Tag: OAB

Judiciário

Sucessão no TST vira um cara e coroa entre Lira e Pacheco

25/04/2024

Dependendo do ponto de vista, a lista sêxtupla da OAB para a escolha…

#Arthur Lira #OAB #Rodrigo Pacheco

Política

O jogo de cena do PT na sucessão de Flavio Dino

15/12/2023
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O PT colocou um novo nome sobre a mesa para assumir o Ministério da Justiça, o ex-presidente da OAB, Wadih Damous. Só pode ser uma artimanha da base aliada de Gleisi Hoffmann dentro do partido, sugerindo uma indicação ainda mais nonsense para fazer parecer que a ida da presidente do PT para a Justiça tem algum nexo. Atualmente, Damous ocupa a Secretaria Nacional do Consumidor, um cargo de reduzida expressão na estrutura do próprio Ministério. Em tempo: o ex-presidente da OAB é chapa de Lindbergh Farias, namorado de Gleisi.

#Flavio Dino #Ministério da Justiça #OAB #PT #Wadih Damous

Justiça

Caso Marcius Melhem opõe estrelas do direito penal

18/10/2023
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O rumoroso caso do humorista Marcius Melhem virou pano de fundo de um conflito entre pesos-pesados do direito penal. De um lado, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de atrizes que acusam Melhem de assédio sexual; do outro, Técio Lins e Silva, que defende o comediante. Kakay foi condenado pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-RJ. No entendimento do colegiado, o criminalista ofendeu os advogados de Melhem ao dizer que sua defesa era feita em cima de “tentativas de obstrução e ataques”. A OAB-RJ aplicou pena de “censura” em Kakay, convertida em advertência, sustentada pelo próprio Lins e Silva. Há ainda um terceiro protagonista neste enredo: Felipe Santa Cruz, ex-presidente da OAB, que defendeu Kakay diante do Tribunal de Ética. Ele será investigado pela corregedoria da Ordem e também poderá sofrer uma infração disciplinar, com base no Código de Ética da entidade. Há um entendimento de que, na condição de ex-presidente do Conselho Federal, Santa Cruz estaria proibido de atuar como advogado em processos em tramitação na OAB.

#Marcius Melhem #OAB

Política

Arthur Lira entra pesado na sucessão do TST

19/07/2023
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O presidente da Câmara, Arthur Lira, está empenhado em fazer o futuro ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Lira articula com a cúpula da OAB – a começar pelo próprio presidente do Conselho Federal, Beto Simonetti – a inclusão do alagoano Adriano Avelino na lista sêxtupla que será enviada pela Ordem ao presidente Lula. Avelino é advogado de Lira. O pano de fundo é mais uma disputa entre os dois principais adversários da política alagoana. Renan Calheiros, desafeto do presidente da Câmara, tem um nome para a vaga no TST: o também advogado alagoano Fernando Paiva, ex-integrante do Conselho Federal da OAB.

#Arthur Lira #OAB #TST

Justiça

A indústria do tabaco tem seu favorito para o STJ

30/06/2023
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Não será por falta de acesso qualificado aos principais gabinetes de Brasília que o advogado Marcio Fernandes, um dos votados na lista sêxtupla da OAB, perderá a disputa pela vaga no STJ. Fernandes foi diretor jurídico e de compliance da BAT Brasil, a antiga Souza Cruz, que, historicamente, tem uma das mais ativas e competentes estruturas de lobby empresarial do Brasil – lobby, ressalte-se, no melhor padrão americano. Para a BAT, nada mais oportuno do que ter entre os togados do STJ um nome mais sensível aos pleitos da indústria tabagista – o que, no Brasil, é o mesmo que dizer aos pleitos do próprio grupo. Além da eterna questão do contrabando, há temas iminentes de interesse do setor que poderão passar pelo Judiciário, como o aumento da tributação dos cigarros e liberação de produtos derivados da cannabis. 

