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Empresa
O novo “dono” da transição energética e do minério na Cosan
28/10/2024Infraestrutura
Cisão da Malha Oeste é a nova proposta para relicitação da ferrovia
22/10/2024O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, tem feito gestões junto aos ministros do TCU na tentativa de desencavar a relicitação da ferrovia Malha Oeste. Uma das ideias levadas por Riedel ao órgão é a divisão da concessão, um trambolho de quase dois mil quilômetros, entre as cidades de Corumbá (MS) e Mairinque (SP), que só dá prejuízo. O caso tem tintas kafkianas. A Rumo Logística, leia-se Cosan, tenta devolver a concessão à União há mais de quatro anos. Em fevereiro de 2021, no governo Bolsonaro, a Malha Oeste foi incluída no PPI para ser relicitada. De lá para cá, no entanto, nada andou. Esse trem está parado nos labirintos do TCU, que precisa dar o sinal verde para a devolução da licença e o novo leilão. Com isso, a Rumo vai sendo obrigada a seguir à frente do negócio, a contragosto. O contrato, que está em seu terceiro termo aditivo, prevê a permanência da empresa até 2025 ou até a chegada de um novo concessionário. 2025 é logo ali na próxima curva.
Destaque
Até quando a Raízen vai suportar os prejuízos do Oxxo?
18/10/2024O RR apurou que a Raízen, leia-se Cosan e Shell, está reavaliando o modelo de negócio do Grupo Nós, joint venture com a mexicana Femsa na área de varejo. A operação, que reúne as 1,5 mil lojas de conveniência da Shell Select e os mais de 500 pontos de venda da rede de mercados Oxxo, tem se revelado uma linha de montagem de prejuízos.
Uma das hipóteses cogitadas pela Raízen seria a cisão da empresa, de forma a separar o joio do trigo. Ou “Nós” e “eles”. O Grupo Nós, com a sua atual configuração societária, permaneceria apenas com a gestão das lojas Shell Select, instaladas nos postos de combustíveis da bandeira Shell, pertencentes à Raízen. Já o “eles”, no caso a Femsa, controladora do Oxxo, assumiria sozinha a operação da rede varejista no Brasil. Procurada pelo RR, a Raízen não quis comentar o assunto.
Criada em 2019, a joint venture nasceu como um negócio promissor e repleto de sentido para ambas as partes. A Raízen passou a ter um sócio do ramo, a Femsa, para tocar a gestão da Shell Select. Ao contrário do que possa parecer, o segmento de conveniência não é um negócio simples. A Vibra, por exemplo, também foi buscar um parceiro, a Americanas, para administrar a BR Mania – a associação acabou desfeita por conta do rombo contábil da rede varejista.
Do seu lado, a Femsa enxergou na Raízen um player de peso para dividir o risco da operação brasileira da Oxxo, que chegou ao país em 2020, em plena pandemia. O problema é que talvez nem a Cosan e nem a Shell esperassem um risco tão elevado. A Oxxo é uma máquina de moer dinheiro.
Estima-se que Femsa e Raízen já tenham desembolsado mais de R$ 750 milhões apenas com a abertura das cinco centenas de lojas no país. Enquanto era a joint venture de um ativo a só, a Shell Select, o Grupo Nós dava lucro. Com a chegada da Oxxo ao Brasil, tornou-se um negócio deficitário.
Mercado
Cosan vai ter de recalibrar a propaganda para o IPO da Moove
14/10/2024“A Cosan tentou vender o que não tinha”. Grosso modo, é como um celebrado gestor de fundos, em conversa com o RR, resume a frustrada tentativa de IPO da Moove, braço de lubrificantes do grupo de Rubens Ometto. Na “venda” da operação, os coordenadores da oferta – uma tropa de alto coturno, formada por Itaú BBA, BTG Pactual, Santander, J.P. Morgan, BofA Securities e Citigroup – usaram e abusaram da mensagem de que a companhia estava em franco processo de internacionalização, o que lhe permitiria ter receita em moeda forte e crédito em condições mais vantajosas. Na melhor das hipóteses, um surto de wishful thinking que o mercado jamais comprou. Nem poderia. Praticamente toda a receita e Ebitda da Moove ainda são gerados no Brasil.
Empresa
Colombiana Promigas prepara seu desembarque no Brasil
4/10/2024Mercado
IPO serve de trampolim para CVC Capital vender participação na Moove
27/09/2024O CVC Capital Partners deverá se aproveitar da abertura de capital da Moove na Bolsa de Nova York, para vender integralmente a sua participação na empresa. O fundo norte-americano detém 30% da distribuidora de lubrificantes da Cosan. Estima-se que o valuation da companhia de Rubens Ometto possa chegar a US$ 2 bilhões, o que precificaria a parte do CVC em aproximadamente US$ 600 milhões. Por essas e outras, a operação vem sendo chamada no mercado de IPO do ano no “Brasil”. Só que em Nova York.
Mercado
Cosan faz as contas para o IPO da Moove em Nova York
29/07/2024Empresa
Mitsui e Rubens Ometto já não falam a mesma língua na sucessão da Vale
9/07/2024Em meio ao intenso disse-me-disse nos corredores da Vale, circula a informação de que a Mitsui teria adotado uma posição de neutralidade no processo de sucessão da mineradora. O recuo é uma ducha de água fria para Rubens Ometto, que via no grupo japonês o principal aliado no lobby para a nomeação de Luiz Henrique Guimarães, ex-CEO da Cosan, para a presidência da Vale. A ver como Ometto vai digerir o distanciamento da Mitsui, sua sócia não apenas na mineradora, mas em uma série de distribuidoras de gás. Procurada, a Mitsui não se manifestou.
Mercado
CVC Capital deve deixar a Moove com um lucro aditivado
28/06/2024O IPO da Moove, o braço de lubrificantes do Grupo Cosan, desponta como uma operação sob medida para a CVC Capital Partners. A informação que circula entre os executivos da Cosan é que os norte-americanos vão aproveitar a janela para vender a maior parte ou mesmo integralmente a sua posição de 30% na empresa. É lucro certo. Em dezembro de 2018, quando se associou à Moove, a CVC desembolsou cerca de R$ 560 milhões, ou algo como US$ 145 milhões em valores da época. Segundo informou a Bloomberg no último dia 19, a Cosan está buscando um valuation da ordem de R$ 12 bilhões para a sua controlada. Caso esse market cap seja alcançado no IPO, a CVC embolsaria, portanto, algo em torno de R$ 3,6 bilhões com a oferta de todos os 30% – o equivalente a US$ 663 milhões. Ou seja: em seis anos, o investimento poderá render à gigante global de private equity um ganho em dólar de 350%.
Mercado
Os green bonds em dose dupla de Rubens Ometto
13/06/2024Destaque
Bamin busca um sócio para investimentos de R$ 20 bilhões no Brasil
3/06/2024Destaque
Tarcísio Freitas enxerga mais do que gás em polêmico terminal da Cosan
29/05/2024Negócios
Mitsui quer exercer opção de compra de distribuidoras da Commit
2/04/2024O RR apurou que a Mitsui pretende exercer o direito de preferência sobre a participação da Commit (ex-Gaspetro) sobre cinco distribuidoras de gás do Nordeste – Algás (AL), Cegás (CE), Copergás (PE), Potigás (RN) e Sergas (SE). O grupo japonês tem buscado pareceres jurídicos para dar respaldo à operação. Paralelamente, discute com a Compass, leia-se Cosan, a precificação dos ativos. Trata-se de uma negociação delicada, que tem de ser conduzida com razoável dose de cuidado. O caso é polêmico, com elevado risco de judicialização. A Commit pertence à Compass (51%) e à própria Mitsui (49%). Em 2021, ao fechar a compra da participação da Petrobras na Gaspetro, a Compass/Cosan se comprometeu com o Cade a se desfazer de um pacote de ativos para que a operação fosse aprovada. Sete participações foram vendidas em 2022. Faltam as cinco distribuidoras nordestinas. A Mitsui já está no capital de todas elas e tem a opção de compra das demais ações. Ou “teria”. Outras concessionárias de gás questionam a transferência das empresas para os japoneses por entender que o acordo com o Cade não permite ao grupo exercer o direito de preferência. Na prática, as cinco distribuidoras estariam saindo de uma mão para a outra da Mitsui, pelo fato de o grupo ser acionista da Commit. A maior contestação vem da Infra Gás e Energia. No ano passado, a empresa fechou a compra da participação da Commit na Algás, Cegás, Copergás, Potigás e Sergas. Fechou, mas não levou. Na condição de sócia da Commit, a Mitsui precisa dar seu aval para o negócio, o que até hoje não aconteceu. A Infra já formalizou uma queixa ao Cade. Nos bastidores, insinua que a dobradinha Compass e Mitsui teria montado um teatro e estaria agindo deliberadamente para forçar a transferência das cinco distribuidoras aos japoneses. O RR fez seguidas tentativas de contato com a Mitsui, mas não obteve retorno.
Destaque
Prorrogação do contrato da Necta é antessala para fusão com a Comgás
2/04/2024A Cosan embala com cuidado um projeto que pode criar uma megadistribuidora de gás. Segundo o RR apurou, a Necta (ex-Gas Brasiliano) mantém conversações com o governo de São Paulo para a renovação antecipada da sua concessão, que vence em 2029. As tratativas envolvem a extensão do contrato até 2049. A data não é aleatória. Trata-se exatamente do prazo de concessão da Comgás, a maior distribuidora de São Paulo, que, ao lado da Necta, compõe a intrincada malha societária da Cosan no setor. No tabuleiro do grupo, a unificação da vigência dos dois contratos pode ser a peça que falta para um importante movimento: a fusão entre a Comgás e a Necta. O projeto é discutido dentro do grupo há dois anos, mas esbarra principalmente na diferença do “tempo de vida” de cada companhia. Entre outros problemas, esse descasamento de datas impede, por exemplo, a negociação, com a Petrobras, de um único contrato de fornecimento de gás por longo prazo. Da fusão emergiria a maior distribuidora de gás do Brasil, com receita superior a R$ 11 bilhões, uma geração de caixa próxima dos R$ 5 bilhões e abrangência sobre 85% dos municípios de São Paulo, uma área correspondente a quase 25% do PIB nacional.
A operação permitiria também uma rearrumação da própria teia de participações da Cosan no setor. A Comgás, por exemplo, é controlada diretamente pela Compass, uma espécie de subholding do grupo para a área de gás. Já a Necta está “pendurada” na Commit (antiga Gaspetro), por sua vez pertencente à Compass, leia-se Cosan, com 51%, e à Mitsui, com 49%. A Commit reúne ainda outras dez distribuidoras estaduais, das quais cinco estão à venda. Procurada pelo RR, a Compass não quis se manifestar.
Esta é uma operação que vem sendo cuidadosamente construída pela Cosan. Dois dos principais tijolos foram colocados em 2021. No mês de julho daquele ano, a Compass fechou a compra dos 51% da Petrobras na Gaspetro (rebatizada de Commit), assumindo um colar de distribuidoras, entre as quais a cobiçada Gas Brasiliano. Apenas quatro meses depois, em outubro, a Cosan conseguiu junto ao governo de João Doria a prorrogação do contrato da Comgás, que também venceria em 2029.
LEIA AINDA HOJE: Mitsui quer exercer opção de compra de distribuidoras da Commit
Empresa
Suzano e Rumo Logística ensaiam dobradinha em nova ferrovia
22/03/2024O RR apurou que Suzano e Rumo Logística, leia-se Cosan, têm conversado em torno de uma possível parceria para a construção de um ramal ferroviário de aproximadamente 50 km entre as cidades de Três Lagoas e Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul. Essa é uma peça razoavelmente importante no quebra-cabeças logístico da região – e das duas empresas. A Rumo está construindo a Ferrovia de Integração Estadual da vizinha Mato Grosso, uma linha de 700 km que passará por Aparecida do Taboado, ligando Rondonópolis ao Porto de Santos.
Para a Suzano, o novo trecho seria de grande valia para o escoamento de sua produção no Mato Grosso do Sul. E não estamos falando de uma operação qualquer, mas do Projeto Cerrado. Trata-se da mega fábrica que a Suzano está construindo na cidade de Ribas do Rio Pardo, um investimento de mais de R$ 20 bilhões que dará forma à maior linha única de produção de celulose do mundo.
Curiosamente, a Suzano acaba de tirar o CEO da Rumo, João Alberto Abreu, para ser seu novo presidente em substituição a Walter Schalka. A eventual parceria na construção do pequeno trecho de 70 km no Mato Grosso do Sul chama a atenção também pela possibilidade de uma dupla de peso – são dois dos maiores conglomerados empresariais do país – dar as mãos em outros projetos ferroviários. Como diria o personagem de Humphrey Bogart na cena final de Casablanca, pode ser o início de uma bela amizade.
Empresa
Cosan desiste de construir porto do Maranhão sozinha
5/03/2024A Cosan busca um sócio para o projeto de construção do terminal de uso privado de São Luís, empreendimento orçado em mais de US$ 700 milhões. O grupo de Rubens Ometto arrematou integralmente o negócio junto à chinesa CCCC (China Communications Construction Company, em 2021, por US$ 800 milhões. Até o momento, no entanto, o projeto não saiu do papel.
Mercado
O pai da criança no IPO da Compass
22/02/2024Nelson Gomes, que deixou a presidência da Compass no início de janeiro para assumir o comando da holding Cosan, segue com um pé lá e outro cá. Gomes tem capitaneado o projeto de IPO da empresa de gás de Rubens Ometto, que deve ser realizado até junho. O executivo cuidou de todos os preparativos ao longo de 2023. Não ia querer ficar fora do poster na hora do título.
Política
Ometto já tem candidato para comandar a bancada ruralista
21/02/2024Uma notícia alvissareira para o governo Lula: Rubens Ometto, um dos empresários mais próximos ao presidente da República, está empenhado em fazer o novo presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agricultura). O dono da Cosan é apontado nos gabinetes da Câmara como artífice da candidatura do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). O mandato do atual nº 1 da bancada ruralista, Pedro Lupion, vai até dezembro, mas as costuras para a sua sucessão já estão a pleno vapor. Ao contrário de outras lideranças da FPA, Jardim costuma adotar um tom menos rascante em relação ao governo Lula, inclusive com elogios em determinadas ocasiões, como no lançamento do Plano Safra. No setor, é notória a relação e, mais do que isso, a influência de Ometto sobre o parlamentar. Em tempo: em 2018, por sinal, o empresário foi um dos principais doadores da campanha de Jardim à Câmara.
Mercado
Cosan já faz “road show” para o IPO da Compass
2/02/2024O IPO da Compass vai sair. Executivos da empresa, braço de distribuição de gás da Cosan, têm visitado bancos de investimento e fundos para calibrar o apetite pela oferta. Segundo a fonte do RR, a companhia trabalha com um valor alvo de R$ 2 bilhões para a captação. Procurada, a Compass não quis comentar o assunto.
Investimento
BNDES pisa no acelerador para atender Mato Grosso do Sul
17/01/2024O BNDES deve encurtar o prazo de 36 meses para definir o novo plano de negócios da MS Gás. O governo de Mato Grosso do Sul tem pressa em ter o documento em mãos para decidir o que fazer com a empresa – da qual possui 51% das ações – e tem como sócia a Commit (Grupo Cosan e Mitsui), com 49% do negócio. A parceria entre as partes termina em 2028. É nesse contexto que a modernização do modelo regulatório será analisada a toque de caixa pelo banco e discutidos futuros incentivos para o setor no estado. Procurado pelo RR o BNDES salientou que “o contrato com o Estado do Mato Grosso do Sul tem prazo de até 36 meses, podendo os estudos serem concluídos antes desse prazo”.
Destaque
Cosan e TIAA desatam seus nós fundiários no Brasil
13/10/2023A Cosan negocia a compra de participações do TIAA (Teachers Insurance and Annuity Association of America), fundo de pensão dos funcionários dos Estados Unidos, em investimentos conjuntos no setor fundiário no Brasil. Segundo o RR apurou, o pacote engloba terras na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) – apenas duas das fazendas, localizadas no oeste baiano, somam mais de dez mil hectares. Essas áreas passariam integralmente ao controle da Radar, o braço de propriedades agrícolas do grupo de Rubens Ometto.
A operação poderá levar ao descruzamento definitivo das demais participações da Cosan e do TIAA em terras no país, um processo iniciado há cerca de dois anos. Em setembro de 2021, o conglomerado brasileiro comprou o equivalente a 47% da própria Radar, então pertencentes à Mansilla Participações, veículo de investimento do fundo de pensão. Consta que os norte-americanos ainda mantêm uma participação minoritária na empresa.
Os negócios fundiários da Cosan e da TIAA têm arranhado a reputação institucional de ambas. Não é de hoje que pairam suspeições sobre os investimentos da dupla. Uma das acusações é que o fundo de pensão teria montado, em parceria com o grupo brasileiro, uma complexa teia de empresas (Radar Propriedades Agrícolas, Radar Propriedades Agrícolas II, Tellus Brasil Participações e Janus Brasil Participações) para camuflar suas participações e driblar as restrições legais à presença de estrangeiros no setor. Há suspeitas também de que Cosan e TIAA teriam comprado terras – exatamente na região do Matopiba – do Grupo De Carli, citado em denúncias de grilagem.
São acusações especialmente delicadas para um fundo de pensão obrigado a cumprir rígidas regras de compliance, como é o caso do TIAA, um potentado com mais de US$ 1,3 trilhão em ativos e cerca de seis milhões de contribuintes ativos e aposentados. O RR encaminhou uma série de perguntas à Cosan, mas o grupo não quis comentar o assunto. O TIAA, por sua vez, afirma que “Através de parcerias locais, todas as estruturas de investimento cumprem a legislação brasileira para a propriedade de terras por estrangeiros”.
O fundo diz que “leva a sério o investimento sustentável e somos investidores de longo prazo em terras agrícolas. Avaliamos o impacto dos nossos investimentos nas comunidades locais e garantimos que as terras que adquirimos e mantemos cumprem todos os requisitos governamentais para proteção de florestas e habitats naturais.”. Perguntado especificamente sobre a venda de terras para a Cosan na região do Matopiba, o TIAA não se manifestou.
Empresa
Cosan reserva lugar para um sócio em futuro porto de São Luís
29/09/2023Mudança de rota na Cosan: segundo o RR apurou, a empresa de Rubens Ometto pretende buscar um parceiro para tirar do papel a construção do Porto de São Luis (MA), um investimento de quase R$ 4 bilhões apenas em sua primeira etapa. O grupo sucroalcooleiro comprou o projeto da chinesa CCCC no fim de 2021 e, desde então, deixou o empreendimento em stand by. A busca por um sócio lança dúvidas sobre a possível associação com a Aura Minerals. A Cosan assinou um memorando de entendimentos com a mineradora de Paulo Brito para a montagem de um joint venture que assumiria o próprio porto e três reservas de minério de ferro no Pará. No entanto, de acordo com a fonte do RR, as tratativas estão devagar, quase parando.
Mercado
Compass quer puxar a fila dos IPOs em 2024
12/09/2023A Compass bateu o martelo: o RR apurou que a empresa vai realizar seu IPO no primeiro trimestre de 2024. Dona de um portfólio com 12 distribuidoras de gás, herdadas com a compra da antiga Gaspetro, a empresa trabalha internamente com uma estimativa de valuation da ordem de R$ 24 bilhões. A ideia é levantar até R$ 3,5 bilhões. A Cosan, de Rubens Ometto, dona atualmente de 88% do capital, pretende se manter como acionista majoritária. A Mitsui também seguirá no negócio.
Energia
Déficit de etanol na Índia é uma oportunidade de ouro para o Brasil
23/08/2023Notícia publicada há poucos minutos pelo The Indu, um dos grandes jornais da Índia: está faltando etanol puro na Índia, o chamado E 100.
Até 2026, o país precisará de um volume adicional 1,4 bilhão de litros para cumprir o percentual exigido de mistura a outros combustíveis. Os indianos buscam soluções de todos os lados. Uma parte virá de investimentos da indústria sucroalcooleira local, que prevê um aumento de capacidade da ordem de 750 milhões de litros por ano. Mas levará tempo até que os projetos sejam executados. Outra possibilidade sobre a mesa vem da Indian Oil Corporation, envolvida em um projeto experimental para a produção de etanol do próprio bagaço da cana. Ainda assim, é líquido e certo que a Índia terá de aumentar as importações.
OBS RR: O déficit indiano soa como música aos ouvidos dos usineiros brasileiros, especialmente aos respectivos ramos da família Ometto que controlam a Cosan e a São Martinho, as duas maiores exportadoras de álcool do país. O Brasil é o maior produtor global do etanol puro, sendo responsável por quase 30% do volume mundial. A Índia já é o quinto maior comprador do combustível brasileiro, atrás de Coréia do Sul, Estados Unidos, Japão e Filipinas. Pelo andar da carruagem, logo, logo vai subir nesse ranking.
Empresa
Os planos de Ometto e da Shell para alavancar a Payly
15/08/2023A Payly é a nova menina dos olhos de Rubens Ometto e da Shell. A ideia é que a startup de meios de pagamento se torne uma empresa-mãe, aglutinando todos os investimentos da Raízen em fintechs, inclusive aquisições. O grupo já vislumbra outros movimentos mais à frente: a engorda da Payly permitiria o IPO da empresa. Há projeções de que em até dois anos a fintech poderá gerar um Ebitda de até R$ 500 milhões para a Raízen. A startup tem um valioso ativo. O vínculo societário com a Raízen, sociedade entre a Cosan, de Ometto, e a Shell, funciona quase como uma renda fixa. A fintech poderá ofertar soluções de pagamento para os quase 3,5 mil postos de combustíveis do conglomerado. Procurada, a Raízen não se pronunciou.
Negócios
Impasse na venda de ativos da antiga Gaspetro deve parar nos tribunais
11/08/2023A Infra Gás e Energia vai partir para a briga. Segundo o RR apurou, a empresa pretende levar à Justiça o imbróglio com a Commit, a antiga Gaspetro. O caso se arrasta há meses na esfera administrativa, mais exatamente no Cade. A Infra fechou a compra de cinco distribuidoras de gás da Commit – Cegás (Ceará), Sergás (Sergipe), Copergás (Pernambuco), Potigás (Rio Grande do Norte) e Algás (Alagoas). Fechou, mas até agora não levou. A venda depende da cisão de ativos da Commit, operação que precisa ser aprovada pelos seus acionistas. A Compass, leia-se Cosan, acionista majoritário, já deu sinal verde. Só que a Mitsui, sócia da empresa, pediu “vista” do processo. Os japoneses solicitaram um prazo maior para analisar os termos do negócio. Na Infra Gás e Energia, a interpretação é que Cosan e Mitsui estariam agindo de mãos dadas e deliberadamente empurrando a decisão à espera de um momento mais favorável para se desfazer dos ativos. Ressalte-se que a dupla não está negociando as cinco distribuidoras de gás nordestinas necessariamente por livre e espontânea vontade. Foi uma imposição do Cade para aprovar a venda da antiga Gaspetro à Compass e à Mitsui. O RR tentou contato com a Commit e a Infra, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Mercado
Rumo Logística prepara nova oferta de ações
7/08/2023O RR apurou que a Cosan vai anunciar até outubro uma oferta de ações da Rumo Logística. De acordo com informações filtradas da própria empresa, o grupo de Rubens Ometto poderá reduzir sua participação de 30% para algo em torno de 20% do capital. Há estimativas de que a oferta poderá chegar a algo em torno de R$ 3 bilhões. Em um período de estiagem nas bolsas, tem tudo para ser a grande operação do mercado de ações no Brasil na reta final de 2023. Procurada, a Rumo não quis se manifestar.
Negócios
Gasmig é o próximo alvo da Energisa na distribuição de gás
30/06/2023Após comprar a ES Gás, seu primeiro negócio no setor, a Energisa já prepara um passo ainda maior. A família Botelho sinalizou ao governador Romeu Zema o firme interesse em participar da privatização da Gasmig. Nas últimas semanas, Zema e seus assessores têm mantido conversações com potenciais candidatos à compra da empresa – o objetivo do governo mineiro é realizar o leilão da estatal até o primeiro trimestre de 2024. A investida sobre a Gasmig dá uma dimensão do apetite da Energisa pelo mercado de distribuição de gás. O grupo comandado por Ivan e Mauricio Botelho deverá enfrentar a concorrência dos dois grandes players privados do setor – a Compass, leia-se Cosan, e a espanhola Gas Natural.
Infraestrutura
Governo e Rumo Logística buscam um “encontro de contas”
28/06/2023Há um jogo sutil de cessões e concessões sendo jogado entre a Rumo Logística, leia-se Cosan, e o governo Lula. De um lado, o Ministério dos Transportes e a ANTT passariam a adotar uma postura mais flexível em relação à renovação antecipada da Malha Sul; do outro, a empresa aceitaria ficar à frente da gestão da Malha Oeste ao menos até que o governo conseguisse relicitar a licença. Em tese, seria uma solução ganha-ganha. A Rumo poderia, enfim, viabilizar a extensão do contrato da Malha Sul, que vence em 2026. O pedido está travado na ANTT há mais de dois anos. Além do órgão regulador, que cobra a apresentação de um plano de investimentos, há pressão também de governadores dos estados cortados pela ferrovia, notadamente Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul. Nesse caso, o ministro dos Transportes, Renan Filho, estaria disposto a trabalhar junto aos estados para reduzir a resistência à renovação da licença da Malha Sul. A ideia do governo é que, em contrapartida, a Rumo ajude a impedir que a Malha Oeste caia no colo do DNIT. A companhia quer devolver a concessão. Sua permanência à frente do negócio até o novo leilão poderá livrar o governo federal de um custo extra para a manutenção da ferrovia.
Empresa
Cosan pretende disputar arrendamento de terminal em Itaguaí
19/06/2023A Cosan avalia disputar o arrendamento do novo terminal de granéis sólidos minerais do Porto de Itaguaí (RJ), área conhecida ITG-02. Uma das hipóteses é entrar na licitação em parceria com a Vale, da qual é acionista. A mineradora, ressalte-se, já opera no Porto de Itaguaí por meio da Companhia Portuária de Sepetiba (CPSB). O arrendamento do terminal é uma peça que se encaixa na crescente atuação da Cosan na área de mineração. Além da posição estratégica no capital da Vale, a companhia de Rubens Ometto mantém uma joint venture com o empresário Paulo Britto, fundador da Aura Minerals, para atuar no segmento de minério de ferro. De mãos dadas ou cada qual separadamente, Cosan e Vale deverão enfrentar a concorrência da CSN no leilão. A siderúrgica também já atua em Itaguaí, por meio da Sepetiba Tecon.
Empresa
Cade quer respostas sobre os desinvestimentos da Compass
31/05/2023O Cade vai cobrar da Compass, leia-se Cosan, um prazo para a venda de parte dos seus ativos em distribuição de gás no Nordeste. Entre os conselheiros do órgão antitruste, há um entendimento de que a empresa está postergando deliberadamente o cumprimento do acordo firmado com o órgão para a aquisição da Gaspetro junto à Petrobras, no ano passado. Como condicionante à aprovação do negócio, a Compass se comprometeu a vender 12 das 18 distribuidoras. Já negociou, mas, na semana passada, ao responder consulta do próprio Cade, saiu pela tangente e não definiu um prazo para a alienação das cinco restantes. A história é ainda mais enroscada. A insatisfação dos conselheiros do órgão com a postura da empresa de Rubens Ometto é alimentada também pela tortuosa negociação para a venda das participações nas distribuidoras de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. A Compass firmou um acordo de venda com a Infra Gás e Energia, mas, sem qualquer explicação, tem postergado indefinidamente a conclusão do negócio. A ponto da própria Infra tem entrado com uma representação junto ao Cade. Consultada, a Compass não quis comentar o assunto.
Empresa
Raízen entra no páreo para ficar com postos da IMC
14/04/2023A Raízen teria entrado na disputa pela compra dos 18 de postos de combustíveis pertencentes à IMC (International Meal Company), holding que controla as redes de fast food Pizza Hut, Viena, Frango Assado, entre outros. Há grupos menores do setor no páreo, como a Rede Duque, de São Paulo. O pacote é avaliado em cerca de R$ 200 milhões. Os 18 postos somam um faturamento anual próximo dos R$ 400 milhões. Proporcionalmente, trata-se de um negócio pequeno para a Raízen. No entanto, a joint venture entre a Cosan e a Shell tem algumas razões para ficar com os ativos. O grupo já mantém uma parceria com a IMC para a instalação de restaurantes nos postos com a bandeira Shell. Outra motivação seria bloquear o mercado, ou seja, evitar a presença de um concorrente em áreas próximas a seus próprios estabelecimentos.
