Tag: Abilio Diniz
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Destaque
Mudança de presidente será o último ato na dança das cadeiras no Carrefour
27/02/2024Ainda sob o impacto da perda de Abílio Diniz, acionista do grupo, o Carrefour prepara mudanças no comando da sua operação brasileira. Segundo o RR apurou, o argentino Pablo Lorenzo desponta como principal candidato a assumir o cargo de CEO da empresa no país, em substituição a Stéphane Maquaire. Há mais de duas décadas na rede varejista, Lorenzo foi presidente do Carrefour na Argentina, além de ter ocupado cadeiras na gestão da companhia na Espanha e na própria matriz, na França.
O executivo está no Brasil há apenas cinco meses, em um posto que é quase uma “pré-presidência” da empresa dada a amplitude dos seus poderes: a diretoria executiva de operações. Os diretores-presidentes das três divisões do Carrefour no Brasil – José Rafael Vasquez, responsável pelo varejo e o Sam´s Club, e Marco Oliveira, à frente do Atacadão – se reportam a Lorenzo. O RR fez várias tentativas de contato com o Carrefour, por meio de sua assessoria, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
A mudança de CEO seria a culminância de uma sucessão de peças trocadas na diretoria do Carrefour no Brasil. Há menos de dois meses, o grupo anunciou a integração da área de varejo e do Sam´s Club, entregue a Vasquez. Poucos dias antes, o então CEO do Sam’s Club ,Vitor Faga, e a vice-presidente de relações institucionais, comunicação, ESG e diversidade e inclusão, Maria Alicia Lima Peralta, deixaram seus cargos.
O entendimento no grupo é que Maquaire, que tem uma bem-sucedida trajetória dentro do Carrefour comandando processos de integração, cumpriu sua missão no Brasil. A incorporação da rede Big e das lojas do Makro está concluída.
Empresa
Ana Maria Diniz é pule de dez para assumir o comando dos negócios da família
20/02/2024O vice-presidente do colegiado da Península, empresa de participações do clã Diniz, Eduardo Rossi, ascenderá à posição de presidente executivo – conforme antecipou o colunista Lauro Jardim, de O Globo. Será “um Abílio Diniz com um razoável deságio”. Mas, da família mesmo, o nome que desponta para tomar conta do negócio é o da filha primogênita de Abílio, Ana Maria Diniz. Desde cedo, Ana Maria sempre disputou com o também falecido João Paulo Diniz o lugar de braço direito do pai. Outro herdeiro, Pedro Paulo Diniz, é carta fora do baralho, já que se dedicou a uma vida alternativa, com o cultivo de alimentos orgânicos.
Ana Maria é casada com Luiz Felipe D`Avila, cientista político filiado ao Partido Novo. Pouco se espera de mudanças com a provável ascensão da filha de Abílio Diniz. Talvez um aumento de gastos em filantropia e instituições voltadas para a educação. Um resíduo em uma fortuna de mais de uma dezena de bilhões controlada pela holding Península. Ou seja: Ana tem um DNA humanístico similar ao de Neca Setubal, uma das herdeiras da holding Itausa. Com a ressalva que, do ponto de vista político, a filha de Abilio tem um perfil mais conservador, ao passo que Neca é próxima de Marina Silva.
Ana Maria conhece tudo dos negócios dos Diniz. Quando a família comandava o Pão de Açúcar, ocupou todas as posições da área operacional. É graduada em Administração de Empresas, com especialização pela Harvard Business School. Não há dúvida de que a primogênita de Abilio é a luva do clã Diniz que cabe com maior perfeição no comando da Península.
Futebol
Será que a paixão de Abilio Diniz vai falar mais alto?
1/02/2024A diretoria do São Paulo está rodeando o ilustre tricolor Abílio Diniz. Tenta atrair o empresário para o projeto de reforma do Morumbi. Em dezembro passado, o clube firmou um pré-contrato com a WTorre, que ficará responsável pelas obras e pela posterior administração do estádio. Falta só o principal: funding. É aí que Diniz entraria em campo. O projeto está orçado em aproximadamente R$ 800 milhões.
Futebol
São Paulo reserva um lugar de honra para Abílio Diniz na reforma do Morumbi
22/12/2023O presidente do São Paulo, Julio Casares, discute com um petit comité de conselheiros do clube a proposta de criação de um fundo imobiliário para financiar a reforma do Morumbi. No clube há quem defenda, inclusive, uma solução caseira: oferecer as maiores cotas para enricados tricolores. O primeiríssimo procurado seria Abilio Diniz. De repente, vale testar também o “são-paulinismo” de Jorge Paulo Lemann. De uns tempos para cá, o empresário, que nunca foi muito afeito a futebol, deu para se declarar como torcedor do tricolor. Em certo momento, houve até especulações sobre o seu interesse em comprar uma participação no capital caso o São Paulo aprove a criação de sua SAF.
Destaque
Stéphane Maquaire é um CEO com os dias contados no Carrefour?
28/08/2023O que os franceses estão preparando para o Carrefour Brasil? Esta é a pergunta que tem sido feita entre os próprios executivos da empresa diante dos sinais de ingerência da matriz na condução da operação brasileira. Nas últimas semanas, Abílio Diniz, acionista do grupo e vice-presidente do Conselho de Administração do Carrefour Brasil, tem participado ativamente de assuntos e decisões na esfera da gestão executiva, como venda de ativos e negociações com fornecedores. Coincidência ou não – dentro da companhia, a aposta é que não –, a presença de Abílio se cruza com a recente reaparição de Noël Prioux. Ex-presidente do Carrefour Brasil, Prioux passou quase uma semana no país durante o mês de julho, cumprindo uma série de reuniões com as mais diversas áreas da companhia.
Sua vinda foi interpretada com uma intervenção direta do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, na gestão da empresa no Brasil – Prioux é homem de confiança de Bompard. Mais do que isso: dentro do Carrefour Brasil, a vinda do executivo francês foi vista como uma antessala para a própria troca de comando na subsidiária, com a saída de Stéphane Maquaire do cargo de CEO. O próprio Prioux seria o nome cotado para reassumir o cargo, ainda que de forma temporária, leia-se o tempo necessário para arrumar a casa. Mais uma vez, só para não variar, Abílio Diniz é uma das mãos que movimenta as peças no tabuleiro. No jogo de poder do grupo, além de Bompard, Prioux conta também como o apoio do empresário brasileiro. Não vem de hoje. Consta que, em 2017, Diniz não só foi um dos principais artífices da saída do então presidente do Carrefour Brasil, Charles Desmartis, como trabalhou pela indicação de Prioux para o posto. O RR fez várias tentativas de contato com o Carrefour, mas a empresa não se pronunciou.
Há pouco mais de dois anos no cargo, Stéphane Maquaire vive o período mais turbulento da sua gestão. No acumulado do primeiro semestre, o Carrefour Brasil teve um prejuízo de R$ R$ 362 milhões, contra um lucro de R$ 990 milhões em igual período em 2022. No mesmo intervalo, o Ebitda caiu 19%. A integração das lojas do Grupo Big, comprada junto ao Advent em 2021, cobrou um preço mais alto do que o esperado, elevando os custos operacionais. O processo de incorporação teve um efeito caixa negativo de R$ 500 milhões no período de 12 meses entre junho de 2022 e junho deste ano. Os números calaram fundo em Paris. Recentes movimentos do Carrefour no Brasil já se deram por pressão da matriz. É o caso da venda de quatro centros de distribuição e cinco lojas para a Barzel Properties. Segundo informações apuradas pelo RR, a rede varejista deve negociar outros ativos imobiliários ainda neste ano. Talvez já não sob a regência de Maquaire.
Empresa
Quem vai ficar com o Pão de Açúcar?
28/06/2023Grupos do setor de varejo se alvoraçaram todos hoje com a notícia de que o Casino vai vender o Grupo Pão de Açúcar. Diversos players foram citados como prováveis compradores. Um nome automaticamente aventado é o de Abílio Diniz, com sua Península Participações. Há contra-argumentos à volta de Diniz ao Pão de Açúcar: sua idade e a própria manifestação do empresário de que não pretende mais imprimir um ritmo de vida similar ao do passado e de que vai se dedicar a sua família, noves fora a sua posição acionária no Carrefour. Um cruzamento societário ou uma fusão envolvendo Pão de Açúcar e Carrefour parece mais do que improvável. Nesse cenário, seria o caso de acabar com o Cade. Em um momento anterior à fraude das Americanas, o nome de Jorge Paulo Lemann surgiria naturalmente, devido às sinergias. Seria criado um gigante do varejo. Absolutamente fora de questão.
Mas quem, então, vai ficar com o Pão de Açúcar?
Segundo as fontes do RR, três corredores estariam no grid de largada, todos eles de fora do setor supermercadista: Grupo Ultra, Itaúsa e J&F. Do trio, o que parece ter mais sinergia com o Pão de Açúcar é o Ultra, que mantém uma operação de lojas de conveniência casada à rede de postos Ipiranga. A GPA tem mais de 600 pontos de venda. É dentro desse universo que caberia a reconstituição de uma rede de postos. A Itaúsa, por sua vez, tem feito uma ampla diversificação de seus negócios: está na fabricação de sandálias (Alpargatas) e de painéis de madeira e louças e metais (Dexco), em concessões de infraestrutura (CCR), no saneamento (Aegea), em energia (Copa) e no transporte de gás natural (NTS). Já a J&F, que parece querer comprar o mundo, também tem demonstrado enorme apetite em ampliar seu raio de atuação. Os irmãos Joesley e Wesley Batista, notórios pelo controle da JBS, são donos também do Banco Original, de parte da Eldorado Celulose, da PicPay, de ativos na área de mineração, do Canal Rural, da Âmbar Energia e da Flora, de material de higiene e limpeza. E, neste momento, estudam fazer uma oferta para a compra da Braskem. Grupo Ultra, Itaúsa e J&F têm algo em comum: um nível de alavancagem confortável e caixa para suportar uma aquisição do porte do Pão de Açúcar. O Ultra tem uma relação dívida líquida/Ebitda de 1,7. O Itaúsa apresenta uma situação ainda mais folgada: um múltiplo de apenas 0,53. Dos três candidatos à compra do Pão do Açúcar, a J&F é quem carrega a maior proporção entre o passivo de curto prazo e o Ebitda (2,7). Mas ninguém tem dúvida sobre o poder de fogo do grupo em levantar crédito no mercado.
