se desfazendo de seus ativos na área de transmissão. Os espanhóis esperam anunciar nas próximas semanas a venda de suas participações no setor para a Brookfield, incluindo seu maior projeto: o linhão de Tucuruí ligando Manaus a Macapá. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Isolux e Mendes Junior.
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Pé no asfalto
11/08/2016A espanhola Abertis é forte candidata a disputar o leilão da rodovia entre Jataí (GO) e Uberlândia (MG), que deverá fazer parte da primeira fornada de concessões do governo de Michel Temer. Por meio da Arteris, uma sociedade com a Brookfield, a empresa ibérica já administra mais de três mil quilômetros em estradas no país.
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“Brookeirão”
10/08/2016O Corinthians negocia com a Brookfield um contrato de naming rights para o seu estádio, o Itaquerão. No entanto, uma fechado o acordo resolverá apenas parte do seu problema. O clube terá de arrumar outro parceiro para participar da gestão do estádio, já que a Brookfield aceita colocar apenas a placa com o seu nome, sem assumir o negócio. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Corinthians e Brookfield.
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Renova Energia é mais uma lâmpada queimada na Cemig
5/08/2016O colar de ativos da Cemig nas áreas de distribuição, transmissão e geração está se desmanchando na velocidade da luz. Além da Light e da Taesa , que já estão na prateleira, a companhia também colocou à venda sua participação na Renova Energia. A Cemig é a maior acionista individual, com 44% do capital ordinário. Segundo o RR apurou, o negócio já foi oferecido à canadense Brookfield e à chinesa Three Gorges . Ressalte-se que os asiáticos são apontados também como fortes candidatos à aquisição da parte da própria Light na Renova (20,8%). A operação é conduzida paralelamente e deve ser concluída antes mesmo de uma eventual venda do controle da distribuidora fluminense. A Cemig quer não apenas fazer caixa com a venda da participação na Renova Energia, mas, sobretudo, se livrar das futuras obrigações financeiras com a empresa. Estima-se que apenas as 25 usinas eólicas na Bahia exijam dos sócios um desembolso da ordem de R$ 3,5 bilhões pelos próximos 12 meses. A Renova Energia se tornou uma máquina de moer dinheiro, notadamente dinheiro do Tesouro de Minas Gerais. No início deste ano, a Cemig foi a única acionista a subscrever a chamada de capital na Renova Energia de aproximadamente R$ 700 milhões, sendo obrigada a aumentar a fórceps a sua fatia no capital. Dois anos antes, os sócios já haviam aportado outros R$ 3,5 bilhões na empresa. No meio do caminho, mais precisamente em maio de 2015, a Renova ainda vendeu um pacote de usinas eólicas por cerca de R$ 1,6 bilhão. Não deu nem para a saída. Os recursos foram rapidamente tragados por projetos, àquela altura, ainda em fase de implantação. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Cemig, Brookfield e Three Gorges.
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Brookfield mergulha nos dutos da TAG e da NTS
10/06/2016Sai o monopólio estatal e entra o privado. Sai a Petrobras e entra a Brookfield. O grupo canadense, que tem acordo de exclusividade com a estatal na negociação de compra da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), parte para cima da Transportadora Associada de Gás (TAG). Juntas, as duas empresas da Petrobras formam um colosso de dutos nas regiões Nordeste e Sudeste, com 6,5 mil quilômetros de extensão, equivalente a 70% de toda a rede de gasodutos do país. Para a estatal, a venda casada é uma dádiva. A empresa fez um spin off na TAG e criou a NTS justamente para facilitar a venda separada da malha de dutos. Mas, pelo jeito, comprar as duas juntas, a custo avaliado no mercado em US$ 5 bilhões, não é problema para a Brookfield. A companhia tem se revelado um polvo com tentáculos para todo tipo de negócio – de rodovia a energia, passando pelo setor imobiliário. O gigante canadense tem cerca de US$ 225 bilhões em ativos sob sua gestão no mundo e escolheu o Brasil como uma das prioridades de investimentos. Procurada, a Petrobras confirmou a negociação para a venda da NTS. Sobre a TAG, nada informou. Já a Brookfield preferiu não comentar. Com a venda conjunta da TAG e da NTS, a estatal apenas dará de bandeja o monopólio para os canadenses. Vale a ressalva de que a Petrobras não está agindo à margem da lei ou mesmo da regulamentação do setor. Mas isso não significa que a transação não enfrentará enormes obstáculos para sua aprovação na Agência Nacional de Petróleo (ANP) e no Cade. A fonte do RR, especialista no assunto e com bom trânsito na ANP, informou que a diretoria deverá analisar o caso à luz da nova lei do gás. O marco legal promove a concorrência no setor e estabelece o uso compartilhado dos novos dutos pelos chamados carregadores. Esses usuários podem, por meio de licitações, fazer ofertas de compra de parte da capacidade ociosa do duto. Uma única empresa privada ser dona de 70% da malha dutoviária não é exatamente um estímulo à concorrência, preconizada pela nova lei do segmento. De outro lado, o Cade também deverá ser um complicador para a venda da NTS e da TAG para a Brookfield. O órgão antitruste tem sido rigoroso na avaliação de transações que promovem grande concentração de mercado, como é o caso da transferência de controle das duas transportadoras. A Petrobras já era monopolista antes da adoção da nova lei do gás. A incerteza da estatal e do grupo canadense é se o órgão antitruste terá boa vontade ao analisar a compra de dois terços do mercado de transporte de gás do país em transação feita após a mudança da legislação.
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Fundos de pensão pegam um desvio para longe da Invepar
1/06/2016Gueitiro Genso, Henrique Jäger e Sérgio Mendonça, presidentes da Previ, Petros e Funcef, estão encaminhando aos seus respectivos mantenedores uma proposta que beneficia a todos: a venda conjunta de suas participações na Invepar , uma das maiores holdings de concessões do país – dona, entre outros ativos, da Linha Amarela e do Metrô do Rio. O projeto deve receber as bênçãos do Palácio do Planalto. E nem poderia ser diferente, na medida em que a saída do capital da problemática holding de concessões de infraestrutura tira um fardo das costas do Banco do Brasil, da Petrobras e da Caixa Econômica Federal (CEF). Na última linha, quem agradece são os próprios trabalhadores e aposentados dos dois bancos e da petroleira. Com um déficit atuarial somado da ordem de R$ 40 bilhões, os fundos se veem forçados a desembarcar o quanto antes de uma companhia que, somente nos próximos 12 meses, exigirá aportes de mais R$ 3 bilhões para arcar com investimentos e passivos de curto prazo. Não custa lembrar que, no fim de 2015, Previ, Petros e Funcef foram obrigadas a injetar cerca de R$ 1 bilhão na Invepar para que a empresa pudesse honrar o pagamento de dívidas a descoberto. Além do mais, até comprador já apareceu. Segundo informações filtradas junto à companhia, a trinca já teria oferecido sua fatia de 75% para a Brookfield. No ano passado, o grupo canadense esteve perto de ficar com os 25% que pertenciam à OAS, mas desistiu do negócio, curiosamente por divergências com as próprias fundações, que, àquela altura, não consentiram em revisar o acordo de acionistas da Invepar. Posteriormente, as ações da OAS acabaram transferidas para credores da empreiteira baiana – operação que deverá ser referendada em assembleia marcada para o próximo dia 7. Tomando-se como base a proposta feita pela Brookfield à construtora em 2015, estima-se que a compra dos 75% de Previ, Petros e Funcef giraria em torno de R$ 4 bilhões. Em tempo: além de se livrar de um fardo financeiro, a venda do controle da Invepar permitiria à Previ, Petros e Funcef dar um passo para longe da Lava Jato. O presidente da companhia, Gustavo Nunes da Silva Rocha, é investigado por suspeita de interceder junto ao exsenador Gim Argello para que a CPI da Petrobras não convocasse executivos da OAS, “mediante pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais”. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Invepar e Brookfield.
