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A norte-americana DeVry está empenhando mundos e fundos para se firmar como uma das grandes consolidadoras do setor de educação no Brasil. O grupo, que já investiu aproximadamente R$ 1 bilhão no país, pretende desembolsar o dobro em novas aquisições. Após comprar o Ibmec, um peixe graúdo que custou R$ 700 milhões, os norte-americanos avançam sobre redes com forte atuação regional. Segundo o RR apurou, a DeVry teria aberto conversações com a Tuiuti, uma das principais universidades privadas do Paraná. Com 14 mil estudantes e quatro campi em Curitiba, a empresa é controlada pela Set Educacional. Outro alvo dos norte-americanos é a Universidade Tiradentes, maior faculdade particular do Sergipe. A DeVry monitora a companhia nordestina há mais de um ano. Seu acionista fundador e reitor, Joubert Uchoa de Mendonca, 79 anos, tem enfrentado problemas de saúde – em setembro de 2015, precisou se submeter a uma cirurgia para a colocação de pontes de safena. A Tiradentes tem quatro faculdades em Sergipe, além de uma operação importante no segmento de ensino a distância, somando mais de 20 mil alunos. Consultadas, a DeVry e a Tuiuti negaram as tratativas. Caso se concretize, a dupla aquisição da Tuiuti e da Tiradentes fará com que a DeVry Brasil atinja um novo patamar dentro do grupo. A operação brasileira chegará à marca de 150 mil estudantes, superando o próprio número de alunos da companhia nos Estados Unidos. Aliás, não é apenas no tamanho do negócio que os executivos da subsidiária gostariam de se descolar da matriz. O desejo de distanciamento se aplica, sobretudo, à imagem do grupo lá fora. Na América, a DeVry é alvo de diversos processos: a companhia é acusada de práticas comerciais irregulares, de subornar alunos em troca de boas avaliações dos seus cursos e de fraudar a legislação local para entidades sem fins lucrativos.
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