Empresa
Compass busca uma rota de escape da Petrobras
21/03/2023A Compass, leia-se Cosan, quer reduzir sua dependência do gás boliviano e, consequentemente, da Petrobras. A estratégia da companhia criar alternativas às amarras de preço impostas pela estatal, que concentra a maior parte das importações do insumo da Bolívia. A Compass pretende aumentar gradativamente a compra de gás da Argentina. A Sulgás, uma das controladas do grupo, já tem feito gestões neste sentido. Segundo a mesma fonte, há projetos, inclusive, de investimentos no porto de Rio Grande (RS) para o armazenamento do combustível.
Trata-se de um movimento de razoável peso no tabuleiro do setor. A Compass, de Rubens Ometto, reúne o maior portfólio de distribuidoras de gás do país. Além da Sulgás, controla a Comgás e a Gas Brasiliano, gigantes do mercado paulista, e tem participações em outras nove empresas por meio da Commit, a antiga Gaspetro, comprada junto à própria Petrobras.
Infraestrutura
Rumo Logística enfrenta resistências no governo
8/03/2023A Rumo Logística, leia-se Cosan, enfrenta um ambiente hostil dentro do governo para a renovação antecipada da concessão da Malha Sul. Segundo o RR apurou, até o momento a companhia não apresentou um plano de investimentos para a ferrovia. Tampouco teria cumprido aportes acertados anteriormente. De acordo com informações filtradas do próprio Ministério dos Transportes, estudos da área técnica indicam que metade da Malh8a Sul se encontra em mau estado de conservação. A Rumo tem de administrar também a oposição de governos estaduais. Um dos mais agressivos é o governador do Rio Grande do Eduardo Leite. Segundo informações apuradas pelo RR, Leite tem feito gestões em Brasília não só contra a extensão do contrato da companhia, que vence em 2027, mas até mesmo pela cassação da licença e a relicitação da ferrovia. Em tempo: na balança das pressões políticas, não se pode esquecer que o controlador da Cosan, Rubens Ometto, tem um fator que pesa muito para o seu lado: a relação direta e próxima com o presidente Lula.
Acervo RR
Malha Oeste ameaça encalhar por falta de investidor
1/03/2023O que fazer com a Malha Oeste? O ministro dos Transportes, Renan Filho, busca soluções para um problema que está prestes a cair no colo do governo – a Rumo Logística (Cosan) deverá concluir a devolução da licença à União até junho. As primeiras sondagens feitas pelo ministro junto a grupos do setor foram desalentadoras: ninguém demonstrou interesse em disputar a relicitação da ferrovia. Um dos maiores fatores de aversão ao negócio é a necessidade de investimentos na linha férrea – estima-se que o aporte necessário seja da ordem de R$ 15 bilhões. Diante da baixa atratividade da operação, o Ministério dos Transportes já discute modelos alternativos para o futuro leilão. Uma das ideias é dividir os mais de 1,6 mil quilômetros da Malha Oeste em duas ou até mesmo três novas concessões, que seriam licitadas separadamente.
Negócios
Empresa de Rubens Ometto quer deixar distribuição de gás em Pernambuco
10/02/2023A Commit, antiga Gaspetro, planeja vender sua participação de 41,5% na Copergás, distribuidora de gás de Pernambuco. Trata-se de um movimento a mais para a rearrumação dos ativos na prateleira da companhia. No fim do ano passado, a empresa se desfez de suas posições em outras quatro concessionárias estaduais. A reestruturação é conduzida pela Compass, leia-se o Grupo Cosan, acionista majoritária da Commit, com 51%. O restante das ações está nas mãos da Mitsui
Destaque
Ometto desponta como uma grande “potência energética” no próximo governo
14/11/2022O controlador da Cosan, Rubens Ometto, é candidato a ser no governo Lula, na área de energia renovável, o que a JBS se tornou na cadeia de proteína, a partir de primeira era do PT. Há fortíssimas ressalvas na comparação. Ometto vai colocar o grosso do dinheiro do seu bolso, e não da torneira financeira do BNDES. Quanto à diferença de métodos para obtenção de recursos entre o dono da Cosan e os irmãos Batista, controladores da JBS, a Lava Jato já contou o que havia para contar sobre esses últimos. O prestígio de Ometto com Lula é tanto que possivelmente ele seria guindado a um Ministério caso somente acenasse com a ideia ao amigo. Segundo o RR apurou, o presidente eleito pretende se reunir com Ometto ao voltar da COP 27, no Egito. Será um dos primeiros encontros de Lula com um empresário após a eleição, o que dá a medida do estreito relacionamento do dono da Cosan – ressalte-se que ambos já tiveram duas conversas reservadas durante a campanha. Ometto é visto como um personagem fundamental para os planos do novo governo de estimular fortemente a produção de energia limpa e de combustíveis verdes no Brasil. Ele é um cala boca para os críticos de que o governo Lula quer trocar a seiva do investimento privado pelo subsidiado investimento público.
Vai ter muita grana do empresariado para as renováveis. Os números falam por si: na semana passada, a Raízen – joint venture entre a Cosan e a Shell – anunciou um investimento de R$ 6 bilhões na construção de cinco plantas de etanol de segunda geração. As atenções se voltam também para o hidrogênio verde. A Raízen desponta, desde já, como um dos potenciais candidatos a liderar alguns dos maiores projetos do setor no Brasil. O grupo fechou recentemente uma parceria com a USP com objetivo de desenvolver uma tecnologia capaz de transformar etanol em hidrogênio verde. E se alguém tem álcool de sobra no país é a dobradinha entre a Cosan e a Shell: são 35 usinas, com capacidade de produção de 3,5 bilhões de litros por ano.
Fosse em outros tempos, o próprio Ometto e a Raízen seriam fortes candidatos a “cavalos vencedores”. A repetição desse velho modelo está fora de cogitação para o próximo governo Lula, conforme o RR já adiantou. O que não quer dizer que a Raízen não possa se favorecer de uma nova estratégia de incentivos para o aumento da inserção internacional do Brasil, focada em produtos – caso da energia verde – e não em empresas.
Negócios
Commit avança na venda de ativos
7/11/2022A Commit (antiga Gaspetro) estuda a venda das suas participações na Algás e na Cegás, respectivamente as distribuidoras de gás de Alagoas e do Ceará. Nos dois casos, a fatia acionária é de 29,4%. O Mubadala já teria sinalizado interesse pelo negócio. A decisão de venda vem, sobretudo, da Compass, leia-se Cosan, acionista controladora da Commit, com 51% – o restante pertence à Mitsui. A empresa já negociou cerca de R$ 700 milhões com a alienação de participações em distribuidoras estaduais. A tendência é que o grupo de Rubens Ometto concentre seus investimentos no setor em São Paulo, onde controla a Comgás e a Gás Brasiliano. A Compass estuda, inclusive, a fusão entre as duas distribuidoras paulista – ver RR de 6 de setembro. Procurada pelo RR, a Commit não quis se manifestar.
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Bamin é a próxima parada no mapa da mina da Cosan
18/10/2022A Cosan quer enfeixar um colar de ativos na área de mineração. Além da já anunciada compra de até 6,5% da Vale, o RR apurou que o grupo de Rubens Ometto mantém conversações com a Bamin, controlada pelo Eurasian Resources Group, do Cazaquistão. A Cosan tem interesse em se associar ao projeto de minério de ferro de Caetité (BA). Trata-se de um negócio visto com certas ressalvas no próprio setor. O desenvolvimento da mina de Pedra de Ferro, com reservas estimadas em 550 milhões de toneladas, ainda está no seu nascedouro.
A Bamin promete produzir 26 milhões de toneladas por ano a partir de 2026 – neste ano, o volume extraído não chegará a um milhão de toneladas. O salto exigirá aportes da ordem de R$ 20 bilhões. Procuradas, Cosan e Bamin não quiseram se manifestar. A julgar pela reação do mercado nos últimos dias, as próximas investidas da Cosan no setor de mineração trazem um desafio extra para Ometto e seus executivos: administrar o mau humor dos investidores. A aquisição de uma fatia na maior produtora de minério de ferro do mundo, a Vale, fez o grupo sucroalcooleiro perder R$ 5,3 bilhões em valor de mercado.
O que dizer de uma operação ainda incipiente, como Caetité? Independentemente da eventual desconfiança do mercado, a Cosan enxerga atrativos consistentes no negócio. Potencialmente, é uma operação ainda mais promissora do que a joint venture com a Aura Mineral em Carajás, que prevê uma produção de dez milhões de toneladas de minério/ano. Há ainda sinergias com a Rumo, braço ferroviário da Cosan. A Bamin detém a concessão para a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste no trecho entre Caetité e Ilhéus. O que se diz na Cosan é que Ometto não vai se limitar à entrada no capital da Vale ou à eventual associação com a Bamin. Outros ativos maiores estão no seu radar. Seria o caso também da operação de minério de ferro da Anglo American, que um dia pertenceu a Eike Batista.
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Gás financeiro
27/09/2022A ordem na Compass é frear o ritmo de aquisições e fazer caixa. A empresa do Grupo Cosan estima que vai amealhar cerca de R$ 1 bilhão com a venda de participações em distribuidoras herdadas com a compra da Gaspetro. A Compass tem adotado uma postura mais conservadora, mantendo índices de alavancagem reduzidos. Nos últimos 12 meses, por exemplo, a relação dívida líquida/Ebitda caiu de um 1,45 para um múltiplo de apenas 0,95.
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Questão de timing
26/08/2022A Vibra Energia e o governo do Espírito Santo, sócios na ESGás, cogitam postergar a venda da distribuidora capixaba. O receio é que a super oferta de ativos no setor achate o valuation da empresa. Por super oferta, entenda-se a movimentação da Compass, leia-se Cosan. O grupo está vendendo suas participações em 12 das 18 distribuidoras de gás que herdou com a aquisição da Gaspetro.
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De volta ao mar
3/08/2022A China Communications Construction Company (CCCC) tem projetos para o Porto de Suape (PE). Trata-se de uma espécie de meia-volta, volver. No ano passado, a CCCC vendeu para a Cosan um terminal de uso privado no Porto de São Luís.
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J&F Investimentos avança sobre os trilhos da Malha Oeste
29/07/2022O RR apurou que a J&F Investimentos, dona da JBS, pretende entrar no setor ferroviário. Trata-se de um passo a mais no processo de diversificação do grupo conduzido pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. O objetivo é ter uma logística própria para o escoamento do minério de ferro e do manganês produzidos nas minas compradas recentemente junto à Vale, no Mato Grosso do Sul.
De acordo com a mesma fonte, a J&F avalia disputar a relicitação da Malha Oeste, incluída no PPI (Programa de Parcerias de Investimento). O governo Bolsonaro corre contra o relógio para leiloar a concessão ainda neste ano – a Rumo Logística (Cosan) devolveu a licença à União. Estima-se que a revitalização dos quase dois mil quilômetros da Malha Oeste exigirá quase R$ 15 bilhões em investimentos. A operação daria ao braço de mineração da J&F uma saída estratégica pelo Porto de Santos, a partir da ligação da Malha Oeste com a Malha Sul.
A disposição da J&F de investir em logística ferroviária reforça que a compra das minas da Vale em Corumbá foi só um aquecimento. Os irmãos Batista vão partir para a aquisição de mais ativos em mineração. O que não falta à J&F é caixa para entrar em novos negócios. Somente no ano passado, a holding embolsou mais de R$ 7 bilhões em dividendos da JBS.
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Overnight
8/07/2022A Mitsui deverá exercer o direito de preferências nas seis distribuidoras de gás do Nordeste que serão vendidas pela Compass, leia-se Cosan. Não quer dizer que vá ficar muito tempo no negócio. O que se diz no setor é que os japoneses pretendem reembalar o sexteto de empresas em uma nova holding e vender o controle.
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A nova cartada da Raízen
22/06/2022A Raízen, leia-se Cosan e Shell, vem mantendo conversações com dois grandes grupos asiáticos com o objetivo de formar uma joint venture global para a comercialização de açúcar. O projeto é grandioso e mira em uma disputa ao mesmo tempo mundial e doméstica: o objetivo é desbancar a Copersucar do posto de maior trading internacional do setor, posto que a cooperativa ocupa por meio da Alvean. No ano passado, esta última movimentou 2,8 milhões de toneladas de açúcar. A Raízen ficou em segundo, com 2,5 milhões de toneladas, amargando uma queda de 29% em relação a 2020. Como consequência, a empresa sofreu uma espécie de “hipoglicemia” em seus resultados: o Ebitda da divisão de açúcar caiu 37%. Em parte, esse desempenho é atribuído internamente ao rompimento da joint venture com a trading Wilmar International, de Cingapura, em 2020. Há um consenso na companhia de que é preciso voltar a ter um parceiro com forte inserção no mercado asiático. Procurada, a empresa não se pronunciou.
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Raízen em alta voltagem
31/05/2022A Raízen – leia-se Cosan e Shell – planeja entrar em geração eólica e solar. De acordo com informações apuradas pelo RR, o grupo pretende investir tanto em projetos greenfield quanto na aquisição de empreendimentos já maduros. Trata-se de um movimento fundamental na estratégia do grupo de verticalizar sua operação e se tornar um grande conglomerado na área de energia verde. A Raízen já tem negócios em etanol, etanol de segunda geração e biogás. Ou seja: aos poucos, a distribuição de derivados de petróleo, que motivou a joint venture, vai se tornar um negócio “menor” no portfólio. O investimento corrobora a disposição da Shell de transformar o Brasil em um de seus principais centros na produção de energia renovável. Os anglo-holandeses jogam com duas peças: além da Raízen, lançaram no ano passado a Shell Energy. A subsidiária pretende investir R$ 3 bilhões no país até 2025. Um dos primeiros projetos previstos, da ordem de R$ 200 milhões, é a instalação de uma unidade de hidrogênio verde no Porto do Açu (RJ).
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Pouca areia na ampulheta
19/05/2022A Compass, leia-se Cosan, pretende negociar com o Cade um prazo de até dois anos para concluir a venda de 12 ativos – proposta apresentada pela própria empresa para que o Conselho aprove a compra da Gaspetro. A companhia de Rubens Ometto vislumbra sérias dificuldades para encontrar compradores para um número tão alto de operações. A própria Compass é uma prova da aridez de investidores no setor: só ela apresentou oferta pela, Gaspetro e, mais recentemente, pela gaúcha Sulgás.
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Fundo americano recua alguns hectares em terras brasileiras
24/03/2022Segundo o RR apurou, o TIAA, o fundo de pensão dos professores universitários norte-americanos, estaria vendendo terras na região do Cerrado. Um dos candidatos ao negócio seria a Radar, companhia de propriedades agrícolas controlada pela Cosan. Não é de hoje que os caminhos da dupla se cruzam em solo brasileiro.
Em setembro do ano passado, o grupo de Rubens Ometto recomprou uma participação de 47% na própria Radar, fatia essa que havia sido vendida pela Cosan, em 2016, à Mansilla Participações, veículo de investimento do TIAA. Ambos também teriam mantido negócios conjuntos no setor por meio da Tellus Brasil Participações. Procurados pelo RR, Cosan e TIAA não se pronunciaram.
Tão ou mais importante do que os personagens da operação e esse vai-e-vem societário é o histórico de suspeições lançadas sobre os negócios da TIAA com terras no Brasil. O fundo de pensão chegou a ser acusado de ter comprado propriedades agrícolas no país de forma irregular, driblando as restrições à presença de capital estrangeiro no setor. As denúncias foram alvo de investigação por parte de órgãos públicos. No fim de 2020, um relatório preliminar do próprio Incra apontou indícios de que o TIAA violou a legislação brasileira.
De lá para cá, no entanto, parece terem jogado terra em cima do assunto. Consultado, o Incra não quis se manifestar. Segundo o RR apurou, à época, a questão chegou a provocar mal-estar junto ao governo norte-americano. Na ocasião, Donald Trump ainda estava na Casa Branca. O que não quer dizer que, do ponto de vista diplomático, o tema possa ter perdido peso com a chegada de Joe Biden ao poder. Pelo contrário. Roger Ferguson Jr., que até maio do ano passado ocupava o cargo de CEO do TIAA, é ligado ao Partido Democrata e bastante próximo de Biden. Ex-vice-presidente do FED, Ferguson esteve cotado para assumir a Secretaria do Tesouro.
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Pé no freio
21/03/2022A Cosan está revendo seu plano de investimentos na área de mineração, leia-se a JV, joint venture com o empresário Paulo Brito. A empresa de Rubens Ometto anda mais conservadora: recentemente, suspendeu a criação da Mobitech, que seria uma associação com a Porto Seguro.
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“RaízenTech”
24/02/2022A Raízen, joint venture e a Cosan e a Shell, pretende ter a sua própria fintech.
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Todo o gás
18/02/2022Além do projeto já anunciado para o Porto de Santos, a Compass, leia-se Cosan, estuda construir um terminal de regaseificação de GNL no Nordeste. Um dos locais avaliados é o porto de Pecém, no Ceará.
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Onipresente
8/02/2022A Compasss, leia-se Cosan, fez chegar à Vibra Energia seu interesse em comprar sua participação de 49% na ES Gás.
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Uma voz a mais contra a Compass
4/02/2022A Equatorial Energia estaria trabalhando nos bastidores do Cade contra a aprovação da venda da Gaspetro à Compass, leia-se Cosan. A companhia tem interesse em entrar no mercado de distribuição de gás. A suspensão do negócio colocaria novamente sobre o balcão as participações da Petrobras em 17 concessionárias estaduais do setor.
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Investimentos, empregos e… votos
28/01/2022O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, tem feito gestões junto ao Ibama com o objetivo de acelerar a concessão das licenças ambientais da nova ferrovia que a Rumo vai construir no estado. Candidato à reeleição, Mendes é o maior interessado em que as obras comecem bem antes de outubro. A subsidiária da Cosan vai investir R$ 11 bilhões no empreendimento.
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Tem terra para todos
26/01/2022O Gávea, de Armínio Fraga, estuda investir na compra de propriedades agrícolas. De uma certa forma, vai seguir o caminho de Daniel Dantas, que derivou para o agronegócio através da aquisição de milhares de cabeças de gado.
…
A argentina Cresud está se movimentando para aumentar sua participação na Brasil Agro, uma das maiores empresas de propriedades agrícolas do Brasil.
…
Após recomprar a Radar, a Cosan planeja novas aquisições no segmento de propriedades agrícolas. O alvo principal seria a Terra Santa, dona de uma carteira de mais de 80 mil hectares de terras.
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Queda de braço
20/01/2022A Rumo, leia-se Cosan, não vai deixar barato. A empresa prepara-se para recorrer à Justiça da multa de R$ 247 milhões que recebeu do Cade por concorrência desleal no transporte ferroviário de açúcar.
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Operação cruzada
10/01/2022A Raízen enxerga segundas intenções na ação movida pela Gran Petro na Justiça holandesa contra a Shell. A empresa de origem mato grossense cobra uma indenização financeira alegando que a multinacional criou dificuldades para a sua entrada no mercado de combustível de aviação no Brasil. No entanto, o que se diz nos bastidores é que a Gran Petro quer mesmo é fechar um acordo e receber em troca bases operacionais da própria Raízen – joint venture entre a Shell e a Cosan – em aeroportos brasileiros. Procuradas, Raízen e Gran Petro não se pronunciaram.
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Cosan e Âmbar de braços dados
28/12/2021A Cosan está negociando uma parceria com a Âmbar, leia-se J&F Investimentos, para a construção de um gasoduto entre Uruguaiana e Porto Alegre. O pipeline abasteceria a Sulgás, comprada pelo grupo sucroalcooleiro. A princípio, segundo o RR apurou, Rubens Ometto teria manifestado internamente alguma resistência à ideia de se associar aos irmãos Joesley e Wesley Batista. Mas foi convencido de que ambos, agora, são “ficha limpa”.
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Avanço na bolsa…
29/11/2021A Cosan, de Rubens Ometto, retomou os planos de abertura de capital da Compass. A meta é que o IPO ocorra até março de 2022. A oferta de ações tornou-se estratégica diante das seguidas aquisições da Compass no setor de gás.
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Radar avança sobre as terras da Brookfield
25/10/2021A Cosan, de Rubens Ometto, voltou com todo o gás ao controle da Radar. A empresa estaria em conversações para a compra de cinco fazendas da Brookfield, localizadas no Tocantins, Maranhão e Piauí. O valor dos ativos seria da ordem de R$ 1 bilhão. Procuradas, as duas empresas não quiseram se manifestar. A Radar também está em busca de propriedades agrícolas na Bahia. A companhia aposta em um longo ciclo de alta dos preços de terras no país. O custo do hectare já cresceu, em média, 18% em 12 meses, atingindo o maior patamar em 20 anos. Como consequência, os contratos de arrendamento de terras subiram mais de 70% no último ano. Esse é o principal negócio da Radar: a maior parte de sua carteira, composta por 390 fazendas e quase cem mil hectares, está alugada para terceiros.
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Cosan a caminho do Espírito Santo
8/10/2021O RR apurou que a Cosan pretende disputar a privatização da ES Gás, prevista para o início de 2022. A empresa de Rubens Ometto já
teria, inclusive, consultado informalmente autoridades capixabas e o BNDES, responsável pela modelagem da operação. Ressalte-se que a Cosan é dona da Comgás e recentemente comprou a Gaspetro, herdando participações em 19 distribuidoras de gás.
Acervo RR
Novos mares
1/10/2021A venda do projeto do terminal privado de São Luís para a Cosan não significou o adeus da CCCC ao setor portuário no Brasil. O RR apurou que a gigante chinesa estaria em conversações com o governo de Pernambuco em torno da construção do segundo terminal de contêineres do porto de Suape, orçada em mais de R$ 2 bilhões.
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Terra à vista 2
27/09/2021A Cosan, que recomprou o controle da Radar, já faz planos de abrir o capital da empresa de propriedades agrícolas.
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Âncora ao mar
10/09/2021Estão bem adiantadas as negociações para a Cosan compra os 51% da chinesa CCCC no projeto de construção de um terminal privado no Porto de São Luís (MA). A empresa de Rubens Ometto já é dona dos outros 49%.
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Mais gás para a Compass
8/09/2021A Compass, leia-se Cosan, abriu conversações com a YPFB para aumentar substancialmente o volume de gás contratado da estatal boliviana. Trata-se de um movimento estratégico para a empresa de Rubens Ometto. Dona da Comgás, a Compass acaba de comprar o controle da Gaspetro, herdando participações em 19 distribuidoras estaduais de gás.
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Uma operação gasosa
1/09/2021A venda da participação da Petrobras na Gaspetro para a Compass, leia-se Cosan, corre o risco de parar nos tribunais. Governadores, notadamente do Nordeste, têm discutido a possibilidade de entrar na Justiça para brecar a operação até que os estados exerçam o direito de preferência para a compra da participação da holding em suas respectivas concessionárias. A Gaspetro está no capital de 18 distribuidoras estaduais de gás. Ressalte-se que os governos da Bahia e da Paraíba já confirmaram que pretendem recomprar as ações da BahiaGás e da PBGás.
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Fechando o cerco
26/08/2021A Compass, leia-se Cosan, pretende comprar a participação de 49% da Mitsui na Gaspetro. Com isso, a empresa de Rubens Ometto assumiria o controle integral da operação. A Compass adquiriu recentemente os outros 51% da Gaspetro junto à Petrobras. Procurada, a Mitsui disse não “ter ciência do assunto”. Já a Compass não se pronunciou.
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Compass rumo ao sul
12/08/2021Rubens Ometto está com todo gás. O RR apurou que a Compass, leia-se Cosan, vai disputar a privatização d gaúcha Sulgás, prevista ainda para este ano. Pode ser o ativo de número 20 no portfólio da empresa. Com a compra do controle da Gaspetro junto à Petrobras, por R$ 2 bilhões, a Compass herdou participações em 19 distribuidoras do setor.
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Ensino e lubrificante
10/08/2021A CVC Capital Partners está garimpando ativos na área de educação no Brasil, notadamente no segmento de ensino superior. Dona de uma carteira de US$ 160 bilhões, a gestora com sede em Luxemburgo já é sócia da Cosan na empresa de lubrificantes Moove.
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As startups de Ometto
5/07/2021O empresário Rubens Ometto estaria envolvido em um projeto de aquisição de startups da área de energia renovável. Não está claro se é investida solo ou por meio da Raízen, sociedade entre a Cosan, de Ometto, e a Shell.
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O lobby aditivado do etanol
4/06/2021Grandes grupos do setor sucroalcooleiro, a exemplo de Cosan, Copesucar e São Martinho, pressionam o governo a rever a recente decisão de reduzir o percentual de mistura de biodiesel ao diesel de 13% para 10%. Para isso, o setor conta com o peso do seu braço no Congresso, a Frente Parlamentar do Biodiesel, comandada pelo deputado federal Pedro Lupion (DEM-PR). Sua influência no Palácio do Planalto não deve ser desprezada. O parlamentar é filho de Abelardo Lupion, ex-deputado e ex-assessor de Onyx Lorenzoni durante a sua passagem pela Casa Civil.
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Sem açúcar e sem afeto
2/06/2021Segundo uma fonte que participa das tratativas, está saindo faísca nas negociações entre a Cosan e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de São Paulo em torno do reajuste salarial da categoria. A empresa recusa o aumento da ordem de 8%, já aceito por outras 35 usinas do estado.
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Ponto final
2/06/2021Não retornaram ou não comentaram o assunto: Ministério da Ciência e Tecnologia, Cemig, BB, GetNet, Vinci e Cosan.
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Compass rumo ao Amapá
21/05/2021A Compass, braço da Cosan na área de energia, avalia participar do leilão da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), marcado para 18 de maio. Seria a sua estreia no segmento de distribuição: até o momento, a empresa está concentrada em ativos de geração. Uma estreia bem baratinha, diga-se de passagem: o lance inicial pela CEA está fixado em R$ 50 mil.
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Eles fazem diplomacia
5/05/2021O embaixador da Argentina, Daniel Scioli, tem feito um trabalho-formiguinha com o objetivo de atrair investimentos de empresas brasileiras para o seu país. Está dando certo. A Cosan, por exemplo, teria planos de aportar cerca de US$ 700 milhões na Argentina.
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Limpando o “passivo”
13/04/2021A saída de Juan José Blanchard da presidência da Biosev foi, digamos assim, um acordo de cavalheiros entre Raízen e Louis Dreyfus, respectivamente a nova e a ex-controladora da empresa. A joint venture entre Cosan e Shell não quis carregar o executivo, cuja gestão ficou marcada por seguidos prejuízos e aumento da dívida da companhia sucroalcooleira. Blanchard terá outro cargo na Louis Dreyfus.
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Especulações a mil no Grupo Ultra
12/04/2021A entrada do ex-presidente da CSN e da Cosan, Marcos Lutz, no Conselho de Administração do Ultra tem alimentado especulações dentro do próprio grupo. Sua chegada é vista como uma antessala para mudanças importantes na cadeia de comando da companhia. Lutz seria, desde já, o preferido do próprio Pedro Wongtschowski para assumir o comando do board a partir de 2023, data prevista para a saída do empresário do cargo. No entanto, há também rumores de que ele teria o apoio de acionistas relevantes, a exemplo, do Pátria Investimentos, para assumir a presidência executiva no lugar de Frederico Curado. Nesse contexto, caberia a Lutz acelerar o processo de desmobilização de ativos, como as vendas da Oxiteno e da Extrafarma, e de avançar na área de refino. O Ultra é forte candidato à compra de refinarias da Petrobras.
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Fica para 2022
1/04/20212021 já acabou. O que se diz na Cosan é que o IPO da Compass, empresa de gás natural do grupo, será empurrado para 2022.
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Ponto final
1/04/2021Não retornaram ou não comentaram o assunto: Cosan e Presidência da República.
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Governo Bolsonaro lança dúvidas sobre o futuro da BR
23/03/2021A BR Distribuidora virou uma bola de pingue-pongue, rebatida de um lado para o outro da rede entre estratégias e interesses conflitantes entre si. Do Palácio do Planalto, surgem vazamentos sobre a ideia de reestatização da companhia. Nesse caso, a Petrobras, que mantém uma participação de 37,5% na distribuidora de combustíveis, seria usada pelo governo para a recompra de ações da BR em mercado. Essa hipótese quica sobre a mesa como um rebote da raquetada do presidente Jair Bolsonaro na governança da
petroleira.
