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Energia
Empresa sueca parceira da Vale quer investir em hidrogênio verde no Brasil
2/12/2024Informação que circula em petit comité na área de energia: a sueca Stegra,…
Infraestrutura
IFC energiza hub de hidrogênio verde do Ceará
13/11/2024Destaque
Vale constrói uma ponte para hub de hidrogênio verde do Piauí
7/11/2024Energia
Investimentos da Casa dos Ventos ganham ainda mais voltagem
25/10/2024A Casa dos Ventos está dando tratos a seu novo plano de investimentos. As cifras sopradas por uma fonte do RR chegam a R$ 14 bilhões até o fim de 2027. Trata-se, portanto, de um montante superior aos R$ 12 bilhões anunciados pela empresa para o triênio 2024-26. Além da geração eólica, a gênese que dá nome ao grupo, o valor é impulsionado por novos projetos na área de energia solar, segmento no qual a companhia de Mario Araripe entrou recentemente. A Casa dos Ventos tem planos ainda de investir em hidrogênio verde, mais precisamente no hub que está sendo montado no Complexo de Pecém, no Ceará. E, quando se fala, nos planos da Casa dos Ventos está se falando também da TotalEnergies, que detém 34% do seu capital.
Infraestrutura
Banco do Nordeste solta mais dinheiro para a transição energética
5/09/2024O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende dentro do governo que o Banco do Nordeste (BNB) tenha um peso ainda maior no esforço para turbinar os investimentos em geração renovável na região. O entendimento é que o BNB será fundamental, por exemplo, para estimular projetos de hidrogênio verde e de eólicas offshore – este último um segmento que permanece no papel diante das incertezas regulatórias. Há informações de que o Banco do Nordeste deverá liberar mais de R$ 12 bilhões em financiamento para energia limpa em 2025, 50% acima do número previsto para este ano. O Nordeste é uma espécie de “República da Transição Energética” no país: no segmento de eólicas, por exemplo, quase 90% da produção nacional vêm da região.
Energia
Equinor avança a passos largos em hidrogênio verde no Brasil
22/08/2024Informação que circulava ontem entre executivos da área de energia: a Equinor tem estudos avançados para instalar duas usinas de hidrogênio verde no Brasil. A companhia vem mantendo, não é de hoje, tratativas com o governo do Ceará envolvendo o futuro hub de hidrogênio de Pecém.
Mas, neste momento, a bússola da estatal norueguesa aponta em outra direção: a Bahia. A Equinor vai construir no estado seu primeiro projeto híbrido de geração limpa no Brasil, juntando energia solar e eólica, justamente o insumo necessário para a produção de hidrogênio verde.
Em conversa com o RR, a Equinor confirmou que “No Brasil, em relação ao hidrogênio, temos participado de forças-tarefa e fóruns governamentais onde as agendas regulatórias, de produção e de mercado estão sendo discutidas com o objetivo de desenvolver essa cadeia de valor no país.”.
A companhia norueguesa afirmou ainda que “Estamos constantemente avaliando o desenvolvimento do mercado e as oportunidades de contribuição.”
Destaque
É possível transição energética no Brasil sem a Petrobras?
12/08/2024Qual será o rosto da Petrobras do amanhã: uma face virada para o passado, com o olhar fixo exclusivamente na exploração e produção de combustíveis fósseis, ou uma face voltada para o porvir, mirando a construção da grande empresa de energia lato sensu do Brasil? É o “Dilema de Janus” da estatal, uma complexa discussão que vem sendo travada no governo e no alto-comando da companhia e ainda longe de um consenso. No próprio Palácio do Planalto, há visões dissonantes em relação ao tema.
Mesmo porque qualquer movimento mais agudo da Petrobras gera forte impacto regulatório, competitivo, regional e, last but not least, político. O fato é que não há nenhuma outra empresa mais capacitada para liderar o processo de transição energética da matriz brasileira. A estatal tem fôlego financeiro, um corpo técnico altamente qualificado, presença em grande parte do território nacional e peso institucional, além de estar localizada em um país pródigo em sol, vento e água.
Falta, essencialmente, vontade política para a guinada. Com o reposicionamento estratégico da Petrobras, o Brasil passaria a ter uma grande indutora de investimentos em geração solar, eólica – inclusive offshore, vocação natural para uma empresa com mais de cem plataformas marítimas – e hidrogênio verde. Mais do que isso: a estatal funcionaria como uma espécie de “semi-reguladora” desse mercado. Na posição de maior player, a Petrobras teria condições de arbitrar o setor de energia renovável, guardadas as devidas proporções a exemplo do que historicamente sempre fez no óleo e gás.
No governo, uma das principais vozes a favor desse redirecionamento da Petrobras é o próprio Alexandre Silveira. O ministro de Minas e Energia defende que a estatal deve, a um só tempo, diversificar suas áreas de atuação e investir pesadamente em geração renovável – basta lembrar da sua queda de braço com o então presidente da empresa, Jean Paul Prates, que não fez nem uma coisa, nem outra. Uma das ideias já aventadas na Pasta de Minas e Energia seria a criação de uma companhia à parte, controlada pela Petrobras, que concentraria todas as suas operações em energia limpa.
Essa “Renovabras” poderia buscar recursos no mercado individualmente e emitir ações, sem impacto sobre a estrutura de capital da holding. Isso não quer dizer que a Petrobras tiraria o pé de exploração e produção. Pelo contrário. É o que a estatal sempre fez, faz e fará de melhor ainda por muito tempo. Até porque, goste-se ou não, é o próprio petróleo que financiará a transição energética da companhia. Hoje, a taxa de retorno médio real dos investimentos da empresa em exploração e produção é de 23%; nas fontes de baixo carbono, não passa de 8%.
O entendimento na Pasta de Minas e Energia é que a Petrobras do presente precisa começar a construir, desde já, a Petrobras do futuro. É inexorável que a estatal reduza o grande gap entre o seu portfólio de fontes fósseis e de energia limpa, um abismo que fica patente no próprio programa de investimentos da companhia. Em seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras prevê desembolsar US$ 11,5 bilhões em descarbonização das operações, biorrefino e energias eólica e solar. Ou seja: o equivalente a 11% do seu Capex. Para o mesmo período, os recursos destinados à exploração e produção somam US$ 73 bilhões, algo em torno de 71% do Capex.
Ressalte-se que, pouco a pouco, as grandes petroleiras internacionais têm ampliado o volume de recursos em projetos de baixo carbono. A média global ainda é relativamente pequena. No ano passado, segundo a Agência Internacional de Energia, as empresas de petróleo e gás destinaram cerca de US$ 30 bilhões à geração renovável, algo como 4% do seus investimentos totais. É pouco?
É. Mas cabe lembrar que, em 2019, esse índice sequer chegava a 1%. O CEO da Saudi Aramco, Amin Nasser, já disse publicamente que “a transição energética está fracassando” e “os formuladores de políticas deveriam abandonar a fantasia de eliminar petróleo e gás”. Ainda assim, a empresa destina 10% do seu plano de investimentos para fontes de baixo carbono – uma proporção ainda pequena, mas bem superior à média global, por exemplo. O governo da Arábia Saudita determinou, inclusive, que a companhia reduzisse sua produção de petróleo de 12 milhões para nove milhões de barris por dia para se adequar a acordos feitos pelos membros da Opep+. Outro exemplo é a BP, que está bem mais à frente: entre 2019 e o ano passado, a fatia de seus investimentos reservada para projetos de energia renovável saiu de 3% para 30%.
Essa é uma discussão que não fica restrita às muralhas do governo e à cúpula da Petrobras. Ela passa também por quem tem poder corporativo, ou seja, os funcionários da empresa e consequentemente suas entidades representativas. A Federação Única dos Petroleiros (FUP), por exemplo, toca de ouvido com o ministro Alexandre Silveira. Em conversa com o RR, a FUP deixou claro que considera a Petrobras a companhia mais apta para ser o grande player em transição energética no Brasil.
Para a Federação, a empresa “tem ampla expertise e know how no setor de óleo e gás e, agora, deve caminhar cada vez mais no sentido de se tornar uma empresa integrada de energia e servir como importante instrumento para viabilizar investimentos, pesquisa e inovação visando novas rotas tecnológicas que possam colocar o Brasil em uma melhor posição na nova divisão internacional do trabalho que se forma a partir das transições tecnológica e energética.” A FUP reforça que “a tendência das majors de petróleo e gás é tornarem-se grandes empresas de energia. Na realidade brasileira, com o nosso potencial para energias limpas e novas rotas tecnológicas, nos parece que, quanto maior e mais integrada for a Petrobras, e mais envolvida com o segmento de renováveis, maior será sua capacidade de captação no mercado financeiro.”
A Federação dos Petroleiros concorda com a premissa de que os investimentos em energia limpa e em combustíveis fósseis não são excludentes. A FUP lembra que “tem se manifestado em diversas oportunidades, como em audiências públicas, que parte da renda petroleira deve ser destinada a investimentos em transição energética. Ou seja, é preciso contar com os recursos oriundos da produção de óleo e gás no presente para não mais depender dessa renda no futuro.” A entidade, inclusive, faz coro ao ministro Alexandre Silveira, que propôs a criação de um fundo para a transição energética a partir dos recursos do petróleo.
Dentro da imensidão corporativa da Petrobras, com seus mais de 45 mil funcionários, inúmeros níveis hierárquicos e diferenças ideológicas, tudo temperado por uma compreensível defesa do próprio quadrado, há visões distintas sobre o futuro e o papel da companhia. O RR conversou também com colaboradores da estatal na tentativa de aferir o estado de animus da “tropa” em relação ao tema.
Não é difícil verificar o quanto a “limpeza” da matriz energética da empresa provoca divisões intramuros. Os trabalhadores em exploração, produção, refino e logística defendem que a companhia continue sendo “apenas” o que sempre foi: uma petroleira. Algo na linha do “não me venham com novidades…”. O argumento é que o diferencial da empresa está na sua tecnologia, expertise e capital humano voltadas para exploração, produção e refino. Basicamente o que ela já provou ser capaz de fazer. Com maestria, diga-se de passagem. O “chão de fábrica” não quer saber nem de vento ou de sol; o futuro da Petrobras está na Margem Equatorial, a única fronteira petrolífera do país capaz de compensar o declínio da produção no pré-sal.