No meio do caminho, certamente vão surgir outros interessados. Por enquanto, o futuro do Pão de Açúcar é pura especulação.
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Molina quer apagar antigos controladores do futuro da BRF
13/09/2022O takeover da gestão da BRF está apenas no começo. Após a troca de Lourival Luz por Miguel Gularte na presidência da companhia, Marcos Molina prepara outras mudanças na gestão executiva. Segundo o RR apurou, a próxima “vítima” seria o CFO Fabio Luis Mendes Mariano.
De acordo com a mesma fonte, próxima a Molina, o mais provável é que até o início do ano que vem praticamente todos os atuais vice-presidentes sejam substituídos. Molina, dono do Marfrig e principal acionista individual da BRF, estuda também mudanças na própria estrutura administrativa, com o fortalecimento, por exemplo, da gestão no exterior, notadamente no mercado árabe, onde a empresa tem uma expressiva posição. Quem conhece o empresário de perto aposta que ele tem dois propósitos que caminham juntos: não apenas povoar a direção da companhia com nomes da sua confiança como também apagar qualquer resquício dos tempos de Abilio Diniz e da Tarpon Investimentos, que quase levaram a BRF a um caminho sem volta.
Para além da sua posição no capital da BRF, de 33,2%, Marcos Molina conta hoje com uma coalizão societária para avançar no “takeover” da gestão da companhia. Previ e Petros, que somam pouco mais de 11% das ações, têm dado apoio ao empresário. Que te viu, quem te vê. No início do ano, a Petros chegou a embarreirar um follow on da BRF que permitiria a Molina aumentar sua participação para além de 33,3% sem ativar a pílula de veneno. A aliança é puro pragmatismo. Os fundos de pensão apostam na nova gestão, conduzida pela Marfrig, para alavancar preço da ação. Nos últimos 12 meses, a BRF perdeu 27% do seu valor de mercado.
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O novo alvo de Abilio
31/03/2022O RR apurou que Abilio Diniz tem planos de comprar startups da área de educação, por meio da Península Participações.
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Abilio Diniz é a porta de entrada da Auchan no Carrefour
15/02/2022O RR apurou que Abílio Diniz está disposto a negociar suas ações no Carrefour para a Auchan, outra das grandes redes varejistas da França. Diniz tem aproximadamente 8% do capital do grupo francês. A valor de mercado, sem contabilizar qualquer prêmio de controle, sua participação equivale a algo em torno de um bilhão de euros.
O empresário, ressalte-se, é peça chave na possível venda do Carrefour à Auchan, negociação que se arrasta desde setembro do ano passado. Trata-se do segundo maior acionista da companhia, atrás apenas da família Moulin. Procurada pelo RR, a Península Participações, holding da família Diniz, não se pronunciou.
As tratativas, ressalte-se, contemplam a possibilidade tanto de Abilio Diniz quanto da família Moulin receberem parte do seu pagamento em ações da própria Auchan. De toda a forma, aos poucos, Diniz está se tornando um dos empresários mais líquidos do Brasil, uma espécie de Aloisio Faria, que passou a ter parte da sua fortuna em dinheiro vivo após a venda do Banco Real. Entre outros negócios, o ex-controlador do Pão de Açúcar embolsou cerca de R$ 900 milhões com a venda da sua participação na BRF. Há cerca de três anos, amealhou também outros R$ 800 milhões ao se desfazer do equivalente a 2,5% do Carrefour Brasil.
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Uma frente ampla para o Ministério da Economia
3/01/2022O economista Arminio Fraga acende uma vela a Deus e outra ao diabo. Diz que está pronto a colaborar – ser ministro da Economia – de um governo que adote suas ideias. Por aderência natural migraria para a candidatura Sérgio Moro. Mas o candidato lavajatista já tem o seu ministro – o professor Affonso Celso Pastore – e reduzidas chances de vitória. Com Bolsonaro, Fraga não tem nem conversa. De Lula recebeu acenos, mas teria recusado. Não é bem verdade. Teria, sim, postergado. Fraga aguarda a indicação de Geraldo Alckmin à vice-presidência de Lula. Seria a forma tortuosa de abrir um canal de diálogo com o líder das pesquisas eleitorais.
O controlador da Gávea Investimentos espera que Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati e José Serra, entre outros “tucanos de cabelos brancos”, venham a aderir à chapa Lula-Alckmin para se juntar aos apoiadores pessedebista da coligação lulista. Ou seja: esse PSDB informal e depurado de nomes como o de Aécio Neves, só para dar o exemplo mais gritante. Fraga se perfila entre os tucanos de boa cepa, mas no fundo tem um lado pessoal que lembra Paulo Guedes: quer obsessivamente ser ministro há anos e anos, amém. Sabe que Lula caminhará para a centro direita.
E que muitas das suas ideias serão incorporadas em um futuro governa lulista. A chave de entrada seria a formalização de Alckmin na vice-presidência. A tropa de choque lulista não descarta um convite a Fraga, mas ele não lidera a lista dos mais bem quistos potenciais futuros ministros da Economia. Lula preferiria um perfil político, mais próximo de estilo Antônio Palocci, titular da Pasta no seu primeiro governo. Dois nomes se sobressaem nessa lista: o do governador do Maranhão e professor de Direito Constitucional da Universidade do Maranhão, Flávio Dino; e do ex-vereador por Teresina, deputado estadual, federal, senador e quatro vezes governador do Piauí – inclusive exercendo o atual mandato -, Wellington Dias. Ressalte-se que os dois compareceram ao jantar oferecido por um grupo de advogados paulistas para aproximar Lula ainda mais de Geraldo Alckmin.
Apetece também ao ex-presidente a escolha de um empresário do setor real da economia. Há diversos papeizinhos com nomes nesse pote: Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice de Lula, José de Alencar, e presidente da Fiesp; Pedro Passos, um dos controladores da Natura, que daria um toque ESG à política econômica; Pedro Wongtschowski, industrialista e presidente do Conselho do Grupo Ultra; Benjamin Steinbruch, presidente da CSN (ver RR de 22 de dezembro de 2021) e amigo pessoal do assessor de Lula, Aloizio Mercadante – seja lá o peso que isso tenha na escolha; e até mesmo o octogenário Abilio Diniz, que voltou à cena, expondo suas ideias na mídia como se quisesse ser lembrado. Correndo por fora do setor real viria o tecnocrata financeiro multi-partidário Henrique Meirelles – presidente do BC de Lula, ministro da Fazenda de Michel Temer e secretário da Fazenda de João Doria.
Meirelles não está na pole position da indicação para o Ministério da Economia, mas reúne três pontos a favor: se dá bem com Lula, conta com o aval do mercado e teria um bom entendimento com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que estará à frente da autoridade monetária, seja lá quem for o futuro presidente. Meirelles, contudo, tem um ponto avantajado contra ele: a atual relação estreita com Doria, que fará uma campanha eleitoral fustigando Lula. Nesse contexto, Fraga seria o candidato natural do mercado. Recentemente, passou a namorar a centro-esquerda. E atrairia pessedebistas ainda recalcitrantes em relação ao apoio a Lula. Um senhor ponto contra é que é detestado por segmentos influentes do PT. Candidatos a ministro da Economia, portanto, ainda pululam aos montes. De certo mesmo, somente é que todos serão “subministros”. O “titular da Pasta” de fato será o próprio Lula, que, se eleito, pretende que a política econômica seja realizada com dosimetria política. O inverso de Jair Bolsonaro. O que não deixa de ser uma boa notícia.
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Abílio Diniz e o racha tricolor
21/12/2021Abílio Diniz entrou em uma nova disputa “societária”, mas em outros campos. Influente nome na política do São Paulo Futebol Clube, é um dos principais articuladores do novo estatuto da agremiação, que está causando um racha político nos bastidores. A polêmica proposta, entre outros pontos, permite a reeleição do presidente.
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Nova prioridade
30/09/2021Abilio Diniz adicionou uma terceira prioridade às suas notórias preferências existenciais – empreender e namorar. Aderiu ao grupo de empresários que conspiram contra Jair Bolsonaro.
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Esbanjando saúde
29/07/2021O RR tem a informação de que a Península, de Abilio Diniz, vai partir para a compra de participações em hospitais. O family office dos Diniz, que administra cerca de R$ 12 bilhões, já tem um pé na área de saúde: é sócio da healthtech Cuidas.
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Fator Abilio Diniz
19/01/2021De acordo com fonte próxima a Abílio Diniz, o empresário é hoje uma voz importante dentro do Carrefour a favor da venda do controle do grupo. Segundo o RR apurou, Diniz, segundo maior acionista (7,5%), já havia dado o seu “de acordo” à proposta da canadense Couche-Tard. A negociação, no entanto, acabou barrada pelo governo francês.
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Carrefour 1
26/11/2020Abílio Diniz, acionista do Carrefour, tem defendido intramuros que a rede varejista lance, ainda neste ano, um programa para financiar ONGs de combate ao racismo. O empresário acha que a reação do grupo francês às seguidas denúncias de violência em suas lojas tem sido extremamente lenta e protocolar. Coisa de quem não quer entender o tamanho do problema.