Se é possível interferir na Petrobras, por que não na BR, ainda que a participação do governo na companhia se dê de forma indireta? Pelo silogismo bolsonarista, se a Petrobras é sócia da empresa, está resolvido: “La BR c ´est moi” No sentido contrário, está o projeto de privatização completa da BR, com a venda do restante das ações ainda em poder da Petrobras. Os fundos que coabitam o capital da empresa pressionam por esta solução. Esta, inclusive, seria a principal missão de Wilson Ferreira Junior, que as-
sumiu a presidência da distribuidora de combustíveis na semana passada. Ferreira tem o perfil de embalador de empresas para a privatização, ainda que não tenha alcançado sucesso na Eletrobras.
Na estatal, ele perdeu a viagem. Já na BR, o executivo vem calejado pela arritmia decisória do governo Bolsonaro. No meio dessa troca de bolas de um lado para o outro, o RR recebeu também a informação do interesse da Americanas em ter uma participação expressiva na BR. A rede varejista, ressalte-se, já enxerga o negócio por dentro: firmou recentemente um acordo operacional com a distribuidora no segmento de lojas de conveniência. A compra das ações da Petrobras faria da Americanas o principal acionista individual da BR. A operação significaria o ingresso do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira em um setor extremamente disputado.
Além do varejo per si, com a gestão das lojas de conveniência, Lemann e cia. passariam a competir com Raízen, Ultra/Ipiranga, entre outros menos votados. No mercado especula-se também que a ida de Marcos Lutz para o conselho do Grupo Ultra teria como objetivo a aquisição da BR. Lutz, enquanto esteva na Cosan, era o executivo dedicado a uma operação de compra da estatal. Mas tudo ainda está no campo das conjecturas. Os 37,5% do capital nas mãos da Petrobras indexam o destino da BR aos humores de Jair Bolsonaro.
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Produto inflamável
22/03/2021Desentendimentos com a CVC Capital Partners, dona de 30% do capital, estariam retardando o processo de IPO da Moove, empresa de lubrificantes controlada pela Cosan.
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Ponto final
22/03/2021O seguinte citado não comentou o assunto: Cosan.
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Incra fecha o cerco a estrangeiros em terras brasileiras
28/01/2021A semente de um primeiro atrito diplomático entre os governos de Jair Bolsonaro e Joe Biden pode estar brotando no solo brasileiro. Segundo o RR apurou, o Incra pretende anular títulos de propriedade de terras na região do Cerrado que pertencem ao Teachers Insurance and Annuity Association of America (TIAA), um dos maiores fundos de pensão do mundo, e ao fundo de investimentos da Universidade de Harvard. De acordo com a mesma fonte, a autarquia aguarda apenas parecer favorável da AGU para levar o processo de cassação adiante.
Com base em investigações encerradas no último mês de dezembro, o Incra acusa a dupla norte-americana de ter violado restrições impostas pela Constituição para a compra de terras por estrangeiros. No caso do TIAA, as operações envolveriam a aquisição de mais de 30 mil hectares no Mato Grosso, Maranhão e Piauí em parceria com a Cosan. Procurados pelo RR, TIAA, Universidade de Harvard e Cosan não se pronunciaram. O Incra, por sua vez, informou que “o processo está em análise e, até a sua conclusão, não se manifestará sobre o caso”.
A julgar pela postura do presidente Jair Bolsonaro, é provável que a autarquia tenha apoio do Palácio do Planalto para avançar sobre os fundos norte-americanos. Bolsonaro já anunciou que vai vetar o projeto de lei aprovado pelo Senado em dezembro, flexibilizando a compra de terras por estrangeiros. Ao seu estilo, Bolsonaro foi curto e grosso em sua live semanal exibida no último dia 24 de dezembro: “Você acha justo vender terras aqui para estrangeiros? Se vender terra para estrangeiro, ele nunca mais vai revender para ninguém, vai ser território dele”.
É provável que uma medida mais contundente por parte do governo brasileiro provoque algum ruído bilateral. Os protagonistas deste enredo são dois importantes e influentes investidores institucionais dos Estados Unidos, ainda que com pesos bastante distintos. O fundo de Harvard administra cerca de US$ 50 bilhões. O TIAA, por sua vez, tem sob gestão mais de US$ 1 trilhão. Já há algum tempo ambos estão no radar de ONGs, a exemplo de Grain, Rede Social e AATR (Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais), que monitoram a presença de estrangeiros no setor. A dupla figura numa lista de investidores estrangeiros que teriam comprado ilegalmente mais de 700 mil hectares de terras no Brasil.
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Inimigo meu
22/01/2021O empresário Rubens Ometto está engasgado com o vira-casaca de Marcos Lutz. Prestes a assumir uma cadeira no Conselho de Administração do Ultra, Lutz presidiu a Cosan, controlada por Ometto, até abril do ano passado. Tempo suficiente para levar de bandeja para a nova casa informações estratégicas de estudos feitos pelo grupo sucroalcooleiro sobre os ativos em refino da Petrobras. Por coincidência, Ultra e Cosan – por meio da Raízen, joint venture com a Shell – estão duelando pela compra das refinarias Refap, no Rio Grande do Sul, e Repar, no Paraná.
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Naturgy na disputa pela Gaspetro
14/12/2020A espanhola Naturgy reabriu conversações com a Petrobras para a compra da sua fatia de 51% na Gaspetro, holding com participações em 18 distribuidoras de gás. A estatal esteve perto de fechar negócio com a Compass, leia-se Cosan, mas a operação micou após restrições impostas pelo Cade. Em tempo: são grandes as chances de que a Mitsui, dona dos 49% restantes da Gaspetro, também se desfaça das suas ações.
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O leque da Cosan
19/11/2020Quem tem dindim pode doar dinheiro para campanhas eleitorais fadadas a não terem êxito. O dono do Grupo Cosan, Rubens Ometto, por exemplo, entregou R$ 200 mil ao pole position da prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). Mas deu também metade da bufunfa de Covas para o tucano Andrea Matarazzo, cuja vitória era, digamos, impossível. Vá lá que alguma doação seja coisa de amizade. Os R$ 2,3 milhões que o empresário jogou no pleito (Ometto foi o quarto maior doador das eleições no primeiro turno) sobram para agraciar perdedores e ganhadores.
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João Doria equilibra-se entre o público e o privado
21/10/2019Notório workaholic, João Doria quer abraçar o mundo. Mesmo no Palácio dos Bandeirantes, no comando do maior PIB do Brasil, não consegue se desvencilhar de todo de seus negócios pessoais. Ainda que, formalmente, não ocupe mais qualquer cargo no Grupo Lide, o governador mantém uma relação de sístoles e diástoles com a empresa, que não dispensa seus aconselhamentos, sua visão estratégica e sua reconhecida capacidade de unir pontos. Um exemplo do zelo que o criador tem pela criatura: um importante empresário relatou ao RR ter recebido, recentemente, um telefonema do governador que, lá pelas tantas, pediu sutilmente ao interlocutor que prestigiasse um evento do Lide.
Talvez seja responsabilidade demais sobre os ombros do jovem João Doria Neto, filho do governador. Hoje com 25 anos, o rebento se viu obrigado a assumir o controle acionário do Grupo em 2016, quando o pai foi eleito prefeito de São Paulo. Doria deixou o “príncipe regente” sob a tutela do ex-ministro Luiz Fernando Furlan, chairman do Lide. Ainda assim, o próprio Furlan presta contas rotineiramente a Doria. A agenda de João Doria mostra a sua dificuldade de se manter longe das suas empresas. Em 5 de abril, acolchoado pela presença de outros governadores, participou de um evento do Grupo Lide, em Campos do Jordão, sobre segurança e capitalização dos estados. BTG, CSN e Volkswagen, entre outras, estampavam suas logomarcas pelo ambiente.
Em 15 de maio, com o secretário Henrique Meirelles a tiracolo, Doria foi uma das estrelas do Lide Brazilian Investment Forum, em Nova York, sob os auspícios de grandes grupos empresariais, como Caoa e Cosan. Em 12 de agosto, lá estava o governador nos salões do Grand Hyatt, em São Paulo, dedicando tempo e energia ao seu empreendimento. Na ocasião, prestigiou almoço-debate entre o presidente do STF, Dias Toffoli, e empresários promovido pelo Lide.
Tudo com o devido apoio da XP Investimentos, Grupo Jereissati e Usiminas, entre outros. A dificuldade de João Doria em cortar o cordão umbilical com o grupo que fundou é tamanha, que, quando ele não está presente, é possível ver seu lugar-tenente, o vice-governador Rodrigo Garcia, nos convescotes do Lide. A partir desta semana, por exemplo, Garcia integrará a comitiva do Lide Business Trip China. Até o dia 28 de outubro, um carrossel de interesses públicos e privados rodará pelas cidades de Pequim, Xangai e Hangzhou. Compulsivo, como só ele, certamente Doria acompanhará tudo a distância, nos seus menores detalhes.
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Bolsonaro deve quebrar cartel das distribuidoras na venda de etanol
18/02/2019No que depender das recomendações do Ministério de Minas e Energia, do Cade e da ANP, o presidente Jair Bolsonaro deverá aprovar a proposta de que as usinas passem a comercializar etanol diretamente aos postos revendedores, sem a necessidade de intermediários. Uma vez confirmada, a medida representará um duro revés para as grandes distribuidorasde combustíveis do país, notadamente BR, Raízen (Cosan e Shell) e Ipiranga (Grupo Ultra) – o trio concentra mais de 50% das vendas de etanol hidratado no país. No governo, a proposta é vista como uma saída para dar fôlego à indústria sucroalcooleira nacional, sem a necessidade de renúncia fiscal ou outros combustíveis do gênero.
Há hoje mais de 80 usinas em recuperação judicial no país. Isso para não falar da possibilidade de redução do preço final do etanol na bomba. O assunto está concentrado na ANP, que já se posicionou favoravelmente àmudança. Consultada, a agência confirmou que “não há óbices regulatórios para a venda direta de etanol das usinas”. Mais do que isso: informou também que está “alinhada ao Cade”. O órgão antitruste emitiu parecer técnico apontando que a norma vigente “produz ineficiências econômicas, à medida que impede o livre comércio e dificulta a possibilidade de concorrência que poderia existir entre produtor de etanol e distribuidor de combustível”. O Cade sabe bem do que está falando.
No momento, há seis procedimentos abertos no Conselho para investigar a formação de cartel entre as grandes distribuidoras de combustíveis. A questão opõe dois importantes setores da economia. De um lado, a indústria do etanol; do outro, as grandes distribuidoras de combustíveis. A situação deste último grupo é complicada. Além dos aspectos de ordem econômica que sustentam a mudança das regras, há outro fator que potencializa a frágil posição das distribuidoras de combustíveis nesta contenda: o crescente grau de criminalização do setor.
Em 2017, o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu à Justiça o cancelamento do registro da Raízen, da Ipiranga e da BR no estado por venda de etanol adulterado. A trinca também é investigada pela Polícia Civil do Paraná por suspeita de formação de quadrilha. No Distrito Federal, por sua vez, investigação conjunta do próprio Cade, da Gaeco – a Coordenadoria de Controle Externo da Atividade Policial e dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público – e da Polícia Federal desbaratou um cartel formado por 13 redes de postos locais. A indústria sucroalcooleira aproveita para descarregar sua munição contra as grandes distribuidoras de combustíveis. Elas são acusadas de inibir a venda de etanol e privilegiar a comercialização de gasolina, que oferece maiores margens.
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Louis Dreyfus cansou de perder
25/01/2019Acabou-se o que quase nunca foi doce: a Louis Dreyfus Commodities (LDC) prepara sua saída do mercado sucroalcooleiro no Brasil. Os franceses teriam colocado à venda todas as dez usinas da subsidiária Biosev localizadas nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Norte, com capacidade total de moagem da ordem de 35 milhões de toneladas. A operação inclui ainda um terminal no Porto de Santos.
Segundo o RR apurou, o pacote já teria sido oferecido à Raízen, a joint venture entre Cosan e Shell. No ano passado, a LDC negociou uma planta sucroalcooleira no Rio Grande Norte e chegou a colocar à venda outra usina, na Paraíba. O intuito do grupo, àquela altura, era se livrar do bagaço e permanecer apenas com as unidades mais rentáveis. Mas cadê que elas existem? Nos últimos meses, as perdas da Biosev se agravaram.
Com isso, cresceu também a pressão dos acionistas da LDC em Paris pela saída definitiva do negócio, após uma série de aportes que viraram pó. A empresa fechou o primeiro semestre da atual safra com um prejuízo de aproximadamente R$ 660 milhões, um déficit 20% maior do que o registrado em igual período no exercício passado. Anualizado, o rombo passa de R$ 1,3 bilhão. Nas últimas duas safras, os franceses perderam mais de R$ 1,8 bilhão com a sua operação sucroalcooleira. É uma rotina que, no ano passado, custou a cabeça do então CEO da Biosev, Rui Chammas.
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Fast track
14/11/2018A equipe de infraestrutura de Jair Bolsonaro, à frente o general Oswaldo Ferreira, pretende destravar a renovação da licença da Malha Paulista, leia-se Cosan, no primeiro trimestre de 2019. O pedido ricocheteia na ANTT, no Ministério dos Transportes e no TCU há mais de um ano. Junto com ele um programa de investimentos de R$ 5 bilhões.
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Todos querem um pouco de Ometto
11/10/2018Rubens Ometto já foi procurado por emissários tanto de Jair Bolsonaro quanto de Fernando Haddad em busca de apoio financeiro. Até o momento, o dono da Cosan é o grande “mecenas” destas eleições. Lidera o ranking de doações, com R$ 6,8 milhões distribuídos para mais de 50 candidatos de 13 partidos. Ressalte-se que, no primeiro turno, Ometto não deu sequer um centavo para qualquer candidato à Presidência. Tem pelo menos duas semanas para sair do zero…
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Vida de Ometto merece horário nobre
4/10/2018O que une Waldomiro Pena, o intrépido jornalista interpretado por Hugo Carvana em “Plantão de Polícia”, Tito Lívio, delegado corrupto vivido por José Wilker em “Bandidos da Falange”, e Rubens Ometto? Assim como os demais, o dono da Cosan está se juntando à galeria de “personagens” de Aguinaldo Silva. Segundo uma fonte próxima ao empresário, Ometto terá sua biografia escrita pelo aclamado novelista. A obra servirá como base para a produção de um “docudrama” – como o nome sugere um documentário com a dramatização de fatos reais. Parece oportuno para “remasterizar” a imagem de Ometto. Não obstante sua inegável trajetória de sucesso na consolidação do maior grupo sucroalcooleiro do país, mais recentemente sua biografia tem sido pontilhada por algumas nódoas. Em 2017, o MP do Rio pediu a cassação do registro da Raízen – joint venture entre a Cosan e a Shell – sob a acusação de venda de combustível adulterado. Ontem mesmo o Cade abriu processo contra a empresa por supostas práticas contra a concorrência na venda de querosene de aviação. E ainda há o fantasma Palocci: a queda de 13% das ações da Cosan ao longo da última semana tem sido atribuída no mercado a uma eventual citação à empresa na delação do ex-ministro. Certamente, Aguinaldo Silva saberá dar a devida carga dramática a esses episódios.
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Ponto final
4/10/2018As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Cosan (Rubens Ometto), Gafisa, Alphaville, BB e Tarpon.
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China Railway avança sobre a Rumo
25/09/2018A China Railway entrou na disputa pela compra de 40% da Malha Sul, concessão da Rumo Logística – leia-se Cosan. Segundo o RR apurou, a companhia chinesa já teria encaminhado uma proposta ao empresário Rubens Ometto. Seu principal concorrente é a Sumitomo; a conterrânea China Communications Construction Company (CCCC) corre por fora. Com o descarrilamento do programa de concessões do governo Temer, a venda da Malha Sul é o grande “leilão” ferroviário da temporada. Que o diga a própria China Railway, que tinha interesse na licitação da ferrovia Norte-Sul e, diante do adiamento sine die da operação, tomou a direção da Rumo Logística. A venda de um pedaço da Malha Sul pode chegar à casa dos R$ 3 bilhões. No entanto, na prática, o valor em jogo é mais do que o dobro dessa cifra. A entrada do novo sócio será o estopim para a execução do plano de expansão da Malha Sul, da ordem de R$ 4 bilhões.
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Destucanou
20/09/2018Rubens Ometto, amigo de Geraldo Alckmin, “destucanou”. O dono da Cosan está se aconchegando, com açúcar e afeto, na campanha de Jair Bolsonaro.
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Programa de governo
4/09/2018Rubens Ometto, da Cosan, já teria encaminhado a Geraldo Alckmin um “programa de governo” para a indústria sucroalcooleira.
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Raízen chega na Argentina em má hora
31/07/2018A Raízen, que pagou US$ 950 milhões pelos 645 postos da Shell na Argentina, está sendo obrigada a refazer todo o planejamento financeiro da operação. Tudo por conta do congelamento dos preços dos combustíveis decretado pelo governo Macri, que durou de maio ao início de julho. O grupo será bastante conservador nas suas contas, devido ao risco de que a medida seja repetida ainda neste ano. Em tempo: até recentemente a conta cairia apenas no colo da Shell. Mas, ao vender seus postos na Argentina, o grupo anglo holandês passou a dividir a fatura com a Cosan, sua sócia na Raízen.
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Água barrenta
6/06/2018A exemplo da licitação da Cedae, os processos de privatização das empresas de saneamento do Pará (Cosanpa) e de Pernambuco (Compesa) estão devagar, quase parando no BNDES – responsável pela modelagem da operação. Como, aliás, quase tudo no governo Temer.
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Principal ponte
28/05/2018Rubens Ometto, dono da Cosan, já pontifica como uma espécie de “ministro da Agricultura” de Geraldo Alckmin. Tem sido a principal ponte entre o tucano e o agronegócio.
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Rubens Ometto mira nas eólicas da Shell
2/03/2018Rubens Ometto, dono da Cosan, vislumbra a possibilidade de um passo adiante no casamento com a Shell. Ele viria com a incorporação pela Raízen dos projetos de energia eólica da multinacional no país. Está prevista a construção de duas usinas no Nordeste, um investimento de R$ 1,5 bilhão. A Raízen, joint venture entre a Cosan e a Shell, ganharia contornos de uma empresa integrada de energia renovável. Falta combinar com os anglo-holandeses… É justamente o que Ometto espera fazer nos próximos meses.
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Ponto final
2/03/2018As seguintes empresas não comentaram o assunto: Votorantim, Suzano, Safra, Cosan e Raízen.
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Raízen abastece em pequenos postos
2/02/2018A Raízen pretende comer market share no setor de combustíveis pelas bordas do prato. A dobradinha Cosan e Shell vai partir para aquisição de rede de postos regionais. O principal nome na alça de mira é a gaúcha Charrua, que reúne cerca de 250 estabelecimentos no Sul do país. A empresa tem uma participação modesta no bolo nacional – algo como 0,7% da venda de combustíveis. No entanto, concentra uma fatia nada desprezível de quase 10% do mercado gaúcho. A Raízen considera o timing favorável para a investida, pelas circunstâncias que cercam seus concorrentes. A BR Distribuidora reorganiza a casa após seu IPO; e a Ipiranga apruma sua estratégia após a frustrada tentativa de aquisição da Ale. Em tempo: ao olhar para a Charrua, a Raízen talvez não esteja enxergando apenas uma, mas três portas entreabertas. A companhia gaúcha é um istmo que leva a outras duas redes, a também gaúcha Megapetro e a paranaense Potencial, com as quais montou uma joint venture na área de logística de combustíveis.
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Sondagem RR: Paulo Cunha é o executivo mais qualificado do país; Schvartsman, o destaque de 2017
29/01/2018Se fosse possível clonar os principais atributos dos maiores executivos do país, o empresário mais gabaritado seria uma combinação de Paulo Cunha, Fabio Schvartsman e Jorge Gerdau, com uma pitada de Paulo Skaf. É o que mostra enquete realizada pelo Relatório Reservado junto a uma pequena amostragem da sua base de assinantes. No total, foram consultadas 51 pessoas, pre-dominantemente empresários, executivos, banqueiros e juristas. Cada um dos nomes acima pontificou em uma categoria diferente da sondagem.
Cunha, presidente do Conselho do Grupo Ultra, foi apontado por 17% dos entrevistados como o dirigente empresarial mais qualificado do país. Schvartsman, presidente da Vale, foi considerado o “executivo de destaque” em 2017; Jorge Gerdau, a maior liderança empresarial; e Paulo Skaf, o dirigente empresarial com maior influência política. Pedro Parente, presidente da Petrobras, ficou em segundo lugar no ranking dos executivos mais qualificados do país, logo atrás de Cunha, com 15%. Foi seguido por Carlos Britto, da InBev, e Wilson Ferreira Jr., da Eletrobras, respectivamente com 12% e 11%.
O próprio Fabio Schvartsman e José Galló, n. 1 da Lojas Renner, também foram citados, respectivamente com 8% e 6%. Schvartsman foi eleito o destaque entre os executivos brasileiros em 2017 com 36% dos votos. Em pouco mais de oito meses no cargo, ele conduziu o processo de reestruturação societária da Vale, a migração para o Novo Mercado e acentuou o processo de redução do nível de alavancagem da companhia. A seguir, apareceram Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, e novamente José Galló, empatados com 14%. Wilson Ferreira Jr. teve 11%.
No quarto lugar, Pedro Parente foi novamente citado, por 9% dos consultados. Na sequência, Amos Genish, que assumiu o comando da Telecom Italia, mereceu 8% dos votos. Outros sete executivos foram mencionados como destaque de 2017, com percentuais dispersos. Para os assinantes do RR, Jorge Gerdau é a maior liderança empresarial do Brasil, com 21%. Em segundo lugar, Abilio Diniz, com 17%. Logo atrás, os dois mais prestigiados nomes da banca nacional: novamente Luiz Carlos Trabuco, com 17%, e Roberto Setubal, do Itaú (12%). Gerdau também foi mencionado como o dirigente com maior representatividade em seu setor, empatado com Rubens Ometto, dono da Cosan, ambos com 19%. Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, apareceu com 11%.
Ligeiramente atrás, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff (10%). O RR também perguntou aos seus assinantes quem é o dirigente empresarial com maior influência política no Brasil. Paulo Skaf, híbrido de presidente da Fiesp e pré-candidato ao governo de São Paulo, recebeu 41% dos votos. Superou seu companheiro de chapa na entidade – e de menção na Lava Jato -, Benjamin Steinbruch (29%). Em terceiro, Robson Andrade, presidente da CNI, foi escolhido por 9%.
A enquete do RR não falou apenas de flores. O espinho veio sob a forma da pergunta “Qual o dirigente empresarial de trajetória mais declinante do Brasil?” – lembrando que nomes de condenados na Lava Jato não foram contabilizados. Deu André Esteves, sócio do BTG, na avaliação de 11% dos entrevistados. Atrás dele, apareceu Ricardo Nunes (6%), da combalida Máquina de Vendas. Paradoxalmente, Skaf surgiu mais uma vez. Para 5%, o presidente da Fiesp entrou em um ciclo declinante – ainda que as pesquisas o coloquem entre os três primeiros colocados na disputa pelo governo de São Paulo. Logo a seguir, com 4%, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, do Grupo Caoa, citado nas operações Zelotes e Acrônimo. Na opinião de 3%, Maria Silvia Bastos Marques é a executiva em maior declínio, resultado que reflete sua recente passagem pela presidência do BNDES. Terá a oportunidade de reverter esta percepção na presidência da Goldman Sachs no Brasil.
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Rubens Ometto empurra a Comgás na direção da Gas Brasiliano
20/10/2017Rubens Ometto enxerga a compra da participação da Shell na Comgás, sacramentada na última semana, como um rito de passagem para um projeto maior. Após assumir, sozinho, o controle da distribuidora, até então compartilhado entre a Cosan e os anglo-holandeses, Ometto está empenhado em costurar a fusão da empresa com a Gas Brasiliano. A operação passa pela Petrobras e pela Mitsui, donas, respectivamente, de 51% e 49% da Gaspetro.
Esta, por sua vez, é a controladora da Gas Brasiliano. A condução do negócio requer dois requisitos que Ometto tem de sobra: musculatura financeira e boa circulação entre as veias e artérias do Poder, neste caso não apenas no governo federal, por conta da Petrobras, mas, sobretudo, na esfera estadual. A associação entre as duas distribuidoras de gás teria de passar pelo crivo da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Artesp). Trata-se de um projeto acalentado por Rubens Ometto desde 2012, quando a Cosan, sua empresa, entrou no capital da Comgás. No entanto, a Shell sempre foi um entrave a qualquer investida neste sentido. Como já havia sido em relação a sua sócia anterior na Comgás, a BG, que também chegou a estudar a associação com a Gas Brasiliano.
Para os três protagonistas da operação, a associação entre as duas concessionárias faz todo o sentido estratégico. Cosan, Petrobras e Mitsui passariam a dividir o controle do maior cinturão de distribuição de gás do país, uma empresa que teria sob o seu guarda-chuva mais de 40 milhões de consumidores, ou quase 90% da população de São Paulo. A dobradinha Comgás e Gas Brasiliano seria responsável pela distribuição de quase 50% do gás natural comercializado no país. Juntas, formariam ainda uma companhia com mais de R$ 6 bilhões em receita e um Ebitda da ordem de R$ 2 bilhões, a números de 2016. No seu caso específico, a Petrobras liberaria ainda mais recursos de seu apertado orçamento para investir em atividades do seu core business.
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Caixa de Pandora
20/10/2017O ex-conselheiro José Ricardo da Silva, apontado como um dos principais participantes do esquema de propina no Carf, estaria negociando um acordo de colaboração premiada. A situação de Silva se agravou de vez com a delação do auditor fiscal Paulo Roberto Cortez.
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O valor da Malha Paulista
6/10/2017A Cosan, controladora da Rumo Logística, segurou estrategicamente o lote suplementar de 33 milhões de ações que seriam disponibilizados ao mercado na oferta encerrada nesta semana. A decisão estaria relacionada à Malha Paulista. A expectativa na companhia é que o governo autorize a renovação antecipada da concessão até o início de novembro. Com a boa nova, a Rumo vislumbra a possibilidade de oferecer as ações em mercado a um valor maior do que os R$ 400 milhões que poderia ter arrecadado.
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Raízen se torna o fiel depositário dos postos da Shell
4/10/2017Há conversas ainda preliminares em torno da venda de postos de combustíveis da Shell no Chile para a Raízen, joint venture entre o próprio grupo e a Cosan, de Rubens Ometto. A operação sugere um redesenho da operação dos anglo-holandeses na América do Sul. Seria uma repetição do que ocorreu na Argentina: na última semana, a Raízen confirmou a aquisição de postos da Shell no país – informação antecipada pelo RR na edição de 29 de agosto.
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Rubens Ometto nunca perde a viagem
29/06/2017O empresário Rubens Ometto, da Cosan, tem usado seu prestígio político para convencer o governo a aumentar o percentual de bis-combustível misturado à gasolina, que hoje oscila entre 25% e 27%. De certa forma, seria um prêmio de consolação, uma vez que o principal pleito de Ometto e de todo o setor dificilmente será atendido: o aumento da Cide.
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Rubens Ometto só colhe ingratidão do governo
14/06/2017Rubens Ometto, dono da Cosan, é um dos raros empresários que apoia publicamente o governo – vide sua presença em jantar de desagravo ao presidente Michel Temer, há cerca de duas semanas em São Paulo. No entanto, seu sentimento é que tem colhido muito pouco para o tanto que semeia. Os mais importantes projetos da Rumo Logística, uma de suas empresas, estão parados nos escaninhos do Poder à espera de respostas que não chegam. Ometto comprometeu-se a investir quase R$ 5 bilhões na expansão e modernização da malha ferroviária da companhia.
Há poucas semanas, também acenou ao governo com o interesse em participar do leilão de concessão da Ferrovia Norte-Sul no trecho que cortará São Paulo, Minas, Goiás e Tocantins – um dos empreendimentos incluídos na PPI. Estes dois movimentos, no entanto, estão condicionados à renovação antecipada, por mais 30 anos, da licença da Malha Paulista, uma das principais operações da Rumo. Ocorre que o pedido hiberna na ANTT há mais de um ano. Nem mesmo as insistentes gestões de Ometto junto aos ministros palacianos, Moreira Franco e Eliseu Padilha, têm ajudado a desatar o nó. Curiosamente, não é apenas na esfera federal que Rubens Ometto vem se deparando com a falta de carinho dos governantes que apoia.
