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Negócios

Daki divide a mesa com um parceiro guloso demais

23/10/2024
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No mercado de venture capital, há o entendimento de que a plataforma de entregas Daki fez um movimento com uma razoável dose de risco ao firmar uma parceria com o iFood. Na prática, o negócio parece ser bom para ambas as partes. O iFood, que desativou seu sistema próprio de entregas ultrarrápidas no início deste ano, passou a oferecer o serviço por meio da plataforma da Daki.

Esta última, por sua vez, encontrou na aliança uma forma de ganhar escala e aumentar o número de clientes. A questão é que o iFood tem fama no setor de ser parceiro apenas de si mesmo. A empresa é vista como um triturador de concorrentes, vide a saída do Uber Eats no Brasil.

Investidores de venture capital enxergam a possibilidade de o iFood se aproveitar do acordo para impor condições restritivas, minar a posição da Daki e, eventualmente, até mesmo dar o bote sobre a “parceira”. A ver. Do lado da startup brasileira, talvez seja um risco calculado de quem não tem muita margem de manobra neste momento.

A Daki perdeu o status de unicórnio, freou sua expansão para outras cidades do país, basicamente limitando-se à Grande São Paulo e Belo Horizonte, redesenhou sua estrutura de dark stores e promoveu demissões.

#Daki #iFood

Brasil

Agora só falta um pacto dos ricos contra a pobreza

29/08/2024
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A carta aberta intitulada “Pacto econômico com a natureza”, divulgada ontem nos veículos online e hoje em jornais impressos e assinada por aquinhoados empresários – entre os quais alguns industriais de estirpe, banqueiros acadêmicos e herdeiros biliardários – é uma iniciativa louvável. Ela revela explicitamente que o empresariado de maior peso não está de costas para a questão climática. E se propõe a participar ativamente de um plano “para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.” Não é pouca coisa. Mas a proposta de unir os Três Poderes parece um desafio maior do que acabar com todos os incêndios da Amazônia e do Cerrado, além do morticínio de outros biomas.

Tentar reagir ao risco de um desastre climático é, no mínimo, elogiável, e cabe mesmo às nossas elites assumirem a liderança dessa missão hercúlea. Porém, faltaram alguns parágrafos no texto. Assim como o meio ambiente é uma ameaça para ontem, a concentração de renda é um conflito para já, com um potencial de crescimento mais rápido do que o prazo do superaquecimento terrestre. Se, em 30 anos, estaremos todos fritos pelo calor cáustico, em cinco anos é líquido e certo que os donos da riqueza global, ínfimo 1% da população, ficarão ainda mais ricos. Ou seja: os 99% mais pobres serão ainda mais pobres.

A questão da riqueza excludente de uma absurda parcela de “desendinheirados” consta de forma tímida dos três pilares da agenda da reunião de cúpula do G20, no próximo mês de novembro, no Rio de Janeiro. As maiores nações do mundo parecem não considerar com a mesma relevância a relação dos temas de concentração de renda com a pobreza, miséria e “as milhares de crianças abandonadas junto a um cadáver de mãe” (apud Vinícius de Moraes). Tem sido sempre assim desde o pós-Segunda Guerra. Vide as condições da África, o chamado continente perdido. A próxima COP provavelmente repetirá a ausência da ausência. Se o mundo couber em uma mão dos mais ricos, isso não será um milésimo da preocupação dos países centrais e emergentes, das agências multilaterais e do próprio empresariado com a descarbonização. O clima ameaça a todos, mas o dinheiro em poder de uma molécula da sociedade é só um detalhe, Repita-se: a iniciativa de chamar a atenção para o desastre climático merece aplausos – as loas mais entusiásticas ficam para quando fizerem algo de concreto. Mas, tendo em vista o padrão de renda dos signatários, algumas linhas sobre a absurda concentração de renda e a desesperança dos excluídos – transformaria a carta aberta em uma atitude humanitária de ajoelhar e rezar. Fica a dica para um futuro manifesto. Aliás, segue outra dica. Melhor não usar a palavra pacto, que, no Brasil, sempre foi um convite à inação. Como dizia o Dr. Ulysses, “não mencionem pacto, porque vai virar pato”.

#desigualdade social #G20 #pobreza

Destaque

Softbank puxa a diáspora de sócios da Loggi

26/07/2024
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A Loggi, um dos unicórnios made in Brazil, está sobre o balcão. Há informações no mercado de que os principais acionistas da startup de encomendas expressas saíram em busca de compradores para a sua posição no capital. A fila é puxada pelo Softbank, exatamente o investidor de maior peso na empresa.
O gigante nipônico do venture capital participou das três últimas rodadas de capitalização da Loggi – Séries B, C e D -, quando a companhia levantou mais de US$ 460 milhões. Outros acionistas, como Monashees, Capsur Capital, Advent e Microsoft, também estão na ponta vendedora. Como o próprio movimento sincronizado sugere, não se trata de uma mera decisão de desinvestimento.
A revoada reflete o descontentamento dos fundos com a gestão e a performance da Loggi. Alguns desses investidores, a começar pelo próprio Softbank, teriam, inclusive, recusado a hipótese de um novo aporte. Consultada pelo RR sobre a iminente saída de acionistas, a Loggi disse que “não comentamos informações de mercado”.
Fundada pelos investidores Fabien Mendez e Arthur Debert em 2013, a Loggi é um exemplo da dor e delícia de ser uma startup no Brasil. No caso, mais dores do que delícias. A empresa surfou na gigantesca onda do e-commerce, transformando-se em um xodó de grandes fundos de venture capital. No lançamento da Série C, em junho de 2019, ganhou o carimbo de unicórnio.
Quase dois anos depois, em março de 2021, na última capitalização realizada, foi avaliada em quase US$ 2 bilhões. Em contrapartida, a Loggi foi uma incineradora de recursos por quase uma década. Somente atingiu seu breakeven em dezembro de 2023, segundo a própria Loggi informou ao RR. Teve ainda falhas estratégicas durante o seu percurso e foi obrigada a fazer ao menos duas pesadas levas de demissões, em 2022 e 2023. E, principalmente, sofre com problemas de ordem trabalhista, como praticamente todas as startups intensivas em mão de obra nestes tempos de “uberização” das relações laborais.

#Loggi #SoftBank

Destaque

Transferência internacional de dados, enfim, será regulamentada pela ANPD

14/06/2024
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Quase quatro anos após a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), finalmente o governo vai acabar com uma zona cinzenta da nova legislação. Segundo o RR apurou, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) deverá publicar no início do segundo semestre a regulamentação sobre a transferência internacional de dados pessoais. Em contato com o RR, a própria ANPD confirmou a informação, com exclusividade.

Não é de hoje que a autarquia, vinculada ao Ministério da Justiça, tem sido cobrada em relação ao assunto. A normatização é uma preocupação, sobretudo, de empresas estrangeiras presentes no país que hospedam e tratam no exterior dados pessoais colhidos no Brasil. Em seu artigo 33, a LGPD dispõe sobre a transferência internacional de dados. No entanto, a menção praticamente se resume às situações em que essa comunicação é permitida.

E, ainda assim, é extremamente vaga. Por exemplo: a legislação autoriza a transferência “quando o país ou organismo internacional de destino oferece um nível de proteção de dados pessoais adequado ao previsto na LGPD”. Porém, a LGPD não explicita o que é um “nível adequado” e nem quais são os mecanismos de adequação que permitam à ANPD reconhecer os países que têm ou não uma estrutura robusta de proteção às informações.

Plataformas de streaming, sites de e-commerce e bancos digitais – ou seja, serviços usados por dezenas de milhões de brasileiros – estão entre os grandes hard users globais das transferências internacionais de dados.

O tema está na ordem do dia. No mês passado, a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, recebeu uma multa recorde de 1,2 bilhões de euros do Comissário de Proteção de Dados da Irlanda, o principal órgão regulador da privacidade da União Europeia. A punição se deu pela transferência irregular de dados de usuários do Facebook da Europa para os Estados Unidos. Desde o ano passado, a própria ANPD negocia um acordo com a União Europeia para a adequação de normas. Hoje, com o gap regulatório ainda existente no Brasil, as empresas não têm qualquer balizador das circunstâncias em que estão autorizadas a remeter informações obtidas no país para o exterior.

Ou seja: no limite, é como se todas estivessem operando fora da lei, simplesmente porque não há lei para cumprir. Segundo a própria ANPD, “deve-se considerar que as transferências internacionais de dados pessoais continuam ocorrendo sem que haja regulamentação, devendo ser observada a LGPD, no que couber e no que for possível.”

As discussões se arrastam desde o ano passado. Em outubro, o diretor-presidente da ANPD, Waldemar Gonçalves, chegou a anunciar que a regulamentação sairia até o fim de 2023, mas o prazo ficou pelo caminho. Ao RR, a autarquia justificou o atraso dizendo que “o procedimento regulatório de qualquer órgão regulador é complexo e, por isso, leva tempo para sua conclusão. Assim como ocorreu com todas as normas já expedidas pela ANPD, o regulamento de Transferência Internacional de Dados passou por um profundo estudo sobre as reais necessidades da norma, e sobre as problemáticas e desafios”.

#ANPD

Economia

Todo brasileiro adoraria viver no Brasil de Joaquim Levy

24/05/2024
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O Banco Safra está projetando um Brasil pedalando firme já no final de 2024 e colhendo essa “boa safra” durante o futuro próximo. Essa é a conclusão que pode ser tirada da análise do ex-ministro Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relações com o Mercado da instituição financeira, em artigo publicado no Valor Econômico, na última quinta-feira. A julgar pelo que diz Levy, na prática o economista-chefe do Safra, quem apostar no banco ganharia duplamente: primeiro, o retorno do dinheiro investido; e, em segundo lugar, o privilégio de viver em um país róseo e exuberante. O economista, um respeitado conjunturalista e policy maker, não leva em consideração variáveis exógenas que não estão no horizonte, pelo menos com grande probabilística. Levy não é um insider, mas deve conhecer alguma coisa (ou alguém) nos intestinos do poder. Afinal, foi ministro da Fazenda do governo Dilma. Seja como for, o ex-ministro destoa completamente do mercado. Pelo menos no que se vê no Boletim Focus, nas análises dos economistas das instituições financeiras e na turma da academia que, como ele, também fez doutorado na Universidade de Chicago – o RR realizou uma pesquisa das expectativas econômicas para 2024/2025 do setor financeiro comparando 17 subsetores da indústria, e o resultado foi comparativamente pior, na média, em 98%, por parte dos financistas.
Bem, não existe nenhuma regra que a mesa de operações do banco tenha de seguir a orientação do economista-chefe da instituição, apesar dele estar lá para isso. Mas não deixa de ser curioso o Safra, conhecido por seu conservadorismo, assinar, por tabela, um cenário tão positivo para o país. Oxalá!

#Banco Safra #crescimento econômico #Joaquim Levy

Judiciário

TST congela julgamentos de aplicativos de entrega à espera do STF

8/03/2024
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A regulamentação do trabalho em aplicativos ainda vai dar muito pano para manga. Ministros do TST discutem, intramuros, a possibilidade de suspender o julgamento de ações sobre o vínculo empregatício com plataformas de entrega. Os olhares estão voltados para o STF. O Supremo vai julgar um recurso do Uber, que questiona decisão favorável a um motorista.

A Corte já decidiu, por unanimidade, que a sentença terá repercussão geral, ou seja, valerá para todos os demais processos trabalhistas referentes a aplicativos de transporte. Mas talvez não apenas para plataformas de transporte. Há um entendimento de juristas de que a decisão poderá ser estendida também para prestadores de serviços de aplicativos de delivery.

Por isso, há, desde já, um receio entre os ministros do TST em proferir sentenças que poderão ser derrubadas pelo STF. Cabe lembrar que o tema já é motivo de fricção entre as duas Cortes – conforme o RR publicou. Sete ministros do STF já negaram a existência de vínculo empregatício com aplicativos tanto de entrega quanto de transporte, na maioria dos casos atropelando sentenças anteriores da Justiça do Trabalho.

#Uber

RR Destaques

Vale e Petrobras: os planos do governo

28/02/2024
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No que concerne a relação entre Vale e governo, fundamental ter uma questão em mente: é difícil que o Planalto adote iniciativas realmente heterodoxas, que sejam lidas como uma espécie de intervenção, mas em nenhum momento deixou ou deixará de querer emplacar um nome de sua confiança no comando da empresa.

É ilusório avaliar, em qualquer cenário, que houve ou haverá recuo nesse interesse. Trata-se de uma convicção pessoal de Lula, que converge com a visão do PT e não terá nenhuma intervenção da Fazenda, salvo em uma hipótese “radical”, que é muito improvável. O que pode acontecer, aí sim, são pausas e avanços, de acordo com o momento, os balões de ensaio e as “oportunidades” que o Planalto detectar, em termos de custo benefício.

Em outra questão polêmica, algo similar se aplica a Petrobras. A declaração do presidente da estatal, Jean Paul Prates, indicando “cautela” no pagamento de dividendos, obviamente causa um impacto imediato, pela natureza do mercado.

Mas não se trata de um movimento pendular, ou de uma tese que encontra adversários dentro do governo, pelo contrário. É uma questão, apenas, de tempo ou timing. O planejamento do atual governo é esse e não mudará: ampliar os valores reinvestidos e direcionar fortemente a estatal para a energia renovável, entre outros campos. Difícil que haja surpresas aí, a não ser para quem queira ser surpreendido.

Haddad ganha capital
O superávit de R$ 79 bilhões em janeiro (o terceiro maior da série histórica para o mês, iniciada em 1997) embute receitas que não se repetirão e está longe de ser uma garantia de que a meta de déficit zero em 2024 será alcançada.

Ainda mais porque há forte indefinição quanto ao que a Fazenda conseguirá pôr na mesa (que dirá aprovar), via Projeto de Lei, para substituir as desonerações de 17 setores da economia. Assim como se terá força de negociação para manter o “corte” do Perse, programa criado na pandemia e voltado ao setor de eventos. O processo está anda mais embaralhado porque há inúmeras disputas em curso no Congresso, com destaque pelos postos em comissões, e o ministro se ausentou momentaneamente do cenário.

A despeito desses fatores, entretanto, o número gera, efetivamente, impacto positivo para a credibilidade de Haddad e dá a ele, ao menos conjunturalmente, mais capital tanto junto ao mercado e aos agentes econômicos como em uma batalha que já está sendo travada internamente, acerca da necessidade de contingenciamentos orçamentários.

Externamente – e no mundo politico – diminui e muito a argumentação de que os planos do ministro para o equilíbrio das contas, via a correção do que avalia como brechas fiscais, seria utópico.

Já os adversários do ministro dentro do PT, embora menos vocais recentemente, mantém a “espada no pescoço” de Haddad, antecipando um possível desgaste com a falta (ou até incerteza) de verbas para programas importantes do governo, se acabar sendo necessário represar recursos pelo não cumprimento da meta, visando respeitar o arcabouço fiscal.

A hora dos aplicativos

A grande variável que o governo levará em conta na proposta final a ser apresentada sobre a nova regulamentação para os motoristas de aplicativos, a princípio semana que vem, não será o Uber, nem mesmo o Congresso (embora ele seja uma preocupação). O “público alvo” é a classe de motoristas, que o governo avalia como sendo um nicho do “novo trabalhismo”, mas, no fundo, dominada politicamente pela linha do ex-presidente Bolsonaro.

Há, também, outro fator: é essencial que o acordo a que se chegar represente um sentimento de maioria. É isso que tenderia a garantir que o STF evitaria uma decisão que se sobrepusesse ao projeto, em julgamento que está em suas mãos, ainda sem data para ir a plenário.

