Tag: privatização

Infraestrutura

Paraguai busca investidores para a área de saneamento no Brasil

9/01/2024
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Está surgindo uma nova privatização na área de saneamento no Brasil. Bancos com mandato do governo da província paraguaia do Alto Paraná têm sondado empresas privadas do lado de cá da fronteira sobre o interesse em participar do leilão do serviço de água e esgoto local. Aegea e Iguá estão entre as companhias procuradas. 

#Aegea #Iguá #privatização #saneamento

Embrapa

Fávaro solta um balão de ensaio bem murchinho

8/01/2024
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O ministro Carlos Fávaro, em reunião com empresários agrícolas sobre o esvaziamento financeiro da Embrapa, a estatal mais eficiente do governo, prometeu estudar a abertura de capital da empresa em bolsa, desde que setor privado fosse minoritário. Não conversou com Lula certamente. O modelo proposto é quase igual ao da privatização da Eletrobras, sem a “pílula de veneno”. De bom, somente a possibilidade da Embrapa captar mais recursos para suas bem-sucedidas pesquisas. É um absurdo a estatal-modelo sofrer de nanismo orçamentário. 

#Carlos Fávaro #Embrapa #privatização

Saneamento

Kinea compra pré-ingresso para a privatização da Sabesp

5/01/2024
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Os executivos da Kinea, braço de private equity do Itaú, só falam de um assunto: Sabesp! Sabesp! Sabesp! A gestora destacou uma equipe para debulhar os números da estatal. Na paralela, há conversas com potenciais parceiros para a disputa do leilão de privatização, a começar pela Perfin. As duas casas de investimento já são sócias da Aegea na Corsan, a empresa de saneamento do Rio Grande do Sul. Consultada pelo RR, a Kinea preferiu não comentar a informação.

#Kinea #privatização #Sabesp

Infraestrutura

Privatização do metrô é a próxima parada de Tarcísio Freitas

19/12/2023
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O secretário de Parcerias e Investimentos de São Paulo, Rafael Benini, braço direito de Tarcísio Freitas quando o assunto é privatização, vai virar o ano às voltas como uma nova missão: elaborar o modelo de venda do metrô paulista. Segundo fontes do governo, a proposta de venda pura e simples do controle da Companhia do Metropolitano de São Paulo perdeu força. Benini tende à cisão e à licitação das linhas em blocos.

#metrô paulista #privatização #São Paulo

Destaque

Fraude da Americanas vira argumento para a reestatização da Eletrobras

15/02/2023
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O episódio da fraude da contabilidade das Americanas será usado como um dos motes da campanha do governo para a revisão do limite de participação acionária na Eletrobras. Lula já iniciou os trabalhos, afirmando que vai defender com unhas e dentes o direito da União aumentar sua participação no capital votante da antiga estatal. O Estado soma uma montanha de recursos esterilizados, mas não tem poder de decisão. E é proibido de comprar uma única ação em mercado além do teto estatutário. Hoje, a União detém cerca de 40% do capital da empresa, mas apenas 10% das ações com direito a voto.   

O modelo de capitalização adotado para a privatização da Eletrobras incluiu uma pílula de veneno, que restringe exatamente a 10% o total de ações com direito a voto que cada investidor pode deter. As decisões sobre a gestão da empresa são tomadas no Conselho de Administração, constituído pelos “acionistas de referência”. A 3G Radar, que tem entre seus controladores Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, através da associação com a 3G Capital, é acionista de referência da Eletrobras. Trata-se do maior detentor de ações preferenciais, com 10,8%. Ou seja, no atual modelo, hipoteticamente, caso firmasse parceria com o Banco Clássico, controlado pela controversa família Abdalla – uma instituição que possui patrimônio avaliado em pouco mais de R$ 5 bilhões e possui 5% das ações ordinárias preferenciais da ex-estatal –, e mais alguns fundos estrangeiros, a 3G Radar mandaria na Eletrobras.   

Não há nada que impeça o trio de operar na compra e venda das ações, estando em posição privilegiada. Um exemplo de como funcionam essas operações se deu pouco depois da privatização. No dia 13 de fevereiro de 2021, Lemann e seus sócios venderam ações da companhia. No dia 25 de junho, recompraram. Nesse jogo de estica e encolhe, que se repetiu várias vezes, os “acionistas preferenciais”, hoje sob suspeição do mercado, reduzem um pouco sua quantidade de ações, e aumentam depois, e vice-versa, buscando sempre manter no mesmo patamar sua participação no capital votante. Um jogo simples, conhecido por iniciantes em operações com valores mobiliários. Questionada, a 3G informa “que não há qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da companhia da qual a signatária seja parte”.   

Lula, pelo que já disse, não concorda com o modelo em que o poder de decisão do Estado permanece diluído, independentemente da sua disposição em aumentar sua participação no capital da empresa. Uma solução para desbloquear a pílula de veneno está sendo pensada no BNDES. Lembrai-nos que foi no banco, sob o governo Lula, que o falecido Carlos Lessa, então presidente da instituição, montou uma engenharia de compra, através da BNDESPar, das ações da Vale. À época, com esse movimento, impediu a venda da mineradora para investidores externos. Por enquanto, o 3G, seja Capital seja Radar, de uma forma esperta, é quem dá as cartas.  

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