Pulando de Brasília para São Paulo e da área de logística para o setor de energia, o empresário tem motivos de sobra para estar decepcionado com Geraldo Alckmin. Ometto não vê qualquer esforço do governo Alckmin para resolver o impasse entre a Comgás, outra de suas empresas, e a Arsesp. Desde o fim do ano passado, a distribuidora está em um embate com a agência reguladora de serviços públicos de São Paulo por conta da revisão das tarifas do gás.
É mais um enrosco que engessa os planos empresariais de Ometto. Enquanto não houver uma definição para os preços do insumo em São Paulo, a Comgás não vai se arriscar a levar adiante o plano de consolidar outras distribuidoras do setor – um dos alvos seria a participação de 49% da Cemig na Gasmig. Consta, aliás, que Ometto abordou o assunto com o governador Alckmin no próprio jantar oferecido ao presidente Temer. Saiu de lá sem a sobremesa que tanto queria.
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Ponto final
14/06/2017Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Cosan, Petrobras, Cemig, OGX e QGEP.
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Uma cobiçada cadeira na ANP
19/05/2017A sucessão na diretoria da ANP será um teste do prestígio do setor sucroalcooleiro no governo. Os grandes usineiros do país, entre os quais Rubens Ometto, da Cosan, e Luis Roberto Pogetti, da Copersucar, trabalham pela indicação do diretor de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Miguel Ivan Lacerda de Oliveira. No início de junho, chega ao fi m o mandato do diretor da ANP José Gutman. O próprio Gutman pensa em ir ficando no cargo por inércia. Com o escândalo do grampo de Temer, ele pode ir sendo esquecido por lá.
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Da Shell para a Shell
8/05/2017A Raízen Fuels Finance, subsidiária da Raízen, está na disputa por ativos da Shell na Argentina: uma refinaria e uma rede de distribuição de combustíveis com 600 postos. As ofertas chegam a US$ 2 bilhões e o acordo deverá ser fechado, no máximo, em três semanas. Estão também no páreo Luksic, Trafigura, YPF e Vitol. Curioso: se a Raízen fechar o negócio, indiretamente a Shell estará vendendo os ativos para ela própria, sócia da joint venture ao lado da Cosan.
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Açúcar e afeto
28/04/2017Rubens Ometto e Shell têm números açucarados para a safra 2017/2018. A Raízen, joint venture entre a Cosan e os anglo-holandeses, vai investir R$ 2,5 bilhões no plantio de cana e na produção de etanol. Serão 20% a mais do que o desembolso na safra anterior. Trata-se de um bom termômetro do humor do setor: Ometto é o principal interlocutor entre usineiros e governo.
Acervo RR
Açúcar e afeto
28/04/2017Rubens Ometto e Shell têm números açucarados para a safra 2017/2018. A Raízen, joint venture entre a Cosan e os anglo-holandeses, vai investir R$ 2,5 bilhões no plantio de cana e na produção de etanol. Serão 20% a mais do que o desembolso na safra anterior. Trata-se de um bom termômetro do humor do setor: Ometto é o principal interlocutor entre usineiros e governo.
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Com açúcar e afeto
6/04/2017Rubens Ometto, da Cosan, e Luis Roberto Pogetti, da Copersucar, estariam usando de toda a sua influência no governo para arrancar da Camex uma taxação de 16% para o etanol importado. Com essa linha de frente, é bem provável que o carimbo seja dado.
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O fadeout da TPG no Brasil
9/03/2017A californiana Texas Pacific Group (TPG) decidiu exercer a opção de converter 12,8 milhões de ações da Rumo Logística em títulos da Cosan e da Cosan Logística – as três empresas são controladas por Rubens Ometto. Não significa, no entanto, que a gestora dos norte-americanos Jim Coulter e David Bonderman será sócia das duas companhias. Cosan e Cosan Logística acertaram com a TPG o pagamento da conversão em dinheiro, ao preço do fechamento médio dos últimos 20 dias. Nada mais conveniente para o atual momento da gestora no Brasil. Com US$ 56,7 bilhões em ativos, a TPG está em fase de desinvestimento no país.
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Cemig acelera venda de ativos com a privatização da Gasmig
24/01/2017A Cemig está em negociações para a venda integral da sua participação na Gasmig, de 99%. A operação, conduzida pelo Itaú BBA, gira em torno de R$ 1,6 bilhão. Os dois principais candidatos à compra da concessionária mineira vêm da Ásia: a Mitsui e a Beijing Gas. A Comgás, leia-se o Grupo Cosan, corre por fora.
A intenção da nova diretoria da Cemig é sacramentar o negócio até março, junto com a já engatilhada venda da participação de 20% na Hidrelétrica de Santo Antônio para a chinesa Three Gorges. O duplo anúncio servirá como um categórico cartão de visitas de Bernardo Salomão, que assumiu a presidência da Cemig em dezembro. Ao embalar em um só pacote duas operações que poderão render à estatal mais de R$ 4,5 bilhões, Salomão pretende mostrar ao mercado que o plano de desmobilização de ativos da empresa será intensificado.
Não custa lembrar que seu antecessor, Mauro Borges, deixou o cargo bastante criticado pelo timing na venda de participações da Cemig vis-à-vis às necessidades de caixa da companhia. No caso da Gasmig, os estudos para a privatização da empresa sofrem idas e vindas desde o início do mandato de Fernando Pimentel. A Gasmig vale quanto pesa. Trata-se da maior concessionária do setor ainda sob controle estatal. Sua receita passa de R$ 1,8 bilhão por ano. Em 2015, seu Ebitda foi de R$ 148 milhões, o equivalente a 15% do faturamento – índice expressivo para uma empresa que atua em um setor com preços regulados. Para efeito de comparação, o ebitda da Comgás no mesmo ano correspondeu a menos de 5% da receita.
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Raízen raspa o tacho da indústria sucroalcooleira
18/11/2016A Raízen, associação entre a Cosan, de Rubens Ometto, e a Shell, lançou uma blitzkrieg sobre empresas sucroalcooleiras em recuperação judicial. Logo na primeira colheita, a companhia pretende adquirir quatro usinas de três grandes grupos do setor, todos em RJ, a saber: Tonon Bioenergia, Abengoa Bioenergia e Unialco. No primeiro caso, o ativo sobre o balcão é a Usina Paraíso, localizada em Brotas (SP). A planta tem capacidade para processar 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Seu maior atrativo está na geografia: fica próxima ao polo petroquímico de Paulínia e ao Porto de Santos. Por sua vez, as conversações com a Abengoa envolvem a aquisição das duas usinas que os espanhóis colocaram à venda nas cidades de Pirassununga e São João da Boa Vista, em São Paulo. Ambas somam uma capacidade de moagem de sete milhões de toneladas por ano. Em relação à Unialco, a Raízen vai participar do leilão que o grupo pretende promover ainda neste ano para a venda da Usina Guararapes, também no interior paulista. As negociações, ressalte-se, passam não apenas pela oferta de uma quantia em dinheiro, mas também pela renegociação das dívidas das usinas com um expressivo deságio. Um fator é fundamental para a investida da Raízen: os respectivos credores da Tonon, da Abengoa e da Unialco, especialmente os bancos, não só pressionam as empresas a se desfazer de seus ativos como aceitam achatar o valor de face dos débitos. No caso da Unialco, por exemplo, estima-se que a dívida da Usina Guararapes (acima dos R$ 800 milhões) possa sofrer um desconto superior a 70%. Tomando-se como base os números, o caso mais urgente é o da Tonon, que tem um passivo total de quase R$ 3 bilhões.
• A seguintes empresa não retornaram ou não comentaram o assunto: Raízen, Tonon, Unialco, Abengoa.
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Etanol volta ao mapa da DuPont no Brasil
11/10/2016A DuPont decidiu retomar os investimentos em biocombustíveis no Brasil. O grupo norte- americano vai tirar da gaveta o projeto de construção de uma planta de etanol flex, que pode utilizar tanto cana-de-açúcar quanto milho como matéria-prima. Ao todo, desembolsará cerca de US$ 150 milhões. O investimento é uma peça importante dentro da estratégia da DuPont no Brasil. Trata-se de um projeto fundamental para dar escala ao laboratório de biotecnologia industrial que os norte-americanos montaram no ano passado, em Paulínia (SP). A DuPont investiu mais de US$ 20 milhões para montar um centro de pesquisa e desenvolvimento de última geração no país, mas, até agora, ainda não conseguiu transformá-lo em fonte de receita. O laboratório não fechou qualquer contrato com usinas sucroalcooleiras. O projeto da planta de etanol flex estava congelado há quase dois anos. A princípio, a DuPont condicionou sua execução à atração de parceiros. Não faltaram tentativas, com Sumitomo, Cosan e Copersucar. Mas nenhuma das conversas seguiu adiante. A necessidade de impulsionar o laboratório de Paulínia, associada à recuperação do mercado de etanol, levou a DuPont a tocar o projeto sozinha. • A seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: DuPont.
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Cosan e Petronas misturam seus lubrificantes
19/09/2016A Cosan, de Rubens Ometto, vem mantendo tratativas com a malaia Petronas para uma associação no mercado brasileiro de lubrificantes – a exemplo do que fizeram recentemente Ultra/Ipiranga e Chevron. O enlace daria origem a uma distribuidora com faturamento perto de R$ 2,5 bilhões e algo em torno de 24% das vendas de lubrificantes no Brasil. A nova empresa ultrapassaria a recém-criada dobradinha Ipiranga e Chevron (22,5%) e encostaria na própria BR (25%). Cosan Lubrificantes e Petronas têm duas fábricas no Brasil – respectivamente, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais – com capacidade somada de aproximadamente 500 milhões de litros por ano. O grupo de Rubens Ometto mantém ainda uma unidade de produção de lubrificantes na cidade inglesa de Kent, herdada com a compra da Comma Oil & Chemicals Limited, em 2012. A princípio, este ativo não deverá entrar na associação com a Petronas. Mesmo com a queda nas vendas de lubrificantes em todo o país (6% em 2015), esta ainda é uma das operações mais rentáveis da Cosan. No ano passado, o Ebitda da Cosan Lubrificantes somou R$ 125 milhões, 21% superior ao apurado em 2014. Um parceiro como a Petronas é tudo o que Ometto quer para aditivar ainda mais o negócio. Com faturamento anual de US$ 70 bilhões, o grupo malaio tem feito seguidos investimentos no mercado brasileiro de lubrificantes. Os asiáticos estão instalando um centro de tecnologia e desenvolvimento de produtos para uso industrial em Contagem (MG), onde já têm uma fábrica. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Cosan, Petronas.
Acervo RR
Gasoduto
12/05/2016A Cosan deverá retomar o projeto de construção de um gasoduto entre a Bacia de Santos e a área de concessão da controlada Comgás, um investimento da ordem de R$ 5 bilhões. Seria a oferenda de Rubens Ometto ao governo de Michel Temer. Procurada pelo RR, a Cosan não comentou o assunto.
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Saneamento
18/08/2015O governador do Pará, Simão Jatene, está embalando a venda de até 49% da Cosanpa. O duro vai ser encontrar comprador. O mercado está superofertado de ativos da área de saneamento que há meses mofam sobre o balcão, a começar pela OAS Soluções Ambientais. * O governo do Pará não respondeu ao RR.
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Ometto já vê Comgás e Gas Brasiliano no mesmo pote
9/06/2015Rubens Ometto anda eufórico nas últimas semanas. Motivos não lhe faltam. Além do recorde nas vendas de etanol no Brasil, registrado nos quatro primeiros meses do ano, o empresário acredita ter juntado as peças necessárias para viabilizar um antigo projeto: a compra da Gas Brasiliano e sua posterior fusão com a Comgás. O quebra-cabeça começa a ganhar forma: de um lado, está o interesse da Petrobras em vender o controle da Gas Brasiliano; do outro, surgem grupos dispostos a se unir a Ometto numa oferta pela concessionária paulista. Além da própria Shell, que já é sócia da Cosan na Comgás, a Total e a Petrogal também devem participar do bid. Estima- se que a operação possa atingir os US$ 400 milhões. Em 2010, quando comprou o controle integral da Gas Brasiliano junto ao grupo italiano Eni, a Petrobras pagou cerca de US$ 250 milhões. O caminho natural é que a operação passe pela Distribuição de Gás Participações, criada pela Cosan no início deste ano a partir do spin off de seus negócios no setor. Além da Comgás, a própria Gas Brasiliano ficaria pendurada na nova empresa – as duas distribuidoras teriam uma receita combinada da ordem de R$ 10 bilhões. Neste caso, ao que tudo indica, a Total, a Petrogal e a própria Shell entrariam diretamente no capital da subholding, passando a dividir com Rubens Ometto o controle das duas maiores distribuidoras de gás de São Paulo. Total e Petrogal estão entrando no negócio guiadas pelo mesmo interesse estratégico: ter uma garantia de consumo do gás que produzirão em seus respectivos blocos na Bacia de Santos. Rubens Ometto, por sua vez, fará por merecer o epíteto de “Mr. Gás”. Caso feche a aquisição da Gas Brasiliano, passará a controlar quase 40% da distribuição do insumo no país.
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A Raízen
26/05/2015A Raízen, associação entre a Cosan e a Shell, ainda tem em estoque quase metade do etanol produzido na safra passada. Formalmente, o grupo diz que, por questões estratégicas, decidiu segurar as vendas a espera da melhora dos preços. No setor, contudo, o que se diz é que os estoques inchados se devem a uma razão bem mais prosaica: faltou comprador, sobretudo no mercado externo.
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Parceiro indigesto
13/05/2015A PDVSA teria procurado a Raizen, leia-se Cosan e Shell, com uma proposta de parceria para a distribuição de combustíveis na Região Norte do Brasil. Rubens Ometto talvez até topasse o risco. Mas é difícil imaginar que a Shell queira se associar a estatal venezuelana e, por extensão, ao governo de Nicolás Maduro.
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O ex-MRS Julio Fontana Neto
10/04/2015O ex-MRS Julio Fontana Neto assumiu a presidência da Cosan Logística com a força de uma locomotiva. Com carta branca de Rubens Ometto, já trocou executivos, refez o planejamento estratégico e reviu o programa de investimentos da empresa.
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Limão amargo
27/02/2015Da caipirinha que os japoneses da Itochu preparavam sobrou apenas o bagaço do limão. O projeto do grupo de montar uma trading no Brasil voltada a comercialização de álcool e açúcar escorreu pia abaixo. A parceria com a Bunge ficou no papel e as conversações com a Cosan não passaram disso, conversações…
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DuPont ainda é um grão de milho no mercado de etanol
28/01/2015Enquanto tenta se acertar com a sócia BP para tirar do papel a primeira fábrica da Butamax, joint venture focada na produção de biobutanol, a DuPont segue seu caminho tortuoso no Brasil. Os norte-americanos suam para montar uma produção de etanol de milho no país. O recente acordo firmado com a Dedini, fabricante de equipamentos para usinas, e com a Porta, dona de duas plantas na Argentina, é apenas um alívio imediato. Mas são movimentos que ainda estão longe de garantir uma operação com a dimensão idealizada pelo grupo. A Du- Pont não conseguiu até agora parceiros para viabilizar a construção da primeira usina de etanol de milho no país. Chegou a negociar com a Cosan e com a Copersucar, mas em ambos os casos as respostas foram negativas. A DuPont planejava vincular o acordo com a Dedini e a Porta, restrita ao fornecimento de equipamentos, tecnologia e insumos, a instalação de novas usinas no Centro-Oeste para fornecer clientes a própria joint venture. As unidades próprias serviriam ainda para incentivar a construção ou adaptação de usinas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, o que daria, no curto prazo, massa crítica ao negócio. A região é a principal produtora do grão no país e uma das maiores no mundo. No entanto, a DuPont não conseguiu convencer suas sócias a adiar o lançamento da joint venture para 2016. Se insistisse, correria o risco de ficar sozinha. A Dedini, que teve expressivas perdas de faturamento nos últimos anos por conta da crise do setor, precisa o quanto antes de alternativas capaz de tirá-la do quase ostracismo. Já a Porta necessita urgentemente ganhar escala fora da Argentina. Apesar da obrigatoriedade da mistura de 10% de etanol a gasolina no país vizinho, a empresa não está conseguindo ampliar a rentabilidade do negócio e precisa ter usinas em outros países da América do Sul. Mesmo diante do quadro nada favorável, a DuPont ainda tentará viabilizar, pelo menos, uma usina até o ano que vem. Para isso, deverá bancar sozinha o projeto e depois negociar a entrada de sócios. Um dos alvos da companhia a futura sociedade é o grupo Amaggi, um dos grandes produtores de milho do país, com sede no Mato Grosso, que tem interesse em investir em biocombustíveis a partir desse grão. Procurada, a DuPont negou que esteja planejando a construção de uma planta de etanol de milho no Brasil.
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Noble Group enterra cada vez mais dinheiro no Brasil
6/01/2015O Noble Group, de Hong Kong, tornou-se uma máquina de esfarelar dinheiro no Brasil. Erros estratégicos e investimentos desastrosos, somados a erosão dos preços das commodities agrícolas e minerais, lançaram o grupo asiático em uma espiral de prejuízos no país. As perdas acumuladas nos últimos dois anos já seriam da ordem de R$ 1,5 bilhão. Parte expressiva dessa conta vem do setor sucroalcooleiro. As quatro usinas de açúcar e etanol do Noble Group em São Paulo têm operado com seguidos resultados negativos. Na área de grãos, o principal negócio da companhia, o cenário é igualmente desolador. Entre janeiro e setembro de 2014, o volume de embarques teria recuado 30% na comparação com o mesmo período no ano anterior. O faturamento, por sua vez, girou em torno de US$ 1,5 bilhão, queda de 20%. A tendência é que estas cifras piorem em 2015. O preço da soja atingiu o menor patamar desde 2010, pressionado, sobretudo, pelo boom nos estoques mundiais – só a produção norte-americana cresceu 20% na última safra. No caso específico do Brasil, o buraco nas finanças do Noble Group vai além do inexorável impacto causado pela depreciação das commodities. Entram nesta conta as equivocadas decisões de investimento no país, que, dentro da própria companhia, são, em grande parte, atribuídas a gestão do brasileiro Ricardo Leiman – o executivo ocupou o cargo de CEO mundial do grupo entre 2009 e 2011. Um exemplo é a compra das duas usinas de açúcar e álcool do Grupo Cerradinho em Catanduva e Potirendaba, no interior de São Paulo. Em 2010, na ânsia de montar uma base de produção de etanol no país e temeroso de perder a disputa com a BP e a Cosan, também candidatas ao negócio, o Noble Group desembolsou cerca de US$ 1 bilhão. Além de um caminhão de dívidas, herdou duas usinas com sérios problemas operacionais, que exigiram um investimento de US$ 400 milhões, dinheiro que os asiáticos não devem recuperar tão cedo. Se serve de consolo, recentemente o Noble Group vendeu para a chinesa Cofco uma participação de 51% da Noble Agri, que reúne suas operações no agronegócio, inclusive na área sucroalcooleira. Ao menos terá com quem dividir os prejuízos nos canaviais brasileiros. Outro caso que ilustra a vocação do Noble Group para torrar dinheiro no Brasil envolve a compra de 30% da Mhag, dona de jazidas de minério de ferro no Rio Grande do Norte. O valor incinerado nem foi tão grande assim: cerca de US$ 60 milhões. No entanto, os asiáticos compraram cascalho por minério. Os planos da mineradora potiguar de produzir dois milhões de toneladas por ano jamais saíram do papel. Os investimentos anunciados na área de logística, idem, Hoje, a Mhag praticamente suspendeu suas operações e, diretamente, mantém apenas oito empregados.
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Ometto dá outro rumo a sua operação logística
28/11/2014Rubens Ometto é homem de fazer revoluções dentro da revolução. A fusão entre a Rumo Logística, controlada pela Cosan, e a América Latina Logística (ALL) nem sequer foi concluída e muito menos aprovada pelo Cade e o empresário já articula os próximos movimentos da operação. Ometto pavimenta desde já a possível associação da nova companhia a um pool de cooperativas agrícolas de São Paulo. Há dois modelos sobre a mesa: a negociação poderia se dar por meio da criação de uma joint venture ou mesmo com a entrada deste grupo de cooperativas no capital da nova operadora logística, a partir da compra de uma participação minoritária. Do lado das cooperativas agrícolas, as tratativas estariam sendo conduzidas pela Coopercitrus, de Bebedouro (SP) – empresa que fatura cerca de R$ 1,7 bilhão por ano com a comercialização de insumos e equipamentos agrícolas. Oficialmente, a companhia nega qualquer negociação. Ressalte-se, no entanto, que a Coopercitrus já tem negócios com a Rumo Logística. Há quase quatro anos ambas são sócias na TB S/A, joint venture criada para operar um terminal de açúcar e grãos em Barreto, também no interior paulista. A intenção de Rubens Ometto é formar um cinturão de parcerias capaz de ampliar a estrutura, o grau de diversificação e a abrangência de atuação do novo grupo resultante da fusão entre ALL e Rumo. O empresário considera fundamental agregar sócios com armazéns e carga garantidos em São Paulo, não por coincidência onde está concentrada a maior parte dos ativos da Rumo – ao todo são sete terminais no estado.
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Parasitismo
28/11/2014Rubens Ometto tenta pegar carona na compra dos ativos da BG pela Shell para ressuscitar um antigo projeto: a atuação conjunta da Cosan e dos anglo-holandeses em exploração e produção no Brasil. A dobradinha chegou a fazer parte dos planos originais da Raízen, joint venture entre as duas empresas, mas acabou ficando pelo caminho. No que depender da Shell, é por lá que ficará.
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Privatização
11/11/2014O assunto, claro, ficou de fora da campanha eleitoral, mas o governador reeleito do Pará, Simão Jatene, está decidido a privatizar a Cosanpa. A companhia de saneamento é um pote até aqui de prejuízos.
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Total e Raízen disputam cada litro de combustível da Ale
29/10/2014Quem vai ficar com a Ale? A resposta só virá ao fim do leilão em que se transformou a venda da quarta maior rede de postos de combustíveis do Brasil. A companhia, controlada pelos empresários Marcelo Alecrim e Sergio Cavalieri, permanece sobre o balcão desde o fim de 2013. A francesa Total e a Raízen, leia-se Cosan e Shell, estão na disputa. Segundo fonte do setor, o BTG Pactual também demonstrou interesse pela empresa – no mercado, desconfia-se que o banco apenas representaria os interesses de um grupo estrangeiro ainda não presente no Brasil. Se a Ale estivesse exposta na Sotheby’s, talvez o martelo já tivesse sido batido. No entanto, as conversações têm sido marcadas por uma série de idas e vindas. Na visão dos pretendentes a compra da Ale, Cavalieri e Alecrim são dois leiloeiros com uma dose de ganância além da conta. Procurada pelo RR, a Ale não confirmou as informações e garantiu que segue com o “plano de crescimento previsto para 2014”. A Total esteve muito perto de fechar a aquisição da Ale. Chegou, inclusive, a firmar um contrato de exclusividade para negociar a compra da empresa, que venceu em fevereiro deste ano. Os franceses aceitaram pagar a cifra de R$ 1 bilhão estipulada pelos donos da Ale. No entanto, de acordo com a mesma fonte, Alecrim e Cavalieri teriam inflacionado a pedida para algo perto de R$ 1,2 bilhão. Foi a vez da Raízen concordar com as novas condições, mas a novela teria se repetido: na hora H, os controladores da Ale regatearam. Segundo a fonte do RR, as conversações tanto com a Total quanto com Rubens Ometto prosseguem, porém num tom bem mais rascante. Alecrim e Cavalieri valorizam ao máximo o mais cobiçado ativo do setor, a última das grandes distribuidoras nacionais ainda imunes ao processo de consolidação do setor. Para a Total, de modesta presença no mercado brasileiro, a aquisição significaria o passaporte para o topo do comércio retalhista. No caso da Raízen, por sua vez, a operação valeria um empate técnico com a Ipiranga, na vice-liderança do ranking. Ambas passariam a ter cerca de 14 mil postos, atrás apenas da BR, dona de 20 mil postos.
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Pane seca
14/10/2014Por falar em Ometto, a Petróleo Sabbá, distribuidora de combustíveis da Raízen, é hoje um dos negócios menos rentáveis do grupo. Se fosse pela vontade da Shell, a empresa já teria sido vendida há tempos. Mas a Cosan segura a Sabbá o quanto pode.
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Voto de Rubens Ometto vale cada gota de combustível
26/09/2014Os planos de Rubens Ometto na área de bioenergia não cabem entre as quatro paredes da Novvi, a joint venture recém-formada entre a Cosan e a Amyris. O firme propósito do empresário de se tornar o maior produtor de diesel a base de cana de açúcar do mundo exige um passo além: o ingresso no capital do próprio grupo norte-americano. Ometto articula a compra de até 50% da Amyris, controlada pela francesa Total e por fundos de investimento dos Estados Unidos. Este movimento lhe daria acesso direto, sem intermediários, a tecnologia desenvolvida pelos norte-americanos. Ometto passaria também a ter ingerência sobre a própria fábrica da Amyris na cidade de Brotas, no interior de São Paulo. Hoje, a capacidade instalada é de 50 milhões de litros de diesel de cana por ano. Embora a unidade jamais tenha atingido tal volume, Ometto acha que é pouco. Ele trabalha com projeções de que há demanda reprimida, tanto no mercado interno quanto no exterior, para o dobro desta produção – patamar que exigiria um investimento de R$ 1 bilhão. Impossível dissociar os planos de Rubens Ometto de seus recentes movimentos políticos, leia-se o duro rompimento com Dilma Rousseff e o posterior embarque na campanha de Marina Silva. Segundo fontes próximas ao empresário, Ometto já apresentou seus planos a Marina. Quem presenciou a conversa garante que ela demonstrou bastante empatia pelo projeto. Além de biodiesel, o empresário anunciou também o interesse de usar a Novvi e a Amyris para a produção de lubrificantes a base de cana. Um eventual governo Marina Silva criaria uma ambiência propícia para a produção em larga escala de diesel e outros bioderivados de cana de açúcar. Com o apoio de Marina, o que hoje é um projeto com um único dono poderia ganhar status oficial, tornando-se um programa de governo com o nobre propósito de soerguer a indústria sucroalcooleira. Tudo devidamente acompanhado dos incentivos oficiais de praxe. Nada muito diferente do modus operandi que transformou a Cosan num dos maiores grupos de energia do país. Hoje, por exemplo, a companhia tem cerca de R$ 1,2 bilhão em empréstimos abertos com o BNDES. A julgar pela ira que Ometto passou a destilar contra o governo Dilma Rousseff, foi pouco.
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Cosan põe um pé no capital da Gas Brasiliano
23/07/2014O mercado de distribuição de gás está em ponto de combustão. Além da associação entre a Cemig e a espanhola Gas Natural Fenosa e o iminente aumento da participação da própria estatal mineira na Gasmig, mais uma grande operação está se desenhando no setor. A Cosan, acionista majoritária da Comgás, articula sua entrada no capital da Gas Brasiliano. Controladora integral da empresa, a Petrobras pretende se desfazer de 40% da distribuidora. A negociação corrobora a disposição da estatal de reduzir sua presença neste mercado para fazer caixa – conforme informou o RR na edição nº 4.735. Antes da Gas Brasiliano, a Petrobras espera concluir a venda de parte da Gasmig para a Cemig – anunciada na semana passada, a operação também envolve a transferência de 40% das ações. Todas estas negociações vão alterar significativamente o jogo de forças na área de distribuição de gás. Se a Petrobras, presente no capital de quase todas as concessionárias estaduais, está recuando algumas casas, na mão contrária, a Cosan avança com tudo no tabuleiro do setor. Não é difícil imaginar aonde Rubens Ometto pretende chegar com seu ingresso na Gas Brasiliano. Uma vez dentro da companhia, Ometto terá campo aberto para articular sua fusão com a Comgás. A operação daria origem a um gigante responsável por mais de um terço das vendas de gás natural no país e dono de quase metade da malha de distribuição instalada em todo o território brasileiro. Juntas, Comgás e Gás Brasiliano dominariam uma área no mapa de São Paulo com quase 40 milhões de habitantes. Trata-se de uma operação que conta com a simpatia da Petrobras. Entre ser protagonista de um curta-metragem ou coadjuvante de uma série de sucesso, a estatal prefere a segunda opção. Ela trocaria uma participação majoritária numa empresa pequena, caso da Gas Brasiliano, por uma fatia menor na maior distribuidora de gás do país. E o mais importante: tendo ao lado um parceiro como a Cosan, poderia reduzir seus aportes no setor. A associação entre as duas distribuidoras permitiria a Cosan manter a liderança no setor pelo critério de clientes atendidos, posto que a Comgás deverá perder quando a fusão entre os ativos da Cemig e da Gas Natural estiver concluída. Aliás, o predomínio mineiro no setor poderia ser ainda maior se, no início deste ano, a própria Cemig não tivesse desistido de comprar 40% da Gas Brasiliano.