#BAT #OAB #STJ

Justiça

José Eduardo Cardozo entra na disputa por vaga no STJ

24/04/2023
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O nome do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, circula no Palácio do Planalto como candidato a assumir uma cadeira no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em substituição ao ex-ministro Felix Fischer. A vaga, ressalte-se, é destinada à advocacia – a OAB vai elaborar uma lista sêxtupla que será enviada ao presidente Lula. Desde que deixou o governo, Cardozo é sócio do escritório Celso Cordeiro e Marco Aurélio Carvalho, em São Paulo. Sua nomeação poderá representar um curioso dueto nos tribunais superiores, com a presença de dois advogados de presidentes da República petistas. Se Cristiano Zanin, forte candidato ao STF, comandou a defesa de Lula na Lava Jato, Cardozo advogou para Dilma Rousseff no processo de impeachment.

#José Eduardo Cardozo #OAB #STJ

Justiça

OAB do Maranhão busca apoio de Dino contra possível intervenção

27/03/2023
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Em meio aos ataques criminosos no Rio Grande do Norte e à megaoperação da PF contra o PCC, uma questão provinciana bateu à porta do ministro da Justiça, Flavio Dino. Dirigentes da OAB do Maranhão – sua “jurisdição” – teriam requisitado a intercessão de Dino para debelar uma crise institucional e política na entidade. Um grupo de advogados do estado formalizou ao Conselho Federal da OAB um pedido de intervenção na seccional maranhense, assim como o afastamento de toda a sua diretoria. A alegação é que dirigentes e conselheiros da OAB do Maranhão estão ocupando cargos comissionados no governo estadual, o que seria uma violação ao Estatuto da Advocacia e da Ordem. Em contato com o RR, o Conselho Federal da OAB confirmou que “recebeu um pedido de afastamento de integrantes da referida seccional e está tomando os encaminhamentos cabíveis ao processo.” Também procurada, a OAB do Maranhão não se pronunciou. 

Há acusações de que as nomeações de dirigentes da OAB maranhense para cargos de confiança no estado seriam uma moeda de troca, uma prebenda oferecida pelo governador Carlos Brandão em busca de apoio ao advogado Flavio Vinicius Costa, seu candidato ao posto de desembargador no Tribunal de Justiça do Maranhão. A interveniência de Dino é vista na OAB do estado como fundamental para debelar o risco de intervenção na entidade. Queira ou não queira, o enredo naturalmente trisca no ministro da Justiça, aliado do atual governador do Maranhão e principal fiador da sua vitória eleitoral. 

#Flavio Dino #OAB #PCC #Rio Grande do Norte

Justiça

Escolha do novo ministro do TST fica para o governo Lula

16/12/2022
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Da parte da OAB não há pressa alguma para votar a lista sêxtupla de onde sairá o nome do futuro ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A calculada lentidão empurrará para o governo Lula a escolha do substituto de Emmanoel Pereira na Corte. A sucessão do ministro ganha ainda mais importância devido à já manifesta intenção do presidente eleito de rever pontos da reforma trabalhista. A indicação de um nome mais alinhado ao futuro governo serviria também como um balanceamento diante da recente nomeação da juíza trabalhista Liana Chaib para o TST. Tida como uma jurista mais simpática ao presidente Jair Bolsonaro, Liana teve o apoio do ministro do STF, Kassio Nunes, o mais “bolsonarista” dos integrantes da Suprema Corte.  

#Jair Bolsonaro #Lula #OAB #TST

De volta à toga?

12/08/2022
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Wilson Witzel está em campanha para voltar ao Judiciário. O ex-juiz tem articulado com antigos colegas da magistratura a sua indicação para a vaga de desembargador no TRF2, aberta com a ida de Messod Azulay para o STJ. A cadeira em questão “pertence” à OAB pelo Quinto Constitucional.