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Vagão separado
22/04/2016Após desistir da compra da participação da OAS na Invepar, a Brookfield teria feito uma proposta para adquirir separadamente o Metrô Rio – uma das principais concessões da holding de infraestrutura. A OAS topa qualquer negócio. O problema é dobrar os outros sócios da Invepar, o trio Previ, Funcef e Petros. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Brookfield e Invepar.
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Canoa furada
18/04/2016A Brookfield começa a achar que embarcou numa canoa furada ao se associar à Arteris. Além da queda de receita das concessões rodoviárias do grupo, na ordem de 10%, a intenção dos espanhóis de comprar novos ativos no Brasil tem causado fortes divergências. A Brookfield se pergunta como a Arteris, engasgada com uma dívida de R$ 6 bilhões, vai financiar as aquisições. Os canadenses não querem nem saber a resposta. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Brookfield e Arteris.
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Invepar é um risco para os fundos de pensão
23/03/2016A venda de parte da Invepar deverá deflagrar uma sangrenta batalha nos tribunais. Segundo o RR apurou, as principais entidades que representam os participantes dos três maiores fundos de pensão do Brasil – Associação de Mantenedores-Beneficiários da Petros (Ambep), Associação de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (AAPBB) e Associação Nacional Independente dos Participantes e Assistidos da Funcef (Anipa) – pretendem entrar na Justiça. O objetivo é impedir que as fundações exerçam o direito de preferência sobre a participação da OAS e aumentem sua fatia no capital da Invepar. Procurada, a Ambep confirmou que “está participando de ações que defendem o patrimônio do Petros e mantém contatos para mobilizar os participantes da Previ e da Funcef”. A Anipa, por sua vez, disse “não participar da referida articulação”. Já a AAPBB não quis se pronunciar. No caso de um novo aporte de capital na Invepar, a conta a ser compartilhada pelos três fundos de pensão seria de R$ 1,3 bilhão. Entre os beneficiários das fundações, o temor é que Previ, Petros e Funcef sejam quase que obrigadas a engolir esse batráquio pelas mais variadas motivações. Uma delas: por vias oblíquas, a compra da participação da OAS na Invepar permitiria à construtora honrar uma dívida de R$ 330 milhões com o FIFGTS, administrado pela própria Caixa Econômica. A probabilidade de a batata quente da Invepar cair no colo dos três fundos de pensão aumentou consideravelmente nos últimos dias, após uma sequência de frustradas negociações. Primeiro, a Brookfield desistiu de assumir a participação da OAS. As ações foram a leilão na semana passada, mas não apareceu um só candidato. O plano de recuperação judicial da OAS prevê a hipótese de transferência do ativo para os credores da empreiteira. Antes, no entanto, as ações terão de ser oferecidas a Previ, Petros e Funcef, que possuem direito de preferência. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Previ, Petros e Funcef.
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Brookfield
23/02/2016A Brookfield está cercando todos os modais de transporte no Rio. Além das negociações para a compra da Invepar, operadora do Metrô carioca e da Linha Amarela, tem interesse na concessionária da Ponte Rio-Niterói. A EcoRodovias, que assumiu a operação há menos de um ano, não quer seguir sozinha no negócio. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: EcoRodovias e Brookfield.
Acervo RR
Brookfield
23/02/2016A Brookfield está cercando todos os modais de transporte no Rio. Além das negociações para a compra da Invepar, operadora do Metrô carioca e da Linha Amarela, tem interesse na concessionária da Ponte Rio-Niterói. A EcoRodovias, que assumiu a operação há menos de um ano, não quer seguir sozinha no negócio. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: EcoRodovias e Brookfield.
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Aberdeen quer aproveitar o preço de outlet da General Shopping
12/02/2016A Brookfield não é a única interessada entre as gestoras estrangeiras de fundos em tirar uma casquinha da venda de ativos a preço de banana no Brasil. A escocesa Aberdeen Asset Management, que fez recentemente uma grande compra de ações da Lojas Renner e se tornou a maior acionista da rede varejista, também se posiciona para invadir nossa praia. O fundo estaria negociando a compra de uma participação na General Shopping, uma das maiores do país no segmento de outlets, além de doze shoppings no modelo tradicional. A Aberdeen teria iniciado negociações com representantes da família Veronezi, à frente o chairman da companhia, Alessandro Poli. A proposta é adquirir parte dos 75% pertencentes à Golf Participações, empresa de participações dos Veronezi. Procurada, a Aberdeen negou a compra. Já a General Shopping preferiu o silêncio. Não é de hoje que os controladores da General Shopping buscam um investidor para retomar a expansão da empresa. A condição sempre foi não abrir mão do controle. Mas, dessa vez, Poli não quer cometer os erros do passado, quando preferiu endividar a companhia, com o lançamento de títulos no mercado internacional em vez de fazer um aumento de capital. O preço da escolha foi alto. O endividamento em moeda forte saltou de US$ 250 milhões para US$ 400 milhões. O prejuízo acumulado nos últimos dois anos passa dos R$ 360 milhões. A Aberdeen olha para esses números com o apetite de experiente predador. A estratégia é a de sempre: entrar com 20% ou 30% do capital e, uma vez dentro da companhia, ir se fortalecendo até se tornar majoritária, aproveitando-se da fragilidade da presa e dos preços de liquidação – em 12 meses, o valor de mercado da General Shopping caiu 67%. Os escoceses se empenharão para que não faltem os aumentos de capital favoráveis à pavimentação da sua estrada. Quem assistiu ao filme sobre a compra de ações da Renner pela Aberdeen já viu a história toda
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Brookfield joga pôquer com a Invepar
3/02/2016A desistência de participar da disputa pela compra da parte da OAS na Invepar é a aposta mais arriscada da Brookfield Infrastructure no mercado brasileiro este ano. A estratégia do blefe foi toda arquitetada pelo presidente da companhia, Sam Pollock, que convenceu o grupo canadense de que o preço e o acordo de acionistas acertado entre a OAS e os fundos de pensão na criação da Invepar podem ser modificados na bacia das almas. Pollock aposta que ninguém bancará no leilão o valor de R$ 1,35 bilhão ofertados pela Brookfield pelos 24,4% da construtora baiana na holding de concessões. Desta forma, voltará à mesa de negociações com a faca e o queijo para ofertar menos e ainda exigir da Previ, Funcef e Petros um novo acordo de acionistas que entregue a gestão da Invepar e não exija exclusividade de sociedade nos futuros leilões de rodovias. A Brookfield é sócia da espanhola Arteris – operadora de estradas em São Paulo – e tudo o que menos quer é ficar amarrada à Invepar. Pollock sabe que o blefe faz parte desse jogo de pôquer, mas um eventual fracasso será exclusivamente debitado na sua conta. A Brookfield não comentou o assunto.
