Tag: TST

Justiça

Decisão do TST pode ter impacto sobre a indústria do microcrédito

17/04/2024
  • Share

Uma recente sentença do Tribunal Superior do Trabalho pode ter razoável impacto sobre instituições de crédito e, consequentemente, sobre o custo de empréstimos, mesmo que residual. A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais do TST decidiu que empresas de microcrédito para micro e pequenos negócios têm de enquadrar os funcionários nas normas do Artigo 224 da CLT. Ou seja: a determinação equipara os empregados à categoria de bancários. O processo em questão envolvia a Finsol Sociedade de Crédito ao Microempreendedor. Com mais de R$ 2 bilhões de operações em crédito realizadas em 15 anos, a empresa reivindicava o direito de ser considerada uma cooperativa, sem vínculo trabalhista, o que a livraria do pagamento de encargos sobre a remuneração. A decisão da Subseção deve gerar jurisprudência para outros julgamentos similares na Justiça do Trabalho, com repercussão, portanto, sobre todas as empresas de microcrédito similares à Finsol.

#TST

Judiciário

Escolha do novo ministro do TST entra na reta final

21/03/2024
  • Share

Segundo um ministro do TST em conversa com o RR, o advogado Antonio Fabricio de Matos Gonçalves é dado na Corte como nome certo para constar na lista tríplice que será enviada ao presidente Lula, a quem caberá escolher o novo integrante da Corte. A votação no plenário do Tribunal está marcada para 22 de abril. Gonçalves encabeçou a lista de seis candidatos encaminhada pela OAB ao TST. O advogado tem notório prestígio entre seus pares. Já presidiu a Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas. Mas fazer parte da lista tríplice é uma coisa, ser o escolhido de Lula é outra. Gonçalves disputa cabeça a cabeça com o advogado Adriano Costa Avellino, que tem o apoio valioso de Arthur Lira.

#Antonio Fabricio de Matos Gonçalves #TST #votação

Justiça

É pouco juiz para muito tribunal

30/10/2023
  • Share

Há uma discussão na Justiça do Trabalho em torno de mudanças dos critérios de distribuição de juízes entre as Cortes Regionais. O pleito vem, sobretudo, de Tribunais de estados menores, que sofrem com o reduzido número de magistrados vis-à-vis o elevado volume de processos. Um exemplo usado é o do atual concurso do TST para juízes substitutos. Até o momento, são 269 aprovados. Some-se um novo certame que deverá ser realizado no início de 2024 para o preenchimento de outras 31 vagas disponíveis. Desse total de 300 juízes substitutos, TRT-1 (RJ), TRT-2 (SP) e TRT-3 (MG) receberão 164 deles. Ou seja: o trio concentrará 54% dos aprovados. Por sua vez, as outras 21 Cortes regionais terão de repartir entre si os demais 136 futuros magistrados. Ou seja, na média, pouco mais de seis novos juízes por Tribunal.   

#Justiça do Trabalho #TST

Destaque

“Invasão” do STF na esfera trabalhista criam fricção com o TST

17/08/2023
  • Share

Um dos primeiros desafios do ministro Luís Roberto Barroso, que assumirá a presidência do STF em 28 de setembro, será aparar arestas institucionais com o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Barroso chegará ao comando do Supremo em um momento de fricção entre as duas Cortes. Os seguidos avanços do STF sobre matérias de competência da Justiça Trabalhista – não raras vezes, derrubando decisões do próprio TST ou de instâncias inferiores – têm gerado mal-estar entre os integrantes da Corte superior do Trabalho.

Segundo um dos próprios ministros do TST relatou ao RR, um dos casos recentes que provocou maior incômodo ocorreu no último mês de maio, quando o ministro Alexandre de Moraes cassou decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, que havia reconhecido o vínculo de emprego de um motorista com a plataforma Cabify. A medida pode ter um efeito-cascata. Ainda que indiretamente, Moraes colocou em xeque sentenças já tomadas por diferentes Turmas do TST – notadamente a 3ª e a 8ª Turmas – atestando a relação empregatícia entre condutores e aplicativos de transporte.

