Tag: Energia


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Destaque

Falta de linhas de transmissão no Brasil ameaça investimento de R$ 150 bilhões

24/04/2025
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Puro suco de Brasil: enquanto o Ministério de Minas e Energia e o ONS (Operador Nacional do Sistema) se digladiam, deficiências estruturais no setor elétrico estão colocando em risco um pacote de investimentos da ordem de R$ 150 bilhões. O impasse em questão envolve a implantação do hub de hidrogênio verde de Pecém, no Ceará. Até o momento, as empresas à frente do projeto, a australiana Fortescue, a francesa Voltalia e a Casa dos Ventos, não têm garantias quanto à ligação das futuras plantas do complexo à rede elétrica.

A conexão é condição sine qua non para assegurar o fornecimento da energia renovável necessária para a produção de hidrogênio verde. Sem o acesso ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o hub cearense seguirá exatamente onde está: no papel. O enredo é quase kafkiano: não faltam investidores, há bilhões em recursos privados sobre a mesa, mas o processo está parado no labirinto da tecnocracia.

A Fortescue solicitou ao ONS autorização para se conectar ao SIN, mas teve seu pedido negado. Segundo informações filtradas pelo RR, Voltalia e Casa dos Ventos também fizeram requisições similares, até o momento sem resposta. Nos bastidores, o que se vê é um jogo de empurra entre autoridades do setor.

Em petit comité, a direção do ONS alega que não há viabilidade técnica para atender aos pedidos devido à escassez de linhas transmissoras na região. E joga a responsabilidade no colo do Ministério de Minas e Energia, a quem atribui o atraso de projetos para a expansão da rede de transmissão no Nordeste. Por sua vez, assessores do ministro Alexandre Silveira rebatem e dizem à boca miúda que o problema se deve a falhas no ONS no planejamento da operação eletroenergética.

Trata-se de um imbróglio, a um só tempo, corporativo e político. Segundo o RR apurou, o assunto já escalou do Ministério de Minas e Energia para a Presidência da República. O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), tem buscado junto ao próprio Palácio do Planalto uma solução para destravar a construção de linhas de transmissão no estado. Há muito capital em jogo, não apenas financeiro como político. Freitas tem uma reeleição para disputar em 2026 e não quer nem ouvir falar no risco da instalação do hub de hidrogênio verde não começar neste ano. Estima-se que o empreendimento vai gerar quase dez mil empregos diretos e indiretos no Ceará.

#Energia

Destaque

China aumenta voltagem dos seus investimentos em energia limpa no Brasil

6/01/2025
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está em conversações com o governo chinês em torno de um acordo para o financiamento de projetos em transição energética no Brasil. As tratativas passam pelo China Investment Corporation (CIC), o fundo soberano do país asiático, um potentado com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos. A ideia é que o CIC se associe a grupos chineses para a construção, sobretudo, de usinas solares e eólicas, além de empreendimentos futuros no segmento de hidrogênio verde.

No Ministério, existe uma expectativa de que a parceria não apenas impulsione investimentos de empresas que já atuam no Brasil, mas também estimule a chegada de novos players. O primeiro grupo é encabeçado pela State Grid, CTG (China Three Gorges) e SPIC (State Power Investment Corporation). No segundo caso, as atenções se voltam para a Energy China International, que já anunciou a intenção de aportar cerca de US$ 10 bilhões em projetos de transmissão e energia limpa no país.

Do portfólio total do CIC, algo como 22% estão alocados em títulos privados, notadamente empresas chinesas. A área de energia ainda tem um pedaço pequeno da carteira de investimentos da instituição, não superior a 4,2%. No entanto, essa participação praticamente dobrou no último ano – geração renovável está entre os setores de maior potencial e considerados prioritários pelo fundo soberano chinês.

Ressalte-se que a China é o país que mais investe em energia limpa no mundo – em 2023, foram US$ 676 bilhões, 38% dos aportes globais no segmento. No caso específico do Brasil, não dá mesmo para pensar em transição energética sem capital chinês. Entre 2007 e 2023, empresas de energia do país asiático desembolsaram algo em torno de US$ 34 bilhões por aqui, o equivalente a 45% do total de investimentos chineses no país nesse período.

As conversas em torno de um novo acordo entre Brasil e China começaram durante o G20, em novembro. Na ocasião, por sinal, o BNDES e o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) assinaram um memorando de entendimentos para o repasse de até R$ 16 bilhões a projetos em infraestrutura. Parte desses recursos será destinada a área de energia.

O AIIB é a segunda maior instituição financeira multilateral do mundo – atrás apenas do Banco Mundial. Reúne 48 países da Ásia e arredores e outros 50 chamados de membros não regionais, entre os quais o próprio Brasil. Não obstante essa Torre de Babel, na prática o que o BNDES firmou foi uma parceria com a China. Com sede em Pequim, o AIIB é um banco majoritariamente comandado por chineses – o país tem, disparadamente, o maior número de votos, 26% do total – e feito, sobretudo, para atender interesses chineses no mundo. E, como se sabe, Brasil e energia formam uma combinação do maior interesse para a China.

#China #Energia

Destaque

Votorantim e CPP Investments avançam sobre empresa de transmissão da Brookfield

25/11/2024
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Corre feito eletricidade no setor de energia a informação de que a Auren Energia, leia-se Votorantim e a canadense CPP Investments, entrou na disputa pela aquisição da Quantum. Trata-se do braço da Brookfield na área de transmissão. A empresa é avaliada em aproximadamente R$ 8 bilhões. O pacote sobre o balcão reúne quase três mil quilômetros em linhas, sendo dois mil quilômetros em operação.

 

A compra da Quantum representaria a entrada da dobradinha elétrica entre os Ermírio de Moraes e os canadenses no negócio de transmissão. Ou seja, a empresa passaria a atuar nos três grandes verticals da área de energia elétrica: já opera em geração e distribuição – nesta última com a recente compra da AES Brasil por R$ 7 bilhões. Ressalte-se também que o interesse na Quantum sugere uma guinada estratégica na Auren.

 

A companhia desistiu de participar do mais recente leilão de transmissão da Aneel, realizado em 27 de setembro. Ao que tudo indica, decidiu se concentrar na compra de ativos já operacionais. Procurada pelo RR, a Auren Energia informou que “não comenta rumores sobre eventuais processos de fusões e aquisições.” A Brookfield também não quis se manifestar.

 

A Auren não corre sozinha. A State Grid também é apontada no setor como uma forte candidata à compra dos ativos em transmissão da Brookfield. O grupo chinês já é um dos grandes players do segmento no Brasil. Com mais de 16 mil quilômetros de cabos, concentra 10% de toda a rede de alta tensão no país. Com a aquisição, a State Grid se consolidaria como o segundo maior player em transporte de energia elétrica do país, atrás apenas da Eletrobras.

#Brookfield #CPP Investments #Energia #Votorantim

Negócios

BlackRock aumenta suas fichas em transição energética no Brasil

18/10/2024
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A BlackRock está elétrica para aumentar sua posição em projetos de energia renovável no país. Os investimentos deverão ser concentrados na Brasol, controlada por um fundo da BlackRock e pela Siemens. No setor, o que se ouve empetit comité é que a empresa tem cerca de R$ 2 bilhões para novas aquisições no país. No início deste mês, a Brasol comprou, em uma só tacada, 40 usinas de geração solar distribuída da Raízen. Em agosto, já havia fechado a compra de 13 projetos de geração fotovoltaica da BC Energia em São Paulo, Goiás, Tocantins e Distrito Federal. Consultada, a BlackRock não se manifestou.

#BlackRock #Energia

Destaque

Energia elétrica vira moeda de troca do Brasil pelo gás de Vaca Muerta

30/09/2024
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Provocações entre Lula e Javier Milei à parte, os governos do Brasil e da Argentina estão costurando um pacto energético. As moedas de troca já foram colocadas sobre a mesa. Do lado brasileiro, o acordo envolve o aumento da exportação de energia elétrica para o país vizinho.