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Brookfield multiplica seus investimentos no Brasil
25/01/2016Poucos investidores internacionais têm levado tão a sério a tese de que é uma boa hora para se comprar ativos no Brasil quanto a Brookfield. Além da iminente entrada no capital da Invepar e do suposto interesse na participação da Petrobras na Braskem, especulado no noticiário nos últimos dias, o RR apurou que a companhia canadense está envolvida em outras duas operações no Brasil, nas áreas de logística ferroviária e saneamento. De um lado, mantém tratativas com o empresário Rubens Ometto para se associar à Rumo ALL; do outro, já teria aberto conversações para a compra de uma participação da Águas do Brasil , holding pertencente às construtoras Queiroz Galvão, Cowan e Carioca Engenharia e Acquapar. Procurada, a empresa de saneamento nega a operação. A Brookfield está se aproveitando da combinação “perfeita” de momento – câmbio favorável, crise econômica e depreciação dos ativos – para acelerar seu projeto de ocupação e consolidação de setores como energia elétrica, petróleo, concessões de infraestrutura e real estate. O Brasil é a bola da vez no mapa de negócios da companhia. Nos últimos dois anos, para cada quatro dólares desembolsados pelos canadenses na América Latina, três dólares foram direcionados à compra de empresas brasileiras. Nesse período, a Brookfield aportou R$ 5 bilhões no país. Fontes próximas à empresa afirmam que os canadenses reservaram o equivalente a R$ 4 bilhões para novas aquisições ao longo deste ano. A Brookfield enxerga um aspecto em comum na Águas do Brasil e na Rumo ALL: ambas podem servir como ponto de partida para a montagem de um colar de participações nas áreas de saneamento e de logística ferroviária. As duas empresas guardam também outra semelhança, esta não meritória: fragilizadas pelas circunstâncias, têm encontrado dificuldades para avançar com as próprias pernas. A Águas do Brasil estaria em busca de um sócio há mais de um ano. Já a Rumo ALL prepara um programa de desmobilização de ativos para conseguir honrar os investimentos obrigatórios em suas concessões – ver RR edição de 9 de outubro de 2015. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Brookfield e Rumo ALL.
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Em 2016, vem aí a Operação “Furo Certo”
30/12/2015Millôr Fernandes costumava dizer “Viva o Brasil, onde o ano inteiro é primeiro de abril”. Pois o ano de 2015 foi ainda mais desafiador para aqueles que se dedicam a separar a verdade da burla e o fato da ficção. O Relatório Reservado está convicto de que realizou esta decantação com êxito em suas 246 edições de 2015. Aliás, foi exatamente em abril, não no dia 1º, mas no dia 30, que o RR abordou pela primeira vez a regularização dos recursos de brasileiros no exterior. Àquela altura, o assunto sequer estava na ordem do dia. Ninguém apostava também na substituição de Joaquim Levy no seu período de apogeu. O RR cantou a bola que o novo ministro da Fazenda seria Nelson Barbosa. Dito e feito. O RR acompanhou de perto o esforço de Joaquim Levy para tocar o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, trouxe à tona uma série de ideias discutidas pela equipe econômica que sequer chegaram a ser colocadas em prática, como o ajuste patrimonial (privatizações, leilões de concessão em marcha forçada e securitização de ativos dispersos), o limite para o gasto público e a implantação de um regime de bandas fiscais, tema de matéria na edição de 5 de março e que viria a ser alvo de intenso debate nos meses seguintes. Há outras propostas que o RR antecipou e, por ora, deixa de bandeja para que se concretizem em 2016.Uma delas é a securitização da dívida ativa da União. Outras medidas são a ampliação da capacidade de solvência, com a liberação de cheques em branco do FMI, Bird, Banco dos Brics e CAF, e a utilização das reservas na suspensão da rolagem de swaps cambiais e abatimento da dívida pública bruta. O uso do lastro em moeda forte poderia também ser usado para o reequilíbrio da Petrobras por meio da criação de uma SPE no exterior capitalizada com recursos da União, o que permitiria a compra dos passivos de curto prazo da estatal, reduzindo seu custo financeiro. Por falar em Petrobras, entre as 2.180 matérias e notas veiculadas pelo Relatório Reservado em 2015, nenhuma outra empresa foi mais citada do que a estatal – 185 menções. Em muitas das vezes, o RR trouxe notícias que não gostaria de dar. Foi o caso da edição de 16 de junho, quando antecipou o draconiano programa de cortes da estatal, com a previsão de redução de 70 mil a 100 mil postos de trabalho. Em contrapartida, os leitores do RR puderam acompanhar de perto o processo de higienização da companhia. Em 23 de setembro, informamos com exclusividade as novas medidas implantadas pela estatal para melhorar sua estrutura de compliance. Além disso, o RR antecipou, na edição de 20 de julho, a saída de José Andrade de Lima Neto da presidência da BR Distribuidora. Ainda que a política econômica tenha espremido o noticiário corporativo, o Relatório manteve seu compromisso de perscrutar os passos dos maiores grupos empresariais brasileiros. Apenas para refrescar a memória, alguns exemplos de notícias que chegaram primeiro no RR. Em 9 de março, a newsletter antecipou mudanças na gestão da Telefônica Brasil, com o afastamento do então diretor geral, Paulo Cesar Teixeira. Em 2 de junho, informamos que Abilio Diniz compraria mais 2% do Carrefour Brasil, o que se confirmou logo à frente. Em 16 de outubro, o RR cravou que o governo derrubaria a participação obrigatória da Infraero nas licitações aeroportuárias. Na edição de 24 de novembro, dissemos que a situação do então presidente da Light, Paulo Roberto Pinto era insustentável. Seis dias depois, o executivo deixou o comando da distribuidora. Em 11 de dezembro, o Relatório revelou a necessidade da Rumo ALL vender ativos para honrar compromissos financeiros, fato que ganharia os jornais uma semana depois. Nas edições de 26 de maio e 28 de outubro, a publicação tratou das perdas do Walmart no Brasil e do risco de fechamento de mais lojas. Ao longo do ano, o RR contou em detalhes a saga da saída do HSBC do Brasil, com sua venda para o Bradesco. No dia 15 de setembro, o RR antecipou a assembleia de credores da OAS que abriria caminho para a iminente venda de sua participação na Invepar à Brookfield. O Relatório também saiu na frente contando detalhes do derretimento da indústria siderúrgica nacional, notadamente da CSN e da Usiminas. Da mesma forma, a publicação desvendou os planos da Camargo Corrêa de liquidação de seus ativos. Falta fôlego aos autores do RR para elencar o total de acertos em 2015. Seria preciso muitas edições como esta. A Lava Jato, como não poderia deixar de ser, mereceu um RR dentro do RR. Nos últimos 12 meses, foram 159 notícias, esquadrinhando a operação pelo ângulo das empresas e dos personagens envolvidos. Em 2015, o RR citou mais de 450 nomes entre corporações, empresários, executivos e autoridades. Não faltou, no entanto, quem quisesse silenciar o Relatório Reservado, a começar pelo ex-maior banqueiro de investimentos do Brasil. André Esteves tentou constranger o RR das mais diversas maneiras. Chegou a entrar na Justiça com o claro propósito de evitar a divulgação de informações contrárias aos seus interesses, como a mal explicada compra de blocos da Petrobras na África e a não menos polêmica aquisição de postos da BR Distribuidora. O tempo mostrou de que lado estava a verdade. Que assim seja em 2016. O RR renova o compromisso de levar até o seu assinante informações exclusivas com base em seus três princípios basilares: independência, destemor e isenção. O RR voltará a circular na próxima segunda-feira, dia 4 de janeiro. A todos os assinantes, um Feliz 2016!
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Pé na porta
16/12/2015A Brookfield, que herdou a parte da OAS, já chegou na Invepar disposta a fazer uma chamada de capital. Com um déficit sobre os ombros, Petros e Funcef tentam segurar o ímpeto do novo sócio.