Outra medida do STF que gerou insatisfação entre os togados do TST foi a anulação da Súmula 450, em agosto do ano passado. O Supremo declarou a inconstitucionalidade da Súmula, que era adotada pela Justiça do Trabalho desde 2014 – em linhas gerais, ela previa a obrigatoriedade do empregador pagar em dobro a remuneração de férias, inclusive o terço constitucional, sempre que o desembolso fosse feito fora do prazo de dois dias antes do descanso do trabalhador. A determinação do Supremo invalidou todas as decisões da Justiça do Trabalho não transitadas em julgado que aplicaram tal entendimento.

As sucessivas inflexões do STF sobre matérias da Justiça Trabalhista têm sido objeto de discussões entre a atual presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, e o presidente do TST, ministro Lelio Bentes Corrêa. A partir de setembro, o assunto vai cair no colo de Barroso. Diminuir os pontos de atrito ou de sobreposição entre as duas Cortes não é tarifa simples.

Alguns juristas consideram que o crescente protagonismo do STF na reinterpretação de matérias da Justiça do Trabalho é uma consequência da Reforma Trabalhista do governo Temer, que trouxe a reboque questionamento à constitucionalidade de algumas das novas normas da CLT. O argumento não encontra muito eco no Direito do Trabalho e, muito menos, entre os magistrados do TST. Na Corte, há um entendimento de que o STF, em muitos dos casos, tem extrapolado suas competências para matérias trabalhistas que não envolvem interpretação constitucional.

#Reforma trabalhista #STF #TST

Política

Arthur Lira entra pesado na sucessão do TST

19/07/2023
  • Share

O presidente da Câmara, Arthur Lira, está empenhado em fazer o futuro ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Lira articula com a cúpula da OAB – a começar pelo próprio presidente do Conselho Federal, Beto Simonetti – a inclusão do alagoano Adriano Avelino na lista sêxtupla que será enviada pela Ordem ao presidente Lula. Avelino é advogado de Lira. O pano de fundo é mais uma disputa entre os dois principais adversários da política alagoana. Renan Calheiros, desafeto do presidente da Câmara, tem um nome para a vaga no TST: o também advogado alagoano Fernando Paiva, ex-integrante do Conselho Federal da OAB.

#Arthur Lira #OAB #TST

Política

Lula vai pisar no Superior Tribunal Militar?

21/12/2022
  • Share

Assessores de Lula estão articulando uma visita do presidente eleito ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) ainda para esta semana. Desde que foi eleito, o petista já cumpriu agendas no STF, TSE, TCU e, mais recentemente no STJ, onde esteve na última segunda-feira. Entre as Cortes máximas do Judiciário, depois do TST, ficaria faltando apenas o Superior Tribunal Militar, um terreno mais delicado.

#Lula #TST

Justiça

Escolha do novo ministro do TST fica para o governo Lula

16/12/2022
  • Share

Da parte da OAB não há pressa alguma para votar a lista sêxtupla de onde sairá o nome do futuro ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A calculada lentidão empurrará para o governo Lula a escolha do substituto de Emmanoel Pereira na Corte. A sucessão do ministro ganha ainda mais importância devido à já manifesta intenção do presidente eleito de rever pontos da reforma trabalhista. A indicação de um nome mais alinhado ao futuro governo serviria também como um balanceamento diante da recente nomeação da juíza trabalhista Liana Chaib para o TST. Tida como uma jurista mais simpática ao presidente Jair Bolsonaro, Liana teve o apoio do ministro do STF, Kassio Nunes, o mais “bolsonarista” dos integrantes da Suprema Corte.  

#Jair Bolsonaro #Lula #OAB #TST

CLT ainda vale para algo

28/06/2022
  • Share

O TST deverá retomar em agosto, logo após o recesso do Judiciário, um julgamento com razoável impacto sobre o setor portuário. O Tribunal vai uniformizar a jurisprudência da Corte sobre a contratação de mão-de-obra para trabalhar em navios estrangeiros, objeto de idas e vindas de decisões desencontradas. Segundo o RR apurou, a tendência é que o TST bata o martelo determinando que os contratos de trabalho devem seguir a CLT e não a legislação do país da bandeira da embarcação. Centenas de processos em torno do tema correm nas instâncias inferiores da Justiça do Trabalho.