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Fundo canadense
16/07/2014O Canada Pension Plan Investment Board retomou as negociações para comprar uma participação na empresa criada a partir da fusão da ALL com a Rumo/Cosan. O fundo de pensão quase foi passageiro de primeira hora do projeto, mas recuou diante dos atrasos para a consumação do negócio.
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Cosan
2/06/2014A Cosan negocia a compra da sucroalcooleira uruguaia Alur. Deve levar a empresa na bacia das almas. O grupo uruguaio passa por sérios problemas financeiros.
Acervo RR
Cosan
2/06/2014A Cosan negocia a compra da sucroalcooleira uruguaia Alur. Deve levar a empresa na bacia das almas. O grupo uruguaio passa por sérios problemas financeiros.
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Chineses fincam raiz nos canaviais da Usinas Itamarati
24/04/2014Está em curso uma nova tentativa de soerguimento da Usinas Itamarati – empresa fundada pelo outrora “Rei da Soja”, Olacyr de Moraes, posteriormente apeado a fórceps do comando do negócio pela própria filha, Ana Claudia de Moraes. A esperança vem do Oriente. Ana Claudia negocia a venda de uma participação da sucroalcooleira para a China National Heavy Machiney Corporation (CHMC). Um dos maiores fabricantes de etanol a base de milho da asia, o grupo chinês pretende produzir o biocombustível também a partir da cana de açúcar. O Brasil é o eixo desta estratégia. A CHMC usaria a Itamarati como base para os seus investimentos no país. Mas por que escolher uma empresa que, há anos, convive com problemas de gestão e notórias dificuldades de caixa e ainda carrega sobre os ombros uma dívida de quase R$ 2 bilhões? Talvez, aos olhos dos chineses, a extrema fragilidade da Itamarati seja exatamente o seu grande atrativo. A empresa surge como um alvo vulnerável e pouco dispendioso – aliás, a própria estiagem da indústria sucroalcooleira nacional como um todo torna o momento mais do que propício para a investida. Ressalte-se ainda que parte do pagamento aos acionistas da Itamarati poderá ser feito mediante a garantia firme de compra de uma parte da produção por um determinado período. Mas é claro que os asiáticos não escolhem o pão pelo seu bolor. A CHMC fareja centeio de boa qualidade na Itamarati, a começar por uma questão tecnológica que pode fazer toda a diferença: os asiáticos já teriam constatado a viabilidade de converter parte da usina de Nova Olímpia (MT) para produzir também etanol a base de milho – hipótese considerada pelo grupo para dar massa crítica ao negócio. Some-se ainda o fator logístico. O Mato Grosso é o estado brasileiro que mais fornece alimentos para a China, o que pressupõe uma estrutura de distribuição já bem azeitada. De quebra, os asiáticos vislumbram a possibilidade de aproveitar sua presença na Itamarati como trampolim para a venda de equipamentos a própria usina e a terceiros no Brasil – como o nome sugere, a China National Heavy Machiney é uma das grandes fabricantes de maquinários pesados da asia. Nos últimos anos, Ana Claudia dividiu-se basicamente entre duas missões: brecar as tentativas do pai de retomar o comando da Itamarati – hoje, o próprio Olacyr de Moraes desistiu da ideia – e buscar um remédio para as moléstias financeiras da empresa. De 2012 para cá, Ana Claudia chegou a flertar com a ideia de uma recuperação judicial, que ganhou corpo, sobretudo, após as frustradas negociações com a Cosan. Agora, aposta suas fichas – que não são muitas – na CHMC.
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Cosan na África
8/04/2014A Cosan prepara sua próxima atração: a produção de etanol e açúcar na africa.
Acervo RR
Cosan na África
8/04/2014A Cosan prepara sua próxima atração: a produção de etanol e açúcar na africa.
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Os trilhos de Rubens Ometto vão além da fusão com a ALL
18/03/2014Quem para a locomotiva chamada Rubens Ometto? O turbulento processo de fusão entre Cosan e ALL nem sequer percorreu os primeiros quilômetros e o empresário já se dedica a mapear os próximos movimentos no setor. Sua intenção é usar a nova companhia como ponta de lança para a aquisição de linhas férreas já em operação ou ainda por serem construídas. O principal alvo de Ometto é a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). Conhecida como “ferrovia da soja”, a estrada ligará Lucas do Rio Verde (MT) a Uruaçu (GO) – o projeto prevê também uma conexão com a Ferrovia Norte- Sul. O leilão da Fico, que deverá abrir a nova temporada de licitações da ANTT, é um dos mais aguardados do setor. O trecho de mais de 1,5 mil quilômetros vai cortar uma das maiores regiões produtoras de grãos do país. Segundo fonte da própria agência, a Cosan já sinalizou ao governo o interesse em disputar a concessão da Fico. A companhia, aliás, integra o coro dos investidores que cobram a revisão das taxas de retorno do empreendimento. A rentabilidade foi originalmente fixada em 8,5% ao ano. Ao mesmo tempo em que desata os nós da fusão com a ALL, a Cosan busca parceiros para a licitação da ferrovia da soja. Ometto quer ter ao seu lado uma construtora e uma trading. Neste caso, um forte candidato é a Mitsubishi. A companhia japonesa já mantém um acordo com a Cosan para a comercialização de etanol no mercado asiático. Ometto, ressalte-se, já pensa e age como acionista controlador da ALL. E olha para o mapa ferroviário nacional como um enxadrista que estuda a posição de cada peça no tabuleiro. No caso da Fico, o que mais alimenta seu interesse na licitação é o potencial de sinergia com a própria ALL. A construção de um ramal de 500 quilômetros entre as cidades de Rondonópolis e Lucas do Rio Verde permitiria a integração entre as duas malhas. Ometto mira também na aquisição de ferrovias paralisadas por falta de investimentos dos respectivos concessionários. São trechos já devolvidos a ANTT que deverão ser leiloados nos próximos dois anos. Há mais de um ano, a Cosan Logística, braço do grupo, analisa mais de uma dezena de trechos que serão reofertados ao mercado pela agência reguladora, notadamente em São Paulo e no Paraná.
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ALL acaba com as folhas do talão de multas da ANTT
6/02/2014Afinal, o que está acontecendo com a América Latina Logística (ALL)? A maior operadora ferroviária do Brasil tornou-se um comboio desgovernado. As graves falhas operacionais e o elevado número de acidentes transformaram a empresa em campeã de punições no setor de transportes. A bola de neve não para de crescer. Segundo uma fonte da própria ANTT, a ALL está prestes a levar mais um duro e dispendioso corretivo da agência reguladora. Ainda neste trimestre a companhia deverá receber uma nova leva de multas no valor aproximado de R$ 40 milhões. Ou seja: neste caso, em apenas três meses as sanções impostas pelas autoridades do setor somariam cerca de 60% a mais do que todas as multas aplicadas a concessionária durante 2013. De acordo com a mesma fonte, a empresa ainda sofrerá outras penalidades ao longo dos próximos meses. É o preço a ser pago pelo carry over de mais de 400 acidentes ocorridos em sua malha no ano passado. Significa dizer que a ALL respondeu por quase 60% dos sinistros registrados em todas as estradas de ferrovias brasileiras. Trata-se de um número impressionante mesmo considerando que a empresa reúne cerca de 40% das linhas férreas em operação no país. O desenfreado custo descarrilamento coincide com um dos períodos mais delicados da história da ALL. No ano passado, a empresa levou uma tunga de mais de R$ 220 milhões com a cassação de suas concessões na Argentina. Neste momento, a concessionária está no meio de um complexo processo de fusão com a Rumo Logística, controlada pelo empresário Rubens Ometto. A associação foi a maneira encontrada pela ALL para encerrar o contencioso com a Cosan e escapar de uma cobrança que poderia chegar a R$ 5 bilhões. Ometto entrou na Justiça contra a concessionária alegando quebra do contrato firmado para o transporte de açúcar. A associação com a Rumo resolveu um problema, mas traz outro a reboque: a nova empresa resultante da fusão terá de investir aproximadamente R$ 10 bilhões, boa parte destes recursos na solução de gargalos logísticos.
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Cosan
3/02/2014Entrou água nas negociações para o aporte do Canada Pension Plan Investment Board na Cosan Infraestrutura. O fundo de pensão condiciona o desembolso de aproximadamente US$ 500 milhões a participação na gestão da companhia. Ocorre que o empresário Rubens Ometto não quer nem ouvir falar nessa possibilidade.
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Rubens Ometto arranca uma passagem para a ALL
29/11/2013Rubens Ometto promete levar a s últimas consequências o contencioso entre a Rumo Logística, sua controlada, e a ALL. O que está em jogo, neste caso, é muito mais do que um contrato para o transporte de açúcar – para todos os efeitos, a questão central dos processos cruzados de arbitragem recém- abertos pelas duas companhias. O empresário enxerga o litígio como uma gazua – alguns dirão um pé de cabra – para abrir a porta que lhe foi fechada pelos sócios da ALL e, finalmente, entrar no capital da companhia. Segundo fontes próximas a Ometto, seu objetivo é forçar a conversão em ações das diversas multas cobradas pela Rumo a operadora ferroviária por suposto descumprimento de contrato. O valor exigido na Justiça seria da ordem de R$ 1 bilhão. Para efeito de comparação, a cifra é superior ao dote de R$ 896,5 milhões que Ometto ofereceu, no ano passado, para comprar 5,67% do capital da ALL ou – esta, sim, a conta que interessa – o correspondente a 49% das ações dentro do bloco de controle da companhia. Procurada pelo RR, a Cosan, controladora da Rumo, disse “desconhecer a informação”. No entendimento dos advogados de Rubens Ometto há brechas no contrato entre a Rumo e a ALL que possibilitariam a conversão das dívidas em participação acionária. A própria situação da operadora ferroviária jogaria a favor de Ometto. A ALL está longe de seus melhores dias. Os sócios discutem, inclusive, a necessidade de promover um aumento de capital ou buscar um novo investidor – ver RR edição nº 4.742. Ainda que o valor fosse diferido no tempo, a cobrança de uma nova multa de R$ 1 bilhão representaria mais um baque nas finanças da companhia. No contrato firmado com a Rumo Logística, a ALL comprometeu- se a movimentar por ano um volume mínimo de açúcar e derivados e a fazer sucessivos investimentos em sua malha e na compra de equipamentos, de modo a garantir o gradativo aumento da carga transportada. No entanto, a operadora ferroviária não estaria cumprindo integralmente as contrapartidas previstas no acordo. A contenda se arrasta há quase quatro anos. No mês passado, a empresa entrou com um processo de arbitragem na Câmara de Comércio Brasil-Canadá na tentativa de evitar novas cobranças. A Rumo, por sua vez, também ingressou com um pedido de arbitragem contra a ALL, alegando já ter investido mais de R$ 1,2 bilhão na operação.
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Trem pagador
31/10/2013Capitalização, já! Esta é a palavra de ordem na ALL. Sem a aguardada associação com a Cosan e prestes a fechar o ano com um fluxo de caixa negativo, a empresa corre em busca de um sócio. No limite, caberá aos próprios acionistas pagar a conta com um aporte de capital.
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Açucareiro 2
21/10/2013Por falar nos franceses, a Louis Dreyfus costura um acordo comercial com Cosan e Copersucar voltado a exportação da commodity para o mercado europeu.
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Louis Dreyfus finca a placa de “vende-se” na Calyx
2/10/2013Que praga é essa que anda infestando as lavouras brasileiras? Depois da Agrinvest, leia-se o fundo norte-americano Ridgefield Capital, e da Sollus, associação entre a Touradji Capital e o Vinci Partners, mais uma grande empresa de investimentos em propriedades rurais está a venda. A Louis Dreyfus procura um comprador para a Calyx Agro. Um dos candidatos ao negócio seria a Radar, controlada pela Cosan. Criada em 2007, a Calyx é dona de terras no Centro- Oeste e na Bahia – tem ativos também na Argentina e no Uruguai. Nesses seis anos, os franceses investiram quase US$ 100 milhões no negócio, mas a semente nunca germinou conforme o esperado. Pelo planejamento inicial, a esta altura o portfólio da Calyx no Brasil deveria somar cerca de cem mil hectares. No entanto, a companhia não teria cumprido uma parte significativa da meta. Em grande parte, a revoada de investidores internacionais neste setor é um reflexo, ainda que um pouco tardio, do parecer emitido pela Advocacia Geral da União (AGU) em 2010, restringindo a aquisição de terras por capital estrangeiro. No caso da Louis Dreyfus, também pesou contra a escassez de crédito no mercado internacional – a ideia dos franceses era atrair fundos de private equity para a operação, mas apenas a AIG pisou nas terras da Calyx. Some-se a isso o baixo retorno dos investimentos, isso porque áreas compradas pela empresa não alcançaram a produtividade projetada.
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Cosan puxa o açucareiro da Copersucar
26/09/2013Rubens Ometto está cavoucando lá na raiz da Copersucar. A Cosan teria feito uma oferta para comprar uma participação no Grupo Virgolino de Oliveira (GVO), dono de quatro usinas de álcool e açúcar no interior de São Paulo. A negociação seria um golpe de foice na Copersucar. O GVO é uma das principais integrantes da cooperativa paulista, seja pelo valor simbólico – foi uma das fundadoras da empresa -, seja pelo peso no faturamento. Na última safra, o Grupo Virgolino de Oliveira teve uma receita líquida da ordem de R$ 1 bilhão. Mas, em meio ao azedume do setor, amargou um prejuízo de quase R$ 90 milhões. Procuradas pelo RR, as duas empresas negaram, em coro, a operação. No entanto, segundo fontes próximas a Rubens Ometto, o empresário já acenou, inclusive, com a possibilidade os atuais controladores do GVO terem uma participação cruzada na própria Cosan como forma de viabilizar o negócio.
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Cosan
13/09/2013Rubens Ometto deverá apertar ainda mais o cinto da Cosan. Após anunciar um corte da ordem de R$ 150 milhões nos investimentos de 2013, a empresa estuda reduzir em até 10% os aportes previstos para o próximo ano. Mais uma vez, a machadada atingiria principalmente a Raízen.
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Ometto conta com Alckmin para capturar o gás de São Paulo
6/09/2013O governador Geraldo Alckmin teria iniciado tratativas com a Assembleia Legislativa com o objetivo de desatar as amarras legais que impedem o redesenho do mapa da distribuição de gás no estado, leia-se operações de fusão e aquisição entre as três concessionárias locais – Comgás, Gas Brasiliano e Gas NaturalSul. Na Alesp, a possível mudança já recebeu o jocoso epíteto de “Emenda Binho”, em referência a forma como o empresário Rubens Ometto é chamado pelos mais próximos. De fato, o terno parece ser feito sob medida para o dono da Cosan. Olhando-se para as peças do tabuleiro, Ometto seria, potencialmente, o maior beneficiado pela “alforria societária”. Nenhum outro investidor do setor tem demonstrado tanto apetite quanto ele. O empresário comprou recentemente o controle da Comgás e já sinalizou o interesse em avançar sobre a Gas Natural Sul, controlada pelo grupo espanhol Gas Natural Fenosa. Procurado, o governo paulista negou a mudança nas regras. No entanto, segundo fontes do próprio Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin considera anacrônicas as regras que limitam participações cruzadas no setor – elas datam da privatização da Comgás, em 1999. Na avaliação de Alckmin, o aumento dos investimentos em distribuição no estado passaria obrigatoriamente pela quebra das algemas societárias, o que permitiria a captura de sinergias e ganhos de escala. Há uma pressão dos próprios acionistas das três distribuidoras pela mudança no arcabouço legal. Quanto mais o tempo passa, maior a aflição do governo paulista. a€ exceção da Comgás, vitaminada pela chegada da Cosan, a situação das outras duas concessionárias é preocupante. Premida pela crise em seu país de origem, a Gas Natural tem adotado uma postura cautelosa. Neste ano, deverá investir cerca de R$ 150 milhões na concessionária paulista, número considerado insuficiente pelo governo do estado para fazer frente a expansão da oferta de gás nos 15 municípios atendidos pela companhia. No caso da Gas Brasiliano, o cenário é ainda mais preocupante. A venda de uma importante fatia da participação da Petrobras para a Cemig, equivalente a 40% do capital total, empacou – a operação está vinculada a construção de um gasoduto entre Ribeirão Preto e Uberaba. Sem a chegada da estatal mineira, é pouco provável que a Gas Brasiliano mantenha seu plano de investimentos, em razão das restrições orçamentárias da Petrobras.
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Day after da ALL
5/09/2013Nem bem absorveu o golpe da frustrada operação com a Cosan, a ALL já está a s voltas com outra intrincada negociação: os acionistas da empresa reabriram as conversas em torno de um aumento de capital que pode chegar a R$ 3 bilhões. As tratativas prometem ser tensas. A recusa dos investidores Riccardo Arduini, Julia Dora Koranyi Arduini e Wilson de Lara a proposta da Cosan deixou ressentimentos entre os demais sócios.
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Comgás
21/08/2013A esperança na Comgás é que agora, depois que as negociações com a ALL foram para o brejo, a Cosan pingue mais algum na sua controlada. Nos últimos meses, o grupo estaria reduzindo gradativamente os aportes na distribuidora de gás, concentrando o que pode e o que não pode na Raízen. Vai ver que a porção da Shell acionista da Raízen é muito mais exigente do que a parcela que também é sócia da Comgás.
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Grupo Ultra beberica etanol com sede de grande produtor
15/08/2013A produção de etanol entrou no radar do Grupo Ultra. Por ora, o projeto não passa de uma semente, mas, dentro da empresa, já haveria estudos para a entrada no setor sucroalcooleiro. O grupo teria, inclusive, contratado um banco de investimentos para garimpar possibilidades de aquisição. Não é preciso ser um gênio para identificar as sinergias entre a produção de álcool e a distribuição de combustíveis, um dos principais negócios do Ultra por meio das bandeiras Ipiranga e Texaco. Menos ainda para deduzir que o objetivo seria reprisar o modelo adotado por Cosan e Shell, que juntaram suas usinas sucroalcooleiras e suas bombas de gasolina sob a marca Raízen. O setor sucroalcooleiro não vive seus melhores dias, vide a suspensão quase epidêmica de novos projetos de expansão. O que este cenário tem de preocupante tem também de atrativo. A queda nos preços do etanol e o crescente nível de endividamento do setor pesam a favor dos interesses do Ultra. Para quem quer entrar no clube pagando baratinho pelo título de sócio, a hora é essa. O mercado está extremamente ofertado de ativos depreciados. Somente em São Paulo e na Região Centro- Oeste há mais de 40 usinas a venda, a maior parte afetada pelo binômio alta dívida e baixa rentabilidade. Alguns dos ativos nas prateleiras do setor permitiriam ao Grupo Ultra desembarcar na indústria sucroalcooleira já com razoável porte. É o caso, por exemplo, das usinas São Luiz e São João, localizadas, respectivamente, em Pirassununga e São João da Boa Vista, em São Paulo. Há mais de um ano a espanhola Abengoa procura um comprador para as duas plantas, adquiridas da Dedini Agro, em 2008, por aproximadamente US$ 700 milhões – quase US$ 400 milhões em dívidas. Juntas, elas têm capacidade para a moagem de mais de 5,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano.
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Cancela
9/08/2013As negociações para o desembarque da Cosan na ALL voltaram a engarrafar. Os acionistas Wilson de Lara e Ricardo Arduini teriam feito novas exigências para reduzir sua participação na empresa.
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Tanque cheio
2/08/2013A francesa Total, que já tem negócios em exploração e produção no Brasil, flerta com a ideia de entrar no negócio de distribuição e montar uma rede de postos. Trafega na contramão de grandes grupos internacionais – como Exxon e YPF, que saíram do setor no país, ou da própria Shell, que se associou a Cosan.
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Praxair e Petrobras caminham para o divórcio
2/08/2013A parceria entre Praxair e Petrobras tem futuro? Os próprios norte-americanos receiam já saber a resposta. A associação entre as duas companhias na Gás- Local, maior distribuidora de Gás Natural Liquefeito (GNL) do Brasil, parece caminhar lentamente para a morte, como os elefantes. Dentro da White Martins, o braço brasileiro da Praxair, já se discute a possibilidade de uma ruptura e da compra da metade da joint venture pertencente a estatal. Os norte-americanos estão cada vez mais irritados com a postura da Petrobras, que teria reduzido seus aportes na GásLocal em razão de suas notórias restrições orçamentárias. Ressalte-se que as cifras sobre a mesa não chegam a ser nenhuma fortuna, mas o próprio plano de investimentos da distribuidora é hoje uma peça pela metade. Do valor total de R$ 150 milhões, só estaria garantido o desembolso da parte da Praxair. Consultada pelo RR, a GásLocal declarou “não ter informação a esse respeito.” Para os norte-americanos, parece cada vez mais claro que, até por força das circunstâncias, a GásLocal deixou de ser um negócio estratégico para a estatal. Na Praxair, há quem diga que a Petrobras está agindo com o deliberado objetivo de criar uma situação extrema e forçar a venda de sua participação na GásLocal. A conjuntura do mercado de GNL tem contribuído para colocar mais lenha na fogueira e acirrar as animosidades entre os dois sócios, empurrando- os na direção do rompimento definitivo. A Raízen, sociedade entre a Cosan e a Shell, já anunciou que pretende entrar no setor em 2014. Multinacionais também flertam com o segmento. A chegada de outros grupos vai tirar a GásLocal da sua atual zona de conforto, exigindo, desde já, um esforço da empresa para se ajustar a esse novo cenário. Por isso mesmo, a Praxair tem pressa em acelerar o projeto de ampliação da base de Paulínia, além de outros investimentos secundários, como aumento da frota.
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Mãos dadas
12/06/2013Rubens Ometto não acredita que a temporada dos cavalos vencedores do BNDES acabou. Usando como argumento a participação da Cosan Infraestrutura nos próximos leilões de ferrovias, verdadeira obsessão do governo, tenta arrastar a BNDESPar para o capital da empresa.
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Rubens Ometto
3/05/2013Rubens Ometto estaria prestes a tirar do forno um redesenho da estrutura societária de seus negócios, incluindo uma emissão de ações da holding Cosan Ltd
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Exxon é um felino velho Á beira da extinção no Brasil
29/04/2013O seu Repórter Esso informa: não há nada de relevante a informar sobre a Esso do Brasil. Ao menos, não de positivo. O velho e imponente tigre, símbolo dos tempos áureos do grupo, tornou-se um gatinho acuado. Pouco a pouco, a Exxon tem reduzido sua operação no mercado brasileiro em suas diversas áreas de atuação, processo que se iniciou em 2008, com a venda da sua rede de postos a Cosan. O mais novo sinal de encolhimento vem da área de exploração e produção. Segundo informações obtidas junto ao próprio grupo, os norte-americanos não deverão participar do leilão de blocos do pré-sal previsto para 2014. A Exxon está revendo todos os seus investimentos internacionais no segmento com o objetivo de realocar os recursos em suas atividades nos Estados Unidos. Na subsidiária, a esperança de retomada das operações de E&P no Brasil estão abaixo da camada do pré-sal. O grupo está fora deste setor no país desde o ano passado, quando pegou o boné e deixou o consórcio responsável pela exploração do bloco BM-S-22, na Bacia de Santos. Os norte-americanos detinham 40% do capital e eram os operadores do pool. O negócio, no entanto, revelou-se um poço sem fundo. Após desembolsar centenas de milhões de dólares, a Esso não encontrou qualquer indício da existência de gás ou petróleo em escala comercial. Nos últimos meses, a empresa teria reduzido o número de profissionais em seu escritório no Rio de Janeiro, onde estava centralizada a gestão de todos os seus negócios em E&P no país. O fade out da Esso no Brasil abrange também sua operação na área química. Os resultados da Exxon- Mobil Chemical no país têm sido desalentadores. Tanto que, na empresa, já se discute abertamente a possibilidade da venda dos ativos no país. A liquidação começaria pelo terminal de armazenagem e distribuição de produtos na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Posteriormente, seria a vez de o grupo se desfazer de sua fábrica de fluidos em Paulínia. A Shell é vista como uma forte candidata a aquisição dos dois ativos. O esvaziamento da Exxon Brasil se irradia também pela área de lubrificantes. Na ocasião da venda da rede de postos, o grupo transferiu suas linhas para a própria Cosan. No entanto, os norteamericanos teriam contemplado, em contrato, a possibilidade de retorno a este mercado com novas marcas. Eram outros tempos. Na empresa, esta hipótese não é sequer cogitada. Consultada, a Exxon disse que “continua em busca de novas oportunidades no Brasil”.
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Rubens Ometto
19/04/2013Rubens Ometto recorreu aos serviços de um influente ex-ministro e hoje consultor. Aquele? Não! O outro! É mais uma tentativa do empresário de dobrar a resistência da Previ. O fundo não aceitou a oferta da Cosan pela sua participação na ALL, provocando um efeito dominó. Na esteira da Previ, Funcef, BNDES e BRZ também recusaram a proposta de Ometto.
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Cosan e Sumitomo ensaiam dueto na distribuição de gás
10/04/2013Rubens Ometto sabe comprar. E, tanto quanto ou talvez até mais, sabe também vender. A Cosan está envolvida em uma operação que, a um só tempo, poderá dar origem a uma grande parceria no mercado de gás natural e, de quebra, gerar um expressivo lucro ao grupo sucroalcooleiro. A empresa negocia com a Sumitomo a transferência de uma parcela minoritária da sua fatia na Comgás. Este movimento, ressalte-se, é parte de uma operação maior, que envolve ainda a Shell, também sócia de Ometto na Raízen. A trading japonesa pretende comprar em um só pacote 20% do capital da distribuidora paulista. Segundo executivos que acompanham a negociação, a Shell deverá vender seus 8% e deixar definitivamente a empresa paulista. O restante viria da Cosan. É justamente neste ponto que reside a grande tacada de Ometto. Além da oportunidade de se associar a Sumitomo, o empresário poderá realizar um lucro para ninguém botar defeito. Em maio do ano passado, ao comprar a Comgás, Rubens Ometto pagou o equivalente a R$ 47,25 por ação. Agora, de acordo com as mesmas fontes, o preço de venda poderá chegar a até R$ 60 – cifra que embute um ágio de quase 20% sobre a cotação de mercado, uma vez que os japoneses entrarão no bloco de controle da concessionária paulista. Significa dizer que, em menos de um ano, a Cosan vai ganhar quase 30% sobre o valor desembolsado. Mais do que isso: com a chegada da Sumitomo, passará a ter ao lado um parceiro com muito mais apetite do que a Shell para investir no setor de distribuição de gás no Brasil. A iminente parceria com a Cosan representa uma brusca mudança na estratégia da Sumitomo no mercado brasileiro de gás. Durante muito tempo, aos olhos dos japoneses, a expansão de seus negócios no Brasil se resumiu a um só nome: Petrobras. Com as dificuldades de caixa da estatal e sua necessidade de peneirar os projetos realmente estratégicos, a trading nipônica se viu sozinha no mundo. Até olhar para a empresa de Rubens Ometto. A Sumitomo enxerga a entrada no capital da companhia paulista e a parceria com a Comgás uma antessala para a posterior compra de ações da própria Petrobras em outras distribuidoras de gás.
Acervo RR
Açúcar derretido
18/03/2013Após várias tentativas de retomar as conversações para a venda da Usinas Itamarati para a Cosan, Ana Claudia de Moraes, filha de Olacyr de Moraes, jogou a toalha. O último fiapo de esperança se rompeu há cerca de duas semanas, com mais um “não” de Rubens Ometto.
Acervo RR
Cosan & Unialco
8/02/2013A Cosan, de Rubens Ometto, reabriu conversações para a compra da Unialco, dona de uma usina de açúcar e álcool no Mato Grosso do Sul. Consultada, a Cosan informou que “não comenta rumores de mercado”. O RR também entrou em contato com a Unialco, mas não obteve retorno.
