Tag: Transnordestina
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Infraestrutura
Falta quase tudo para construção da Transnordestina em Pernambuco
1/10/2024O ministro dos Transportes, Renan Filho, festejou, na semana passada, a contratação das empresas que serão responsáveis pelos projetos básico e executivo da Transnordestina entre Suape e Salgueiro, em Pernambuco. No entanto, a celebração está mais para uma cortina de fumaça, com o objetivo de encobrir os atrasos, problemas e incertezas que cercam a construção do trecho, a começar pela pergunta principal: de onde virá o dinheiro? Até agora, o governo só disponibilizou R$ 450 milhões para o início das obras, o equivalente a pouco mais de 10% do orçamento total, superior a R$ 4 bilhões. A promessa é que o restante sairá do Orçamento da União. O empreendimento também carece de cronograma – o Ministério dos Transportes diz apenas que as obras serão iniciadas no ano que vem. Além disso, há dúvidas ainda em relação à viabilidade econômico-financeira desse ramal entre o Porto de Suape e a cidade de Salgueiro. Não por outro motivo, a CSN, responsável pela construção da Transnordestina, devolveu a concessão desse trecho à União, jogando o problema no colo do governo.
Infraestrutura
Onde está o trem-pagador da Transnordestina?
29/07/2024Segundo o RR apurou, nos últimos dias, o governador do Ceará, o petista Elmano de Freitas, falou com Deus e o mundo em Brasília para viabilizar a liberação de recursos do Banco do Nordeste (BNB) para a Transnordestina, leia-se CSN. Cobrou do ministro da Casa Civil, Rui Costa; procurou o ministro dos Transportes, Renan Filho; e bateu até na porta de Fernando Haddad, na Fazenda, a quem o BNB é subordinado. Nada de conseguir destravar a tranche de R$ 1 bilhão que está prometida há meses. Qualquer hora dessas, Benjamin Steinbruch aciona o velho amigo Aloizio Mercadante, e os dois vão direto ao Planalto falar com quem manda. Ah, sim, as obras da Transnordestina voltaram a atrasar, agora no Ceará. Mas isso é para rodapé de página. Notícia mesmo seria se o cronograma estivesse no prazo.
Esclarecimento: A Transnordestina Logística (TLSA) entrou em contato com o RR para esclarecer que “Os recursos do FDNE em negociação nada mais são do que empréstimos diretos para a TLSA e o grupo CSN é o garantidor das operações, assumindo todos os riscos.”. A empresa informou ainda que “Já são mais de 930 km de ferrovia de primeiro mundo construída, o que certamente mudará toda economia da região Nordeste. Hoje a obra gera mais de 2,5 mil empregos diretos com possibilidade de alcançar até 8 mil ainda este ano.”
Destaque
CSN espera mais um “trem-pagador” na Transnordestina
22/04/2024Quase 18 anos depois do início das obras, o único vagão que cruza a Transnordestina é o “trem-pagador” da União. O RR apurou que a CSN, responsável pela construção da ferrovia, está perto de obter a liberação de mais uma tranche de recursos públicos para o projeto. As tratativas conduzidas pela Transnordestina Logística (TLSA), controlada pela siderúrgica, envolvem um financiamento de R$ 3,6 bilhões junto ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). De acordo com a mesma fonte, o contrato deverá ser assinado até junho. Em conversa com o RR, a CSN confirmou a negociação. Segundo a empresa, o dinheiro será usado para “compor o funding e finalizar as obras”.
Até o momento, a construção da ferrovia já consumiu mais de R$ 7,5 bilhões – fora o R$ 1,5 bilhão gasto com juros e amortizações. E ainda falta outro tanto para a montagem desse complexo quebra-cabeças logístico e financeiro.
Ao RR, a CSN informou que, para a conclusão da fase 1, ainda serão necessários R$ 6,3 bilhões, dos quais R$ 811 milhões já foram liberados. São 1.040 quilômetros entre o Porto de Pecém (CE) e o município de Paes Landim (PI), com início da operação previsto para 2027. A conclusão da Fase 2 – o trecho de 166 quilômetros entre Paes Landim e Eliseu Martins, também no Piauí – ainda precisará de R$ 1,5 bilhão. Bem, o que a CSN mais tem atualmente é trânsito junto ao governo e, mais especificamente, ao BNDES.
Benjamin Steinbruch tem uma relação quase fraternal com Aloizio Mercadante, presidente do banco. Logo após a eleição de Lula, inclusive, Mercadante chegou a sondar o empresário para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Como se não bastasse o cartaz de Steinbruch, a CSN conta também com uma “escolta política” para acelerar o novo empréstimo da União. Os governadores do Ceará e do Piauí, respectivamente Elmano de Freitas e Rafael Fonteles, ambos petistas, têm desempenhado um papel importante junto ao Palácio do Planalto para a liberação dos recursos.v
Infraestrutura
Uma peça a mais no quebra-cabeças da Transnordestina
11/03/2024O RR apurou que a Infra S/A vai lançar até maio o edital para a construção do trecho da Transnordestina entre Salgueiro e o Porto de Suape, em Pernambuco. A publicação já foi adiada por duas vezes. São 548 quilômetros que caíram no colo do governo depois que a CSN decidiu esquartejar o projeto original da ferrovia e devolver um pedaço da concessão. O Tesouro já liberou R$ 450 milhões para o início das obras. Só faltam R$ 4,5 bilhões…
Infraestrutura
Transnordestina entrega mais um pouquinho de trilhos
16/02/2024A interminável Transnordestina prossegue no seu pinga-pinga. A concessionária TSLA, leia-se CSN, se comprometeu com o ministro dos Transportes, Renan Filho, a entregar até o início de março mais 50 km da ferrovia, entre os municípios de Iguatu e Acopiara. Garante ainda que também no próximo mês iniciará as obras de construção dos 102 km entre Acopiara e Quixeramobim, que englobam os trechos 4 e 5 do projeto. Os novos avanços se devem menos ao caixa da CSN e mais aos cofres da União. Há dois meses, a TSLA recebeu um financiamento de R$ 811 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
Infraestrutura
Afinal, a Transnordestina vai chegar a Pernambuco?