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A bela, o marombeiro e o torrão de açúcar
23/11/2020Mesmo o “imortal” empresário Abílio Diniz começa a considerar que o seu tempo está passando mais depressa. Diniz tem conversado com seus filhos, especialmente Ana maria e João Paulo, sobre a sucessão no comando dos negócios da empresa, a holding Península Participações, que hoje abrange todos os ativos dos Diniz. Os outros filhos, Adriana e Pedro Paulo, estão fora do game. Adriana por nunca ter tido a menor vocação para empresária.
Já Pedro Paulo, que demonstrava tino empreendedor – chegou a discutir com Eike Batista, a criação de um hotel-boate em Angra dos Reis, em que a rave rolaria dia e noite, sem fim – deu uma “guinada odara” (apud Caetano Veloso) em sua vida. Partiu para viver em uma fazenda bucólica e plantar alimentos orgânicos. João Paulo lembra o pai no estilo bonapartista, e até na obsessão por esportes. Namorador, triatleta, com formação na London Business School, ficou marcado pela morte da modelo Fernanda, sua namorada, em um acidente de helicóptero, em Angra dos Reis. Realmente triste.
O primogênito, apesar de tentar imitar o pai em quase tudo, não é considerado por Abílio como o mais talhado para ocupar suas funções. Os filhos Miguel e Rafaela, do segundo casamento, são novos demais para entrar na disputa. Sobrou para belíssima Ana Maria, a mais perfeita tradução de Abílio, do ponto de vista do interesse nos negócios. Ana Maria também tem uma pegada corporativa de participar do terceiro setor, meio ambiente e educação. Entre os jovens Diniz, sempre foi a primeira alternativa para assumir o comando na visão do pai.
No Pão de Açúcar, trabalhou em marketing, RH e Operações. Noves fora, é mulher, o que conta ponto nos dias de hoje. Em um determinado momento, comentou-se que Abílio gostaria que Pedro Parente, ex-chairman da empresa BRF, um dos investimentos da Pensilvânia, fosse o coach da moça. Conversa fiada. Ana Maria está para lá de escolada. E quem seria um melhor coach do que o próprio pai, que a treinou por toda a vida. O fato é que Abílio permanece com a saúde de touro que sempre teve. Mas, não é nada, não é nada, está com 83 anos. A hora de fazer as escolhas é para ontem.
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Abílio pé frio?
17/11/2020Abilio Diniz é apontado nos bastidores do Morumbi como um dos principais financiadores da campanha de Julio Casares à presidência do São Paulo Futebol Clube. Pode ser um sinal de fortuna, mas não necessariamente de sorte. Nas duas últimas eleições, os candidatos apoiados por Abilio perderam.
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Abilio & Partners
4/11/2020A “família Diniz” vai aumentar. O RR tem a informação de que a Península, o family office de Abílio Diniz, trabalha na montagem de seu primeiro fundo de participação aberto a terceiros.
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A natureza do escorpião
16/04/2020Paulo Guedes colocou na conta de ruído na comunicação o estranho comportamento do empresário Abílio Diniz, que, após reunião com a superautoridade, assumiu a função de porta voz da Pasta. Diniz deixou o encontro propalando que estava autorizado pelo ministro a informar sobre uma injeção de liquidez da ordem de R$ 650 bilhões. Guedes liberou sim, mas para que Diniz falasse junto aos seus pares, empresários, e não para sair papagaiando na imprensa. Mas está tudo bem contornado. Afinal, o problema é o coronavírus e não o ego de Abílio Diniz.
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Diniz e os agregados
4/02/2020Os quase US$ 4 bilhões em ativos de Abilio Diniz e cia. vão ganhar reforço. A Península Participações, o family office do clã, estuda abrir um braço para a gestão de ativos de terceiros.
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O cartola Abílio
5/12/2019Um grupo de conselheiros pesos-pesados do São Paulo tenta convencer Abilio Diniz a concorrer à presidência do clube. O empresário seria o “candidato do golpe”, como alguns desafetos de Diniz se referem à articulação política em torno do seu nome. Ela se dá na esteira do pedido de impeachment do atual presidente do tricolor paulista, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
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BRF News
24/07/2019Sem a fusão com o Marfrig, Abilio Diniz procura outra porta de saída da BRF. O caminho aventado é a oferta em bolsa da sua participação, hoje inferior a 3%.
…
A BRF estaria em conversações com o Salic, fundo ligado à família real saudita, para a venda de um pedaço da One Foods, sua subsidiária no Oriente Médio. Procurada, a empresa confirmou que avalia alternativas para seus investimentos na região, entre as quais “parcerias e venda de participações minoritárias”.
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Abílio Diniz pede a conta e sai da mesa da BRF e do Marfrig
3/06/2019Abílio Diniz confidenciou a uma fonte do RR que vai sair de vez da BRF. Abílio pretende aproveitar a fusão da companhia com o Marfrig para pular fora do barco e virar uma das páginas mais melancólicas da sua trajetória empresarial. Cacife para dobrar a aposta e garantir sua participação no negócio não lhe falta. No entanto, Abílio quer distância da nova empresa e da indústria de proteína animal. De talismã, a BRF tornou-se uma ave agourenta. Em 2013, Abilio Diniz assumiu o Conselho da BRF com o apoio irrestrito de Previ e Petros. Cinco anos depois era expurgado do cargo pelos fundos de pensão. Nesse período, o valor de mercado da empresa caiu praticamente à metade – de R$ 39 bilhões para R$ 20 bilhões. Nos dois últimos anos sob seu comando (2016 e 2017), a companhia acumulou perdas de R$ 1,4 bilhão. Como se não bastasse, a passagem de Abílio pela BRF deixa como legado a criminalização da empresa, investigada na Operação Trapaça. Procurado, o empresário não quis se pronunciar. Abílio Diniz não deve ser o único acionista da BRF a saltar do bonde. Previ e Petros também querem sair do negócio. O BNDES, sócio relevante do Marfrig, deverá seguir o mesmo caminho. O próprio governo Bolsonaro, por sinal, tem motivos de sobra para querer ver a nova empresa pelas costas. Há um DNA “lulo-dilmista” na operação. A fusão BRF-Marfrig remete à malfadada política dos cavalos vencedores dos governos petistas. Além disso, a companhia nasce contaminada por investigações do MPF e da Justiça e sob a regência de um empresário polêmico, Marcos Molina, dono do Marfrig. No ano passado, Molina fechou acordo no âmbito da Operação Greenfield e aceitou arcar com uma multa de R$ 100 milhões. Ele é acusado de ter pago propina para obter empréstimos na Caixa Econômica.
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Abílio Diniz vs. Receita Federal
6/05/2019Abílio Diniz pretende levar para a Justiça uma queda de braço com a Receita Federal. A Península Participações questiona a cobrança de PIS e Cofins sobre um fundo de investimento onde estão pendurados imóveis do Grupo Pão de Açúcar. Abílio já perdeu o primeiro round, na esfera administrativa. Em abril, o Carf determinou que o fundo tem de recolher os dois tributos. O entendimento é que a transferência de imóveis do Pão de Açúcar para o veículo de investimentos teve como objetivo ludibriar a Receita, uma vez que, à época, Abilio era também acionista da rede varejista.
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Fator Abilio
14/03/2019Segundo informações filtradas do próprio Carrefour, o nome de Eneas Pestana circula na companhia como candidato a substituir José Luis Gutierrez no comando da operação de varejo do grupo no Brasil. Pestana tem um handicap: a histórica ligação com Abilio Diniz – acionista do Carrefour no Brasil e na França. Mas também tem um senão: a histórica relação com Abilio Diniz.
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Saída homeopática
1/03/2019Abilio Diniz prepara a venda de mais um lote de ações do Carrefour Brasil. Sua participação no negócio, por meio da Península, deverá cair de 8,9% para a casa dos 5%. Será o suficiente para embolsar algo em torno de R$ 1,2 bilhão. Ao que parece, realizar lucro só no Brasil. Por ora, a participação de Monsieur Diniz no Carrefour francês (7,6%) segue intacta.
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Abilio a caminho da aposentadoria?
20/12/2018Pode ser coisa do cansaço da idade ou, então, novos hábitos e preferências, mas é fato que Abilio Diniz tem confessado estar gostando mais de dar palestras de autoajuda ou posar de coaching do que tourear corporações eletrizantes. Os episódios recentes comprometendo-o com o Ministério Público devem ter ajudado nesse súbito enjoo da posição de CEO e chairman das companhias. Abilio quer ser um superstar para outras numerosas plateias. Com o dinheiro que tem, investe em um TED só para ele estrelar.
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Abilio empurra o Carrefour na direção da Roldão Atacadista
8/05/2018Após virar a página da disputa societária na BRF e deixar o Conselho da empresa, Abilio Diniz se volta para o Carrefour. O empresário tem discutido com seus pares na matriz os próximos passos para a expansão do grupo no Brasil. No que depender de Abilio, estes passos levam numa direção: Roldão Atacadista. Ele tem defendido junto ao board do Carrefour uma investida sobre a rede paulista, controlada pela família Roldão.
O assunto, segundo o RR apurou, foi tratado por Abilio em duas recentes reuniões do Conselho em Paris, a últimas delas na primeira semana de março. No mercado, a Roldão é avaliada em algo em torno de R$ 1 bilhão. Com a aquisição, o Carrefour adicionaria 29 lojas às quase 150 do Atacadão, seu braço de atacarejo no país. O faturamento da divisão, por sua vez, passaria de R$ 34 bilhões para cerca de R$ 37 bilhões, considerando-se a receita das duas empresas no ano passado. Consultados, Carrefour e Roldão não se pronunciaram. Abilio Diniz considera a compra do Roldão fundamental no instante em que o Atacadão, principal negócio dos franceses no Brasil e responsável por quase 70% das receitas do grupo, dá sinais de certo saturamento.