#OAB #Wilson Witzel

Alexandre de Moraes quer liderar pacto nacional contra fake news

6/07/2022
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O ministro Alexandre de Moraes quer marcar sua posse na presidência do TSE, em agosto, com a assinatura de um pacto nacional contra as fake news. O acordo reuniria diversos setores, como empresas de mídia, redes sociais, partidos políticos e entidades da sociedade civil, a exemplo da OAB, entre outras. Todos firmariam o compromisso de combater e denunciar a disseminação de informações falsas durante a campanha. O convite às legendas partidárias daria um tom ainda mais forte à medida, além de funcionar como um constrangimento natural às siglas que eventualmente se recusem a participar do pacto. Procurado pelo RR, o ministro Alexandre de Moraes não se pronunciou. A dois meses da eleição, a iniciativa seria uma dura mensagem com endereço certo, vinda de um dos ministros do STF que mais atazanam o clã Bolsonaro. Cabe lembrar que Alexandre de Moraes é o relator do inquérito das fake news no STF, que mira em Bolsonaro e seus filhos.Ou seja: do ponto de vista político, ainda que o objetivo não seja esse, o pacto seria um prato cheio para o PT usar na campanha.

#Alexandre de Moraes #Fake News #Jair Bolsonaro #OAB #PT

Cordão amazônico

29/04/2022
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O governo do Amazonas está tentando angariar a adesão de instituições, como a CNI e a OAB, à Ação Direta de Inconstitucionalidade movida no STF contra o decreto que reduziu o IPI em 25% em todo o país. Essas entidades entrariam no processo na condição de “amicus curiae”. Ressalte-se que pode piorar: Paulo Guedes já fala em um corte do imposto de 35%.

#Amazonas #CNI #OAB #Paulo Guedes

O candidato de Flavio Bolsonaro

7/04/2022
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No TJ-RJ circula a informação de que, nos últimos dias, emissários de Flavio Bolsonaro têm feito um corpo a corpo junto a desembargadores da Corte. O objetivo seria angariar votos para o advogado Vitor Marcelo Aranha Rodrigues, candidato ao cargo de desembargador pelo quinto constitucional da OAB. A votação, marcada para o próximo dia 11 de abril, será secreta, conforme o RR antecipou com exclusividade em 22 de março.

A candidata de Augusto Aras

A subprocuradora Lindôra Araújo é o nome do momento no Ministério Público Federal. Além de indicá-la para o cargo de vice procuradora da República, Augusto Aras trabalha nos bastidores para emplacar a candidatura de Lindôra ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMPF). Trata-se de um movimento estratégico para o PGR, que corre o risco de perder influência dentro do colegiado com o fim dos mandatos de Mario Bonsiglia e Nívio de Freitas. Ambos costumam votar alinhados a Aras. Em 2020, não custa lembrar, Lindôra chegou a se candidatar ao CSMPF, mas saiu da disputa após uma suposta tentativa de interferência na força-tarefa da Lava Jato.

#Augusto Aras #CSMPF #Flavio Bolsonaro #Lindôra Araújo #Ministério Público Federal #OAB

Um furo a mais no caixa da OAB?

31/01/2022
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A Associação Nacional dos Analistas, Técnicos e Auxiliares do Poder Judiciário e do Ministério Público da União estuda entrar com uma ação no STF para livrar as respectivas categorias do pagamento obrigatório de anuidade à OAB. Seria uma perda a mais na arrecadação da Ordem. Os defensores públicos já conseguiram na Justiça isenção do pagamento à OAB.

#Ministério Público da União #OAB

O Plano B de Paes

18/01/2022
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Eduardo Paes confidenciou a um importante parlamentar, fonte do RR, que já trabalha com a possibilidade de apoiar o nome do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, para o Senado. A candidatura ao governo do Rio está custando a decolar.