24/07/2023O ministro dos Transportes, Renan Filho, tem sido pressionado pela governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, a encontrar uma solução para o impasse da Transnordestina, especificamente o trecho entre Salgueiro e Suape. Raquel reivindica o apoio financeiro do governo federal para o projeto, a começar por um empréstimo do Banco do Nordeste. O custo de implantação do trecho, de 206 quilômetros, está estimado em aproximadamente R$ 5 bilhões. O empreendimento depende ainda de uma renegociação do contrato com a CSN. A siderúrgica comprometeu-se a concluir as obras entre Eliseu Martins (PI) e Pecém (CE), mas empurrou para o lado o ramal entre Salgueiro e Suape. No entanto, ainda há uma amarra: pelo aditivo firmado com a CSN, há uma espécie de algema: o trecho dentro de Pernambuco só pode ser entregue a um investidor privado em 2027. Ou seja: até lá, o projeto tem de ser tocado exclusivamente pelo governo federal, a menos que a companhia de Benjamin Steinbruch abra mão definitivamente da concessão entre Salgueiro e Suape. A julgar pela inapetência histórica da CSN em avançar com o empreendimento, talvez seja isso mesmo que ela queira.
Infraestrutura
Financiamento para a Transnordestina demora a entrar nos trilhos
6/06/2023Mal foi definido pela CSN, o novo cronograma das obras da Transnordestina já corre o risco de descarrilar. Até o momento, o governo federal não estabeleceu qualquer prazo para a liberação do financiamento de R$ 3,5 bilhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE), já autorizado pelo TCU. Sem esses recursos, o project finance para a construção do trecho entre Eliseu Martins (PI) e Pecém (CE), a cargo da CSN, não fecha. O custo total está orçado em R$ 7,9 bilhões. A siderúrgica se compromete a alocar R$ 3 bilhões, mas só coloca o dinheiro sobre a mesa mediante a liberação do empréstimo do FNDE e de uma linha de crédito do Banco do Nordeste, ainda em negociação. O RR apurou que, diante do impasse, os governadores do Ceará, Elmano de Freitas, e do Piauí, Rafael Fonteles, pretendem solicitar, nos próximos dias, uma audiência com o próprio presidente Lula.
Infraestrutura
Banco do Nordeste manda um trem-pagador para Transnordestina
30/05/2023Estão bem adiantadas as negociações políticas para que o Banco do Nordeste financie a construção do trecho da Transnordestina em Pernambuco, entre as cidades de Salgueiro e Suape. O projeto envolve a instalação de aproximadamente 206 quilômetros de trilhos, a um custo aproximado de R$ 5 bilhões. Trata-se, ressalte-se, do trecho devolvido à União pela CSN, responsável pela construção dos 1,2 mil km da linha férrea entre Eliseu Martins (PI) e o Porto de Pecém, no Ceará. Ou seja: a princípio, o dinheiro do BNB ficará restrito as obras a cargo do DNIT. Mas, no que depender das notórias relações entre Benjamin Steinbruch e integrantes do governo Lula, a começar por Aloizio Mercadante, vai que o funding do Banco do Nordeste não é estendido também para a parte da Transnordestina que cabe ao empresário. A CSN ainda precisa de quase R$ 8 bilhões para concluir as obras.
Destaque
Governo Lula e Benjamin Steinbruch se encaixam nos trilhos da Transnordestina
28/02/2023O governo vai abrir o cofre para financiar a conclusão das obras da Transnordestina, a cargo da CSN. Segundo o RR apurou, a ideia é lançar mão de uma tríplice injeção de capital, com empréstimos do BNDES, do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDN) e do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) – os dois últimos vinculados à Pasta da Integração e do Desenvolvimento Regional. Segundo a mesma fonte, paralelamente o Ministério dos Transportes estuda uma nova mudança no modelo de construção da ferrovia. De acordo com as discussões travadas dentro da Pasta, a ideia é usar a liberação de dinheiro público como moeda de troca para que a CSN reassuma integralmente a concessão do empreendimento e consequentemente a construção de todo o traçado original. No ano passado, a partir de um acordo com o governo Bolsonaro, houve uma cisão do projeto. A siderúrgica permaneceu responsável apenas pelas obras entre Eliseu Martins (PI) e o Porto de Pecém (CE), um trecho de aproximadamente 1,2 mil quilômetros, devolvendo à União a concessão do ramal de 520 quilômetros entre Salgueiro e o Porto de Suape, ambos em Pernambuco. Essa fratura da Transnordestina serviu apenas para jogar um problema no colo do governo Lula: estudos feitos pelo Ministério do Transporte indicam que a operação desse segundo pedaço até Suape de forma isolada, sem a garantia de conexão e os ganhos de escala do trecho entre Piauí e Ceará, torna o negócio praticamente inviável.