Acervo RR
Fora do Radar
25/01/2013Nem só de aquisições vive o onipresente Rubens Ometto. O empresário está disposto a vender parte de suas ações na Radar, braço do Grupo Cosan voltado a compra de propriedades agrícolas. Procurada, a Cosan informou que “não comenta rumores de mercado”.
Acervo RR
Beto Richa e Graça Foster caminham sobre solo rachado
10/01/2013As relações entre o governador do Paraná, o tucano Beto Richa, e Maria das Graças Foster têm sido marcadas por abalos sísmicos. O epicentro dos tremores é a Compagas. Richa traça um futuro complicado para a distribuidora estadual de gás e joga a conta no colo da Petrobras, dona de 24,5% da empresa. Aponta a estatal como principal responsável por um quadro de engessamento da Compagas. Segundo fontes do governo do Paraná, a Petrobras estaria fazendo corpo mole para acertar a aprovação de novos investimentos na companhia, o que estaria dificultando a execução do plano de expansão da rede de distribuição. Richa joga mais lenha na fogueira. Tem propalado que a postura da Petrobras praticamente inviabiliza o projeto de venda de uma parte da distribuidora estadual para investidores privados. Entre os candidatos, estariam a Cosan, sócia da paulista Comgás, e as japonesas Mitsui e Sumitomo. O raciocínio é que ninguém se arriscará a investir na empresa enquanto a Petrobras permanecer de braços cruzados. Diante desse cenário, o governador paranaense tem cobrado da estatal o aumento dos investimentos na Compagas. Por enquanto, aos ouvidos de Graça Foster, os brados de Richa vêm soando como fracos sussurros. Neste momento, todas as atenções de Graça estão voltadas ao cumprimento do plano estratégico da companhia. Adicione-se a isso a crescente perda relativa de importância da distribuição de gás no mapa de negócios da Petrobras – ver RR edição nº 4.536. Procurados, o governo do Paraná e a Petrobras não quiseram comentar sobre o assunto. Para acirrar ainda mais os atritos, Richa tem sacado do bolso um estudo recente feito pela Secretaria de Energia do Paraná. De acordo com fontes do governo, o documento indica que, em até cinco anos, o consumo industrial de gás no estado vai superar a oferta disponível, criando um déficit energético. Mais uma vez, as flechas são atiradas contra a Petrobras, responsável pelo fornecimento do insumo a concessionária estadual. Richa alega que o iminente gap na distribuição de gás no mercado corporativo é outro empecilho a negociação de parte do capital da Compagas.
Acervo RR
ALL dá um bilhete só de ida para as concessões deficitárias
6/12/2012A carga é pesada, e os trilhos, cada vez mais sinuosos. A América Latina Logística (ALL) vive um momento de alta tensão, marcado por uma combinação de mudanças e decisões estratégicas bastante delicadas. Além das complexas articulações para a entrada da Cosan em seu capital, que se arrastam desde o início do ano, a empresa está envolvida em uma intrincada negociação com o governo, que poderá ter impacto direto sobre seus resultados e seu plano de investimentos em 2013. A companhia costura a devolução de trechos pouco rentáveis de sua malha ferroviária, que seriam relicitados no âmbito do PAC das concessões. O primeiro da lista é a linha entre Porto Alegre e São Paulo, que, além de deficitária, tornou-se sinônimo de desgaste institucional para a ALL, devido a s cobranças por aumento dos investimentos feitas recorrentemente pelas autoridades da área de transporte. Outra concessão no índex da companhia é a ligação ferroviária entre uma série de cidades na região do Alto Uruguai (RS). Alguns trechos estão paralisados. A ALL promete retomar as operações no primeiro trimestre de 2013. Segundo informações filtradas junto a empresa, seria puro jogo de cena. Sua intenção é a devolução da concessão, vista como um ativo de difícil rentabilização. Procurada, a ALL não quis comentar o assunto. Esta é uma agenda extremamente sensível, ao mesmo tempo com contornos políticos, regulatórios, jurídicos e financeiros. A ALL está no meio de um contencioso com a ANTT. Ela questiona na Justiça a recente redução do teto tarifário das concessões ferroviárias. Na média do setor, os cortes chegaram a 25%. Mas, em alguns trechos, a ALL foi obrigada a reduzir os valores em até 47%. A empresa chegou a obter uma liminar suspendendo a redução dos preços. Apesar da vitória jurídica pontual, a empresa trabalha com o pior cenário. Sua percepção é de que dificilmente será possível reverter a nova política tarifária imposta pelo governo. A iminente perda de receita só acentua a necessidade da ALL de devolver concessões deficitárias, o que pressupõe um acordo com o governo. Para isso, a empresa usa todas as armas que tem. Já sinalizou que, se não cortar estas gorduras, dificilmente conseguirá cumprir o plano de investimentos previsto para 2013, da ordem de R$ 700 milhões.
Acervo RR
Crise, doce crise
30/11/2012Na esteira da crise, Rubens Ometto está vasculhando o mercado europeu em busca de ativos a preço de banana. Deve investir no Velho Continente ao lado de um parceiro local. Segundo informações filtradas junto a Cosan, Ometto vem mantendo contatos recorrentes com a alemã Sa¼dzucker, uma das maiores fabricantes de açúcar do mundo. Consultada, a Cosan não se manifestou.
Acervo RR
Recuperação judicial vira atalho para a Itamarati
22/11/2012A novela em torno da venda da Usinas Itamarati ganhou novos capítulos nos últimos dias. Segundo uma fonte da própria companhia, a empresária Ana Claudia de Moraes estaria disposta a entrar com pedido de recuperação judicial – ideia que ela sempre rechaçou. O entendimento dos bancos e advogados que assessoram a Itamarati é que a apresentação de um plano de recuperação e a consequente renegociação dos débitos com os credores criariam uma ambiência menos hostil a venda da usina. É sintomático que, nos últimos dias, Ana Claudia tenha reiniciado conversações com possíveis candidatos ao negócio. De acordo com a mesma fonte, há cerca de duas semanas ela teria mantido novo contato com Rubens Ometto. Em agosto, a Raízen, associação entre a Cosan e a Shell, esteve perto de fazer uma oferta pela Itamarati, mas recuou por conta do impasse em torno da dívida de R$ 1,5 bilhão. Neste novo cenário, em um primeiro momento Ometto fecharia apenas o arrendamento da usina por um prazo determinado. Nos melhor dos mundos – se é que ainda existe isso no caso da Itamarati – seria o tempo necessário para o grupo sucroalcooleiro entrar em recuperação judicial e acertar a repactuação do passivo com os credores, quando só então a Raízen sacramentaria a compra do controle. Procuradas, Itamarati e Raízen não se pronunciaram sobre o assunto.
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Camil Alimentos
22/11/2012A Camil Alimentos procura um sócio para dividir os investimentos na Docelar Alimentos e Bebidas, comprada do Grupo Cosan em maio deste ano. Sua intenção é vender até 30% das ações. Consultada, a Camil não retornou.
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Locomotiva
19/11/2012Além da Previ e da Funcef, o BNDES também estaria disposto a pegar carona na proposta da Cosan e reduzir sua participação na ALL. Mas só deverá aceitar o negócio se receber os mesmos R$ 23 por ação inicialmente oferecido por Rubens Ometto aos acionistas Wilson De Lara, Ricardo Arduini e Julia Arduini.
Acervo RR
Cosan encontra uma cancela na porta da ALL
23/10/2012Rubens Ometto muito provavelmente vai ter de assinar um cheque mais alto do que o esperado pelo bilhete de entrada na ALL. Além da complexa costura societária, leia-se a aprovação de todos os integrantes do bloco de controle, a proposta da Cosan por 5,6% do capital total está esbarrando na cobiça dos acionistas vendedores. Riccardo Arduini, sua esposa, Julia Dora Arduini, e Wilson de Lara, presidente do Conselho de Administração da ALL, teriam elevado a pedida pela participação na companhia. O valor estaria na casa de R$ 1,2 bilhão, cerca de 30% superior a cifra negociada originalmente (algo em torno de R$ 900 milhões). Procurada pelo RR, a ALL não quis se manifestar. Tanto na Cosan quanto na ALL, o acordo é dado como favas contadas. No entanto, até as paredes do grupo sucroalcooleiro sabem o quanto Rubens Ometto está irritado não apenas com as idas e vindas nas negociações, que já levam mais de oito meses, mas, sobretudo, com a postura do casal Arduini e de Wilson de Lara. A própria “sobretaxa” imposta pelos acionistas da ALL contribuiu para retardar as tratativas, uma vez que um novo acordo ainda terá de ser submetido aos demais sócios da concessionária. Além disso, outra cancela poderá baixar no caminho de Ometto. Segundo informações filtradas junto a própria ALL, Previ e Funcef voltaram a discutir internamente a possibilidade de vender parte de suas ações na operadora ferroviária conjuntamente com os Arduini e De Lara. O temor na Cosan é que este movimento atrase ainda mais o desfecho das negociações.
Acervo RR
Açúcar de sobra
10/10/2012O empresário Angelo Bazan, dono da Usina Bela Vista, não apenas resiste ao assédio dos pesos – pesados do setor – o mais recente teria vindo da Cosan – como promete expandir seus canaviais. Negocia a compra de duas plantas sucroalcooleiras no interior de São Paulo.
Acervo RR
UBS Brasil é um relógio em descompasso com a matriz
14/09/2012O CEO do UBS no Brasil, Lywal Salles, está no meio de uma intrincada negociação com a matriz. Sua missão é acertar os ponteiros da subsidiária com o rigoroso relógio dos suíços, que parece correr mais devagar. O executivo vem tentando obter sinal verde para tirar do papel uma série de medidas que seriam implementadas no início do ano e foram adiadas pelo grupo. O que está em jogo é a expansão do banco no país, o que inclui tanto o aumento das áreas de atuação quanto a ampliação da própria estrutura física e do quadro de funcionários. O principal projeto sobre a mesa é a entrada no segmento de private equities, com a consequente criação de uma unidade específica para a gestão dos fundos. Ao mesmo tempo, Salles negocia com a matriz um aumento de capital que, entre outras consequências, permitiria ao UBS aumentar a oferta de crédito para grandes clientes corporativos. Para dar suporte a estas operações, o executivo também costura com o board a contratação de aproximadamente cem funcionários. A olho nu, pode parecer nada. No entanto, este número representa quase dois terços do atual quadro do banco no Brasil. Em tempo: a baixa densidade demográfica nos escritórios do UBS, na Faria Lima, em São Paulo, reflete o adiamento dos planos de expansão no país. No início do ano, dezenas de novos computadores foram instaladas no local. Até hoje esperam por seus usuários. Segundo informações filtradas junto ao UBS no Brasil, Lywal Salles está convicto de que dobra a resistência da matriz. Isso mesmo com a persistência de alguns fatores que contribuíram para a pisada no freio. O principal deles é a demora do Banco Central em conceder autorização para o grupo voltar a atuar como banco no país. Os suíços aguardam pela licença desde 2010, antes mesmo da compra da Link. Aliás, a rigor, nem a própria aquisição da corretora foi aprovada pelo BC, o que só ajudou a alimentar a cautela do grupo. Em seu trabalho de persuasão, Salles também acredita que convencerá a matriz a passar por cima da estiagem de IPOs, um dos principais negócios do UBS no Brasil, e até mesmo de recentes tropeços na área de M&A. O banco disputou e perdeu o posto de adviser de importantes operações fechadas no país nos últimos meses, como a compra da Comgás pela Cosan e a entrada do próprio grupo sucroalcooleiro na ALL. Procurado pelo RR, o banco informou que “não comenta especulações de mercado”.
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Cosan na África
6/09/2012Rubens Ometto estica os olhos na direção da africa. A Cosan estuda construir uma usina de etanol em Moçambique.
Acervo RR
Gás da Cosan
27/08/2012A Comgás foi apenas a porta de entrada da Cosan na distribuição de gás. Rubens Ometto sinalizou a Petrobras o interesse em comprar metade da Gas Brasiliano, controlada pela estatal. Procurada pelo RR, a Cosan informou que “não comenta rumores de mercado”. A Petrobras não quis comentar o assunto.
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Cosan
2/08/2012Ao lado da Shell, Rubens Ometto planeja instalar usinas sucroalcooleiras na América Central. A primeira parada da Cosan seria na Costa Rica.
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Raízen
5/07/2012O empresário Rubens Ometto e a Shell, sócios da Raízen, estão diante de um impasse. Ometto defende a expansão do uso da bandeira Cosan no comércio retalhista. A multinacional, por sua vez, não admite que a placa da Shell seja retirada de um posto a mais do que o número acertado em contrato. Procurada, a Raízen não quis se pronunciar.
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Alta caloria
11/06/2012Com a mesa farta por conta da associação com a Cosan e o Gávea Investimentos, a Camil vai partir para um bem nutrido plano de aquisições no exterior. Mira uma empresa de alimentos industrializados na Argentina.
Acervo RR
Rei do gás
5/06/2012Rubens Ometto, que comprou a Comgás, olha também para a Gas Natural São Paulo. Com a dupla aquisição, a Cosan dominaria dois terços da distribuição de gás em São Paulo. Isso, claro, se o Super-Cade deixar. Procuradas, Cosan e Gas Natural não se pronunciaram.
Acervo RR
ALL desvia seus trilhos argentinos em direção Á Los Grobo
4/06/2012Revoluções por minuto na América Latina Logística (ALL). Em meio ao processo sucessório – Eduardo Pelleissone assumirá a presidência no dia 2 de julho, no lugar de Paulo Basílio -, e a s negociações com a Cosan, a empresa está acelerando o processo de venda de seus ativos na Argentina. A intenção é concluir a operação antes de 30 de agosto, justamente o dead line previsto para a eventual entrada do grupo sucroalcooleiro em seu capital. De acordo com informações filtradas junto a própria ALL, o principal candidato a compra é o empresário argentino Gustavo Grobocopatel. Dono do grupo Los Grobo, o investidor é um dos maiores nomes do agronegócio na Argentina. Seu conglomerado de empresas faturou no ano passado cerca de US$ 1 bilhão. Grobocopatel poderá ter a seu lado um parceiro de alto calibre financeiro. Trata-se do Vinci Partners, leia-se Gilberto Sayão. Ambos são sócios na Los Grobo Brasil. O empresário estuda, inclusive, o IPO da companhia na Bovespa – ver RR – Negócios & Finanças nº 4.353. Procurada, a ALL informou que “as negociações estão em fase inicial e até o momento não há nenhum acordo definitivo”. Segundo o RR apurou, a negociação com a Los Grobo tem um aliado decisivo: o governo argentino. Grobocopatel, conhecido em seu país como “Rey de la Soja”, faz parte do rol de empresários portenhos que são unha e carne com Cristina Kirchner. Melhor para a ALL, que não vê a hora de se livrar de suas concessões na Argentina – a América Latina Logística Mesopotámica e a América Latina Logística Central. Só no primeiro trimestre deste ano, as duas subsidiárias somaram um prejuízo de quase R$ 10 milhões. Anualizado, o número representa um revés bem superior aos registrados nos últimos dois anos. Em 2010 e 2011, ambas registraram um prejuízo médio de R$ 10,3 milhões.
Acervo RR
China Railway finca seus trilhos em solo brasileiro
31/05/2012No momento em que o setor ferroviário brasileiro vive importantes mudanças, a começar pela iminente associação entre Cosan e ALL, uma das maiores operadoras do mundo prepara seu desembarque no país. A China Railway Engineering Corporation (CREC), que controla metade dos 90 mil quilômetros da malha ferroviária do país asiático, está chegando ao Brasil com velocidade máxima. A companhia negocia com os governos do Pará e de Mato Grosso a construção e operação de uma linha entre Santarém, no Pará, e Cuiabá, que seguirá o traçado da rodovia BR-163. Executivos da empresa também já estiveram na Casa Civil e no Ministério dos Transportes apresentando seus planos para o Brasil. O apetite dos chineses pode ser medido pelas cifras envolvidas logo em sua estação primeira no país. A CREC garantiu aos governos do Pará e de Mato Grosso financiamento de bancos chineses que deverão cobrir até 40% dos investimentos necessários. O restante deverá ficar a cargo do BNDES, do Basa e dos governos de ambos os estados. O custo da ferrovia entre Pará e Mato Grosso ainda não foi oficialmente definido. Mas, pelos cálculos do grupo chinês, o investimento na implantação dos mais de mil quilômetros de trilhos desse trecho não sairá por menos de R$ 10 bilhões. O trecho entre Santarém e Cuiabá é apenas uma perna de um dos maiores projetos em infraestrutura de transportes em pauta no Brasil. O traçado completo da BR-163, referência para a ferrovia, vai da cidade paraense até o Rio Grande do Sul, cruzando o Centro- Oeste. Ao entrar nesta primeira etapa, a CREC acredita que se credenciará como um forte candidato a construção de novos trechos ou até mesmo de toda a ferrovia. Má notícia para a própria ALL. A investida dos chineses é uma locomotiva na direção da empresa brasileira. A nova ferrovia construída pela CREC será uma alternativa de escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste. A ALL é justamente uma das principais responsáveis pelo transporte de grãos e derivados da região.
Acervo RR
Tegram navega em meio a um maremoto societário
22/05/2012O futuro Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), em Itaqui, é um porto nada seguro. O projeto parece uma traineira a deriva, diante dos conflitos entre os sócios – um cardume da maior biodiversidade, que inclui Pátria Investimentos, Promon Engenharia, Glencore, CGG Trading e o Consórcio Crescimento (Louis Dreyfus e AMaggi). Os desentendimentos começam na própria modelagem da holding que está sendo criada para administrar o terminal e – pelo menos assim reza o figurino original – investir em outras concessões portuárias. As partes não se entendem quanto a divisão do bolo. Glencore, Louis Dreyfus e AMaggi, que são do ramo, disputam o controle do capital e o direito de operar o terminal. Apenas Pátria e Promon, reunidos na gestora de recursos P2 Brasil, estão fora dessa briga. A dupla está no barco como investidora institucional e deverá ter uma participação de até 10%. Louis Dreyfus e AMaggi chegaram a propor a partilha do restante das ações por quatro. No entanto, como não abriram mão da operação do empreendimento, a proposta bateu no paredão da Glencore e voltou feito um eco. Procuradas pelo RR, Glencore e Louis Dreyfus não quiseram se manifestar. A AMaggi não retornou até o fechamento desta edição. A desarmonia envolve também a escolha da estrutura de gestão do Tegram. Originalmente, estava definido que cada um dos acionistas indicaria um diretor. Este formato, no entanto, naufragou, até como reflexo da disputa de poder e da consequente falta de acordo em relação a divisão societária. Os investidores discutem agora a possibilidade de contratação de gestores independentes. Ainda assim, nada andará enquanto perdurar o impasse em torno da composição acionária do consórcio. Parafraseando o dito popular, projeto que nasce torto cresce torto. O Tegram parece fadado a navegar por mares bravios e inóspitos. Os problemas começaram já na licitação. Derrotadas no leilão, Cargill, Bunge e Cosan questionaram a capacidade financeira do consórcio vencedor. Estas duas últimas chegaram a entrar na Justiça, mas desistiram no meio do caminho. A Cargill, no entanto, deu sequência ao contencioso. Em meio aos estilhaços internos, os integrantes do consórcio vencedor garantem ter bala na agulha pra tocar o projeto. Além dos R$ 143 milhões pagos na concessão, terão de investir algo próximo de R$ 350 milhões na construção da infraestrutura necessária para o escoamento de grãos. Isso quando se entenderem
Acervo RR
Ventos da Cosan
16/05/2012Além da compra da Comgás e da negociação para se associar a ALL, a Cosan deu a partida em uma terceira grande operação. Costura uma associação com a AES para investimentos em geração de energia eólica. Procuradas, tanto AES quanto Cosan informaram que “não comentam especulações de mercado”.
Acervo RR
Ometto cobiça o posto de “maquinista do Brasil”
9/04/2012Com as mesmas passadas firmes que o levaram a costurar a associação entre Cosan e Shell, Rubens Ometto está urdindo o que pode vir a ser a grande companhia logística do país. Tudo depende da consumação do desembarque da Cosan no bloco de controle da ALL, operação ainda em curso. Ometto enxerga este movimento como a primeira estação de um negócio ainda maior. A partir da sua entrada na ALL, o empresário pretende se credenciar ao posto de maquinista dos grandes projetos ferroviários nacionais. Aos seus olhos, tratase de um cargo que está vago. Não por acaso um dos empreendimentos na sua mira é a Transnordestina. Ometto é candidato a assumir a construção e a operação da linha férrea. Joga a seu favor a expressa e manifesta irritação da presidente Dilma Rousseff com Benjamin Steinbruch, responsável pelo projeto. O empresário tem sido recorrentemente cobrado pelo governo por conta dos atrasos na construção da ferrovia. Inicialmente, o governo pretendia inaugurar a ferrovia em 2010. Após sucessivos adiamentos, a data foi empurrada para 2013. No entanto, segundo dados filtrados junto ao Ministério dos Transportes, a estimativa é que apenas metade do percurso total da Transnordestina, de 1,7 mil quilômetros, esteja concluída neste prazo. Com isso, a postergação para o fim de 2014 já é dada como favas contadas. Há uma insatisfação maior com a demora no início das obras em alguns trechos específicos. É o caso da ligação de 470 quilômetros entre Aurora e Pecém, no Ceará. O governo fez um enorme esforço para acelerar as desapropriações ao longo do traçado da linha férrea, mas nem um dormente sequer teria sido instalado. É importante frisar que os atrasos da Transnordestina têm um enorme efeito colateral negativo, pois diversos outros projetos dependem da construção da ferrovia. Com o interesse de Rubens Ometto, o governo poderia forçar a saída de Benjamin Steinbruch da locomotiva da Transnordestina, usando como aríete o BNDES. Ressalte-se que o banco é campeão em deslocar empresários do lugar. Neste caso específico, a agência de fomento teria uma motivação extra. É fácil antever que o projeto desenhado por Rubens Ometto tem grandes chances de cair na graça do BNDES. A operação parece feita sob encomenda para a sua política escolher um cavalo vencedor e estimular o surgimento de grandes grupos nacionais nos mais diversos setores da economia. Ao juntar a ALL e a Transnordestina em um mesmo comboio, Rubens Ometto ficaria no controle de uma das joias da coroa da logística no Brasil. Juntas, as concessões somariam mais de 37 mil quilômetros de linhas férreas. As duas ferrovias cobririam pontos importantes de produção industrial e agrícola, o que daria a Ometto maior escala e fôlego para investir no setor. Sob a ótica do governo, haveria ainda um valor simbólico em sua escolha como o “maquinista do Brasil”. Ometto é considerado um empresário clean. Não está marcado como um caçador de subsídios públicos – seus principais negócios, incluindo a associação entre a Cosan e a Shell, foram feitos sem a tradicional torrente de recursos do governo. Além disso, é visto como um empreendedor ecologicamente correto, sustentável.
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Ometto cobiça o posto de "maquinista do Brasil"
9/04/2012Com as mesmas passadas firmes que o levaram a costurar a associação entre Cosan e Shell, Rubens Ometto está urdindo o que pode vir a ser a grande companhia logística do país. Tudo depende da consumação do desembarque da Cosan no bloco de controle da ALL, operação ainda em curso. Ometto enxerga este movimento como a primeira estação de um negócio ainda maior. A partir da sua entrada na ALL, o empresário pretende se credenciar ao posto de maquinista dos grandes projetos ferroviários nacionais. Aos seus olhos, tratase de um cargo que está vago. Não por acaso um dos empreendimentos na sua mira é a Transnordestina. Ometto é candidato a assumir a construção e a operação da linha férrea. Joga a seu favor a expressa e manifesta irritação da presidente Dilma Rousseff com Benjamin Steinbruch, responsável pelo projeto. O empresário tem sido recorrentemente cobrado pelo governo por conta dos atrasos na construção da ferrovia. Inicialmente, o governo pretendia inaugurar a ferrovia em 2010. Após sucessivos adiamentos, a data foi empurrada para 2013. No entanto, segundo dados filtrados junto ao Ministério dos Transportes, a estimativa é que apenas metade do percurso total da Transnordestina, de 1,7 mil quilômetros, esteja concluída neste prazo. Com isso, a postergação para o fim de 2014 já é dada como favas contadas. Há uma insatisfação maior com a demora no início das obras em alguns trechos específicos. É o caso da ligação de 470 quilômetros entre Aurora e Pecém, no Ceará. O governo fez um enorme esforço para acelerar as desapropriações ao longo do traçado da linha férrea, mas nem um dormente sequer teria sido instalado. É importante frisar que os atrasos da Transnordestina têm um enorme efeito colateral negativo, pois diversos outros projetos dependem da construção da ferrovia. Com o interesse de Rubens Ometto, o governo poderia forçar a saída de Benjamin Steinbruch da locomotiva da Transnordestina, usando como aríete o BNDES. Ressalte-se que o banco é campeão em deslocar empresários do lugar. Neste caso específico, a agência de fomento teria uma motivação extra. É fácil antever que o projeto desenhado por Rubens Ometto tem grandes chances de cair na graça do BNDES. A operação parece feita sob encomenda para a sua política escolher um cavalo vencedor e estimular o surgimento de grandes grupos nacionais nos mais diversos setores da economia. Ao juntar a ALL e a Transnordestina em um mesmo comboio, Rubens Ometto ficaria no controle de uma das joias da coroa da logística no Brasil. Juntas, as concessões somariam mais de 37 mil quilômetros de linhas férreas. As duas ferrovias cobririam pontos importantes de produção industrial e agrícola, o que daria a Ometto maior escala e fôlego para investir no setor. Sob a ótica do governo, haveria ainda um valor simbólico em sua escolha como o “maquinista do Brasil”. Ometto é considerado um empresário clean. Não está marcado como um caçador de subsídios públicos – seus principais negócios, incluindo a associação entre a Cosan e a Shell, foram feitos sem a tradicional torrente de recursos do governo. Além disso, é visto como um empreendedor ecologicamente correto, sustentável.
Acervo RR
ANP demarca a construção de alcooldutos
24/01/2012A ANP vai tentar colocar melodia e rima no samba do crioulo doido em que se transformou a construção de alcooldutos no país. A agência pretende lançar ainda neste semestre uma série de regras para normatizar a implantação de novos projetos no setor. A principal mudança diz respeito ao modelo legal para a execução de futuros empreendimentos. Hoje, os critérios são absolutamente difusos. Os projetos de construção são, caso a caso, avaliados e aprovados ou não pela ANP. A entidade pretende instituir leilões de concessão para a implantação de novos dutos. Além disso, a ANP quer replicar o direito de passagem adotado no transporte de gás. Ou seja: os investidores serão obrigados a abrir o duto para terceiros em caso de subutilização do pipeline. A percepção da ANP é que o atual modelo de autorização caducou e não atende mais a s necessidades logísticas do país para o transporte de etanol. Com o sistema de concessão, a agência pretende estipular critérios geoeconômicos para a construção dos pipelines. O objetivo é evitar sobreposições de traçados, o que aumenta o risco de subaproveitamento dos dutos. Em tempo: ciente das intenções da ANP, a Petrobras não perdeu tempo. Tem feito lobby para que o seu projeto de construção de um alcoolduto entre Goiás e o Porto de Santos, um investimento de US$ 2 bilhões tocado em parceria com Cosan, Copersucar, Camargo Corrêa, OTP e Uniduto, seja totalmente aprovado pela agência antes da entrada em vigor das novas regras .
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Cosan
11/11/2011A Cosan está perto de se tornar uma das líderes na distribuição de lubrificantes na América do Sul. Faltam apenas vírgulas para fechar um acordo com a ExxonMobil.
