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Infraestrutura

Em vez de gerar energia, lixões brasileiros viram uma usina de votos

23/07/2024
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A decomposição do lixo é uma das principais fontes de produção de metano, que contamina solos lençóis freáticos. As termelétricas movidas a lixo, chamadas de Usinas de Recuperação Energética (URE), são praticamente residuais no Brasil, apesar de dejetos não faltarem nas regiões urbanas. Até 2022, segundo a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), elas não passavam de três. A entidade considera que seria possível instalar pelo menos uma URE nas 28 regiões metropolitanas com mais de um milhão de habitantes. Juntas, elas seriam capazes de produzir o equivalente a 3% da energia brasileira. E mais: reduziriam o passivo ambiental, pois a emissão de qualquer poluente dessas unidades é quase zero. Fica a pergunta: por que não fazem? Não fazem por quê?
A questão não é só o valor do investimento ou o incentivo do governo. As UREs são também um desses casos nacionais híbridos, de corrupção e miséria, que misturam política com necessidade de sobrevivência. Os lixões são a maior fonte do gás metano, insumo gerador dessas térmicas. Nessas montanhas de lixo vive uma verdadeira população, que precisa dos dejetos para comer e se vestir. Esse grande número de pessoas tem a permanência assegurada com os lixões mantidos, porque eles são minas eleitorais. A garantia de que o lixão não será removido vale votos. É de alguma forma um curral eleitoral. No Rio, na área do Fundão, onde está localizada a Universidade Federal do Rio de Janeiro, chegou-se a construir um projeto piloto de URE. Não foi à frente, devido aos motivos citados. E o que é pior, com o apoio do alcaide da época. Mais o RR não diz.

#Energia #Lixões #Poluição

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