#Eduardo Paes #OAB

Falta combinar com Eduardo Paes

26/11/2021
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O secretário de Fazenda do município do Rio, Pedro Paulo, está empolgado com a ideia de ser candidato a vice-governador do estado, em 2022, na chapa de Claudio Castro. O problema é conseguir o imprimatur do seu padrinho político, Eduardo Paes, que, a princípio, não abre mão da candidatura do atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.

#Claudio Castro #Eduardo Paes #OAB

Data venia

29/04/2021
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A OAB nacional deverá entrar com pedido no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que o órgão proíba a suspensão de prazos dos processos físicos. A medida, que vem sendo adotada por diversos tribunais, ameaça causar um efeito dominó, com o represamento de ações e das decisões judiciais.

#OAB

A pandemia não poupa ninguém

4/02/2021
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Pela primeira vez em uma década, houve uma queda do total de advogados aptos a exercer a profissão no Brasil. Na última segunda-feira, segundo o RR apurou, a OAB contabilizava 1.208.391 profissionais inscritos, 269 a menos do que no dia 4 de janeiro. Em termos absolutos, a diferença é um átimo, mas de grande valor simbólico. Na esteira da pandemia e da crise econômica, houve retração no número de cadastrados em 17 Estados. Em 2020, o total de novos inscritos na Ordem foi de 34 mil advogados, bem abaixo da média anual de 50 mil novos profissionais registrada entre 2015 e 2019.

#OAB

Kassio Nunes é uma “ameaça” a mais para a OAB

21/10/2020
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Antes mesmo de sua posse, o futuro ministro do STF Kassio Nunes já desponta como possível fiel da balança de um dos casos mais polêmicos em tramitação no Supremo: o julgamento que decidirá se a OAB deve ou não prestar contas ao TCU. Segundo informações filtradas pelo RR junto à Corte, Nunes já teria sinalizado ser favorável à tese de que o Tribunal de Contas da União tem, sim, poderes para fiscalizar as finanças da Ordem. Não por acaso, a ala “pró-OAB”, à frente Luis Roberto Barroso e Edson Fachin, trabalha na tentativa de acelerar a votação e concluir o julgamento antes da posse de Nunes.

Na outra ponta, estão Marco Aurelio Mello e Gilmar Mendes, os mais empenhados em protelar a decisão até que o novo ministro assuma sua cadeira, trazendo junto seu voto. Trata-se de um processo com fortes pitadas políticas. O que está em jogo é uma possível fragilização da OAB, com a perda da autonomia financeira da entidade.

Em 2018, o TCU decidiu que a Ordem se submeter às suas regras de fiscalização a partir de 2021. A OAB entrou com um mandado de segurança e o caso foi parar no Supremo. O voto de Nunes pode fazer diferença no resultado final, tamanha a divisão que o tema provoca na Corte. O assunto é tão controverso e delicado que o processo foi tirado da pauta virtual do STF. O julgamento será concluído no plenário, com votação presencial. Por ora, o placar está um a um: Marco Aurelio Mello já declarou voto favorável à fiscalização do TCU sobre a OAB; Fachin foi na mão oposta. Segundo informações auscultadas pelo RR junto a um dos gabinetes do Supremo, além de Luis Roberto Barroso, Carmen Lucia e Rosa Weber também seriam partidários da ideia de que a independência da OAB deve ser preservada. Já Dias Toffoli e Luiz Fux estariam no lado contrário.

#Dias Toffoli #Kassio Nunes #Luiz Fux #OAB #STF

TRF4 é um “tribunal de exceção”

23/03/2020
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OAB vai recorrer ao ministro Dias Toffoli, presidente do Conselho Nacional de Justiça, para que ele determine o fechamento do Tribunal Regional Federal da 4a Região. Trata-se do único TRF do país que ainda mantém audiências presenciais mesmo com o alastramento do novo coronavírus. A Ordem dos Advogados solicitou a suspensão das atividades ao próprio presidente do TRF4, desembargador Victor Laus, mas ele decidiu manter as sessões para “evitar o risco de prescrições de processos”. Ressalte-se que a Corte é responsável pelo julgamento dos recursos da Lava Jato.