Na mão contrária, um grupo de funcionários de níveis hierárquicos mais altos entende que a Petrobras deve se tornar, sim, uma grande empresa de energia integrada, com um pé em geração limpa e outro em E&P. Estão nesse recorte colaboradores que atuam em pesquisa, projetos e a área corporativa, possuem um olhar mais panorâmico sobre a estatal e são menos focados na operação em si.
Ainda que reconheçam que, a curto e médio prazos, o maior retorno financeiro da estatal virá dos ‘velhos negócios” em E&P e refino. Em algumas áreas da Petrobras, há uma crença na diversificação de riscos como solução para o futuro incerto dos combustíveis fósseis, com a entrada em negócios como biocombustíveis, eólicas e usinas solar. Há quem defenda, inclusive, que os colaboradores poderiam ser distribuídos em células variadas de projetos. Seria uma forma de transformar a Petrobras em uma “incubadora de energia”, com o desenvolvimento de empresas e startups. As “energytechs” promissoras poderiam tornar-se subsidiárias ou coligadas da holding. Esse modelo permitiria a entrada de investidores privados e futuramente até a abertura de capital das sociedades em mercado.
Existe ainda um terceiro agrupamento, que já foi o mais forte na Petrobras e agora vem recuperando seu poder de influência com a presença de Lula no governo. São colaboradores que acreditam no modelo de empresa “do poço ao posto”, com uma maior diversificação dos negócios. De forma sintetizada, defendem a visão dos sindicatos, muito focada na soberania nacional.
A compreensão é que a companhia deve ser um braço do governo para acelerar investimentos, controlar preços, gerar emprego e produzir e distribuir renda. Ou seja, a empresa deveria verticalizar suas operações, inclusive com a reestatização da BR Distribuidora, atual Vibra, e dos gasodutos e refinarias vendidos na gestão Bolsonaro. Esses funcionários defendem que a companhia tem de entrar em setores afins a suas atividades e necessários para o desenvolvimento do país, como energia renovável e fertilizantes. Em linhas gerais, é uma fração da companhia que deseja uma “estatização” ainda maior da Petrobras.
Energia
Chineses fazem lobby elétrico por subsídios para eólicas offshore e hidrogênio verde
7/08/2024Grandes grupos chineses de energia, entre os quais a SPIC (State Power Investment Corporation Limited) e a Energy China International, têm feito gestões junto ao ministro Alexandre Silveira pela manutenção dos subsídios para geração renovável. Os asiáticos querem, sobretudo, garantias de que o benefício seguirá em vigor para os projetos de eólicas offshore e de hidrogênio verde. O lobby é pesado. Tem a regência direta do próprio governo chinês. Há ainda os governadores do Nordeste, como o cearense Elmano de Freitas e o baiano Jerônimo Rodrigues, que atuam como backing vocal, reforçando o canto junto a Alexandre Silveira. A região é a que mais recebe investimentos em novas fontes de geração e, consequentemente, mais depende da subvenção. O chamado desconto no fio é um subsídio para projetos de energia limpa, com a redução dos valores pagos pelo uso de linhas de transmissão. A diferença sai do bolso dos consumidores, via conta de luz.
Energia
Hidrogênio verde entra no radar da SPIC no Brasil
2/07/2024Destaque
ArcelorMittal mira na produção própria de hidrogênio verde
19/06/2024Os planos de transição energética da ArcelorMittal no Brasil estão tomando uma proporção maior. A informação no setor siderúrgico é que o grupo estuda investir na construção de usinas de hidrogênio verde. A prioridade seria o autossuprimento para a produção de aço no país. Mas não só: a companhia vislumbra a oportunidade de vender energia para terceiros, transformando a operação em uma fonte de receita. Trata-se de um projeto que pode ser executado tanto em voo solo quanto ao lado de parceiros.
Não custa lembrar que, no ano passado, a ArcelorMittal Tubarão, do Espírito Santo, firmou um memorando de entendimentos com a EDP para estudar o uso de hidrogênio verde na fabricação de aço. Outro nome que deve ser considerado para uma possível associação com a Arcelor é a Casa dos Ventos. Ambas já são sócias em uma joint venture para a instalação de um complexo de energia eólica na Bahia, um investimento superior a R$ 4 bilhões. E a Casa dos Ventos, de Mário Araripe, já anunciou sua entrada em projetos de hidrogênio verde. Ao menos um empreendimento está em estágio mais avançado.
Trata-se da construção de uma usina no hub de hidrogênio verde de Pecém, no Ceará. Talvez seja apenas coincidência: talvez não. A ArcelorMittal é dona da Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), adquirida junto à Vale e às sul-coreanas Posco e Dongkuk. Recentemente surgiram notícias do interesse da siderúrgica em comprar energia do hub cearense. Procurada, a ArcelorMittal não quis se pronunciar. Mas, em abril, em contato com o RR, a empresa informou ter interesse em energias renováveis, mas que não havia nenhum compromisso firmado para a compra de hidrogênio verde de Pecém.
Ainda assim, na mesma ocasião, a siderúrgica confirmou que “há contínuos estudos de viabilidade de investimentos de médio e longo prazo, conectados à estratégia de descarbonização e consolidação do máximo desempenho da unidade de Pecém.”
Em fevereiro deste ano, o principal executivo da ArcelorMittal na Europa, Geert van Poelvoorde, disse que o hidrogênio verde é caro demais para ser usado pela empresa na região.
A lógica pode até valer para a Europa, mas não exatamente para o Brasil, potencialmente um dos dínamos da transição energética global. O país tem farta disponibilidade de água e de fontes renováveis, como eólica e solar, ou seja, o “kit” necessário para a producao de hidrogênio verde. Nesse contexto, os planos da ArcelorMittal para Pecém tendem a escalar níveis mais altos. Há todo um sentido estratégico por trás da possibilidade de a empresa deixar de ser um “mero” consumidor para se tornar um dos investidores do hub de hidrogênio verde de Pecém. A produção própria de energia seria um impulso a mais para um dos maiores projetos no pipeline do grupo no Brasil: a instalação de uma nova laminadora na CSP.
Energia
Casa dos Ventos desce o mapa em busca de hidrogênio verde
10/06/2024Informação que teria sido soprada ao pé do ouvido do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira: a Casa dos Ventos estaria mantendo conversações com potenciais parceiros para investimentos em hidrogênio verde no Sudeste. Um dos projetos em voga seria a instalação de uma usina no Complexo do Açu, da Prumo Logística, no litoral norte do Rio de Janeiro. Seria mais um passo a mais no processo de diversificação da sua carteira de investimentos em transição energética. Além da geração eólica – como o seu nome sugere, o começo de tudo -, a Casa dos Ventos já anunciou a intenção de investir até US$ 900 milhões em uma planta de hidrogênio verde em Pecém (CE) e a entrada em projetos de construção de usinas solares.
Tanta energia vem da associação entre a francesa TotalEnergies e o empresário Mario Araripe, dono de um patrimônio estimado em mais de R$ 10 bilhões. Em conversa com o RR, a Casa dos Ventos informou que pretende investir mais de R$ 12 bilhões em ativos das fontes eólica e solar até o fim de 2026. A empresa ressaltou também que o projeto de produção de hidrogênio e amônia verde em Pecém “encontra-se em fase de especificação de engenharia e viabilidade econômica”. A Casa dos Ventos não se manifestou especificamente sobre possíveis investimentos em hidrogênio verde no Sudeste.
Investimento
Fundo dinamarquês renova sua energia no Brasil
29/05/2024Bochicho elétrico: corre no setor a informação de que o Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) tem garimpado ativos em energia solar e eólica no Brasil. Ao mesmo tempo, haveria conversas com o governo do Ceará para investimentos no hub de hidrogênio verde do Porto de Pecém. No mercado, pululam cifras de até R$ 2 bilhões. O fundo dinamarquês já tem um pé em transição energética no Brasil: é um dos investidores do projeto Alísios Potiguares, que prevê a geração de 1,8 GW de energia eólica offshore no Rio Grande do Norte. O CIP soma cerca de US$ 30 bilhões já aportados em geração renovável em todo o mundo, por meio de 12 fundos próprios.
Empresa
ArcelorMittal congela projeto de laminadora no Ceará
15/04/2024O RR apurou que a ArcelorMittal recuou no projeto de instalação de uma laminadora de aços finos Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, comprada junto à Vale e à Dongkuk Steel no ano passado. De acordo com informações filtradas da empresa, o investimento da ordem de R$ 1 bilhão deverá ser reavaliado apenas no ano que vem. E, ainda assim, se as condições de mercado permitirem. É mais uma consequência das perdas causadas pela crescente entrada de aço chinês no Brasil. Recentemente, o grupo reduziu a produção em suas usinas de Resende (RJ), Juiz de Fora (MG) e Piracicaba (SP). Em conversa com o RR, a Arcelor informou que “há contínuos estudos de viabilidade de investimentos de médio e longo prazo, conectados à estratégia de descarbonização e consolidação do máximo desempenho da unidade de Pecém”. Perguntada especificamente sobre a instalação de uma laminadora na CSP, a empresa não se pronunciou. Ressalte-se que, mesmo com a competição assimétrica com o aço chinês, o complexo da ArcelorMittal em Pecém escapou dos cortes de produção feitos pela empresa no país. Pelo contrário. Segundo a própria companhia informou ao RR, a unidade atingiu sua capacidade máxima, com a fabricação de três milhões de toneladas de placas de aço em 2023, um desempenho inédito desde o início da sua operação em 2016.
Em tempo: qualquer solavanco nos investimentos da ArcelorMittal no Ceará é um fator de risco para o mega hub de hidrogênio verde do Pecém, já anunciado pelo governo do estado. A siderúrgica é potencial compradora de parte da produção.
Esclarecimento: Após a publicação da nota, a ArcelorMittal procurou o RR para reafirmar “que o projeto da laminadora está em estudo de viabilidade. Sobre a compra de hidrogênio verde, informamos que há, sim, interesse em energias renováveis, mas não há nenhum compromisso firmado para a compra de hidrogênio verde. Essa informação foi publicada pela imprensa e retificada à época.”