Além da promessa de financiamento público, há um outro fator tão ou mais importante para colocar toda essa operação nos trilhos: a notória conexão entre Benjamin Steinbruch e o governo do PT surge como um potencial facilitador para o reencaixe entre as duas “Transnordestinas”. O dono da CSN é bastante próximo, sobretudo, de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. No fim do ano passado, inclusive, Mercadante chegou a sondar o empresário para que ele assumisse o Ministério do Desenvolvimento e da Indústria – conforme o RR noticiou. Essa sintonia poderá ajudar a contornar entraves de ordem técnica que levaram a CSN a devolver à União parte da ferrovia. A siderúrgica alega que o governo pernambucano impactou o projeto, ao autorizar a construção de uma barragem no antigo leito dos trilhos. A obra exigiu um aumento de 42 quilômetros na extensão da ferrovia e, com isso, gerou um gasto extra de algumas centenas de milhões de reais com desapropriações.
O acordo com a CSN e a reintegração dos dois trechos da Transnordestina sob uma única operação contribuiriam para destravar o empreendimento junto ao Tribunal de Contas da União. No início de fevereiro, o TCU apontou irregularidades na cisão da concessão em duas, autorizada pela ANTT no ano passado. Como consequência, a Corte suspendeu a liberação de qualquer recurso do governo federal para o empreendimento – tanto a parte nas mãos da CSN, quanto o trecho hoje sob responsabilidade da União. Ou seja: a engenharia financeira que vem sendo traçada em Brasília, com aportes do BNDES e dos fundos regionais, depende do nihil obstat do TCU.
Atualmente, há pouco mais de 800 quilômetros de trilhos já instalados. Faltam quase mil quilômetros para a execução de todo o projeto conforme a sua concepção original. Estima-se que sejam necessários mais de R$ 8 bilhões para a conclusão da Transnordestina. Parte desses recursos poderão vir, por exemplo, por meio de uma emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura, com a garantia de subscrição por parte do BNDES. O governo Lula trata o projeto como prioritário, não apenas pela sua importância econômica e social para a região – as obras deverão gerar cerca de cinco mil postos de trabalho diretos e indiretos -, mas também pelo seu “traçado político”. A Transnordestina corta estados governados por petistas ou aliados. Consta que os governadores do Ceará e de Pernambuco, respectivamente Elmano de Freitas e Raquel Lyra, têm mantido conversas frequentes com o ministro do Desenvolvimento Regional, Wellington Dias, em busca de apoio do governo federal para a retomada das obras. Nesse contexto, há ainda disputas federativas alimentadas pela própria divisão da Transnordestina em duas, na gestão de Jair Bolsonaro. Parlamentares de Pernambuco alegam que a manutenção desse formato vai criar um desequilíbrio concorrencial entre os dois maiores portos do Nordeste, beneficiando o Porto de Pecém, no Ceará, em detrimento do Porto de Suape.
Tudo muito bom, tudo muito bem… Até se entende que o governo tenha as mais variadas motivações – seja de ordem econômica, seja de ordem política – para se engajar no projeto. No entanto, a Transnordestina é um benchmarking às avessas, um exemplo de como uma concessão não deve ser feita. Sua construção já torrou um enorme montante de recursos públicos. Há concessões que notoriamente não deram certo e hoje estão às portas de serem devolvidas à União – como, por exemplo, o Aeroporto do Galeão ou a Malha Oeste. No entanto, nenhuma delas consumiu tanto dinheiro e nem de perto apresenta o histórico de idas e vindas da ferrovia. Por muito menos, concessões foram tomadas ou relicitadas pelo governo.
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Transnordestina reaparece no radar às vésperas da eleição
14/09/2022A Transnordestina entrou na rota da campanha eleitoral. A menos de um mês do pleito de outubro, existe uma intensa operação no governo no sentido de deslanchar as obras entre Eliseu Martins (PI) e o Porto de Pecém, no Ceará, a cargo da CSN. Segundo o RR apurou, o empreendimento deverá receber empréstimos do Finor (Fundo de Investimentos do Nordeste) e do FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste).
Ressalte-se que, em julho, o TCU autorizou o uso de recursos de fundos regionais no financiamento da ferrovia. Ao mesmo tempo, o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, tem feito gestões junto à ANTT com o objetivo de acelerar a aprovação do novo cronograma do projeto. No mês passado, a CSN encaminhou à agência reguladora uma proposta com prazos para a conclusão das obras entre Piauí e Ceará. Na prática, trata-se de mais uma tentativa de fixar uma data para a entrega da ferrovia. Faltam aproximadamente 500 quilômetros para a conclusão do trecho.