Abilio engendra uma solução para um problema que, de certa forma, ele próprio criou. Foi o empresário que conduziu a entrada do Pão de Açúcar no atacarejo, com a aquisição do Assaí. Lá se vai mais de uma década. Sob a batuta do Casino, o negócio ganhou uma dimensão maior. No primeiro trimestre deste ano, a competição ganhou novos contornos.
Pela primeira vez, o Assaí registrou um crescimento superior ao do Atacadão: 25% contra 7%. Vá lá que a conta embute a conversão de algumas lojas do Extra para a bandeira. Ainda assim, expurgando-se este fator, o avanço entre janeiro e março teria sido o dobro do verificado pelo Carrefour. O avanço do Assaí coincide com um momento de aparente perda de fôlego do Atacadão. No ano passado, seu Ebitda cresceu “apenas” 22%, contra 85% em 2016. Já o faturamento subiu 8%, bem abaixo da média de 18% registrada no triênio anterior, quando o país, curiosamente, atravessava uma recessão.
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Curando a ressaca
4/05/2018No que depender de Abilio Diniz, José Aurelio Drummond, afastado da presidência da BRF por pressão dos fundos, vai curar a ressaca na diretoria do Carrefour Brasil.
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Munição extra para Abilio
11/04/2018Além de ter rompido o acordo com os fundos de pensão, Abilio Diniz voltou a comprar ações da BRF no mercado. Segundo o RR apurou, as maiores operações teriam sido feitas na última sexta-feira.
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À imagem e semelhança de Abilio
26/03/2018Além de Abilio Diniz, Previ e Petros não veem a hora de também expurgar do Conselho da BRF Flavia Buarque de Almeida – não por coincidência sócia do empresário na Península Investimentos. Espécie de backing vocal de Abilio no board da companhia, Flavia vive às turras com os fundos de pensão. Previ e Petros jogam na conta da executiva uma parcela razoável das equivocadas decisões estratégicas que empurraram a BRF para o seu atual estado de debilidade. Isso para não falar da sua capacidade para tensionar ambientes, ao melhor estilo Abilio.
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Um negócio triunfal
16/03/2018Prestes a ser apeado do board da BRF, Abilio Diniz busca um negócio triunfal, a sua altura. Quem sabe a compra das operações do Cencosud no Brasil pelo Carrefour?
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Uma vez Abilio, sempre Abilio
9/03/2018Um ex-alto executivo de Abilio Diniz acha que a patologia narcisa e beligerante do antigo chefe vai adiar o epílogo da sua história na BRF. Abilio tem bala no cofre para comprar a parte de um eventual sócio disposto a sair. E tem network para atrair endinheirados dispostos a entrar com ele na parada. Quem sabe gente do Conselho do Carrefour? Quem sabe o Carrefour? Se Abilio decidir infernizar a BRF como fez com o Pão de Açúcar, vai comprar ações baratinhas.
…
Por falar em BRF, um grande fundo de Cingapura está se empanturrando de ações da empresa em bolsa. Já teria mais de 2% do capital. O mais provável é que fi que quietinho no seu canto, apenas esperando o papel subir para realizar o lucro.
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Embutidos
7/03/2018A briga societária da BRF chegou aos labirintos do Congresso. Ligado a Abilio Diniz, o CEO da empresa, José Aurelio Drummond, tem cumprido intensa agenda de contatos com lideranças da base aliada. Tenta frear o ímpeto dos fundos de pensão. Se bem que, a essa altura, com a Operação Carne Fraca nos seus calcanhares, este talvez tenha se tornado um problema “menor” para a BRF.
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Munição reforçada
6/03/2018No mercado, corre a informação de que, além de Abilio Diniz, a Standard Aberdeen também estaria aumentando a sua posição no capital da BRF. A gestora britânica é aliada da Tarpon Investimentos, da Previ e da Petros contra o empresário.
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Desânimo
15/01/2018O cientista político Luiz Felipe d ´Ávila anda desanimado. Por ora, sua pré-candidatura ao governo de São Paulo não empolgou sequer aquele que deveria ser seu maior avalista, o sogro Abilio Diniz. Nada que já não estivesse escrito.
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Abilio Diniz esquenta a “guerra fria” na BRF
11/01/2018A mudança a fórceps na presidência da BRF – com o expurgo de Pedro Faria, ligado à Tarpon Investimentos – não foi suficiente para apaziguar os ânimos na companhia. Até porque é difícil distensionar um ambiente com a presença de Abilio Diniz. Por meio de fundos ligados à Península Participações, o empresário estaria adquirindo ações da BRF em bolsa. Diniz teria sido, por exemplo, um dos compradores dos papéis vendidos pelo GIC, fundo soberano de Cingapura, na primeira semana de dezembro. Consultadas pelo RR, tanto a Península quanto a BRF não quiseram se pronunciar; tampouco informaram a participação exata de Abilio na fabricante de alimentos.
O último dado divulgado na imprensa dava conta de uma fatia acionária de 3,99%. Pode ser um mero número de ilusionismo. A eventual pulverização da participação entre diversos fundos permitiria a Abilio ter uma fatia superior a 5% sem obrigatoriamente dar disclosure ao mercado. Tudo absolutamente legal, ressalte-se. A questão mais importante, contudo, talvez não seja quanto Abilio Diniz tem, mas o que o estaria movendo a ampliar lenta e gradualmente a sua participação na BRF?
O permanente estado de fricção societária e, sobretudo, a natureza de Abilio sugerem que o empresário estaria acumulando munição para dias de fúria e combate. É bem verdade que ele jamais precisou de supremacia acionária para mandar e desmandar na BRF: com menos de 4% do capital, dizimou a antiga gestão, derrubou Nildemar Secches, o pai da fusão Perdigão/Sadia, e criou um sistema de apartheid que praticamente alijou Petros e Previ da gestão – a despeito das duas fundações controlarem 22% do capital. Recentemente, impôs o nome de José Aurélio Drummond Jr. para o lugar de Pedro Faria, à revelia dos sócios.
O estilo de Abilio Diniz mais favorece a coalizão de adversários do que a atração de aliados. A própria Tarpon Investimentos é um exemplo. As sucessivas divergências na administração da BRF, potencializadas pelas manobras de Abilio que culminaram na demissão de Faria, sócio da gestora de recursos, funcionam como um teste de resistência para a aliança entre ambos. Hoje, o apoio da Tarpon ao empresário, que sempre fez uma razoável diferença na balança societária da BRF, é algo gelatinoso. Juntas, ressalte-se a gestora, a Previ e a Petros somam 30% da companhia. Numa guerra fria, é uma munição que não precisa ser necessariamente disparada, mas sempre lembrada.
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A “plenitude”, by Abilio Diniz
29/12/2017Abilio Diniz vestiu de vez o figurino de coach, com o qual sempre flertou. Em seus planos estaria realizar ao longo de 2018 três edições do Plenitude, série de palestras voltadas à “busca do equilíbrio nos diversos âmbitos da vida”. A estreia se deu neste ano, em Portugal. Daí para disparar uma saraivada de livros, vídeos e outros derivativos do gênero será um pulo.
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Dinheiro para gastar
12/12/2017O “Fundo Cívico”, lançado à guisa de financiar a formação de candidatos ao Congresso, é só a primeira casa no tabuleiro. Os pais da ideia – Eduardo Mufarej, Luciano Huck, Armínio Fraga, Abilio Diniz, entre outros enricados – já falam na criação de uma escola de gestão pública.
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A horta da Pepsico
21/11/2017A Pepsico quer “purificar” sua linha de bebidas no Brasil. A grande aposta é a venda de sucos a base de frutas orgânicas. Os norte-americanos topam até se associar a produtores para garantir a matéria-prima. A estratégia pode resultar numa parceria entre a Pepsico e o sobrenome Diniz. Pedro Paulo, filho de Abilio, é um dos grandes produtores orgânicos do país.
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O início do fim
24/10/2017Há uma grande pressão de parte dos acionistas da Tarpon Investimentos para a venda da participação na BRF. O grupo é liderado por Eduardo Mufarej. A gestora de recursos tem acumulado seguidas perdas com a fabricante de alimentos. Para não falar das crescentes rusgas com Abilio Diniz.
Política
Caixa de campanha
9/10/2017O Movimento Brasil Livre (MBL) está ávido para mordiscar um pedaço do “fundo partidário” criado por Luciano Huck, Nizan Guanaes e Abílio Diniz, entre outros abastados, para financiar candidatos em 2018. A meta do MBL é eleger ao menos 15 deputados federais, a começar por Kim Kataguiri – um dos fundadores do Movimento.
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Desvio de foco
15/09/2017Diria o Dr. Pangloss: o novo conflito de Abilio Diniz com o Casino veio em boa hora. Vai desviar o foco dos problemas que ele enfrenta na BRF.
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O próximo capítulo da BRF
4/09/2017O expurgo de Pedro Faria da presidência da BRF já estava escrito nas estrelas – e no RR (edição de 27 de julho). O que mobiliza a companhia neste momento são as centelhas na relação entre Abilio Diniz e a Tarpon Investimentos.
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Briga de condomínio
7/08/2017O Morumbi é o novo campo de batalha de Abilio Diniz. Na esteira da crise do São Paulo, seu time de coração, o empresário tem feito duros ataques à gestão do presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. A situação diz que é dor de cotovelo de mau perdedor: o grupo político de Diniz foi derrotado na eleição de abril.
