Você buscou por: Suzano

Empresa

Família Zogbi se livra da Credz, mas não de suas sequelas

25/04/2024

A venda da carteira de clientes da Credz para a DM Financeira, anunciada…

#Credz

Empresa

Walter Schalka é o voto da Mitsui para o comando da Vale

15/04/2024
  • Share

Informação apurada pelo RR junto a um conselheiro da Vale: entre os acionistas de referência da companhia, a Mitsui é quem mais tem se mexido pela indicação de Walther Schalka para o cargo de CEO, em substituição a Eduardo Bartolomeo. De acordo com a mesma fonte, além dos head hunters designados pela mineradora, os próprios japoneses vêm conversando diretamente com Schalka desde janeiro. Para quem correu o risco de ter Guido Mantega na cadeira de presidente, a chegada do executivo seria como trocar escória por minério de altíssimo valor. Schalka vai sair do comando da Suzano em julho deixando para trás números bastante respeitáveis. Sob a sua batuta, a empresa, por exemplo, saltou de dois milhões de toneladas de celulose vendidas em 2013 para mais de dez milhões de toneladas no ano passado. Procurada, a Mitsui não se pronunciou.

#Walter Schalka

Empresa

Suzano e Rumo Logística ensaiam dobradinha em nova ferrovia

22/03/2024
  • Share

O RR apurou que Suzano e Rumo Logística, leia-se Cosan, têm conversado em torno de uma possível parceria para a construção de um ramal ferroviário de aproximadamente 50 km entre as cidades de Três Lagoas e Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul. Essa é uma peça razoavelmente importante no quebra-cabeças logístico da região – e das duas empresas. A Rumo  está construindo a Ferrovia de Integração Estadual da vizinha Mato Grosso, uma linha de 700 km que passará por Aparecida do Taboado, ligando Rondonópolis ao Porto de Santos.

Para a Suzano, o novo trecho seria de grande valia para o escoamento de sua produção no Mato Grosso do Sul. E não estamos falando de uma operação qualquer, mas do Projeto Cerrado. Trata-se da mega fábrica que a Suzano está construindo na cidade de Ribas do Rio Pardo, um investimento de mais de R$ 20 bilhões que dará forma à maior linha única de produção de celulose do mundo.

Curiosamente, a Suzano acaba de tirar o CEO da Rumo, João Alberto Abreu, para ser seu novo presidente em substituição a Walter Schalka. A eventual parceria na construção do pequeno trecho de 70 km no Mato Grosso do Sul chama a atenção também pela possibilidade de uma dupla de peso – são dois dos maiores conglomerados empresariais do país – dar as mãos em outros projetos ferroviários. Como diria o personagem de Humphrey Bogart na cena final de Casablanca, pode ser o início de uma bela amizade.

#Cosan #Rumo Logística #Suzano

Destaque

Seguidas invasões de terra ameaçam investimentos da Suzano em biotecnologia

7/03/2024
  • Share

A Suzano tem cobrado do governo federal ações mais rigorosas contra as recorrentes invasões do MST a fazendas de sua propriedade. A mesa de negociações criada no ano passado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, com representantes do Incra e do próprio MST, para mediar conflitos fundiários em terras da companhia na Bahia e no Espírito Santo, mostrou-se um placebo. As gestões da Suzano junto ao governo envolvem não apenas autoridades da área de segurança, sobretudo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski e a direção da Polícia Federal, mas também outros órgãos de Estado diretamente envolvidos com a questão.

É o caso da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança). Segundo o RR apurou, a empresa vai apresentar na reunião de hoje da CTNBio, em Brasília, um relatório do impacto negativo das ocupações sobre suas atividades de pesquisa e desenvolvimento de eucalipto transgênico, notadamente na Fazenda São Bento, em Açailândia (MA). A Comissão é um lócus estratégico. A Suzano vai à CTNBio com o peso de ser um dos maiores investidores em biotecnologia do país: a empresa desembolsa cerca de 1% do seu faturamento anual, ou seja, o equivalente a R$ 5 bilhões, em pesquisa, desenvolvimento e inovação. As repetidas invasões a fazendas da companhia, com a consequente interrupção das atividades, têm sido um fator de ameaça à manutenção desses investimentos.