#Dias Toffoli #OAB

Baixa audiência

6/02/2020
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Apesar de toda a celeuma em todo do assunto, o juiz de garantias parece não sensibilizar as mais diferentes instâncias de representação e poder do Direito e da Justiça. Ao menos a julgar pelo quórum da audiência pública sobre o assunto no STF, convocadas por Luiz Fux. A cerca de um mês da data prevista, apenas uma entidade de peso se inscreveu: a OAB.

#Luiz Fux #OAB #STF

Ministério da Justiça é um síndico ausente na “cadeia da peste”

29/01/2020
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Se dependesse da OAB, do governo de Roraima e de entidades da área de diretos humanos, Jair Bolsonaro já teria criado um “Ministério da Gestão Penitenciária” tirando essa atribuição das mãos de Sergio Moro. O ministro tem sido criticado pela postura diante do surto de uma grave doença de pele na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em intervenção federal e, portanto, sob a alçada da Pasta da Justiça desde janeiro de 2019. Segundo fonte do MP-RR, apenas na semana passada o Ministério começou a averiguar o caso in loco, com o envio de dois funcionários do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para Roraima.

A enfermidade começou a ganhar destaque na imprensa a partir de 18 de janeiro, no entanto o assunto é de conhecimento das autoridades desde setembro do ano passado, quando a OAB-RR denunciou o surto ao Ministério Público do estado. O episódio ultrapassa até mesmo os limites das péssimas condições carcerárias do país. Uma bactéria tem deformado partes dos corpos de presidiários de Monte Cristo. Há casos de decomposição de mãos, braços e pernas de detentos. Ao menos 30 presos já foram diagnosticados com a doença. No estado, a Pamc já ganhou o cruel apelido de “cadeia da peste”.

Procurado, o Ministério da Justiça não se pronunciou. Sergio Moro determinou a intervenção na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo após uma rebelião que deixou 33 mortos. De fato, de lá para cá, não se registrou novo confronto de facções criminosas. Neste quesito, ponto para o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. O que não quer dizer que o local esteja livre de barbáries. A penitenciária mais lembra uma masmorra medieval. Com capacidade para cerca de 500 presos, abriga quatro vezes mais, em torno de 2.100 detentos. A própria OAB e a Defensoria Pública de Roraima têm feito seguidas denúncias à Justiça sobre as condições insalubres da cadeia.

#Jair Bolsonaro #Ministério da Justiça #OAB #Sérgio Moro

OAB vs. Ministério Público

27/12/2019
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A queda de braço entre a OAB e o Ministério Público terá um novo round. Segundo um integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) informou ao RR, o colegiado não deverá sequer aceitar a iminente denúncia do presidente da Ordem, Felipe Santa Cruz, contra o procurador da República Wellington Divino. O advogado de Santa Cruz, Antonio Carlos de Almeida Braga, já anunciou que vai entrar com uma representação contra Divino, por abuso de autoridade. O procurador é o responsável pela acusação de crime de calúnia contra Santa Cruz, que se referiu ao ministro Sergio Moro como “chefe de quadrilha”.

#Ministério Público #OAB

Não há democracia que misture Bolsonaro, Santa Cruz e Maia no mesmo balaio

16/08/2019
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No dia 19 de agosto, próxima segunda-feira, quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, atravessar a linha demarcatória entre a calçada e o prédio localizado na Quadra 5, Lote 1, Bloco M, para participar como convidado especial da reunião do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), estará sendo firmada uma ponte entre o presente e o passado, que liga assuntos desconfortáveis a assuntos desconfortáveis. Maia não fará um desagravo somente a Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, militante da Ação Popular (AP) desaparecido em 22 de fevereiro de 1974 sem ter tocado em uma arma de fogo. Fernando é pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, que protagoniza uma batalha campal com Jair Bolsonaro.