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Agenda interditada na BRF
2/08/2017Aldemir Bendine é agenda interditada na BRF. Abilio Diniz torce para que o mundo se esqueça de que Bendine
passou pelo Conselho da companhia, quando ainda comandava a Petrobras.
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A superação de Diniz
28/07/2017Ontem Abilio Diniz superou Abilio Diniz. O Carrefour Brasil atingiu valor de mercado da ordem de R$ 29 bilhões,
deixando para trás a BRF, que já caiu 21% no ano.
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Cristal rachado
27/07/2017A relação entre Abilio Diniz e a Tarpon, que parecia inquebrantável, tem apresentado vários pontos de fissura. De acordo com informações filtradas junto à BRF, Abilio já rechaçou dois nomes indicados pela gestora para a vice-presidência de finanças da empresa – o cargo está vago há cinco meses. Ao mesmo tempo, frita o CEO da companhia, Pedro Faria, sócio da Tarpon. Na BRF, a iminente saída de Faria já é tratada como a gota d ´água que pode entornar de vez a sociedade.
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O céu é o limite
21/06/2017Abilio Diniz já tem mais de 8% da Anima Educação. E quer mais.
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Estilhaços
1/06/2017Abilio Diniz está na iminência do que mais gosta: uma boa briga. No Carrefour, a aposta é que a frágil relação do CEO do grupo no Brasil, Charles Desmartis, com o empresário dificilmente resistirá à saída de Antonio Ramatis da vice-presidência comercial. Homem de confiança de Abilio desde o Pão de Açúcar, Ramatis teria sido afastado após desentendimentos com Desmartis, sem a anuência do empresário. Consultado, o Carrefour afirma que a saída se deu “em comum acordo”.
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Junta médica
31/03/2017O consultor Claudio Galeazzi, uma espécie de cardiologista corporativo de Abilio Diniz, deverá reaparecer na BRF para ajudar a controlar a taquicardia da empresa. É mais um sinal da fragilidade do CEO da companhia, Pedro Faria.
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Uma porta para a Rússia
6/02/2017Após China e Turquia, Abilio Diniz procura uma porta de entrada para a BRF na Rússia.
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A terceira pessoa
17/01/2017Abilio Diniz incorporou Pelé. Só se refere a si mesmo se citando nominalmente. É o Abilio falando do Abilio.
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BRF e Minerva são um prato só no cardápio de Abilio Diniz
22/11/2016Abilio Diniz está debruçado sobre mais uma grande operação de M&A: a fusão entre a BRF e a Minerva Foods. A ligação societária já existente entre as duas companhias é um combustível para os planos de Diniz. A BRF detém uma participação relevante na concorrente: 12% do capital votante. O empresário conta ainda com outro importante trunfo: o apoio do Saudi Agriculture and Livestock Investment (Salic), gestora de recursos da família real saudita que administra mais de US$ 180 bilhões em ativos. Em dezembro do ano passado, o Salic desembolsou cerca de R$ 740 milhões para ficar com 19,95% das ações ordinárias da Minerva. Ou seja: juntos, Diniz e o fundo árabe somam quase 32% das ONs, mais do que qualquer outro investidor isoladamente. Significa dizer que a família Vilela de Queiroz, fundadora da empresa e maior acionista individual por meio da holding VDQ, está imprensada entre o rochedo e o mar. Procuradas, BRF e Minerva não quiseram se manifestar.
A fusão entre BRF e Minerva Foods daria origem a uma companhia integrada da cadeia de proteínas, com presença na produção de carne bovina, suína e no setor de laticínios. Tomandose como base os resultados do ano passado, a nova empresa nasceria com um faturamento superior a R$ 40 bilhões, um Ebitda combinado da ordem de R$ 6,7 bilhões e fábricas em mais de duas dezenas de países. Os dois grupos carregam ainda uma dívida líquida somada de aproximadamente R$ 15 bilhões – R$ 11,5 bilhões referentes à BRF. Curiosamente, ainda que a empresa de Abílio Diniz tenha um nível de alavancagem mais confortável, é a Minerva que apresenta uma curva de endividamento descendente. Nos últimos 12 meses, sua relação dívida líquida/Ebitda caiu de preocupantes 4,8 vezes para 3,2. No caso da BRF, tal proporção subiu de 1,4 para 2,3 no mesmo intervalo, por conta das seguidas aquisições feitas pela companhia no período.
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Pri-vet
19/10/2016Abílio Diniz, czar da BRF , prepara uma grande operação no mercado russo.
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Sob encomenda
5/10/2016A Emporium São Paulo, rede de supermercados para o público triple A fundada pelo empresário Juliano Hannud, estaria em busca de novos sócios. Com seis lojas, a varejista fatura cerca de R$ 250 milhões por ano. Trata-se de um negócio com a cara da dupla Jorge Paulo Lemann e Abílio Diniz, que, no ano passado, comprou a rede de padarias Benjamin Abrahão.
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Rei do Morumbi
29/09/2016Um grupo de conselheiros do São Paulo tenta convencer Abilio Diniz a se candidatar à presidência do clube nas eleições de abril de 2017. Abilio participa ativamente da vida política do São Paulo, mas quase sempre atrás da coxia.
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BRF é o passaporte para o regresso da Tyson Foods
26/09/2016A Tyson Foods, um dos maiores fabricantes de alimentos do mundo, fez uma oferta para se associar à BRF. Segundo uma fonte familiarizada com as negociações, a proposta envolve a compra de uma participação em torno de 20%. Tomando-se como base o atual valor de mercado da companhia – portanto, sem embutir qualquer prêmio – esta fração do capital equivale a aproximadamente R$ 9 bilhões. Ressalte-se que, em maio, Abílio Diniz e os fundos acionistas da BRF aprovaram uma mudança no estatuto da companhia alterando a cláusula da pílula de veneno. Até, então, qualquer investidor que atingisse exatamente o patamar de 20% seria automaticamente obrigado a lançar uma oferta pública pelo restante das ações. Com a alteração, este teto passou para 33%. Qualquer semelhança não é mera coincidência. As conversações entre a Tyson Foods e os sócios da BRF teriam se iniciado um mês antes, em abril. De lá para cá, segundo a fonte do RR, executivos do grupo norte-americano já vieram três vezes ao Brasil, para reuniões em São Paulo e visitas a fábricas da empresa. A mais recente destas viagens ocorreu no mês passado, quando os norte-americanos foram a instalações da Sadia e da Perdigão. A Tyson Foods, que fatura mais de US$ 50 bilhões por ano e distribui seus produtos em 130 países, penou em sua primeira passagem pelo Brasil. O desconhecimento dos meandros do mercado brasileiro, associado a uma boa dose de empáfia, rendeu à Tyson problemas de relacionamento com pecuaristas e uma séria dificuldade de interlocução com o governo – tanto no âmbito federal quanto regional. A empresa tratou prefeituras do interior de Santa Catarina e do Paraná com um distanciamento pouco habitual no setor. Ao mesmo tempo, a estratégia de montar um negócio praticamente do zero, a partir de unidades de abate regionais, foi um tiro no pé. Quando deixou o Brasil, em 2014, a Tyson acumulava mais de US$ 200 milhões em perdas. Por todas estas razões, os norte-americanos consideram imprescindível ter ao lado um parceiro local e, mais do que isso, desembarcar em uma grande operação já estrutura. Entrar na BRF significa se associar a uma empresa com mais de R$ 30 bilhões em vendas – metade deste valor obtida no mercado internacional. Antes, no entanto, será necessário aparar algumas arestas que, segundo o RR apurou, ainda separam a Tyson Foods da empresa brasileira. Além da questão do preço, falta definir o papel que os norte-americanos terão na gestão da BRF – um detalhe fundamental quando se tem do outro lado da mesa alguém tão espaçoso quanto Abílio Diniz. De acordo com a fonte do RR, a Tyson já fez seu hedge e teria até outro nome guardado no bolso para o caso de um fracasso nas negociações com a BRF: o Marfrig, de Marcos Molina. Cada coisa a seu tempo. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: BRF e Marfrig.
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Lemann e Abilio Diniz dividem uma casquinha dupla
22/06/2016O que une o fundo Innova Capital, de Jorge Paulo Lemann, e a Península, de Abilio Diniz, não é apenas uma rede de padarias batizada de Benjamin, com nove unidades em São Paulo e comprada no ano passado por R$ 20 milhões. O próximo ponto de encontro dos dois empresários deverá ser no capital da Diletto, fabricante de sorvetes. Nesse caso, Lemann entrou no negócio primeiro – comprou 20% do capital da companhia por R$ 100 milhões – e agora acerta a entrada de Diniz. A proposta, para variar, é ambiciosa: colocar a Diletto nos calcanhares da maior fabricante de sorvetes depois das líderes Unilever, dona da Kibon com 21% do mercado nacional e da Nestlé – 7% de participação de mercado. A operação cai como uma luva na estratégia da dupla de montar um colar de participações em empresas de pequeno e médio portes, vide o desembarque de Abilio Diniz no capital da Wine.com, anunciado ontem. O plano de Lemann e Abilio é aportar R$ 200 milhões na Diletto, passar a ter o controle da companhia e deixar os empresários Leandro Scabin, Fábio Meneghini e Fábio Pinheiro como minoritários. O capital será usado na expansão da capacidade de produção da Diletto para que até 2017 chegue a 40 milhões de litros de sorvete por ano, o que fará com que ultrapasse a norte-americana General Mills – proprietária da marca Häagen-Dazs –, a Creme Mel, de Goiânia, e a paulista Jundiá, respectivamente terceira, quarta e quinta colocadas no ranking do setor. Com o plano de expansão, a Diletto deverá dar um pulo na receita, alcançando a marca de R$ 300 milhões contra um sexto disso atualmente. Lemann, que tem furor megalomaníaco em aumentar as margens de lucro celeremente, parece estar aprendendo, com a idade, a lidar melhor com o tempo mais longo de realização dos resultados dessas empresas adolescentes. Trouxe pelas mãos um Abilio igualmente bem mais amaciado. Tratam as companhias como se fossem moças debutantes. São administrações sem orçamento base zero ou demissões saindo pela porta e janela da empresa. Parecem estar ficando mais humanos. As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Península, Innova e Diletto.