#PT #Vale do Rio Doce

Tecnologia

Drone da Aerologix “sobrevoa” o Brasil em busca de startups

28/02/2024
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A startup australiana Aerologix está em conversações para a compra de uma agtech brasileira, especializada em mapeamento de lavouras. No fim do ano passado, a empresa fechou sua primeira aquisição no país, a Mappa, que produz softwares para o monitoramento georeferencial de plantações. A Aerologix se apresenta como o “Uber dos drones”, por conectar fabricantes de equipamentos e desenvolvedores de soluções para a captação de imagens aéreas a investidores do agronegócio.

#Aerologix

Futebol

Fundo inglês ensaia entrada nos gramados brasileiros

20/12/2023
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Um grande banco de investimentos brasileiro, que carrega um punhado de mandatos para a venda de SAFs (Sociedade Anônima do Futebol), vem mantendo conversações com a Aethel Partners, sediada em Londres. Em pauta, não apenas a possibilidade de compra de participações em clubes brasileiros, mas também a aquisição de direitos comerciais, como licenciamento de marca e contratos com TV. A gestora pertence ao investidor português Ricardo Santos Silva e à norte-americana Aba Schubert. No ano passado, a Aethel fez uma proposta de 2,4 bilhões de euros para comprar o Chelsea, então controlado pelo magnata russo Roman Abramovich. Mas perdeu o jogo para o empresário norte-americano Todd Boehly.

#Aethel Partners #futebol #SAFs

Destaque

Passagem da Merqueo pelo Brasil vira um litígio transnacional

26/09/2023
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A efêmera atuação da startup colombiana Merqueo no Brasil está prestes a se transformar em um contencioso internacional. O RR apurou que ex-funcionários da plataforma de delivery se mobilizam para acionar a empresa na Justiça da Colômbia. O objetivo seria cobrar diretamente da matriz o passivo trabalhista da finada operação brasileira.

A Merqueo encerrou suas atividades no país em julho, deixando para trás mais de uma centena de demitidos e uma dívida de R$ 12 milhões. Uma das hipóteses aventadas é incluir esses débitos no processo de recuperação empresarial da startup aberto na Câmara de Comércio de Bogotá. De acordo com um advogado que atua no caso, o primeiro passo deve ser o pedido de declaração da falência da companhia à Justiça brasileira. A abertura do chamado juízo falimentar teria o condão de acelerar o rito do processo junto ao Judiciário da Colômbia.

Os credores têm um trunfo a seu favor. O país vizinho adota em seu ordenamento jurídico a lei da UNCITRAL (Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional) sobre insolvência transnacional), mais precisamente no Título III (“De la Insolvencia Transfronteriza”) dos artigos 85 a 116 da Lei 1.116, de 27 de dezembro de 2006. O Brasil segue as mesmas regras para o tratamento de falências e recuperações empresariais com implicações transnacionais, o que abre caminho para a cooperação entre o Judiciário dos dois países. O RR fez seguidas tentativas de contato com a Merqueo, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

A Merqueo chegou ao Brasil, em julho de 2021, com o status de maior supermercado 100% digital da América Latina. A empresa empreendeu uma expansão internacional na região após captar quase US$ 90 milhões no mercado. Entre os seus investidores, figuram fundos internacionais – como o norte-americano Digital Bridge, e a o dinamarquês IDC Ventures – e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A entressafra global no mercado de venture capital atingiu duramente a companhia, que não conseguiu realizar uma nova capitalização. No Brasil, a empresa sucumbiu à competição com o Rappi e, sobretudo, o iFood, um dizimador de concorrentes – vide a saída do Uber Eatsdo país. Além do revés no mercado brasileiro, a Merqueo encerrou também suas atividades no México. A crise abalroou os planos de startup colombiana de fazer seu IPO na Bolsa de Nova York. A empresa chegou a entrar com o pedido, mas cancelou a operação no mês passado.

#Colômbia #Merqueo #UNCITRAL

Política

Rui Costa teme a “invasão” do MST em pautas do interesse do governo

2/08/2023
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, é o mais incomodado no Palácio do Planalto diante da falta de compromisso do MST com a palavra dada. O combinado com o presidente do Movimento, João Pedro Stédile, é, logo a seguir, descombinado sem quer haja interlocução prévia com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira. Já chega no Palácio como fato consumado. Há uma complicação adicional. Lula tem por Stédile declarada gratidão, devido ao presidente do movimento social ter colaborado, em momentos chaves, arrefecendo as ocupações em terras. Um exemplo: na disputa eleitoral do ano passado o MST reduziu ao mínimo o ritmo das suas invasões e criou 7.000 comitês de luta e “campanha”. Quando o assunto é tratado, Lula responde no seu estilo do “pode ser que sim, mas é bom pensar melhor”. Recado de que não quer mexer no vespeiro.  

Rui Costa, contudo, sabe que o perigo cavalga a cavalo e quer agir rapidamente, devido ao risco das CPIs do MST e do 8 de Janeiro, que foram instaladas em maio e, a princípio, deveriam ser concluídas ainda julho (a CPI do 8 de Janeiro já ganhou 60 dias de prorrogação), embolarem com a PEC do arcabouço fiscal. Das emendas constitucionais de interesse imediato do governo essa é mais urgente. Precisa da aprovação do Congresso para ontem. E justamente essa que o presidente da Câmara, Arthur Lira, usa como carta na mesa para ter aprovada a minirreforma ministerial do Centrão. Devido à dificuldade na condução do problema com o MST, Costa analisa trazer reforços para que o assunto seja tratado com maior celeridade. Alguns nomes, com proximidade com Stédile, tais como Miguel Rosseto e Patrus Ananias, ambos ex-ministros nas áreas de reforma agrária e segurança alimentar, seriam convocados para adensar as conversações, isoladamente ou em grupo. Maria Fernanda Coelho também é pensada para integrar a força tarefa, mas é considerada, digamos assim, uma ministra “easy” do Desenvolvimento Agrário – ocupou o cargo em 2016, no fim do governo Dilma. Raul Jungmann, que se entrosava melhor com os sem-terra, virou lobista do Instituto Brasileiro de Mineração. De uma certa forma, está até na ponta contrária.  

E onde fica o ministro Paulo Teixeira? Ele tem entregado anéis e até os dedos para amaciar o MST, mas até agora não teve nenhuma recíproca. Teixeira diz que o governo retornará com tutta forza della macchina o programa de reforma agrária no Brasil. Criou uma Comissão de Mediação de Conflitos Fundiários, chamando uma juíza, uma defensoria pública e um delegado de política. O resultado é pífio, os membros da Comissão não têm praticamente agenda de trabalho com o ministro do Desenvolvimento Agrário e, provavelmente, nunca sequer viram alguma das autoridades do governo central. Teixeira fala, fala, fala, mas não tem tato. Afirma, ao mesmo tempo, que o “governo não vai admitir ocupações de terra fora da lei”, com a mesma ênfase que promete carinhos ao MST. Se confunde todo afirmando que “quando os movimentos souberem de alguma terra improdutiva, basta indicá-la ao Incra”. Só que o orçamento do Incra para compra de terras, neste ano, é de apenas R$ 2 milhões.  

O MST tem mandado bala. Promoveu o “Abril Vermelho”, referência ao massacre de Eldorado do Carajás (PA), fez uma invasão prolongada nas terras da empresa Suzano e ocupou até áreas da Embrapa. E tem conflitos fundiários em São Paulo, com o nome de “Marielle Vive”; em Minas Gerais, perto de Alfenas; e um pesado ataque fundiário no sul do Pará. Não custa rememorar que o MST, entre organizações, associações e cooperativas, é responsável por 30% da produção alimentar, incluindo os diversos itens agrícolas.  

A confusão é tão grande que a questão fundiária envolve 27 siglas, entre órgãos federais e instituições internacionais. Mas qual a quantitativa divergência entre o MST e o governo? Pois bem, Paulo Teixeira afirma que são 80 mil famílias à espera de assentamento. O MST, por sua vez, diz que são 100 mil famílias, das quais 30 mil, em processo de assentamento, até agora levaram um beiço do Incra. Por enquanto, o que se conclui desse enorme imbróglio é que está difícil a paz no campo, que a CPI do MST pode enrolar a aprovação do arcabouço – que não tem compromisso de prazo –, afetar a política econômica de Fernando Haddad e deixar o ministro Rui Costa arrancando os cabelos, já que parece ser o único no Palácio do Planalto que está dando maior peso a questão.

#João Pedro Stédile #MST #Rui Costa

Tecnologia

Startup argentina cruza a fronteira

28/06/2023
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A startup argentina Moova, especializada na área de logística, prepara sua entrada no Brasil. A empresa desenvolveu uma plataforma voltada à contratação de motoristas e caminhões ociosos. Uma espécie de “Uber do transporte de cargas”. Os argentinos já têm feito sondagens junto a empresas de logística brasileira para possíveis parcerias. A Moova recebeu um aporte de recursos da Toyota e uma série de fundos de venture capital, entre eles os norte-americanos Kalei e FJ Labs e o britânico Aybe Investments.

#Argentina #Moova

Empresa

Uber quer lançar seu serviço carros elétricos no Brasil

28/04/2023
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A Uber tem feito estudos para lançar no Brasil o seu serviço de veículos elétricos, o “Uber Green”. A operação já está disponível em 14 países. No caso do Brasil, uma das ideias em discussão na empresa é buscar parcerias com grupos da área de energia. A falta de estações de recarregamento das baterias no país é um dos maiores desafios. O outro é a ainda reduzida frota de automóveis dessa natureza. Estima-se que existam no Brasil pouco mais de 130 mil veículos com algum tipo de eletrificação, sendo que apenas 14 mil deles são 100% movidos a energia elétrica. Nesse caso, uma saída cogitada na Uber seria acordos com empresas de locação de automóveis para facilitar o acesso de motoristas cadastrados aos veículos. Ou seja: é muito fio que a plataforma ainda terá de encapar para lançar o Uber Green no Brasil. De qualquer forma, seria um ganho intangível de imagem enorme. É só imaginar a Uber posando de grande promotor da renovação da matriz energética do país.

#Uber

Negócios

Startup de logística chilena aterrissa no Brasil

25/04/2023
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A startup chilena Wareclouds, que atua na área de logística, prepara seu desembarque no Brasil. Segundo o RR apurou, as primeiras bases de operação da empresa ficarão em São Paulo e no Rio de Janeiro. A empresa está em busca de áreas para a instalação de centros de distribuição no país. O Brasil é um dos pilares da estratégia de expansão da Wareclouds na América Latina. A companhia, que recebeu recentemente aporte do fundo americano Plug and Play e do chileno CLIN, está entrando também no México. Assim como Uber, AirBNB e que tais, a Wareclouds nasce na chamada economia da ociosidade. A empresa conecta plataformas de e-commerce e parceiros cadastrados, que cedem sua própria residência para o armazenamento de mercadorias.

#Wareclouds

Destaque

Brasil busca parceiros internacionais para aumentar produção de fertilizantes

12/04/2023
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O governo pretende fazer movimentos mais contundentes no mapa geopolítico para reduzir o déficit de fertilizantes no Brasil. A estrada principal leva à Rússia. Lula tem feito aproximações sucessivas com Vladimir Putin no intuito de aumentar os investimentos de empresas russas na produção de adubo no país. Nenhuma outra nação tem uma posição tão expressiva na indústria brasileira de fertilizantes quanto a Rússia. O principal player é a Eurochem, que já comprou a Tocantins e Heringer e, segundo o RR apurou, está em busca de novas aquisições no país. Isso para não falar dos projetos greenfield da companhia, como o aumento da produção de concentrado fosfático no Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre (MG) – a meta é saltar de 400 mil toneladas para um milhão de toneladas por ano. No governo, há, inclusive, quem enxergue a Eurochem como um potencial parceiro da própria Petrobras, que, conforme o próprio Lula já declarou reiteradamente, voltará a ter um papel estratégico no aumento da produção interna de fertilizantes. A estatal, ressalte-se, tem importantes empreendimentos no pipeline. O maior deles é a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III), de Três Lagoas (MS). A companhia também planeja desengavetar a instalação da UFN V, em Uberaba. No caso da UFN III, não custa lembrar que outra empresa russa, a Acron, esteve perto de comprar a unidade em 2021. 

A Rússia é o principal, mas não o único caminho. Na cartografia dos fertilizantes, o governo Lula pretende pegar também uma estrada vicinal. A China surge como uma alternativa de parceria para aumentar a produção de adubo no Brasil. De acordo com informações filtradas do Itamaraty, autoridades diplomáticas dos dois países vêm discutindo a possibilidade de investimentos conjuntos no setor. O tema, inclusive, poderá ser incluído na pauta do encontro entre Lula e o presidente Xi Jinping, nesta semana. Ainda que não seja um grande player global da área de fertilizantes, a China teria interesses específicos para investir nesse segmento em solo brasileiro. Uma das motivações seria garantir o suprimento da Cofco International, um gigante do agronegócio. A estatal chinesa já investiu mais de US$ 1 bilhão na produção de grãos no Brasil. A empresa é hoje a sexta maior exportadora de soja do país. Não custa lembrar também que a China fez recentemente um movimento importante no tabuleiro sul-americano: a mineradora Shaanxi Coal Group anunciou investimentos de US$ 1,2 bilhão na instalação de uma fábrica de amônia e ureia na Argentina.  

A aproximação com a China seria uma forma de o governo brasileiro equilibrar a balança dos acordos internacionais de forma a não ficar excessivamente indexada à Rússia. Ou melhor: mais indexado à Rússia. O Brasil importa 85% dos fertilizantes que consome. Dessa montanha de adubo, mais de um terço vem do país de Vladimir Putin. 

#Acron #China #Cofco International #Fertilizantes #Lula #Rússia #Shaanxi Coal Group #Vladimir Putin

Destaque

Não há vacina contra a herança do governo Bolsonaro na saúde

17/03/2023
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O Ministério da Saúde deverá iniciar, nos próximos dias, uma ampla auditoria dos estoques de vacinas em todo o país – seja em poder do próprio governo federal ou das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. A gestão do ex-ministro Marcelo Queiroga deixou vários pontos cegos em relação ao controle da quantidade de imunizantes disponíveis. O principal objetivo da ministra Nísia Trindade e de sua equipe é evitar casos similares ao criminoso desperdício de vacinas contra a Covid. Mais de 39 milhões de doses foram perdidas por não serem aplicadas dentro do prazo de validade, impondo aos cofres públicos um prejuízo estimado em R$ 2 bilhões. Parte expressiva desse volume venceu em 31 de janeiro – conforme o RR antecipou com exclusividade. Quase dois meses antes, a publicação revelou que o Brasil corria o risco de perder 20 milhões de unidades do imunizante com validade exatamente até o fim de janeiro. Lamentavelmente, dito e feito.  

Além de perdas como essa, o intuito da auditoria é identificar a falta de determinadas vacinas na rede pública. Em sua reta final, o governo Bolsonaro teria interrompido negociações para a reposição de estoques. Segundo o RR apurou, o Ministério da Saúde já teria identificado, por exemplo, déficit da vacina BCG, contra a tuberculose. A Fundação Ataulpho de Paiva, única fabricante do imunizante no país, estaria com dificuldades de entregar o produto pela falta de agulhas. Por ser aplicada em crianças recém-nascidas ou até um ano de idade, a BCG exige o uso de seringas específicas para a administração de doses de 0,05 ml. Parcela significativa dos recursos da Fundação Ataulpho de Paiva para a aquisição de insumos e desenvolvimento de vacinas vem de verbas do Ministério da Saúde. Some-se a isso o fato de que a fábrica da instituição, no Rio de Janeiro, sofreu interdições por falta de condições ideais, forçando a importação da vacina. No entanto, de acordo com a mesma fonte, o Ministério da Saúde não teria feito encomendas no volume necessário para suprir a demanda.  