Geração renovável
Transição energética traz estatal chinesa ao Brasil
10/04/2024De primeira: dirigentes da estatal chinesa Jinneng têm mantido conversações com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e assessores. A própria Embaixada da China no Brasil atuou diretamente na costura entre as duas pontas. A Jinneng levou às autoridades brasileiras o interesse firme em investir em geração eólica e solar e em projetos de hidrogênio verde no país. Já há tratativas, inclusive, para a visita de uma comitiva de executivos da empresa ao Brasil. A estatal é responsável por um dos maiores projetos de transição energética em curso na China: a instalação de um megacomplexo de US$ 8 bilhões na província de Shanxi, que combina turbinas eólicas, painéis fotovoltaicos e superbactérias de lítio.
Energia
Investidores canadenses miram geração renovável no Nordeste
4/03/2024Um grupo de fundos canadenses, capitaneados pela Invest Alberta, braço de investimentos da província de mesmo nome, tem feito gestões junto aos governos de Pernambuco e do Ceará. Em jogo projetos em transição energética, a começar pela participação no futuro hub de hidrogênio verde de Pecém (CE).
Energia
A grande marcha energética da CGN no Nordeste
20/02/2024O RR apurou que a chinesa CGN vem mantendo conversações com os governos de Pernambuco e da Paraíba para investimentos na produção de hidrogênio verde. O projeto estaria vinculado à instalação de um complexo de energia eólica. Seria mais um passo do grupo asiático para transformar o Nordeste brasileiro em um de seus grandes hubs de geração renovável fora da China. Em 2019, a CGN herdou uma carteira de projetos de usinas eólicas na Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte com a aquisição da Atlantic Renováveis. A companhia já anunciou também planos de construir uma planta para a produção de hidrogênio verde no sertão baiano.
Empresa
Equinor empilha investimentos em energia renovável no Brasil
1/02/2024A norueguesa Equinor abriu conversações com o governo do Ceará para se instalar no hub de hidrogênio do Porto de Pecém. Trata-se de um investimento potencial superior a US$ 2 bilhões. Mais do que isso: a entrada no projeto reforçará o protagonismo do Brasil no processo de transição energética da petroleira. A Equinor já tem um memorando de entendimentos assinado com a Prumo Logística para também produzir hidrogênio verde a partir de energia solar no Porto do Açu, no Norte Fluminense. Além disso, no ano passado, a companhia comprou a Rio Energy, negócio avaliado em R$ 3,5 bilhões. Com a aquisição, incorporou uma carteira de projetos de geração solar e eólica da ordem de 2 GW. Procurada, a Equinor afirmou que “não comenta rumores de mercado”.
Energia
Eólicas entram no radar da Fortescue no Brasil
22/12/2023A australiana Fortescue tem estudos avançados para investir em energia eólica no Brasil. Ceará e Bahia são fortes candidatos a receber os primeiros empreendimentos, segundo uma fonte do Ministério de Minas e Energia. Em novembro, o CEO global da companhia, Andrew Forrest, esteve reunido com o presidente Lula, quando confirmou o plano de investir US$ 5 bilhões no hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará.
Energia
BNDES deve energizar hub de hidrogênio verde potiguar
30/11/2023A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e seus assessores estão debruçados sobre o projeto de criação de um complexo de hidrogênio verde no estado. Fátima já levou a ideia ao governo federal. Segundo o RR apurou, recebeu garantias firmes de que o BNDES entra no negócio. Ressalte-se que Fátima tem prestígio junto ao presidente Lula. Foi, inclusive, coordenadora da sua campanha no Nordeste.
Energia
Transição energética é o assunto da vez no “Conselhão”
17/11/2023O Palácio do Planalto pretende discutir na última reunião do Conselhão em 2023, no próximo dia 12 de dezembro, medidas para destravar investimentos em energia verde no país. O grupo de trabalho dedicado ao tema deverá apresentar propostas para a construção da Política Nacional de Transição Energética. Ótima pauta. Mas o governo poderia ajudar mesmo se acelerasse a aprovação dos marcos regulatórios das eólicas offshore e do hidrogênio verde.
Energia
Chinesa CGN Energy aumenta investimento em geração renovável no Nordeste
13/11/2023O RR apurou que a chinesa CGN Energy vem mantendo conversações com os governos do Ceará e de Pernambuco para investir em geração eólica offshore e na produção de hidrogênio verde. As cifras mencionadas passam dos R$ 4 bilhões. O Nordeste já é o grande hub de transição energética do grupo no Brasil. A CGN investiu R$ 1,1 bilhão na instalação do Complexo Eólico Tanque Novo, na Bahia. Os chineses estão à frente de outro projeto no estado, a construção de um parque de energia eólica e solar com capacidade de 14 GW, em parceria com a brasileira Quinto Energy.
Energia
Equinor negocia sua entrada no hub de hidrogênio verde do Ceará
13/10/2023Segundo o RR apurou, a Equinor mantém conversações com o governo do Ceará para investir no futuro hub de hidrogênio verde do Porto de Pecém. O governador Elmano Freitas articula uma viagem a Oslo ainda neste ano para encontros com a cúpula da estatal norueguesa. Em números absolutos, este é não apenas o maior projeto da sua gestão, mas também um dos principais empreendimentos na área de transição energética em curso no Brasil. Os memorandos de entendimento assinados com grupos internacionais já somam mais de US$ 10 bilhões. A Equinor, ressalte-se, já tem engatilhados projetos para a instalação de duas eólicas offshore na costa do Ceará, dentro do acordo firmado com a Petrobras.
Energia limpa
Piauí entra no mapa de mega projeto global da Green Energy Park
13/10/2023A marroquina Green Energy Park vai construir uma planta para a produção de amônia verde no Brasil, mais precisamente no Piauí. A informação foi publicada há pouco pelo CEENERGY News, portal de notícias da área de energia da Hungria. O insumo será fabricado a partir da produção de hidrogênio verde. Trata-se de um pedacinho de Brasil em um grande projeto global. Esta será a primeira de oito unidades que a Green Energy Park pretende construir em diferentes países para o suprimento de amônia.
OBS RR: O projeto da Green Energy só corrobora a posição do Brasil como um dos principais destinos dos investimentos globais em transição energética. Mas há um outro lado: o empreendimento dos marroquinos pouco contribuirá para mitigar um grave problema do país: o déficit de fertilizantes. A amônia verde, matéria-prima para a produção de nitrogenados, vai ser destinada quase que integralmente para o mercado internacional. A Green Energy pretende exportar cerca de um milhão de toneladas do insumo por ano, que serão levadas para o seu terminal portuário na Ilha de Krk, na Croácia.
Energia
China Energy International vai investir em eólicas offshore no Brasil
13/10/2023Segundo informações filtradas do Ministério e Minas e Energia, a China Power International já levou ao governo brasileiro o projeto de instalar cinco usinas eólicas offshore no Nordeste do país. De acordo com a mesma fonte, o cronograma dos chineses prevê a construção das duas primeiras usinas até 2025. O grupo deverá contar com o financiamento do China Development Bank (CDB). Há conversas para que a Petrobras seja sócia de alguns dos empreendimentos. Ressalte-se que a estatal e a China Energy International criaram, há cerca de seis meses, um grupo de trabalho para estudar investimentos conjuntos em geração eólica e produção de hidrogênio verde no Brasil. O Brasil é uma peça importante no mosaico de investimentos globais do grupo chinês em transição energética. A China Energy promete despejar uma dinheirama em geração renovável: cerca de US$ 100 bilhões até 2025.
Infraestrutura
Governo corre para colocar Brasil no mapa dos corredores verdes marítimos
27/09/2023O Ministério dos Portos e Aeroportos e a Antaq vão realizar um estudo conjunto na tentativa de equacionar um dos maiores gaps do sistema portuário brasileiro. O objetivo é montar um plano e levantar o volume de investimentos necessários para adaptar os portos públicos a navios movidos a combustíveis alternativos. Os portos de Santos e de Paranaguá, que concentram a maior parte exportações brasileiras de grãos, estão no topo das prioridades. Hoje o Brasil é praticamente um pária da transição energética no setor. O país está fora dos chamados corredores verdes marítimos, leia-se rotas logísticas para grandes embarcações não poluentes. Entre os terminais públicos não há nenhum capaz de receber esses navios. Apenas o Porto do Açu está construindo estruturas apropriadas de atracação de cargueiros movidos a biometano, hidrogênio verde, biogás, entre outros.
Empresa
Neoenergia aumenta sua aposta no Porto do Açu
21/09/2023O Rio de Janeiro está se tornando um lócus importante para os investimentos da Neoenergia em transição energética. A empresa tem feito estudos para a instalação de usinas eólicas offshore no litoral norte do estado. A companhia, ressalte-se, já assinou um memorando de entendimentos com a Prumo (MoU, na sigla em inglês) para a produção de hidrogênio verde no Porto do Açu. Segundo avaliações técnicas, o próprio complexo portuário que um dia pertenceu a Eike Batista está em área de ótima influência eólica. Em outras latitudes, a Neoenergia firmou também acordos com os governos do Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte para projetos em geração renovável.
Destaque
Petrobras e Saudi Aramco têm um encontro marcado na energia renovável
18/09/2023O governo Lula reserva um papel relevante para a Petrobras nas relações bilaterais entre Brasil e Arábia Saudita. Há articulações para uma parceria entre a estatal e a Saudi Aramco na área de transição energética. A ideia é que as duas companhias façam investimentos conjuntos em geração eólica e na produção de hidrogênio verde no Brasil.
O acordo poderá ser turbinado com aportes do PIF (Public Investment Fund), fundo soberano saudita, que já anunciou um mega plano de desembolsar globalmente US$ 1 trilhão ao longo da próxima década em setores estratégicos, como energia limpa e cadeia de alimentos. O acordo reforçaria a estratégia do governo de impulsionar a atuação da Petrobras em geração renovável por meio da associação com grandes grupos internacionais, vide a Equinor. A estatal já firmou um memorando de intenções com a petroleira norueguesa para a construção de até sete usinas eólicas offshore no litoral brasileiro. Procurada pelo RR, a Petrobras não quis comentar o assunto.