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Cemig provoca mais um curto circuito na Light
9/12/2015A conturbada saída de Paulo Roberto Pinto do comando da Light é apenas a ponta mais visível do fio desencapado que se estica entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais. A distribuidora fluminense está rachada ao meio pelas disputas de poder entre os governos dos dois estados. O mais novo round passa pela composição societária da empresa. À revelia do governo do Rio, Fernando Pimentel decidiu vender uma parcela da participação da Cemig na Light. Dona de 26% do capital, a estatal mineira pretende se desfazer de até 10% da companhia. A operação poderá envolver também uma parte das ações da Cemig alocadas na Parati, veículo de investimento criado com o único objetivo de diluir a presença da empresa mineira e, assim, evitar a estatização do controle da Light. Segundo o RR apurou, há três candidatos ao negócio: a Endesa , dona da Ampla, a canadense Brookfield e a Equatorial Energia – não por coincidência de onde saiu a executiva Ana Marta Horta Veloso, que ocupa interinamente a presidência da Light e deverá ser nomeada em definitivo para o cargo na reunião do Conselho de Administração marcada para a próxima sexta-feira. Consultada sobre a venda de ações, a Cemig disse que “não confirma a informação”. O temor do governo do Rio é que o novo acionista da Light não assuma, na devida proporção, os aportes financeiros que hoje cabem à Cemig. O plano de investimentos da distribuidora fluminense para 2016 soma cerca de R$ 1,2 bilhão. Quase um terço deste valor sai da conta da estatal mineira. Há ainda uma questão em particular: se o governo do Rio já não simpatiza com a chegada de um novo sócio tem ainda menos motivos para simpatizar com o ingresso da Endesa no capital da Light. As autoridades do estado têm cobrado permanentemente da empresa a melhoria dos serviços prestados. No ano passado, a Ampla foi considerada pela Aneel a pior distribuidora de energia da Região Sudeste e a quinta pior do Brasil. Em tese, esta é uma corrida em que Luiz Fernando Pezão já sai alguns corpos atrás de Fernando Pimentel. O governo do Rio tem poder político sobre a Light, mas não societário, uma vez que vendeu integralmente suas ações. Para brecar a venda de um naco das ações da Cemig, Pezão precisa buscar o apoio de outros sócios da distribuidora, como, por exemplo, o BNDES, dono de 9% do capital.
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Atracação
24/11/2015A Brookfield negocia sua entrada no capital da Prumo Logística, dona do Porto do Açu, mediante a conversão de um crédito de US$ 200 milhões.
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Para onde vai a estrada da CR Almeida?
17/11/2015As placas na estrada indicam que faltam poucos quilômetros para os herdeiros de Cecilio do Rego Almeida desembarcarem do controle da CR Almeida. A companhia estaria desativando o escritório de São Paulo, medida que deverá se estender também à filial do Rio de Janeiro. Na sede do grupo, em Curitiba, fornecedores e prestadores de serviços teriam sido convocados para negociar uma drástica redução dos valores de seus contratos. Vistas de maneira isolada, parecem medidas até comezinhas, forçadas pela conjuntura econômica e pelo impacto da Lava Jato sobre a área de infraestrutura como um todo. No entanto, se coladas a outras peças, está formado o mosaico da venda do controle da CR Almeida e, por extensão, da EcoRodovias, seu braço na área de concessões. A CR Almeida nega a venda do controle e as medidas de corte de custos. Mas, já há algum tempo, espocam boatos sobre a saída da família do negócio. O nome da Merrill Lynch é citado como provável adviser. Entre os candidatos estaria a canadense Brookfield. Motivos para a decisão não faltam. A crise na área de construção e a escassez de crédito se juntam a crescentes desentendimentos familiares e aos baixos resultados da EcoRodovias. No terceiro trimestre, a receita e o lucro da empresa caíram 3%.
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Nota
28/10/2015Até agora só há um candidato firme à aquisição de uma parte da BR: a Brookfield .
Acervo RR
Fio cortado
2/10/2015Mais um sinal de que o leilão de hidrelétricas, remarcado para 6 de novembro, vai mesmo para as calendas. Furnas teria interrompido as negociações com a Brookfield para a formação de um consórcio. Formalmente, a estatal informa que ainda avalia se participará ou não da licitação.
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Fio cortado
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Invepar se aproxima da hora da verdade
15/09/201522 de setembro. Este é o Dia D para um dos maiores grupos de infraestrutura do país: a Invepar. Depois de muitas idas e vindas, está confirmada para a próxima terça-feira a assembleia geral de credores da OAS. Na ocasião, os bancos votarão a proposta de cessão para a Brookfield do direito de preferência na compra da participação da empreiteira na Invepar, contrapartida para o empréstimo de R$ 800 milhões obtido pela construtora baiana. O que está em jogo, neste caso, é o futuro da concessionária de transportes. O eventual veto dos credores da OAS à transferência das ações para a Brookfield colocará em xeque a própria continuidade das operações da Invepar. A gestora canadense é a única solução à vista para a grave crise financeira da empresa. Até o momento, nenhum outro grupo manifestou interesse em se associar ao negócio. A Brookfield já teria, inclusive, se comprometido com Previ, Funcef e Petros, donas de 75% da Invepar, a fazer um aporte emergencial de até R$ 1 bilhão, recursos que permitiriam à companhia honrar um terço das suas dívidas de curto prazo. No mercado, a percepção geral é que a Invepar está derretendo. Entre junho de 2014 e junho deste ano, sua dívida bruta cresceu 32%. No mesmo intervalo, a relação dívida líquida/ Ebitda saiu de quatro para 5,8 vezes. O caixa atual, em torno de R$ 1,8 bilhão, só cobre 60% das dívidas com vencimento nos próximos 12 meses. * A Invepar não retornou ao nosso contato.
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Three Gorges deixa EDP Energias do Brasil à meia luz
25/08/2015O próprio presidente da EDP Energias do Brasil, Miguel Setas, já começa a se perguntar até quando terá uma cadeira para se sentar e uma empresa para trabalhar? Todas as decisões da China Three Gorges (CTG), que assumiu o controle da EDP em 2011, apontam para o encolhimento das operações do grupo no mercado brasileiro. Os asiáticos procuram um comprador para a capixaba Escelsa, uma das distribuidoras da EDP no país – a outra é a paulista Bandeirante. Segundo o RR apurou, Miguel Setas vem mantendo conversações com a canadense Brookfield e a Equatorial Energia. A inapetência chinesa em relação ao Brasil não se restringe à área de distribuição. Os investimentos em geração foram cortados praticamente a zero. A medida atingiu não apenas os projetos hidrelétricos e termelétricos, mas também de energia eólica, até outro dia a grande aposta da EDP no Brasil. Na própria EDP do Brasil, ninguém se arrisca a dizer até onde vai a disposição dos chineses para enxugar a operação do grupo no país – e é melhor nem perguntar. O fato é que a Three Gorges está particularmente preocupada com o nível de alavancagem da subsidiária. Nos últimos 12 meses, a dívida líquida dobrou de tamanho, chegando perto dos R$ 5 bilhões. A relação endividamento/ patrimônio líquido, que, historicamente, sempre girou em torno de 50%, já está perto do um para um. Consultada, a EDP não confirma as informações. * Equatorial e Brookfield preferiram não responder ao RR.
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Brookfield enxerga uma porta aberta na Energisa
3/08/2015Segundo o RR apurou, a Brookfield já montou um grupo de trabalho com a missão de analisar a aquisição. É uma temporada de contas e mais contas na empresa. A fonte do RR o autoriza a apostar na conclusão do negócio. A compra de uma fatia do capital da Energisa daria aos canadenses assento no sexto maior grupo de distribuição de energia do país por número de clientes, aproximadamente 6,2 milhões, e o sétimo em receita líquida – a cifra deve bater nos R$ 10 bilhões neste ano. São números que a própria Brookfield ajudaria a inflar. Seus aportes permitiriam à Energisa partir para a compra de distribuidoras de maior porte, como a capixaba Escelsa, antigo sonho de consumo dos Botelho.
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Mão dupla
2/07/2015Previ, Petros e Funcef fizeram sua parte no script: renunciaram ao direito de preferência sobre as ações da OAS, abrindo caminho para a entrada da Brookfield no capital da Invepar. Em um segundo instante, será a vez de a gestora canadense cumprir o combinado: não criar qualquer óbice para que os fundos indiquem o novo presidente da companhia, em substituição ao desafeto Gustavo Nunes da Rocha, ligado a OAS.