Em contato com o RR, o Ministério da Infraestrutura confirmou que “está em tratativas junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para atender ao acórdão 1.708/2022, do Tribunal de Contas da União (TCU), de 27 de julho de 2022”. O acórdão em questão se refere exatamente ao novo calendário para a realização das obras. Ainda segundo a Pasta, “a previsão de conclusão depende do novo cronograma a ser pactuado pela ANTT com a concessionária.” O timing de todas essas ações cruzadas não é aleatório. Existe uma mobilização no entorno do presidente Jair Bolsonaro no sentido de capitalizar o avanço das obras e o investimento da ordem de R$ 7 bilhões. Assessores políticos do presidente defendem, inclusive, que ele vá ao Nordeste para anunciar a liberação de novos recursos para o projeto.
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Infraestrutura quer estimular produção de trilhos no Brasil
26/10/2021O Ministério da Infraestrutura tem feito estudos com o objetivo de incentivar a retomada da produção de trilhos no Brasil, praticamente extinta desde os anos 80. Uma das ideias sobre a mesa seria usar parte dos recursos arrecadados com as próprias concessões ferroviárias para financiar a instalação de uma fábrica do equipamento no país. Trata-se de um projeto complexo, a começar pela atração de um player internacional do setor. No governo, há quem defenda o resgate do velho modelo tripartite, ou seja, dividir o controle do negócio entre o capital privado nacional, um investidor estrangeiro e o Estado.
Nesse cenário, muito possivelmente o traçado desse projeto passaria pelo BNDES. Procurado, o Ministério da Infraestrutura não se manifestou. Ainda que Alemanha e Estados Unidos também tenham um grande parque fabril para a produção de equipamentos ferroviários, o mais provável é que esse projeto mire em um grupo chinês. Hoje, a maior parte dos trilhos usados no Brasil vêm do país asiático. Além disso, a chegada de um fabricante local poderia estar vinculada à eventual entrada da China Railway Corporation no país. Maior operador ferroviário da China, o grupo é apontado como candidato às próximas concessões do setor.
A falta de trilhos no mercado interno e os altos custos de importação são vistos no governo como um desestímulo a investimentos privados em ferrovias. É hora de afagar esse capital reticente. O que não falta é ativo para leiloar. Além dos projetos incluídos no PPI – como a Ferrogrão e a relicitação da Malha Oeste -, o Ministério da Infraestrutura lançou recentemente o Pró-Trilhos (Programa de Autorizações Ferroviárias). O programa prevê a licitação de dez novos trechos de ferrovias que somam um investimento de R$ 53 bilhões. O setor ferroviário é quase que 100% dependente da aquisição de peças no exterior.
O próprio governo é um dos principais atingidos. Hoje, a estatal Valec é a responsável pela construção de quatro grandes ferrovia – Norte-Sul, os trechos II e III da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, Ferrovia Transcontinental e a ligação da Norte-Sul com a Transnordestina. No ano passado, o governo chegou a criar um Comitê Técnico de Desenvolvimento da Transformação Mineral, cuja uma das funções seria a “realização de estudos para agregar valor aos produtos metalúrgicos de alta qualidade, o que inclui a produção de trilhos para expansão da infraestrutura ferroviária nacional”. De lá para cá, no entanto, nada aconteceu.
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Um trem que nem saiu da estação
11/08/2021Parlamentares de Pernambuco devem se reunir nos próximos dias com Jair Bolsonaro. Será a última cartada na tentativa de incluir o ramal de Suape no projeto de construção da Transnordestina. Nessa história, aos olhos da bancada pernambucana, há dois “vilões”. O primeiro é o ministro Tarcisio Freitas, que retirou o ramal de Suape do traçado original da ferrovia; o segundo, Fernando Bezerra, líder do governo no Senado. Consta que Bezerra, pernambucano de Petrolina, não moveu um dedo pelo projeto. Tem sido visto por seus conterrâneos como uma espécie de Calabar.
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CSN perde o trem da Transnordestina
10/03/2021O governo Bolsonaro e o empresário Benjamin Steinbruch caminham para um contencioso. Segundo o RR apurou, o Ministério da Infraestrutura avança nos estudos para decretar a caducidade da concessão da Transnordestina. De acordo com a mesma fonte, a ideia seria anunciar a decisão em abril. Com base em relatório produzido pela ANTT já há um ano, o Ministério entende que a CSN descumpriu uma série de cláusulas do contrato, justificando a caducidade.
A empresa, que há meses tenta uma saída negociada da Transnordestina, pretende entrar na Justiça caso a cassação se confirme. Deverá cobrar da União uma indenização pelos investimentos já realizados no projeto, algo como R$ 6 bilhões. Procurada pelo RR, a CSN confirma que “a recomendação de caducidade da concessão foi emitida pela ANTT em 10 de março de 2020.”
A empresa informa que, “desde então, tem mantido tratativas com o governo federal no sentido de encontrar uma solução definitiva para a obra”. Perguntada sobre a hipótese de levar o caso à Justiça, a CSN não se pronunciou. O Ministério da Infraestrutura, por sua vez, também confirmou que os “processos de apuração de caducidade da Transnordestina estão em análise”. Sobre a possibilidade de a CSN entrar na Justiça, o Ministério diz que “a eventual judicialização de decisões administrativas é uma faculdade de todos os cidadãos, não só dos concessionários.”
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Será o começo do fim de Benjamin na Transnordestina?