Em contrapartida, a Argentina ampliaria o volume de gás das reservas de Vaca Muerta disponibilizado para o Brasil. Segundo o RR apurou, na semana passada, durante sua passagem pelo país – onde participou da Rio Oil & Gas, na última quinta-feira -, o secretário de Energia da Argentina, Eduardo Rodriguez Chirillo, teve conversas reservadas com autoridades da área de Minas e Energia. De acordo com uma fonte do Ministério, o Brasil quer garantir a entrega de cinco milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Os argentinos, até agora, se comprometem a fornecer quatro milhões de metros cúbicos – mais do que os três milhões inicialmente previstos. As negociações prosseguem e devem, ou melhor, precisam ser concluídas ainda neste ano. As obras de reversão do gasoduto entre Argentina e Bolívia estão praticamente terminadas.

Significa dizer que, já no início de 2025, o gás de Vaca Muerta começará a chegar ao território boliviano, próximo à fronteira com o Mato Grosso do Sul, a partir de onde será enviado para o Brasil por meio do Gasbol.

O timing das negociações em torno do acordo bilateral é favorável ao Brasil. A Argentina vive um momento de fragilidade na área energética – também na área energética -, com um déficit na produção de eletricidade que deve se arrastar até 2026.

A atual licença de operação do reator da usina nuclear Atucha 1 terminará neste ano. As atividades terão de ser paralisadas para uma reforma com duração prevista de 24 meses. Além disso, no último dia 17, a Energía Argentina Sociedade Anonima (Enarsa) rompeu o contrato que matinha com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Boliviano (YPFB).

Com isto, a Argentina deixará de receber cerca de quatro milhões de metros cúbicos por dia de gás natural – volume que fará falta, ao menos até que a produção nas reservas de Vaca Muerta esteja a plena capacidade. Segundo a fonte do RR, o Brasil deverá despachar para a Argentina, mais precisamente para a estatal Cammesa, energia de térmicas do Nordeste e do Sul – algo que já ocorreu no ano passado. Além disso, o ministro Alexandre Silveira e sua equipe estudam também aumentar o número de empresas de geração autorizadas a vender o insumo ao país vizinho.

#Energia #Javier Milei #Lula

Empresa

Brasil se torna hub energético da Karpowership na América Latina

12/09/2024
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A operação brasileira está ganhando um novo status no mapa da turca Karpowership, que atua na área de energia, notadamente em projetos de usinas flutuantes. A ideia é que o Brasil se torne um hub dos seus investimentos na América Latina, comandando todas as operações na região. Os turcos já operam quatro térmicas e uma unidade de armazenamento e regaseificação flutuantes, todas localizadas na Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro. Está desenvolvendo ainda um projeto de geração fotovoltaica, com mais de três mil painéis, na mesma região, na cidade de Itaguaí. O que se diz no setor é que os dirigentes da Karpowership têm conversado também com governadores do Nordeste, para investimentos em energia solar. E daqui do Brasil, os turcos começam a prospectar negócios nas “cercanias”, como Colômbia e Equador.

#Energia #Karpowership #usinas flutuantes

Energia

Chineses fazem lobby elétrico por subsídios para eólicas offshore e hidrogênio verde

7/08/2024
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Grandes grupos chineses de energia, entre os quais a SPIC (State Power Investment Corporation Limited) e a Energy China International, têm feito gestões junto ao ministro Alexandre Silveira pela manutenção dos subsídios para geração renovável. Os asiáticos querem, sobretudo, garantias de que o benefício seguirá em vigor para os projetos de eólicas offshore e de hidrogênio verde. O lobby é pesado. Tem a regência direta do próprio governo chinês. Há ainda os governadores do Nordeste, como o cearense Elmano de Freitas e o baiano Jerônimo Rodrigues, que atuam como backing vocal, reforçando o canto junto a Alexandre Silveira. A região é a que mais recebe investimentos em novas fontes de geração e, consequentemente, mais depende da subvenção. O chamado desconto no fio é um subsídio para projetos de energia limpa, com a redução dos valores pagos pelo uso de linhas de transmissão. A diferença sai do bolso dos consumidores, via conta de luz.

#Energia #Hidrogênio verde #Spic

Infraestrutura

Há um ponto de escuridão na venda de energia do Paraguai para o Brasil

6/08/2024
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No Ministério de Minas e Energia, há apreensão com o andamento do leilão de venda de 100 MW de energia do Paraguai no mercado livre brasileiro. A informação recebida pelo ministro Alexandre Silveira é que a Usina de Acaray, responsável pelo suprimento do insumo, enfrenta sérios problemas técnicos, que forçaram, inclusive, a paralisação de algumas turbinas.  Com capacidade para 234 MW, a usina tem gerado, neste ano, uma média inferior a 90 MW por mês. O RR apurou que as autoridades paraguaias se comprometeram a solucionar as falhas operacionais e religar um dos geradores parados. Até agora, no entanto, nada aconteceu. Não custa lembrar que 11 empresas brasileira estão participando do leilão promovido pela estatal paraguaia Ande.

#Energia #Ministério de Minas e Energia #Paraguai

Infraestrutura

Bahia planeja um hub industrial para energia renovável

30/07/2024
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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e seus assessores trabalham em um projeto ainda guardado a sete chaves: a ideia é montar no estado um hub de fabricação de equipamentos para geração renovável. A primeira estaca deverá ser fincada em breve, com a chegada da chinesa Goldwind, um dos maiores produtores mundiais de turbinas eólicas. Os asiáticos estão comprando uma antiga fábrica da GE em Camaçari. Por sinal, o empreendimento passa essencialmente pela segunda maior economia do Planeta. O governo baiano pretende também atrair grandes fabricantes de equipamentos solares da China, a começar pela Jinko Solar. Jerônimo Rodrigues conta com o apoio do embaixador chinês em Brasília, Zhu Qingqiao, na condução do assunto junto a Pequim.

#Bahia #Energia

Infraestrutura

Em vez de gerar energia, lixões brasileiros viram uma usina de votos

23/07/2024
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A decomposição do lixo é uma das principais fontes de produção de metano, que contamina solos lençóis freáticos. As termelétricas movidas a lixo, chamadas de Usinas de Recuperação Energética (URE), são praticamente residuais no Brasil, apesar de dejetos não faltarem nas regiões urbanas. Até 2022, segundo a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), elas não passavam de três. A entidade considera que seria possível instalar pelo menos uma URE nas 28 regiões metropolitanas com mais de um milhão de habitantes. Juntas, elas seriam capazes de produzir o equivalente a 3% da energia brasileira. E mais: reduziriam o passivo ambiental, pois a emissão de qualquer poluente dessas unidades é quase zero. Fica a pergunta: por que não fazem? Não fazem por quê?
A questão não é só o valor do investimento ou o incentivo do governo. As UREs são também um desses casos nacionais híbridos, de corrupção e miséria, que misturam política com necessidade de sobrevivência. Os lixões são a maior fonte do gás metano, insumo gerador dessas térmicas. Nessas montanhas de lixo vive uma verdadeira população, que precisa dos dejetos para comer e se vestir. Esse grande número de pessoas tem a permanência assegurada com os lixões mantidos, porque eles são minas eleitorais. A garantia de que o lixão não será removido vale votos. É de alguma forma um curral eleitoral. No Rio, na área do Fundão, onde está localizada a Universidade Federal do Rio de Janeiro, chegou-se a construir um projeto piloto de URE. Não foi à frente, devido aos motivos citados. E o que é pior, com o apoio do alcaide da época. Mais o RR não diz.

#Energia #Lixões #Poluição

Investimento

Blackstone volta suas baterias para transição energética no Brasil

18/07/2024
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Há um certo frenesi na área de energia. A descarga de eletricidade vem da informação de que o Blackstone está garimpando ativos em geração limpa no Brasil. Os recursos viriam do megafundo de US$ 7 bilhões criado pela gestora norte-americana no ano passado, apenas para investimentos em transição energética.