As tratativas envolvendo Petrobras e Saudi Aramco se dão em um contexto diplomático mais amplo e favorável ao Brasil. O presidente Lula foi um dos principais articuladores da entrada da Arábia Saudita, assim como de outros países, no bloco dos BRICs. Seu prestígio junto aos sauditas pode ser medido pelo recente encontro reservado com o príncipe Mohammed bin Salman por ocasião da reunião de cúpula do G20 na Índia.
O Brasil tem a oportunidade surfar na enxurrada de investimentos que a Arábia Saudita está fazendo para renovar sua matriz energética e econômica – baseada em petróleo, petróleo e petróleo. Recentemente, a própria Saudi Aramco anunciou investimentos de US$ 2,5 bilhões na instalação de duas usinas solares no país. Nos planos sauditas cabem projetos colossais, como The Line, a cidade futurista que está sendo construída no deserto e será toda abastecida com energia limpa. A associação com a Petrobras em transição energética tem correlação também com outros investimentos já feitos pelos árabes no Brasil, como a recente aquisição de 13% da Vale Metals pela Manara Minerals, leia-se o próprio PIF. Com o acordo, a Arábia passou a ter em território brasileiro uma privilegiada fonte de suprimento de níquel e cobre, essenciais para a produção de baterias elétricas.
Destaque
Alemanha quer fazer do Brasil o seu “hub” de energia limpa
6/09/2023O acordo bilateral entre Brasil e Alemanha para investimentos em transição energética começa a sair do papel. Segundo uma fonte do Ministério de Minas e Energia, há negociações para que o governo alemão seja um dos financiadores do futuro hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará. Trata-se de um dos maiores projetos de geração renovável em curso no país. A previsão de aportes beira os R$ 70 bilhões.
A Alemanha surge como o primeiro investidor soberano a se associar ao empreendimento – unindo-se a mais de 20 grupos privados que já assinaram memorandos de entendimento para participar do projeto, entre os quais se destacam a Eneva e a australiana Macquarie. Os recursos deverão sair do Fundo para o Clima e a Transformação, criado pelo governo alemão. São mais de 210 bilhões de euros reservados para financiar projetos de transição energética em todo o mundo.
De parte a parte, há outras pontas que se juntam nessa costura bilateral. De acordo com a mesma fonte, as conversações passam também pelo KfW, o banco de fomento alemão. A instituição deverá entrar no projeto de criação do hub de Pecém financiando a compra de equipamentos. O fio dessa meada leva ao próprio BNDES. Na última segunda-feira, o banco brasileiro e o KfW IPEX-Bank, braço de exportações da agência de fomento alemã, assinaram um acordo para expandir sua cooperação comercial, com foco exatamente em projetos de transição energética, clima e preservação ambiental.
O Porto de Pecém deve ser apenas o ponto de partida. O Brasil tem tudo para ser um dos principais se não o grande hub de fornecimento de energia limpa para que a Alemanha consiga cumprir suas metas de descarbonização. Estima-se que o país europeu terá de importar o equivalente a 70% da sua demanda interna por hidrogênio verde para alcançar a neutralidade climática até 2045.
Energia
Piauí costura megaprojeto para a produção de hidrogênio verde
18/08/2023O que pode vir a ser um dos grandes projetos de transição energética do Brasil está começando a ganhar forma no Piauí. A espanhola Solatio Energia assinou um memorando de entendimentos com o governo do estado para investir na produção de hidrogênio verde. Segundo o RR apurou, em outro front o governador Rafael Fonteles está em conversações também com outros dois grupos internacionais da área de energia, um deles chinês. O objetivo é unir essas pontas para a implantação de um hub de hidrogênio verde no Piauí. O projeto é razoavelmente ousado: as estimativas de investimento passam dos R$ 50 bilhões.
Energia
Nordeste vira o grande hub de transição energética da Fortescue
10/08/2023O Nordeste brasileiro será uma peça-chave nos investimentos globais da australiana Fortescue em transição energética. O RR apurou que executivos do grupo vêm mantendo tratativas com os governos do Ceará e da Bahia para a construção de usinas solares e eólicas nos dois estados – no segundo caso, também com empreendimentos offshore. Parte energia deverá ser usada, inclusive, para projetos de dessalinização da água do mar. É a variável mais ambiciosa da empreitada. Mas é o mais ousado e com componentes de marketing do pioneirismo. Por enquanto, ninguém falou em dessalinização.
Ressalte-se que a Fortescue já assinou um memorando de entendimentos com o próprio governo cearense para se instalar no futuro hub de hidrogênio verde do Porto de Pecém, um projeto da ordem de US$ 6 bilhões. Com negócios que vão da mineração à energia, o conglomerado australiano tem feito pesados investimentos para limpar sua matriz energética: a empresa vai gastar cerca de US$ 9 bilhões para neutralizar suas emissões até 2030.
Energia
Grupo chinês dobra a aposta em transição energética no Ceará
3/08/2023A chinesa Mingyang Smart Energy Group negocia com o governo do Ceará um pacote de investimentos em energia solar e eólica. Neste segundo caso, o projeto envolve também a instalação de usinas offshore. Trata-se de um passo a mais dos asiáticos no estado. A Mingyang já assinou um memorando de entendimentos para projetos em hidrogênio verde no porto de Pecém. O espectro de investimentos não para por aí. De acordo com a fonte do RR, as tratativas miram, em um segundo momento, a produção de turbinas no estado – a Mingyang é uma importante fabricante de equipamentos para a área de energia na China.
Energia limpa
Rio Grande do Norte busca seu lugar na transição energética
2/08/2023A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, está debruçada sobre uma série de projetos com o intuito de transformar o estado em um importante centro de transição energética no país. Assessores da governadora estudam um pacote de benefícios fiscais para atrair fabricantes de equipamentos para usinas eólicas e solares. Segundo informações apuradas pelo RR, a ideia já está sendo levada – e testada – a importantes indústrias do setor, como a dinamarquesa Vestas. A empresa tem um centro de manutenção em Natal. Ressalte-se que o Rio Grande do Norte disputa cabeça a cabeça com a Bahia o posto de maior gerador de energia eólica do Brasil.
Em outro front, o governo estuda montar um hub de hidrogênio verde no estado. Neste caso, Fátima Bezerra conta com um handicap: a possibilidade de a Petrobras entrar no projeto. Embora nascido no Rio de Janeiro, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, fez sua carreira política no Rio Grande do Norte. Um de seus primeiros atos no cargo foi engavetar o projeto da Petrobras de encerrar suas operações no estado, decisão que havia sido tomada no governo Bolsonaro. Some-se o fato de que Fátima é muito próxima do presidente Lula – foi, inclusive, coordenadora da sua campanha no Nordeste.
Empresa
“Petroverde” pode comer ainda mais dividendos da Petrobras
1/08/2023Jean Paul Prates vai ter de contentar a União e seus acionistas majoritários. O presidente da Petrobras vai secar os dividendos da estatal para cumprir a política de investimentos com um pé firme na renovação da matriz energética. Parcerias com outras empresas em projetos de energia verde já estão sendo tratados. Além de empreitadas da companhia no greenfield. A produção de hidrogênio verde é a parada final. O ânimo é tão grande que até se pensa em criar uma empresa subsidiária ou coligada com um nome diferente. A Petrobras manteria sua denominação de batismo. A experiência amarga de tentativa de mudança da marca, na gestão de Henri Philippe Reichstul, que passaria a se chamar Petrobrax, jogou uma pá de cal na tentativa de repetir a iniciativa. Mas uma Petroverde, anexada à holding, faz brilhar os olhos de Prates.
E a grande Petrobras, a dona do petróleo brasileiro? Pois vai ter menos dividendos e mais recursos, não somente para expandir a exploração do pré-sal, mas para iniciar o épico da extração de óleo da Margem Equatorial, tida com a maior reserva petrolífera do país. Prates trabalha para que Lula possa dizer: “Eu estou fazendo um novo pré-sal, o que ninguém fez no mundo”. Agora, há muita gente gulosa entre Prates e suas intenções. Que o comandante da Petrobras se cuide.
Empresa
O bilionário roteiro da China Energy no Brasil
21/07/2023Corre à boca miúda no Ministério de Minas e Energia que um grupo de representantes da Energy China International vai desembarcar no Brasil em agosto. Entre outros compromissos, os chineses deverão se reunir com a diretoria da Petrobras. Ressalte-se que, em maio, as duas empresas criaram um grupo de trabalho para avaliar possibilidades de investimentos conjuntos em geração eólica e solar e produção de hidrogênio verde. Outra escala prevista é o Ceará: os chineses avaliam entrar no projeto de implantação do hub de hidrogênio verde do Porto de Pecém. Se as promessas já feitas forem cumpridas, é dinheiro que não acaba mais: em abril, o presidente da Energy China International, Lyu Ze Xiang, se reuniu, em São Paulo, com Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia. Na ocasião, os executivos da companhia manifestaram a intenção de investir até US$ 10 bilhões em projetos de transição energética no Brasil.
Negócios
Prumo quer um mosaico de projetos em transição energética no Açu
20/07/2023O Porto do Açu, que um dia já foi um dos maiores projetos do Império X, de Eike Batista, avança para se tornar um dos grandes hubs de energia verde do Brasil. A Prumo Logística, dona do complexo portuário, tem conversado com importantes grupos do setor, como Engie e Eletrobras, sobre possíveis investimentos em geração eólica e solar na região. A companhia, controlada pela norte-americana EIG, quer atrair também novos projetos para a produção de hidrogênio verde. O primeiro passo para a transformação do Açu em um polo de transição energética foi dado em abril, quando a Prumo assinou um memorando de entendimentos com a chinesa SPIC para a instalação de parques eólicos offshore e de usinas eólicas.