O presidente da OAB repudia a tortura, e o presidente da República acata a prática em “situações de guerra”. Ainda que silenciosamente, Maia estará fazendo um desagravo também às origens do seu pai, Cesar Maia, nascido em 28 de fevereiro de 1948, militante da organização Corrente, ligado a Carlos Marighela, participante da luta armada e considerado um “perigoso subversivo” pelo regime militar. Se Cesar não tivesse escapado para o exílio, não é improvável que Rodrigo, então com dois anos, tivesse apenas memórias distantes do pai. Rodrigo Maia vai à OAB falar em nome dos mortos e dos desaparecidos, dos exilados, contra os apologistas da tortura e em favor dele mesmo. O presidente da Câmara, que vem sendo chamado de “Sr. Democracia” nos corredores do Congresso, encontrou seu mote de campanha: uma improvável bandeira dos direitos humanos, em uma luta ainda mais improvável pelas causas humanistas que dispensa a presença da esquerda. Rodrigo Maia vs. Jair Bolsonaro.

Trata-se de um embate entre conservadores, com participação especial dos grupos progressistas. Junto com a OAB naturalmente se perfilam a ABI, a CNBB e, possivelmente, o Clube de Engenharia, entre outras organizações da sociedade civil. No lado da direita anti-bolsonarista, o “novo democrata” do DEM, Rodrigo, e todos seus bluecaps. E na extrema da extrema, a força de um presidente da República, a maior parte dos seus colaboradores – notadamente os militares da reserva – e os conservadores da bala, ruralistas e outros grupos de reconhecida afinidade. Se for procedente a frase atribuída ao general Eduardo Villas Bôas, Bolsonaro poderia contar ainda com 300 mil homens armados.

Melhor desconfiar da veracidade da declaração. Em um determinado momento, Rodrigo Maia até tentou colocar panos quentes na situação. Articulou com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, uma distensão através do Congresso. Ninguém teria de estender a bandeira branca. Bastava somente os parlamentares serem convencidos. O primeiro seria a deputada Joice Hasselmann. Ela teria de ser dissuadida a levar adiante a ideia do projeto de lei propondo a extinção da contribuição anual obrigatória dos advogados à Ordem. Em outro front, o governo deveria frear o PL do deputado José Medeiros (Pode/MT), que prevê o fim do Exame da Ordem como exigência para inscrição na OAB. O cenário, porém, foi se radicalizando, e Rodrigo foi enxergando ali uma jazida. O confronto entre a Ordem e a extrema direita, digamos assim, é um desserviço à Nação. Mas atende de alguma forma a interesses múltiplos. A OAB de Felipe Santa Cruz ressurge pontificando a resistência aos ventos fortes do autoritarismo. Rodrigo Maia vai poder fazer um pêndulo entre o DEM e as forças progressistas, um enredo que nem nos seus mais distantes sonhos foi possível. O real, real mesmo, sem viés, nu e cru, pode ser traduzido na curta frase ao RR do ex-presidente da OAB Roberto Busato: “O ataque é um dos mais graves que a instituição passou, fruto do radicalismo exacerbado, tanto da esquerda como da direita”. No ponto.

#Felipe Santa Cruz #Jair Bolsonaro #OAB #Rodrigo Maia

A Justiça no “banco dos réus”

6/08/2019
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O STF e a OAB têm um duelo marcado para setembro, provavelmente com a derrota da Ordem. Segundo fonte do próprio Supremo, o ministro Dias Toffoli deverá pautar para o mês que vem o julgamento da ação impetrada pela entidade questionando a legalidade da Vara coletiva criada do Tribunal de Justiça de Sergipe para processos contra o crime organizado. De acordo com a fonte do RR, a tendência é que o STF corrobore a constitucionalidade do modelo adotado pelo TJ-SE, confirmando decisão anterior da própria Corte.