#Blackstone #Energia

Política externa

Bolívia tem mais energia para descarregar no acordo com o Brasil

17/07/2024
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Energia está se tornando uma das mais valiosas moedas de troca na geopolítica da América do Sul. O governo da Bolívia ofereceu ao Brasil a venda de parte do excedente de eletricidade gerada no país. O volume disponível gira em torno de 1.950 MW. A proposta está em análise no Ministério de Minas e Energia. Em linhas gerais, a operação se dividiria em duas partes. Em um primeiro momento, a energia seria entregue em cidades na região de fronteira, a partir principalmente do departamento de Pando. A segunda etapa conectaria Puerto Suárez a Corumbá, com possibilidade de transferência de 1.000 MW, aproximadamente. A venda de energia seria empacotada em uma parceria mais ampla, envolvendo o apoio do Brasil a obras de recuperação de linhas de transmissão em território boliviano. A Bolívia está com algum crédito. Tudo debaixo do grande guarda-chuva do acordo energético assinado recentemente entre os presidentes Lula e Luis Arce, o que permitirá, por exemplo, o aumento da capacidade de geração da hidrelétrica de Jirau.

#Bolívia #Energia

Destaque

Empresas de energia vão à Justiça contra restrições a usinas eólicas e solares

15/07/2024
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Um contencioso com alguns dos maiores players da área de energia era tudo de que o governo Lula não precisava neste momento. Mas, ao que parece, é o que está prestes a acontecer. Há informações no setor de que grandes grupos, entre os quais CPFL, Auren (Votorantim e a canadense CPPIB) e Renova Energia, pretendem entrar na Justiça contra a decisão do ONS (Operador Nacional do Sistema) de impor restrições à geração de energia eólica e solar. As perdas acumuladas pelos dois segmentos já superam os R$ 700 milhões.

Em conversa com o RR, o executivo de uma das principais empresas de energia do país cravou que o prejuízo poderá passar de R$ 1,3 bilhão até o fim do ano. Isso porque a tendência é que os cortes de produção determinados pelo ONS se acentuem no segundo semestre, quando as usinas eólicas e solares intensificam suas atividades.

As limitações passaram a ser aplicadas pelo ONS após o apagão de 15 de agosto do ano passado, que atingiu praticamente todos os estados. As investigações técnicas conduzidas pelo órgão regulador apontaram que o blecaute foi causado por uma falha no equipamento de controle de tensão de usinas eólicas e solares, que atingiu a linha de transmissão Quixadá-Fortaleza. Mesmo em períodos com boas condições de sol e vento, o Operador Nacional tem determinado a paralisação das usinas quando há gargalos nas linhas de transmissão ou problemas elétricos que podem causar sobrecarga. As empresas de geração eólica e solar argumentam que as restrições do ONS são descabidas.

No setor, há quem siga, inclusive, que o órgão regulador está indevidamente arbitrando o quanto de energia de cada matriz será lançada no Sistema Interligado e ofertada ao mercado.

Para todos os efeitos, a batalha judicial mira o ONS, um órgão regulador independente. No entanto, é na conta do governo que o eventual litígio será debitado. Em certa medida, as travas impostas às usinas eólicas e solares contrastam com o discurso da gestão Lula de que o Brasil será o grande dínamo da transição energética em todo o mundo. Os grandes grupos de geração cobram o ministro Alexandre Silveira para que ele intervenha junto ao Operador Nacional do Sistema com o objetivo de derrubar as restrições. Nos bastidores, algumas empresas já sinalizam a suspensão de investimentos em novos projetos de geração eólica e solar, como forma de pressão sobre o governo.

#CPFL #Energia #Lula #Renova Energia

Energia

Alupar estica suas linhas de transmissão na América do Sul

9/07/2024
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A Alupar pretende ficar bandeira em novos mercados da América do Sul. No setor, é voz comum que a empresa mira países como Equador e Argentina. O grupo, controlado pela família Godoy Pereira, tem negócios em transmissão e geração no Chile, Colômbia e Peru. Neste último, arrematou, em junho, duas concessões de linhas transmissoras, por um prazo de 30 anos. No ano passado, a Alupar aportou cerca de R$ 57 milhões em seus projetos no Peru.

#Alupar #América do Sul #Energia

Investimento

Fundo dinamarquês renova sua energia no Brasil

29/05/2024
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Bochicho elétrico: corre no setor a informação de que o Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) tem garimpado ativos em energia solar e eólica no Brasil. Ao mesmo tempo, haveria conversas com o governo do Ceará para investimentos no hub de hidrogênio verde do Porto de Pecém. No mercado, pululam cifras de até R$ 2 bilhões. O fundo dinamarquês já tem um pé em transição energética no Brasil: é um dos investidores do projeto Alísios Potiguares, que prevê a geração de 1,8 GW de energia eólica offshore no Rio Grande do Norte. O CIP soma cerca de US$ 30 bilhões já aportados em geração renovável em todo o mundo, por meio de 12 fundos próprios.

#Dinamarca #Energia #investimentos

Destaque

Governo quer aumentar importação de energia para abastecer o Rio Grande do Sul

20/05/2024
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O governo pretende aumentar a importação de energia em caráter emergencial com o objetivo de normalizar o fornecimento ao Rio Grande do Sul. Há duas preocupações: a primeira, mais imediata, é acelerar a religação dos mais de 230 mil pontos ainda sem luz no estado; a segunda é garantir o suprimento do insumo para os serviços de reconstrução de instalações de infraestrutura já em curso, na maior parte dos casos obras viárias conduzidas pelo Exército. Aliás, ressalte-se, o general Tomás Paiva, Comandante da Força, tem sido um dos grandes colaboradores no trabalho de recuperação do Rio Grande do Sul e no atendimento à população local. Silenciosamente, o Exército vem disponibilizando suas tropas para resgate de desabrigados, construção de pontes temporárias, consertos de estrada, transporte de doações, entre outras missões. Feita essa ressalva, há informações em Brasília de que o ministro Alexandre Silveira vem mantendo conversações com a ministra de Indústria, Energia e Mineração do Uruguai, Elisa Facio, para ampliar a compra de energia do país vizinho, iniciada em 3 de maio. O volume atual enviado ao Rio Grande do Sul tem variado entre 120 MW e 390 MW. A intenção do governo seria subir esse teto para 500 MW, o que ajudaria as duas distribuidoras gaúchas, CEEE e RGE, a acelerar a regularização do abastecimento. Em outro front, fala-se também no Ministério de Minas e Energia de movimentações para a importação de energia da Argentina.

Em relação ao Uruguai, há um obstáculo a ser superado. No momento, além do mercado interno e do Brasil, os uruguaios também estão fornecendo energia para a própria Argentina. Ou seja: é provável que o país vizinho tenha de aumentar sua produção para gerar mais excedente, o que certamente se refletirá no preço do insumo comprado pelo governo brasileiro. Paciência. Não é hora de se fazer muita conta. É mais um custo que irá para o metaverso orçamentário das despesas com a recuperação do Rio Grande do Sul, à margem de amarras fiscais.

Neste momento de tragédia no Rio Grande do Sul, a interligação elétrica entre os três países se torna fundamental para garantir o suprimento de energia ao estado. Em relação ao Uruguai, o transporte do insumo se dá por meio da linha de transmissão que conecta a subestação de Melo, do outro lado da fronteira, à subestação de Candiota (RS). Existe também uma segunda linha, entre Rivera, no Uruguai, e Santana do Livramento (RS). Em relação à Argentina, a distribuição ocorre por uma linha de transmissão entre Rincón Santa Maria, na província de Corrientes, e as subestações Garabi I e Garabi II, em Garruchos (RS). Se necessário, o Ministério de Minas e Energia ainda pode recorrer a uma linha que conecta Paso de Los Libres a Uruguaiana, que não é usada há algum tempo.

#Energia

Destaque

O que está mais perto de Itaipu: as ruas de Belém ou as vítimas da catástrofe gaúcha?