Empresa
Total Energies acelera seus investimentos em energia verde no Brasil
17/07/2023A francesa Total Energies prepara uma nova leva de investimentos em transição energética no Brasil. O grupo vem mantendo conversações com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, para a instalação de uma usina de hidrogênio verde no estado. As tratativas envolveriam incentivos do governo potiguar – da possível cessão de um terreno para o empreendimento a benefícios fiscais. Segundo o RR apurou, a Total tem feito estudos também para investimentos em eólicas offshore no próprio Rio Grande do Norte e no Espírito Santo. Os projetos deverão ser conduzidos pela Casa dos Ventos, da qual os franceses compraram 34% do capital no fim do ano passado. A empresa, ressalte-se, já tem engatilhado um memorando de entendimentos com o governo do Ceará para a construção de uma planta de hidrogênio verde e amônia no Porto de Pecém.
Destaque
Governo quer reativar investimentos em energia nuclear
11/07/2023O governo Lula pretende avançar no programa nuclear brasileiro. A Pasta de Minas e Energia tem feito estudos em torno não apenas da conclusão das obras de Angra 3 – já anunciada pelo ministro Alexandre Silveira -, mas também da instalação de novas usinas atômicas no país. O ministro Alexandre da Silveira e seus assessores trabalham com a possibilidade de construção de até três geradoras, notadamente no Nordeste. Sob certo aspecto, é como se o Lula III estivesse voltando no tempo até o Dilma I: em seu primeiro mandato, a presidente Dilma Rousseff lançou o projeto de implantação de cinco usinas nucleares até 2030 – com o impeachment, a iniciativa viraria poeira atômica. Por coincidência – ou talvez não -, a própria composição da atual cadeia de comando da Eletronuclear sugere uma certa influência de Dilma Rousseff sobre a área. A ex-presidente indicou o presidente da estatal, Raul Lycurgo Leite. Foi responsável também pela nomeação do ex-diretor da Eletrobras Valter Cardeal para o Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), controladora da Eletronuclear.
O governo enxerga a ampliação do parque nuclear brasileiro como parte de um projeto maior: ao lado de outras fontes de geração limpa, como eólicas, solares e hidrogênio verde, trata-se de mais um movimento com o propósito de consolidar o Brasil como uma das grandes potências globais da transição energética. É justamente a peça de mais difícil encaixe nesse quebra-cabeças. A retomada do programa nuclear é uma questão delicada. No front interno, resvala em grupos de interesse e agentes institucionais sensíveis, como ambientalistas e militares. Os novos investimentos esbarram também na resistência de auxiliares próximos a Lula. É o caso de Nelson Hubner, que comandou o Ministério de Minas e Energia no segundo mandato do petista e hoje também ocupa um assento no Conselho da ENBPar. Dentro do governo, Hubner é tido como uma das vozes mais fortes contra a construção de novas usinas atômicas e até mesmo a entrada em operação de Angra 3.
Na área internacional, por sua vez, o tema também depende de intrincadas conexões. Em abril, o presidente Lula e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, aproveitaram a passagem do chanceler russo Serguei Lavrov por Brasília para discutir possíveis cenários de parceria no setor. O ponto focal foi o fornecimento de combustível para o reator do submarino de propulsão nuclear que está sendo construído pela Marinha do Brasil. Mas a conversa envolveu também Angra 3. Ressalte-se que, em 2021, a Eletronuclear e a estatal russa Rosatom assinaram um memorando de entendimentos em torno de investimentos em energia nuclear. O acordo continua em vigor, mas a declaração de guerra da Rússia à Ucrânia esfriou as tratativas entre as duas empresas. Neste momento, avançar em uma negociação com o governo Putin em uma área tão complexa como essa no mínimo criaria pontos de fricção com os Estados Unidos e a União Europeia. No governo Lula, a China é vista como a alternativa mais à mão para um possível acordo de cooperação na energia nuclear. Nesse caso, todos os caminhos apontam na direção da CNCC (China National Nuclear Corporation), que seria um potencial parceiro não somente para a construção de Angra 3 como de futuras usinas.
Política externa
Chile e Brasil juntam os fios na energia renovável
4/07/2023Os governos de Lula e Gabriel Boric começam a discutir uma política conjunta de investimentos em energia renovável. Do lado chileno, os projetos seriam desenvolvidos no âmbito da petroleira estatal Enap. Ressalte-se ainda que Boric já manifestou a intenção de criar uma nova empresa pública exclusivamente para a produção de hidrogênio verde. Em janeiro deste ano, não custa lembrar, o Chile firmou um acordo com a Colômbia para investimentos em geração renovável.
ESG
Brasil é peça central no plano de descarbonização da RHI Magnesita
30/06/2023A RHI Magnesita, um dos maiores fabricantes mundiais de refratários, está desenvolvendo estudos para a produção de hidrogênio verde. O grupo pretende utilizar gradativamente novas fontes de energia limpa nas fábricas de Contagem (MG) e Brumadinho (BA), dentro de um plano global que se estende ainda às demais 26 plantas industriais em dez países. O Brasil é peça fundamental no processo de transição energética da RHI. Aliás, é peça importante em tudo que diz respeito à RHI: o país responde, sozinho, por mais 20% do faturamento da companhia em todo o mundo. O conglomerado de origem austríaco tem como meta reduzir as emissões de carbono de escopo 1, 2 e 3 em 15% até 2025.
Energia
Banco de fomento alemão vai financiar projetos em geração renovável no Brasil
27/06/2023O Banco do Nordeste está em conversações com o KFW – banco de desenvolvimento da Alemanha – para obter uma linha de crédito voltada a projetos de transição energética na região. A operação tem como pano de fundo as tratativas entre os governos do presidente Lula e do primeiro-ministro Olaf Scholz para investimentos conjuntos em energia renovável no Brasil. Em janeiro deste ano, após reunião com Lula, Scholz falou textualmente do interesse da Alemanha em financiar projetos em hidrogênio verde no país.
Empresa
ArcelorMittal prepara duplicação da Siderúrgica do Pecém
27/06/2023A recém-adquirida Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) virou a menina dos olhos da ArcelorMittal no Brasil. O grupo já teria iniciado os estudos para a duplicação da produção de placas. A meta seria atingir a capacidade de seis milhões de toneladas ano até 2028. Em paralelo, os executivos da ArcelorMittal estão debruçados sobre uma série de ações capazes de transformar a CSP em uma das maiores referências em ESG da companhia em todo o mundo. Gradativamente a empresa substituirá o carvão metalúrgico por gás natural e outras fontes alternativas. Será uma espécie de aquecimento. O projeto de longo prevê a utilização de hidrogênio verde. Não poderia haver lugar mais adequado. Ressalte-se que logo ali do lado, a pouco mais de 10 km de distância, no Porto de Pecém, o governo do Ceará promete instalar um dos maiores hubs de produção de hidrogênio verde da América Latina.
Política externa
Marina vai “vender” o Brasil em reunião de cúpula
26/06/2023A ministra Marina Silva será uma peça-chave na delegação brasileira que participará da reunião de cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a União Europeia (EU), marcada para os dias 17 e 18 de julho, em Bruxelas. Marina deverá ter uma agenda de encontros com autoridades da área de meio ambiente da comunidade europeia. No próprio Palácio do Planalto, a expectativa é que a ministra de maior prestígio internacional do governo Lula volte da Bélgica com novos acordos para investimentos em ações ambientais e até mesmo transição energética no Brasil.
Na semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já sinalizou a liberação de 2 bilhões de euros para a produção de hidrogênio verde. Segundo o RR apurou junto a fonte do Itamaraty, há gestões para que Noruega e França também anunciem o repasse de novos recursos para projetos de combate ao desmatamento na Amazônia. Nesse contexto, Marina pode se tornar a principal e única estrela da comitiva brasileira, caso Lula leve adiante a decisão de não participar da reunião de cúpula. Durante sua passagem por Roma, lideranças europeias trabalharam junto a assessores do presidente para convencê-lo a estar em Bruxelas no dia 17 de julho.
Energia
CGN vai investir em hidrogênio verde no Brasil
21/06/2023O RR apurou que a China General Nuclear Power Group (CGN) pretende investir em hidrogênio verde no Brasil. Há informações de que os chineses conversam com o governo do Ceará para entrar no projeto de implantação de um hub para a produção do insumo energético no Porto de Pecém. Acenam com a possibilidade de aportes da ordem de US$ 3 bilhões, dentro de um programa estratégico mais amplo para a área de energia renovável. A CGN Brazil Energy, subsidiária do conglomerado chinês, anunciou recentemente uma parceria com a Quinto Energy para a construção de um complexo de geração eólica e solar na Bahia, que prevê também a produção de hidrogênio verde em larga escala. A empresa já tem um portfólio com nove usinas em desenvolvimento ou operação, a maior parte herdada da compra da Atlantic Renováveis em 2019.
Ao menos no papel, o hub de hidrogênio verde de Pecém é o empreendimento mais ousado do setor já anunciado até o momento no país: o governo cearense trabalha com a previsão de investimentos de R$ 70 bilhões, que deverão ser efetuados em cinco anos, contabilizando apenas os memorandos de entendimento já assinados com três investidores: um consórcio formado por Casa dos Ventos, TransHidrogen Alliance e Comerc; AES Brasil e Fortescue.
Energia
Sinopec planeja investir em hidrogênio verde no Brasil
6/06/2023A chinesa Sinopec vem mantendo conversações com o governo do Ceará para investir no hub de hidrogênio verde do Porto de Pecém. Trata-se de um dos maiores projetos de transição energética em gestão no país. A australiana Fortescue Future Industries já assinou um memorando de entendimentos para investir US$ 6 bilhões no complexo. A Sinopec está à frente de alguns dos principais projetos em hidrogênio verde não apenas na China, como em países vizinhos, caso da Mongólia. Neste último está investindo cerca de US$ 1 bilhão na instalação de uma usina do insumo energético na cidade de Ordos.
Empresa
Petroleira indiana pretende investir em transição energética no Brasil
29/05/2023A Bharat Petroleum, uma das maiores petroleiras da Índia, sinalizou a autoridades brasileiras o interesse em investir também em projetos de geração renovável no Brasil, a começar por hidrogênio verde. Os aportes da estatal seriam feitos no âmbito do projeto do governo de indiano de desembolsar mais de US$ 2 bilhões para incentivar a produção de energia verde em outros países. O Brasil, com a sua vocação natural para o negócio, é candidatíssimo a receber parte da bolada. A Bharat Petroleum já tem operações no Brasil. No ano passado, anunciou um investimento de US$ 1,6 bilhão em exploração e produção de petróleo no país. A empresa é dona de 40% do campo BM-Seal-11, na Bacia de Sergipe-Alagoas.