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Brookfield
22/06/2015Só dá Brookfield. Após comprar uma dezena de usinas geradoras da Energisa e ficar com a participação da OAS na Invepar, o grupo quer aproveitar a desvalorização dos ativos no setor imobiliário. Uma importante incorporadora de São Paulo, controlada por fundos estrangeiros, está madurinha para cair no colo dos canadenses.
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Brookfield está com meio corpo dentro da Invepar
26/05/2015Diz a versão oficial que a OAS apenas ofereceu suas ações na Invepar como garantia ao empréstimo de R$ 800 milhões obtido junto a gestora Brookfield – informação reiterada pela construtora ao RR. No entanto, segundo fonte muito próxima a empreiteira, o termo “garantia” não passa de um eufemismo: o empresário Cesar Mata Pires já teria acertado a transferência da sua participação de 25% na holding de concessões públicas em troca do aporte de capital na OAS. Ou seja: o financiamento não foi uma ponte para a posterior venda das ações, mas a própria venda das ações. É bem provável que a conclusão do negócio envolva uma quantia extra. No fim do ano passado, a fatia da OAS na Invepar teria sido avaliada em aproximadamente R$ 2,5 bilhões. No entanto, esse valor automaticamente baixou diante da notória necessidade da empreiteira de fazer caixa o mais rapidamente possível para cobrir uma dívida de R$ 8 bilhões. De acordo com a mesma fonte, se não ocorrer qualquer contratempo, o anúncio da entrada da Brookfield na Invepar será anunciado na próxima semana. Os canadenses vão se juntar, portanto, a Previ, Petros e Funcef, que, juntas, detêm 75% da companhia. Segundo o RR apurou, a própria direção dos três fundos de pensão participou das negociações e foi responsável por atrair os canadenses para a operação, juntando a fome (trazer um investidor de peso para a Invepar) com a vontade de comer (ejetar a OAS do capital da companhia). Não custa lembrar que há cerca de um mês, a Brookfield deixou escapar no noticiário a informação de que tinha reservado pouco mais de R$ 3 bilhões para investimentos em infraestrutura e em usinas sucroalcooleiras no Brasil. É presumível que, na ocasião, a contabilidade da gestora canadense já antecipasse a compra da participação na Invepar.
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Louis Dreyfus com um pé fora dos canaviais
7/05/2015A Louis Dreyfus cansou de plantar investimentos e só colher bagaço. O grupo francês colocou a venda o controle da Biosev, seu braço sucroalcooleiro no Brasil. O pacote reúne 12 usinas, com capacidade para moer cerca de 36 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Um forte candidato a operação é a Brookfield Asset Management, que também negocia a compra dos ativos da indiana Shree Renuka no Brasil. A gestora de recursos canadense já sinalizou ter cerca de US$ 800 milhões para a aquisição de empresas em dificuldades financeiras na área de bioenergia. A Biosev se encaixa neste figurino. Nas últimas duas safras, acumulou perdas de R$ 2 milhões. Proporcionalmente, a dívida da empresa disparou nos últimos 12 meses. Hoje, o caixa de R$ 200 milhões cobre apenas um décimo do passivo de curto prazo. Há pouco mais de um ano, essa relação estava em 85%. Desde 2009, quando comprou a antiga Santelisa Vale, a Louis Dreyfus nunca soube o que é ganhar dinheiro com açúcar e álcool no Brasil. Os franceses investiram mais de R$ 2 bilhões na Biosev e, em troca, amargam sucessivas safras de prejuízo. Nesse período, as perdas da companhia somaram mais de R$ 3 bilhões. Curiosamente, apesar de todos os pesares, talvez este seja mesmo o melhor momento, aliás, o menos pior para a venda da empresa, graças a uma combinação de fatores exógenos e endógenos. Recentemente, o governo aumentou o índice de mistura de etanol a gasolina de 25% para 27%, o que permitirá ao setor aumentar suas vendas em aproximadamente um bilhão de litros ao ano. No front interno, a boa nova veio pela voz da Fitch. No mês passado, a agência decidiu manter a nota de crédito e remover a observação negativa do rating da Biosev. Há meses, a empresa convivia com o fantasma do rebaixamento da classificação de risco.
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Energisa
23/02/2015O balcão de negócios da família Botelho segue a pleno vapor. Após vender um lote de geradoras para a Brookfield, por R$ 1,4 bilhão, a Energisa deverá agora se desfazer de sua fatia de 20% na Companhia Industrial Cataguases. A participação na fabricante de tecidos é uma excentricidade que não cabe mais nos tempos atuais do grupo. Afinal, a compra da Rede Energia trouxe a reboque um passivo de R$ 6 bilhões. ,
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Brookfield é um arranha-céu com problemas até o teto
11/08/2014A cada passo que dá, a Brookfield Incorporações parece se distanciar mais e mais de seus anos dourados, tempos em que ainda atendia pelo nome de Brascan. Os problemas se acumulam nas mais diversas frentes: prejuízos crescentes, queda no número de lançamentos imobiliários, atritos com minoritários, que questionam o recémanunciado aumento de capital, e até uma indesejável visita ao noticiário policial – a Brookfield está envolvida no escândalo do pagamento de propinas a fiscais da prefeitura de São Paulo. Agora, mais um item se soma a esta extensa lista de adversidades. A dois anos dos Jogos Olímpicos, parte dos projetos da companhia para o segmento hoteleiro está parada. E assim deverão ficar até que a CVM se pronuncie sobre uma matéria capaz de alterar significativamente a estratégia da Brookfield para esse mercado. O nó da questão é a regulamentação da venda de cotas vinculadas a construção dos chamados condo- hotéis. Nesta modalidade, os investidores compram unidades de condomínios que são operados como quartos de hotel. Os próximos meses serão de tensão para a Brookfield: a expectativa é que até dezembro o colegiado da CVM decida se operações desta modalidade terão de ser obrigatoriamente antecedidas por um registro de oferta pública. Pelas estimativas das incorporadoras, os ritos burocráticos do mercado de capitais vão aumentar os custos dos projetos em até 10%. Recentemente, a CVM autorizou a Best Western a comercializar um projeto no Rio de Janeiro no modelo condo-hotel (Best Western Premier Arpoador Fashion Hotel) sem a necessidade de registro. A decisão, no entanto, não trouxe muito alento para a Brookfield e suas congêneres. Entre especialistas em Direito do mercado de capitais, prevalece o entendimento de que as cotas de um empreendimento para fins de hospedagem são um investimento coletivo de valor mobiliário, o que torna a oferta pública obrigatória. A medida atingirá as incorporadoras de um modo geral, mas, no caso específico da Brookfield, o impacto promete ser ainda maior. O setor hoteleiro é a grande aposta da empresa para frear uma duríssima temporada de prejuízos – as perdas nos últimos dois anos e meio somam R$ 1,2 bilhão. No entanto, os principais projetos da incorporadora para o segmento seguem justamente o formato condo- hotel. Trata-se de uma carteira de empreendimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão, por ora todos engessados, a espera da CVM. O grande temor da Brookfield é que a maior parte desses hotéis não esteja concluída antes dos Jogos Olímpicos de 2016. Além disso, caso seja obrigada a fazer o registro de ofertas públicas no mercado de capitais, a empresa será forçada a rever o project finance dos projetos, postergando ainda mais o início das obras
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A Abengoa entrou na disputa
30/05/2014A Abengoa entrou na disputa para comprar uma participação na Taesa, criada a partir do spin-off dos ativos da Cemig na área de transmissão. Outro forte candidato é a canadense Brookfield. O vendedor é o fundo Coliseu, dono de 41% da Taesa.
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Porta aberta
27/05/2014Depois da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário e da Brookfield, mais uma incorporadora deve fechar o capital. Corre no mercado que a bola da vez é a Helbor Empreendimentos. Oficialmente, a companhia nega a saída da Bolsa.