Além disso, ao levar a questão para a CTNBio, a Suzano pretende mobilizar as autoridades multiministeriais que compõem a Comissão e estão diretamente envolvidos com a biossegurança no país, entre os quais a Pasta da Defesa. Procurada pelo RR, a empresa não quis se manifestar.

A Suzano é uma das grandes proprietárias de terras do Brasil, com quase três milhões de hectares. A empresa responde por quase um quarto de toda a área de cultivo de eucalipto no país, com aproximadamente 1,7 milhão de hectares de plantação. Acabou se tornando um alvo recorrente do MST, ou de “invasores profissionais”, termo que os advogados da companhia costumam usar. Além da São Bento, outras cinco fazendas da Suzano no Maranhão têm sido objeto de sucessivas ocupações por sem-terra. No ano passado, o MST invadiu também outras três propriedades da fabricante de celulose no sul da Bahia.

#Suzano

Empresa

Suzano sai em busca de mais terras, agora na Bahia

28/02/2024
  • Share

A Suzano está com fome de terra. O RR apurou que a empresa está negociando a aquisição de uma fazenda de eucalipto no sul da Bahia, investimento estimado na casa de R$ 1 bilhão. Recentemente, a companhia desembolsou cerca de R$ 1,8 bilhão para a compra de plantações no Mato Grosso do Sul. A Suzano tem negócios importantes na Bahia: uma fábrica de celulose na região de Mucuri, além da participação na Veracel, joint venture com a Stora Enso. Em tempo: a Bahia é uma região sensível para a companhia da família Feffer. A Suzano tem enfrentado sistematicamente problemas fundiários no estado, com denúncias de invasões do MST a fazendas de sua propriedade nas regiões de Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas. Procurada, a RR não se manifestou.

#Suzano

Empresa

Suzano quer aumentar munição financeira para a compra de florestas

6/12/2023
  • Share

A Suzano tem conversado com fundos de investimentos sobre parcerias para a compra de ativos florestais. A medida aumentaria o poder de fogo da empresa em meio à acirrada disputa por florestas que vem sendo travada entre os grandes fabricantes do setor. Há um déficit de madeira para a produção de celulose de fibra curta, vis-à-vis os projetos de expansão da capacidade em curso na indústria brasileira.

#ativos florestais #fundos de investimentos #Suzano

Transporte

Reconstrução da ferrovia Bahia-Minas Gerais deve bater nos R$ 20 bilhões

25/10/2023
  • Share

A MTC (Multimodal Caravelas), responsável pela reconstrução da ferrovia Bahia-Minas Gerais, negocia com a ANTT e o Ministério dos Transportes uma mudança no contrato de concessão. A empresa pretende construir um ramal de Salinas (MG) ao eixo central da linha férrea, localizado entre Caravelas (BA) e Araçuaí (MG). Com a extensão, o investimento total deverá pular dos R$ 12 bilhões previstos inicialmente para a casa dos R$ 20 bilhões.

A MTC garante ao governo que tem parceiros para arcar com os custos do empreendimento. A empresa mira no escoamento de boa parte da produção da Suzano Celulose, em Mucuri (BA), e, sobretudo, no transporte do lítio que começa a ser extraído no Vale do Jequitinhonha (MG). A MTC recebeu, em abril deste ano, autorização da ANTT para reconstruir a Bahia-Minas Gerais, desativada desde 1966.

#ANTT #Ministério dos Transportes #MTC

Negócios

Paraguaia Paracel inflaciona preço de florestas no Brasil

9/10/2023
  • Share

A paraguaia Paracel é o mais novo fator inflacionário no mercado de ativos florestais no Brasil. A empresa está negociando a compra de plantações de eucalipto no Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais. Busca insumo para a fábrica de celulose em construção na cidade de Concepción, a cerca de 200 quilômetros da divisa com o Brasil. A entrada em operação da unidade, com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas por ano, está prevista para 2027. A investida Paracel do lado de cá da fronteira se dá em um momento em que já existe uma acirrada corrida por ativos florestais no Brasil. De 2019 para cá, o preço médio do eucalipto em pé no Brasil subiu de R$ 40,20 para R$ 115,50 o metro cúbico. Empresas com grandes projetos de expansão no país, como a Suzano, a Klabin e a Arauco, se digladiam pela aquisição de florestas. Têm agora a “companhia” da Paracel.