Infraestrutura
Governadores do Nordeste vão à China buscar financiamento para infraestrutura
9/05/2023O Consórcio do Nordeste – notadamente os governadores da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e do Ceará, Elmano de Freitas – estão articulando uma viagem conjunta à China. O objetivo é buscar investidores para concessões de infraestrutura, notadamente rodoviárias e no setor de saneamento. As articulações têm sido conduzidas com o apoio do embaixador chinês em Brasília, Zhu Qingqiao. Rodrigues é hoje uma das autoridades brasileiras com maior interlocução junto ao diplomata, por conta das tratativas para a instalação da montadora chinesa BYD na antiga fábrica da Ford em Camaçari.
A busca conjunta por investidores na área de infraestrutura é mais um sinal da ressurreição do Consórcio Nordeste, que esteve quase nas últimas entre 2020 e 2021, abalado pelas denúncias de desvios de recursos destinados à gestão da pandemia. Conforme o RR antecipou, os governadores têm discutido também projetos em parceria na geração de energia limpa, notadamente hidrogênio verde. Na última sexta-feira, os chefes de governo da região se reuniram em Fortaleza para tratar do tema.
Negócios
Acelen vira o grande hub de energia verde do Mubadala no Brasil
2/05/2023O Mubadala avança no projeto de transformar a Acelen em ponta de lança para seus investimentos em transição energética no Brasil. Segundo o RR apurou, a empresa tem feito estudos para entrar em geração renovável, com a compra de projetos ainda em desenvolvimento de usinas eólicas e solares. Há informações de que o fundo árabe já tem ativos na mira no Nordeste, inclusive usinas colocadas à venda por um grande grupo de energia europeu. Outro alvo é a produção de hidrogênio verde, um passo que ficaria para um segundo momento. A Acelen nasceu com os dois pés na “energia suja”: foi criada para assumir o controle da refinaria de Mataripe, comprada pelo Mubadala junto à Petrobras. No entanto, tem feito sua própria transição energética a passos largos. Há pouco mais de um mês, anunciou investimentos de R$ 12 bilhões iniciar a produção de diesel “verde” e bioquerosene de aviação.
Energia
Cleantech americana estuda investir em hidrogênio verde no Brasil
24/04/2023A norte-americana Plug Power poderá desembarcar no Brasil. A cleantech já acebou ao governo do Ceará o interesse em investir no hub de hidrogênio verde que está sendo montado no Porto de Pecém. Especializada no desenvolvimento de sistemas para a produção de combustível a partir de hidrogênio, a empresa reúne uma carteira de projetos da ordem de US$ 6 bilhões. Os planos do governo cearense para o Porto de Pecém são audaciosos. A australiana Energix Energy, por exemplo, já assinou um protocolo de intenções para investir US$ 5,5 bilhões na instalação de uma planta no local. Por sua vez, a Fortescue, também da Austrália, sinaliza aportes de US$ 6 bilhões para a produção de hidrogênio verde.
Destaque
Petrobras e Sinopec ensaiam parceria em energia renovável
23/03/2023A Petrobras terá lugar de destaque na agenda de Lula em Pequim. Segundo o RR apurou, a companhia poderá se associar à Sinopec para investimentos em transição energética no Brasil. De acordo com informações que circulam no Ministério de Minas e Energia, a estatal chinesa já sinalizou interesse em investir em geração eólica e solar no país. Outro alvo na mira da empresa é a instalação do hub de hidrogênio verde do Ceará – empreendimento que já conta com alguns investidores-âncora, como a australiana Energyx Energy.
Tanto do lado brasileiro quanto do lado do chinês, pode se dizer que a possível parceria entre as duas companhias segue um projeto de Estado. O governo Lula está recolocando a Petrobras nos trilhos da geração renovável, um caminho do qual a estatal se afastou durante o mandato de Jair Bolsonaro. Mais do que isso: a companhia será uma propulsora da transição energética no Brasil. O presidente da empresa, Jean Paul Prates, já anunciou, inclusive, a criação de uma nova diretoria específica para essa área. Dentro dessa estratégia, a tendência é que a Petrobras monte um arco de parcerias com grandes grupos internacionais. É o caso do acordo recém-firmado com a estatal norueguesa Equinor para a instalação de até sete usinas eólicas offshore no Brasil.
Por sua vez, na condição de maior consumidora de energia do mundo – algo como 25% de toda a produção global -, a China busca uma posição privilegiada na geoeconomia da geração renovável. E a Sinopec tem um papel fundamental nesse processo. A gigante dos combustíveis fósseis vem fazendo uma inflexão para a produção de energia limpa. No momento, está construindo em Xinjiang a maior fábrica de hidrogênio verde a partir de fontes renováveis do mundo. É responsável também pela instalação de uma mega planta na Mongólia. Somente nesses dois empreendimentos, vai investir mais de US$ 1,5 bilhão, uma “ninharia” perto do seu poder de fogo – a estatal chinesa fatura quase meio trilhão de dólares por ano.
Empresa
ArcelorMittal já chega em Pecém com planos de expansão
20/03/2023A ArcelorMittal tem planos de expandir a produção de placas de aço na Usina Siderúrgica do Pecém, comprada junto à Vale, Posco e Dongkuk por US$ 2,2 bilhões. Segundo informações filtradas da empresa, estudos apontam para um aumento da capacidade em até 20%. O projeto é estimulado, principalmente, pelos acenos do governador do Ceará, Elmano Freitas, de contrapartidas fiscais para o investimento. Há ainda um combustível adicional: a Arcelor já mira a possibilidade de reduzir significativamente os custos na compra de energia diante da anunciada instalação do hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém.
Energia
Consórcio Nordeste sai à caça de investidores em energia renovável
14/03/2023Baqueado por denúncias de corrupção na compra de respiradores durante a pandemia, o Consórcio Nordeste está de “volta”. O pool de governadores – liderado por Jerônimo Rodrigues, da Bahia, e Elmano de Freitas, do Ceará – discute projetos conjuntos com o objetivo de atrair investimentos em geração renovável. Segundo a fonte do RR, os estados trabalham em um plano para a integração de linhas de transmissão no Nordeste, com o apoio do governo federal. Além de usinas eólicas e solares – vocação natural da região – os governadores começam a trabalhar, cada qual do seu lado, em projetos para a produção de hidrogênio verde. Jerônimo Rodrigues pretende aproveitar a viagem à China no fim do mês, na comitiva oficial do presidente Lula, para se reunir com empresas com empresas do setor. O Ceará, por sua vez, saiu na frente e já anunciou a instalação de um hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém, empreendimento orçado em mais de US$ 6 bilhões.
Política externa
Brasil e Alemanha costuram acordo na energia renovável
9/03/2023O Brasil negocia com o governo alemão uma parceria para investimentos conjuntos em energia renovável. Segundo o RR apurou, o tema será discutido durante a visita dos ministros da Economia e da Agricultura da Alemanha, respectivamente Robert Habeck e Cem Özdemir. Ambos desembarcarão em Brasília no próximo sábado para uma série de reuniões não apenas com autoridades brasileiras – entre as quais a ministra Marina Silva -, mas também com representantes do setor privado. Os alemães pretendem financiar projetos de geração renovável e de eficiência energética vinculados a metas de redução das emissões de carbono. Parte expressiva dos recursos deverá ser destinada a projetos de hidrogênio verde.
Em grande parte, os investimentos devem ser creditados ao prestígio internacional de Lula. Se há uma área em que o presidente vem nadando de braçada é na política externa. O governo do primeiro-ministro alemão Olaf Scholz desponta como um dos grandes parceiros, notadamente na agenda verde. No início do ano, a Alemanha anunciou a liberação do equivalente a R$ 1,1 bilhão para o Brasil, recursos que serão destinados a ações de desenvolvimento sustentável, combate ao desmatamento e inclusão social. Desse total, R$ 192 milhões vão ser aportados no Fundo Amazônia.
Energia
Fundo inglês planeja investir em hidrogênio verde no Brasil
7/03/2023O fundo inglês Actis tem planos de alta voltagem para o Brasil. A informação é que os britânicos pretendem transformar a Ômega Energia, da qual são importantes acionistas, em ponta de lança para investimentos em hidrogênio verde no país, além de eólicas offshore, duas das novas fronteiras da transição energética. No mercado, o que se diz é que as cifras passam do equivalente a R$ 2 bilhões em futuros projetos nesses dois segmentos. O Actis, ressalte-se, já aportou cerca de R$ 1,2 bilhão na empresa por meio de um aumento de capital. Hoje, a Ômega tem um portfólio de eólicas e usinas solares com capacidade de 2,5GW.
Energia
BNDES deve permanecer no capital da Energisa
17/02/2023Reviravolta à vista no BNDES: a gestão de Aloizio Mercadante deverá suspender o processo de venda da participação da BNDESPar na Energisa, iniciado pela gestão anterior. A instituição detém algo em torno de 11% da empresa de energia da família Botelho. À cotação atual do mercado, a fatia equivale a aproximadamente R$ 1,7 bilhão. Para a nova diretoria do BNDES, trata-se de uma posição estratégica, sobretudo diante do boom da energia renovável e da entrada do Brasil no hidrogênio verde.
Destaque
Brasil entra no mapa de um gigante global da energia renovável
14/02/2023A Copenhagen Infrastructure Partners prepara sua entrada no Brasil. A gestora dinamarquesa, dona de uma das maiores carteiras de ativos em energia verde do mundo, tem se movimentado para se associar a projetos em geração renovável no país, notadamente usinas eólicas e solares. De acordo com informações apuradas pelo RR, há conversas com um grande grupo brasileiro do setor, que reúne um portfólio da ordem de 40 GW, somando-se plantas já em operação ou em fase de desenvolvimento.
O Copenhagen Infrastructure Partners tem por regra investir em negócios no nascedouro, do zero. Seus números são hiperlativos. Ao todo, são mais de US$ 20 bilhões em investimentos globais, abrigados sob dez fundos de investimento. Por enquanto. O Copenhagen está lançando seu Fund V, ou seja, a quinta carteira da sua série principal de fundos. A meta é captar até US$ 15 bilhões, igualando-se ao Brookfield Energy Transition, até o momento a maior captação global já feita para projetos em energia verde.