#CLT #Justiça do Trabalho #TST

Clã do peito

3/05/2022
  • Share

Eduardo Bolsonaro trabalha pela indicação do ministro do TST Ives Gandra da Silva Martins Filho para uma vaga no STJ. Como o nome sugere, trata-se do filho de Ives Gandra Martins, defensor da tese de que as Forças Armadas são o “Poder Moderador” da República e, portanto, poderiam até pedir o impeachment de ministros do STF.

#Eduardo Bolsonaro #STJ #TST

“Julgamento de Hipócrates”

29/04/2022
  • Share

Uma decisão recente do ministro Evandro Valadão, do TST, está provocando polêmica na Justiça Trabalhista e no Ministério Público do Trabalho. O togado deu ganho de causa à Bosch em ação movida por um funcionário da empresa que cobrava indenização por suposta doença ocupacional. O ponto central é que a decisão do ministro em favor da companhia se baseou em laudo produzido por um perito judicial citado na Operação Hipócrates. Deflagrada pelo MPF em 2016, a Operação investiga um esquema de venda de laudos periciais na Justiça do Trabalho. Em conversa com o RR, o TST informou que “nesse caso específico, não houve prova, nesse processo, da falsidade do laudo.” Em relação à possível suspeição do perito, a Corte esclareceu que “a lei não permite que, nesses casos, o Tribunal e seus integrantes votem com base em indícios ou notícias jornalísticas. É necessário prova (no caso técnica) ou sentença penal transitada em julgado.”

#Evandro Valadão #Ministério Público do Trabalho #TST

Questão trabalhosa

17/01/2022
  • Share

Lula tem buscado uma aproximação com ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Uma de suas principais pontes com a Corte é Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, vice-presidente do Tribunal e indicado em 2006, durante o governo do petista. A possível revisão de pontos da reforma trabalhista, uma agenda das mais delicadas, passa obrigatoriamente pelo TST.

#Lula #TST

Justiça do Trabalho

23/11/2021
  • Share

O que se diz nos corredores da Justiça do Trabalho é que o desembargador Sergio Pinto Martins, do TRT-2, de São Paulo, é o favorito do Palácio do Planalto para a vaga de ministro do TST. A lista tríplice enviada ao presidente Jair Bolsonaro tem ainda os nomes dos desembargadores Morgana Richa e Paulo Régis Machado Botelho.

#Justiça do Trabalho #Sergio Pinto Martins #TST

Coalizão no Judiciário

1/10/2021
  • Share

O STF e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) estão formando uma dobradinha em torno de uma matéria polêmica, que ainda vai dar muito pano para manga no Judiciário. Segundo uma fonte do TST, há entendimentos para que o Supremo ratifique decisões da Justiça Trabalhista permitindo que as empresas exijam de seus funcionários comprovante de vacinação contra a Covid-19. É bem provável que o assunto, cedo ou tarde, desague na Suprema Corte. Se, por acaso, perguntassem sobre o tema a Bolsonaro, já se sabe qual seria a resposta.

#Covid-19 #TST

Uma fatura previdenciária para o BB

10/09/2021
  • Share

A federalização de bancos estaduais, a maioria dos fim dos anos 1990, traz ônus ao governo até hoje. A Primeira Turma do TST reconheceu a competência da Justiça do Trabalho para julgar a ação civil pública em que funcionários do Banco do Brasil egressos dos antigos Banco do Estado do Piauí, Nossa Caixa e Banco do Estado de Santa Catarina reivindicam o direito de associação retroativa aos planos da Previ. Segundo fontes do TST, seriam grandes as chances de que a Corte dê ganho de causa aos trabalhadores. Com isso, o Banco do Brasil teria de arcar com parte da contribuição previdenciária desses funcionários. O prejuízo chegaria a algumas centenas de milhões de reais. Procurado, o BB disse ter conhecimento da posição do TST “por meio de publicação oficial” e que “está recorrendo da decisão.”