#Jair Bolsonaro #Marcelo Queiroga #Ministério da Saúde

Judiciário

Justiça do Trabalho fecha o cerco à Uber 

13/03/2023
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Além da pressão do governo, notadamente do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a Uber começa a se deparar com um ambiente hostil aos seus interesses também na Justiça do Trabalho. Segundo o RR apurou, entre os ministros do TST está se consolidando o entendimento de há, sim, vínculo trabalhista entre os motoristas da plataforma e a companhia. A 4ª, 5ª e 8ª Turmas da Corte já proferiram decisões neste sentido. Segundo fonte do próprio TST, a 6ª Turma também já teria formado maioria na mesma direção. Em um julgamento recente, o ministro Alexandre Agra Belmonte se recusou a referendar uma proposta de acordo oferecida pela Uber e considerou que a empresa agia de má fé. De acordo com a mesma fonte, a tendência é que as sentenças favoráveis a motoristas estabeleçam jurisprudência quanto ao vínculo trabalhista.

#Justiça do Trabalho #Uber

Destaque

Petrobras retoma investimentos na área de fertilizantes

1/03/2023
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A Petrobras voltará a ser um instrumento do Estado para a redução do déficit de fertilizantes no Brasil. Segundo o RR apurou, a nova diretoria da estatal já estaria trabalhando em um cronograma para a reabertura de fábricas e a retomada de projetos paralisados durante o mandato de Jair Bolsonaro. De acordo com a mesma fonte, uma das primeiras medidas será o reinício das obras de construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III) de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Há pouco de mais um mês, a estatal suspendeu o processo de venda do complexo. O custo previsto para a conclusão da UFN III gira em torno de R$ 3 bilhões. A companhia também pretende tirar da gaveta o projeto de construção da UFN V, em Uberaba (MG). Outra iniciativa seria a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), fechada desde 2020. Hoje, as importações de fertilizantes respondem por aproximadamente 85% do consumo total no Brasil. Estima-se que, em plena operação, as três fábricas possam reduzir esse índice em algo próximo a dez pontos percentuais. É apenas o início. Internamente, segundo informações apuradas pelo RR, Prates já sinalizou que, sob sua gestão, a Petrobras vai desenvolver outros projetos no setor.

Mais do que uma resolução corporativa, a volta da Petrobras à área de fertilizantes é uma decisão de governo. Durante a campanha, o próprio Lula criticou duramente a saída da estatal desse setor. Noves fora questões de ordem política, as circunstâncias até fundamentavam a posição da Petrobras durante o mandato de Jair Bolsonaro. Mesmo considerando o custo do frete o imposto de importação, houve um momento em que comprar fertilizante no exterior, notadamente da Rússia, era mais barato do que adquirir o insumo produzido no Brasil. A guerra contra a Ucrânia mudou essa dinâmica do mercado e reduziu o gap de oportunidade. Some-se a isso o surgimento de outras variáveis que podem tornar a retomada dos projetos em fertilizantes um bom negócio para o Brasil e para a própria Petrobras. A produção de petróleo na Margem Equatorial, nova fronteira energética no país, deverá provocar um aumento da produção interna de gás, o item mais relevante na estrutura de custos para a produção de adubo. Além disso, tratativas em curso com a Bolívia e a Argentina – neste caso envolvendo a construção do gasoduto Nestor Kirchner – também podem aumentar a oferta do combustível a preços mais vantajosos. De quebra, há ainda um ganho político para Lula: a retomada dos investimentos da Petrobras no setor dá ao presidente uma valiosa moeda de troca com governadores. 

#Jair Bolsonaro #Petrobras #UFN III

Empresa

Plataforma de delivery do Magazine Luiza faz dieta forçada

27/02/2023
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A recente demissão de 70 funcionários é apenas o sintoma mais visível da indigestão do Aiqfome, aplicativo de entregas controlado pelo Magazine Luiza. Segundo o RR apurou, a rede varejista de Luiza Helena Trajano não demonstra apetite para fazer novos aportes no negócio, comprado em 2020. Ao mesmo tempo, o Aiqfome estaria sofrendo com a baixa rentabilidade. Apesar do esforço para expandir sua área de atuação – já são mais de 800 municípios -, a empresa não tem conseguido transformar o avanço territorial em aumento dos lucros. Ressalte-se, sobretudo, a dificuldade de entrar em cidades maiores, com mais de 500 mil habitantes. Na maioria dos casos, são regiões blindadas pelo iFood, com suas controversas e agressivas estratégias comerciais, notadamente acordos de exclusividade com restaurantes. Neste mês, a plataforma fechou um acordo com o Cade. Comprometeu-se a encerrar contratos de exclusividade com redes de restaurante que tenham mais de 30 lojas. A interferência do órgão antitruste chegou tarde demais para diversos concorrentes do iFood que não conseguiram sobreviver nesse mercado e encerraram suas atividades, inclusive o gigante Uber Eats. A ver se ainda veio a tempo para o Aiqfome manter seu lugar à mesa. Procurado pelo RR, o Magazine Luiza não se pronunciou.

#iFood #Magazine Luiza #Uber Eats

Política

Há vagas de sobra na Pasta da Ciência e Tecnologia

5/01/2023
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O quebra-cabeças do Ministério da Ciência e Tecnologia ainda está longe de ser concluído. A ministra Luciana Santos tem encontrado dificuldades para preencher as cadeiras da própria Pasta e de entidades vinculados a sua estrutura. Há mais de 30 cargos de confiança ainda vagos, notadamente nas 16 unidades de pesquisa do Ministério, entre os quais o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Em tempo: a posse de Luciana Santos, na última segunda-feira, foi marcada por um forte clima de constrangimento. Dirigentes de 11 institutos e unidades de pesquisa ligados à Pasta souberam praticamente durante a cerimônia que estavam demitidos. Ou seja: participaram do evento já desinvestidos dos respectivos cargos. Suas exonerações haviam sido publicadas no Diário Oficial da União do mesmo dia, em meio a 1.204 nomes afastados de cargos DAS 5 e DAS 6 na administração federal.

#Inpa #INPE #Ministério da Ciência e Tecnologia

Destaque

Governo Lula terá prazo mais longo para cumprir novo enquadramento fiscal

2/01/2023
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Até junho, período estipulado para o governo de Lula apresentar o novo arcabouço fiscal, Fernando Haddad e seus assessores terão tempo para fazerem contas e exercitarem a criatividade. Mas já existe uma certeza: o prazo para o cumprimento da restrição fiscal será bem maior do que o atual de um ano. Segundo emissário do RR junto aos economistas que assessoram Haddad, o novo intervalo para o enquadramento fiscal será de quatro a oito anos. É um espaço de tempo muito mais longo para perseguir um resultado primário que colabore para reduzir a trajetória da dívida pública. Hoje, a verificação se os gastos couberam ou não no teto é anual. Se as despesas não ficarem dentro das regras ao término de 12 meses, pronto, a equipe econômica está crucificada. A questão é que, se por um lado a extensão prolongada do tira-teima orçamentário torna mais fácil arrumar as contas públicas, por outro é muito menos justificável o descumprimento das metas fiscais. Ficam o ônus e o bônus com o PT. Quem pariu Mateus que o embale.

#Fernando Haddad #PT

Negócios

Efeito Elon Musk provoca apagão no Twitter Brasil

23/11/2022
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A direção do Twitter no Brasil – à frente a executiva Fiamma Zarife – está às escuras. Na esteira da grave crise na companhia, deflagrada pelo “tufão” Elon Musk, uma série de informações desencontradas tem chegado à operação brasileira desde a semana passada. Da sede da empresa, em São Francisco, já vieram sinais de que mais demissões serão realizadas nas próximas semanas. Na última sexta-feira, circularam na companhia rumores de que a própria Fiamma Zarife, diretora-geral no país, seria afastada do cargo, o que não se concretizou até o momento. Procurado pelo RR, o Twitter Brasil não se pronunciou. 

Na primeira semana de novembro, cerca de 150 funcionários da subsidiária brasileira foram dispensados. O processo de demissão causou profunda irritação entre os próprios executivos da empresa no país: os colaboradores afastados souberam da demissão ao chegar para trabalhar e encontrar seus computadores bloqueados. No mesmo dia, Fiamma Zarife postou uma mensagem em inglês prestando solidariedade a todos os “tweeps” – forma como os funcionários são chamados dentro da própria companhia. Ainda que indiretamente, é como se Fiamma tivesse usado o Twitter para mostrar sua reprovação ao próprio Twitter. 

#Elon Musk #Twitter

Economia

O perigo vem da Venezuela

25/10/2022
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O RR apurou que o Ministério da Agricultura vai intensificar a fiscalização sanitária na fronteira na Venezuela. A medida emergencial se deve ao surto de tuberculose bovina no país vizinho. O desafio é que não basta controlar a entrada de gado venezuelano no Brasil. A bactéria Mycobacterium bovis é transmissível a outros mamíferos, o que aumenta o risco de disseminação da doença nos estados próximos à Venezuela. O temor entre os técnicos da Agricultura é que o caso afete a pecuária da Região Norte. O maior fator de apreensão é sempre a China: os asiáticos costumam suspender importações de carne ao menor sinal de alguma ameaça sanitária. Tradicionalmente aproveitam-se desses episódios para pressionar pela redução das cotações.

#Ministério da Agricultura #Venezuela


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Pedalada

10/10/2022
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O youtuber Monark, codinome de Bruno Aiub, teria sido sondado pela campanha de Jair Bolsonaro para participar dos programas eleitorais do presidente na TV. Ex-acionista do podcast Flow, o influencer é pródigo pelas polêmicas. Na mais notória delas, defendeu a existência de um partido nazista no Brasil.

#Jair Bolsonaro #Monark


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Fenômeno das redes

18/07/2022
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Felipe Neto, um dos mais bem sucedidos e polêmicos influencers do Brasil, tem sido sondado por fundos de investimento dispostos a comprar uma participação no seu latifúndio digital. Entre outros negócios, Neto é um dos cinco maiores YouTubers do mundo, com mais de 45 milhões de inscritos em seu canal.

#Felipe Neto #YouTube


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Concorrência com fome

4/07/2022
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É grande o apetite contra o iFood. O aplicativo de delivery Goomer vai se juntar à Rappi na ação movida contra o concorrente no Cade. O iFood é acusado de impor acordos de exclusividade e cláusulas draconianas a bares e restaurantes. Foi a principal razão para a Uber encerrar as atividades da divisão Uber Eats no Brasil.

#Cade #iFood #Rappi #Uber Eats


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Venda pré-datada

9/06/2022
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A Aliansce Sonae negocia a venda integral das suas participações no Uberlândia Shopping e o Boulevard Londrina. Trata-se de uma espécie de “Operação Acalma Cade”. A Aliansce já está se desfazendo de ativos para facilitar a aprovação da sua fusão com a BR Malls.

#Aliansce Sonae #BR Malls


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Boi bumbá

29/04/2022
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Sinal do prestígio de Jair Bolsonaro entre os parlamentares: o Palácio do Planalto recebeu nos últimos dois dias mais de 30 pedidos de deputados e senadores, notadamente da bancada ruralista, que querem compor a comitiva oficial de Bolsonaro na visita à Expozebu, em Uberlândia, neste fim de semana.

#Jair Bolsonaro #Palácio do Planalto


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Esquenta a disputa… pelo terceiro lugar

21/02/2022
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O argentino Pablo Nobel, marqueteiro de Sergio Moro, está em busca de youtubers para participar dos programas eleitorais do candidato. A ideia é criar um quadro fixo no estilo podcast, voltado ao público jovem. Seria uma resposta aos vídeos de Ciro Gomes, no modelo “react”, desconstruindo entrevistas e declarações do próprio Moro. Os vídeos do pedetista têm feito razoável sucesso nas redes sociais.

#Ciro Gomes #Sérgio Moro


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“Uberização”, sim, mas com limites

14/02/2022
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Má notícia para Uber, iFood, Rappi e congêneres. De acordo com uma fonte do próprio TST, dentro da Corte há um crescente entendimento quanto à existência de vínculo empregatício entre motoristas e entregadores de aplicativos com as respectivas empresas. Neste momento, esta seria, inclusive, a interpretação predominante entre os integrantes da Subseção Especializada em Dissídios Individuais 1. Uma forte sinalização neste sentido vem de um julgamento sobre o tema em curso na Sexta Turma do Tribunal. Dois ministros já votaram a favor da tese. Ambos fazem parte da Subseção I, que também deverá apreciar a matéria. Dos 11 ministros restantes, outros três já sinalizaram também votar pelo vínculo, de acordo com a mesma fonte. Ficaria faltando apenas um voto pró-trabalhadores.

#iFood #Rappi #Uber


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Alta caloria

9/02/2022
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O Rappi já ajudou a “expulsar” o Uber Eats do Brasil – o sistema encerra sua atuação no país em março. Agora planeja expandir suas operações para outros mercados da América do Sul.

#Rappi #Uber Eats


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Ziguezague

25/01/2022
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Informação que trafega entre os lobistas da Uber no Congresso: Arthur Lira pretende unificar em um só texto os 21 projetos de lei em tramitação na Câmara sobre a regulamentação das relações trabalhistas em aplicativos móveis. Juntar duas dezenas de projetos parece até coisa de quem não quer votar nenhum.

#Arthur Lira #Uber


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Ouro líquido

27/12/2021
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A Petrobras reforçou a escolta dos caminhões-tanque que saem de suas refinarias. Além disso, as viagens de madrugada, comuns
para reduzir a evaporação de combustível, passaram a ser evitadas. Sinal dos tempos: o roubo de combustível aumentou com alta dos preços. O “valuation” de um caminhão-tanque cheio chega a R$ 200 mil.

Por falar em combustíveis: ao longo do ano, a Uber já perdeu cerca de 15% de seus motoristas no Brasil. É gente que não aguentou os custos para manter um carro na rua. Ou seja: o governo Bolsonaro está conseguindo desempregar até os desempregados.

#Petrobras #Uber


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Os ziguezagues da Uber

23/12/2021
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O ano de 2022 promete novos embates entre a Uber e seus motoristas na Justiça do Trabalho. Há outros dois processos em curso no Tribunal Superior do Trabalho envolvendo o vínculo empregatício ou não com a plataforma de transporte. A companhia joga suas fichas nessas ações para reverter, em plenário, o entendimento da 3a Turma do TST. Na semana passada, o microcolegiado reconheceu que os motoristas são, sim, empregados da Uber.

#Tribunal Superior do Trabalho #Uber


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Adubo financeiro

3/11/2021
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A Cibra, leia-se a norte-americana Ominex e a Anglo American, deve anunciar ainda neste ano a compra de mais duas fábricas de fertilizantes. No início deste ano, a empresa adquiriu uma planta da Heringer em Uberaba.

#Cibra #Heringer


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Invisibilidade contra o roubo de cargas

24/09/2021
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O Mercado Livre tem ampliado gradativamente o número de entregadores autônomos, em detrimento da contratação dos Correios e de outras empresas de encomendas expressas. Além da redução dos custos logísticos, a medida tem outra motivação: driblar o aumento do roubo de cargas. Os entregadores autônomos são uma espécie de “Uber do delivery”: usam seus próprios carros particulares, sem qualquer identificação do Mercado Livre.