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Denúncias e prejuízos dividem cada metro quadrado da Brookfield
19/03/2014O presidente da Brookfield Incorporações, Nicholas Vincent Reade, é um homem em permanente estado de tensão. Para onde quer que se vire, só enxerga problemas. De um lado, enfrenta o desafio de estancar a sangria financeira da empresa, fragilizada por sucessivos prejuízos; do outro, depara-se com uma questão tão ou até mais grave, que atinge duramente a reputação da companhia: o escândalo da máfia das propinas em São Paulo. Quanto mais se debate e tenta tirar o corpo fora do caso, mais a Brookfield, antiga Brascan, afunda na areia movediça – na qual estão também outras importantes incorporadoras, como Tecnisa, Trisul e Cyrela, entre outras. Em dezembro de 2013, segundo farto noticiário a respeito, a própria construtora admitiu a Justiça que pagou cerca de R$ 4 milhões em propinas a fiscais do ISS em troca da liberação de 20 empreendimentos em São Paulo. No entanto, ao que tudo indica, pode haver ainda mais linha neste carretel. Segundo uma fonte que acompanha as investigações, o Ministério Público de São Paulo recebeu denúncias de que a Brookfield teria adotado expediente similar para obter o “Habite-se” de outros imóveis na capital paulista. De acordo com a mesma fonte, o deep throat seria uma construtora concorrente, em busca dos benefícios da delação premiada. Oficialmente, o MP informa que “não há nada de novo sobre o assunto”. Está feito o registro. A aflição de Nicholas Reade com a assídua presença da Brookfield no noticiário policial é anabolizada pela performance da companhia. Os prejuízos parecem brotar das paredes da incorporadora. No ano passado, a custa de uma drástica política de redução de custos, a empresa até conseguiu diminuir suas perdas: entre janeiro e setembro, teve um prejuízo 25% inferior ao registrado em igual período em 2012. Ainda assim, engoliu um resultado negativo da ordem de R$ 260 milhões, que se somam aos quase R$ 390 milhões de déficit em 2012. Na contabilidade pessoal de Reade, todos estes números equivalem a doses cada vez maiores de pressão dos acionistas sobre a sua gestão. Um dos maiores problemas da Brookfield é o elevado índice de encalhe. Os estoques da incorporadora – imóveis lançados e não comercializados – somam aproximadamente R$ 2,8 bilhões. Tomando-se como base as vendas de 2013, a empresa precisaria de mais de 11 meses para negociar todas estas unidades. Ou seja: se fosse uma fábrica, a Brookfield poderia ficar quase um ano inteiro sem ligar suas máquinas e ainda assim teria produtos em estoque. Não por acaso, a incorporadora praticamente congelou seus lançamentos. No terceiro trimestre de 2013, por exemplo, ofertou apenas 11 unidades ao valor total de R$ 40 milhões. Em 2012, no mesmo período, chegou a colocar em mercado quase 2,5 mil unidades novas, somando mais de R$ 570 milhões.
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Petrodólares
6/11/2013Um fundo de private equity vinculado ao empresário sírio Wafic Said, um dos homens mais ricos do Oriente Médio, estaria negociando a compra de uma participação na incorporadora Brookfield.
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Brookfield
12/09/2013A ordem na Brookfield é raspar as paredes. A empresa está reduzindo drasticamente os custos de seus principais projetos imobiliários, além de cancelar empreendimentos de maior risco. Nos próximos meses, deverá também promover uma limpa em seu banco de terrenos. Todas as medidas fazem parte do hercúleo esforço da companhia para reduzir seus prejuízos. No primeiro semestre deste ano, a Brookfield amargou uma perda de R$ 200 milhões ? se serve de consolo, quase 50% inferior ao de igual período em 2012. Procurada, a empresa informou que tem como estratégia “o aumento do giro de ativos, sendo uma das opções a monetização do banco de terrenos de longo prazo”.
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Brookfield está com meio corpo dentro da Invepar
27/05/2013De acordo com a mesma fonte, se não ocorrer qualquer contratempo, o anúncio da entrada da Brookfield na Invepar será anunciado na próxima semana. Os canadenses vão se juntar, portanto, a Previ, Petros e Funcef, que, juntas, detêm 75% da companhia. Segundo o RR apurou, a própria direção dos três fundos de pensão participou das negociações e foi responsável por atrair os canadenses para a operação, juntando a fome (trazer um investidor de peso para a Invepar) com a vontade de comer (ejetar a OAS do capital da companhia).??Não custa lembrar que há cerca de um mês, a Brookfield deixou escapar no noticiário a informação de que tinha reservado pouco mais de R$ 3 bilhões para investimentos em infraestrutura e em usinas sucroalcooleiras no Brasil. É presumível que, na ocasião, a contabilidade da gestora canadense já antecipasse a compra da participação na Invepar.
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Brookfield
5/03/2013A Brookfield não esperou nem o concreto endurecer. Já saiu em busca de um sócio para a Brookfield Property Group, criada no fim do ano passado. Entre os candidatos, está um grande fundo de investimentos norte-americano com vários negócios no Brasil. A nova empresa assumiu as operações de locação e administração de ativos imobiliários da Brookfield no mercado brasileiro.
Acervo RR
Brascan é um retrato em sépia na frágil parede da Brookfield
20/11/2012A Brookfield Incorporações tem saudades dos tempos em que era Brascan. O polvo canadense virou um molusco menor na fauna empresarial brasileira. Cada vez mais longe dos seus anos dourados, a companhia tem sido carregada por uma onda de prejuízos e equívocos estratégicos. O esforço de seus executivos em disseminar um discurso otimista e uma ideia de recuperação, por conta do recém-anunciado lucro de R$ 31 milhões no terceiro trimestre, não reflete o clima de apreensão que predomina dos muros para dentro da Brookfield. A companhia virou um sugadouro de recursos de seus controladores. Os acionistas majoritários, reunidos na Brookfield Brasil, já discutem a necessidade de um novo aumento de capital, provavelmente no primeiro trimestre de 2013. O aporte de R$ 400 milhões feito no mês passado não deu sequer para a saída. Já foi quase que inteiramente destinado a amortização de parte do passivo. A Brookfield tem uma dívida de curto prazo em torno de R$ 1,3 bilhão, quase o triplo do volume de recursos em caixa. Entre os indicadores financeiros, este é apenas um dos tantos blocos de concreto que a empresa carrega sobre os ombros. Entre janeiro e setembro deste ano, a incorporadora acumulou perdas de R$ 348 milhões, contra um lucro de R$ 251 milhões em igual período em 2011. Parte expressiva destes prejuízos se deve a tropeços de gestão. A direção da companhia, por exemplo, perdeu a mão no controle das despesas operacionais. Os erros de cálculo chegaram a tal ponto que, só no segundo trimestre deste ano, a incorporadora foi obrigada a lançar em balanço mais de R$ 300 milhões referentes a estouros de orçamento em alguns de seus principais projetos. Os insucessos da Brookfield começam a ser debitados na conta do primeiro escalão da empresa. O diretor de construção, Elias Calil Jorge, está deixando a empresa. De acordo com a fonte do RR, a situação do próprio presidente, Nicholas Reade, é delicada. Procurada pelo RR, a Brookfield confirmou a saída de Calil Jorge, mas garantiu que ela ocorrerá por decisão pessoal do executivo e já estava acertada desde o início do ano. A empresa negou a substituição de Reade e a realização de um novo aumento de capital.
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Vagas abertas
9/11/2012A Brookfield estaria negociando a venda dos seus 30% no Shopping Pátio Higienópolis. Segundo fonte ligada a empresa, a participação teria sido oferecida aos demais sócios, a começar pelo Fundo de Investimento Imobiliário Pátio Shopping Higienópolis, administrado pela Rio Bravo. O empreendimento tornou- se alvo de intensa disputa com a Prefeitura paulista, por supostamente não atender ao número de vagas acordado para a liberação das obras. Procurada, a Brookfield negou a venda.