#Banco do Brasil #Previ #TST

Uma agenda na contramão do governo

27/08/2021
  • Share

O ministro do TST Luis Felipe Vieira de Mello Filho assumiu uma cadeira no Conselho Nacional de Justiça com uma prioridade: a criação de programas de formação profissional para presos. Vai ter de buscar aliados dentro e fora do CNJ. No governo Bolsonaro, essa agenda praticamente sumiu do mapa.

#CNJ #TST

Um magistrado entre generais

17/08/2021
  • Share

A presença do ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho no desfile de blindados da última terça-feira causou constrangimento entre seus pares no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Gandra foi o único representante do Judiciário a participar da solenidade. Por sinal, demonstrou um apoio ao presidente Jair Bolsonaro que não tem sido muito recíproco. O jurista chegou a estar cotado para a vaga de Marco Aurelio Mello no STF, mas foi preterido em favor de André Mendonça.

#Ives Gandra da Silva Martins Filho #TST

Sucessão no TST fica para depois

30/06/2021
  • Share

O RR apurou que, apenas em agosto, após o recesso do Judiciário, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai enviar ao presidente Jair Bolsonaro a lista tríplice de candidatos para a vaga do ex-ministro Walmir Oliveira Costa. Procurado pelo RR, o TST informou que “não há previsão de quando será enviada a lista”.

#Jair Bolsonaro #TST

Sucessão no TST

7/04/2021
  • Share

Foi dada a largada para a sucessão no Tribunal Superior do Trabalho, em substituição ao magistrado Marcio Eurico. Segundo o RR apurou, dez desembargadores estão na briga – a vaga é exclusiva para a categoria. Nos bastidores, a disputa foi abalada pela recente prisão do ex-presidente do TRT do Rio, Marcos Pinto da Cruz, que era tido como um nome forte. Além disso, um fator de apreensão dentro do TST é se o presidente Jair Bolsonaro seguirá a lista tríplice que será encaminhada ao Palácio do Planalto após a votação entre os 26 ministros da Corte.

#Marcio Eurico #TST

Deu tilt no TST

30/11/2020
  • Share

Oito meses após o início da pandemia, o Judiciário ainda dá mostras de não estar preparado para estes tempos. Na última quarta-feira, por exemplo, após sucessivas quedas do seu sinal de internet, a ministra Katia Magalhães Arruda, do Tribunal do Superior Eleitoral (TST), saiu de casa às pressas e foi até a sede da Corte para concluir a sessão de julgamentos. Não é a primeira vez que os magistrados do TST enfrentam o problema.

#TST

Shoppings contra o “vale-creche”

2/10/2020
  • Share

É grande a pressão das maiores empresas de shopping centers do país sobre a Justiça do Trabalho. O objetivo é brecar a obrigatoriedade dos shoppings oferecerem creches para os filhos de funcionárias de todas as suas lojas – um custo extra de alguns milhões. O “ovo da serpente” é um processo contra o Partage Shopping, de Campina Grande (PB) no TST – na semana passada, o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Alexandre Ramos. Ainda que, a rigor, a decisão não tenha efeito
vinculante, o temor das empresas do setor é que o veredito do TST passe a ditar o julgamento de casos similares em todas as Cortes do Trabalho do país.

#Partage Shopping #TST

TST vs. STF

1/09/2020
  • Share

O Tribunal Superior do Trabalho e o Supremo Tribunal Federal têm um embate marcado para o próximo dia 10. Nessa data, os ministros da Subseção Especializada em Dissídios Individuais do TST vão decidir se um ente da administração pública – uma estatal ou autarquia, por exemplo – pode ou não ser responsabilizado pelas obrigações trabalhistas de uma empresa terceirizada. Recentemente, o STF indicou que o Poder Público não deve responder por questões de terceiros na Justiça do Trabalho. No entanto, um dos ministros do TST garantiu ao RR que o entendimento da maioria da Corte vai na mão contrária.

#Supremo Tribunal Federal #TST

Muito além da sentença

2/06/2020
  • Share

Um importante julgamento do TST, na última semana, passou despercebido. A Corte decidiu que o deslocamento de um funcionário entre o hotel e o aeroporto, no caso de ele estar a serviço em outra cidade, deve ser computado como hora trabalhada. Os efeitos da sentença vão além. Advogados trabalhistas já interpretam que a decisão vai reforçar a legitimidade dos pedidos de indenização pelos chamados acidentes de trajeto, hoje um ponto controverso na Justiça do Trabalho.