Com parcela majoritária de seus negócios concentrada na Europa e nos Estado Unidos, o Copenhagen Infrastructure Partners começa a esticar seus tentáculos para novos mercados, notadamente Ásia e América Latina. No ano passado, associou-se a um projeto para a construção de um complexo eólico na cidade de Barranquilla, na Colômbia. Os dinamarqueses estão investindo também na produção de hidrogênio e amônia verde no Chile.
Energia
Bahia busca empresas para montar hub do hidrogênio verde
6/02/2023O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, tem planos de montar um hub para a produção de hidrogênio verde no estado, a exemplo do que está sendo feito pelo Ceará no Porto de Pecém. Segundo o RR apurou, empresas de energia que têm negócios em geração renovável na Bahia, a exemplo da AES, Enel e Pan American Energy, vem sem sendo sondadas para participar do empreendimento. Hoje, há projetos dispersos em andamento no estado. A Unigel promete instalar uma planta de hidrogênio verde em Camaçari. No mesmo polo indústria, mais precisamente no Senai Cimatek Park, está sendo desenvolvidas pesquisas para a produção do insumo.
Energia
Hidrogênio verde entra no radar da Sinopec no Brasil
12/01/2023A petroleira chinesa Sinopec iniciou estudos para investir em hidrogênio verde no Brasil. A empresa responde por alguns dos principais projetos do segmento na China. Um dos mais recentes é a instalação de um complexo de geração em Xinjiang, um investimento de meio bilhão de dólares.
Destaque
Governo quer agilizar regulação do hidrogênio verde
5/01/2023O governo Lula pretende acelerar a regulação do hidrogênio verde no Brasil. Segundo o RR apurou, a intenção é apresentar uma primeira proposta de arcabouço até junho, antecipando em mais de meio ano os prazos com os quais o Ministério de Minas e Energia e a Aneel vinham trabalhando na gestão Bolsonaro. Os estudos, iniciados pela equipe de transição, sob o comando de Mauricio Tolmasquim, ficarão concentrados na recém-criada Secretaria de Transição Energética. A ideia do novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é criar uma espécie de comitê com empresas do setor de energia para colaborar na formulação das normas. Parte da regulação já está “dentro de casa”: o governo vai tomar como ponto de partida o Projeto de Lei 725/2022, de autoria do novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates – o PL, em tramitação no Senado é chamado informalmente de “Lei do Hidrogênio”. Uma das prioridades é garantir o direito de passagem do hidrogênio verde por gasodutos, assegurando, portanto, a distribuição e a entrega do produto. O PL 725 prevê percentuais mínimos para o transporte do insumo – 5% a partir de 2032 e 10% a partir de 2050. No governo já se cogita aumentar os índices ou antecipar os prazos, como estímulo a investimentos no setor.
O novo governo trata o assunto como prioridade, dentro do plano maior de fazer do Brasil a grande potência global na produção de energia verde. Já existe uma fila de projetos e promessas de investimento em hidrogênio verde à espera de que o segmento seja regulamentado. Por ora, todos os estudos se dão em um ambiente de penumbra, a começar pelo principal: a falta de regulação impede cálculos mais precisos sobre o retorno potencial dos projetos. Ainda assim, os números que já espocam aqui e acolá são alvissareiros. A australiana Fortescue, por exemplo, assinou um memorando de entendimentos com o governo do Ceará para investir US$ 6 bilhões na construção de um hub para a produção de hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará. A trinca BI Energia, Cactus Energia Verde e Uruquê Energias Renováveis está debruçada sobre o projeto de instalação de uma planta de eletrólise para a produção de hidrogênio verde, vinculada a um complexo de geração de energia sola e um parque um eólico offshore também em Pecém. Esse combo receberia investimentos da ordem de R$ 26 bilhões.
Negócios
Auren mira em eólicas offshore e hidrogênio verde
19/12/2022A Auren Energia, joint venture entre o Grupo Votorantim e a canadense CPP Investments, vai abrir novas frentes na geração renovável. A empresa tem feito estudos para entrar no segmento de eólicas offshore. Planeja também investir na produção de hidrogênio verde. Neste caso, a estratégia deverá incluir parcerias com institutos de pesquisa e startups voltadas ao desenvolvimento de tecnologia para a fabricação do insumo. A Auren já tem uma carteira de ativos de alta voltagem, com hidrelétricas e usinas solares e eólicas. Em tempo: ainda que por vias indiretas, o financiamento para os novos projetos virá da própria União. Como se não bastasse a saúde financeira de seus sócios, a Auren vai receber cerca de R$ 4 bilhões da União ao longo de 84 meses. Trata-se de uma indenização por investimentos feitos na hidrelétrica de Três Irmãos que pertencia à Cesp, arrematada pela Auren em 2018.
Energia
Energia limpa entra no radar do Warburg Pincus no Brasil
8/12/2022O RR apurou que o Warburg Pincus pretende investir em empresas de geração renovável no Brasil. Os norte-americanos estão com um olho em energia eólica e solar e outro em projetos de hidrogênio verde. Trata-se de um movimento casado à estratégia global da gestora. O Warburg Pincus, que administra quase US$ 90 bilhões, tem feito seguidos investimentos em energia limpa. Em junho, liderou um aporte de US$ 320 milhões na norte americana Viridi Energy, que gera energia a partir do processamento de resíduos sólidos. Ainda neste ano, injetou US$ 250 milhões Montana Renewables, também dos Estados Unidos, voltada à produção de combustíveis a partir de sementes e sebo animal. Ressalte-se que o Warburg Pincus já teve investimentos no setor no Brasil. Até 2017, foi acionista da Ômega Energia.
Energia
Gigante indiano quer produzir energia verde no Brasil
5/12/2022A Bajaj Hindusthan, um dos maiores produtores de açúcar e etanol da Índia, estaria garimpando ativos no Brasil. A busca por usinas se concentra no interior de São Paulo. A empresa é controlada pelos herdeiros de Jamnalal Bajaj, donos de uma das maiores fortunas do país. A tendência é que o grupo não se limite à produção sucroalcooleira, mas esteja olhando com uma grande angular para o potencial de investimento em energia renovável no Brasil. Basta dizer que a Bajaj Hindusthan desenvolve uma série de projetos em hidrogênio verde na Índia.
Energia
Eletrobras avança no hidrogênio verde
1/12/2022O RR apurou que a Eletrobras planeja anunciar até março de 2023 a construção de sua primeira usina de hidrogênio verde. A produção do insumo se dará a partir da geração de energia solar, em plantas instaladas em reservatórios de hidrelétricas da empresa. A Eletrobras já iniciou análises técnicas em suas maiores usinas, como Paulo Afonso e Sobradinho, para decidir onde será construído o primeiro empreendimento. Na paralela, a empresa tem feito estudos em parceria com a Siemens Energy e o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica para a obtenção e domínio do ciclo tecnológico completo do produto. Procurada pelo RR, a Eletrobras não se pronunciou.
O timing não poderia ser mais oportuno. O projeto vai ao encontro dos planos do futuro governo de estimular a produção de hidrogênio verde, tida como um passo vital para o Brasil se consolidar como uma grande potência energética global. Por sinal, há uma notória simpatia mútua entre Wilson Ferreira Junior, presidente da Eletrobras, e setores do próximo governo. O executivo desfruta de grande prestígio, por exemplo, junto a ex-presidente Dilma Rousseff.
Destaque
Ometto desponta como uma grande “potência energética” no próximo governo
14/11/2022O controlador da Cosan, Rubens Ometto, é candidato a ser no governo Lula, na área de energia renovável, o que a JBS se tornou na cadeia de proteína, a partir de primeira era do PT. Há fortíssimas ressalvas na comparação. Ometto vai colocar o grosso do dinheiro do seu bolso, e não da torneira financeira do BNDES. Quanto à diferença de métodos para obtenção de recursos entre o dono da Cosan e os irmãos Batista, controladores da JBS, a Lava Jato já contou o que havia para contar sobre esses últimos. O prestígio de Ometto com Lula é tanto que possivelmente ele seria guindado a um Ministério caso somente acenasse com a ideia ao amigo. Segundo o RR apurou, o presidente eleito pretende se reunir com Ometto ao voltar da COP 27, no Egito. Será um dos primeiros encontros de Lula com um empresário após a eleição, o que dá a medida do estreito relacionamento do dono da Cosan – ressalte-se que ambos já tiveram duas conversas reservadas durante a campanha. Ometto é visto como um personagem fundamental para os planos do novo governo de estimular fortemente a produção de energia limpa e de combustíveis verdes no Brasil. Ele é um cala boca para os críticos de que o governo Lula quer trocar a seiva do investimento privado pelo subsidiado investimento público.
Vai ter muita grana do empresariado para as renováveis. Os números falam por si: na semana passada, a Raízen – joint venture entre a Cosan e a Shell – anunciou um investimento de R$ 6 bilhões na construção de cinco plantas de etanol de segunda geração. As atenções se voltam também para o hidrogênio verde. A Raízen desponta, desde já, como um dos potenciais candidatos a liderar alguns dos maiores projetos do setor no Brasil. O grupo fechou recentemente uma parceria com a USP com objetivo de desenvolver uma tecnologia capaz de transformar etanol em hidrogênio verde. E se alguém tem álcool de sobra no país é a dobradinha entre a Cosan e a Shell: são 35 usinas, com capacidade de produção de 3,5 bilhões de litros por ano.
Fosse em outros tempos, o próprio Ometto e a Raízen seriam fortes candidatos a “cavalos vencedores”. A repetição desse velho modelo está fora de cogitação para o próximo governo Lula, conforme o RR já adiantou. O que não quer dizer que a Raízen não possa se favorecer de uma nova estratégia de incentivos para o aumento da inserção internacional do Brasil, focada em produtos – caso da energia verde – e não em empresas.
