TSE monta uma barricada contra fake news para o dia da eleição

  • 20/09/2022
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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, prepara uma operação sem precedentes para combater a disseminação de fake news no dia das eleições. A ideia de Moraes é montar uma “sala de guerra” no Tribunal reunindo profissionais das principais plataformas de mídia digital, a exemplo do Twitter, WhatsApp/Facebook e Telegram. Essa força-tarefa terá a missão de monitorar e identificar em tempo real a propagação de informações falsas capazes de impactar na votação ao longo do dia.

Essa rede vai trabalhar de forma integrada com os Tribunais Regionais, que concentram as denúncias de irregularidades protocoladas pelos próprios partidos. Com isso, Moraes pretende agilizar a retirada de conteúdos falsos das redes e o banimento dos perfis utilizados para disparar essas mensagens. O pleito de 2018 serve como “benchmarking” para o TSE. Nos dois turnos, foi registrado um bombardeio de fake news no dia da eleição, como montagens de áudios, santinhos” digitais com o número errado de candidatos e supostas pesquisas de boca de urna, com resultados inverídicos.

Na véspera do primeiro turno, em 6 de outubro, circularam “matérias” em grupos de WhatsApp com a data errada para o dia da votação. Um dos principais motivos de preocupação do TSE é a ação de milícias nas mídias digitais. Em 2018, a Corte verificou notícias falsas sobre o fechamento de zonas eleitorais em determinados bairros do Rio de Janeiro. Investigações apontam que os disparos partiram de grupos milicianos com o objetivo de prejudicar candidatos adversários.

Em contato com o RR, o TSE não quis entrar em detalhes quanto ao esquema que está sendo montado para o dia das eleições. Não é de se estranhar que a Corte guarde as medidas a sete chaves. O Tribunal, no entanto, diz que “em eventos como as eleições, em que o potencial de circulação de conteúdo falso e que possa prejudicar o desempenho do exercício da cidadania e o direito ao voto, é natural que haja uma intensificação no monitoramento”. O TSE informou que “instituiu, de forma permanente, o Programa de Enfrentamento à Desinformação, que é gerenciado pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação”. A Corte afirma ainda que “foram firmadas parcerias com diversas entidades públicas e privadas – como plataformas e serviços de  mensageria – em que as partes se comprometem a capacitar, informar e atuar para coibir a desinformação.”

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