#TST

Justiça do Trabalho já prevê a sua própria “pandemia”

1/04/2020
  • Share

A Justiça do Trabalho prepara-se para uma “pandemia” de ações, na esteira do novo coronavírus. Um dos principais fatores de preocupação entre os próprios ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho) é o regime de home office. Há um vácuo na legislação trabalhista em relação ao instrumento. Apesar de previsto no novo texto da CLT, promulgado em 2017, no governo Temer, o “teletrabalho” jamais foi regulamentado. Itens fundamentais como o pagamento de horas-extras não estão previstos na legislação. Em conversa com o RR, um dos ministros do TST foi categórico ao dizer que a questão está totalmente descoberta, dada a falta de jurisprudência e a existência de decisões conflitantes nas diversas instâncias da Justiça do Trabalho.

Por ora, no calor dos fatos, o que resta ao TST é trabalhar com paliativos, atacando não necessariamente o mérito do problema. Já existe uma força-tarefa na Corte com o objetivo de acelerar o julgamento de ações na Justiça do Trabalho e, com isso, abrir espaço nos tribunais para a torrente de processos que certamente virá na esteira do novo coronavírus e do seu impacto sobre as relações e os contratos trabalhistas. Segundo o RR apurou, os ministros do TST pretendem acelerar a implantação de novos instrumentos de conciliação. O principal líder desta pauta é o vice-presidente da Corte, Vieira de Mello Filho. Ele tem defendido a adoção imediata de aplicativos de mensagens eletrônicas e videoconferências para a mediação de acordos.

#Justiça do Trabalho #TST

Justiça do Trabalho busca uma “indenização” no Orçamento

3/02/2020
  • Share

A perda de importância relativa da Justiça Trabalhista, na esteira do esvaziamento da CLT, já está “precificada”. Neste momento, a grande preocupação dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) é evitar uma significativa redução da estrutura da própria Corte e dos tribunais regionais devido aos seguidos cortes orçamentários. A ministra Cristina Pedruzzi, que assumirá a presidência do TST em 18 de fevereiro, tem feito gestões junto à equipe econômica na tentativa de aumentar as verbas de custeio da Justiça do Trabalho. Conta com a especial colaboração do colega de Corte Ives Gandra da Silva Martins Filho, que goza de notório prestígio junto ao presidente Jair Bolsonaro – a ponto de ser tido como um dos nomes mais fortes para ocupar uma vaga no STF durante o mandato do Capitão. Procurado, o TST não se pronunciou.
Nos últimos dois anos, a Justiça do Trabalho precisou adotar medidas emergenciais para fechar as contas, como redução ou suspensão de programas e bolsas de estágio, contratos com terceirizados e redução do horário de expediente. O temor entre os ministros do TST é que o aperto orçamentário torne inevitáveis medidas mais contundentes para a contenção de custos. Há pelo menos três anos a ameaça de fechamento de tribunais regionais ronda a Justiça do Trabalho. O Orçamento do TST para este ano é de R$ 18,8 bilhões, 5% inferior ao do ano passado. O corte pode parecer pequeno dada a aridez fiscal do país. No entanto, mais de 88% desse valor estão comprometidos com o pagamento de pessoal. No caso das despesas primárias discricionárias, sem engessamento por rubrica, a redução em relação ao ano passado chega a 42% – a maior do Judiciário.

#TST

Vaga à vista na Justiça do Trabalho

15/01/2020
  • Share

O atual presidente do TST, Brito Pereira, confidenciou a pelo menos dois ministros da Corte que tem planos de se aposentar após transferir o comando do Tribunal para Cristina Peduzzi – a passagem de bastão se dará no mês que vem. Caso a decisão se confirme, seria a primeira nomeação do presidente Jair Bolsonaro para uma Corte superior, antecipando-se a outras sucessões que já estão no pipeline para este ano, casos do STM e, mais à frente, do próprio STF. O RR consultou o ministro Brito Pereira. Como resposta, a assessoria do TST disse que “não temos nenhuma informação a esse respeito”.