9/05/2024
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A tragédia do Rio Grande do Sul pode provocar uma reviravolta na liberação de R$ 1,3 bilhão de Itaipu Binacional para a COP 30, em Belém. Há uma forte pressão da bancada gaúcha sobre o governo, a começar pela própria base aliada, para que os recursos da estatal sejam redirecionados à reconstrução de Porto Alegre e das demais cidades devastadas pelas chuvas. Alguns parlamentares do Sul têm, inclusive, discutido uma ida conjunta ao presidente Lula para solicitar a transferência das verbas de Itaipu.

A premissa é que, neste momento, não há nada mais prioritário no país: a questão humanitária se sobrepõe a qualquer outro projeto ou iniciativa, por mais importante que venha a ser. Mesmo porque ainda existe uma grande desorientação das autoridades em relação às consequências da tragédia. Não se sabe ao certo o número de vítimas fatais, a quantidade de desabrigados e muito menos a extensão dos danos materiais e o quanto de recursos financeiros terão de ser empregados na restauração de ruas, bairros e mesmo cidades inteiras.

O governo terá de redefinir rubricas, seja diretamente do orçamento da União, seja de estatais federais, com o objetivo de canalizar o maior volume possível de verbas para o Rio Grande do Sul. Nesse contexto, o “resto” talvez tenha de esperar, nem que o “resto” seja um evento global da maior relevância para tratar de uma das agendas mais fulcrais para a humanidade, como as mudanças climáticas. Entre salvar vidas agora e rediscutir mais à frente outras formas de apoio financeiro à COP 30, que só acontece em novembro de 2025, não há discussão. Ou, pelo menos, não deveria haver.

A coincidência de timing entre a assinatura do convênio com a Prefeitura de Belém, firmado na última segunda-feira, e a tragédia no Sul acabou colocando um foco político maior sobre Itaipu e os critérios para o uso de recursos da estatal. Prova disso que é que ontem o deputado federal Danilo Forte (União-CE) apresentou um Projeto de Lei propondo a destinação de R$ 400 milhões das receitas de Itaipu para abater a conta de luz dos consumidores rurais e residenciais no Rio Grande do Sul. É só o começo. Parece realmente um contrassenso: destinar R$ 1,3 bilhão da hidrelétrica para a rede de saneamento e a pavimentação de ruas de Belém, uma cidade a 3,4 mil km de distância que não usa e muito menos paga pela energia de Itaipu.

No próprio setor elétrico, há questionamentos ao acordo com a capital paraense. O ex-diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e atual presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, classificou o repasse de verbas da usina binacional a Belém como um “escândalo” e uma “usurpação do dinheiro pago pelos consumidores de energia do Sul, Sudeste e Centro-Oeste em suas contas de luz”. A questão é um exemplo didático do desnorteamento em geral em torno da catástrofe no Rio Grande do Sul. A RGE, leia-se CPFL, distribuidora que atende 381 municípios do estado, informou a suspensão da cobrança da conta de luz… nas casas que estão sem energia.

#COP-30 #Energia #Itaipu Binacional #Lula

Energia

Brasil é o sol da Shangai FengLing na América Latina

2/05/2024
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Informação que circula na linha direta entre o Itamaraty e canais diplomáticos da China no Brasil: a Shanghai FengLing Renewables planeja instalar uma fábrica de equipamentos para energia solar no país. A unidade teria um importante papel geoeconômico: atenderia não apenas a demanda interna, mas a outros países da América Latina. Algo similar ao projeto de dois bilhões de euros que a Shanghai FengLing está desenvolvendo na Sérvia, com o intuito de criar um hub de exportação para mercados europeus.

#América Latina #China #Energia

Empresa

Copersucar abre as portas da Alvean para um novo parceiro

3/04/2024
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A Copersucar está a mil por hora. No front interno, acaba de anunciar a compra de 50% da comercializadora de energia Comec; no externo, segundo o RR apurou, busca um parceiro internacional para a Alvean, maior trading de açúcar do mundo. A Copersucar controla 100% da empresa desde 2021, quando comprou a metade que pertencia à Cargill. Procurada, a companhia não se manifestou.

#Comec #Copersucar #Energia

Empresa

Enerside Energy busca comprador para usina eólica

20/02/2024
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O RR apurou que a Enerside Energy está negociando a venda de uma de suas usinas eólicas  no Brasil. A empresa é uma das principais plataformas fotovoltaicas do país, com um portfólio de no mínimo 4,1 GW, em projetos espalhados por cinco estados. Entre os seus grandes clientes está a Raízen. A venda em curso faria parte de uma estratégia global da gigante de energia. A EE quer manter cerca de 30% de ativos na América Latina (Brasil e Chile) e os outros 70% na Itália e na Espanha – seus quatro mercados atuais.

#Energia #Enerside Energy #usinas eólicas

Política externa

Alckmin corre países vizinhos para negociar acordos na área de energia

23/01/2024
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Geraldo Alckmin é mesmo um vice-presidente para toda obra. Lula pretende enviar Alckmin para uma viagem à Bolívia e Equador em fevereiro. Em pauta, a negociação de acordos no setor de energia com os dois países. O assunto envolve diretamente a Petrobras e a possibilidade de parcerias para investimentos em exploração e produção de óleo e gás nos dois países. A visita de Alckmin aos países vizinhos corrobora a ideia de que o vice-presidente deverá ter, a partir deste ano, um papel mais relevante na área de relações internacionais. Até pela necessidade de Lula se concentrar mais na política interna.

#Bolívia #Energia #Equador #Geraldo Alckmin #Lula #Petrobras

Petróleo

Guiana abre as portas para a Petrobras

11/01/2024
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Em meio às tensões com a Venezuela, o governo da Guiana bateu à porta do Ministério de Minas e Energia. O país vizinho busca uma parceria envolvendo a Petrobras para a exploração de petróleo e gás e, de quebra, projetos conjuntos em energia renovável. Recentemente, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, descartou investimentos na Guiana. Mas, a essa altura, quem corre mais risco de ser descartado é o próprio Prates.

#Energia #Guiana #Petrobras

Energia

Brasil e Bolívia estudam “costurar” suas linhas de transmissão

2/01/2024
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Os governos do Brasil e da Bolívia têm mantido conversações em torno de uma cooperação na área de energia elétrica, inclusive com a possibilidade de interligação entre sistemas de transmissão.  Isto possibilitaria a venda de eletricidade, tal como ocorre com o gás, de parte a parte. Se o presidente Lula tiver um momento de saudosismo, pode até ressuscitar um projeto que chegou a ser discutido com os bolivianos em seu segundo mandato, pelos idos de 2007 e 2008: a construção de uma hidrelétrica binacional no Rio Madeira.  

#Bolívia #Energia #Lula #Rio Madeira

Energia

Eólicas entram no radar da Fortescue no Brasil

22/12/2023
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A australiana Fortescue tem estudos avançados para investir em energia eólica no Brasil. Ceará e Bahia são fortes candidatos a receber os primeiros empreendimentos, segundo uma fonte do Ministério de Minas e Energia. Em novembro, o CEO global da companhia, Andrew Forrest, esteve reunido com o presidente Lula, quando confirmou o plano de investir US$ 5 bilhões no hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará.

#Energia #Fortescue #Ministério de Minas e Energia

Infraestrutura

Governo discute a compra de mais energia da Venezuela

17/11/2023
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Entre outras medidas preventivas que vêm sendo debatidas no governo, o Ministério de Minas e Energia discute a possibilidade de aumentar a importação de energia da Venezuela. A decisão será tomada até dezembro, em função do ritmo de demanda, do nível dos reservatórios hidrelétricos e da necessidade de geração térmica adicional. Com a onda de calor, o próprio ONS já prevê a necessidade de aumento da produção das termelétricas até o fim do ano. Nesta semana, a demanda por energia no país bateu dois recordes históricos seguidamente. Nesse cenário, recorrer à energia venezuelana seria uma solução mais à mão, motivada, em grande parte, pela relação de proximidade entre os governos Lula e Maduro. Em agosto, o presidente Lula autorizou a retomada da compra do insumo produzido na Hidrelétrica de Guri para abastecer Roraima, que está fora do Sistema Interligado Nacional. A importação estava suspensa desde março de 2019, no início do governo Bolsonaro.