#Correios #Mercado Livre


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Picuinhas diplomáticas

5/03/2021
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Segundo o RR apurou, o embaixador Daniel Scioli fez chegar ao Itamaraty a insatisfação do governo argentino com recentes declarações de Paulo Guedes. Em entrevista ao yotuber Thiago Nigri, Guedes disse que o Brasil pode “virar a Argentina em seis meses” se tomar decisões erradas na política econômica. Soa a briga de condomínio. Ainda assim, no métier da diplomacia, a questão ganha alguma importância pelo timing: o primeiro encontro entre os presidentes Jair Bolsonaro e Alberto Fernández está marcado para o próximo dia 26.

#Daniel Scioli #Paulo Guedes


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Estrela solitária

3/12/2020
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A diretoria eleita do Botafogo pretende convidar o youtuber Felipe Neto para assumir a área de marketing do clube. Um dos influencers mais badalados do país e botafoguense declarado, Neto tem um patrimônio estimado em cerca de R$ 200 milhões.

#Felipe Neto


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Corrida cancelada

21/07/2020
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Sindicatos de motoristas de transporte privado de alguns estados, como Minas Gerais e São Paulo, irão à Justiça pedir que a Uber seja obrigada a pagar um piso mínimo a seus profissionais. A chance de êxito é pequena, vide o que ocorreu no Ceará. A Justiça local determinou que os motoristas do aplicativo recebessem um mínimo de R$ 4,75 por hora trabalhada, mas a sentença de primeira instância foi derrubada pelo ministro Aloysio Corrêa da Veiga, corregedor geral da Justiça do Trabalho. Consultada, a Uber informou que, “nos últimos anos, os tribunais brasileiros vêm construindo sólida jurisprudência confirmando o fato de não haver relação de emprego entre a empresa e os motoristas parceiros”.

#Uber


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O dia da caça

13/07/2020
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O youtuber Oswaldo Eustáquio, investigado no inquérito das fake news e que chegou a ser preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, está sentindo na própria pele o que é ser vidraça nas redes sociais. Desde a última quinta-feira, perfis no Facebook têm disseminado intrigas sobre a vida pessoal de Eustáquio.

#Alexandre de Moraes #Oswaldo Eustáquio


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Segunda chamada

8/07/2020
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Mesmo com a pandemia, o Carlyle planeja realizar o IPO da Uniasselvi na Nasdaq até setembro. A incógnita fica por conta do valor da oferta. As projeções dos bancos advisers no pré-coronavírus indicavam uma faixa entre US$ 250 milhões e US$ 300 milhões. Em tempo: a gestora norte-americana Neuberger Berman deve aproveitar a operação para reduzir consideravelmente sua exposição na rede de universidades.

#Carlyle #Uniasselvi


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Ponto final

8/07/2020
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Softbank, Carlyle e Neuberger Berman.


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Popularidade baixa

3/03/2020
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Pelo visto, o quiproquó com Sergio Moro, a quem chamou de “capanga de milicianos”, não aumentou a popularidade do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). Nos microcomícios que costuma realizar às sextas-feiras, no Buraco do Lume, no Centro do Rio, Braga não tem reunido mais do que 40 espectadores. Nessa plateia já está incluída a claque de assessores que costuma acompanhá-lo.

#Glauber Braga #Sérgio Moro


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Objeto de desejo

8/01/2020
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O híbrido de deputado e youtuber Arthur do Val, conhecido como”Mamãe falei”, está sendo cortejado pelo PSL. Expulso do DEM, “Mamãe falei” tem o atributo que mais interessa à sigla: virou um destemperado crítico de Jair Bolsonaro.

#Jair Bolsonaro #PSL


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China Railway engata na Ferrovia do Cerrado

7/11/2019
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A Ferrovia do Cerrado, um projeto de R$ 7 bilhões, começa a ganhar velocidade. Segundo o RR apurou, um grupo de investidores chineses abriu conversações com o governo do Mato Grosso para a construção e operação do empreendimento. À frente do comboio está a estatal China Railway Engineering Corporation (CREC). De acordo com a mesma fonte, a CREC teria a companhia da Cofco, trading de commodities agrícolas que já investiu mais de US$ 4 bilhões no Brasil e tem notórios interesses econômicos na região. Trata-se de um raro projeto do setor ferroviário conduzido na esfera estadual. Nesta prateleira, só fica atrás da Ferrovia do Pará (Fepasa), a cargo do governo paraense e orçada em R$ 14 bilhões. Com extensão de 680 quilômetros, a Ferrovia do Cerrado vai abrir um novo corredor logístico para a produção agrícola na região, a partir do Alto Araguaia (MT). A linha vai se conectar com a Ferrovia Centro-Atlântica, em Uberlândia.

#China Railway Engineering Corporation #Cofco


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A presença de Geddel

26/07/2019
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Não bastasse todo o clima de beligerância com o governador da Bahia, Rui Costa, Jair Bolsonaro ainda teve de enfrentar uma saia justa na inauguração do aeroporto Glauber Rocha, na última quarta-feira. Durante a cerimônia, ao lado de Bolsonaro, o prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Pereira, citou enfaticamente o baiano Geddel Vieira Lima como o grande responsável pela execução da obra. Foi visível o constrangimento de Bolsonaro e das demais autoridades com o laudatório tributo do prefeito ao ex-ministro e hoje presidiário na Penitenciária da Papuda.

#Jair Bolsonaro #Rui Costa


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Nota alta

29/05/2019
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A gestora norte-americana CVC Partners, que administra mais de US$ 80 bilhões, estaria em negociações para a compra da Uniasselvi. A rede de ensino, que fatura cerca de R$ 350 milhões por ano, pertence ao trio Carlyle, Vinci Partners e Neuberger Berman. A CVC quer porque quer entrar no mercado brasileiro de educação: recentemente sondou também a Ser Educacional, do empresário Janguiê Diniz.

#CVC #Uniasselvi


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O voo errático de Samuel Klein

3/02/2019
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Michael Klein sonhou que o Barão Vermelho, Manfred Von Richthofen, pilotando o seu Fokker Dr. I, dava rasantes sobre a frota da Icon Aviation, abatendo vários jatos. Klein comprou a empresa de afretamento aéreo em 2016 com as dívidas inclusas no pacote de venda. Como tem muito dinheiro imaginou-se que tiraria de letra as obrigações financeiras da empresa. De lá para cá, o passivo tem voado mais alto do que suas aeronaves. Já bateu a casa do R$ 1 bilhão. A situação é tão ruim que o empresário detonou o presidente da companhia. A mudança não traz grande animação. Com ela deverá vir também uma lista de corte de pessoal. Não é preciso recorrer a Freud para explicar o Barão Vermelho.

Parece que o empresário Michael Klein gosta de fortes emoções. Apesar das dificuldades com a sua empresa de frete aéreo, pretende tomar outro risco no mercado. Quer concorrer com o Uber. A empresa se chamaria “K”, mais sofisticada do que o aplicativo de transporte. Teria carros grandes e potentes em um serviço de bordo quatro estrelas. Além da condução a vários destinos da cidade, ofereceria como programa lugar itinerante para reuniões ou mesmo longos passeios pela cidade para que se possa desfrutar um drinque ou um namorar um pouquinho.

#Michael Klein


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Novas mídias

11/01/2019
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Jair Bolsonaro avalia conceder uma entrevista coletiva a um pool de blogs e Youtubers,digamos assim, mais alinhados ao seu pensamento. Alguns dirão que isso já foi feito em outros governos. A diferença, claro, é que desta vez não há nada de ideologia nessa história..

#Jair Bolsonaro


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Educação e energia

28/12/2018
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A gestora norte-americana Neuberger Berman, que aportou R$ 375 milhões na Uniasselvi, prepara investimentos de alta voltagem em energia no Brasil.

#Uniasselvi


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Ponto final

28/12/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: ABV, Zurich Airport, Neuberger Berman e Salic.


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Uniasselvi e Laureate estudam para uma fusão nota 10

24/09/2018
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Carlyle, Vinci Partners – leia-se o ex-BTG Gilberto Sayão – e Laureate International desenham a seis mãos uma grande operação de M&A na área de educação. Na lousa, a fusão entre a Uniasselvi, controlada pelas duas gestoras, e os ativos do grupo norte -americano no Brasil, entre os quais a Universidade Anhembi Morumbi. O negócio daria origem a um dos maiores conglomerados de ensino a distância e presencial do país, com aproximadamente 450 mil alunos, faturamento da ordem de R$ 3,5 bilhões e uma geração de caixa em torno de R$ 450 milhões por ano. Segundo o RR apurou, Carlyle e Vinci teriam uma participação minoritária na nova empresa, proporcional à diferença de tamanho entre as duas redes de educação: a receita da Laureate no Brasil é oito vezes superior à da Uniasselvi. Ainda assim, as duas gestoras nada têm a reclamar. Há dois anos, pagaram cerca de R$ 850 milhões pela companhia. Hoje, a Uniasselvi já vale R$ 1,5 bilhão, valor que dará um salto caso a fusão com a Laureate se confirme. Há ainda um coadjuvante neste script, que seria levado de arrasto para dentro do negócio: o fundo norte-americano Neuberger Berman, que, em junho, comprou 25% da Uniasselvi.

#Carlyle #Vinci Partners


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Um candidato passageiro na sala de espera

21/08/2018
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Com seu proeminente rosto plastificado e a energia de um jovem púbere, o senador Álvaro Dias, presidenciável do Podemos, circulava entre executivos e endinheirados no último sábado (dia 18), no hangar 2 do Aeroporto de Congonhas, pertencente à Icon, empresa de taxi aéreo contradição de serviços à classe política. Eram 9 horas e alguns dos presentes arriscavam uma bicada no whisky Blue Label, presença obrigatória em qualquer listagem da nobreza dos puro malte. O destino da maioria era Brasília, meca do mundo e submundo eleitoral. Curioso o fato de frequentadores de jatinhos chegarem ao aeroporto com antecedência. Raramente seus voos atrasam, e eles ficam lá, aguardando no bem-bom. O candidato do Podemos abdicou das mordomias da casa. Preferiu aproveitar o ínterim para entoar sua campanha em dó maior. Com a voz empostada se dizia indignado com a pesquisa da XP Investimentos, que apresentou Fernando Haddad (PT) como “candidato de Lula”. Com esse enunciado, o petista chegou a 15% das intenções de voto. “Vou pedir na próxima pesquisa para me apresentarem como Álvaro Dias, candidato das torcidas do Corinthians e do Flamengo e do Sérgio Moro. Ou melhor, candidato do Papa”. Expoente entre useiros e vezeiros da aviação executiva, o senador subtraiu momentaneamente do seu discurso o marketing da pobreza, assim como os dizeres de que não usaria recursos do Fundo Partidário. No hangar 2, Álvaro Dias era o candidato de um outro “Podemos”, o “podemos tudo.” Exceção seja feita a conquistar a Presidência da República

#Alvaro Dias


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Educação integrada

9/08/2018
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O fundo norte-americano Neuberger Berman, que comprou 25% da rede de universidades Uniasselvi, vai partir também para aquisições no segmento de ensino fundamental.

#Uniasselvi


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Ponto final

9/08/2018
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Michael Klein, Neuberger Berman, Nutrien e Heringer.


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Caçada ao doleiro

11/07/2018
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A Polícia Federal solicitou o apoio do FBI na busca do doleiro Dario Messer. Essa parceria já foi feita no passado, quando da denúncia contra o ex-presidente do BC, Antônio Carlos Lemgruber. A Interpol, como se sabe, também participa do rastreamento.

#FBI


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Cabify perde combustível

3/04/2018
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Sem fôlego financeiro para manter políticas de desconto competitivas, o Cabify tem perdido seguidamente motoristas e clientes para o Uber no Brasil. No próprio escritório da empresa espanhola no país, o clima é de desalento. A percepção generalizada é que, sem um novo aporte, a operação brasileira do Cabify vai parar no acostamento.

#Cabify #Uber


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Chamada final da Petrobras em Uberaba

21/12/2017
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Surgiu uma fagulha de esperança para um dos tantos projetos da Petrobras interrompidos pela Lava Jato. A estatal montou um grupo de trabalho com o objetivo de buscar uma saída para a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Uberaba (MG), cujas obras encontram-se paradas desde 2015. A previsão é que os estudos estejam concluídos em 90 dias. A princípio, nada de dinheiro novo da Petrobras – a companhia não tem interesse em tocar o empreendimento, orçado em quase R$ 2 bilhões. O caminho mais provável é a venda integral do complexo, a exemplo do que está sendo feito com a planta de nitrogenados de Três Lagoas (MS). Trata-se de uma costura complexa, que envolve também a Gasmig. A viabilidade do projeto depende da construção de um gasoduto para o fornecimento de gás natural à fábrica de amônia. A unidade de Uberaba, ressalte-se, esteve na beira da cova: em cima do laço, a Petrobras suspendeu o leilão dos equipamentos já instalados, que ocorreria no último dia 14 de novembro.

#Lava Jato #Petrobras


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Sondagem revela que Lula tem o maior número de empresários fiéis; Bolsonaro passa em branco

20/12/2017
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Lula, por mais paradoxal que possa parecer, é o candidato vinculado ao maior número de nomes do empresariado. Por sua vez, Jair Bolsonaro está no extremo oposto: não consta sua ligação com os donos das grandes corporações privadas. Estas são algumas das constatações da sondagem realizada pelo Relatório Reservado junto a uma parcela da sua base de assinantes – no total, 128 pessoas, predominantemente empresários, executivos, analistas de mercado e advogados, entre outros. A verificação ocorreu entre 12 e 15 de dezembro. O RR indagou: “Quais são os empresários mais identificados com os seguintes pré-candidatos à Presidência da República?”

O levantamento indicou que há uma razoável confusão na vinculação entre empresário e presidenciável, dado o elevado grau de dispersão, a associação dos mesmos nomes a diferentes postulantes ou mesmo a ausências de indicações – na média entre todos os candidatos, 37% dos assinantes não souberam responder. O RR citará apenas as três primeiras colocações, quando houver. Ressalte-se ainda que os votos conferidos a empresários réus ou condenados na Lava Jato não foram contabilizados, devido a sua natureza eminentemente de ataque à imagem do candidato. Lula foi quem teve o maior número de empresários mencionados, 23. Segundo os consultados, Josué Gomes da Silva é o mais associado ao petista, com 7%. Certamente, a ligação entre o ex-presidente e o pai de Josué, José de Alencar, seu vice por oito anos, impulsionou as respostas.

A seguir, Jorge Gerdau, Katia Abreu, Luiza Helena Trajano e Walfrido Mares Guia, ministro do governo Lula, empatados com 4%. No terceiro lugar, com 2%, aparecem David Feffer e Armando Monteiro, ex-presidente da CNI. O oposto de Lula é Bolsonaro. Talvez o resultado que mais chama a atenção na sondagem, nenhum dos entrevistados conseguiu citar um empresário próximo ao candidato representante da extrema direita. Assim como a inexistência de identificação com um pensamento econômico, esta é outra lacuna de Bolsonaro. Ciro Gomes não chega a ter uma falta de aderência tão radical, mas também ficou clara a dificuldade dos assinantes do RR em apontar empresários ligados ao pré-candidato do PDT. Só dois nomes foram citados, por 5% e 3%, respectivamente, dos consultados: o de Carlos Jereissati, dono do Iguatemi, e o do presidente da CSN, Benjamin Steinbruch.