O caso, ressalte-se, vai além das fronteiras do Judiciário sergipano. O que está em jogo é a legalidade da atuação de outros tribunais estaduais que instituíram ou pretendem instituir Vara coletiva. O TJ do Ceará tem um colegiado nos mesmos moldes. Os TJs do Pará, Rondônia, Sergipe e do DF já editaram resoluções prevendo a criação de varas coletivas.

A controvérsia jurídica não vem de hoje. Em 2012, o STF declarou a constitucionalidade da própria Vara coletiva do TJSE, mas impôs restrições a sua atuação, notadamente em crimes de homicídio. A OAB alega que o colegiado de três juízes, instituído por questões de segurança do magistrado, contraria lei federal. Neste caso, apenas o juiz que se sentir em risco poderia requerer auxílio de colegas para um veredito em conjunto, diluindo a responsabilidade individual sobre a pena.

#Dias Toffoli #OAB #STF

O santo é outro

24/05/2019
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A declaração do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, em redes sociais criticando as fake news causou grande transtorno. Na postagem, ele disse “Ao menos sei quem é meu pai. Os ‘filhos da puta’ não costumam saber”. Ocorre que os internautas desavisados confundiram Santa Cruz com o General Santos Cruz, provocando um alvoroço nas mídias digitais. A menção injuriosa foi entendida como um recado dirigido a outros personagens, notadamente Olavo de Carvalho.

#Felipe Santa Cruz #OAB

Críticas e desagravos opõem togados e ex-fardados

5/04/2019
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Há uma óbvia relação entre o ato de desagravo ao Supremo Tribunal Federal na última quarta-feira e o editorial da nova edição da Revista do Clube Militar. O manifesto de apoio da “sociedade civil” ao STF – que uniu da OAB à CNBB e ao Conselho de Pastores, passando por Fiesp e Força Sindical – ocorreu poucos dias após a publicação entrar em circulação com o editorial intitulado “Ditadura da Toga?”. No texto, o presidente do Clube Militar, General de Divisão Eduardo José Barbosa, faz duras críticas à decisão do STF de que processos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à prática do “caixa 2” devem migrar para a Justiça Eleitoral.

O General afirma que “fica evidente uma ofensiva contra a Operação Lava Jato, deixando a suspeição de haver uma disputa pelo poder no âmbito do próprio Judiciário ou uma tentativa de ‘favorecer a defesa dos corruptos’”. No editorial, o presidente do CM classifica como “uma atitude presunçosa, arrogante e, mesmo, raivosa” a decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, que determinou a abertura de inquérito “para apurar contestação, ofensa, crítica ou ameaça” contra os ministros da Corte e seus familiares. “Por que não se pode criticar ou contestar?”, questiona o General Barbosa. Por sua vez, segundo informações correntes, o ato “espontâneo” de desagravo ao STF teria sido organizado pelos ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. O cenário é de uma “guerra fria”.

É importante que se faça algumas ressalvas. O STF não representa o Judiciário, em que pese ser a mais alta Corte do país. O Clube Militar, por sua vez, não vocaliza os militares da ativa, não obstante representar todos os oficiais que passaram pelo Exército, o que não é pouca coisa. Consultado pelo RR se o editorial em questão configura uma crítica a um episódio específico, o chamado julgamento do “caixa 2”, ou se trata de uma avaliação negativa do comportamento recente do STF, o CM respondeu que “Ambos”. Perguntado se planeja outras manifestações publicas neste sentido, o Clube Militar disse “Talvez”.

O RR também entrou em contato com o STF, que não quis se pronunciar sobre o episódio. Pode ser que seja apenas um jogo de cena, mas uma fonte do Supremo disse à newsletter que não reconhecia qualquer importância na manifestação do General Barbosa. Ao se referir à posição do Clube Militar, em tom irônico o interlocutor chegou a se utilizar da frase proferida pelo ministro Ricardo Vélez ao mencionar o “guru” Olavo de Carvalho e suas seguidas interferências na Pasta da Educação: “Não passam de fenômenos meteorológicos.

