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ArcelorMittal congela projeto de laminadora no Ceará

  • 15/04/2024
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O RR apurou que a ArcelorMittal recuou no projeto de instalação de uma laminadora de aços finos Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, comprada junto à Vale e à Dongkuk Steel no ano passado. De acordo com informações filtradas da empresa, o investimento da ordem de R$ 1 bilhão deverá ser reavaliado apenas no ano que vem. E, ainda assim, se as condições de mercado permitirem. É mais uma consequência das perdas causadas pela crescente entrada de aço chinês no Brasil. Recentemente, o grupo reduziu a produção em suas usinas de Resende (RJ), Juiz de Fora (MG) e Piracicaba (SP). Em conversa com o RR, a Arcelor informou que “há contínuos estudos de viabilidade de investimentos de médio e longo prazo, conectados à estratégia de descarbonização e consolidação do máximo desempenho da unidade de Pecém”. Perguntada especificamente sobre a instalação de uma laminadora na CSP, a empresa não se pronunciou. Ressalte-se que, mesmo com a competição assimétrica com o aço chinês, o complexo da ArcelorMittal em Pecém escapou dos cortes de produção feitos pela empresa no país. Pelo contrário. Segundo a própria companhia informou ao RR, a unidade atingiu sua capacidade máxima, com a fabricação de três milhões de toneladas de placas de aço em 2023, um desempenho inédito desde o início da sua operação em 2016.

Em tempo: qualquer solavanco nos investimentos da ArcelorMittal no Ceará é um fator de risco para o mega hub de hidrogênio verde do Pecém, já anunciado pelo governo do estado. A siderúrgica é potencial compradora de parte da produção.

Esclarecimento: Após a publicação da nota, a ArcelorMittal procurou o RR para reafirmar “que o projeto da laminadora está em estudo de viabilidade. Sobre a compra de hidrogênio verde, informamos que há, sim, interesse em energias renováveis, mas não há nenhum compromisso firmado para a compra de hidrogênio verde. Essa informação foi publicada pela imprensa e retificada à época.”

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