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Agronegócio

Produtores de fumo tentam brecar queda dos preços na próxima safra

20/09/2023
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Os grandes produtores de fumo do Brasil estão recalibrando o tamanho da safra 2023-24. A própria Associação dos Fumicultores do Brasil tem orientado agricultores a não elevaram a área plantada e o número de pés por hectare. O objetivo é evitar um aumento excessivo da oferta e consequentemente uma forte queda das cotações no próximo ciclo. Além das exportações, os produtores miram também na sempre dura negociação de preço com as fabricantes de cigarros do país, leia-se BAT, Philip Morris e o “resto”.

A medida tem um caráter emergencial diante dos pesados prejuízos que os fumicultores têm acumulado na atual safra. Em algumas regiões do Rio Grande do Sul, onde estão as maiores plantações do país, mais de 20% das lavouras foram devastadas pelo ciclone que passou pelo estado há duas semanas. Na atual safra, a situação só não foi pior por conta do aumento das exportações para a Índia – algo em torno de 6% – devido à seca que assolou o país asiático.

#BAT #Philip Morris

Justiça

A indústria do tabaco tem seu favorito para o STJ

30/06/2023
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Não será por falta de acesso qualificado aos principais gabinetes de Brasília que o advogado Marcio Fernandes, um dos votados na lista sêxtupla da OAB, perderá a disputa pela vaga no STJ. Fernandes foi diretor jurídico e de compliance da BAT Brasil, a antiga Souza Cruz, que, historicamente, tem uma das mais ativas e competentes estruturas de lobby empresarial do Brasil – lobby, ressalte-se, no melhor padrão americano. Para a BAT, nada mais oportuno do que ter entre os togados do STJ um nome mais sensível aos pleitos da indústria tabagista – o que, no Brasil, é o mesmo que dizer aos pleitos do próprio grupo. Além da eterna questão do contrabando, há temas iminentes de interesse do setor que poderão passar pelo Judiciário, como o aumento da tributação dos cigarros e liberação de produtos derivados da cannabis. 

#BAT #OAB #STJ

Destaque

Como a BAT pretende reagir à mordida do Imposto Seletivo

12/06/2023
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Dessa vez, o medão do Fisco chegou ao topo do termômetro da BAT (British American Tobacco). Os funcionários, o elo frágil da correia, já se organizam para ver o que fazer com a inevitável demissão em massa na companhia. O ministro Fernando Haddad anunciou que o governo vai mesmo lançar o Imposto Seletivo (IS), que grava os produtos prejudiciais à saúde. No balaio do IS cabem baratas e lagartixas. Entre elas, com certeza estarão os cigarros. O RR acompanha de perto essa novela desde 2016, no governo Temer, quando surgiram os primeiros raios de uma tributação mais pesada sobre o tabaco. Posteriormente, na gestão Bolsonaro, o então ministro Paulo Guedes chegou a ensaiar a criação do “Imposto do Pecado”, que incidiria sobre cigarros, cigarros, bebidas alcoólicas e produtos com adição de açúcar. A antiga Souza Cruz conseguiu se safar de todas as investidas. Agora, ao que tudo indica, não há mais rota de escape. O Imposto Seletivo, segundo fonte do RR, levará a três movimentos reativos por parte da BAT Brasil: os dois primeiros, de curto prazo, serão intensificar o lobby – legítimo diga-se de passagem – para combate ao contrabando de cigarros pelo Paraguai (que caiu, por sinal) e sofisticar suas operações de arbitragem nas exportações e importações. Sabe-se que depois de Lula e das falecidas empreiteiras, quem tem mais carinho por Cuba é a BAT. A empresa às vezes importa mais para o Brasil, as vezes exporta, e tem uma joint venture com o governo cubano – à Brascuba Cigarrillos, em associação com a Tabacuba. A Brascuba é uma caixa preta. A empresa também produz os cigarros da mítica marca Cohiba.  

O terceiro movimento, esse mais estratégico e trancado a sete chaves, é como surfar a inexorável disseminação da cultura do cânhamo – leia-se maconha. Não se trata de um pensamento simplório de que a BAT vai fazer o “lobby do baseado”, para produzir e comercializar cigarros da erva. Até pode ser em algum dia, mas não está na mira agora. O que está no foco é o canabidiol, substância extraída da maconha, cujas várias bulas possíveis indicam da cura da isquemia ao calo do pé, entre dois milhões e quinhentas enfermidades. Ironias à parte, o canabidiol tem base científica e vai invadir o mercado. A BAT é que tem a melhor estrutura já montada para plantio, escoamento e logística do insumo do novo super remédio. Pode ficar somente nesta atividade primária como também verticalizar a produção e fabricar o canabidiol, em uma empresa subsidiária ou associada com um dos laboratórios que estão surgindo com vocação de líderes no setor.  Consultada pelo RR, a BAT Brasil não se pronunciou.