3/08/2020Os trilhos da Transnordestina e de Benjamin Steinbruch começam a se separar. O ministro Tarcísio Freitas está em tratativas avançadas com a CSN para cindir o contrato original de concessão, criando uma espécie de “Nova Transnordestina”. Os próximos trechos da ferrovia já seriam leiloados à parte, fora do acordo com a siderúrgica.
O RR apurou que a ideia do Ministério da Infraestrutura seria lançar, ainda neste ano, o edital de licitação do trecho entre a cidade de Salgueiro (PE) até o Porto de Suape. O leilão ocorreria no primeiro semestre de 2021. Nesse novo modelo, a CSN ficará responsável apenas pela “Velha Transnordestina”, leia-se o trecho em construção no Ceará, desobrigando-se da responsabilidade sobre as demais etapas.
Isso se a guinada no contrato não se revelar, mais à frente, um approach para a saída definitiva de Benjamin Steinbruch do projeto – como muitos dentro do próprio Ministério da Infraestrutura acreditam. A essa altura, seria mais um favor do que um castigo parA o empresário. No governo ninguém acredita que Benjamin tem punch financeiro e muito menos interesse de seguir à frente da Transnordestina. Somente para a conclusão das obras no Ceará ainda terão de ser investidos cerca de R$ 5 bilhões.
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Transnordestina pega um desvio para a reestatização
4/02/2020O Ministério da Infraestrutura planeja tirar da CSN a concessão sobre um trecho inteiro da Transnordestina em Pernambuco. São cerca de 520 quilômetros entre a cidade de Salgueiro e o Porto de Suape. Os estudos para a retomada da licença já teriam sido concluídos pela área técnica da Pasta e remetidos ao ministro Tarcísio Freitas. A intenção do governo seria relicitar esse ramal ainda neste ano.
Estima-se que sejam necessários mais de R$ 3 bilhões para a conclusão das obras, paralisadas desde 2014. Este é um dos braços mais complexos da Transnordestina. O trecho final entre Belém de Maria e Suape, por exemplo, sequer tem licenciamento ambiental. Procurado, o Ministério limitou-se a informar que “acompanha as tratativas da Concessionária Transnordestina para a retomada das obras”. Consultada especificamente sobre a reestatização da concessão em Pernambuco, a Pasta não se pronunciou.
A CSN também não quis se manifestar. As obras da Transnordestina se arrastam há 14 anos. Nesse período, até Ciro Gomes entrou no comboio, comandando o empreendimento entre fevereiro de 2015 e maio de 2016. Costumava dizer: “Sou um dos executivos mais bem pagos do Brasil justamente para resolver esse problema”. Não resolveu. A eventual retomada de um trecho da Transnordestina traz a reboque uma inevitável pergunta: o governo estaria preparando o terreno para uma solução ainda mais drástica, reassumindo não apenas uma parte, mas toda a concessão? Não obstante a dificuldade da CSN de levar o projeto adiante, a medida soa inócua. Seria trocar seis por meia dúzia. Parece até que o Estado tem muito dinheiro para investir ou que o governo está conseguindo realizar um leilão atrás do outro na área de infraestrutura.
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Igreja é mais um obstáculo para a construção da Transnordestina
20/09/2019Benjamin Steinbruch deve estar erguendo as mãos ao firmamento. Quem dera houvesse outros clérigos como o arcebispo de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido, que, indiretamente, está dando ao empresário um conveniente pretexto para atrasar ainda mais as obras da Transnordestina. Dom Fernando chamou para si a defesa das mais de 4,5 mil famílias da Zona da Mata pernambucana que
serão removidas de suas casas para a passagem da ferrovia.
Ao lado de outras autoridades eclesiásticas da região, criou uma comissão para tratar do assunto e tem conduzido seguidas reuniões com a população local para impedir a passagem dos trilhos da Transnordestina por oito municípios. O que para a CSN, responsável pelo projeto, é uma dádiva dos céus, para o governo é motivo de razoável preocupação. Neste caso, não está em jogo apenas o atraso atávico na construção da Transnordestina, que, originalmente, deveria ter sido inaugurada em 2010 – as últimas previsões apontam para 2027. Os ministros da Infraestrutura, Tarcisio Freitas, e do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, já trabalham a quatro mãos em um novo plano para a retirada de moradores de cidades da Zona da Mata de Pernambuco.
O objetivo é abrandar a mobilização social liderada pela Igreja Católica. Dom Fernando, ressalte-se, é um dos clérigos mais respeitados e influentes da região. Foi presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e integrante do Conselho Permanente da entidade. A proposta que está sendo elaborada pelos Ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional prevê um cronograma escalonado para as desapropriações. Há estudos para que os moradores afetados possam ter acesso a benefícios específicos no âmbito do Minha Casa, Minha Vida.
O trecho em questão, o Recife Sul, atravessa eminentemente áreas urbanas. Proporcionalmente, é uma das pernas da Transnordestina como maior impacto sobre a população. A mobilização na Zona da Mata pernambucana desponta justo no momento em que a Transnordestina dá sinais de sair da inércia. Pressionada pelo Ministério da Infraestrutura e pela ANTT, a CSN acenou ao governo federal que, nas próximas semanas, retomará as obras paralisadas desde 2017. A companhia já encaminhou à agência reguladora uma série de projetos executivos, condição imposta pelo TCU para desbloquear o repasse de recursos públicos ao empreendimento. Mas, a essa altura, se houver novos contratempos, Benjamin Steinbruch agradece.