#Energia #Onda de calor #Venezuela

Negócios

Equatorial busca sócio para seus ativos em geração

1/11/2023
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A Equatorial quer ser um pote até aqui de sócios. Além da procura por um parceiro para a área de transmissão, a empresa pretende vender também parte da sua operação de geração para um investidor internacional. Segundo fonte próxima à empresa, um grande fundo soberano do Oriente Médio já demonstrou interesse pelo negócio. A necessidade de buscar capital cresceu após o arrojado movimento feito pela Equatorial no ano passado, ao comprar a Echoenergia por R$ 7 bilhões.

#Energia #Equatorial #Oriente Médio

Energia

BYD aumenta aposta em energia solar no Brasil

31/10/2023
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A BYD está em lua de mel com o Brasil. Além da produção de veículos elétricos em Camaçari, os chineses pretendem ampliar sua fábrica de painéis fotovoltaicos em Campinas. A capacidade deverá sair de 400 MW para cerca de 500 MW em equipamentos por ano.  Os chineses miram não apenas no fornecimento a grandes usinas, mas também no varejo, com as vendas a residências e ao comércio. A aposta no setor é alta: recentemente, a BYD anunciou três novos centros de distribuição de equipamentos solares no Brasil

#BYD #Energia #Energia Solar

Energia

Grupo chinês planeja produzir painéis solares no Brasil

30/10/2023
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Segundo informação filtrada do Ministério de Minas e Energia, a chinesa Jinko Solar fez chegar ao governo brasileiro o seu interesse em instalar uma fábrica de painéis solares no Brasil. Trata-se de um dos maiores fabricantes de equipamentos fotovoltaicos do mundo, com vendas anuais da ordem de US$ 15 bilhões. A Jinko Solar mira a oportunidade de replicar no Brasil algumas de suas maiores parcerias no mercado chinês. Entre outros, a empresa é um dos grandes fornecedores de painéis para a PowerChina, que está investindo R$ 1,8 bilhão na construção de um parque solar no Ceará. O Brasil, ressalte-se, já é o segundo maior importador de painéis solares da China, depois da Europa.

#Energia #Jinko Solar #Ministério de Minas e Energia

Energia

Cemig aumenta investimentos em transição energética

9/10/2023
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A Cemig vai aumentar sua aposta na transição energética. A estatal iniciou estudos para a instalação de mais três geradoras solares flutuantes em reservatórios de suas grandes hidrelétricas. Uma delas deverá ficar na usina de Irapé. O investimento estimado é da ordem de R$ 1,2 bilhão. A estratégia da Cemig é potencializar seu parque gerador, aproveitando seus lagos para a produção não apenas de energia hidrelétrica, mas também solar. A empresa já anunciou a construção de quatro usinas fotovoltaicas em outros reservatórios em Minas Gerais, ao custo de R$ 1,8 bilhão. O atual plano da estatal em geração renovável soma cerca de R$ 13 bilhões em investimentos.

#Cemig #Energia

Destaque

Brasil entra no mapa da Petronas na transição energética

4/10/2023
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A Petronas, estatal de petróleo e gás da Malásia, prepara sua entrada no setor de geração renovável no Brasil. O RR apurou que os asiáticos estão se movimentando no mercado para comprar ativos em transição energética no país, notadamente usinas eólicas e solares. Segundo a mesma fonte, o alvo prioritário é a Ibitu Energia, controlada pelo fundo norte-americano Castlelake.

À venda há mais de um ano, a empresa está avaliada em aproximadamente US$ 1 bilhão. Seu portfólio soma quase 1,5 MW de capacidade: são três usinas solares, cinco eólicas e duas hidrelétricas em operação, além de três projetos em desenvolvimento no Nordeste. A Ibitu, ressalte-se, não está sozinha na alça de mira da Petrobras.

De acordo com as informações apuradas, o grupo malaio mantém uma segunda frente de conversas, com a Enel, que colocou à venda um pacote de geradoras eólicas e solares. Consultados pelo RR, Petronas e Castlelake não se manifestaram até o fechamento desta matéria. A Enel, por sua vez, disse que “não comenta rumores”.

Grandes petroleiras internacionais começam a disputar uma corrida por ativos em energia limpa no Brasil. Um dos movimentos mais recentes foi protagonizado pela norueguesa Equinor, com a aquisição da Rio Energy por R$ 3,5 bilhões. No caso da Petronas, conglomerado que fatura quase US$ 90 bilhões ao ano, o Brasil está prestes a entrar em um mapa que já tem Ásia e Austrália.

Até o momento estas são as regiões em que o grupo malaio tem concentrado maior volume de investimentos para a descarbonização da sua matriz energética. Os projetos são conduzidos pela Gentari, o braço de geração renovável da petroleira. Entre outros investimentos, a empresa está desembolsando mais de US$ 1 bilhão para gerar 8 GW em energia limpa na Austrália até 2030. Em fevereiro deste ano, gastou outro tanto para a aquisição das usinas de energia solar da alemã Wirsol Energy em território australiano.

#Castlelake #Energia #Gentari #Petronas #Wirsol Energy

Energia

Déficit de energia na Argentina é um bom negócio para o Brasil

14/09/2023
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A Edenur, maior distribuidora do setor elétrico na Argentina, está batendo à porta de grandes empresas brasileiras, como CPFL e Engie, para comprar energia. A súbita necessidade decorre de decisão tomada pelo novo governo paraguaio. O presidente Santiago Peña determinou que o Paraguai use 100% da sua cota na usina binacional de Yaciretá, uma associação com a Argentina.

Historicamente, os paraguaios sempre ficaram com apenas 15% da produção, deixando o excedente com o país vizinho. Parte desse volume atende exatamente à Edenur. A empresa busca energia no Brasil para afastar o risco de desabastecimento a seus clientes na Argentina. Em tempo: a necessidade da Argentina serve como combustível ao lobby das grandes geradoras brasileiras para que o governo volte a flexibilizar as regras para exportação de energia.

Em junho, o Ministério de Minas Energia restringiu a venda do insumo ao exterior, por conta da proximidade do período de redução das chuvas no país. Os grandes grupos do setor elétricos classificam a medida como excesso de conservadorismo, dado o elevado nível dos reservatórios das hidrelétricas.

#Argentina #Energia

Destaque

Alemanha quer fazer do Brasil o seu “hub” de energia limpa

6/09/2023
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O acordo bilateral entre Brasil e Alemanha para investimentos em transição energética começa a sair do papel. Segundo uma fonte do Ministério de Minas e Energia, há negociações para que o governo alemão seja um dos financiadores do futuro hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará. Trata-se de um dos maiores projetos de geração renovável em curso no país. A previsão de aportes beira os R$ 70 bilhões.

A Alemanha surge como o primeiro investidor soberano a se associar ao empreendimento – unindo-se a mais de 20 grupos privados que já assinaram memorandos de entendimento para participar do projeto, entre os quais se destacam a Eneva e a australiana Macquarie. Os recursos deverão sair do Fundo para o Clima e a Transformação, criado pelo governo alemão. São mais de 210 bilhões de euros reservados para financiar projetos de transição energética em todo o mundo.  

De parte a parte, há outras pontas que se juntam nessa costura bilateral. De acordo com a mesma fonte, as conversações passam também pelo KfW, o banco de fomento alemão. A instituição deverá entrar no projeto de criação do hub de Pecém financiando a compra de equipamentos. O fio dessa meada leva ao próprio BNDES. Na última segunda-feira, o banco brasileiro e o KfW IPEX-Bank, braço de exportações da agência de fomento alemã, assinaram um acordo para expandir sua cooperação comercial, com foco exatamente em projetos de transição energética, clima e preservação ambiental.  

