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O tempo de Benjamin Steinbruch na Trasnordestina está se esgotando. A CSN, responsável pela construção da ferrovia, teria até março de 2018 para entregar ao governo o novo projeto executivo da ferrovia, com o orçamento devidamente revisado. Na prática, mais importante do que o documento em si é o timing.
Este é o prazo que Benjamin terá para buscar uma solução de mercado, leia-se um novo investidor para a Transnordestina – independentemente da sua permanência ou não no negócio. Paralelamente, o grupo de trabalho criado pela Casa Civil e pelo Ministério do Planejamento deverá apresentar até fevereiro um relatório com propostas para desatar o nó da Transnordestina, que deverá incluir a revisão do cronograma e mudanças no projeto técnico. No entanto, a não ser em um cenário extremo, não é de interesse do governo retomar a concessão.
A premissa é que a fornada de novas licenças ferroviárias que serão leiloadas em 2018 deixa pouco espaço para a relicitação da Transnordestina. Sobretudo por ser a Transnordestina. E quando a ferrovia será entregue e a que custo? Essas são perguntas ainda sem resposta. A nova meta é 2020, mas ninguém no governo acredita que ela será atingida. O orçamento original, de R$ 7,5 bilhões, também já foi para as calendas há tempos. Hoje, estima-se que a obra toda consumirá mais de R$ 12 bilhões.
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