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Ferinos relatórios
22/12/2015O investidor norte-americano Carson Block, um minoritário ativista do Casino, tem consultado Abilio Diniz e seu fiel escudeiro Eduardo Rossi para a elaboração de seus ferinos relatórios de análise do grupo francês, controlador do Pão de Açúcar. O último desses documentos fez sérias críticas à direção do Casino, mais precisamente a seu CEO, JeanCharles Naouri. Quem apresentou Diniz a Block foi William Ury, renomado professor de Harvard e negociador de Diniz na venda de ações do Pão de Açúcar. Mas o que os aproximou mesmo foi o interesse comum de dificultar a vida do Casino.
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A indiferença sem vergonha da burguesia nacional
17/11/2015Rubens Ometto, Jorge Gerdau, Abilio Diniz, Pedro Passos, Roberto Setubal e Benjamin Steinbruch, só para dizer o nome de alguns dos mais destacados empresários do país que, ao menos, se dizem interessados nos rumos do Estado Nacional. Digamos que esses acumuladores de dinheiro buscam colocar uma pitada de organicidade e interesse público naquilo que é seu mantra individual: incentivos, crédito direcionado, barreira protecionista, redução dos gastos públicos, subsídios e câmbio subvalorizado. Nenhuma dessas variáveis representa, solta, o interesse nacional, ou sequer o bordado de uma política setorial consistente. As experiências governamentais anteriores revelam que o surgimento de tecnocracias eficientes somente ocorreu em sintonia com a existência de grupos influentes de empresários orgânicos, que queriam moldar o Estado a sua semelhança e ocupá-lo virtualmente. Os empresários citados no início deste texto não operam em grupo, não falam grosso, não conspiram em bloco, não têm um projeto de país que acomode bem seus negócios, e, sim, uma dúzia de pleitos de suas empresas que ignoram o Brasil. Os empresários têm sido a elite que traz a inovação capaz de quebrar a inércia após ciclos de dinamismo. FHC foi se pendurar em uma penca de financistas, ligados à aristocrática banca privada brasileira – Itaú, Safra e Unibanco – e a instituições do mercado de capitais, travestidos de acadêmicos independentes, ou seja, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira, André Lara Resende, Gustavo Franco, Pérsio Arida, Armínio Fraga e outros. No início do regime militar, Jorge Oscar de Mello Flores, Walter Moreira Salles, Antônio Gallotti, Gastão Bueno Vidigal e Eudoro Villela trabalharam com afinco no apoio à dupla estereotípica da tecnocracia, Roberto Campos e Otávio Gouveia de Bulhões. No Lula I e Lula II, o próprio Henrique Meirelles, saído do BankBoston, com a anuência de Antônio Palocci, era criatura e criador. Antes, é bem verdade, tinham vindo as empreiteiras – até a estigmatização pela Lava Jato, donatárias do melhor capital humano existente no país –, a Coteminas, de José de Alencar, e o Bradesco, única instituição financeira do país com uma preocupação nacional. Com o apoio desse núcleo ascenderam Marcos Lisboa, Murilo Portugal e Joaquim Levy. Os mais bem favorecidos perderam a amarra cívica, aquele tesão pelo país, a vontade de modelar o Estado até que ele fosse objeto de orgulho. A política empresarial é tímida, pífia e egoísta. Em pouco tempo, muitos deles sairão daqui, transferindo seus negócios para o exterior, de forma a que eles estejam protegidos naturalmente em dólar. Vai nos restar lembrar um dia 1º de janeiro, quando três anciões subiram a rampa do Palácio do Planalto esbaforidos e de braços dados, ajudando-se mutuamente, para uma frugal visita matinal ao então presidente da República, o general João Baptista Figueiredo. Roberto Marinho, Amador Aguiar e Azevedo Antunes eram a metáfora da fibra empresarial daqueles tempos. Tinham ido cumprimentar o presidente e conversar sobre o Brasil. Simbolicamente, os empresários morreram.
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Carrefour embala primeira aquisição da “Era Abilio Diniz”
30/10/2015Os planos de Abilio Diniz de liderar um processo de consolidação no varejo brasileiro por meio do Carrefour começam a sair do papel. O grupo negocia com a chilena Cencosud a compra dos supermercados Prezunic, do Rio de Janeiro. São 31 lojas, com faturamento anual próximo dos R$ 3,5 bilhões. A empresa estaria avaliada em aproximadamente R$ 1,2 bilhão, algo em torno de US$ 280 milhões – abaixo, portanto, dos US$ 380 milhões que os chilenos pagaram à família Cunha, fundadora da rede varejista, há quatro anos. Entre os próprios funcionários do Prezunic, a venda para o Carrefour é tratada como favas contadas. Há vários sinais de que a casa já está sendo arrumada para a chegada do novo morador. Nas últimas semanas, os chilenos teriam feito várias demissões na rede varejista. Boa parte das lojas entrou em reforma, com mudanças de layout e troca de equipamentos. Além disso, em quase todas as unidades haveria um alto índice de ruptura, leia-se falta de mercadorias – um indicativo de que a Cencosud teria interrompido a reposição de estoques, algo comum no varejo quando uma rede está prestes a ser passada à frente. Consultado pelo RR, o grupo nega a venda do Prezunic. Em termos de receita, o Prezunic, isoladamente, pouco ajudará o Carrefour a reduzir a distância para o Pão de Açúcar – hoje na casa dos R$ 30 bilhões, se acrescido o faturamento da ViaVarejo. No entanto, o negócio tem forte valor simbólico, seja por quem compra, seja por quem vende. No caso do Carrefour, a operação confirmará o que se espera do grupo desde a chegada de Abilio Diniz, isso para não falar do fortalecimento do grupo no Rio de Janeiro. Atualmente, os franceses têm apenas 12 lojas no estado. Curiosamente, o Prezunic teria o mesmo destino de outras três redes de supermercados fundadas pela mesma família Cunha – Dallas, Continente e Rainha –, todas compradas pelo Carrefour no fim dos anos 90. Do outro lado, a venda do Prezunic despejará ainda mais combustível nas especulações em torno do próprio futuro da Cencosud no Brasil. A negociação pode ser interpretada como uma última tentativa dos chilenos de reequilibrar sua operação no país antes de partir para a solução radical: a saída em definitivo do mercado brasileiro, este, sim, um movimento com maior potencial de impacto sobre o ranking do setor. Ao todo, o grupo chileno fatura cerca de R$ 10 bilhões no país.
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Siga o mestre
28/10/2015Abilio Diniz fez escola. Eduardo Rossi, seu braço direito e principal candidato a ocupar a cadeira de conselheiro mundial do Carrefour, também mete o malho obsessivamente no Grupo Pão de Açúcar. Quando estão juntos, então, é uma coisa horrível.
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Guarda suíça
22/09/2015O professor de Harvard, William Ury, tornou-se o mais destacado conselheiro estratégico de Abilio Diniz. Ury cuida principalmente da tática de guerrilha diária usada por Diniz contra seus inimigos. Ambos contam com um verdadeiro serviço de informações, liderado por empresas como Argos e Kroll.
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Canela de vidro
15/09/2015Guardadas as devidas proporções, há mais um Jean-Charles Naouri na vida de Abilio Diniz. O desafeto atende pelo nome de Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo. Aidar demitiu sumariamente o CEO do clube, Alexandre Bourgeois, indicado pelo empresário. Conselheiro do São Paulo, Abilio promete calçar suas chuteiras de travas mais altas.
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Ensaiados
4/09/2015O coro da BRF anda muito bem ensaiado. Além do próprio Abilio Diniz, dois dos principais conselheiros da empresa, os ex-Sadia Luiz Fernando Furlan e Walter Fontana Filho, têm feito diversos elogios ao ministro Joaquim Levy e ao ajuste fiscal.