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“Embrapa do hidrogênio” entra no radar de Lula
30/09/2022Empresas do setor de energia encaminharam ao comitê responsável pelo programa econômico de Lula uma proposta que visa acelerar a transformação do Brasil em uma potência da geração renovável. A ideia que circula entre os assessores do ex-presidente é a criação de uma espécie de “Embrapa do hidrogênio”. Ou seja: uma empresa pública da área de pesquisa dedicada ao desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de hidrogênio verde, em parceria como a iniciativa privada. Se a Embrapa surgiu em 1973, em pleno governo militar, para garantir um modelo de agricultura e pecuária “genuinamente tropical”, caberia a essa estatal criar soluções para o aproveitamento das notórias potencialidades do Brasil para o setor.
Um exemplo: hoje existem pesquisas no país para a produção de hidrogênio verde a partir da vinhaça, um resíduo proveniente do etanol. Essa “escória” sucroalcooleira é puro ouro para o setor energético: sua composição tem 95% de água. Basicamente, o hidrogênio verde é obtido a partir da quebra das moléculas da água por meio de um processo chamado eletrólise. A eletricidade necessária para essa transformação vem de fontes renováveis, como solar e eólica. O Brasil tem sol, tem vento e tem muita cana de açúcar. A cada litro de etanol – o país produz 28 bilhões de litros do biocombustível por ano – são obtidos dez litros de vinhaça. Os estudos em torno dessa técnica vêm sendo conduzidos pela USP e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com o Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), financiado pela Fapesp e pela Shell. A existência de uma “Embrapa do hidrogênio” teria o potencial de acelerar o desenvolvimento dessa e eventualmente de outras tecnologias.
Até o momento, Lula tem sido razoavelmente econômico nas menções aos seus planos para a área de energia. Algumas das poucas citações ao tema têm sido feitas por Mauricio Tolmasquim, que ocupou cargos no Ministério de Minas e Energia no governo do petista e é um de seus principais assessores para o setor. Sem entrar em detalhes, Tolmasquim já afirmou que os planos de Lula passam pela construção de hidrelétricas de menor porte e usinas solares e eólicas. A proposta de criação da Embrapa do “hidrogênio verde” daria uma voltagem bem maior ao plano de governo do petista. Até porque os investimentos nessa matriz energética do futuro, fundamental para a transição para uma economia de baixo carbono, ainda são incipientes perto do potencial que se enxerga para o Brasil.
Ainda assim, alguns projetos de porte já estão no pipeline. A Unigel vai investir cerca de US$ 120 milhões em uma planta na cidade de Camaçari (BA). A AES assinou um pré-contrato com o Porto de Pecém (CE) para instalar no local um hub de produção de hidrogênio verde com capacidade de até 2 GW. A australiana Fortescue também assinou um memorando de entendimentos com o governo do Ceará para investir US$ 6 bilhões em uma usina no mesmo complexo portuário. Há ainda a expectativa pela vinda de grandes fundos internacionais ESG. É o caso do VH Global Sustainable Energy Oportunities. O RR apurou que os ingleses querem se associar a projetos de hidrogênio verde no país. O VH Global, por sinal, já deu um primeiro passo em energia renovável no país: em parceria com a Paraty Energia, comprou a hidrelétrica Mascarenhas, até então pertencente à EDP.
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“Pré-Vento” também sopra forte no programa do PT
30/09/2022Os estudos conduzidos pela equipe de Lula na área de energia renovável passam também pela geração eólica. A ideia é lançar um plano de ações logo no início do mandato com o objetivo de estimular a instalação de usinas offshore. O ponto de partida seria a criação de uma estatal específica para o segmento, que ficaria pendurada no Ministério de Minas e Energia (MME).
Guardadas as devidas proporções, seria um modelo similar ao da PPSA (Pré-sal Petróleo), instituída no governo Dilma. A premissa é que, a exemplo do pré-sal, o “Pré-Vento” é um ativo precioso, capaz de atrair forte investimento estrangeiro. Assim como no caso do hidrogênio verde, diversos grupos já sinalizaram interesse em entrar no negócio, entre os quais EDF, Prumo Logística, Shell, Equinor e NeoEnergia.
Só no Rio de Janeiro há nove projetos em análise no Ibama, com investimentos previstos de R$ 85 bilhões. Se eleito, Lula vai pegar um quebra-cabeças com várias peças faltando. Não obstante o Decreto 10.946/2022, que deu início ao marco regulatório das eólicas offshore, ainda não há regulamentação específica para a cessão das áreas. Ao menos duas minutas de Portarias sobre o tema estão em análise no MME, mas é pouco provável que saiam ainda neste ano. Não se sabe também qual será o modelo de concessão e muito menos os critérios para o cálculo dos valores que os investidores terão de pagar à União.
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Hidrogênio verde entra na mira do Actis
31/08/2022Segundo o RR apurou, o fundo britânico Actis pretende investir pesado na produção de hidrogênio verde no Brasil. Parte dos projetos deverá ser conduzida por meio da Ômega Energia, da qual os ingleses compraram 19% do capital. Fontes próximas ao Actis citam, inclusive, a disposição do fundo de aumentar sua participação na empresa.
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Energia verde
15/08/2022O RR apurou que a petroleira chinesa Sinopec planeja investir em geração renovável no Brasil. O mosaico de projetos vai de energia eólica a hidrogênio verde. A investida está associada a um grande plano global dos chineses. Apenas na produção de hidrogênio, a Sinopec vai desembolsar quase US$ 5 bilhões ao longo dos próximos três anos.
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Hidrogênio vermelho
5/07/2022A chinesa Three Gorges vai anunciar em breve seus primeiros projetos para a produção de hidrogênio verde no Brasil. Será a estrela do novo e bilionário plano de investimentos do grupo chinês em energia renovável no país.
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Hidrogênio verde
28/06/2022A norte-americana InterContinental Energy, uma das maiores produtoras de hidrogênio verde do mundo, tem planos de entrar no Brasil. Já há conversas com grupos do setor de energia. O portfólio de projetos da InterContinental soma mais de US$ 200 bilhões em investimentos em todo o mundo.
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Raízen em alta voltagem
31/05/2022A Raízen – leia-se Cosan e Shell – planeja entrar em geração eólica e solar. De acordo com informações apuradas pelo RR, o grupo pretende investir tanto em projetos greenfield quanto na aquisição de empreendimentos já maduros. Trata-se de um movimento fundamental na estratégia do grupo de verticalizar sua operação e se tornar um grande conglomerado na área de energia verde. A Raízen já tem negócios em etanol, etanol de segunda geração e biogás. Ou seja: aos poucos, a distribuição de derivados de petróleo, que motivou a joint venture, vai se tornar um negócio “menor” no portfólio. O investimento corrobora a disposição da Shell de transformar o Brasil em um de seus principais centros na produção de energia renovável. Os anglo-holandeses jogam com duas peças: além da Raízen, lançaram no ano passado a Shell Energy. A subsidiária pretende investir R$ 3 bilhões no país até 2025. Um dos primeiros projetos previstos, da ordem de R$ 200 milhões, é a instalação de uma unidade de hidrogênio verde no Porto do Açu (RJ).
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Fundo dinamarquês espalha suas eólicas no Brasil
11/02/2022O Copenhagen Infrastructure Partners Fund está conversando com um grande grupo europeu de energia, com negócios no Brasil, para a instalação de usinas eólicas offshore no Nordeste, mais precisamente no litoral do Ceará. Os investimentos devem passar de R$ 1,5 bilhão. As tratativas avançaram especialmente nas últimas semanas, depois de o governo publicar o decreto com as regras para este segmento de negócio. O fundo dinamarquês, que soma mais de 15 bilhões de euros em investimentos, já atua no país. Recentemente, anunciou sua entrada no projeto Alísios Potiguares, que prevê a geração de 1,8 GW de energia eólica offshore e a produção de hidrogênio verde no Rio Grande do Norte.
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Hidrogênio verde
7/02/2022A italiana Enel está empacotando um plano de investimentos para a produção de hidrogênio verde no Brasil. Segundo fonte ligada à empresa, o desembolso deve passar de R$ 1 bilhão. A Enel já tem negócios no segmento na América do Sul, notadamente no Chile.
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Uma tríplice aliança no hidrogênio verde
20/12/2021O consórcio Transhydrogen Alliance mantém conversações com o governo mineiro para investir na produção de hidrogênio verde no estado. Formado pela inglesa Proton Ventures, a norte-americana Trammo e a suíça Varo Energy, o grupo já anunciou um projeto no setor no Ceará, ao custo total de US$ 2 bilhões.
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Energia verde
6/12/2021A alemã RWE, um dos maiores grupos de energia da Europa, ensaia seu retorno ao Brasil. A rentrée se daria por meio de projetos de geração renovável e de hidrogênio verde.
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Hidrogênio 1
19/11/2021Além do projeto de US$ 6 bilhões já anunciado para o Ceará, a australiana Fortescue Future Industries (FFI) planeja instalar mais duas plantas de hidrogênio verde no Brasil.
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Hidrogênio 2
19/11/2021A Prefeitura de São Paulo iniciou estudos para implantar ônibus movidos a hidrogênio verde na cidade. Já busca, inclusive, parceiros para a iniciativa entre empresas do setor de energia.
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Toyo arruma suas gavetas no Brasil
8/06/2015A Toyo cansou de aparecer no noticiário policial. Tragado pela Lava Jato, o grupo japonês teria tomado a decisão de romper a joint venture com o Grupo Setal e encerrar suas operações no Brasil. A Toyo Setal é uma das construtoras que estão no epicentro do petrolão. O empresário Augusto Mendonça Neto, acionista controlador, e o executivo Julio Camargo, presidente da companhia, assinaram acordos de delação premiada. O RR fez várias tentativas de contato com a Toyo, por meio de seu escritório no Rio de Janeiro ou diretamente com a sede, em Tóquio. No entanto, o grupo não retornou até o fechamento desta edição. A Toyo Setal tem dois importantes contratos com a Petrobras, a começar por um dos maiores investimentos da estatal. A empresa é responsável pela construção de duas unidades de produção de hidrogênio no Comperj. Em outro front, participa também do projeto de instalação de uma fábrica de amônia em Uberaba (MG) -empreendimento, aliás, que está na corda bamba, devido aos seus altos custos.