#TST

Racha no Tribunal do Trabalho

18/12/2019
  • Share

A polêmica decisão do ministro Ives Gandra de multar a Federação Única dos Petroleiros e outros nove sindicatos em R$ 32 milhões provocou um racha dentro do TST. Um dos artífices do recurso que suspendeu os efeitos da decisão de Gandra, o próprio presidente do Tribunal, João Batista Brito Pereira, trabalha para derrubar o veredito em definitivo.

#TST

A terceirização no “banco dos réus”

11/12/2019
  • Share

A Seção de Direito Individual 1 do TST deverá marcar para a próxima semana um julgamento bastante aguardado: em jogo, a decisão de quem é o responsável por fiscalizar os contratos de trabalho de terceirizados – sindicatos ou a própria empresa contratante. A questão é uma barafunda: há regras distintas entre o setor público e o privado. Neste último, cada corporação faz a sua própria lei. Apenas as empresas mais cautelosas têm adotado o expediente de incluir nos contratos cláusulas de fiscalização.

#TST

A lenta agonia da Justiça do Trabalho

17/10/2019
  • Share

Na prática, a PEC que propõe a extinção da Justiça Trabalhista já entrou em “vigor”. Levantamento do TST, prestes a sair do forno e ao qual o RR teve acesso, aponta um déficit de aproximadamente cinco mil servidores nos tribunais do Trabalho do país. A situação tende a se agravar em 2020. O orçamento do Judiciário para o ano que vem já aprovado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prevê um corte de aproximadamente R$ 1 bilhão nos recursos disponíveis para as varas do Trabalho. Ou seja: algo como 6% a menos do que as verbas de 2019. Com as aposentadorias previstas e o turnover natural, é possível que o déficit de pessoal se aproxime de seis mil vagas.

#TST

Um tributo ao “Pai dos pobres”

26/09/2019
  • Share

Um alento para os trabalhadores. A 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) está questionando a constitucionalidade do artigo 79 da “nova CLT”, promulgada no governo Temer. Ele obriga o trabalhador, mesmo com direito à gratuidade judiciária, por comprovada falta de recursos, a pagar honorários advocatícios quando não consegue provar o seu direito perante os tribunais. O assunto será levado ao plenário do TST em breve. Ressalte-se que a questão também é objeto de julgamento no STF em uma das 21 ações diretas de inconstitucionalidade contra a CLT em tramitação na Corte. O ministro Edson Fachin já deu seu voto contrário ao artigo 79.

#TST

Vargas no banco dos réus

19/08/2019
  • Share

A 6ª Turma do TST deverá julgar, ainda nesta semana, uma ação que diz respeito diretamente ao bolso do trabalhador – e mais até do desempregado. A Corte decidirá se cabe ou não o pagamento de honorários advocatícios ao autor derrotado de uma ação trabalhista que declare condição de pobreza. Trata-se de um legado da Era Temer e da desconstrução das leis trabalhistas. Uma emenda discretamente enxertada na nova CLT, de 2017, tornou o desembolso obrigatório, se, no prazo de dois anos, ficar comprovado que o assalariado obteve algum valor no processo, mesmo que muito inferior à indenização solicitada. Se a 6ª Turma julgar a exigência inconstitucional, o assunto vai para o pleno do TST para o veredito final.

#TST

Varejo ganha um empurrão do TST

4/07/2019
  • Share

Por vias oblíquas, o Tribunal Superior do Trabalho tomou uma decisão que deverá estimular as contratações temporárias no varejo, setor que cortou aproximadamente 300 mil empregos nos últimos cinco anos. Na semana passada, o TST deu ganho de causa à Lojas Renner em uma ação que se arrastava há 11 anos. A Suprema Corte do Trabalho considerou legal a prática da empresa de abater do rateio da comissão paga a vendedores com carteira assinada o valor gasto na contratação de funcionários temporários. O veredito deverá ter impacto sobre todo o varejo. Embora o julgamento não tenha força-vinculante, a decisão foi proferida pela Seção de Direito Individual do TST, que tem por atribuição uniformizar a jurisprudência da Corte. Ou seja: outras redes varejistas passariam a ter o mesmo direito, reduzindo os gastos com o pagamento de funcionários.