Acervo RR
Transnordestina
22/08/2019R$ 8 bilhões. Este é o valor necessário para a conclusão da Transnordestina, segundo cálculos fresquinhos da área técnica do Ministério da Infraestrutura. Na última estimativa, ainda no governo Temer, a fatura da ferrovia estava em R$ 6 bilhões.
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Fora, Benjamin
13/03/2019O governo Bolsonaro busca um novo maquinista para a Transnordestina. A convicção é de que com Benjamin Steinbruch não há jeito desse trem sair do lugar. O assunto está no gabinete do ministro da Infraestrutura, Tarcisio Freitas, e já foi solicitado um parecer ao TCU.
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Descarrilamento
19/02/2019A bola de neve da Transnordestina é quase incontrolável. Segundo o RR apurou, estudos do Ministério da Infraestrutura apontam que a conclusão das obras poderão exigir algo em torno de R$ 8 bilhões, o que representaria 20% a mais da cifra estimada pelo governo Temer. Do bolso de Benjamin Steinbruch e da CSN é que esse dinheiro não vai sair. Procurado, o Ministério diz “não confirmar a informação”.
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Legado Benjamin
9/04/2018O Ministério dos Transportes calcula que, por baixo, é necessário cerca de R$ 1 bilhão para recuperar vagões enferrujados, trilhos retorcidos e dormentes que começam a se soltar nos quase 900 quilômetros já construídos da Transnordestina. Isso para não falar dos mais de R$ 6 bilhões que ainda faltam para a instalação dos quase mil quilômetros não entregues pela CSN – e que, a esta altura, nunca serão.
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Contagem regressiva para Benjamin Steinbruch
7/12/2017O tempo de Benjamin Steinbruch na Trasnordestina está se esgotando. A CSN, responsável pela construção da ferrovia, teria até março de 2018 para entregar ao governo o novo projeto executivo da ferrovia, com o orçamento devidamente revisado. Na prática, mais importante do que o documento em si é o timing.
Este é o prazo que Benjamin terá para buscar uma solução de mercado, leia-se um novo investidor para a Transnordestina – independentemente da sua permanência ou não no negócio. Paralelamente, o grupo de trabalho criado pela Casa Civil e pelo Ministério do Planejamento deverá apresentar até fevereiro um relatório com propostas para desatar o nó da Transnordestina, que deverá incluir a revisão do cronograma e mudanças no projeto técnico. No entanto, a não ser em um cenário extremo, não é de interesse do governo retomar a concessão.
A premissa é que a fornada de novas licenças ferroviárias que serão leiloadas em 2018 deixa pouco espaço para a relicitação da Transnordestina. Sobretudo por ser a Transnordestina. E quando a ferrovia será entregue e a que custo? Essas são perguntas ainda sem resposta. A nova meta é 2020, mas ninguém no governo acredita que ela será atingida. O orçamento original, de R$ 7,5 bilhões, também já foi para as calendas há tempos. Hoje, estima-se que a obra toda consumirá mais de R$ 12 bilhões.
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Benjamin Steinbruch vai?
13/09/2017Benjamin Steinbruch está prestes a ser jogado do trem. E junto com ele a Valec. A solução desenhada pela Casa Civil para a Transnordestina prevê a saída da CSN e da estatal – a autarquia é dona de 41% do consórcio. A operação passaria pela Medida Provisória 752/16, que deu ao governo o poder de retomar licenças de infraestrutura por meio de uma “devolução amigável”, um eufemismo para “cassação”.
Dependendo do quão seja esse “amigável”, Benjamin poderia deixar o negócio levando uma indenização, como reza a MP. Neste momento, um grupo interministerial encabeçado por Eliseu Padilha está ultimando os estudos de viabilidade econômico-financeira da Transordestina. A ideia é que tudo fique pronto ainda neste mês.
Levantamento preliminar indica que a ferrovia precisará de quase R$ 5 bilhões para ser concluída, e não apenas R$ 3 bilhões como se estimava anteriormente. Da CSN e da Valec é que esse dinheiro não deverá sair. A retomada permitiria ao governo relicitar a concessão da Transnordestina. De quebra, funcionaria como uma “higienização” de um projeto que está atrasado em quase dez anos e cercado de denúncias de irregularidades, que levaram o TCU a suspender as obras.
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Trem que nasce torto…
4/09/2017A Transnordestina é uma dízima periódica. O grupo de trabalho montado pelo governo para colocar o projeto nos trilhos calcula que faltam mais de R$ 5 bilhões para a conclusão das obras. Do bolso de Benjamin Steinbruch é que esse dinheiro não vai sair.
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Desembarque da China
3/08/2017A China Communications Construction Company está desembarcando das negociações com Benjamin Steinbruch para se associar à Transnordestina.
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“Disclosure” sobre trilhos
3/05/2017O Ministério dos Transportes tem pressionado a CSN a publicar o balanço da Transnordestina Logística. A divulgação dos resultados ocorreria em março, mas foi adiada, oficialmente para ajustes na contabilização do impairment de ativos. O governo teme que haja outro caroço debaixo desse trilho. Ressalte-se que, em parecer preliminar sobre a Transnordestina, o TCU pontuou que “sequer existem elementos que permitam aferir o custo real da obra”.