#OAB #Operação Lava Jato #STF

Defensores públicos vão ao Supremo

28/03/2019
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As defensorias públicas estão em campanha junto ao STF. Tentam sensibilizar a Suprema Corte a acelerar o julgamento da ação indireta de constitucionalidade sobre a taxa anual que seus integrantes são obrigados a pagar à OAB. Usam como argumento o fato de que o defensor público é um funcionário do Estado e só pode advogar para a população desassistida. No ano passado, o pleito ganhou fôlego com a decisão do STJ de que os advogados no exercício de cargos na Defensoria não precisam de inscrição prévia na Ordem. Falta o veredito do Supremo.

#OAB #STF

Campanha da situação na OAB-RJ é um elogio à perfídia

29/06/2018
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A OAB-RJ está sendo palco de uma disputa florentina para a escolha do candidato da situação que disputará as eleições de novembro. Os pré-candidatos Marcelo Oliveira e Luciano Bandeira sentam-se à mesa com o cardeal, Felipe Santa Cruz – sumo patriarca da entidade desde 2013, sucedendo a Wadih Nemer Damous Filho – em cadeiras de espaldar alto de forma a evitar punhaladas na nuca. Bandeira odeia Oliveira, que odeia Bandeira. Santa Cruz dá corda aos dois. Como não chega a ser raro nas sucessões da OAB-RJ, a proximidade com o dinheiro é um fator determinante para definição da disputa.

Bandeira é tesoureiro da entidade. E Oliveira comanda a Caixa de Assistência dos Advogados do Rio de Janeiro (CAARJ). O atual alcaide da OAB-RJ também é egresso da CAARJ. Até aí, nada de mais, dinheiro procura dinheiro desde sempre. Tudo na perfeita ordem legal. A reparar, apenas o uso do expediente de sístole e diástole da OAB-RJ no repasse para a CAARJ dos recursos recolhidos, um gerador de maior ou menor congraçamento entre os presidentes das duas instituições. Segundo se pode apurar, Marcelo Oliveira não tem queixas de uma maior retenção de verbas.

O que chama mais a atenção, contudo, é a animosidade entre os dois postulantes. Oliveira guarda mágoa por ter sido expulso do escritório de advocacia de Bandeira. E estaria fazendo campanha difamatória na academia, onde tem grande acesso. Bandeira, para não deixar barato, é acusado pelo adversário de plantar nota depreciativa na imprensa. O confronto se dá faltando cerca de cinco meses da eleição. Raras vezes se viu uma situação tão inamistosa na disputa pelo comando da entidade. Do jeito que está, o maior aliado da oposição são mesmo os candidatos duelistas. Cabe a Santa Cruz sair do muro e definir o escolhido para ser príncipe.

#OAB

Segunda ordem

30/11/2017
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Na OAB, o senso comum é que o STF empurrará para 2018 o julgamento da ação que trata da prisão ou não de condenados em segunda instância. Em agosto, o ministro Marco Aurélio Mello garantiu que levaria o caso a plenário ainda neste ano, mas até agora a questão está parada no Supremo. A ação impetrada pela própria OAB pede a suspensão da execução antecipada da pena após condenação em segunda instância. Por motivos notórios, esta é uma questão que pode vir a fazer toda a diferença nas eleições de 2018.

#OAB #STF

Excesso de zelo

15/09/2017
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O presidente da OAB, Cláudio Lamachia, tem sido criticado por alguns de seus pares no Conselho devido à suspensão cautelar do registro do ex-procurador Marcelo Miller. Não obstante a aparente gravidade do caso, o entendimento é que a decisão foi rápida demais. Há quem lembre, inclusive, de José Dirceu, que, guardadas as devidas proporções, manteve seu registro durante meses, mesmo após ser preso.

#OAB

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