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Abilio e Lemann querem comprar deus e o mundo
27/08/2015Das salas de aula para os balcões de padaria, e destes para as prateleiras de biscoito e as bandejas de esfihas pode ser apenas um passo. A parceria entre Jorge Paulo Lemann e Abilio Diniz está somente esquentando os motores. Os dois maiores empreendedores da área de consumo do país pretendem transformar negócios e setores aparentemente prosaicos em mega operações. As palavras-chave são escala e marca. Esse é o perfil das aquisições estudadas. Quem pensou em nomes como Piraquê e Habib’s não estará de todo errado. Aliás, não estará nada errado. As duas empresas atiçam o apetite de Lemann e Abilio. São brands conhecidos – começar do zero não é do estilo nem de um nem de outro –, estão em todas as esquinas e vendem milhões e milhões de unidades. A fabricante de biscoitos fatura R$ 800 milhões por ano e está presente em mais de 60 mil pontos de venda só no estado do Rio. O Habib’s, por sua vez, reúne quase 400 restaurantes e soma uma receita de R$ 1 bilhão. As duas companhias têm ainda outro ponto em comum que as transforma em potenciais presas: não foram abduzidas pelo processo de consolidação em seus respectivos mercados. Ambas ainda estão nas mãos de seus fundadores, leia-se a família Colombo (Piraquê) e Alberto Saraiva (Habib’s). Jorge Paulo Lemann e Abilio Diniz são empresários da mesma espécie. Passam ao largo da área de concessões, da infraestrutura, da indústria pesada e, sobretudo, de negócios que tenham qualquer tipo de imbricamento com o setor público. Os dois nasceram também para consolidar. Assim será nos novos mercados em que ingressarão, na recém-descoberta área de panificação, com a compra da rede de padarias Benjamin Abrahão, ou no segmento de ensino. Os investimentos comuns neste setor devem ser creditados a Ana Maria Diniz, que deu os primeiros passos da associação – Lemann e seu sócio Beto Sicupira têm especial empatia pela filha de Abilio, que há anos milita na área de educação. Boa parte do ervanário está reservada exatamente para este mercado: os dois empresários pretendem avançar na compra de instituições de ensino médio e transformá-las em academias de excelência. Guardadas as devidas proporções, Abilio poderá se tornar uma espécie de Warren Buffett em versão doméstica, acompanhando Lemann em diversos negócios no país. Não poderia haver momento mais propício para o encontro entre estes dois potentados. Ambos sabem que o Brasil está barato e o que não falta na prateleira são ativos depreciados, ambiência sob medida para uma dupla tão líquida como essa – só na Península Abilio tem mais de R$ 10 bilhões. Consultada sobre novas aquisições, a Península limita-se a dizer que comprou a Benjamin Abrahão para expandir suas operações. Já a 3G, de Lemann, não se pronunciou. Lemann e Abilio enxergam também uma oportunidade de ouro para consolidar uma posição de liderança entre o empresariado nacional. A hora sorri para esta combinação entre a frieza de um e a vaidade de outro. Os investimentos da dupla seriam acompanhados de um discurso motivacional, elevado ao nível do marketing cívico corporativo. Lemann conhece bem do assunto, pois usou a receita com a Ambev. Seria uma sonora demonstração de confiança no Brasil no momento em que a maior parte dos empreendedores está reclusa. Ou seja: além do impacto econômico, tal injeção de ânimo teria também um bônus psicossocial.
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Sem descanso
3/08/2015Eduardo Rossi, braço direito de Abilio Diniz na Península, tem passado bastante tempo em Paris. Além de acompanhar os investimentos do empresário no varejo, Rossi também comanda uma tropa de choque dedicada a incomodar o Casino. Quem acompanha o assunto garante que o saco de maldades de Rossi é bem fundo.
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Casino diz “très bien” ao desemprego na ViaVarejo
16/07/2015A economista inglesa Beatrice Webb dizia que o desemprego é um dos termômetros do caráter social do empresário. Se a medição fosse aplicada nos empresários e figadais concorrentes Abilio Diniz e Jean-Charles Naouri, com base no passado recente o ex-dono do Pão de Açúcar e atual mandachuva do Carrefour estaria ganhando com alguns corpos de vantagem. Por ora, seus respectivos conglomerados empresariais têm se portado de maneira distinta diante dos graves efeitos da crise econômica sobre o varejo. à‰ o que mostram os dados do obituário trabalhista no setor. Se, até ontem à noite, o Carrefour continuava invicto, sem anunciar cortes no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar dispara nessa corrida antissocial. No varejo de alimentos, leia-se super e hipermercados, não há previsão de demissões em massa nas operações do Casino no país, mas, sim, de cortes pingados em determinadas regiões, que podem atingir até 200 trabalhadores. Na ViaVarejo, no entanto, os números saltam de escala. Entre maio e junho, a holding que reúne Casas Bahia e Ponto Frio colocou na rua cerca de três mil funcionários. Essa é a má notícia; a péssima é que a conta vai aumentar. De acordo com uma fonte próxima ao Pão de Açúcar, a ViaVarejo prepara mais uma leva de demissões. Segundo o RR apurou, há uma régua sobre a mesa dos franceses que dá a medida do novo esmagamento: o grupo calcula que Casas Bahia e Ponto Frio só conseguirão reequilibrar seus custos com o fechamento de mais duas mil vagas de emprego até outubro. à‰ sintomático, portanto, que, nos últimos 12 meses, o Grupo Pão de Açúcar tenha elevado de R$ 323 milhões para R$ 540 milhões o volume de provisões para eventuais perdas com ações trabalhistas. Não cabe qualquer juízo de valor na comparação direta e – por que não? – inevitável entre Abilio Diniz e Jean-Charles Naouri. Até porque ambos são unidos pelo pragmatismo que está na essência de qualquer empresário: quando o cinto aperta, o social deixa de ser um fator prioritário. Além disso, como se sabe, a cadeia alimentar só é de todo ruim para quem está na base dela. Em Paris, deve ter muito acionista do Casino encantado com os cortes do grupo no Brasil. De qualquer forma, neste momento, o nome de Naouri está indissociavelmente vinculado a cortes e mais cortes. A se confirmar a nova fornada de demissões, em menos de seis meses o Pão de Açúcar, especialmente a Via- Varejo, terá extinguido cerca de cinco mil postos de trabalho. O número corresponderia também a um terço de todas as vagas de emprego fechadas no varejo de móveis e eletrodomésticos desde janeiro. Ressalte-se que os dois arquirrivais franceses vivem momentos distintos no mercado brasileiro, muito em função da própria natureza de suas operações. A atuação do Carrefour/ Atacadão está predominantemente concentrada no ramo de alimentos, um dos últimos a sentir o amargo paladar da crise. Não por acaso, segundo o RR apurou, a rede pretende aumentar o número de contratações. Já o Grupo Pão de Açúcar, por conta da ViaVarejo, está indexado também à área de eletroeletrônicos, duramente afetada pela queda de 5% na renda média do trabalhador. As vendas de aparelhos de TV, por exemplo, caíram quase 30% entre janeiro e junho se comparadas ao primeiro semestre do ano passado.
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Voto vencido
26/06/2015A Petros, que sempre ficou do lado oposto ao de Abilio Diniz na BRF, está com um pé fora da empresa. A fundação pretende vender sua participação de 12,5%. A saída está cantada em verso e prosa desde abril, quando a Petros abriu mão de indicar um nome para o Conselho da BRF.
Acervo RR
Abilio Diniz
3/06/2015Abilio Diniz tem dito a uns e outros que o estouro do “Fifagate” seria um bom motivo para a BRF/ Sadia romper o contrato de patrocínio a CBF.
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Abilio Diniz
3/06/2015Abilio Diniz tem dito a uns e outros que o estouro do “Fifagate” seria um bom motivo para a BRF/ Sadia romper o contrato de patrocínio a CBF.
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Abilio Diniz passa muito rapidamente pelo free shop
8/05/2015Abilio Diniz não é homem de passatempos. Com todas as energias voltadas para o Carrefour, o empresário parece ter se cansado de bancar o dono de free shop. Diniz estaria desmontando sua participação no controle mundial da Dufry AG, uma das maiores varejistas de aeroportos do mundo, com mais de 1,6 mil lojas em 63 países. Já reduziu sua fatia no capital de 2% para 1%. O próximo passo deverá ser a saída em definitivo do negócio, com a venda do restante das ações, provavelmente para a própria suíça Travel Retail Investments, maior acionista da companhia, com 27%. Ao se confirmar o check out de Diniz, a expectativa ficará por conta da decisão que será tomada pela Tarpon Investimentos. Fiel escudeira do empresário, a gestora de recursos detém 5% da Dufry AG. A Tarpon desembarcou no negócio de braços dados com Diniz. Zarpará junto com ele caso se consume a sua retirada do negócio? Provavelmente é o que o empresário espera, mesmo porque a venda em bloco permitiria a dupla negociar um preço de saída mais vantajoso. Abilio Diniz chegou a Dufry AG, ao fim de 2013, no melhor estilo Abílio Diniz, com o firme propósito de aumentar gradativamente a sua presença no bloco de controle e participar da gestão da companhia – conforme informou o RR na edição nº 4.837. Seria o portão para o retorno de Diniz ao varejo. No entanto, poucos meses depois, o Carrefour passou encilhado a frente do empresário, mudando o eixo da história. Desde então, seu interesse pela rede internacional de free shop teria esfriado a temperaturas próximas de zero. Mesmo porque a distância entre a Dufry real e a Dufry imaginada por Diniz é grande. Os últimos meses têm sido duros para o grupo em diversos países. A margem de lucro média das lojas gira em torno dos 10%, metade do patamar projetado pelos suíços. Há quase um ano, a companhia não inaugura um ponto de venda. No caso específico do Brasil, ao menos há a promessa de abertura de novas lojas nos aeroportos de Manaus, Salvador e Curitiba até 2016. Provavelmente, quando esse dia chegar, Abilio Diniz já estará fora desse voo.
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Carrefour
2/02/2015No que depender de Abílio Diniz, o Carrefour vai abandonar sua histórica timidez em algumas regiões do país. É o caso do Rio Grande do Sul, onde Abílio olha com especial interesse para o Grupo Unidasul, dono das bandeiras Rissul e Macromix. São 49 lojas, contra apenas seis do Carrefour no estado. Consultada, a Unidasul negou garantiu que não está a venda.
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Carrefour
20/01/2015No Carrefour, já se dá como certo que Roberto Mussnich deixará a presidência do Atacadão no máximo até junho para dar lugar a um executivo ungido por Abílio Diniz. Não custa lembrar que Claudio Galleazzi, integrante da “guarda suíça” de Abílio, está livre, leve e solto desde o fim de dezembro, quando deixou o comando da BRF.