Ressalte-se que a BAT já tem feito investidas nessa direção em diversos países. No ano passado, por exemplo, comprou uma participação na empresa alemã Sanity Group, fabricante de produtos à base de cannabis. Em 2021, adquiriu um pedaço da Organigram, uma das líderes do setor no Canadá. É essa combinação de fatores que Aldous Huxley não teve tempo de incluir na sua obra “Admirável Mundo Novo”. Cuba, BAT, maconha, canabidiol e Brasil e uma eventual maresia entorpecedora. Seria cômico se não estivesse próximo de se transformar em real. 

#BAT #Fernando Haddad #Paulo Guedes

Negócios

BAT e Japan Tobacco travam um cabo de guerra com produtores de fumo

27/12/2022
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As negociações entre os fabricantes de cigarro e grandes produtores de fumo em torno dos preços do tabaco para a safra 2022-2023 entraram em um impasse. A indústria está jogando pesado. A Japan Tobacco International, por exemplo, propôs uma correção, em relação ao valor atual, insuficiente para bancar os custos de produção e apenas 5% de adicional a título de produtividade. A BAT, por sua vez, sequer colocou uma oferta sobre a mesa e pressiona pela manutenção dos preços da safra passada. 

#BAT #Japan Tobacco International

Combate ao contrabando é a obsessão da Souza Cruz

13/02/2020
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O presidente da Souza Cruz, Liel Miranda, recebeu da BAT, controladora da empresa, uma missão tão ou mais importante do que vender cigarro. A companhia está se transformando em uma espécie de Departamento de Inteligência, voltado a dar suporte às autoridades no trabalho de repressão ao contrabando. A Souza Cruz é hoje uma empresa bastante focada em assuntos poli-ciais e fiscais, quer seja através de informações, quer seja por meio de lobby ou facilitações para lubrificar o processo de caça aos contrabandistas.

Miranda é o homem certo, no lugar certo e, principalmente, na hora certa. Executivo da empresa há 25 anos, é um quadro de absoluta confiança da inglesa BAT. Talvez nenhuma outra corporação no país se empenhe tanto no apoio ao combate ao crime. A Souza Cruz é uma espécie de agência paraestatal no enfrentamento ao ingresso ilegal de tabaco pelas fronteiras brasileiras. A gestão de uma empresa tão peculiar, não raras vezes, deixa ruídos pelo caminho. Ainda hoje, nos corredores da Souza Cruz, há algo além de vãs baforadas de nicotina em relação ao abandono da presidência da companhia pelo italiano Andrea Martini.

Na crônica mais recente, a versão é que ele começou a enxergar bem mais do que imaginava por entre as nuvens que encobrem as operações da gigante monopólica empresa tabagista. Como Martini estava havia cinco anos na companhia – deixou o cargo em 2017 – ou foi algum fato que não recebeu sua concordância ou foi por medo mesmo de algo que estivesse fugindo ao seu controle. À época, a empresa, não custa lembrar, foi lacônica no anúncio da sua saída.

É sabido que Martini vinha reclamando com a matriz da contenção de investimentos, que vinham sendo retidos sob o argudo aumento do contrabando e das projeções baixas de crescimento do PIB do país. Consultada, a Souza Cruz não quis se pronunciar. O certo é que foi Martini que deixou a Souza Cruz e não saído por ela. Mas como tende a ser com os executivos demasiadamente informados sobre os intestinos da empresa, sua quarentena está se dando dentro do próprio grupo. Martini ocupa um cargo pomposo – Chefe Global de Ativação de Consumidor e Trade Marketing da British American Tobacco –, mas tem sua capacidade de decisão bem mais tolhida do que gostaria. Está cumprindo etapa.

#BAT #Souza Cruz

BAT tem plano para recuperar ex-fumantes no Brasil

26/09/2018
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O mês de abril de 2019 começará com uma novidade no topo da cadeia tabagista mundial. O brasileiro Nicandro Duarte, conforme as melhores práticas corporativas de alternância da gestão, deixa o cargo de CEO da British American Tobacco (BAT), controladora da Souza Cruz. No seu mandato constam vários sucessos, destacando-se a aquisição completa da Reynolds American. Duarte utilizou com grande sucesso o período de juros baixos ao redor do mundo para fechar o capital de várias subsidiárias da BAT.

No Brasil, a Souza Cruz deixou a Bolsa em 2015, quando o câmbio estava bastante favorável à operação. Uma jogada que parecia espetacular acabou se tornando uma dor de cabeça em razão do crescimento do mercado informal de cigarros. Com as dificuldades da economia brasileira e a queda no número de consumidores devido ao aumento exagerado da tributação, a Souza Cruz foi reduzindo a sua contribuição para os resultados globais da BAT. Para os ingleses da BAT, como está não pode ficar.

A expectativa na empresa, segundo uma fonte do RR, é que Duarte, um profundo conhecedor do mercado brasileiro, deixará para o seu sucessor um verdadeiro presente. Ou seja, um projeto que será a principal razão, nunca dita, para o fechamento de capital da Souza Cruz: e-cigarrettes. Anunciaria a boa nova antes de abril. Será algo bem diferente das saídas convencionais aventadas para a situação inglória da empresa.

#BAT #Souza Cruz

BAT in Brazil

31/05/2017
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O board da BAT se reúne nesta semana no Brasil. A Souza Cruz representa aproximadamente 13% do faturamento do grupo.

#BAT #Souza Cruz

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