O Porto de Pecém deve ser apenas o ponto de partida. O Brasil tem tudo para ser um dos principais se não o grande hub de fornecimento de energia limpa para que a Alemanha consiga cumprir suas metas de descarbonização. Estima-se que o país europeu terá de importar o equivalente a 70% da sua demanda interna por hidrogênio verde para alcançar a neutralidade climática até 2045.  

#Alemanha #Energia #Energia Limpa #Hidrogênio verde

Energia

Noruega vai financiar energia renovável no Brasil

14/07/2023
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O governo brasileiro negocia com a Noruega um apoio para projetos em transição energética. O acordo envolverá a liberação de recursos para atividades de pesquisa e desenvolvimento e a construção de usinas de geração eólica e solar. O dinheiro deverá sair do Norfund, fundo do governo norueguês para países em desenvolvimento. A entidade já liberou aproximadamente US$ 3 bilhões para mais de 170 projetos de infraestrutura, notadamente em geração.  

 

#Energia #Noruega

Energia

Suzlon deverá produzir turbinas eólicas no Brasil

7/07/2023
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Emissários da indiana Suzlon, gigante global da indústria de energia elétrica, têm mantido conversações com o governo do Ceará para instalar uma fábrica no estado. A unidade seria focada na produção de turbinas para usinas eólicas. A Suzlon já ensaiou se instalar no país em meados da década passada, mas ficou no quase. Desta vez, a operação ganha mais sentido diante do crescente volume de investimentos em energia renovável no Brasil. Ainda que o setor tenha apresentado alguns engasgos, como a crise da Siemens Gamesa e a decisão da GE Renewable Energy de suspender a fabricação de turbinas no país.

#Energia #Renewable Energy #Siemens Gamesa #Suzlon

ESG

Brasil é peça central no plano de descarbonização da RHI Magnesita

30/06/2023
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A RHI Magnesita, um dos maiores fabricantes mundiais de refratários, está desenvolvendo estudos para a produção de hidrogênio verde. O grupo pretende utilizar gradativamente novas fontes de energia limpa nas fábricas de Contagem (MG) e Brumadinho (BA), dentro de um plano global que se estende ainda às demais 26 plantas industriais em dez países. O Brasil é peça fundamental no processo de transição energética da RHI. Aliás, é peça importante em tudo que diz respeito à RHI: o país responde, sozinho, por mais 20% do faturamento da companhia em todo o mundo. O conglomerado de origem austríaco tem como meta reduzir as emissões de carbono de escopo 1, 2 e 3 em 15% até 2025. 

#Energia #ESG #RHI Magnesita

Energia

Investimento bilionário no Amapá começa a sair do papel

27/06/2023
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O RR apurou que o governo do Amapá vai liberar, em até duas semanas, a licença para a construção da termelétrica do Rio Matapi. Trata-se de um dos maiores projetos da área de geração prestes a sair do papel na Região Amazônica: a usina está orçada em R$ 2 bilhões. O empreendimento é capitaneado pela Evolution Power Partners.

#Amapá #Energia #Evolution Power Partners #Rio Matapi

Empresa

Eneva busca um parceiro de alta voltagem para a transição energética

25/05/2023
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Além de grupos da área de energia, a Eneva vem mantendo conversações com grandes gestoras internacionais em torno de uma possível associação em geração renovável. De acordo com uma fonte próxima ao grupo, do outro lado da mesa estão nomes como a BlackRock, o potentado norte-americano da área de private equity, que tem um fundo da ordem de US$ 5 bilhões para o setor de energia, e a inglesa Actis, já com investimentos no Brasil, mais precisamente na Ômega Energia. A Eneva pretende vender uma participação minoritária de sua plataforma de ativos em geração eólica e solar. 

#Actis #BlackRock #Energia #Eneva

Empresa

ArcelorMittal busca mais parceiros no setor de energia

11/05/2023
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O acordo com a Casa dos Ventos, para um projeto de geração eólica de R$ 800 milhões no Ceará, foi apenas a primeira lufada. A ArcelorMittal pretende fechar outras parcerias para a produção de energia verde. A prioridade é por empreendimentos próximos aos sites da companhia siderúrgica no país, notadamente em Minas Gerais. Gradativamente a ArcelorMittal pretende “limpar” a maior parte da energia consumida por suas usinas no Brasil. De uma só tacada, o acordo com a Casa dos Ventos garantirá o equivalente a 38% das necessidades da siderúrgica até 2030.

#ArcelorMittal #Casa dos Ventos #Energia

Destaque

Suzana Kahn vai assumir Estratégia da Petrobras e reforçar transição energética para o baixo carbono 

10/05/2023
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A Petrobras vai dar mais uma firme sinalização de que os investimentos em transição energética são prioridade para a atual gestão. O RR apurou que Suzana Kahn vai assumir a gerência executiva de Estratégia e Planejamento da estatal, área responsável por submeter e conduzir os planos estratégicos de médio e longo prazos da companhia. Professora da Coppe/UFRJ, Suzana é muito respeitada no Brasil e no exterior. Integra o IPCC – sigla em inglês para o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Trata-se de uma indicação direta de Mauricio Tolmasquim, escolhido pelo governo para assumir a nova diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis da estatal. 

Anteriormente, Suzana Khan havia sido indicada para o Conselho de Administração da Petrobras, mas seu nome acabou não sendo aprovado na Assembleia Geral de Acionistas. Caberá à dupla Tolmasquim/Suzana conduzir os investimentos da companhia em energia limpa, uma área que perdeu punch na petroleira durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo a fonte do RR, Suzana será aprovada sem ressalvas no Background Check de Integridade, processo de verificação dos executivos indicados para cargos da alta administração da Petrobras.

#Energia #Jair Bolsonaro #Petrobras #Suzana Kahn

Energia

Aumento da alavancagem provoca faíscas na Eletrobras

15/03/2023
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O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, elegeu como prioridade a repactuação da dívida da companhia. A empresa estuda instrumentos financeiros para alongar o perfil do seu passivo, entre os quais a emissão de títulos. A venda de ativos considerados menos estratégicos também é cogitada, segundo informações apuradas pelo RR. Hoje, o endividamento de curto prazo da Eletrobras está na casa dos R$ 7 bilhões – de um passivo total em torno de R$ 55 bilhões. Um fator de preocupação é o acelerado crescimento do nível de alavancagem da empresa. No balanço de março de 2022, o último publicado ainda sob controle estatal, a relação dívida líquida/Ebitda era de 0,9. Em setembro de 2022, esse múltiplo rigorosamente dobrou. Segundo a fonte do RR, Ferreira Junior tem repetido reiteradas vezes que, pelo seu porte, a Eletrobras tem de ter o menor custo de capital do setor elétrico no Brasil. Consultada, a empresa não se manifestou.

#Eletrobras #Energia

Energia

Consórcio Nordeste sai à caça de investidores em energia renovável

14/03/2023
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Baqueado por denúncias de corrupção na compra de respiradores durante a pandemia, o Consórcio Nordeste está de “volta”. O pool de governadores – liderado por Jerônimo Rodrigues, da Bahia, e Elmano de Freitas, do Ceará – discute projetos conjuntos com o objetivo de atrair investimentos em geração renovável. Segundo a fonte do RR, os estados trabalham em um plano para a integração de linhas de transmissão no Nordeste, com o apoio do governo federal. Além de usinas eólicas e solares – vocação natural da região – os governadores começam a trabalhar, cada qual do seu lado, em projetos para a produção de hidrogênio verde. Jerônimo Rodrigues pretende aproveitar a viagem à China no fim do mês, na comitiva oficial do presidente Lula, para se reunir com empresas com empresas do setor. O Ceará, por sua vez, saiu na frente e já anunciou a instalação de um hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém, empreendimento orçado em mais de US$ 6 bilhões.  

#Consórcio Nordeste #Energia

Energia

Petrobras impulsiona novos investimentos em energia no Nordeste

16/02/2023
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A Petrobras, sob a gestão de Jean Paul Prates, terá um papel importante no desenvolvimento de projetos na área de energia no Nordeste. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, negocia com a direção da estatal o fornecimento de gás para a instalação de quatro térmicas na Zona de Processamento de Exportação do estado. Não é o único. O governador da Paraíba, João Azevedo, também costura com a empresa a garantia de entrega do combustível para a construção de duas termelétricas. As tratativas com a Petrobras envolvem o uso de instalações flutuantes no litoral dos dois estados com unidades de liquefação e armazenamento de gás natural.   