#TST

Pepsico “cria” jurisprudência

17/05/2019
  • Share

Um recente veredito do TST contra a Pepsico estabeleceu uma nova e importante jurisprudência na justiça trabalhista. As oito turmas da Corte vão passar a seguir a decisão firmada pela Subseção de Direitos Individuais 1 do TST, que determinou a reintegração e uma indenização de R$ 200 mil por danos morais a um executivo demitido pela fabricante de alimentos. Em sua defesa, a Pepsico atribuiu a dispensa a corte de gastos. No entanto, o executivo conseguiu associar a sua demissão a um diagnóstico de câncer de próstata. O ministro Cláudio Brandão, relator do processo, entendeu que caberia à empresa provar que a dispensa não foi “discriminatória” ou “motivada por preconceito”.

#Pepsico #TST

Legado Vargas em alto-mar

17/04/2019
  • Share

Uma decisão aparentemente prosaica estabeleceu uma nova e importante jurisprudência na Justiça Trabalhista. Na semana passada, a Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que um funcionário de um cruzeiro marítimo a serviço da agência Pullmantur, demitido durante uma viagem, terá de receber indenização com base na CLT, mesmo estando em águas internacionais e em um navio de bandeira estrangeira (no caso, de Malta). Das demais oito turmas do TST, sete passarão a seguir a mesma decisão. Apenas a Quarta Turma do TST já se manifestou que seguirá usando o critério antigo, que observa a bandeira da  embarcação. De toda a forma, pelo andar da legislação trabalhista, o alto-mar está se tornando mais seguro do que a terra firme.

#TST

Um velho conhecido do CNJ

8/04/2019
  • Share

O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Emmanoel Pereira é tratado por seus pares na Corte como pule de dez para ocupar um assento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O mandato do atual representante do TST no órgão, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, se encerra no próximo mês de agosto. Pereira tem familiaridade com o CNJ. Seu filho, o advogado Emmanoel Campelo de Souza Pereira, integrou o Conselho como representante da Câmara dos Deputados. Na ocasião, foi indicado pelo então presidente da Casa, Henrique Alves, tragado pela Lava Jato. Em tempo: em 2012, o próprio Emmanoel Pereira quase virou alvo do CNJ. À época, por oito votos a seis, o plenário rejeitou a abertura de processo contra o ministro, acusado de manter um servidor-fantasma em seu gabinete no TST.

#CNJ #TST

A estreia de Bolsonaro nos tribunais superiores

1/04/2019
  • Share

Pode ser que o objetivo não seja esse, mas, se Jair Bolsonaro cravar a indicação do desembargador Paulo Ricardo Pozzolo para o Tribunal Superior do Trabalho (TST), estará fazendo um movimento de distensão das relações com o Judiciário e um gesto de aproximação com Gilmar Mendes. Pozzolo, apontado como favorito para o TST, é ligado a Mendes, com quem trabalhou no Conselho Nacional de Justiça. A eleição para a lista tríplice que será encaminhada a Jair Bolsonaro está marcada para a próxima quarta-feira. Além de Pozzolo, há outros 21 candidatos. Ressalte-se que esta será a primeira nomeação de Bolsonaro para um tribunal superior – a indicação deverá ser formalizada até o fim de maio. Em tempo: um indicativo do favoritismo de Pozzolo para o TST são as movimentações já em andamento para substitui-lo no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná – o nome tido como o mais forte para ocupar a sua cadeira é o da juíza Morgana Richa.

#Gilmar Mendes #Jair Bolsonaro #TST

Dia quente no TST

20/03/2019
  • Share

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) se reúne hoje para decidir se o Art. 702 da “nova CLT” é ou não constitucional. Parte importante da reforma trabalhista estará em jogo. O Artigo estabeleceu mudanças nas regras para a edição de súmulas, incluindo o quórum mínimo necessário em cada Corte para a fixação de jurisprudências.

