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Marcos Molina avança sobre participação da Previ na BRF

18/03/2024
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O empresário Marcos Molina tem um novo alvo para avançar no capital da BRF. A informação apurada pelo RR é que Molina conversa com a Previ para a compra da sua participação na fabricante de alimentos. O empresário tem 50,6% das ações ordinárias da BRF. Com o negócio, chegaria aos 56%. Não custa lembrar que Molina arou o terreno a sua afeição: no ano passado, os acionistas da BRF derrubaram a pílula de veneno que obrigava qualquer investidor a comprar todas as ações caso atingisse 33% – à época, a Marfrig, de Molina, estava a poucos centímetros de alcançar essa marca. Procurados pelo RR, Marfrig e Previ não quiseram comentar o assunto.

Em 2021, a Previ reduziu sua participação na BRF, vendendo o equivalente a 3% das ordinárias. Mas, na recente linha do tempo, marcada por arritmias na empresa, este parece ser um bom momento para se desfazer de suas ações. A cotação está no nível mais alto desde fevereiro de 2022 – na casa dos R$ 17. A pergunta que não quer calar: será que não seria mais vantajoso para Molina deixar a Previ com um pezinho dentro da empresa. O fundo de pensão vocaliza o governo. Tê-lo no capital acionário pode ser um hedge para situações de dificuldades imprevistas.

#BRF #Marcos Molina #Marfrig #Previ

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Arábia Saudita quer aumentar sua participação na Minerva Foods

20/12/2023
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O Salic (Saudi Agricultural and Livestock Investment Company) ensaia um movimento estratégico para consolidar o Brasil como um importante hub de fornecimento de proteína animal para a Arábia Saudita. Segundo o RR apurou, a companhia árabe mantém conversações com a família Queiroz, controladora da Minerva Foods, para um aumento de capital na empresa. O Salic – vinculado ao Public Investment Fund (PIF), que, por sua vez, diretamente ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman – quer ampliar sua participação societária na companhia.

Procurada pelo RR, a Minerva não se pronunciou. Os árabes olham para o presente e o futuro. A curto prazo, o aporte dará ainda mais fôlego financeiro para a Minerva, justo no momento em que a empresa digere a compra de 16 frigoríficos da Marfrig, ao valor total de R$ 7,5 bilhões. De quebra, permitirá à empresa ampliar seus investimentos no exterior, que, de certa forma, são operações satélites do Brasil.

É o caso do Paraguai, onde a Minerva já controla mais de metade dos abates bovinos.

A médio prazo, o aumento da participação do Salic no capital do Minerva Foods pode ter impacto sobre a própria indústria da proteína animal no Brasil. Em julho deste ano, a companhia da família real saudita comprou 10,7% da BRF, em um aporte de capital feito em parceria com a Marfrig, de Marcos Molina. Desde então, há especulações no mercado de que o plano da Salic é costurar, mais à frente, uma megafusão entre Minerva Foods, BRF e a própria Marfrig. Nesse caso, caberia aos árabes e a Molina um pedaço maior do negócio.

#BRF #Marcos Molina #Marfrig #Minerva Foods #Salic

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Marfrig entra no cardápio de investimentos da Salic

22/09/2023
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O aporte conjunto de R$ 4,5 bilhões na BRF foi o primeiro movimento de uma operação ainda maior que vem sendo arquitetada por Marcos Molina e pelo Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (Salic). Segundo o RR apurou, o próximo passo deverá ser a entrada do fundo árabe no capital da própria Marfrig, controlada por Molina. De acordo com uma fonte próxima à empresa, as conversam passam pela transferência de algo em torno de 10% das ações – próximo à participação da Salic na BRF (10,8%). Tomando-se como base apenas o market cap do Marfrig (R$ 6,8 bilhões, no fechamento de ontem na B3), a transação envolveria cerca de R$ 700 milhões. A operação junta a fome com a vontade de comer. A dupla participação societária do Salic seria um facilitador para Molina concretizar o que é sabidamente o seu principal objetivo: a fusão entre a Marfrig e a BRF.

Trata-se de uma operação que tem sido cuidadosa e milimetricamente calculada pelo empresário, passo a passo. Nesta semana, o Marfrig anunciou mais um pequeno aumento no capital da BRF, passando de 33,3% para 35,7%. Ressalte-se que, já na sua chegada, o Salic foi um importante aliado de Molina. O aporte do fundo árabe foi condicionado à retirada da pílula de veneno do estatuto da BRF, que obrigava qualquer investidor a fazer uma oferta por todas as ações caso superasse a barreira de 33,33%, exatamente o perímetro que o Marfrig acaba de ultrapassar.

Para a Arábia Saudita, por sua vez, o que está sobre a mesa é um grande projeto de Estado. O Brasil é peça chave para os árabes – também para os árabes – na geoeconomia da proteína animal. Por meio do Salic – a companhia de investimentos da família real saudita -, a Arábia passaria a ter um pé tanto na BRF, segunda maior produtora global de carne de frango, quanto na Marfrig, segunda maior processadora de carne bovina do mundo – a JBS está no topo dos dois rankings. Ou seja: uma dupla garantia de suprimento. Nesse cardápio das grandes relações de troca internacionais, cabe lembrar que os árabes firmaram um acordo com o governo brasileiro para a recuperação de mais de 40 milhões de hectares de pastos no país.