#Ceará #Elmano de Freitas #Energia #gás #governador #Jean Paul Prates #João Azevedo #Nordeste #Paraíba #Petrobras #térmicas

Política

Futuro governo quer desmontar o “GSI da Petrobras”

22/11/2022
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O nome do futuro presidente da Petrobras ainda é uma incógnita, mas uma de suas primeiras missões já está desenhada. Assessores do comitê de transição na área de energia ligados à estatal – como Deyvid Barcelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) – têm alertado sobre a necessidade de o PT desmontar logo na partida o aparelho de Inteligência instalado pelo governo Bolsonaro dentro da empresa. Conforme o próprio RR já revelou, esse bunker é personificado, sobretudo, na figura de dois militares: o coronel da reserva do Exército Ricardo Silva Marques e o capitão tenente da reserva da Marinha Carlos Victor Guerra Nagem. Dentro da estatal, ambos carregam a pecha de comandarem uma espécie de “estrutura de espionagem” a serviço direto de Bolsonaro.  

Silva Marques chefia a Gerência Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa, área que concentra os dados mais sigilosos dos funcionários da empresa. Nagem, por sua vez, bate ponto como assessor direto da presidência da companhia, com uma resiliência impressionante: já está no quarto CEO. Trata-se de um cargo de confiança. Normalmente assessores da presidência da Petrobras deixam o posto quando há uma troca de comando. Talvez a permanência de Nagem se explique pelo fato de que o seu chefe, de fato, não está na companhia, mas, sim, no Palácio do Planalto.

#Energia #Jair Bolsonaro #Petrobras #PT

Destaque

Ometto desponta como uma grande “potência energética” no próximo governo

14/11/2022
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O controlador da Cosan, Rubens Ometto, é candidato a ser no governo Lula, na área de energia renovável, o que a JBS se tornou na cadeia de proteína, a partir de primeira era do PT. Há fortíssimas ressalvas na comparação. Ometto vai colocar o grosso do dinheiro do seu bolso, e não da torneira financeira do BNDES. Quanto à diferença de métodos para obtenção de recursos entre o dono da Cosan e os irmãos Batista, controladores da JBS, a Lava Jato já contou o que havia para contar sobre esses últimos. O prestígio de Ometto com Lula é tanto que possivelmente ele seria guindado a um Ministério caso somente acenasse com a ideia ao amigo. Segundo o RR apurou, o presidente eleito pretende se reunir com Ometto ao voltar da COP 27, no Egito. Será um dos primeiros encontros de Lula com um empresário após a eleição, o que dá a medida do estreito relacionamento do dono da Cosan – ressalte-se que ambos já tiveram duas conversas reservadas durante a campanha. Ometto é visto como um personagem fundamental para os planos do novo governo de estimular fortemente a produção de energia limpa e de combustíveis verdes no Brasil. Ele é um cala boca para os críticos de que o governo Lula quer trocar a seiva do investimento privado pelo subsidiado investimento público. 

 

Vai ter muita grana do empresariado para as renováveis. Os números falam por si: na semana passada, a Raízen – joint venture entre a Cosan e a Shell – anunciou um investimento de R$ 6 bilhões na construção de cinco plantas de etanol de segunda geração. As atenções se voltam também para o hidrogênio verde. A Raízen desponta, desde já, como um dos potenciais candidatos a liderar alguns dos maiores projetos do setor no Brasil. O grupo fechou recentemente uma parceria com a USP com objetivo de desenvolver uma tecnologia capaz de transformar etanol em hidrogênio verde. E se alguém tem álcool de sobra no país é a dobradinha entre a Cosan e a Shell: são 35 usinas, com capacidade de produção de 3,5 bilhões de litros por ano.  

 

Fosse em outros tempos, o próprio Ometto e a Raízen seriam fortes candidatos a “cavalos vencedores”. A repetição desse velho modelo está fora de cogitação para o próximo governo Lula, conforme o RR já adiantou. O que não quer dizer que a Raízen não possa se favorecer de uma nova estratégia de incentivos para o aumento da inserção internacional do Brasil, focada em produtos – caso da energia verde – e não em empresas.   

#Cosan #Energia #Lula #PT #Raízen #Rubens Ometto

Negócios

A montadora do futuro vai produzir até automóvel

1/11/2022
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Uma das grandes montadoras do país pediu AGE para aprovar novo estatuto. As diretrizes são uma proxy da guinada que as empresas do setor muito provavelmente darão, em bloco. O aumento das novas atribuições no objeto da companhia conduz a mesma para um arco de atividades bem mais amplo do que a tradicional fabricação e montagem de veículos automotores e equipamentos, peças e acessórios.

A montadora vai incursionar na área de serviços de engenharia civil, como fiscalização de obras e elaboração de projetos. Em áreas mais próximas, trará para o seu core business a locação de veículos automotores. Há movimentos ainda mais inovadores, tais como o ingresso em atividades relacionadas à geração, distribuição de energia elétrica, e produção e comercialização de artefatos de material plástico, inclusive em 3D.

Provavelmente, a iniciativa busca a verticalização do negócio com carros elétricos. Um objetivo similar é a decisão o aumento da participação em outras sociedades industriais, comerciais ou civis como sócia, acionista ou quotista. A empresa em questão quer ser “dona” da sua cadeia de produção. Não deve ser tratado como um caso isolado. Esse parece ser o norte das “montadoras”. Ficar como está, não vai. O carro vai virar um bem locado, elétrico e com peças impressas em 3D.

#AGE #Carros elétricos #Energia


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“Embrapa do hidrogênio” entra no radar de Lula

30/09/2022
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Empresas do setor de energia encaminharam ao comitê responsável pelo programa econômico de Lula uma proposta que visa acelerar a transformação do Brasil em uma potência da geração renovável. A ideia que circula entre os assessores do ex-presidente é a criação de uma espécie de “Embrapa do hidrogênio”. Ou seja: uma empresa pública da área de pesquisa dedicada ao desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de hidrogênio verde, em parceria como a iniciativa privada. Se a Embrapa surgiu em 1973, em pleno governo militar, para garantir um modelo de agricultura e pecuária “genuinamente tropical”, caberia a essa estatal criar soluções para o aproveitamento das notórias potencialidades do Brasil para o setor.   

Um exemplo: hoje existem pesquisas no país para a produção de hidrogênio verde a partir da vinhaça, um resíduo proveniente do etanol. Essa “escória” sucroalcooleira é puro ouro para o setor energético: sua composição tem 95% de água. Basicamente, o hidrogênio verde é obtido a partir da quebra das moléculas da água por meio de um processo chamado eletrólise. A eletricidade necessária para essa transformação vem de fontes renováveis, como solar e eólica. O Brasil tem sol, tem vento e tem muita cana de açúcar. A cada litro de etanol – o país produz 28 bilhões de litros do biocombustível por ano – são obtidos dez litros de vinhaça. Os estudos em torno dessa técnica vêm sendo conduzidos pela USP e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com o Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), financiado pela Fapesp e pela Shell. A existência de uma “Embrapa do hidrogênio” teria o potencial de acelerar o desenvolvimento dessa e eventualmente de outras tecnologias.  

Até o momento, Lula tem sido razoavelmente econômico nas menções aos seus planos para a área de energia. Algumas das poucas citações ao tema têm sido feitas por Mauricio Tolmasquim, que ocupou cargos no Ministério de Minas e Energia no governo do petista e é um de seus principais assessores para o setor. Sem entrar em detalhes, Tolmasquim já afirmou que os planos de Lula passam pela construção de hidrelétricas de menor porte e usinas solares e eólicas. A proposta de criação da Embrapa do “hidrogênio verde” daria uma voltagem bem maior ao plano de governo do petista. Até porque os investimentos nessa matriz energética do futuro, fundamental para a transição para uma economia de baixo carbono, ainda são incipientes perto do potencial que se enxerga para o Brasil.  