#TST

TST: pauta recheada de polêmica

29/01/2019
  • Share

O reinício das atividades dos tribunais superiores, na sexta-feira, colocará em pauta a movimentação de mais de uma centena de bilhões de reais TST será uma das vedetes. Uma das ações prontas para ir a julgamento diz respeito à correção dos débitos trabalhistas. No ano passado, o STF reiterou que o fator a ser utilizado não pode ser a Taxa Referencial e sim o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E). Ocorre que a nova CLT (artigos 897 e 899), sancionada em 2017 por Michel Temer,
restabeleceu a TR.

Milhares de processos estão paralisados na Justiça do Trabalho aguardando uma decisão. Que deve sair logo. O ministro Cláudio Brandão já disponibilizou para a pauta um processo que envolve a questão. Outra ação de grande repercussão diz respeito ao contrato de trabalho temporário. Na nova CLT, o tema está impreciso. As empresas fornecedoras de mão de obra por tempo determinado alegam que não estão alcançadas pela regra.

O ministro Philippe de Mello Filho tem voto liberado de uma ação que envolve o assunto. Finalmente, terá ainda o plenário de 27 ministros que decidir quais enunciados de sua jurisprudência serão alterados em função da CLT. A primeira proposta na Corte era modificar a jato todos os postulados. A medida, contudo, não é factível, visto a necessidade de se ouvir todos os tribunais regionais. Tem ainda a constitucionalidade – ou não – do artigo 702 da Lei 13.467/2017 (que prevê novas regras para o funcionamento do próprio TST). Dispositivo polêmico desde o berço (quando o projeto de lei chegou ao Congresso). Para magistrados e especialistas, o Executivo e o Legislativo interferiram no Poder Judiciário, ao estabelecer até como se convoca uma sessão do tribunal (com 30 dias de antecipação, sustentação oral das partes relacionadas e aprovação por dois terços do plenário). Alguns ministros do TST afirmam que o artigo 702 “não faz sentido”, outros como o ex-presidente Ives Gandra Martins Filho, preferem a expressão “inconveniente”, todos se referindo à polêmica questão.

#TST

Risco de caos sobrevoa os aeroportos brasileiros

27/11/2018
  • Share

O Natal de 2018 poderá reeditar o caos nos aeroportos registrado em março de 2004 e reprisado exatamente três anos depois. O RR não pretende fazer nenhum tipo de alarde, mas, simplesmente, alertar para o risco de repetição da desordem causada, respectivamente, pela paralisação da Polícia Federal e pela greve dos controladores aéreos. As imagens de filas intermináveis nas áreas de embarque e atrasos de mais cinco horas em voos permanecem na memória.

A ameaça desta vez vem dos aeronautas, que já acenam com uma paralisação no período das festas de fim de ano diante do impasse relacionado ao acordo coletivo da categoria. Hoje, em Brasília, haverá uma nova tentativa de negociação entre o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Até agora, no entanto, as tratativas sequer saíram do chão. Em assembleia na semana passada, os aeronautas recusaram a proposta de reajuste de 3% para pilotos, co-pilotos e comissários. Já se sabe que o índice é inferior à variação do INPC dos últimos 12 meses (o percentual exato será divulgado pelo IBGE na próxima semana).

Outro ponto de discórdia são as diárias dos trabalhadores em serviço: por ora, as companhias aéreas se recusam a reajustar os valores. Estão programadas para a próxima quinta-feira assembleias dos tripulantes em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Campinas. Na ocasião, os trabalhadores vão deliberar sobre o encaminhamento de uma contraproposta às companhias, além de traçar os próximos passos. A possibilidade de paralisação no fim do ano deverá ser discutida de forma mais contundente.

Antes mesmo do período de festas, o impasse nas negociações já poderá causar os primeiros efeitos na operação dos aeroportos. O SNA enviou ofício às empresas, à Anac, ao Ministério do Trabalho e ao Ministério Públicodo Trabalho chamando a atenção sobre questões que poderão afetar as escalas de trabalho dos aeronautas a partir de 1º de dezembro, data base da categoria, caso o acordo não seja assinado até a próxima semana. Em tempo: os funcionários das empresas de táxi aéreo também estão em período de renegociação salarial. Os trabalhadores deverão apresentar uma proposta de acordo amanhã.

#SNA #TST

Todos os direitos reservados 1966-2024.