Acervo RR
JHSF e Brookfield trocam golpes no Pátio Higienópolis
25/07/2012O Pátio Higienópolis, um dos mais sofisticados shoppings de São Paulo, tornouse um octagon. Sobre o ringue não estão nem Anderson Silva, tampouco Chael Sonnen, mas duas das maiores empresas do setor no Brasil: a Brookfield, antiga Brascan, e a JHSF, do empresário José Auriemo. A disputa vai se transformar em um UFC jurídico. A Brookfield prepara-se para entrar com uma ação contra os demais sócios do Higienópolis. Não obstante ter 30% do empreendimento, a empresa foi despejada da função de operadora do shopping no fim do ano passado. O cobiçado posto passou a ser ocupado pela JHSF. A decisão partiu da miríade de investidores que detém os 70% restantes ? Fundação Conrado Wessel, Fundo de Investimento Imobiliário Pátio Shopping Higienópolis, Braz Participações, Niko Administradora de Bens, Agropart Agropecuária e Participações e Artwalk Administradora de Bens. A Brookfield alega ter sido vítima de um motim. Seu expurgo teria sido aprovado de forma irregular pelos demais sócios, contrariando o acordo de acionistas. A empresa quer não apenas reassumir o comando do negócio como provavelmente exigirá uma indenização com base nas perdas de receita sofridas desde dezembro. Procuradas pelo RR, Brookfield e JHSF não quiseram comentar o assunto. Se a Brookfield arma seus diretos e cruzados jurídicos, a JHSF, por sua vez, se movimenta no ringue de forma discreta. Suas joelhadas e chutes giratórios se dão longe da arena. Nos bastidores, José Auriemo estaria articulando com os demais acionistas do Pátio Higienópolis seu desembarque no capital da empresa. O ingresso se daria com a compra de participações minoritárias junto ao grupo de investidores. Seria apenas um golpe preparatório o mata-leão e o posterior nocaute. O objetivo desta articulação seria forçar a Brookfield a sair do negócio e vender suas ações a JHSF. Para todos os efeitos, a Brookfield caiu em desgraça junto aos demais acionistas pelos problemas administrativos enfrentados nos últimos meses. A Prefeitura de São Paulo ameaça cassar a licença de funcionamento do Pátio Higienópolis caso o shopping não regularize seu estacionamento, que tem um número de vagas inferior ao exigido pelo Poder Municipal. A responsabilidade foi para as costas da Brookfield. Isso até poderia explicar seu afastamento da condição de operadora do shopping, mas não justificaria a eventual gana dos acionistas em tirá-la de vez do empreendimento. Neste ponto, entram em cena os cifrões. A JHSF estaria oferecendo mundos e fundos para destronar a Brookfield do capital.
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Demolição
23/01/2012Por ora, a estratégia da Brookfield de recomprar ações para inverter a curva de queda das cotações deu com os burros n’água. A meta da incorporadora imobiliária era elevar o papel para a casa dos R$ 9. No entanto, desde que iniciou a compra de volumes maiores de ações, em setembro do ano passado, o preço caiu de R$ 7 para R$ 5,80 .
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BHG empurra Accor para longe do mar
11/11/2011O duelo entre a Accor e a Brazil Hospitality Group (BHG) – braço hoteleiro da GP Investimentos – pela compra do Sofitel Rio Palace, no Rio de Janeiro, virou muito mais do que uma simples disputa por aquisição no setor. A Accor está disposta a resistir, no limite dos limites, e manter a posição estratégica, já que o Sofitel é o único hotel do grupo instalado na orla do Rio de Janeiro. O problema é que os franceses têm colecionado derrotas seguidas no processo jurídico em andamento. Em meio ao litígio, perderam inclusive o apoio da Veplan, dona do imóvel e que está em recuperação judicial. A venda para a BHG foi aprovada pelos credores e homologada pela segunda instância da Justiça do Rio. Nem mesmo os argumentos de defesa da Accor sobre sua preferência na compra por ser locatária desde 1996 e a realização do depósito em juízo do mesmo valor pago pela BHG, de R$ 184 milhões, surtiram maior efeito. Dependem de uma outra ação judicial, que corre paralelamente. A BHG já se prepara para assumir o imóvel e investir R$ 45 milhões nos próximos dois anos para modernização do hotel sob a bandeira Royal Tulip. É a mesma usada no antigo Hotel Intercontinental, em São Conrado, comprado da Brookfield em março deste ano. Além de ganhar mais um hotel de luxo para a rede, a BHG, que quer vencer duplamente, está atrapalhando mais uma vez a chance da Accor de fincar bandeira na orla marítima carioca.
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Estiagem de crédito trinca as pilastras da Tishman Speyer
27/10/2011O chão se abriu sob os pés de Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer no Brasil. Cherman, que parecia destinado a ser o comandante de um dos maiores projetos imobiliários do país, agora corre risco de se tornar um mestre de obras inacabadas. A dificuldade da incorporadora de montar seu terceiro fundo de investimentos voltado exclusivamente ao mercado brasileiro -ver RR edição nº 4.208 -colocou um ponto de interrogação sobre todos os seus planos para o país. Sem aportes da matriz, a subsidiária tem sido obrigada a usar recursos do caixa para tocar empreendimentos já em curso, que totalizam mais de R$ 1,5 bilhão. Sem tijolos suficientes para colocar esta construção em pé, a Tishman Speyer está de portas abertas para a chegada de outros investidores. A intenção é buscar sócios específicos para cada projeto. A prioridade no momento é encontrar um parceiro para a Tower Bridge, prédio de escritórios em São Paulo, próximo a Ponte Estaiada. O empreendimento deve custar entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões. Um forte candidato a sócio é a Brookfield, antiga Brascan, que já participa do projeto como responsável pela construção. Parte dos recursos que têm garantido a sequência das operações da Tishman Speyer ainda é uma reserva de caixa proveniente do primeiro fundo lançado pelos norte-americanos para o Brasil, em 2007. Mas a fonte começa a secar. Em grande parte, as limitações da Tishman Speyer no Brasil se devem ao modelo de operação adotado pelos norte-americanos. Na maioria dos casos, cada subsidiária é um centro de custos distinto, dissociado da matriz e, portanto, precisa gerar seus próprios recursos. Em épocas de fartura do mercado internacional, nenhum problema: foi desta maneira que a empresa montou seus dois primeiros fundos no país. Agora, no entanto, com a estiagem de crédito, a incorporadora não conseguiu chegar nem perto dos US$ 300 milhões que esperava amealhar. Enquanto os novos parceiros não chegam, a ideia da Tishman de comprar terrenos e se fixar em Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, avanço previsto para este ano, foi para a gaveta.
