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Política

Só resta à esquerda caminhar de mãos dadas com o centro e a centro-direita

17/10/2024
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“É preciso rediscutir o papel eleitoral do PT”. Lula não dá ponto sem nó. A declaração dada pelo presidente da República na semana passada deve ser lida como um pequeno spoiler da lavagem de roupa suja que começa a ser feita dentro do partido. A frase de Lula dialoga, sobretudo, com o pensamento de José Dirceu, responsável por puxar a tal rediscussão do “papel eleitoral do PT”. Dirceu jamais dirá em público, mas, intramuros, tem repetido que o resultado do primeiro turno das eleições municipais foi arrasador para o partido e a esquerda como um todo. É preciso interpretar a voz das urnas. O ex-ministro prega, desde já, a necessidade de uma guinada estratégica, sob risco de uma derrota ainda mais devastadora em 2026. Às favas com veleidades e purismos ideológicos. No entendimento de Dirceu, a esquerda terá, pragmaticamente, de caminhar junto com o centro e a centro-direita civilizada.

Neste momento, estes são os dois campos com força política suficiente para promover avanços sociais. Ambos topam discutir propostas para o desenvolvimento nacional. São, digamos assim, conservadores esclarecidos. E têm um ponto nevrálgico em comum com a esquerda: também não querem o avanço da extrema direita, seja por divergência de valores, seja pelo instinto de preservação do seu próprio território político. Ao mesmo tempo que avançam sobre a esquerda, os radicais de direita também mordem pelas beiradas um espaço que sempre pertenceu ao centro e à centro-direita. Portanto, nada mais natural que os espectros mais distantes dos extremos da régua se unam. É a velha e surrada máxima de Deng Xiaoping: “Não importa a cor do gato, desde que ele cace os ratos”. Mas que não se enxergue nessa aproximação com o centro e a centro-direita uma capitulação da esquerda. José Dirceu não escreve por linhas retas. O movimento está mais para um processo schumpeteriano de destruição criativa, ou seja, uma forma de a esquerda desmontar por dentro o que, a julgar pelo pleito municipal, parece ser uma crescente hegemonia eleitoral do centro e da centro-direita.

O adversário está dentro. As ideias que José Dirceu tem colocado sobre a mesa são um duro recado para o PT e a esquerda, que hoje rodam em círculo ao redor das mesmas pautas – bandeiras identitárias, questões ambientais, avanço dos diretos civis etc. São todas causas essenciais. Mas, a interlocutores, Dirceu tem ressaltado que a esquerda não consegue ampliar o arco de discussões para temas que conversem com um raio maior do eleitorado. Ela perdeu a capacidade de interpretar os anseios e pretensões da sociedade e de dar respostas. É uma pregação para convertidos. O ex-ministro da Casa Civil bate na tecla de que a direita capturou até mesmo os programas sociais, algo que o PT, mais especificamente, sempre tratou como um patrimônio privado. Hoje, é também a direita quem mais consegue psicografar a classe média baixa, um estrato significativo da população que ascendeu graças às políticas assistencialistas dos governos do PT, mas hoje quer mais. Apenas a título de exemplo dessa dissintonia alertada por José Dirceu, a esquerda ainda acena com o sonho da carteira de trabalho àqueles que não querem mais trabalhar para ninguém, mas, sim, empreender. “Empreender”, por sinal, é um “palavrão”, sinônimo de “alienação” para uma ala mais ideológica e anacrônica da esquerda, a mesma que cunhou e repete o mantra “Como pode ter pobre de direita?”. É como um humorista ruim, que conta uma piada ruim e culpa a plateia por não dar risada. Para a esquerda, parafraseando Sartre, o inferno são os eleitores.

#Eleições #Política #PT

Política

A nova profissão de fé de Eduardo Cunha

13/09/2024
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O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, a mais perfeita inspiração do atual no1 da Casa, Arthur Lyra, conversa aqui e ali sobre a possibilidade da criação de um Partido dos Evangélicos. O ex-deputado acha que o crescimento do neopentecostalismo na política brasileira é inexorável. Do ponto de vista ideológico, os religiosos já estão cimentados na extrema direita. Mas, no entendimento de Cunha, não são um ativo vitalício de Bolsonaro. O capitão pode perder seu rebanho se ele se fragmentar e encontrar seus próprios representantes políticos, digamos assim, sem intermediários.
Cunha sempre esteve entrosado com os evangélicos. Tentou montar um título de capitalização para os religiosos em sociedade com Arthur Falk, o então dono do finado Papa Tudo. É do ramo. E acha que somente a fé fará frente ao poder das redes sociais. No seu mundo ideal, as duas forças combinadas criariam um partido imbatível. Na Câmara, sua filha, a deputada Danielle Dytz da Cunha, sonda os parlamentares sobre a ideia. Diga-se de passagem, que não chega assim a ser algo tão inovador. Em meados do século passado, o arquiconservador filósofo católico Jackson de Figueiredo defendeu um Partido Católico, provocando uma tumultuosa discussão pública. É difícil? É. Mas, em termos de uma galáxia política extravagante, conforme se tornou a estrutura partidária brasileira, não chega a ser uma proposição desprezível. E seu defensor não precisa mais exibir suas armas para mostrar o quão eficiente e ameaçadora é a sua capacidade de manipulação.

#Eduardo Cunha #Partido dos Evangélicos #Política

Política

Brasil sofre da “Síndrome de Reformite Aguda”

17/07/2024
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Para implementar uma das carradas de projetos reformistas sugeridos por políticos, analistas, especialistas e oportunistas que repetem serem as reformas a única salvação do país, pergunta-se: qual delas, em que prazo, com qual apoio? Sem dúvida, qualquer uma delas ajudaria a combater a disfuncionalidade do Estado. Mas, até que uma seja a eleita prioritária, é preciso alguma unanimidade sobre quem puxará o pelotão de frente. No momento, o Brasil sofre de “reformite”, uma enfermidade comum em quem cobra reformas e não tem soluções políticas para a sua implementação. Por enquanto, temos meia reforma, a tributária, e uma já feita, mas que já depreciou, a previdenciária.

Com o auxílio de ferramenta da Knewin, maior empresa de monitoramento de mídia da América Latina, o RR levantou quantas vezes o tema prioridade das reformas – federativa, administrativa, educação, saúde, fiscal e, novamente, a previdenciária – foi citado ao longo da última década. A análise abrangeu 2.040 veículos da imprensa. Pois, espantem-se: mais de um bilhão de menções – ressalte-se que as redes sociais não estão contabilizadas nesse cálculo. Caso fosse possível converter o total de registros em número de cidadãos, o contingente seria muito superior à lotação de todos os estádios de futebol do país. Portanto, brasileiros, uni-vos, se entendam, pressionem o Executivo, o Judiciário, o Congresso, façam um referendo, joguem na loteria, mas parem de dizer em vão o “santo” nome das reformas.

#Congresso #Política #Reforma

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Golpe

15/07/2022
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Não é nada, não é nada, nos últimos quatro dias, com homicídio e bombas em comícios, foram publicadas 2.884 notícias incluindo a palavra golpe em 844 mídias.

#Política #PT


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“Renda mínima”

9/12/2020
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Como se não bastassem os R$ 2 bilhões provenientes do fundo partidário, as 33 legendas registradas no país receberam uma caixinha de Natal: R$ 11,7 milhões. O dinheiro veio da aplicação de multas em mesários e eleitores que não compareceram para votar em eleições recentes e sequer justificaram sua ausência.

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