#Celulose #Paracel #Suzano

Empresa

Suzano vai ao mercado em busca de munição para M&A na China

18/09/2023
  • Share

A Suzano tem feito consultas no mercado, notadamente junto a fundos internacionais, com o objetivo de realizar uma grande captação de recursos. A operação se daria por meio do lançamento de uma nova tranche de bônus atrelados a metas de sustentabilidade. A Suzano tem um track records recente de notório êxito na oferta de títulos ESG. Nos últimos três anos, amealhou US$ 2,25 bilhões com duas emissões de Sustainability Linked Bonds (SLB). Consultada pelo RR, a Suzano não quis se manifestar.

A movimentação da Suzano em busca de recursos tem causado frisson no mercado. A leitura é de que a empresa estaria perto de fechar a aquisição do controle da chinesa Vinda, fabricante de papel tissue. A companhia brasileira é apontada pela mídia internacional como forte candidata à compra da participação de 51,59% da sueca Essity no grupo asiático, avaliada em torno de US$ 1,4 bilhão. Em fato relevante publicado em agosto, a Suzano confirmou que “teve contatos com informações e pessoas envolvidas com a empresa Vinda International Holdings”.

#Suzano

Infraestrutura

Rumo Logística pode permanecer na Malha Oeste ao lado de novo sócio

18/08/2023
  • Share

Há uma guinada nas tratativas envolvendo a Malha Oeste, que cruza o Mato Grosso do Sul e São Paulo. Nas conversas mantidas com o ministro dos Transportes, Renan Filho, os executivos da Rumo Logística já admitem a possibilidade de a empresa seguir à frente da concessão. A mudança de rota estaria condicionada à entrada de novos investidores no negócio. Nos bastidores, há informações de que a Suzano já demonstrou interesse. A empresa tem duas fábricas de celulose em Três Lagoas (MS). No caso de uma associação com a Rumo na Malha Oeste, a Suzano poderia engavetar o projeto de construção de uma ferrovia de 231 quilômetros entre Ribas do Rio Pardo e Inocência, ambas no Mato Grosso do Sul, livrando-se, assim, de um desembolso superior a R$ 1,6 bilhão. Procuradas, Rumo e Logística não se pronunciaram.

O Ministério dos Transportes já teria um caminho traçado no caso de um entendimento com a Rumo Logística. A entrada da Suzano ou eventualmente de outro investidor na concessão da Malha Oeste se daria mediante garantia de um reequilíbrio do contrato, o que depende da anuência da TCU. Mas, nesse caso, o caminho parece pavimentado. Não custa lembrar que a Corte já deu aval para que a Rumo negocie sua permanência na concessão sem a necessidade de um processo de relicitação por parte da ANTT.

#Ministério dos Transportes #Rumo Logística #TCU

Política

Rui Costa teme a “invasão” do MST em pautas do interesse do governo

2/08/2023
  • Share

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, é o mais incomodado no Palácio do Planalto diante da falta de compromisso do MST com a palavra dada. O combinado com o presidente do Movimento, João Pedro Stédile, é, logo a seguir, descombinado sem quer haja interlocução prévia com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira. Já chega no Palácio como fato consumado. Há uma complicação adicional. Lula tem por Stédile declarada gratidão, devido ao presidente do movimento social ter colaborado, em momentos chaves, arrefecendo as ocupações em terras. Um exemplo: na disputa eleitoral do ano passado o MST reduziu ao mínimo o ritmo das suas invasões e criou 7.000 comitês de luta e “campanha”. Quando o assunto é tratado, Lula responde no seu estilo do “pode ser que sim, mas é bom pensar melhor”. Recado de que não quer mexer no vespeiro.  