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Paes Mendonça invade a praça de alimentação da concorrência
19/08/2011João Carlos Paes Mendonça pretende quebrar de vez uma espécie de Tratado de Tordesilhas no mercado brasileiro de shopping centers. Com atuação concentrada no Nordeste, o empresário prepara um expressivo projeto de expansão no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Desta forma, sua holding, a JCPM, romperá definitivamente uma divisão tácita no mapa do setor, espraiando- se por territórios hoje dominados pelas maiores administradoras do país ? como BR Malls, Multiplan, Iguatemi e Brookfield, ex-Brascan. Os planos de Paes Mendonça preveem a construção de seis empreendimentos nas três maiores capitais do Sudeste até 2014. Dois deles ficarão em São Paulo, única cidade fora do Nordeste onde a JCPM já está presente, ainda que timidamente ? tem participações de, respectivamente, 20% e 25% nos shoppings Villa-Lobos e Granja Vianna. Este será o maior pacote de investimentos já feito por Paes Mendonça na área de shopping centers. Estima- se que o desembolso possa chegar a R$ 4 bilhões. Paralelamente a invasão no Sudeste, a JCPM vai esticar seus tentáculos para as regiões Norte e Centro-Oeste. A holding planeja construir um shopping em Manaus, Campo Grande (MS) e Goiânia. A intenção de Paes Mendonça é duplicar sua presença no setor até 2015 ? hoje, a JCPM tem participação societária e administra 11 centros de compras. Além da expansão territorial per si, o empresário enxerga um valor simbólico nos novos investimentos. Quer se consolidar como um predador do setor, afastando o rótulo de que a JCPM é uma empresa que, a qualquer momento, pode ser abocanhada pelos maiores players do mercado. Recentemente, Carlos Jereissati, dono do Iguatemi, teria sondado a companhia. O epsiódio, aliás, deixou algumas rusgas. De acordo com informações filtradas junto a JCPM, o próprio Jereissati teria vazado a mídia o seu interesse, azedando suas relações com Paes Mendonça. A ampliação do eixo geográfico da JCPM é o troco na mesma moeda ao movimento feito por seus principais concorrentes, que há tempos cruzaram a linha de Tordesilhas. Atraída pelo crescimento da renda na região, as principais administradoras de shoppings do Sudeste têm voltado suas baterias para o Nordeste. Em maio deste ano, por exemplo, a BR Malls gastou R$ 237 milhões para comprar 95% do Shopping Paralela, em Salvador. No ano passado, a Multiplan, de José Issac Peres, anunciou investimentos de R$ 500 milhões para a construção de um shopping em Maceió.
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Iguatemi toma um banho de loja no Rio
13/06/2011Carlos Jereissati tem um problema chamado Rio de Janeiro. O Grupo Iguatemi elegeu como prioridade equacionar sua trôpega presença no segundo maior mercado de shopping centers do Brasil ? hoje dominado por concorrentes como BR Malls, Brookfield, Aliansce e Multiplan, donas de alguns dos principais empreendimentos da cidade. Jereissati está em busca de ativos no Rio. Um dos alvos é o Cittá America, na Barra da Tijuca, administrado pela CGMalls. A negociação, no entanto, é complexa. Trata- se de uma operação atípica para os moldes do setor. As lojas não pertencem ao shopping, mas a dezenas de diferentes proprietários. Ou seja: para comprar o Cittá América, o Iguatemi terá de mergulhar em inúmeras conversas paralelas. É difícil, mas, como se sabe, Jereissati é um trator. Além de aquisições, o Iguatemi pretende abrir um shopping próprio no Rio de Janeiro. O investimento deve chegar a R$ 200 milhões. O grupo vem rastreando alguns terrenos na própria Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Jereissati tem pressa. Planeja inaugurar o novo centro de compras em 2013. A intenção é instalar um empreendimento voltado a classe A, que concorrerá diretamente com o VillageMall, shopping de alto luxo que está sendo construído pela Multiplan, de José Isaac Perez, também Barra da Tijuca. A operação do Iguatemi no Rio de Janeiro não acompanha a sofisticação do grupo em outras regiões. Sua presença está restrita a um único shopping, em Vila Isabel, na Zona Norte. Trata-se de uma área de poder aquisitivo menor se comparada aos bairros onde estão instalados os principais centros comerciais da cidade. Há alguns anos, o grupo teve de repaginar todo o shopping, adequando-o ao perfil do público local. O Iguatemi Rio, que em nada lembra seu primo rico de São Paulo, é um dos negócios menos rentáveis de Carlos Jereissati no setor. Em 2009, sua receita anual por metro quadrado de área locável foi de aproximadamente R$ 731. A média do grupo foi de R$ 1.031
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Brookfield
9/02/2011A Brookfield vai construir um condomínio residencial no terreno da Vila Anastácio, em São Paulo, comprado a Sadia por R$ 150 milhões. Os canadenses esperam arrecadar uma bolada superior a R$ 400 milhões com a venda dos imóveis.
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Camargo Corrêa vai para o quarto dos fundos na CCDI
20/10/2010A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) está prestes a passar por uma reforma societária. Os controladores da Camargo Corrêa têm se reunido recorrentemente nos últimos dois meses com o objetivo de definir um caminho para a capitalização da empresa. A ideia de uma oferta de ações em Bolsa, que estava prevista para o início de 2011, vem perdendo força. Em seu lugar ganha corpo a proposta de associação com uma grande construtora, capaz de injetar capital e alavancar os projetos imobiliários em hibernação na CCDI. No limite, os herdeiros de Sebastião Camargo estariam dispostos a abrir mão do controle da incorporadora diante da possibilidade de embarcar em um negócio de maiores proporções. Recentemente, um banco de investimentos norte-americano com mandato da Brookfield bateu a porta da CCDI. É o tipo de empresa que se enquadra no perfil desejado pelos acionistas da Camargo Corrêa. A Brookfield deve fechar o ano com vendas acima de R$ 4 bilhões, mais de três vezes a receita estimada para a CCDI. Não obstante estar ancorada em um dos maiores grupos empresariais do país, a CCDI jamais alcançou o patamar desejado por seus acionistas. Ressalte-se que, no primeiro semestre, a empresa deu sinais de forte recuperação. O faturamento, em torno dos R$ 500 milhões, duplicou na comparação com o decepcionante resultado colhido entre janeiro e junho de 2009. Ainda assim, a CCDI se ressente de maior fôlego financeiro para tirar da gaveta grandes projetos imobiliários. Nos últimos meses, a empresa teve de abrir mão de alguns de seus principais negócios, entre eles metade de sua participação no projeto Ventura, torre de escritórios no centro do Rio de Janeiro.
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WWI mira no crédito imobiliário
13/08/2010A recém-criada WWI ? gestora de recursos controlada pela família Sabó e pelo executivo Marco Versiani, ex-Caixa Econômica Federal e Banco Itaú ? está fincando suas pilastras no mercado imobiliário. De uma só tacada, está perto de fechar a compra de participações em uma incorporadora e uma companhia de crédito habitacional. O desembolso deverá chegar a R$ 500 milhões, cerca de um quinto do aporte inicial feito pelos acionistas da WWI. Na área de crédito imobiliário, a ideia é aproveitar a sinergia com o site financiamento.com.br, que deverá entrar no ar em até dois meses. O domínio está registrado em nome de Versiani há mais de uma década. Simultaneamente, a WWI vem mantendo conversas com a Brookfield, antiga Brascan, para investimentos conjuntos em projetos imobiliários em São Paulo. Com um funding inicial de aproximadamente R$ 2,4 bilhões, a WWI também aposta no setor de energia renovável ? ainda que a maior parte dos recursos esteja comprometida com o mercado imobiliário. A gestora de recursos pretende comprar participações em usinas de álcool e açúcar e em geradoras a biomassa. Em outro front, já participa de um projeto voltado a produção de biocombustível a partir de soja e sebo animal.
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Brookfield
22/06/2010A canadense Brookfield, ex-Brascan, tirou o talão de cheques do bolso. Vai investir R$ 300 milhões na instalação de mais quatro PCHs no Brasil.
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Faria Lima
18/06/2010O Grupo Malzoni acertou na megasena. Já recebeu duas propostas de balançar as estruturas para a venda de um terreno de 20 mil metros quadrados na Faria Lima. Não faz nem um mês que o grupo comprou 49% do cobiçado ativo que pertenciam a canadense Brookfield, pagando R$ 600 milhões.
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Brookfield
19/02/2010A incorporadora imobiliária Brookfield , antiga Brascan, promete um 2010 arrasa-quarteirão. A meta da empresa é fechar o ano com cerca de R$ 4 bilhões em lançamentos, o que representará um salto de 50% sobre a cifra amealhada em 2009.