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Recuperação judicial vira atalho para a Itamarati

  • 22/11/2012
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A novela em torno da venda da Usinas Itamarati ganhou novos capítulos nos últimos dias. Segundo uma fonte da própria companhia, a empresária Ana Claudia de Moraes estaria disposta a entrar com pedido de recuperação judicial – ideia que ela sempre rechaçou. O entendimento dos bancos e advogados que assessoram a Itamarati é que a apresentação de um plano de recuperação e a consequente renegociação dos débitos com os credores criariam uma ambiência menos hostil a  venda da usina. É sintomático que, nos últimos dias, Ana Claudia tenha reiniciado conversações com possíveis candidatos ao negócio. De acordo com a mesma fonte, há cerca de duas semanas ela teria mantido novo contato com Rubens Ometto. Em agosto, a Raízen, associação entre a Cosan e a Shell, esteve perto de fazer uma oferta pela Itamarati, mas recuou por conta do impasse em torno da dívida de R$ 1,5 bilhão. Neste novo cenário, em um primeiro momento Ometto fecharia apenas o arrendamento da usina por um prazo determinado. Nos melhor dos mundos – se é que ainda existe isso no caso da Itamarati – seria o tempo necessário para o grupo sucroalcooleiro entrar em recuperação judicial e acertar a repactuação do passivo com os credores, quando só então a Raízen sacramentaria a compra do controle. Procuradas, Itamarati e Raízen não se pronunciaram sobre o assunto.

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