Acervo RR
Petrobras vê Rubens Ometto como rival em pele de parceiro
7/11/2011Rubens Ometto começa a ser visto com reservas dentro da Petrobras. O motivo é o transtorno bipolar do empresário na área de logística. Ao mesmo tempo em que é sócio da estatal na Logum, Ometto está prestes a se tornar um dos principais concorrentes da companhia no armazenamento e transporte de etanol. A Raízen, leia-se Cosan e Shell, tem um projeto para alavancar os negócios de sua subsidiária Rumo Logística. Não por coincidência, a operação repete o modelo societário da Logum, montado pela Petrobras em parceria com empresas do setor sucroalcooleiro. A ideia de Ometto é atrair outras usinas para o capital da Rumo. Um candidato em potencial é a já parceira São Martinho – as duas companhias fecharam um contrato de dez anos para armazenagem, transbordo e transporte de açúcar e álcool. A associação acirraria ainda mais o conflito de interesses em um jogo de participações cruzadas, uma vez que a Petrobras Biocombustíveis é acionista minoritária da São Martinho. Outra empresa com quem a Rumo vem mantendo conversações é o Noble Group, de Hong Kong, dono de quatro usinas de álcool e açúcar em São Paulo – duas delas compradas do Grupo Cerradinho, no fim do ano passado, por quase US$ 1 bilhão. No cinturão de sócios de Rubens Ometto há espaço também para uma operadora ferroviária. Um nome forte é o da ALL, com a qual a Rumo Logística também mantém uma parceria operacional. Esta seria a maior diferenciação da empresa para a Logum e o grande argumento de Ometto para usar o seu duplo chapéu. Enquanto a controlada da estatal vai focar na construção de alcooldutos, o forte da Rumo Logística passaria a ser o transporte ferroviário. A estratégia de Ometto é que cada um dos novos sócios tenha, no máximo, 10% de participação. O empresário topa abrir mão da posição de majoritário, desde que um acordo de acionistas o mantenha a frente do negócio. Ressalte-se que a companhia já tem dois private equities em seu capital: o Gávea Investimentos e o Texas Pacific Group, donos de 25% das ações. No modelo de negócios idealizado por Rubens Ometto, a Rumo Logística poderá ainda formar SPEs para administrar determinados empreendimentos. A empresa já tem um negócio neste formato. Criou uma associação com a Coopercitrus, uma das mais tradicionais cooperativas de São Paulo, para administrar um terminal de etanol em Barretos.
Acervo RR
Ometto se contenta com as sobras da Cerradinho
28/10/2011A trajetória sucroalcooleira da família Fernandes, sobrenome tradicional no setor, está com os dias contados. Pelo menos no que depender do apetite da Raízen. A joint venture entre a Cosan e a Shell promete artilharia pesada para comprar a usina Porto das aguas, em Chapadão do Céu (GO), com capacidade de moagem de 3,5 milhões de toneladas de cana-deaçúcar por safra. Quer também ficar com as plantações de cana da família na região. Para Rubens Ometto, a aquisição é uma questão de honra – embora a concorrência certamente prefira usar o termo -prêmio de consolação-. No fim do ano passado, a Cosan fez uma oferta pelo controle da Cerradinho, holding que, até então, reunia todas as operações da família Fernandes na área sucroalcooleira. O clã, no entanto, recusou a proposta e esquartejou seus ativos. Vendeu as usinas de Catanduva e Potirendaba, em São Paulo, para o chinês Noble Group e ficou com a planta de Goiás. Rubens Ometto jamais engoliu a perda do negócio. Na primeira quinzena de dezembro, após se reunir com integrantes da família Fernandes, o empresário deu a compra da Cerradinho como favas contadas. No entanto, o Noble Group atravessou as negociações e em apenas dois dias fechou a compra das usinas de São Paulo. Não obstante ter perdido a melhor fatia da Cerradinho, justamente as plantas paulistas, a Raízen tem interesse, sobretudo, nas plantações da família em Goiás, terras com ótimos índices de produtividade.
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Raízen
28/09/2011Minoritários da Cosan, encabeçados por dois fundos norte-americanos, estão se armando até os dentes para entrar na Justiça. Vão contestar o valor que Rubens Ometto receberá como presidente do Conselho da Raízen, joint venture com a Shell. A cifra anual chegará a R$ 13 milhões.
Acervo RR
BP e Grupo Ultra duelam pela Copersucar
26/09/2011O processo de consolidação da indústria sucroalcooleira chegou a um capítulo decisivo, capaz de alterar substancialmente o quadro de forças do setor. Há uma disputa tácita entre dois players por um dos maiores e mais cobiçados ativos do mercado: a Copersucar. Os contendores em questão são a BP, gigante mundial da área de combustíveis, e a Ipiranga, leia-se Grupo Ultra. O conglomerado britânico saiu na frente. Já manteve conversações preliminares com os acionistas da empresa paulista. A Copersucar é tratada pelos ingleses como o último grande ativo de controle nacional capaz de dar escala e musculatura a s suas operações em etanol no país. Juntas, as duas companhias criariam a maior processadora de cana-de-açúcar do país. BP e Copersucar somam capacidade de moagem da ordem de 128 milhões de toneladas por safra, praticamente o dobro da produção da Raízen, leia-se Cosan e Shell. A nova empresa teria um faturamento de quase R$ 10 bilhões por ano. Apesar de a BP ter largado na frente, a Ipiranga não pode, em hipótese alguma, ser considerada uma carta fora do baralho. A empresa conta com um potente anabolizante para acelerar suas passadas. O BNDES vê com bons olhos a possibilidade de criação de um grupo nacional puro-sangue com operações integradas na produção de etanol e na distribuição de combustíveis. Há no governo uma crescente insatisfação com o avanço do capital estrangeiro na produção de etanol. O poder de grupos internacionais na formação de estoques e na fixação dos preços do álcool é cada vez maior e só tende a crescer. A própria BP foi responsável pelo lance mais recente. Há cerca de dez dias, fechou a compra das participações da Brasil Ecodiesel e da Louis Dreyfuss na Usina Tropical, assumindo integralmente o controle da empresa. Aos olhos do governo, o BNDES pode e deve ser usado como antídoto contra a invasão dos grupos estrangeiros no setor. O apoio do banco – seja por meio de financiamento, seja por meio de uma participação societária no negócio – se tornaria um facilitador para a fusão entre a Copersucar e a Ipiranga. A associação daria origem a um grupo capaz de rivalizar com a Raízen – vista pelo governo como uma espécie de centauro do etanol, metade brasileira e metade estrangeira. A empresa resultante da fusão entre Copersucar e Ipiranga teria uma capacidade de moagem de 115 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano e uma rede de distribuição de combustíveis com mais de 5,5 mil postos. Para efeito de comparação, a Raízen deverá processar cerca de 58 milhões de toneladas de cana na safra 2011/2012 e tem cerca de 4,5 mil pontos de venda de combustíveis. No entanto, há ervas daninhas e gafanhotos no caminho tanto da Ipiranga quanto da BP. Se, por um lado, a associação com a Copersucar significa um bônus em termos de estratégia, ocupação de mercado e aumento da produção, por outro há o ônus de uma difícil convivência societária. A própria estrutura de controle da empresa é um complicador para uma operação deste porte. São quase 50 usinas em sistema de cooperativa, cada uma com seus interesses. Entre as usinas de pequeno e médio portes, há um grande e justificado receio de que a associação com outro grande grupo signifique a diluição de sua participação tanto na composição acionária quanto na gestão.
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Pré-venda
12/09/2011Marcelo Alecrim, controlador da Ale, está tentando de todas as formas comprar os 23,5% da empresa em poder do fundo Darby. Ressalte-se que a gestora de recursos tem uma opção de venda da sua participação que só vence em 2012. Diante da ansiedade de Alecrim, os norte-americanos desconfiam que debaixo deste angu tem um caroço que pode se chamar Ultra, Cosan ou BR Distribuidora.
Acervo RR
Cana 2
25/08/2011Por falar em etanol e capital estrangeiro, comentário que teria sido feito pelo empresário Hermelindo Ruete , da Copersucar , na última reunião da Unica em São Paulo: -Alguém precisa dar um freio na Cosan. Aquilo virou um grande centro de transferência de lucros para o exterior. Eles são anglo-holandeses travestidos de brasileiros.-
Acervo RR
Caipisaquê
16/08/2011Ainda não é caso para harakiri. Mas Rubens Ometto e a sua Cosan estão assistindo ao mercado asiático de etanol, especialmente o do Japão, escorrer pelos dedos. Motivo: é a logística, estúpido!
Acervo RR
Alesat
15/08/2011Das duas uma: ou a Alesat é um dos ativos mais cobiçados da República ou seus controladores blefam como se estivessem em uma mesa de pôquer. Marcelo Alecrim, um dos principais acionistas da empresa, tem dito a interlocutores próximos que recebeu uma oferta da GP. A lista de candidatos a compra da Alesat reúne ainda Ultra, Cosan e BR Distribuidora.
Acervo RR
Rubens Ometto encarna Abílio Diniz na Raízen
25/07/2011Abílio Diniz baixou em Rubens Ometto, dono da Cosan. Antes que alguém pense tratar-se de uma ofensa a Ometto, deixamos claro que é apenas uma alusão a mania de ambos de querer mudar as regras do jogo com a bola rolando. Apenas três meses após a oficialização da associação com a Shell, o empresário propôs aos anglo- holandeses uma reestruturação das participações societárias de cada empresa no negócio. Ou seja: quer jogar uma pá de cal sobre todo o trabalho que uma tropa de advogados e assessores financeiros levou mais de um ano para concluir e ele próprio aprovou. Ometto pretende aglutinar em uma só companhia as três empresas que foram criadas pela Cosan e pela Shell: uma voltada a produção de açúcar e etanol, outra destinada a distribuição de combustíveis e uma terceira, dedicada exclusivamente a administração das outras duas. Ometto defende a criação de uma holding com o capital dividido fifty to fifty, englobando todas as usinas da Cosan e as operações de distribuição de combustíveis da Shell. A manobra de Rubens Ometto não se limita a composição acionária da joint venture. Espraia-se também por uma questão bem mais nevrálgica, que diz respeito ao próprio futuro da Raízen, empresa resultante da associação entre Cosan e Shell. Ometto teria sugerido a extensão de 10 para 15 anos do prazo em que os anglo-holandeses poderão exercer seu direito de preferência sobre as ações da Cosan se a companhia se decidir pela venda de parte ou da totalidade da sua participação. A proposta causou perplexidade e mal-estar entre os dirigentes da multinacional. A Shell não é Casino, mas tende a achar que o parceiro está tentando virar a mesa, com o objetivo de evitar uma futura perda de poder no negócio. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a Cosan negou qualquer mudança no acordo. A Shell, por sua vez, não se pronunciou até o fechamento desta edição. Como justificativa para a súbita mudança, Ometto defende que elas resultarão na simplificação societária da joint venture, o que facilitará uma futura captação no mercado de ações. Alega ainda que os critérios que levaram a montagem do projeto original não fazem mais sentido. a€ época, havia diferenças no valuation dos ativos que motivaram diferentes estruturas societárias para cada uma das empresas. No caso da subsidiária de açúcar e álcool, a Cosan detém 51% e a Shell, 49%. Na empresa de combustíveis, as posições se invertem. A companhia de administração é a única que tem o capital igualmente fatiado.
Acervo RR
Shree Renuka rivaliza com Petrobras no transporte de etanol
12/07/2011A Shree Renuka Sugars quer ser uma espécie de antagonista da Petrobras na logística de etanol no Brasil. Os indianos trabalham na montagem de um consórcio estrangeiro com o objetivo de criar uma estrutura própria de alcooldutos voltada a exportação do combustível. O grupo está disposto a comprar uma briga encarniçada com a estatal. Além do transporte do etanol produzido em suas próprias usinas no país, a Shree Renuka pretende oferecer uma alternativa logística a empresas de médio e pequeno portes do setor. Desta maneira, vai competir diretamente com a Logum Logística, empresa criada recentemente pela Petrobras, que ainda leva na garupa sócios do porte da Copersucar, Cosan e Camargo Corrêa. Para bater de frente com a estatal, o grupo indiano está recrutando uma plêiade de parceiros pesos-pesados. A norte-americana Cargill e a japonesa Sumitomo são nomes quase certos na empreitada. Há conversações também com a Tereos, dona da Açúcar Guarani. A companhia, no entanto, está em uma zona de conflito. Vontade de participar do consórcio liderado pelos indianos é o que não falta. No entanto, os franceses temem se indispor com a própria Petrobras, sua sócia na Guarani. Não obstante o considerável risco da operação, notadamente no que diz respeito a concorrência com a Petrobras, a Shree Renuka está disposta a gastar munição de grosso calibre no projeto. O investimento está orçado em quase US$ 4 bilhões. Não custa lembrar que o grupo está com o caixa recheado. No primeiro trimestre deste ano, fez uma captação de US$ 1,2 bilhão na Bolsa da andia. Além do aporte dos sócios, a empresa está fechando também contratos de financiamento com bancos indianos e com um pool de tradings asiáticas. A maior parte do etanol produzido pelo grupo no Brasil será destinada ao Oriente. O projeto prevê a implantação de um sistema integrado de logística. Além da construção de alcooldutos, os indianos vão se utilizar de navegação de cabotagem e de transporte rodoviário ? não por coincidência, um modelo similar ao da própria Logum. A Shree Renuka já investiu mais de US$ 400 milhões no Brasil. Comprou as usinas do Grupo Equipav e hoje soma uma capacidade instalada no país que permite a moagem de 13,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.
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AleSat
6/07/2011A disputa pela AleSat inflamou de vez. Além do Grupo Ultra e da Raízen, leia-se Cosan e Shell, a Petrobras Distribuidora entrou no páreo para comprar a rede de postos.
Acervo RR
ADM e Antonio Cabrera enfrentam divórcio litigioso
5/07/2011Deu praga nos canaviais da gigante norte-americana Archer Daniel Midland (ADM) no Brasil. O litígio com o antigo sócio no país, o ex-ministro da Agricultura, Antonio Cabrera, está se espalhando feito uma nuvem de gafanhotos. O pedido de arbitragem a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) para a definição do valor de venda dos 51% de Cabrera na usina Limeira do Oeste, em Minas Gerais, é apenas a ponta do iceberg. Outros fatores prometem derramar hectolitros de álcool no inflamável contencioso. Mesmo com a venda de sua participação na usina, Cabrera estaria disposto a entrar com um pedido de indenização contra a ADM. A alegação é que os norte-americanos teriam agido com o deliberado intuito de depreciar o valor do ativo e, consequentemente, comprar as ações do ex-ministro na bacia das almas. A multinacional teria propositadamente postergado investimentos na usina Limeira do Oeste, postura que acabou sendo determinante para a execução incompleta do projeto. O plano original previa o início da produção de açúcar no ano passado, mas, sem os recursos dos norte-americanos, apenas a unidade de etanol saiu do papel. Além disso, em meio aos desentendimentos com Cabrera, a ADM abriu negociações com candidatos a compra de sua participação na usina mineira a revelia do então sócio. A Cosan e a indiana Shree Renuka estariam entre as empresas que mantiveram contatos com o grupo na ocasião. Para o exministro da Agricultura, os norte-americanos teriam agido desta maneira apenas com a finalidade de reduzir o valor da fábrica de Limeira do Oeste, aceitando ofertas bem abaixo do real preço de mercado. Por trás desta ardilosa manobra, a ADM usaria as propostas recebidas como instrumento de pressão para comprar a participação de Cabrera a cifras bem magrinhas. No fim do ano passado, os norte-americanos chegaram a apresentar uma oferta avaliada com base na capacidade de refino da usina. O preço giraria em torno de US$ 120 por tonelada. Poucas semanas, no entanto, a ADM voltou atrás e teria aparecido com um preço bastante inferior, baseando-se nas ofertas que supostamente recebeu por sua participação. Outra questão que deverá elevar ainda mais a fervura no litígio entre a ADM e Antonio Cabrera é o projeto de construção da usina de Jataí (GO), que sequer saiu da prancheta. O acordo original entre as partes previa a instalação de uma unidade com capacidade para moer 3,5 milhões de toneladas de cana por ano. No entanto, os norte-americanos também empurraram o investimento com a barriga e já sinalizaram que não querem ficar com o empreendimento. Mais uma vez, Cabrera deve entrar com um pedido de indenização. O ex-ministro tirou recursos do próprio bolso para custear os estudos de viabilidade para a construção da usina em Goiás. Também chegou a se empenhar pessoalmente com produtores locais para garantir o fornecimento de cana, o que lhe valeu um enorme desgaste por conta da suspensão do projeto.
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Águas turvas
27/06/2011O governador do Pará, Adib Jatene, retomou o processo de privatização da Cosanpa, a companhia de saneamento do estado. Antes, no entanto, o Tesouro paraense vai ter de morrer numa grana e capitalizar a empresa. Endividada do jeito que está e com elevado índice de inadimplência, vai ser difícil a Cosanpa atrair pretendentes.
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Raízen
25/05/2011A Raízen, leia-se Cosan e Shell, negocia a compra de duas usinas sucroalcooleiras de médio porte no Centro-Oeste.
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ALL
20/05/2011A ALL está criando uma subsidiária focada exclusivamente no mercado de etanol. A nova empresa contará com uma frota própria de vagões tanques e centros de distribuição e comercialização do produto. O investimento deverá chegar a R$ 120 milhões. Trata-se de um aquecimento. A ALL pretende ganhar massa crítica para se associar a Rumo Logística, empresa da Cosan da qual já é parceira operacional.
Acervo RR
Leilão da AleSat
11/05/2011A venda da AleSat virou leilão. A Raízen, leia-se Cosan e Shell, apresentou uma oferta pela rede de postos superior a última proposta do Grupo Ultra. Paulo Cunha já avisou que tem volta.
Acervo RR
Ultra na aviação
25/04/2011Esquenta a disputa pelos negócios de querosene de aviação da Cosan, que serão vendidos por determinação do Cade. O Grupo Ultra entrou no páreo. Os outros dois concorrentes são a British Petroleum e a Gran Petro.
Acervo RR
IPO da Radar
20/04/2011Rubens Ometto prepara o IPO da Radar, braço de propriedades agrícolas da Cosan/Raízen.
Acervo RR
ADM arranca seus canaviais em terras brasileiras
18/04/2011Nem bem passou dos primeiros hectares, a saga da ADM no mercado sucroalcooleiro do Brasil está chegando ao fim. O grupo norteamericano pôs a venda sua participação de 49% na usina Limeira do Oeste, no Triângulo Mineiro ? o controle da empresa pertence ao exministro da Agricultura Antônio Cabrera. O negócio gira em torno dos US$ 400 milhões. A planta tem capacidade para processar cerca de 2,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Bunge, Louis Dreyfus e Raízen, leia-se Cosan, já manifestaram interesse na compra da unidade de moagem de cana. A belga Alcotra também está no páreo, mas com uma proposta diferente. Além das ações do grupo norte-americano, pretende adquirir parte da fatia pertencente a Cabrera, assumindo, desta maneira, o controle da Limeira do Oeste. Ao mesmo tempo, a ADM suspendeu o projeto de construção de uma nova usina em Jataí (GO), também em parceria com Cabrera. O ex-ministro, inclusive, já procura um novo sócio para levar o empreendimento adiante. Orçada em US$ 300 milhões, a nova unidade de refino tem capacidade prevista para a moagem de dois milhões de toneladas de cana por ano O recuo da ADM está baseado em uma estratégia de longo prazo. Os norte- americanos vão concentrar seus esforços na produção de etanol a partir do milho nos Estados Unidos. Diante desta opção, há pelo menos um ano que o grupo amadurece a ideia de vender a usina de Limeira do Oeste e encerrar a produção de álcool no Brasil. O câmbio, no entanto, tornouse um efeito catalisador e acelerador deste processo. O dólar fraco e os sucessivos recordes de produção de etanol nos Estados Unidos esfriaram definitivamente o interesse da ADM pelo Brasil. A exportações norteamericanas de etanol mais do que triplicaram no ano passado, chegando a marca de 13 bilhões de hectolitros. Já as vendas do álcool brasileiro no mercado internacional recuaram 60% em relação a 2009. Não por acaso, ao mesmo tempo em que está prestes a deixar o mercado brasileiro, a ADM pretende investir 30% a mais neste ano para aumentar a produção de etanol a base de milho em suas usinas nos Estados Unidos Se, por um lado, está prestes a deixar o setor sucroalcooleiro, por outro, a ADM está aumentando sua aposta na produção de óleo de palma no Brasil. Recentemente, o grupo anunciou a construção de uma fábrica de esmagamento de palma na cidade de Santo Antonio do Capim (PA).
Acervo RR
Darby é o nó que amarra a venda da AleSat
21/03/2011Há uma pedra no sapato da AleSat e dos candidatos a compra da distribuidora de combustíveis, uma lista formada por Ultra, Cosan e BTG Pactual. Tratase do fundo norte-americano Darby. Dono de 23,5% do capital, o private equity se revelou um estorvo para a venda da AleSat. Todas as propostas que a companhia recebeu até o momento envolvem a compra de 100% das ações. O fundo, no entanto, está irredutível. Garante que só se desfaz de sua participação no fim de 2012. Para todos os efeitos, os norte-americanos alegam que este é o prazo estimado desde o início para o desinvestimento de seus fundos na companhia brasileira. Conversa para boi dormir. Entre os controladores da AleSat, prevalece o raciocínio de que o Darby está apenas aguardando a venda do controle da companhia para oferecer suas ações com um prêmio maior. Ainda que por uma lógica aparentemente tortuosa, o fundo calcula que, em um segundo momento, poderá arrecadar mais do que se vender suas ações em conjunto com os sócios controladores. Os norte-americanos calculam que sua participação possa valer até R$ 3 bilhões, cifra que os candidatos a compra da AleSat consideram um desvario. Significaria dizer que o valor integral da companhia passa dos R$ 12 bilhões, montante que, em nenhum momento, passou pela mesa de negociações. A situação chegou a tal ponto que os controladores da AleSat, a mineira Asamar e o empresário Marcelo Alecrim, estudam uma medida drástica e sinuosa para deslanchar a venda da companhia. A saída seria realizar a toque de caixa o IPO da AleSat, na tentativa de diluir a participação do Darby e reduzir seu poder de fogo nas negociações. Só após a abertura de capital, seria efetuada a venda do controle da distribuidora de combustíveis. Não é o ideal, uma vez que os pretendentes a aquisição da AleSat não levariam os 100% do capital, como querem hoje. Em contrapartida, encontrariam um minoritário bem mais manso, com as asas cortadas e menor poder de barganha para a venda de suas ações.
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Louis Dreyfus
3/03/2011A Louis Dreyfus também é candidata a entrar na Logum Logística, empresa para o transporte de etanol criada por Petrobras, Cosan e cia.
Acervo RR
GP Brasil
17/02/2011Por enquanto, está assim o páreo para a aquisição da Alesat. Em primeiro, com uma cabeça a frente, o Grupo Ultra. Logo depois, com o chicote a mão, a Raízen, leia-se Cosan e Shell. Correndo por fora, André Esteves.
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Valec
31/01/2011A Valec está formatando um entusiasmante projeto logístico que prevê o uso de ferrovias para o transporte de etanol entre o Centro- Oeste e o Porto de Santos. Grupos privados, leiase concessionárias ferroviárias e indústrias sucroalcooleiras, serão chamados para o projeto. Cosan e ALL estão na primeira fila.
Acervo RR
Cosan no exterior
25/01/2011A Cosan está negociando a compra de uma grande usina de álcool e açúcar na andia. Rubens Ometto, que não costuma dar ponto sem nó, quer aproveitar a operação para obter um robusto apoio do BNDES. Ometto vai erguer a bandeira de que a Cosan é o único grupo nacional em condições não apenas de barrar o aumento do capital estrangeiro na indústria sucroalcooleira nacional como também de disputar ativos no exterior.
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NA
14/01/2011A Cosan estaria em negociações para patrocinar o Flamengo. Seria, inclusive, uma das responsáveis pelo pagamento dos salários de Ronaldinho Gaúcho.
Acervo RR
Cosan e Shell buscam seu passaporte para o mercado de gás
10/01/2011Após sacramentar sua associação, Cosan e Shell preparam sua primeira grande investida em conjunto. Com o pé fincado na produção de etanol e na venda de combustíveis, a dupla pretende avançar agora para a criação de um grande grupo de energia, com múltiplios negócios em geração e distribuição. O primeiro passo previsto é a entrada no mercado de gás, com a compra de concessionárias estaduais. O alvo prioritário, de certa forma, já está dentro de casa. Trata-se da Comgás. Há conversações com a matriz para que o grupo anglo-holandês transfira para a joint venture entre Cosan e Shell a sua participação de 9% na distribuidora paulista. O próprio Rubens Ometto e o executivo Vasco Dias, presidente da nova empresa, estão a frente das tratativas. Esta pequena fatia societária é um dos ativos mais cobiçados do setor no país. Recentemente, a Petrobras e a espanhola Gas Natural fizeram gestões para comprar as ações. Rubens Ometto ensaia o primeiro ato já pensando nas próximas cenas. Uma vez dentro da Comgás, o empresário entende que a Cosan/Shell terá caminho aberto para negociar com a BG, acionista controladora, um aumento da sua fatia societária e a formatação de um novo acordo de acionistas. Está longe de ser uma amarra simples. Ometto, contudo, parte da premissa que tem moeda de troca para levar adiante as negociações com o grupo britânico. Um dos caminhos seria um cruzamento de participações que permitisse aos ingleses entrar no capital da Cosan/Shell. Em uma engenharia mais modesta, os dois grupos seriam sócios de projetos na área de gás, notadamente em geração. No cenário ideal, o objetivo de Cosan e Shell seria usar a Comgás como ponta de lança para comprar outras distribuidoras de gás e concentrar futuros investimentos na área de geração, leia-se a construção ou aquisição de termelétricas. Outro projeto no horizonte é a instalação de térmicas movidas a etanol. Testes recentes feitos pela Petrobras e pela GE mostram que o combustível garante a mesma potência das turbinas gerada por outras matérias-primas, como o próprio diesel.
Acervo RR
Duto furado
10/12/2010Está difícil para a Petrobras combinar os interesses dos diversos grupos privados _ Cosan, Copersucar, Bunge, entre outros _ com quem negocia a construção de um alcoolduto entre o Centro-Oeste e o Porto de Santos. As principais divergências dizem respeito ao financiamento e a composição societária.
Acervo RR
Copersucar encontra na AleSat o par perfeito
25/11/2010O que vale para a Cosan vale para a Copersucar? Pelo jeito, os sócios da segunda acreditam que sim, pois estão determinados a seguir a mesma cartilha de sucesso. Na falta de um Rubens Ometto, dono da Cosan, a Copersucar vai com um escrete de sócios. A companhia montou um time de primeira linha, composto por alguns de seus mais destacados associados, para analisar fusões e aquisições de interesse do grupo. A ideia é ter uma Shell para chamar de sua. O primeiro alvo da Copersucar é a AleSat, a quarta maior entre as distribuidoras de combustíveis. A proposta não é comprar, mas se associar, exatamente como fizeram Cosan e Shell. Esse discurso soa bem aos ouvidos de Marcelo Alecrim, o sócio da AleSat que resiste bravamente ao assédio dos maiores concorrentes. Cosan e Ultra duelam há meses para arrematar a companhia. O entendimento predominante entre os associados da Copersucar é de que o grupo necessita ter um parceiro forte na distribuição de etanol no Brasil e no mundo. Por outro lado, esses associados apostam que se não for a Copersucar, a AleSat vai cair nos braços de outro Orfeu. Nesse caso, a cooperativa ficaria órfã em um momento de consolidação acelerada tanto no mercado de produção quanto no de distribuição de combustíveis renováveis. O projeto da Copersucar é criar uma empresa, cujo controle seria partilhado com a AleSat, para assumir a distribuição do etanol em todo o Brasil. O investimento na ampliação e diversificação regional da rede de postos da AleSat e a montagem de novos centros de distribuição, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste seria de aproximadamente R$ 300 milhões até 2011. As conversações começaram há duas semanas e pegaram de surpresa Cosan e Ultra, que até então se consideravam as únicas no páreo. Terão que rever suas estratégias para não perderem o bonde.