A entrada do Salic no capital da Marfrig reforçaria a mistura entre os interesses soberanos da Arábia Saudita e corporativos da empresa de Marcos Molina e da BRF. Os laços societários colocam as duas companhias em uma posição privilegiada no Oriente Médio. A BRF, ressalte-se, já é líder mundial do mercado halal, com quase 40% das vendas de frango para os países de religião islâmica, que impõem especificações próprias para o consumo de alimentos. Some-se a isso a joint venture firmada entre a empresa e a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Public Investment Fund (PIF), fundo soberano da Arábia Saudita, para a construção de frigoríficos naquele país. Ainda que não com o mesmo peso da BRF, a Marfrig também tem feito avanços expressivos na região. Em 2021, as vendas para o Oriente Médio representaram apenas 1% da receita da empresa. Um ano depois, essa participação saltou para 6%. Procurada pelo RR, a Marfrig não quis se manifestar.

#Arábia Saudita #BRF #Marcos Molina #Marfrig

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Qual será a próxima jogada de Marcos Molina no tabuleiro da BRF?

21/07/2023
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Marcos Molina, dono do Marfrig, já está debruçado sobre seu próximo movimento no xadrez societário da BRF. O empresário trabalha com dois cenários:  o primeiro é a formalização de um bloco de controle e a elaboração de um acordo de acionistas, buscando, para isso, o apoio dos principais minoritários da companhia; a segunda hipótese é a compra em bloco de ações da empresa junto a outros investidores, de forma a atingir uma posição majoritária no capital. Em ambos os caminhos, há duas peças-chave nessa engrenagem: Previ e BlackRock, detentores, respectivamente, de 6,2% e 6% da BRF. Os dois investidores passaram a ter uma relevância maior no concerto de acionistas da companhia diante dos números finais do recente aumento de capital. Inicialmente, o Marfrig, de Molina, e o Salic, fundo soberano da Arábia Saudita e aliado do empresário, miravam uma participação de 53% na BRF. Na hora H, porém, a dupla subscreveu um número de ações menor do que o esperado, ficando com uma fatia somada de 43% – individualmente, a participação de Marcos Molina é de 33%. 

Marcos Molina está com o caminho aberto tanto para costurar um bloco de controle ou para adquirir mais ações da BRF até atingir os 51%. Não custa lembrar que a “cláusula de barreira” que impedia as duas hipóteses, especialmente a segunda, caiu por terra. Recentemente, os acionistas da BRF derrubaram a pílula de veneno que obrigava qualquer investidor com mais de 33,33% da empresa a fazer uma oferta pública pelo restante das ações em mercado. Ou seja: Molina pode aumentar sua participação sem a obrigatoriedade de comprar o restante free float da BRF. Há um detalhe que não deve ser desprezado. Inicialmente, Molina aportaria R$ 2,5 bilhões no aumento de capital da BRF. No fim das contas, desembolsou apenas R$ 1,8 bilhão. Ou seja: guardou uma gordura financeira que, em tese, pode ser usada mais à frente para ampliar sua participação. De toda a forma, seja por meio de um acordo de acionistas e de mãos dadas com Previ e BlackRock, seja com a compra de mais ações, na prática as duas jogadas levariam ao mesmo lugar, dando a Molina maioria absoluta nas assembleias de acionistas e no Conselho de Administração da BRF. Procurado, por meio da assessoria do Marfrig, o empresário não quis se manifestar.

Em tempo: independentemente do movimento a ser realizado, a aproximação entre Marcos Molina e Previ pode levar a uma aliança entre dois antigos desafetos. Inicialmente, quando Molina começou a avançar no capital da BRF, ainda no governo Bolsonaro, o fundo de pensão demonstrou resistência a uma possível associação com o Marfrig. Posteriormente, no ano passado, a Previ se opôs à chapa de conselheiros apresentada pelo Marfrig, numa disputa por poder dentro do board da BRF. Aos poucos, os dois lados baixaram as armas. Um personagem importante no armistício foi Aldo Mendes, funcionário de carreira do Banco do Brasil e ex-diretor de Política Monetária do Banco Central entre 2009 e 2016 e hoje um dos mais influentes conselheiros da BRF.

#BRF #Marcos Molina #Marfrig #Previ

Marcos Molina avança em seu projeto de ocupação da BRF

22/11/2021
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Marcos Molina, dono da Marfrig, começa a dar as cartas na BRF. Na condição de maior acionista individual (31,6%), Molina articula com outros sócios relevantes, a exemplo da Previ e da Petros, mudanças na gestão da companhia. Segundo uma fonte próxima ao empresário, ele estaria aguardando apenas o fim do mandato de Pedro Parente como chairman da BRF, em abril de 2022, para substituir o atual CEO do grupo, Lorival Luz.

Entende-se a cautela com o timing. Luz é bastante ligado a Parente. Qualquer mexida agora abriria um desnecessário flanco de atrito com o ex-ministro da Casa Civil, hoje o principal “avalista” da empresa junto ao mercado. A própria dupla Previ e Petros sempre esteve alinhada a Parente, mas joga o jogo, à medida em que o quadro de forças na companhia vai se alterar de forma mais substancial a partir do ano que vem.

No mercado, há quem aposte que a compra de uma parcela da fatia dos fundos de pensão seria a próxima tacada de Molina. Procuradas pelo RR, Marfrig e BRF não quiseram se manifestar. Além de assumir as rédeas da gestão executiva, outra preocupação de Marcos Molina é povoar o Conselho da companhia com nomes de sua confiança para fortalecer ainda mais sua posição. Na prática, é como se Molina já estivesse transformando a BRF e a Marfrig em um só grupo, sob a sua regência, sem necessariamente promover uma fusão entre as duas – até o momento, uma possibilidade ainda envolta em brumas.

#BRF #Casa Civil #Marcos Molina #Marfrig #Petros #Previ

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