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TCU é uma locomotiva na direção de Benjamin Steinbruch
24/04/2017O trem de Benjamin Steinbruch ameaça descarrilar de vez. O mais novo obstáculo à permanência do empresário à frente da Transnordestina é o Tribunal de Contas da União. Segundo o RR apurou, a Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura Portuária e Ferroviária (Seinfra), unidade técnica do TCU, já encaminhou ao procurador Julio Mendes de Oliveira, do Ministério Público Federal, seu parecer sobre o empreendimento.
De acordo com fonte do próprio TCU, o relatório confirma que há risco de continuidade das obras de construção da ferrovia por falta de garantias financeiras, corroborando análise preliminar do ministro Walton Alencar Rodrigues, relator do processo. Procurado, o TCU informou que não se pronuncia sobre processos em andamento. A CSN não quis comentar o assunto. No vai e vem desses sinuosos trilhos, agora será a vez do próprio Ministério Público emitir seu parecer sobre o caso, que, ato contínuo, voltará às mãos do ministro Walton Alencar, do TCU.
São quilômetros que poderão definir se Benjamin Steinbruch seguirá ou não como o maquinista de um projeto que começou ao custo de R$ 5 bilhões e já deixou para trás uma conta de mais de R$ 11 bilhões, noves fora os seguidos atrasos no cronograma. O relatório técnico da Seinfra aumenta a probabilidade de que o relator Walton Alencar determine a suspensão definitiva do repasse de recursos públicos para a construção da Transnordestina. Em janeiro, o TCU fechou preventivamente as torneiras que ainda jorravam dinheiro no projeto – além do próprio orçamento da União, o financiamento vem do Fundo de Investimentos do Nordeste, do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e do BNDES.
Em sua decisão, Alencar afirmou que “sequer existem elementos que permitam aferir o custo real da obra”. Desde fevereiro, a construção está parada. No início deste mês, o Planalto determinou a criação de um grupo de trabalho formado por representantes dos Ministério do Planejamento e do Transportes, Secretaria de PPIs, ANTT e da própria CSN para tratar da Transnodestina.
Esse condomínio multissetorial terá 120 dias para apresentar medidas que permitam a retomada das obras. O mais correto é dizer que esse é o prazo para que Benjamin Steinbruch engendre a sua própria solução. No próprio governo, o sentimento em relação à Transnordestina é de “vai ou racha”. A negociação para a entrada da China Communications Construction Company (CCCC) no empreendimento é vista como a última cartada de Benjamin para se manter à frente do projeto.
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Caixa e BB no caminho de Benjamin
12/04/2017Como se não bastasse a Transnordestina, com seus atrasos e processos no TCU, Benjamin Steinbruch tem outra aresta pontiaguda com o governo. Trata-se da complexa e arrastada renegociação do endividamento de curto prazo da CSN com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. Neste momento, a siderúrgica tenta alongar os passivos com vencimento em 2017 e 2018, que somam R$ 4,9 bilhões. É a menor parte do problema. A chapa esquenta ainda mais quando o assunto são as dívidas que vencem em 2019 e 2020, em torno de R$ 15 bilhões. No caso específico do BB, não custa lembrar, Benjamin tem do outro lado da mesa um ex-colaborador: o atual presidente do banco, Paulo Rogério Caffarelli, que foi diretor executivo da própria CSN. O que isso quer dizer? Até agora, nada!
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Caminho livre
20/01/2017Benjamin Steinbruch já negocia com o governo um novo financiamento para a Transnordestina – em dezembro, recebeu R$ 430 milhões. Benjamin não sabe o que lhe trouxe mais sorte: se a chegada de Michel Temer ao Planalto ou a saída de Ciro Gomes da companhia?
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Uma MP em trilhos sinuosos
30/12/2016Os líderes do bloco PP/PTB/PSC, Jovair Arantes, e do PSDB, Antonio Imbassahy, se desalinharam da base do governo na Câmara e estão fazendo pressão por mudanças na Medida Provisória 752, a chamada MP das Concessões. Em conversa ocorrida no início dessa semana com o relator Sergio Souza (PMDB-PR), ambos acertaram alterações em algumas cláusulas. A mais importante é a que trata dos critérios de avaliação dos investimentos que as concessionárias terão de realizar como contrapartida à renovação antecipada dos contratos. A medida é fundamental para a extensão das concessões das ferrovias da Rumo, leia-se Rubens Ometto, e da Transnordestina, ou Benjamin Steinbruch.
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28/09/2016O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, aquele que diz não saber o que disse saber, teria sido informado da operação contra Antonio Palocci na tarde da última quinta-feira. ••• Além da iminente venda de parte da Congonhas Minérios, Benjamin Steinbruch tenta atrair o China Development Bank para a Transnordestina . ••• O lobista Milton de Oliveira Lyra Filho, preso pela Lava Jato na última segunda-feira, é bastante próximo de badalados cartolas do futebol brasileiro, inclusive o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
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20/09/2016Todas as noites, Michel Temer tem tirado o ponto com Marcela Temer. Ambos se debruçam sobre o conteúdo do programa “Criança Feliz” A Transnordestina acabou afastando de vez Benjamin Steinbruch e Paulo Skaf. O presidente da Fiesp “esqueceu” completamente que prometeu tratar do assunto junto ao Planalto. O diretor de planejamento do BNDES, Vinicius Carrasco, foi encarregado pela presidente Maria Sílvia Bastos de construir um disclosure capaz de catar pulga. Vai inovar com métricas criativas.