Ainda assim, alguns projetos de porte já estão no pipeline. A Unigel vai investir cerca de US$ 120 milhões em uma planta na cidade de Camaçari (BA). A AES assinou um pré-contrato com o Porto de Pecém (CE) para instalar no local um hub de produção de hidrogênio verde com capacidade de até 2 GW. A australiana Fortescue também assinou um memorando de entendimentos com o governo do Ceará para investir US$ 6 bilhões em uma usina no mesmo complexo portuário. Há ainda a expectativa pela vinda de grandes fundos internacionais ESG. É o caso do VH Global Sustainable Energy Oportunities. O RR apurou que os ingleses querem se associar a projetos de hidrogênio verde no país. O VH Global, por sinal, já deu um primeiro passo em energia renovável no país: em parceria com a Paraty Energia, comprou a hidrelétrica Mascarenhas, até então pertencente à EDP.  

#Energia #Lula #Ministério de Minas e Energia #Unigel

Acervo RR

Energia renovável

26/09/2022
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A francesa Neoen planeja investir em energia renovável no Brasil, notadamente solar e eólica. A América Latina tornou-se uma peça importante na expansão internacional do grupo. Os franceses já têm negócios na Argentina, México e El Salvador.

#Energia #Neoen


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Chineses em alta voltagem

23/08/2022
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A SPIC (State Power Investment Corporation of China) está em conversações com o fundo Castlelake para a aquisição da Ibitu Energia. Segundo informação que circula no mercado, os norte-americanos pedem cerca de US$ 1,2 bilhão pela empresa. O pacote de ativos inclui cinco complexos eólicos no Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará, duas usinas de energia solar na Bahia e três hidrelétricas, localizadas em Minas Gerais, Mato Grosso e Santa Catarina. Consultadas pelo RR, SPIC e Ibitu não quiseram se manifestar. A aquisição representaria o maior investimento da SPIC no Brasil. O grupo chinês, que já tem negócios no país em geração térmica, hídrica e eólica, comprou recentemente dois projetos de energia solar da Canadian Solar. Ao todo, investirá cerca de R$ 2 bilhões na construção das usinas.

Segundo informações filtradas do Ministério de Minas e Energia, a CCCC (China Communications Construction Company) planeja investir em geração renovável no país. O ponto de partida será a instalação de usinas eólicas offshore no Nordeste, no rastro de um mercado promissor aberto pelo novo marco regulatório para o segmento. De acordo com a mesma fonte, os chineses já teriam iniciado gestões junto à Aneel e ao Ibama com o objetivo de viabilizar um primeiro projeto, no Rio Grande do Norte.

É só a fagulha inicial. Os planos da CCCC para o Brasil passam também pela energia solar, seja com investimentos no greenfield, seja com a compra de participações em projetos já maduros. Procurada pelo RR, a CCCC não se pronunciou. A CCCC é um dos maiores conglomerados de infraestrutura da China, com faturamento da ordem de US$ 80 bilhões por ano.

A empresa já tem negócios no Brasil: controla a Concremat, maior fabricante de concreto do país. A investida em energia no mercado brasileiro está vinculada a um projeto geoeconômico mais largo, que contempla outros países da América Latina. É o caso da Nicarágua, onde os asiáticos estão alocando cerca de US$ 100 milhões no projeto de energia solar El Hato.

#CCCC #Energia #Ibitu Energia #Ministério de Minas e Energia #Spic


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Conexão Pequim

15/06/2022
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A chinesa Goldwind, uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo, negocia um grande contrato de venda de equipamentos no Brasil. Do outro lado da mesa, está outro gigante chinês do setor elétrico, com investimentos em energia renovável no mercado brasileiro.

#Energia #Goldwind


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Corte de gastos

27/05/2022
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Bola dentro do governo Bolsonaro: segundo uma fonte da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, diversos órgãos da gestão federal têm feito consultas para a compra de energia no mercado livre. A economia para os cofres públicos pode chegar a 15%.

#Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia #Energia


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Boa notícia

17/05/2022
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O Texas Pacific Group (TPG) pretende investir em energia renovável no Brasil. Uma grande empresa de geração eólica já foi procurada. Trata-se de um retorno do TPG ao setor de energia no Brasil. A gestora, que administra US$ 120 bilhões, já foi dona da Evoltz, empresa de transmissão.

#Energia #Texas Pacific Group #TPG


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Portas abertas na Cemig

13/04/2022
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A Cemig está buscando parceiros para tocar projetos em geração renovável. Há conversas não só com empresas do setor elétrico, mas também fundos de private equity. A meta da estatal é aumentar a sua produção de energia limpa em um gigawatt até 2026, um investimento estimado em R$ 5 bilhões.

#Cemig #Energia


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Para onde vai a energia de Itaipu?

1/02/2022
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O governo do Paraguai quer que Itaipu passe a vender energia no mercado livre brasileiro, como forma de aumentar sua receita. Segundo o RR apurou, autoridades paraguaias já sinalizaram ao Ministério de Minas e Energia que levarão a proposta à próxima reunião do Conselho de Administração da hidrelétrica. Promessa de mais faíscas entre os dois países. A medida não conta com muita simpatia do governo brasileiro. A bola dividida com o Paraguai é tão delicada que as autoridades parecem estar cheia de dedos para abordar o assunto. Ao RR, o Ministério de Minas e Energia disse que o tema deveria ser tratado diretamente com Itaipu. A estatal, por sua vez, saiu pela tangente e informou que “a comercialização do excedente da margem paraguaia no Mercado Livre de Energia não é um tema de gestão direta da Itaipu, mas que cabe às altas partes contratantes (os governos dos países sócios do empreendimento).”

#Energia #Ministério de Minas e Energia


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Energia de sobra

25/01/2022
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A chinesa CGN Energy International vem mantendo conversações com o governo do Ceará para instalar um complexo de usinas eólicas no estado. O que não falta ao grupo é energia para investir no Brasil. Os asiáticos estão desembolsando R$ 1 bilhão na Bahia em projetos de geração renovável. E pagaram mais de R$ 3 bilhões por ativos energéticos da italiana Enel.

#CGN Energy International #Enel #Energia


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Energia verde

29/11/2021
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A chinesa Sinopec, que já atua em exploração e produção de petróleo no Brasil, tem planos de investir em energia renovável no país.

#Energia #Sinopec


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Racionamento com pandemia? É só o que falta

9/12/2020
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O RR teve acesso a um documento assustador, produzido pela RC Consultores (empresa do ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro), que trata do risco de um racionamento de energia no país. Os principais pontos são os seguintes:

  •  Enquanto o consumo de energia sobe, o nível dos reservatórios desce nas diversas regiões do país. No Sudeste, cuja estrutura de armazenamento representa 75% do sistema nacional, o nível está em apenas 16,87% da capacidade total, valor muito abaixo da média histórica para o período.
  • Os reservatórios do Sudeste perdem 0,3 ponto percentual de recursos a cada dia. Neste ritmo terminaremos 2020 com pouco mais de 11% da capacidade total. Nunca enfrentamos situação parecida no passado recente.
  •  A bandeira 2 vermelha pouco efeito terá. O maior número de pessoas trabalhando em casa reduz a eficiência do consumo de energia.
  • Caso não chova o suficiente nas regiões críticas e o consumo continue em alta, restará como saída a importação de energia ou até mesmo restringir o consumo espontâneo via preços ou racionamento.
  • É preciso ações rápidas e tempestivas por parte do governo, sob o risco de um novo racionamento energético vir a anular todo o esforço de recuperação econômica. Em tempo: o almirante Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, rechaçou qualquer possibilidade de racionamento, assim como negou interferência do governo na decisão da Aneel de reativar o sistema de bandeiras tarifárias, aplicando o nível vermelho patamar

#BNDES #Energia #Paulo Rabello de Castro #RC Consultores

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