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Pif Paf é mais uma presa na mira de Abílio Diniz
2/12/2014Abílio Diniz está com sua calibre 12 apontada para uma nova presa. Desta vez, o alvo a ser abatido atende pelo nome de Pif Paf Alimentos. Responsável por mais de 20% das vendas de frango no país por meio das marcas Sadia e Perdigão, a BRF enxerga a compra do frigorífico mineiro como um movimento fundamental para ampliar esta participação. A aquisição permitiria ao grupo aumentar em aproximadamente 10% a sua capacidade de produção – o Pif Paf abate cerca de 350 mil aves por dia. A BRF ainda adicionaria ao seu faturamento cerca de R$ 1,8 bilhão por ano. Herdaria também unidades em nove cidades mineiras e outras duas em Goiás, além de cinco fábricas de alimentos industrializados. Para a empresa comandada por Abílio Diniz há ainda uma razão estratégica tão importante quanto todos estes números. Ao comprar o Pif Paf, a BRF tiraria das gôndolas do mercado um dos poucos ativos de porte que escaparam da consolidação do setor. Ressalte-se que a investida sobre o Pif Paf se dá em um momento de mudanças nevrálgicas na gestão da BRF. No fim do ano, Claudio Galleazzi, lugar-tenente de Abílio Diniz, deixará a presidência da companhia. Será substituído por Pedro Faria, atual CEO da área internacional da empresa. Uma das missões de Faria é justamente revigorar a operação da BRF no segmento de aves. No ano passado, o volume de vendas de frangos in natura no mercado interno caiu 16%. As exportações, por sua vez, recuaram 3%. A BRF identifica no Pif Paf alguns sinais de fragilidade que podem facilitar sua caçada. As tentativas da empresa de atrair um sócio minoritário, leia-se um fundo de investimento, foram tiros n’água. Com isso, o plano de se fortalecer mediante a compra de um concorrente de maior porte – um dos alvos seria a Big Frango – ficou pelo caminho. O Pif Paf não tem demonstrado fôlego sequer para manter a política de aquisições de abatedouros de menor calibre que a caracterizou nos últimos anos.
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Abílio Diniz avança sobre o frigorífico Minerva
21/10/2014A obsessão de Abílio Diniz em se tornar o “Sr. Proteína” não tem limites. Circula no mercado a informação de que o empresário vem comprando ações do Minerva em bolsa. As aquisições mais expressivas, feitas na pessoa física, teriam ocorrido nos primeiros dias de outubro. Aonde Abílio pretende chegar? Analistas de mercado não têm muitas dúvidas em relação a s cenas dos próximos capítulos. Abílio está construindo um cenário mais do que propício para a montagem de um império dos alimentos. O domínio dos grupos Minerva e BRF colocaria o empresário na proa de um negócio com faturamento de R$ 40 bilhões ao ano e presença física em quase 30 países. Procurada pelo RR, a Península Participações, braço de investimentos de Abílio Diniz, negou que o empresário esteja comprando ações do Minerva. Está feito o registro. Ressalte-se, no entanto, que Abílio já tem um pé na companhia. No ano passado, ao transferir para o frigorífico sua operação de bovinos e duas unidades de abate nas cidades de Várzea Grande e Mirassol do Oeste (MT), a BRF recebeu como pagamento 16,5% do capital votante da empresa. Significa dizer que hoje, mesmo de forma indireta, Abílio já é o segundo maior acionista do Minerva, atrás apenas da família Queiroz, controladora da companhia. Abílio Diniz não está reinventando a roda. O script guarda semelhanças com o processo de conquista da BRF. Sucessivas aquisições do papel em Bolsa, combinadas ao apoio da Tarpon Investimentos e, posteriormente, dos fundos de pensão, permitiriam ao empresário tomar o poder da companhia. No caso do Minerva, é bem verdade, há uma diferença que não pode ser desprezada. O frigorífico não é a BRF – uma empresa de controle difuso na qual um acionista com apenas 11% do capital consegue mandar e desmandar. No entanto, os Queiroz não têm uma participação societária tão folgada, que lhes garanta uma blindagem ao avanço de terceiros. Depois do IPO da empresa, em 2007, e da nova oferta de ações realizada em 2012, a família ficou com apenas 28,7% das ordinárias. Abílio Diniz, portanto, nem precisaria adquirir uma montanha de títulos em Bolsa para ombrear com os acionistas controladores. Num exercício meramente hipotético, bastaria, por exemplo, a BRF fazer uma composição com a dupla SulAmérica Investimentos e Fidelity Asset – as duas gestoras de recursos detêm 12,03% do frigorífico. Feito o acordo, Abílio passaria a carregar no coldre o equivalente a 28,53% da companhia, praticamente igualando-se a família Queiroz. No momento certo, o empresário sacaria da cintura as ações compradas em bolsa para desempatar a disputa. Seria o voto de minerva, com o perdão do trocadilho. A partir daí, nem é preciso avançar nas conjecturas sobre o futuro do frigorífico. A biografia de Abílio Diniz e a própria BRF falam por si.
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Makro surge como uma ponte entre Abílio e o Carrefour
15/09/2014O caminho mais curto entre São Paulo e Paris passa por Amsterdã. Ao menos nas linhas imaginárias que demarcam os pensamentos de Abílio Diniz. Por ora, o Carrefour, o mais cobiçado dos destinos, pode esperar. Neste momento, o Boeing Abílio embica na direção do Makro, uma das últimas redes de atacado puro-sangue em operação no Brasil. O empresário enxerga a operação da rede holandesa no país como porta entreaberta para a sua reentrada no setor. Difícil encontrar no mercado um espécime, ao mesmo tempo, tão corpulento e fragilizado. Com quase 80 lojas e faturamento anual próximo dos R$ 8 bilhões, o Makro é a maior rede atacadista do Brasil. Em compensação, sofre com resultados pífios e uma operação que não ata nem desata. Há muito que o Makro se tornou uma ilha no país. Faltam-lhe foco, um melhor planejamento estratégico e sinergias, na mesma proporção que sobram a Abílio conhecimento, expertise gerencial e, sobretudo, uma enorme gana de voltar a circular entre as prateleiras do setor. No roteiro idealizado por Abílio Diniz, o Makro pode ser uma escala para a França, esta sim a viagem dos sonhos do empresário. A aquisição dos ativos da rede holandesa no Brasil permitiria a Abílio reabrir as conversações com o Carrefour numa nova perspectiva. Em vez de aparecer como um mero predador, o empresário colocaria sobre a mesa uma possibilidade concreta de associação em condições razoavelmente equânimes. Um caminho mais do que natural seria juntar na mesma prateleira as operações do Makro e do Atacadão. Abílio e o grupo francês passariam a controlar um negócio de R$ 23 bilhões por ano e quase 140 pontos de venda. Não custa lembrar que há tempos o Carrefour estuda formas para capitalizar o Atacadão, do IPO a venda de uma participação no capital. Talvez os franceses engavetem todos esses planos e encontrem em Abílio Diniz um inesperado, mas conveniente companheiro de viagem.
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Sucessão na BRF se escreve com “S” de Sadia
27/08/2014A Sadia está morta! Viva a Sadia! A sucessão de Claudio Galeazzi na presidência da BRF pode selar definitivamente a “ressurreição” da antiga empresa, que partiu desta para pior após sofrer bilionárias perdas com derivativos cambiais e ser engolida pela Perdigão. Segundo informações filtradas do próprio grupo, três nomes já despontariam como fortes candidatos ao lugar de Galeazzi, que deixará o cargo em dezembro: Pedro de Andrade Faria, Sergio Mandin Fonseca e Walter Fontana Filho. Da trinca, apenas Faria não tem ligação direta com a Sadia. Atual CEO da área internacional da BRF, o executivo é um dos sócios fundadores da Tarpon Investimentos, fiel escudeira de Abílio Diniz e acionista da companhia. Já os outros dois postulantes ao cargo de Galeazzi levam um “S” tatuado na pele. Walter Fontana Filho dispensa apresentações: herdeiro da Sadia, comandou a empresa por 14 anos. Era o presidente do Conselho de Administração no fatídico ano de 2008, quando a companhia levou uma pancada cambial de mais de R$ 2,5 bilhões. Quem também estava por lá na ocasião era Sergio Mandin, então diretor de mercado interno e um dos principais colaboradores de Fontana. Por motivos mais do que óbvios, a Sadia sempre foi tratada como carne de segunda na BRF. Logo na partida, os principais cargos da nova empresa foram entregues a dirigentes saídos das fileiras da Perdigão, a começar pelos então todo poderosos Nildemar Secches e José Antonio Fay. O jogo começou a virar com a chegada do tsunami Abílio Diniz, que varreu para longe a dupla de executivos. Nos últimos meses, Abílio parece cada vez mais empenhado em redimir a antiga Sadia. Do fim do ano passado para cá, nomes egressos da empresa voltaram a cena e pouco a pouco vêm ganhando espaço na gestão. É o caso do próprio Sergio Mandin, indicado em dezembro do ano passado para comandar a divisão Brasil do grupo. Logo depois, Augusto Ribeiro Jr., outro ex-Sadia, assumiu a diretoria financeira. Ao mesmo tempo, Walter Fontana Filho aproximou-se bastante de Abílio Diniz, tornando-se um dos principais interlocutores do empresário. Não há dúvidas de que a Sadia saiu do purgatório e voltou ao mundo dos vivos. A escolha de Mandin ou do próprio Fontana para o lugar de Galeazzi apenas consumaria a reencarnação. Com a palavra, Abílio Diniz.
Acervo RR
McGraw-Hill
5/08/2010A Pearson fez escola. A exemplo dos ingleses, que se uniram a SEB Coc, o grupo editorial norte-americano McGraw-Hill também pretende se associar a empresas de ensino no Brasil. Tem vasculhado o mercado em busca de escolas de nível médio e universidades. Além do investimento per si, o objetivo do grupo é alavancar a venda de livros científicos, técnicos e profissionais, um dos seus principais segmentos de negócio. A McGraw-Hill atua no mercado editorial brasileiro em parceria com a gaúcha Artmed, que tem no seu capital a BNDESpar e o private equity CRP.