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Transnordestina passa pela Ásia para chegar à estação final
23/05/2016A rumorosa saída de Ciro Gomes da Transnordestina se dá justo no momento em que Benjamin Steinbruch joga uma cartada decisiva para a continuidade do projeto. A CSN estaria negociando a venda de parte de suas ações na Transnordestina Logística para a CK Holdings, de Hong Kong. Segundo o RR apurou, o acordo envolveria a transferência de 25% do capital ordinário – a siderúrgica permaneceria no controle, com 74%. Estima-se que a operação possa injetar cerca de US$ 500 milhões na concessionária, recursos fundamentais para tirar o empreendimento do atoleiro. Do percurso total de 1,8 mil quilômetros, até o momento apenas a metade foi entregue – o cronograma original previa a conclusão da obra em 2010. A venda de um pedaço da Transnordestina conta com o aval do governo, parte mais do que interessada no equacionamento dos graves problemas financeiros da concessionária. Só nos últimos dois anos, o Tesouro Nacional despejou mais de R$ 800 milhões na empresa, recursos que acabaram convertidos em equity, com o aumento da participação da Valec de 8% para 32% das ações preferenciais. Na semana passada – coincidência ou não, no mesmo dia em que Ciro Gomes deixou a empresa para evitar que “perseguições políticas interfiram ainda mais no projeto” – o TCU proibiu novos repasses da União à Transnordestina. Se o cofre do Tesouro está fechado, da cartola de Benjamin Steinbruch, então, é que não sairá coelho algum. Com uma dívida de R$ 27 bilhões – oito vezes o seu patrimônio –, a CSN não tem condições de arcar com os mais de R$ 4 bilhões que faltam para complementar o orçamento. Fôlego financeiro é exatamente o que sobra à CK Holdings. Trata-se de um dos maiores grupos de investimento de Hong Kong, com participações nas áreas de transporte, energia elétrica, telecomunicações, real estate e hotelaria, que somam quase US$ 900 bilhões. Recentemente, após uma série de atritos com o governo local, a CK vendeu todos os ativos na China. Colocou mais de US$ 16 bilhões no caixa e decidiu que era hora de se aventurar na América Latina. A Transnordestina, tudo indica, será a primeira estação. Procurada pelo RR, a CSN não comentou o assunto.
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Último trem da Valec para no gabinete de Moreira Franco
19/05/2016A Valec, uma locomotiva de escândalos e prejuízos, está com os dias contados. O governo Michel Temer planeja desativar a estatal do setor ferroviário. A autoria da proposta e seus dividendos devem ser creditados na conta de Wellington Moreira Franco – o “sem pasta” mais poderoso do Ministério. As atribuições da Valec seriam incorporadas pelo secretário executivo da Presidência da República, que, assim, praticamente unificaria o comando de todas as principais ações do governo na área de infraestrutura – Moreira já está à frente do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e do Crescer, o substituto do PAC. No caso específico do segmento ferroviário, sua maior missão seria destravar os grandes projetos que empacaram na gestão de Dilma Rousseff, a começar pela Ferrovia de Integração OesteLeste (Fiol) e pela Transnordestina, cujas obras seguem “devagar, quase parando”. Outra prioridade do governo é tirar do papel a extensão da Ferrovia Norte-Sul para o interior de São Paulo. Segundo estudos recentes da própria Valec, os atrasos na conclusão dos novos trechos da Norte-Sul geram um prejuízo da ordem de US$ 12 bilhões por ano, referente a cargas não transportadas e impostos não gerados. Procurada, a Valec declarou que “não foi informada de nenhuma medida em relação ao destino da empresa”. Além da premissa de centralizar os grandes projetos de infraestrutura numa “super” secretaria, o governo Temer pretende tirar do circuito uma autarquia que tem pouco êxito em suas funções e custa muito às contas públicas. Nos últimos dois anos, a Valec acumulou perdas de mais de R$ 2 bilhões. O prejuízo de 2015 (R$ 1,5 bilhão) só não foi maior devido ao aporte de R$ 209 milhões do Tesouro Nacional. A extinção da estatal teria ainda um benefício colateral. Por vias oblíquas, permitiria ao governo Temer se livrar de uma caixa preta que muitos partidos da nova coalizão querem ver fechada e enterrada. A começar pelo próprio PR, que transformou o Ministério dos Transportes em sua capitania hereditária e se manteve à frente da Pasta mesmo após o afastamento de Dilma Rousseff. O partido está umbilicalmente ligado aos escândalos protagonizados pela autarquia nos últimos anos. O PR, ou mais precisamente seu ex-presidente, Valdemar da Costa Neto, foi responsável pela indicação de José Francisco das Neves, que dirigiu a estatal entre 2008 e 2011. Mais conhecido como “Juquinha”, chegou a ser preso, acusado de participar de um esquema de propinas em obras do setor ferroviário.