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Crise no Peru pode afetar exportações brasileiras de carne suína

  • 14/12/2022
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Grandes frigoríficos brasileiros, como BRF e Minerva, acompanham com especial interesse o desenrolar da crise política no Peru. Essas empresas estão no meio de uma disputa geoeconômica com concorrentes, sobretudo, da Espanha, Estados Unidos e Canadá. Todos brigam por espaço nas exportações de carne suína para o Peru, tentando aproveitar o crescente vácuo deixado pelo Chile. A indústria chilena, historicamente maior exportadora de carne de porco para o Peru, tem reduzido os embarques para dar prioridade à China.  

Nessa queda de braço, os frigoríficos brasileiros têm uma desvantagem. Já há alguns meses, pecuaristas locais vêm pressionando o governo peruano a reduzir as importações de carne suína brasileira. Alegam que frigoríficos do Brasil estariam praticando dumping, uma vez que contam com custos de produção mais baixos – a começar pelos insumos utilizados na alimentação animal como milho e soja. O ex-presidente do Peru, Pedro Castillo, vinha resistindo às pressões internas. A posição de sua sucessora, Dina Boluarte ainda é uma incógnita. O Peru tem cerca de 380 mil criadores de porcos, a maior parte de pequeno porte, com enormes dificuldades de atender a indústria e a demanda locais.  

#BRF #Minerva #Peru

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