Certamente, a lembrança do empresário cearense foi motivada pela relação histórica de Ciro com Tasso Jereissati, irmão de Carlos. Já Benjamin até recentemente era patrão de Ciro. Segundo os entrevistados, os empresários mais identificados com Geraldo Alckmin são Roberto Setubal e Jorge Gerdau, empatados com 6%. Com 3% dos votos, vieram Abílio Diniz, Rubens Ometto e Beto Sicupira. Juntos, no terceiro lugar, com 1%, Nizan Guanaes, o presidente da Anavea, Antonio Megale, e o presidente da Fecomercio-SP, Abram Szajman. No caso de Marina Silva, deu o óbvio. Para 11%, Neca Setubal, herdeira do Itaú e fiel aliada, é a empresária com o maior grau de aderência a Marina. Em seguida, Guilherme Leal, da Natura, e Artur Grynbaum, do Boticário.

Candidato a vice na chapa de Marina em 2010, Leal foi lembrado por 7%. Grynbaum, recebeu 5% das indicações. Os entrevistados apontaram um total de seis nomes associados a Marina. Por fim, o mais “novo” candidato na praça: Michel Temer. Para 14% dos entrevistados, o presidente da Fiesp e correligionário Paulo Skaf é o empresário que apresenta a maior coesão com Temer. Quase que por atração gravitacional, o vice da Fiesp, Benjamin Steinbruch, ressurge em outra extremidade, chamado de “temerista” por 7% dos consultados. Jorge Gerdau, uma espécie de “PMDB do empresariado”, foi novamente citado, empatado com o ministro Blairo Maggi, ambos com 5%. Temer foi associado diretamente a 10 empresários. À exceção de Marina, Ciro e, obviamente, Bolsonaro, todos os demais candidatos foram vinculados a dirigentes condenados ou investigados na Lava Jato.

#Jair Bolsonaro #Lula


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Paulo Guedes monta Ministério à sua imagem e semelhança

29/11/2017
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O economista Paulo Guedes faz forfait quando afirma que ainda não respondeu ao convite para se tornar ministro da Fazenda em um eventual governo de Jair Bolsonaro. Guedes não só aceitou como já começou a montar sua equipe. Um dos escalados é o econometrista João Luiz Mascolo, que trabalhou com Guedes no Ibmec. Mascolo é sócio da SM Managed Futures, professor do Insper e ex-marido de Maria Silvia Bastos Marques.

Ele e o eventual futuro chefe formam a dupla mais radical de extrema direita entre os economistas do país. Bolsonaro estará bem acompanhado. Em um debate com a professora Maria da Conceição Tavares, na Anbid, nos idos da década de 80, o então jovem economista Paulo Guedes afirmou que, se fosse preciso colocar fogo nas favelas para obter o ajuste econômico, não hesitaria. Os favelados desceriam e a estabilidade os alocaria no mercado de trabalho. Ninguém morreria, é claro. Ou ficaria transtornado pela perda de detalhes tão insignificantes da sua vida. O mercado funciona. Por pouco, Conceição não mordeu sua jugular.

Paulo Guedes é assim mesmo; combina brilhantismo com disparates. É como se fosse um “Glauber Rocha de extrema direita entre os economistas”, com visões barrocas e alucinadas. Seu maior desejo sempre foi o de ter uma passagem pela vida pública. Quem o conhece sabe que ele trocaria os milhões de reais ganhos no mercado financeiro por essa experiência de manda-chuva da Fazenda. Passo a passo, o possível governo Bolsonaro vai se tornando uma antiobra assustadora.

#Jair Bolsonaro #Maria da Conceição Tavares #Paulo Guedes


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Cabify no acostamento

2/10/2017
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O Cabify, versão espanhola do Uber, está perdendo combustível no Brasil. Faltam aportes da matriz e, sobretudo, passageiros: o aplicativo soma 3% do mercado. O projeto em tramitação na Câmara que amarra a atuação dos aplicativos de transporte pode ser a gota d ´água. No escritório da empresa, a percepção é que, se a proposta passar, o Cabify pega o primeiro táxi de volta para a Espanha.

#Cabify #Uber


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Cabify joga alto, mas fica a pé

6/04/2017
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A espanhola Cabify, uma das maiores concorrentes internacionais do Uber, usou as armas que tinha à mão. Poucas horas antes do Congresso votar o projeto de lei que regulamenta o uso de aplicativos de transporte, anunciou investimentos de R$ 625 milhões no Brasil – sem dar muitos detalhes de como o dinheiro será usado. Se o objetivo do timing era persuadir ou, até mesmo, constranger os parlamentares, o tiro saiu pela culatra. À noite, os deputados excluíram do projeto a emenda que transformava o serviço de transporte individual como atividade privada. Ou seja: Cabify, Uber e congêneres terão de bater de prefeitura em prefeitura em busca de concessões. Vai custar mais caro.

#Cabify #Uber


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Picciani engorda seu gado

29/03/2017
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Mesmo com a Lava Jato a revirar seu pasto, a família Picciani prepara-se para abrir a temporada 2017 dos seus leilões de gado, alvo de variadas denúncias. Nos dias 17 e 18 de abril, o Grupo Monte Verde, de propriedade do clã, realizará dois pregões virtuais. Trata-se de um aquecimento. O grande evento está previsto para 2 de maio: a 33a Noite dos Campeões, em Uberaba. No ano passado, os Picciani protagonizaram os dois maiores negócios da festa. Diandria, uma matriz de sete anos de idade, foi vendida por R$ 816 mil. Já a nelore Taiga, de 28 meses, alcançou o lance de R$ 900 mil.

#Jorge Picciani #Lava Jato


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A nova youtuber

29/03/2017
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Em baixa na Record, Xuxa trabalha em um projeto para a emissora de TV que mais cresce: a Internet.

#Rede Record #Xuxa


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Cabral: do Glória para Bangu

30/01/2017
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Eike Batista e Sérgio Cabral quase viraram sócios. Formais. O RR tem certeza do que diz. No auge da popularidade do então governador do Rio, Eike ofereceu ao amigo do peito uma opção para participar minoritariamente do Hotel Glória. Tratava-se de um mimo.

Os secretários mais próximos de Cabral souberam da proposta, assim como a entourage de Eike. A operação se consumaria após sua saída do governo do estado. As conversas entre ambos não excluíam a manutenção da carreira política de “Serginho”, àquela altura um potencial candidato à presidência da República. Muito pelo contrário. A essência era juntar um dos mais bem avaliados governantes e o mais pop empresário do Brasil para criar um cinturão de empatia em torno do Glória.

Seria o início de um take over do estado do Rio. O Glória era um dos mais caros presentes de Eike Batista para o Rio: a reforma do hotel estava orçada em mais de R$ 100 milhões. Hoje é um sarcófago à beira da Baía de Guanabara. As obras estão paradas há mais de três anos. A batata quente está nas mãos do Mubadala, o fundo de Cingapura que herdou o hotel. Não por falta de tentativa de se livrar do problema. Em 2014, a suíça Acron comprou o empreendimento para devolvê-lo aos asiáticos poucos meses depois.

#Eike Batista #Hotel Glória #Sérgio Cabral


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A estranha relação de Lula e Gilmar Mendes

8/11/2016
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 Não há vazamentos na grande imprensa nem informação sobre quem organizou o encontro e endereço onde ele teria sido realizado. O que o RR conseguiu apurar é que Lula se reuniu com o ministro Gilmar Mendes há nove dias, em São Paulo. Ambos teriam se tratado de forma absolutamente cordial. Procurado pelo RR, o ministro negou o encontro por meio de sua assessoria. O Instituto Lula, por sua vez, não quis se pronunciar. O fato é que, desta vez, os sinos não teriam dobrado para a mídia. Uma confirmação do vaticínio de Marx, profetizando que a história só se repete sobre forma de fraude. Quem não se lembra do último encontro entre ambos de que se tem notícia, no dia 26 de maio de 2012? O tête-à-tête foi articulado por Nelson Jobim a pedido de Mendes (à época, somente essa informação não foi desmentida pelos presentes). Seis horas depois da conversa, o ministro do Supremo despejou na mídia um violento ataque a Lula. Denunciou o ex-presidente por supostamente ter-lhe pressionado a atrasar o julgamento do “mensalão”. Lula foi duro no contra-ataque, colocando em dúvida o caráter do juiz, e Jobim desmentiu publicamente Mendes. Gilmar Mendes e Lula incorporaram o ódio de Feraud e d´ Hubert, os Duelistas, do romance de Joseph Conrad. Mendes tornou-se um dos cinco maiores inimigos declarados do PT, em qualquer ranking que seja feito. Em 2013, quando Dilma Rousseff diz que vai responder às manifestações com uma série de medidas, ele afirma que é puro bolivarianismo. Em 2014, segura o julgamento do financiamento de campanha (o voto ficou suspenso um ano). Ironizou Lula no episódio da condução coercitiva. E deu um beijo de morte no ex-presidente e em Dilma quando concedeu a liminar impedindo a posse de Lula na Casa Civil, com base em um grampo ilegal. A liminar somente foi levada a plenário um mês depois, quando Dilma já estava afastada. Nenhum tucano foi tão tucano.  Antes de 2012, Gilmar Mendes era Dr. Jekyl. Era um juiz discreto e garantista. Ficaram célebres seus habeas corpus por ocasião das duas prisões de Daniel Dantas. Nessa época, batia firme na espetacularização do Judiciário. Sempre criticou os excessos. Capitaneou uma súmula do STF determinando os critérios para utilização das algemas – um deles o risco comprovado de fuga. Passada a fase exemplar, Mendes entra em seu momento de inflexão. Passa a instrumentalizar a franqueza. Ridiculariza os colegas para pressioná-los. Concede liminares agressivas e exagera nos pedidos de vista. Em 2015, sabia-se todos os votos dele antecipadamente. Ganhou três pedidos de impeachment no Senado, todos derrubados por Renan Calheiros. É tido como um empresário do ensino, ou, em um eufemismo que o protege, um “cotista do IBDP”, instituição privada que atende formalmente por Instituto Brasileiro de Direito Público. Portanto, nesse dialeto particular empresário e cotista seriam diferentes. E o lucro?  Lula pode ter se encontrado com uma dessas identidades: o peessedebista, o juiz seletivo, o operador dos meios de comunicação, o pré-julgador de processos. Convém lembrar que Gilmar Mendes é o maior especialista do STF em sistemas prisionais. Quem sabe a confabulação não teria sido por aí…

#Gilmar Mendes #Lula #PT


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Uber já é mais rentável no Brasil do que nos EUA

19/10/2016
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  O Uber anda em alta velocidade no Brasil, apesar dos percalços na Justiça e da interminável briga com prefeituras e taxistas. A operação brasileira já rendeu aos cofres da companhia R$ 100 milhões no primeiro semestre do ano. Deverá chegar a R$ 300 milhões até dezembro em função do aumento de 500% no número de corridas no Rio de Janeiro em agosto por causa da Olimpíada, além do acréscimo que ocorre normalmente nos últimos dois meses do ano. O faturamento será equivalente a 5% da receita mundial do Uber. Procurada, a empresa não confirmou os números relativos à sua receita no país.  O resultado colocará o Brasil na décima posição no ranking da companhia entre os 70 países atendidos. São mais de quatro milhão de clientes ativos e cerca de 50 mil motoristas associados, contra 10 mil no ano passado – números confirmados pela própria Uber. O número é equivalente à metade da frota de táxis nas doze cidades em que o Uber está presente no país. Pelo ritmo de crescimento apurado, em 2018 o grupo chegará ao mesmo tamanho dos concorrentes. Para chegar a esses resultados, o investimento, do próprio caixa, foi de R$ 150 milhões para montagem principalmente do aparato tecnológico.  Segundo a fonte do RR, que fez um estudo sobre o Uber no mercado brasileiro para um banco de investimentos norte-americano, o breakeven se dará neste ano, com um Ebtida de 10% sobre o faturamento de R$ 400 milhões. A performance é muito melhor do que a apurada nos Estados Unidos, base mundial da empresa e responsável por metade da receita. O negócio deu um baita prejuízo de US$ 1,2 bilhão no primeiro semestre. O Uber começou a operar no mercado norte-americano em 2009 e no Brasil iniciou sua operação em 2013. A projeção é de a receita chegue a R$ 1 bilhão em três anos, com um Ebtida de 20% desse total. A ampliação do faturamento se dará com a multiplicação por três do número de cidades atendidas, todas com mais de 500 mil habitantes.

#Uber


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Tratando a paralisia da Toyo Setal

16/09/2016
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?  O empresário Augusto Mendonça, encalacrado até a medula com a Lava Jato, está sacando do bolso mais uma cartada para tentar resolver a situação de quase paralisia da Toyo Setal, dona do estaleiro EBR e da Toyo Setal Empreendimentos, braço de engenharia industrial. Propôs à sócia Toyo dividir a companhia em duas. Os japoneses ficariam com o estaleiro e Mendonça, com a outra empresa. Dessa forma, haveria menos encrencas para cada um administrar. Dos três grandes projetos da Toyo, dois estão paralisados: o Comperj e a fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba (MG). • Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Toyo Setal

#EBR #Toyo Setal


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DeVry carrega uma bolsa de estudos de R$ 2 bi no Brasil

22/08/2016
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 A norte-americana DeVry está empenhando mundos e fundos para se firmar como uma das grandes consolidadoras do setor de educação no Brasil. O grupo, que já investiu aproximadamente R$ 1 bilhão no país, pretende desembolsar o dobro em novas aquisições. Após comprar o Ibmec, um peixe graúdo que custou R$ 700 milhões, os norte-americanos avançam sobre redes com forte atuação regional. Segundo o RR apurou, a DeVry teria aberto conversações com a Tuiuti, uma das principais universidades privadas do Paraná. Com 14 mil estudantes e quatro campi em Curitiba, a empresa é controlada pela Set Educacional. Outro alvo dos norte-americanos é a Universidade Tiradentes, maior faculdade particular do Sergipe. A DeVry monitora a companhia nordestina há mais de um ano. Seu acionista fundador e reitor, Joubert Uchoa de Mendonca, 79 anos, tem enfrentado problemas de saúde – em setembro de 2015, precisou se submeter a uma cirurgia para a colocação de pontes de safena. A Tiradentes tem quatro faculdades em Sergipe, além de uma operação importante no segmento de ensino a distância, somando mais de 20 mil alunos. Consultadas, a DeVry e a Tuiuti negaram as tratativas.  Caso se concretize, a dupla aquisição da Tuiuti e da Tiradentes fará com que a DeVry Brasil atinja um novo patamar dentro do grupo. A operação brasileira chegará à marca de 150 mil estudantes, superando o próprio número de alunos da companhia nos Estados Unidos. Aliás, não é apenas no tamanho do negócio que os executivos da subsidiária gostariam de se descolar da matriz. O desejo de distanciamento se aplica, sobretudo, à imagem do grupo lá fora. Na América, a DeVry é alvo de diversos processos: a companhia é acusada de práticas comerciais irregulares, de subornar alunos em troca de boas avaliações dos seus cursos e de fraudar a legislação local para entidades sem fins lucrativos.

#DeVry #Ibmec #Ser Educacional #Tuiuti #Universidade Tiradentes


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Pé no asfalto

11/08/2016
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 A espanhola Abertis é forte candidata a disputar o leilão da rodovia entre Jataí (GO) e Uberlândia (MG), que deverá fazer parte da primeira fornada de concessões do governo de Michel Temer. Por meio da Arteris, uma sociedade com a Brookfield, a empresa ibérica já administra mais de três mil quilômetros em estradas no país.