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Alcoolduto da Petrobras já nasce em chamas
9/11/2010Incensada como um dos grandes projetos de logística do Brasil, a construção do alcoolduto entre o Centro-Oeste e o porto de Santos ainda tem arestas a serem aparadas. A recém-anunciada associação entre Petrobras, Cosan e Copersucar já nasceu sob o signo da discórdia. Há desavenças quanto ao aporte que caberá a cada acionista o projeto está avaliado em US$ 2 bilhões. Cosan e Copersucar estariam tentando jogar para cima da Petrobras uma fatia maior da fatura, não obstante o modelo inicial prever participações societárias isonômicas. Cada uma delas deverá ter algo entre 20% ou 25% do capital. O argumento é que a estatal poderá se valer do alcoolduto para transportar etanol produzido por usinas associadas a Petrobras Biocombustíveis a empresa é acionista da Açúcar Guarani e da São Martinho. A saída da Mitsui do projeto também ajudou a embaralhar o quebra-cabeças, notadamente no que diz respeito ao funding. A trading trazia a reboque a promessa de financiamento de um pool de bancos japoneses. Como não poderia deixar de ser, o nome do BNDES já foi entoado na mesa de negociações. Ele entraria no projeto, não apenas como financiador, mas também como acionista, de forma a garantir o project finance. Entende-se também que a presença do banco, aliada a da própria Petrobras, servirá de chamariz para a entrada de outros grupos privados. Até porque há um risco intrínseco ao projeto que nem explica a própria retração da Copersucar e da Cosan. O empreendimento, que estava engavetado há mais de dois anos, surge justamente no momento em que as exportações brasileiras de etanol evaporam. Em 2008, o país comercializou quase seis bilhões de litros do combustível no mercado internacional. Neste ano, o volume não deverá passar de 1,6 bilhão. A projeção para 2011 é semelhante.
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Cosan
29/10/2010Em meio aos sucessivos investimentos na produção sucroalcooleira e na distribuição de combustíveis, a Cosan olha também para o setor de alimentos. Pretende lançar uma série de produtos com a tradicional marca União.
Acervo RR
Sócio no radar
26/10/2010O empresário Rubens Ometto, dono da Cosan, procura uma nova “Shell”. Quer um sócio de peso para a Radar, voltada a compra de propriedades agrícolas.
Acervo RR
Shell perde fôlego na exploração e produção de petróleo
18/10/2010O redesenho operacional da Shell no Brasil criou um apartheid de forças na companhia, acentuado pelas diferenças de investimento em cada área. Enquanto a afortunada joint venture com a Cosan, presidida por Vasco Dias, herdou toda a rede de postos e, sobretudo, parcela majoritária dos aportes no país, a antiga Shell Brasil só encolhe. A empresa, entregue ao executivo André Araújo, tornou-se refém do crescente esvaziamento das operações de exploração e produção de petróleo do grupo no país. Não obstante ser a maior companhia privada do setor no Brasil, com extração de mais de 70 mil barris por dia, a Shell vai acelerar o processo de venda de ativos na área de E&P. O grupo decidiu negociar suas participações nos blocos BM-ES-28, na Bacia do Espírito Santo, e BM-S-45, BS-4 e S-M-518 em Santos. Este último é integralmente controlado pelos anglo-holandeses. Nos demais, há parcerias com a Petrobras e a Chevron, principais candidatas a compra das ações da Shell nos consórcios. O grupo vai se desfazer ainda de um reservatório na camada do pré-sal. Não por outro motivo, em apenas dois meses de mandato, André Araújo já é chamado nos corredores da Shell de “Doutor desmonte”. O jocoso epíteto é injusto. Há 26 anos na companhia, com passagens por Londres e Washington, Araújo vem tentando frear a desmobilização de ativos em exploração e produção. Recentemente, teria enviado a matriz um alentado relatório com dados geológicos mostrando o potencial dos blocos em que a companhia tem participação.Ao que tudo indica, não foi o suficiente para sensibilizar o board. O comando da Shell já sinalizou a venda de mais duas áreas. Segundo informações filtradas junto a própria empresa, caso todas estas negociações se confirmem, a capacidade de produção no Brasil cairá praticamente a metade. O discurso oficial, disseminado pelo comando da Shell entre os próprios funcionários no Brasil, é que tudo não passa de um reposicionamento de ativos. A empresa estaria apenas fazendo caixa para novos investimentos em exploração e produção. Há dúvidas. A percepção dentro da companhia é que, mesmo com o pré-sal, a matriz vai gradativamente reduzir sua exposure em E&P para aumentar os aportes na joint venture com a Cosan, incluindo novas aquisições de redes de postos.
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Cogeração
8/10/2010A Cosan está investindo cerca de R$ 3 bilhões em um elétrico projeto para a cogeração de energia a partir do bagaço da cana.
Acervo RR
Usineiros fazem buzinaço contra o carro elétrico
1/10/2010O carro elétrico made in Brazil nem sequer saiu da prancheta e já existe um pelotão de fuzilamento a sua espera. A indústria sucroalcooleira montou uma agressiva operação de lobby em Brasília. O objetivo é frear o projeto do governo, que pretende financiar a produção deste tipo de veículo no país. a€ frente da tropa estão Rubens Ometto, da Cosan, e empresários associados a Copersucar. O kit pressão envolve a mobilização da bancada ruralista no Congresso, o envio de dossiês a autoridades enumerando desvantagens tecnológicas do carro elétrico e um discurso convenientemente alarmista. Os usineiros alegam que a produção do veículo afetará a consolidação do etanol como combustível alternativo a gasolina e ao diesel, trazendo a reboque o risco de suspensão de investimentos e de demissões em larga escala no setor. Batem também na tecla de que a medida enfraquecerá os grupos nacionais, abrindo espaço para uma participação ainda maior do capital estrangeiro no setor. A pressão dos usineiros cresce a medida que avança o estudo encomendado pelo Ministério de Minas e Energia para o desenvolvimento de um carro movido a energia elétrica. Segundo informações de uma alta fonte do ministério, o esboço apresentado pela área técnica a Marcio Zimmermann prevê, a partir de 2015, a fabricação de 200 mil veículos por ano, com sucessivos aumentos de produção. A projeção é de que em até dez anos o carro elétrico poderia representar até 15% da frota nacional de automóveis novos. O projeto do governo se baseia na associação entre montadoras e distribuidoras de energia, com financiamento do BNDES. CPFL, Light e Eletropaulo partem na frente como candidatas a empreitada. As três já estão fazendo testes com protótipos de veículos.
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Contas a pagar
17/09/2010Ao longo deste ano, a Cosan vai torrar mais de R$ 10 milhões em acordos trabalhistas. São os ônus do setor.
Acervo RR
Cosan e Shell lançam sua rede sobre postos do Sul e Sudeste
2/09/2010Após virar a página do processo de fusão, formalmente concluído na semana passada, Cosan e Shell recarregam suas armas para voltar ao front. A dupla elegeu como prioridade absoluta a compra de uma rede de postos de pequeno a médio porte ainda neste ano. As últimas reuniões de diretoria têm se dedicado ao mapeamento de possíveis aquisições, com foco no Sudeste e no Sul. A tropa já está na rua. Nos últimos dois meses, executivos do JP Morgan, adviser da Cosan e da Shell, intensificaram as visitas a empresas nas duas regiões. Um dos principais alvos está em São Paulo. Trata-se da rede Sete Estrelas, que tem cerca de 60 postos no estado, a maior parte em cidades do Vale do Paraíba. Outra companhia na mira da Cosan e da Shell é a Potencial, que soma mais de 160 postos de combustíveis no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná e, mais recentemente, entrou em Minas Gerais e em São Paulo. Cosan e Shell preparam sua munição para a nova rodada de consolidação do setor, cada vez mais iminente. Dentro do grupo, a venda da AleSat para o Ultra já é tratada como favas contadas, operação que vai acirrar ainda mais a disputa pelo segundo lugar do mercado. Com a eventual aquisição, a empresa de Paulo Cunha vai se aproximar dos 24% de market share, abrindo razoável vantagem para os padrões do setor. Cosan e Shell ficariam para trás, com uma participação em torno de 20%. A reaproximação do Ultra será uma tarefa complicada. Com mais de 1,7 mil postos, a AleSat é uma das últimas empresas de distribuição de combustíveis de abrangência nacional e com peso suficiente para fazer diferença na balança. Restará a Rubens Ometto e seus sócios anglo-holandeses partir para uma operação-arrastão, comprando separadamente redes de menor envergadura. Trata-se, aliás, de uma estratégia que já havia sido lançada pela própria Cosan antes mesmo da associação com a Shell. No fim do ano passado, o grupo sucroalcooleiro adquiriu a Petrosul, rede com 80 postos.
Acervo RR
Warren Buffett compra terras com sócios de todo tipo e feitio
1/09/2010A fauna de investidores dispostos a comprar terras no Brasil ostenta uma biodiversidade amazônica. Está em curso uma negociação que deverá juntar no mesmo hectare Warren Buffett, Blairo Maggi, Rubens Ometto e os herdeiros de Cecílio do Rego Almeida. Que ecossistema! A Berkshire Hathaway, gestora de fundos capitaneada por Buffett, costura com Ometto e Maggi a criação de uma empresa voltada a aquisição de propriedades agrícolas no país. A pitada de polêmica deverá ficar por conta da entrada em cena dos filhos de Cecílio Almeida. O mais provável é que eles ingressem no projeto em uma segunda etapa, aportando terras pertencentes a família na Região Amazônica. Não custa lembrar, estas mesmas propriedades foram alvo de denúncias de irregularidade e de processos judiciais quando o empreiteiro ainda estava vivo. A ligação entre as diversas pontas da operação vem sendo feita por Blairo Maggi. Há pouco mais de um mês, executivos da Berkshire Hathway estiveram no Brasil visitando terras no Centro-Oeste e na Região Norte. As novas regras que restringem a presença do capital estrangeiro no setor, sancionadas pelo presidente Lula na semana passada, mudaram o plano de voo dos investidores. A gestora norte-americana seria a acionista majoritária, o que funcionaria como uma isca para atrair outros fundos internacionais. A posição agora será obrigatoriamente dos sócios brasileiros. A expectativa dos acionistas é de um aporte inicial de US$ 400 milhões para a compra de propriedades agrícolas. Rubens Ometto e Blairo Maggi, ressalte-se, deverão entrar no negócio como pessoas físicas. Cosan e Grupo André Maggi vão ser mantidos do outro lado da cerca. Ainda assim, não ficarão totalmente alheios ao negócio. São grandes as possibilidades de parceria com as duas empresas por conta das sinergias em jogo. Parte das terras adquiridas será usada para o plantio de cana-de-açúcar e de soja.
Acervo RR
CEF deságua na Embasa e na Compesa
1/09/2010As concessionárias de saneamento agradecem. A Caixa Econômica Federal começa a abrir as torneiras do Fundo de Investimento em Cotas (FIC-FGTS), que demorou mais de um ano para ser aprovado pelo Conselho Curador do FGTS e regulamentado pelo próprio banco. A CEF está em negociações com a baiana Embasa e a pernambucana Compesa. O projeto prevê a compra de participações nas duas empresas com recursos do FIC-FGTS. A expectativa no banco é que as duas operações sejam fechadas até novembro. Nos dois casos, a fatia acionária não deverá passar dos 25%. A Caixa terá direito a indicar um conselheiro e um nome para a diretoria executiva das duas empresas. Mais quatro concessionárias estaduais estão em conversações com a CEF. Uma delas é a paraense Cosanpa. A Caixa Econômica tem cerca de R$ 10 bilhões disponíveis para a área de saneamento. Um terço deste valor se refere a recursos que já estavam aprovados em 2009, mas não foram contratados por empresas do setor.
Acervo RR
Google etanol
30/08/2010Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google, retomaram os planos de investir na produção de açúcar e álcool no Brasil. Um banco de investimentos norte-americano está tentando colocar a dupla na direção da Cosan para projetos conjuntos no país.
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Tiaa-Cref
27/08/2010O Tiaa-Cref, fundo de pensão dos professores de Nova York que administra US$ 400 bilhões, está montando uma carteira voltada exclusivamente a compra de ações de empresas da América Latina. O Brasil deverá ficar 40% do total. Entrarão no negócio, entre outras, ações da Gerdau, Natura, Petrobras e Cosan.
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Já ganhou
16/08/2010Rubens Ometto, dono da Cosan, cravou um duplo na loteria eleitoral. Ora, busca apoio entre outros usineiros a candidatura José Serra, ora, faz crer que é Dilma Rousseff desde criancinha. Esse não perde a eleição.
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Açúcar e afeto
21/07/2010José Dirceu é um dínamo. Sua nova missão é cooptar s sucroalcooleiros nacionais para investir na produção de etanol na Venezuela. Uma das candidatas é a Cosan, de Rubens Ometto.
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Cosanpa
20/07/2010Entrou água nos negócios da Cosanpa, empresa de saneamento do Pará. O prefeito de Belém, Duciomar Costa, quer suspender o contrato com a estatal e assumir a concessão de saneamento no município. Caso o distrato se confirme, a Cosanpa perderá parte expressiva de sua receita.
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Bandeira branca
7/07/2010Cosan e Shell preparam um arrastão no mercado de combustíveis. Pretendem arrematar até o fim do ano cerca de 300 postos bandeira branca. O número é 30% superior ao projeto no plano de investimentos para 2010. Se bater a meta, Cosan e Shell passarão a ter cerca de 4,6 mil postos no país, praticamente igualando-se ao Grupo Ultra.
Acervo RR
BR Distribuidora sai Á caça de aquisições
28/06/2010A Petrobras cansou de contemplar o avanço de seus principais con correntes no mercado de combustíveis. No alto-comando da estatal, há um consenso de que a BR Distribuidora precisa reagir aos últimos movimentos do setor ? leia-se a associação entre Cosan/Esso e Shell e a compra da Texaco pelo Grupo Ultra. A companhia viu sua distância para a concorrência se reduzir nos últimos três anos. Hoje, a BR detém 37% de participação. Cosan/Shell e Ultra/Texaco estão tecnicamente empatadas na vice-liderança, com cerca de 20%. Esta diferença, ressalte-se, pode ficar ainda menor caso o Ultra feche a compra da Alesat, o que o deixaria com quase 24% de participação no mercado nacional. A expansão da rede de postos foi tema dominante nas duas últimas reuniões do Conselho de Administração da BR. A estratégia da companhia prevê duas frentes. Além de intensificar a absorção de postos bandeira branca, a estatal vai partir para a aquisição de redes de médio porte, com forte presença regional. Os recursos virão do próprio caixa da subsidiária da Petrobras, o que deverá, inclusive, provocar mudanças no planejamento estratégico da companhia ? os investimentos previstos até 2013 somam cerca de R$ 3,5 bilhões. No que dependesse única e exclusivamente do seu apetite, a BR jogaria suas fichas na compra da própria Alesat, dona de 1,7 mil postos de combustíveis. No entanto, a diretoria da estatal considera a operação inexequível do ponto de vista dos órgãos antitruste. Dificilmente, a negociação passará pelo Cade, nem tanto pelo critério do market share nacional: a BR sairia de 37% para pouco mais de 40% de participação. O problema é que a negociação aumentaria a presença da BR em algumas áreas específicas, como o Sudeste. Não custa lembrar que, ao comprar a Ipiranga em parceria com o Ultra, a estatal teve de abrir mão dos postos na região, ficando apenas com as unidades no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Por conta desta limitação, o canhão da BR Distribuidora aponta na direção de redes de 100 a 200 postos. Há duas empresas com este perfil na mira da estatal. Uma delas é a Petrobahia, que tem 160 unidades em quatro estados ? Bahia, Minas Gerais, Sergipe e Piauí. A outra é a Charrua, uma das mais tradicionais redes de combustíveis da Região Sul, com 250 postos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Acervo RR
Rubro-negro
21/06/2010a€ luz do dia, Rubens Ometto faz os maiores elogios a Vasco Dias, que comanda a joint venture Shell/Cosan; na calada da noite, conspira veementemente contra o executivo junto aos dirigentes da Shell em Londres.
Acervo RR
São Martinho é o novo alvo da Petrobras Biocombustíveis
19/05/2010A associação com a Açúcar Guarani foi apenas a primeira colheita. A Petrobras Biocombustíveis tem como meta concentrar 30% de toda a produção sucroalcooleira do país em até três anos, com a montagem de um colar de participações no setor. Após o acordo com a francesa Tereos, dona da Guarani, um dos alvos na mira é a São Martinho. O caminho mais curto até a empresa passa pelo outro lado da Avenida Chile. A operação envolveria um acordo cruzado com o BNDES, acionista da São Martinho. O banco tem uma fatia pequena no capital, inferior a 5%, mas é um dos maiores credores da usina. Tem cerca de R$ 500 milhões em créditos contra a São Martinho, praticamente metade do endividamento líquido do grupo. A conversão da dívida em participação societária e sua posterior negociação dariam a Petrobras uma fatia razoável no capital da usina. A expansão da Petrobras Biocombustíveis atende a intenção do governo de colocar rédeas curtas no processo de internacionalização do mercado. Este movimento conta com o apoio das próprias usinas. Recentemente, empresários como Rubens Ometto, da Cosan, e Luiz Guilherme Zancaner, da Unialco, manifestaram ao presidente Lula sua preocupação com o avanço do capital estrangeiro no setor – ver RR – Negócios & Finanças edição nº 3.855. Paralelamente a compra de participações em usinas, a Petrobras Biocombustível está envolvida em outra importante empreitada no setor: a montagem de uma empresa de logística voltada ao transporte e exportação do combustível. A subsidiária deverá assumir dois projetos para a construção de pipelines nas mãos da Petrobras. Os dutos vão ligar o Centro-Oeste e o interior de São Paulo a terminais portuários no estado – o traçado ainda é objeto de estudos. Cada um dos alcooldutos está orçado em US$ 1 bilhão. Grupos serão chamados a participar desta empresa de logística, incluindo usinas controladas por investidores estrangeiros. Empresas como Copersucar e Louis Dreyfus já sinalizaram a disposição de participar do projeto.
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Alesat
7/05/2010Paulo Cunha não está sozinho. A dobradinha Cosan/Shell também é candidata a compra da Alesat, distribuidora de combustíveis controlada por Marcelo Alecrim.
Acervo RR
Favo de mel
15/04/2010Lideranças empresariais da área sucroalcooleira ? a frente Rubens Ometto, da Cosan, e Luiz Guilherme Zancaner, da Unialco ? levaram ao presidente Lula proposições para fortalecer os grupos nacionais do setor. A principal delas é um pedido travestido de proposta: a entrada da Petrobras Biocombustível no capital de usinas, como forma de conter o avanço de grupos estrangeiros.
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Segunda época
8/04/2010A Cosan e a francesa Tereos estão tentando fazer o que a Bunge não conseguiu há pouco mais de dois meses: comprar o controle da usina sucroalcooleira Vertente, localizada na cidade de Guaraci (SP). A empresa é controlada pela família Marchesi.
Acervo RR
Emenda Ometto
24/03/2010Rubens Ometto não chega a ser Ibsen Pinheiro, mas também quer ver o Rio pelas costas. O empresário defende que o centro administrativo da Shell, localizado na Barra da Tijuca, seja gradativamente transferido para Piracicaba, onde já está o QG da Cosan. Como a medida representará um baita corte de custos, é bem capaz de a Shell topar.
Acervo RR
Shree Renuka abusa do açúcar no Brasil
22/03/2010A indiana Shree Renuka está fazendo um arrastão no Brasil. Após fechar a compra das usinas de álcool e açúcar da Equipav, por R$ 600 milhões, negocia simultaneamente mais duas aquisições no país. Uma delas é a da usina Mandu, de Guairá (SP), controlada pelo empresário Roberto Junqueira. O principal adversário dos indianos é a Cosan, que também apresentou uma oferta pela companhia, com capacidade para moer quase 3,5 milhões de toneladas de cana. Paralelamente, a Shree Renuka vem mantendo conversações com o Grupo João Lyra, em recuperação judicial desde 2008. Os indianos estão interessados nas duas usinas do ex-senador João Lyra em Minas Gerais, sobretudo a Triálcool, localizada em Canápolis, no Triângulo Mineiro. Um dos problemas é o endividamento da empresa. Há pouco mais de um ano, o grupo belga Alcotra fez uma proposta pela Triálcool, mas não houve acordo quanto ao destino das dívidas da usina. Há ainda um terceiro negócio na mira da Shree Renuka, embora em estágio menos avançado. O grupo é um dos candidatos a compra de uma usina da cooperativa Corol no Paraná ? ver RR ? Negócios & Finanças, edição nº 3.834. O apetite dos indianos se justifica pela importância do Brasil em sua estrutura mundial de negócios. A grande perspectiva de crescimento mundial do grupo se concentra no mercado brasileiro. A intenção é montar no país uma operação bem superior a da própria andia, com atuação integrada em plantio e moagem. Munição não falta. No mês passado, a Shree Renuka captou cerca de US$ 1,2 bilhão com uma emissão de ações na andia. Antes da Equipav, no ano passado a Shree Renuka já havia comprado duas usinas da Vale do Ivaí, ambas no Paraná. Além das aquisições, ao longo deste ano os indianos vão investir cerca de R$ 200 milhões para aumentar a capacidade de suas plantas no Brasil. Seu foco primordial é a produção de açúcar.
Acervo RR
Comgás acende a fusão com a Gas Brasiliano
11/03/2010Shell, British Gas (BG), Petrobras e Cosan querem ser as quatro irmãs do gás em São Paulo. O quarteto articula uma operação capaz de criar uma super-concessionária, com faturamento anual de R$ 7 bilhões e atuação em mais de 550 municípios paulistas. A engenharia tem como objetivo promover a fusão da Comgás ? da qual Shell e BG são acionistas ? e da Gas Brasiliano, colocada a venda pela italiana Eni. A associação entre as duas concessionárias se consumaria a partir de uma operação cruzada, dividida em três atos. No primeiro deles, Petrobras e Cosan entrariam de mãos dadas na disputa pela Gas Brasiliano. Uma vez vencedora, a dupla desembarcaria no capital da própria Comgás, funcionando como elo para a posterior fusão entre as duas distribuidoras ? o terceiro e último ato da operação. Os dados ainda estão rolando no duelo pela Gas Brasiliano ? Cemig, Mitsui, Prisma Energy e um fundo do banco Santander também são candidatos a aquisição. No entanto, entre as “quatro irmãos do gás” já existe um esboço para a execução do projeto caso Petrobras e Cosan fechem a compra da distribuidora controlada pela Eni. Tanto Shell quanto BG, maior acionista da Comgás, estão dispostas a transferir parte de suas ações para o novo controlador da Gas Brasiliano. Petrobras e Cosan passariam a ter até 30% do capital. A Shell reduziria sua participação de 8% para 3%. Já a BG recuaria de 87% para algo em torno de 62%. A fusão entre Comgás e Gas Brasiliano seria consumada por meio de uma troca de ações entre os quatro grupos. Este modelo cruzado pode ser um facilitador para a fusão entre as duas distribuidoras do ponto de vista regulatório. A negociação tem de passar pelo crivo da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp). Com a presença prévia de Petrobras e Cosan no capital tanto da Comgás quanto da Gas Brasiliano não se configuraria uma troca de controle em qualquer uma das duas empresas. Faltaria apenas combinar com o Cade. Juntas, as duas concessionárias dominariam aproximadamente 80% da distribuição de gás em São Paulo. A operação enfeixa interesses estratégicos de seus quatro protagonistas. Há tempos a Petrobras procura uma porta para entrar na distribuição de gás em São Paulo. Por mais de uma vez, tentou comprar uma participação na própria Comgás. Pelos lados da Cosan, a decisão de investir no setor está vinculada a associação com a Shell. Dificilmente, a empresa entraria na disputa pela Gas Brasiliano se não tivesse a escolta dos anglo-holandeses. Por sua vez, a BG e a própria Shell, que já têm uma posição privilegiada no setor, se tornariam sócias de uma operação ainda maior.
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NA
22/02/2010Rubens Ometto está com o apetite redobrado. A Cosan é candidata a compra de duas usinas de álcool e açúcar no interior de São Paulo pertencentes a família Balbo.
Acervo RR
Cosan e Shell rasgam a bandeira da Esso no Brasil
9/02/2010O seu “Repórter Cosan”, testemunha ocular da história, informa: uma das mais tradicionais marcas do mercado brasileiro de combustíveis está com os dias contados. A associação entre Cosan e Shell deverá acelerar a extinção da bandeira Esso no país. Rubens Ometto, que comprou os postos da Exxon no Brasil em 2008, está inclinado a não renovar o contrato de cessão da marca. O acordo, com vencimento em 2014, prevê a prorrogação por mais cinco anos. Eram outros tempos: Ometto ainda não havia entrado na concha da Shell. O empresário não estaria disposto nem mesmo a esperar pelo fim do atual contrato para extinguir a marca Esso no país. A ideia seria converter todos os postos da Cosan a bandeira Shell até 2012. A metamorfose deverá começar pela rede paulista Petrosul, comprada por Ometto há cerca de dois meses. Curiosamente, alguns postos da empresa já estão sendo preparados para receber o figurino da Esso. As condições definitivas do acordo entre Cosan e Shell serão acertadas em até 180 dias, a contar de 1 de fevereiro. A princípio, não há qualquer cláusula de exclusividade de bandeira para os postos que já pertencem a indústria sucroalcooleira. Ainda assim, a Cosan enxerga uma série de motivos para precipitar a conversão da sua rede retalhista e decretar o fim da marca Esso no Brasil. O primeiro e mais óbvio é que não faz sentido a Shell, em parceria com Ometto, investir em uma marca que sempre foi uma das suas maiores concorrentes no mercado brasileiro, ainda que a Exxon não esteja mais por de trás do negócio. Da mesma forma, não parece razoável que a nova companhia aposte suas fichas na expansão de uma bandeira de destino incerto a partir de 2014. Não há qualquer garantia de renovação do contrato de uso da marca. Além disso, a relação comercial entre a Cosan e a Exxon não é exatamente um mar de rosas. Os norte-americanos impõem uma série de amarras contratuais. Existem ainda fortes razões comerciais para a Cosan acelerar a troca de bandeira. Não obstante toda a história da Esso no país, a marca Shell tem reconhecidamente maior apelo no mercado brasileiro. Além disso, bastou pouco mais de um ano de operação para Rubens Ometto identificar alguns focos de rejeição a antiga bandeira da Exxon. Em algumas regiões do país, a marca Esso acabou maculada por episódios de adulteração de combustíveis feita por distribuidores e revendedores.
Acervo RR
Álcool puro
5/02/2010É o preço do estrelato. Rubens Ometto, o camisa 10 do mercado sucroalcooleiro nacional, tem sido assediado por clubes de futebol famintos por patrocínio. Flamengo, Palmeiras e Santos vêm mantendo conversações com a Cosan em busca de um mecenas corporativo. O Santos, inclusive, tenta pendurar na empresa uma das cinco cotas de patrocínio que criou para garantir o retorno de Robinho.
Acervo RR
Bandeirão
13/01/2010A Cosan está fazendo um arrastão entre os postos de combustíveis bandeira branca. Tem incorporado a cada mês algo entre 15 e 20 estabelecimentos. Nesse ritmo, a empresa pretende bater na marca dos dois mil postos no primeiro trimestre de 2011.
Acervo RR
Amyris adoça o capital do Grupo São Martinho
6/01/2010O Grupo São Martinho conseguiu um substituto a altura para suprir a saída da Mitsubishi da usina Boa Vista, em Quirinópolis, no estado de Goiás. A americana Amyris comprou 40% do capital da usina, por aproximadamente US$ 60 milhões, incluindo os 10% que pertenciam aos japoneses. O próximo passo é a negociação para a entrada da Amyris nas outras duas usinas do grupo, São Martinho e Iracema, ambas em São Paulo. O interesse da Amyris é fortalecer a sua posição no mercado brasileiro para a produção de especialidades químicas a base do caldo da cana-de-açúcar, principalmente o farneseno. Esse componente químico resulta da fermentação do caldo com leveduras e é usado como matéria prima para a fabricação de cosmésticos, combustíveis de aviação, diesel e lubrificantes. Apesar de não haver exclusividade no acordo, já que a Amyris acertou parcerias com Bunge, Cosan e Tereos, a negociação com o Grupo São Martinho é a única que inclui a compra de ações. Por trás do interesse declarado de ser sócia nas usinas está uma outra intenção, ainda não verbalizado pela Amyris. Trata-se do desejo de fazer parte do controle do próprio Grupo São Martinho ou até comprar a empresa. Independentemente do formato final, o que está em jogo para a companhia americana é ter uma forte base industrial para a fabricação das especialidades químicas, e o Brasil foi o escolhido por ser líder mundial na produção tanto de açúcar quanto de etanol, além de contar com incentivos governamentais para a diversificação do portfólio de produtos. Para o grupo brasileiro, o desembarque da Amyris no capital lhe garantirá tecnologia de ponta no nicho das especialidades químicas, aportes de capital, linhas de financiamento internacionais e uma estrutura logística para a venda dos produtos nos mercados asiático e europeu. O acordo para a entrada no capital das usinas São Martinho e Iracema deverá ser fechado até março, após a conclusão da due diligence. O acerto inicial com a Boa Vista promete facilitar e muito as conversações para a futura associação.