#Abertis #Arteris #Brookfield


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SAB Miller valeu um óbolo para Martin Barrington

2/08/2016
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Martin Barrington rasgou as duas últimas páginas do seu caderno moleskine de anotações. Na primeira folha, amarrotada com raiva, estava escrito em grafia miúda: “Memória de uma estrondosa vitória com gosto de derrota”. O que poderia ser chamado do negócio do século, Barrington, chairman e CEO da Altria – controladora da Phillip Morris e acionista da SAB Miller – lamentava como extra money lost. Desde setembro, com uma tática de concordar e discordar alternadamente do valor do negócio, vinha forçando “Paul Lemann” a bidar seus lances pela cervejeira. O pedido da Altria era de US$ 123 bilhões, ou seja, estimava o valor da companhia acima dos US$ 200 bilhões precisamente, bem mais do que o US$ 1 a mais por ação, aliás, a libra furada, que “Jorge Paul” metaforicamente jogou aos seus pés para que se abaixasse, derrotado. Dar a volta em Barrington não é pouca coisa. Foi preciso que Lemann viesse com seus homens de frente, “Albert” Sicupira e Marcel Telles, trazendo junto seu esquadrão Panzer, composto de financistas barra-pesada como Mr. Buffet, além da adesão final de Alejandro Santo Domingo, líder do clã colombiano Santo Domingo, sócio “muy amigo” no controle da SAB Miller.  “Marty” pensava no comunicado final da Altria apoiando o negócio com a AB InBev. Foi como se, no teatro, ele interpretasse o orgulhoso líder gaulês Vercingentórix depondo suas armas aos pés de Julio César. Havia uma diferença marcante entre ele e “Paul”. Se considerava um profit hunter. Já o conquistador da SAB Miller era um business shark. Por trás da grife de sucesso financeiro carregava entre outros aparelhos cirúrgicos um bisturisocial. Barrington está longe de ser um progressista, mas até para ele Paul era um exaggerated killer job. Pobre Alan Clark, CEO da SAB Miller, que certamente seria rifado por Carlos Brito, executivo símbolo da AB InBev. Na África do Sul, berço da cervejeira, as notícias eram de que o dia foi de tristeza e cantos de lamento. Um rasgo no coração seria ver a sede da SAB ser transferida de Londres para Manhattan, onde reinavam os “garotos mórmons” de “Paul Lemann”.  Barrington já tinha sido avisado que a barra era pesada. “Paul Lemann” passou anos inventando um personagem para seduzir o presidente da Brahma, Hubert Gregg, a vender a companhia. Seguiu em frente e aliciou o presidente da Fundação Antártica, Vitório De Marchi. O executivo engoliu o Conselho da Fundação, em um caso de traição clássica, permitiu que ela fosse incorporada à preço de cerveja choca e foi gastar seus muitos milhões. Com a ajuda do empresário Mauro Salles, criador do nome AmBev, “Paul”, “Albert” e Marcel foram celebrar a parceria no Palácio do Planalto.  A construção da InBev foi um movimento de xadrez típico de Lemann. Começou menor no capital, mas por dentro do bloco de controle foi se apoderando da companhia e assumindo a totalidade da gestão. Daí, para adicionar as duas vogais AB no nome da InBev, a passada, ainda que larga, foi mais fácil. “Paul Lemann” já tinha virado o Donald Trump da cerveja, com uma tropa de financistas gulliverianos a reboque. Nada mais o pararia. Quanto a “Marty”, o que mais lhe incomodou foi aquela moeda de uma libra por ação, que mais parecia um óbolo. O copo de cerveja de US$ 103 bilhões era para ter sido tomado mais cheio.

#AB InBev #Altria #Philip Morris #SAB Miller

Acervo RR

Carona

13/05/2016
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 O grupo chinês HNA vai do céu ao asfalto. Sócio da Azul , estaria se negociando sua associação à operação brasileira do Uber. Consultado, o Uber nega a operação. A conferir.   Por falar em Uber, o aplicativo deverá ganhar um concorrente de peso. A chinesa Didi Kuaidi, com valor de mercado de US$ 25 bilhões, vai desembarcar no país para oferecer o seu sistema de caronas pagas.

#Azul #Didi Kuaidi #HNA #Uber


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Delivery

11/03/2016
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 Depois dos taxistas, o aplicativo Uber pretende invadir outras praias, trazendo para o Brasil sua operação de entregas expressas.

#Uber


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Uma semente de Vladimir Putin no agronegócio brasileiro

1/03/2016
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  A China não está sozinha. Tradings russas também avançam no agronegócio brasileiro valendo-se da mesma combinação de investimentos privados e subsídios públicos – nos dois países em questão, nunca se sabe ao certo onde fica a fronteira entre um e outro. O caso mais emblemático é o da Sodrugestvo, que opera discretamente no Brasil desde o início da década sob a placa da Aliança Agrícola do Cerrado, sediada em Uberlândia (MG). O grupo, que atua principalmente em Minas Gerais e Goiás, está expandindo seus domínios no país, com a compra de terras no Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Além de ampliar a produção de grãos, notadamente soja, os russos planejam investir também na área de logística. Executivos da Sodrugestvo teriam se reunido recentemente com o secretá- rio de Portos, Helder Barbalho, manifestando a intenção de participar das próximas licitações do setor.  Grandes empresas agrícolas da Rússia começam a investir no Brasil, seja com a aquisição de terras e produção própria, seja na comercialização de grãos. Entre elas estão a Rusagro e a PhosAgro, grupo que tem um braço também na fabricação de fertilizantes. Nenhuma delas, no entanto, se encontra no estágio da Sodrugestvo, trading que opera em 12 países, a maior parte deles nas franjas da Rússia, como Polônia, Cazaquistão e Ucrânia. Desde que comprou a Aliança do Cerrado, a companhia já investiu cerca de R$ 3 bilhões no Brasil.  Tão ou mais importantes do que estes números é o personagem por detrás desta cortina de grãos. O bilionário Alexander Lutsenko tem uma trajetória que poderia ser chamada de inusitada se não estivéssemos falando da Rússia. Lutsenko fez carreira militar, com formação no Political College of Arms in Minsk. Nos anos 90, abandonou o Exército russo para criar a Sodrugestvo. Desde então, valeu-se da relação próxima com Vladimir Putin – característica comum a dez entre dez bemsucedidos empresários russos – para expandir seus negócios. Após consolidar sua posição no Leste Europeu, a Sodrugestvo decidiu atravessar o Atlântico. Hoje, o Brasil já é a maior operação da empresa fora da Europa. Em julho do ano passado, a trading iniciou o embarque de soja a partir de Sergipe para São Petersburgo. Procurada pelo RR, a Sodrugestvo não comentou o assunto.

#Aliança Agrícola do Cerrado #PhosAgro #Rusagro #Sodrugestvo


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Carona

12/01/2016
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 Os tesoureiros de campanha “descobriram” o Uber. A empresa tem sido procurada por partidos em busca de doações para as eleições deste ano. Em troca, recebe juras de um tratamento mais amistoso das administrações municipais. Como se sabe, as prefeituras têm sido uma pedra no caminho do Uber no Brasil.

#Uber


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Banco de carona

28/12/2015
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 Apesar de toda a polêmica que cerca o aplicativo, o fundo de private equity inglês Actis deverá pegar uma carona no Uber e se associar à operação brasileira. A maior parte dos recursos será destinada a investimentos em tecnologia. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Uber e Actis.

#Actis #Uber


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J. Hawilla dá seus últimos chutes na Traffic

26/08/2015
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A exuberante combinação de mármore e vidro na entrada principal – há quem diga que o projeto serviu de inspiração para a nova sede da CBF – remete ao tempo em que J. Hawilla era o todo-poderoso do marketing esportivo no país. Hoje, no entanto, é o que é: apenas uma fachada. Da porta para dentro do prédio da Traffic, no Jardim Paulista, todos sabem que o jogo acabou. Com a reputação em frangalhos e uma carteira de contratos cadente, a empresa está à venda. O próprio Hawilla vem conduzindo as negociações de Miami, onde vive recluso após se declarar culpado por crimes de sonegação e corrupção, devolver US$ 151 milhões à Justiça norte-americana e, muito provavelmente, delatar antigos parceiros. Do outro lado da mesa, estão investidores chineses e árabes com negócios no futebol tanto na Ásia quanto na Europa. Hawilla está convicto de que o comprador terá de vir de uma dessas áreas cinzentas do mapa-múndi da bola. Hoje, a Traffic é um negócio para quem tem canela de aço e está acostumado a fugir de marcações cerradas. Da mesma maneira que o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, não vai nem ali no Paraguai com medo da Interpol, J. Hawilla não ousa sair de Miami. Há meses não pisa na sede da Traffic. O dia a dia da gestão está nas mãos de seu filho, Stefano Hawilla. Faltam-lhe, no entanto, o tempo de estrada e as conexões políticas do pai. Além disso, Stefano nunca foi muito chegado à atividade principal, a comercialização de espaços publicitários e dos direitos de transmissão de eventos esportivos. Ele dedica a maior parte de seu tempo à divisão de gerenciamento da carreira de atletas. O último grande ativo na carteira de contratos da Traffic é a representação comercial da Copa do Brasil, em consórcio com a Klefer. A companhia detém ainda os direitos sobre a Copa América do Centenário, programada para 2016, nos Estados Unidos. No entanto, depois da devassa do FBI na Concacaf, ninguém se arrisca a dizer se a competição será mesmo realizada. * A Traffic não quis comentar sobre o tema.

#CBF #J. Hawilla #Klefer #Marco Polo Del Nero #Traffic


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Falta adubo

4/08/2015
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Fernando Pimentel tenta salvar o projeto de uma fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba, orçado em R$ 2 bilhões. Mas está difícil.

#Aldo Rebelo #Fernando Pimentel #Petrobras


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Les petites filles modèles da Camargo Corrêa

27/07/2015
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As reuniões de fim de semana com familiares e amigos na Fazenda Guariroba continuam a ser sagradas, assim como os passeios, ao cair da tarde, pelas vitrines da Rue du Faubourg Saint Honoré, programa obrigatório nas revigorantes temporadas em Paris, entremeadas por um ou outro jantar beneficente. Mas, na maior parte do tempo, as distintas Renata de Camargo Nascimento, Regina Camargo Pires Oliveira Dias e Rosana Camargo de Arruda Botelho habitam território inacessível, tal como uma tela de Renoir ou um romance da Condessa de Ségur. Não há Lava Jato, Ministério Público ou Polícia Federal capaz de trincar a redoma mágica erguida em torno das controladoras da Camargo Corrêa. Até o momento, diferentemente do que vem ocorrendo com alguns de seus pares no setor, as herdeiras de Sebastião Camargo têm sido poupadas do maior escândalo de corrupção da história do país. É como se delatores, procuradores, forças policiais e a imprensa tivessem se irmanado num pacto amnésico. Mesmo você, caro leitor, responda rápido se leu ou ouviu falar sobre alguma delas. A Camargo Corrêa está no núcleo do “petrolão” – como esteve também, como protagonista absoluta, no epicentro da Operação Castelo de Areia. Mesmo assim, Renata, Regina e Rosana seguem intocadas, como as vestais do templo das empreiteiras. Os ex-executivos da companhia Dalton Avancini, Eduardo Leite e João Ricardo Auler foram os primeiros dirigentes do setor condenados na Lava Jato. E, mais uma vez, nada respingou nas túnicas brancas das três empresárias. Os leais Avancini e Leite dispararam suas delações premiadas para o lado, para baixo, na diagonal, mas não apontaram sequer um dedo indicador para o andar de cima. E por que se omitem os inquisidores da Justiça? Como podem os executivos manejar R$ 50 milhões para o pagamento de propinas – valor que será ressarcido à  Petrobras – sem que os donos da empresa, uma referência no compliance corporativo, sequer suspeitem do passeio deste numerário? Será que a Camargo Corrêa é um organismo sem sistema nervoso central, no qual cada braço dita seu movimento, ou o domínio do fato, como o inferno de Sartre, são os outros? Apesar de sua extensão e ousadia, a Lava Jato segue com os olhos vendados para as sucessoras de Sebastião Camargo, tanto quanto as sucessoras de Sebastião Camargo querem agora ficar longe de algumas heranças que lhes couberam. Se, ainda jovens, Renata, Regina e Rosana foram preservadas da crueza da vida real pelo próprio pai, quando mulheres escudaram-se atrás dos maridos – matrimônios estes que parecem ter sido milimetricamente conduzidos por um head hunter. Os respectivos príncipes consortes – Luiz Roberto Ortiz Nascimento, Carlos Pires Oliveira Dias e Fernando de Arruda Botelho, já falecido – se ocuparam de cargos de mando na Camargo Corrêa, permitindo que as meninas de Sebastião Camargo se mantivessem distantes do campo de batalha. A Lava Jato estourou, e à  medida que as investigações avançaram, providencialmente chegaram ao noticiário relatos da preocupação de Renata, Regina e Rosana com os princípios e valores que deixarão para seus filhos, sugerindo a disposição de até mesmo deixar de vez a construção pesada. Surgiram em cena exatamente para serem esquecidas pela plateia. Por ora, tem dado certo.

#Camargo Corrêa #Lava Jato


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Pestana reestrutura a Leader em causa própria

23/06/2015
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Os óculos retangulares e o cabelo repartido da esquerda para a direita lembram o próprio André Esteves, controlador da Leader Magazine. Mas é a imagem de Enéas Pestana e não a do banqueiro que se projeta sobre o futuro da companhia. Para todos os efeitos, o ex-Pão de Açúcar e agora onipresente consultor foi convocado por Esteves para comandar o processo de reestruturação da rede varejista – a  semelhança do que ocorre na Máquina de Vendas e na BR Pharma, também do BTG Pactual. No entanto, na própria Leader, cresce a percepção de que, neste caso, o termo “Reestruturação” não passa de um eufemismo: para muitos, a real missão de Pestana é arrumar a casa e preparar a venda do controle da empresa, da qual o BTG detém 70% – o restante das ações pertence aos acionistas fundadores, a família Gouvêa. Há quem vá mais além e afirme que Enéas Pestana interpreta dois personagens neste enredo: primeiro, vai fechar lojas, renegociar o aluguel dos imóveis, cortar pessoal, arrochar fornecedores, estressar executivos, impor novas metas de performance e tudo mais que couber no papel de consultor; em um segundo momento, o executivo tiraria o figurino de verdugo e, então, entraria em cena o investidor. Pestana enxergou uma oportunidade maior e está reunindo fundos de private equity interessados na aquisição da Leader. Ele próprio teria uma participação no bloco de controle. Ressalte-se que a fatia do BTG na rede varejista estaria avaliada em aproximadamente R$ 900 milhões. Nos últimos meses, André Esteves chegou a engatilhar um novo aporte de capital na Leader Magazine. No entanto, segundo o RR apurou, esta hipótese perdeu força. Esteves dá sinais de que cansou de ser dono de loja de departamento e quer empurrar o negócio para alguém do ramo. Se não for Enéas Pestana, será outro. O fato é que a Leader se junta a  Sete Brasil e a  própria BR Pharma na lista de recentes insucessos de Esteves. No caso da varejista, o banqueiro subiu no avião errado na hora errada. Desde que assumiu o controle da empresa, em 2012, o setor só faz andar para trás, empurrado pela redução da oferta de crédito e pela retração do consumo. Mesmo com o cenário adverso, Esteves ainda esticou a corda, na tentativa de dar massa crítica a  sua operação no varejo. Em 2013, comprou a Lojas Seller. Há pouco mais de um ano, chegou a articular a aquisição de um ativo bem mais graúdo, a Lojas Renner. Largou o carrinho no corredor e não chegou sequer a  fila do caixa.

#Leader Magazine #Pestana


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Toyo arruma suas gavetas no Brasil

8/06/2015
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A Toyo cansou de aparecer no noticiário policial. Tragado pela Lava Jato, o grupo japonês teria tomado a decisão de romper a joint venture com o Grupo Setal e encerrar suas operações no Brasil. A Toyo Setal é uma das construtoras que estão no epicentro do petrolão. O empresário Augusto Mendonça Neto, acionista controlador, e o executivo Julio Camargo, presidente da companhia, assinaram acordos de delação premiada. O RR fez várias tentativas de contato com a Toyo, por meio de seu escritório no Rio de Janeiro ou diretamente com a sede, em Tóquio. No entanto, o grupo não retornou até o fechamento desta edição. A Toyo Setal tem dois importantes contratos com a Petrobras, a começar por um dos maiores investimentos da estatal. A empresa é responsável pela construção de duas unidades de produção de hidrogênio no Comperj. Em outro front, participa também do projeto de instalação de uma fábrica de amônia em Uberaba (MG) -empreendimento, aliás, que está na corda bamba, devido aos seus altos custos.

#Lava Jato #Toyo Setal


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Cemig é uma usina de planos perdidos

1/06/2015
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Uma a uma, as “promessas de campanha” de Fernando Pimentel para a Cemig estão se esfarelando junto com as contas públicas de Minas Gerais. O plano de investimentos de R$ 5 bilhões previsto para este ano e o compromisso de manter a distribuição de 50% dos lucros já são páginas viradas no folhetim da estatal – ver RR nº 5.125. Agora, o que está se transformando em fumaça é um dos principais projetos não apenas da companhia como do próprio estado. A Cemig deverá suspender a construção de um gasoduto de 475 quilômetros, a maior parte localizada no Triângulo Mineiro – empreendimento orçado em aproximadamente R$ 2 bilhões. Segundo o RR apurou, o governo mineiro interrompeu as conversas que vinham sendo mantidas desde o ano passado com um grupo de investidores chineses que participaria do projeto – entre eles a fabricante de equipamentos XCMG, recém-instalada na cidade de Pouso Alegre. Procurada pelo RR, a Cemig disse “desconhecer as informações”. Caso o projeto do gasoduto seja efetivamente engavetado, o governador Fernando Pimentel e a direção da Cemig ao menos poderão jogar parte da culpa sobre os ombros da Petrobras. Até agora, não há qualquer garantia de que a estatal levará adiante a construção de uma fábrica de amônia em Uberaba. Um dos principais motivadores para a instalação do pipeline sempre foi o fornecimento de gás para a planta industrial da Petrobras. Sem ela, a viabilidade econômica do gasoduto fica bastante comprometida.

#Cemig


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Gasoduto paulista pega desvio para longe do “petrolão”

11/03/2015
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O vácuo deixado pela Petrobras em alguns negócios de médio porte começa a ser preenchido. Ao menos é o caso do projeto de construção de um gasoduto entre a Bacia de Santos e Cubatão, orçado em aproximadamente R$ 2 bilhões. Shell, Total e Galp são fortes candidatas a ocupar o lugar da estatal. A tríade está em negociações com o governo de São Paulo para desembarcar no empreendimento, assumindo a instalação e a operação do pipeline. O projeto, conduzido pela Secretaria de Energia do estado, foi originalmente concebido para ser pendurado na Petrobras, a principal fornecedora de gás para as três distribuidoras que operam em terras paulistas – Comgás, Gás Natural Sul e Gas Brasiliano, da qual, inclusive, a estatal é uma das sócias. No entanto, havia um “petrolão” no traçado do gasoduto – como, aliás, de tantos outros investimentos da companhia sob risco de serem carregados pela Lava Jato. Na reta final da gestão Graça Foster, a Petrobras formalizou sua saída do negócio, alegando não se tratar de um empreendimento estratégico. O que está em jogo é a instalação de uma estrutura com capacidade para o transporte de 16 milhões de metros cúbicos diários de gás, praticamente metade do Bolívia-Brasil. Caso Total, Shell e Galp assumam o investimento, este será um dos poucos entre os tantos projetos de gasodutos tracejados nos últimos anos que efetivamente sairão da prancheta. De igual porte, até o momento, só deve vingar o pipeline de 450 quilômetros no Triângulo Mineiro, que será usado para abastecer a fábrica de amônia da própria Petrobras em Uberaba. Os três grupos europeus entrarão no negócio com uma dupla identidade: atuarão tanto com o chapéu de operadores do duto quanto o de fornecedores de matéria-prima – todos têm participação em blocos de gás na Bacia de Santos. O projeto passa obrigatoriamente pelo Palácio Bandeirantes. Além de responsável pela cessão da chamada faixa de servidão por onde passará o gasoduto, o governo paulista poderá ter uma participação no equity do negócio. Muito provavelmente seu ingresso na operação se dará por meio da Empresa Metropolitana de aguas e Energia (EMAE), que, inclusive, já dispõe de uma área de servidão próxima ao traçado idealizado para o gasoduto, por onde passam tubulações de água.


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O rumoroso caso das contas inconfessáveis

10/03/2015
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O rumoroso caso das contas inconfessáveis do HSBC começou – quem diria? – com uma investigação sobre os depósitos no exterior do ex-presidente do BC Antônio Carlos Lemgruber. “Tonico”, já falecido, continuou sendo investigado por transferências bancárias indevidas em um beligerante caso envolvendo o Banco Liberal. Até o FBI entrou na história.


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Nos pampas, Gatsby se escreve com “G” de Grendene

27/02/2015
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Se Scott Fitzgerald tivesse nascido em Porto Alegre, o Gatsby seria um nouveau riche, com modos toscos e o hábito de usar camisas rosa e azul bebê espalhafatosas. O Gatsby dos pampas seria a mais perfeita tradução de Alexandre Grendene, o mais novo bilionário brasileiro a ser incluso na lista da Forbes e Midas da indústria calçadista tupiniquim. Se, no passado, Alexandre e a sua sandália melissinha, emoldurada pelo rosto redondo da Xuxa, mais parecia uma imagem reflexa de Humberto Saade e suas calças índigo blue Dijon, vestidas bem atarracadas pela angulosa modelo Luiza Brunet, qualquer comparação agora é fora de propósito. O conglomerado Grendene, com suas participações cruzadas com a Vulcabras, pertencente ao seu irmão gêmeo, Pedro, é vaca leiteira de divinas tetas da raça Nelore Grendene, criada exclusivamente por este último mano. Aliás, Pedro é o que se pode chamar de o oposto de Alexandre, discreto na medida em que biliardários conseguem ser: vive malocado no seu Citation Sovereign, mora em um prédio no Jardim Paulista, onde é vizinho de Hortência, a rainha do basquete, e prefere Saint-Tropez a  Punta. O augusto nome de Pedro somente saiu da risca quando sua esposa, Tânia Bulhões, foi investigada pela Polícia Federal por subfaturamento de bens importados vendidos pelas suas lojas de luxo. Mau momento em que a PF realizava uma batida em sua propriedade, onde recolheu R$ 1,5 milhão em cheques e R$ 630 mil em espécie. Ainda bem que, nesta nefanda hora, Tânia e Pedro estavam bem longe, almoçando na Riviera francesa. É bem verdade que os ventos empresariais não sopram boas novas para os dois irmãos. O planejamento feito no final de 2014 incluiu o cancelamento de novas contratações e cortes duros nos gastos da Grendene. Futuras demissões são comentadas no chão de fábrica, prática que Alexandre tira de letra (já demitiu milhares e milhares). Mas nada que seja capaz de alterar muito a bagatela de R$ 450 milhões que o empresário tira líquido por ano. É essa dinheirama que lhe permite almejar um novo voo, entre a benemerência e o empreendedorismo. Alexandre Grendene quer assumir a controvertida Arena Grêmio, entregue praticamente de mãos beijadas pela combalida OAS ao clube de Baltazar, Renato Gaúcho e Hugo de León. Gremista inveterado, Alexandre só possui uma paixão maior do que a pelo tricolor gaúcho: a sua cadelinha Kate, alva como a neve de Aspen. Um amor tão grande, tão grande, e desfrutado também por sua senhora, a belíssima Nora Teixeira, a quem foi dado um papel bem mais importante na construção do império do que Alexandre teima em não enxergar, com olhos somente voltados as suas compreensíveis futilidades. Ele e “Norinha” comemoraram com o luxo de um verdadeiro Gatsby o aniversário de 10 anos da mimosa Kate próximo do Carnaval, em sua mansarda de Punta del Este. Já foi um upgrade em relação ao aniversário anterior, celebrado em um hotel em Miami, quando Kate tomou algumas gotas de um vinho com preço em torno de US$ 900 em um pratinho de prata. Mas olhando o futuro é tudo pequeneza. Punta já ficou minúsculo. Quem sabe na próxima festa, Kate corra sozinha, livre e exuberante pelo gramado verde da Arena Grêmio, ao grito uníssono da torcida do Gre-Nal: “Parabéns, au, au! Parabéns, au, au!”


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Petrobras

12/02/2015
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Sinal dos tempos na Petrobras: há mais de seis meses, a estatal não arrenda uma nova sonda. No Porto do Rio, o movimento se dá na mão contrária: é cada vez maior o número de equipamentos que deixam o país, devolvidos pela companhia. *** Por falar em Petrobras, apesar dos pesares, o projeto de construção de um gasoduto entre Ribeirão Preto e Uberaba avançou algumas jardas. Até junho, a área técnica da estatal deve concluir o estudo de viabilidade. A segunda parte é convencer a Cemig a entrar no negócio mesmo com a iminente ruptura da associação com a Gas Natural – ver RR nº 5.052. A Petrobras confia em Fernando Pimentel.

#Cemig #Petrobras


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Cemig e Gas Natural estão a um passo do rompimento

30/01/2015
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A associação entre a Cemig e a Gas Natural Fenosa surgiu como uma grande labareda, mas, ao que tudo indica, não passará de um efêmero fogacho. Seis meses após o anúncio do acordo e da criação do maior grupo de distribuição de gás do Brasil, as duas companhias estão a s portas da ruptura. Segundo fonte do governo mineiro, o cancelamento da operação deverá ser formalizado nas próximas semanas. A Gasmig está no epicentro do distrato. De acordo com a mesma fonte, o governador Fernando Pimentel já comunicou aos espanhóis que não pretende privatizar a distribuidora estadual. O Projeto de Emenda Constitucional 68, que tratava da desestatização da concessionária, foi arquivado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais no fim do ano passado e, no que depender de Pimentel, é por lá que ficará, no fundo das gavetas do parlamento mineiro. Para a Gas Natural Fenosa, sem a privatização da Gasmig não há mais negócio. A transferência da distribuidora de gás para a nova holding, que reuniria ainda a CEG e a CEG Rio, era um dos pilares do acordo firmado com a Cemig no ano passado. O acordo com a Gas Natural Fenosa foi costurado ainda durante o governo de Antonio Anastasia – embora tenha sido formalmente anunciado em junho, quando ele já havia renunciado ao cargo para concorrer ao Senado. A privatização da Gasmig cabia perfeitamente no figurino tucano, mas está fora de cogitação no governo de Fernando Pimentel. Caso se confirme, o rompimento da associação entre a Cemig e os espanhóis não apenas jogará por terra a criação de um grupo com o dobro do tamanho da paulista Comgás como significará também a suspensão de outros projetos vinculados a  operação. O principal deles é a construção de um gasoduto de 470 quilômetros entre Belo Horizonte e Uberaba, que abasteceria a futura fábrica de fertilizantes da Petrobras no Triângulo Mineiro.

#Cemig #Gasmig


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Agrinvest atravessa uma entressafra de boas notícias

11/09/2014
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A esta altura, o investidor norte-americano Robert Ellis deve estar se gabando ainda mais da decisão de deixar o solo brasileiro. Dono do fundo Ridgestone Capital e um dos mais agressivos traders do mercado agrícola norte-americano, Ellis livrou-se de uma batata quente ao vender a Agrinvest. Deixou o escaldante tubérculo – leia-se recorrentes prejuízos e uma dívida de complexa negociação – no colo de Roberto Martins e dos demais investidores que assumiram o controle da proprietária de terras e produtora de grãos há cerca de dois anos. Desde então, Martins e seus parceiros já gastaram praticamente metade desse tempo tentando encontrar um sócio capaz de revigorar a empresa e bancar os planos de expansão engavetados após a saída de Ellis. Até agora, no entanto, acumulam apenas frustradas negociações, as mais recentes com as tradings japoneses Mitsui e Mitsubishi. A Agrinvest já investiu mais de US$ 100 milhões, mas, quase uma década após a sua criação, segue longe do breakeven. Um antigo parceiro do fundo Ridgestone Capital no Brasil, que participou do negócio na partida, lembra ao RR que, pelas projeções feitas pelos norte-americanos, a esta altura a receita da empresa estaria próxima de R$ 1 bilhão. Não se sabe ao certo que adubo Robert Ellis usou em suas estimativas, mas o fato é que esses números jamais foram colhidos. Neste ano, a venda de grãos, notadamente soja e milho, deverá render a  Agrinvest um faturamento em torno de R$ 300 milhões. Não é uma cifra desprezível, sobretudo porque representará um aumento das vendas de quase 50% em relação a 2013. O problema é escassez de rentabilidade. Em 2013, a empresa chegou a ter um lucro pequeno, em torno de R$ 5 milhões. Mas, ao longo deste ano, tem voltado a operar no vermelho. O Ridgestone deixou outras indesejáveis heranças. Entram neste rol os contratos de arrendamento de aproximadamente 80 mil hectares de terras, com duração média de 12 anos. Se, em condições normais de temperatura e pressão, estes acordos são um maná por garantir uma produção de mais longo prazo, em momentos de entressafra financeira tornam-se algemas nos pulsos dos acionistas da Agrinvest, devido a  baixa flexibilidade para renegociação. Além disso, a empresa provavelmente terá de renegociar a segunda rolagem de uma dívida de US$ 26 milhões, referente a uma emissão de títulos privados no exterior conduzida em 2010 pelo fundo norte-americano.


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Putin deixa sua assinatura no programa nuclear brasileiro

18/07/2014
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Vladimir Putin virou o jogo. A russa Rosatom deverá ser parceira do programa nuclear brasileiro – lugar que, até então, parecia destinado a  francesa Areva. Segundo uma alta fonte do Ministério de Minas e Energia, Dilma Rousseff e o presidente russo alinhavaram os pontos centrais do acordo no encontro que tiveram no início da semana. A palavra de Putin fez a diferença. Ao contrário dos franceses, que, até agora, acenaram apenas com promessas e intenções, ele chegou a Brasília com fatos objetivos, prazos e, sobretudo, cifras. Por meio do Eximbank local, o governo russo apresentou garantias firmes para o financiamento de projetos de geração nuclear no Brasil. De acordo com a mesma fonte, os valores sobre a mesa giram em torno de US$ 2 bilhões. O RR apurou ainda que, em setembro, uma delegação de engenheiros da Rosatom vai desembarcar no país. Os russos farão visitas técnicas a s usinas Angra 1 e 2 e a s obras de construção de Angra 3. Está programada também a formação de um grupo de estudos com representantes da Eletronuclear e da Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Em dezembro, será a vez de técnicos das duas empresas visitarem instalações da Rosatom no Leste Europeu. Até lá é provável que a estatal russa já tenha aberto um escritório no Brasil. As negociações com a Rosatom passam pela transferência de tecnologia e pela própria entrada da companhia na operação das três usinas de Angra dos Reis. Por outro lado, o acordo envolve as contrapartidas de praxe, a começar pela venda de equipamentos e serviços de engenharia e a consequente instalação de um cinturão de fornecedores de origem russa no país. A Rosatom pretende também participar da exportação de urânio. O Brasil poderá se aproveitar da ampla rede comercial da companhia, notadamente na Europa, para acessar novos mercados. E o processo de enriquecimento de urânio, uma questão absolutamente nevrálgica, que envolve a própria segurança nacional? Os russos não terão qualquer ingerência sobre a operação, a cargo da Marinha. Melhor assim. Será uma forma de evitar eventuais resistências da área militar, que, por razões óbvias, sempre se mostrou mais simpática a um acordo com a Areva. Por falar em Areva, os franceses estrão perdendo uma partida que já davam como ganha. Em dezembro do ano passado, em meio a uma série de acordos bilaterais, os governos do Brasil e da França assinaram um convênio de cooperação na área nuclear. No entanto, de lá para cá as tratativas com a Areva praticamente não saíram do lugar. A promessa dos franceses de farto financiamento de um pool de bancos europeus segue no papel. Os estudos técnicos com a Eletronuclear e o INB pouco avançaram. Melhor para os russos, que souberam se aproveitar deste vácuo.


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Chineses tiram gasoduto da Cemig do papel

24/06/2014
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Nos últimos dias, Belo Horizonte tornou-se a capital do gás natural no Brasil. Além de liderar as negociações que culminaram na associação entre a Cemig e a Gás Natural Fenosa e a consequente criação do maior grupo do setor no país, o governo mineiro está a  frente de outra operação com razoável poder de combustão. Há gestões com um heterogêneo grupo de investidores chineses – que vai de fundos de investimento a bancos estatais de fomento – para a construção de um gasoduto de quase 500 km de extensão entre as cidades de Betim e de Uberaba. O projeto está orçado em quase R$ 2 bilhões. O empreendimento é de grande interesse para a Petrobras, dona de uma fábrica de fertilizantes no Oeste mineiro. Neste momento, ressalte-se, é de bom tom que o governo de Minas Gerais faça este agrado a  estatal. Sócia tanto da Cemig quanto da CEG, controlada pela Gas Natural, a Petrobras é uma peça fundamental na recém-anunciada associação entre as duas companhias. Autoridades mineiras deverão ir a Pequim nas próximas semanas para avançar nas negociações com os chineses. Uma das responsáveis por ligar as duas pontas é a XCMG, uma das maiores fabricantes de equipamentos para gasodutos da asia. O empreendimento é vital para a Cemig, e, a partir de agora, por extensão a  própria Gas Natural. O gasoduto cortará uma região com expressiva atividade industrial e, consequentemente, grande potencial de consumo de gás.


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Ometto conta com Alckmin para capturar o gás de São Paulo

6/09/2013
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O governador Geraldo Alckmin teria iniciado tratativas com a Assembleia Legislativa com o objetivo de desatar as amarras legais que impedem o redesenho do mapa da distribuição de gás no estado, leia-se operações de fusão e aquisição entre as três concessionárias locais – Comgás, Gas Brasiliano e Gas NaturalSul. Na Alesp, a possível mudança já recebeu o jocoso epíteto de “Emenda Binho”, em referência a  forma como o empresário Rubens Ometto é chamado pelos mais próximos. De fato, o terno parece ser feito sob medida para o dono da Cosan. Olhando-se para as peças do tabuleiro, Ometto seria, potencialmente, o maior beneficiado pela “alforria societária”. Nenhum outro investidor do setor tem demonstrado tanto apetite quanto ele. O empresário comprou recentemente o controle da Comgás e já sinalizou o interesse em avançar sobre a Gas Natural Sul, controlada pelo grupo espanhol Gas Natural Fenosa. Procurado, o governo paulista negou a mudança nas regras. No entanto, segundo fontes do próprio Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin considera anacrônicas as regras que limitam participações cruzadas no setor – elas datam da privatização da Comgás, em 1999. Na avaliação de Alckmin, o aumento dos investimentos em distribuição no estado passaria obrigatoriamente pela quebra das algemas societárias, o que permitiria a captura de sinergias e ganhos de escala. Há uma pressão dos próprios acionistas das três distribuidoras pela mudança no arcabouço legal. Quanto mais o tempo passa, maior a aflição do governo paulista. a€ exceção da Comgás, vitaminada pela chegada da Cosan, a situação das outras duas concessionárias é preocupante. Premida pela crise em seu país de origem, a Gas Natural tem adotado uma postura cautelosa. Neste ano, deverá investir cerca de R$ 150 milhões na concessionária paulista, número considerado insuficiente pelo governo do estado para fazer frente a  expansão da oferta de gás nos 15 municípios atendidos pela companhia. No caso da Gas Brasiliano, o cenário é ainda mais preocupante. A venda de uma importante fatia da participação da Petrobras para a Cemig, equivalente a 40% do capital total, empacou – a operação está vinculada a  construção de um gasoduto entre Ribeirão Preto e Uberaba. Sem a chegada da estatal mineira, é pouco provável que a Gas Brasiliano mantenha seu plano de investimentos, em razão das restrições orçamentárias da Petrobras.


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“Bigode” está onde sempre esteve

29/05/2013
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O presidente da PwC mundial, Dennis Nally, em uma elogiável demonstração de honestidade intelectual, lançou ao debate a grande pergunta: “Onde estavam os auditores?” Referia- se a casos dramáticos em que os balanços das empresas não refletiram a realidade nua e crua do desregramento financeiro. A indagação, segundo consta, ecoou como uma provocação ao “Bigode”, o xerifão da PwC Brasil, que teria murmurado entredentes: “Estou onde sempre estive”. No melhor estilo John Wayne, Fernando Alves, aliás, o Bigode, aliás, Fernando Alves, aliás, o Bigode, sempre sacou a contabilidade como uma pistola, usando a máxima de que, ao apontá-la, não se pode errar jamais. Bigode chega a assustar quando diz a interlocutores atônitos que a PwC pega, mata e come. Ele não é só “O Auditor”. É também “O Cara”, valente, protuberante, insigne. Na exegese do “Bigode”, os auditores são ele; fora de si próprio, tudo são apenas detalhes.

Acervo RR

Grupo Martins flerta com um futuro sem seu sobrenome

29/10/2012
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Se quisesse, o empresário Alair Martins poderia ter sido prefeito de Uberlândia, tamanha a sua popularidade local. Mas o filho pródigo da terra preferiu ser rei, e, há mais de 50 anos, de um pequeno armazém de secos e molhados criou um dos maiores grupos atacadistas do país – orgulho e patrimônio da região. Natural, portanto, que cada cidadão de Uberlândia esteja apreensivo, tanto com as notícias que vazam entre os muros do Grupo Martins quanto com o próprio futuro da rede atacadista. Segundo informações filtradas junto a  companhia, “Seu Alair” tem se distanciado gradativamente do comando do negócio. O afastamento é emblemático e vem causando perplexidade até mesmo entre seus colaboradores mais antigos. Martins não desgrudou da gestão nem mesmo em 2010, quando deixou a presidência e contratou um executivo profissional, Walter Faria. Dentro do próprio grupo, o movimento despertou a percepção de que Alair Martins estaria preparando o terreno para a venda do controle da rede atacadista. Coincidência ou não, nos últimos meses, alguns candidatos têm batido insistentemente a  porta da empresa, um ativo dos mais cobiçados, com faturamento anual superior a R$ 4 bilhões. Segundo uma fonte próxima a Martins, a Cencosud teria procurado o empresário recentemente. Após compra do G. Barbosa, do Bretas e do Prezunic, esta seria a primeira investida dos chilenos no atacado no Brasil. De acordo com a mesma fonte, o norte-americano Advent e o BTG Pactual também teriam sinalizado interesse na compra de uma participação ou até mesmo do controle do Grupo Martins. Além de levar uma das maiores atacadistas do país, comprar a empresa significa levar na mesma cesta a rede Smart, uma espécie de cooperativa varejista que reúne mais de 1,3 mil supermercados de pequeno e médio portes, todos com gestão e compras centralizados no próprio Martins. Procurado, o Grupo Martins negou a venda do controle e informou ter implementado “um processo de governança corporativa que inclui a estruturação profissional da gestão executiva”.

Acervo RR

Luzes, câmera…

30/03/2012
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Especializado no financiamento de produções cinematográficas, o fundo holandês Hubert Bals prepara seu desembarque no Brasil.

Acervo RR

Ronald Levinsohn tira novos coelhos da sua cartola sem fundo

14/12/2011
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O empresário Ronald Levinsohn parece um daqueles bonecos infláveis popularmente conhecidos como joão-teimoso. Toda vez que é empurrado, automaticamente ele volta com mais força ainda para o mesmo lugar. Levinsohn acaba de dar mais uma demonstração de que tem sete vidas e sete milhões de ativos guardados fora da vista dos mortais. Quando se achava que sua batata tinha assado com o fracasso da UniverCidade, uma das instituições de ensino mais bem ranqueadas no quesito passivo estratosférico, o empresário dá uma volta por cima. Entrega a faculdade de mão beijada ao advogado Marcio André Mendes Costa, que comprou também a super-endividada Gama Filho, e se livra do passivo protuberante. Ato contínuo, solto das amarras da UniverCidade, Levinsohn tirou um novo coelho da cartola: um enorme latifúndio de 250 mil hectares na região de Luís Eduardo Magalhães (BA). Para completar o quebranto, vendeu metade do terreno por R$ 440 milhões. Em outra frente, o exdono da caderneta de poupança Delfin vem retirando recursos aplicados aqui e acolá para investir em imóveis nos Estados Unidos, que, atualmente, se encontram a preços extremamente convidativos. Há quem faça o chiste de que em algum momento Levinsohn terá tantos imóveis quanto Daniel Dantas tem de bois. O enredo não termina aí. O empresário entregou a UniverCidade sem receber um tostão, mas, diga-se de passagem, que separou dos entulhos um terreno de 200 mil metros quadrados no Recreio dos Bandeirantes. A propriedade é considerada pelos experts do mercado imobiliário um dos raros filé-mignons que ainda não foram levados a  grelha naquela região. Merece registro nesta história o enigmático Marcio André Mendes Costa. Ao contrário do que parece, o caçador de – junk schools – não surgiu do nada. Sua aparição no ramo da educação seria resultado de uma enevoada parceria com Luiz Gushiken, notoriamente um dos nomes da República cuja influência junto a agentes financeiros quase do tamanho do PIB não precisa ser relatada. O incrível Marcio André não dorme se não for sobre uma cama de passivos. Agora mesmo, está pensando rechear o colchão da Galileo Educacional, sua holding, com a aquisição da Universidade Iguaçu, sediada na Baixada Fluminense. Para variar, é uma instituição que tem mais passivos do que alunos por metro quadrado.


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Etanol

21/10/2011
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A belga Alcotra negocia a compra da sucroalcooleira Uberaba, pertencente ao Grupo Cadelma e a  família Balbo.


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Sonae Sierra

30/04/2010
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Prestes a desembarcar em Uberlândia, Londrina e Goiânia, a portuguesa Sonae Sierra planeja a construção de mais quatro shopping centers no Brasil em 2011.

Acervo RR

Cargill mede investimentos no conta-gotas

23/03/2010
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A Cargill trancou o cofre no Brasil. Após se desfazer da Seara, vendida para a Marfrig, o grupo norte-americano tem adotado uma política mais austera de investimentos no país. A área de negócios mais afetada é a de álcool e açúcar. A Cargill puxou o freio de mão nos planos de aquisição ? duas negociações em curso desde o ano passado foram suspensas. Salvo algum ativo caído dos céus, leia-se bom, bonito e barato, os norte-americanos vão se concentrar no crescimento pelo greenfield. O principal projeto é a ampliação das áreas de cultivo de cana no entorno da Cevasa, usina localizada na cidade de Patrocínio Paulista. A planta está restrita a  produção de etanol, mas, com a expansão do plantio, a Cargill vai iniciar a fabricação de açúcar já na próxima safra. O grupo norte-americano não vai bancar sozinho o upgrade da Cevasa. Parte da conta vai para os acionistas minoritários da usina ? um grupo de produtores da região que detém 37% do capital. Em todas as unidades de negócio da Cargill, apenas dois projetos estão confirmados até o momento. Um deles, na verdade, é um carry over de 2009: a conclusão das obras de ampliação do complexo industrial de Uberlândia (MG). Além disso, a empresa definiu que vai construir um centro de pesquisa e desenvolvimento em São Paulo, no valor de US$ 6 milhões.

Acervo RR

Alcotra supera Tabu para crescer no mercado de álcool

2/03/2010
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A belga Alcotra Bio Energy começou a tropeçar no seu próprio crescimento. Sócia, com 50% do capital, da Destilaria Tabu, na Paraíba, a companhia tem estado a s voltas com problemas trabalhistas na usina, o que vem gerando forte fricção com os seus acionistas no empreendimento, a família Lundgren, controladora da Casas Pernambucanas. No mês passado, cerca de 600 trabalhadores paralisaram as atividades de corte de cana-de- açúcar em protesto pela falta de pagamentos. Os belgas estudam uma de duas medidas radicais: vender a sua participação na destilaria ou comprar a parte dos sócios e ficar com o controle integral. Tudo o que a Alcotra não quer agora é ter sua vitrine manchada por desavenças com trabalhadores rurais, em um setor recorrentemente acusado de oferecer condições de trabalho análogas a  escravidão. A empresa necessita de uma imagem politicamente correta para emoldurar seu plano de fazer quatro aquisições de usinas de álcool. A meta é transformar o Brasil na maior operação do grupo no mundo. Para isso, já avaliou em torno de 40 usinas. Em nenhum dos negócios, a família Lundgren é convidada sequer para tomar um caldo de cana. A usina Uberaba, que tem entre os sócios a família Balbo e a indústria Caldema, está na rota de interesse da Alcotra, que pretende adquirir até 70% das ações e deixar o restante com os antigos acionistas. Está ainda na mesa de negociações a compra das usinas paulistas Santo Antonio e São Francisco, também controladas pela família Balbo. A Alcotra quer juntar as três usinas e a destilaria em uma única empresa com volume de produção suficiente para negociar em melhores condições a compra de matéria-prima. A comercialização de álcool brasileiro corresponde a um quarto do negociado pela companhia no mundo, totalizando aproximadamente dois bilhões de litros por ano. A Alcotra tem negócios na Europa e africa do Sul. Ela está presente no Brasil há 20 anos.

Acervo RR

Petrobras aduba interesses políticos do governo

22/02/2010
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Sempre cabe mais um projeto no Plano Estratégico da Petrobras, principalmente se o objetivo for aparar arestas políticas. Cresce no governo a disposição de construir não apenas uma, como prevê o Plano de Negócios da estatal, mas, sim, duas fábricas de fertilizantes nitrogenados (amônia e ureia). Uma delas deverá ficar em Minas Gerais; a outra, no Mato Grosso do Sul. Desta forma, nem Aécio Neves e, principalmente, o peemedebista André Puccineli terão do que reclamar. Desde o início, estava previsto que a fábrica ficaria na cidade de Três Lagoas (MS), por conta, sobretudo, da forte expansão do agronegócio no Centro- Oeste. Porém, Aécio atravessou o caminho como se fosse uma divisão panzer. Negociou diretamente com Lula e José Sergio Gabrielli a transferência do projeto para Minas Gerais. Em dezembro, o governo mineiro comunicou que iria construir um ramal do gasoduto Bolívia-Brasil, ligando as cidades de São Carlos (SP) e Uberaba (MG). O pipeline é fundamental para garantir o abastecimento de gás para a fábrica. Os respectivos estudos de viabilidade ainda não foram realizados, mas, no governo, a expectativa é que os projetos tenham pesos e medidas diferentes. A fábrica de fertilizantes do Mato Grosso do Sul deverá ter capacidade de produção inferior. Ainda assim, o duplo agrado do governo poderá custar a  Petrobras um desembolso de quase R$ 4 bilhões.

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