Rui Costa, contudo, sabe que o perigo cavalga a cavalo e quer agir rapidamente, devido ao risco das CPIs do MST e do 8 de Janeiro, que foram instaladas em maio e, a princípio, deveriam ser concluídas ainda julho (a CPI do 8 de Janeiro já ganhou 60 dias de prorrogação), embolarem com a PEC do arcabouço fiscal. Das emendas constitucionais de interesse imediato do governo essa é mais urgente. Precisa da aprovação do Congresso para ontem. E justamente essa que o presidente da Câmara, Arthur Lira, usa como carta na mesa para ter aprovada a minirreforma ministerial do Centrão. Devido à dificuldade na condução do problema com o MST, Costa analisa trazer reforços para que o assunto seja tratado com maior celeridade. Alguns nomes, com proximidade com Stédile, tais como Miguel Rosseto e Patrus Ananias, ambos ex-ministros nas áreas de reforma agrária e segurança alimentar, seriam convocados para adensar as conversações, isoladamente ou em grupo. Maria Fernanda Coelho também é pensada para integrar a força tarefa, mas é considerada, digamos assim, uma ministra “easy” do Desenvolvimento Agrário – ocupou o cargo em 2016, no fim do governo Dilma. Raul Jungmann, que se entrosava melhor com os sem-terra, virou lobista do Instituto Brasileiro de Mineração. De uma certa forma, está até na ponta contrária.  

E onde fica o ministro Paulo Teixeira? Ele tem entregado anéis e até os dedos para amaciar o MST, mas até agora não teve nenhuma recíproca. Teixeira diz que o governo retornará com tutta forza della macchina o programa de reforma agrária no Brasil. Criou uma Comissão de Mediação de Conflitos Fundiários, chamando uma juíza, uma defensoria pública e um delegado de política. O resultado é pífio, os membros da Comissão não têm praticamente agenda de trabalho com o ministro do Desenvolvimento Agrário e, provavelmente, nunca sequer viram alguma das autoridades do governo central. Teixeira fala, fala, fala, mas não tem tato. Afirma, ao mesmo tempo, que o “governo não vai admitir ocupações de terra fora da lei”, com a mesma ênfase que promete carinhos ao MST. Se confunde todo afirmando que “quando os movimentos souberem de alguma terra improdutiva, basta indicá-la ao Incra”. Só que o orçamento do Incra para compra de terras, neste ano, é de apenas R$ 2 milhões.  

O MST tem mandado bala. Promoveu o “Abril Vermelho”, referência ao massacre de Eldorado do Carajás (PA), fez uma invasão prolongada nas terras da empresa Suzano e ocupou até áreas da Embrapa. E tem conflitos fundiários em São Paulo, com o nome de “Marielle Vive”; em Minas Gerais, perto de Alfenas; e um pesado ataque fundiário no sul do Pará. Não custa rememorar que o MST, entre organizações, associações e cooperativas, é responsável por 30% da produção alimentar, incluindo os diversos itens agrícolas.  

A confusão é tão grande que a questão fundiária envolve 27 siglas, entre órgãos federais e instituições internacionais. Mas qual a quantitativa divergência entre o MST e o governo? Pois bem, Paulo Teixeira afirma que são 80 mil famílias à espera de assentamento. O MST, por sua vez, diz que são 100 mil famílias, das quais 30 mil, em processo de assentamento, até agora levaram um beiço do Incra. Por enquanto, o que se conclui desse enorme imbróglio é que está difícil a paz no campo, que a CPI do MST pode enrolar a aprovação do arcabouço – que não tem compromisso de prazo –, afetar a política econômica de Fernando Haddad e deixar o ministro Rui Costa arrancando os cabelos, já que parece ser o único no Palácio do Planalto que está dando maior peso a questão.

#João Pedro Stédile #MST #Rui Costa

Empresa

O novo papel da Oji Holdings no Brasil

6/06/2023
  • Share

Circula, entre um petit comité da indústria de papel e celulose, a informação de que a japonesa Oji Holdings estuda instalar uma fábrica no Brasil. O foco seria a produção de papel tissue. Ressalte-se que o grupo nipônico chegou a disputar a compra dos ativos da Kimberly-Clark no Brasil, mas a Suzano venceu o duelo. A OJi, não custa lembrar, é a maior acionista da Japan Brazil Paper and Pulp Resources. Trata-se do conglomerado de empresas japonesas que controla a Cenibra, fabricante de celulose com mais de 1,2 milhão de toneladas de capacidade instalada.  

#Oji Holdings

Destaque

Petrobras estuda manter um pé na petroquímica com ressurreição da antiga Rio Polímeros

9/05/2023
  • Share

A Petrobras pode sair integralmente da Braskem, mas não da petroquímica. Entre os diferentes cenários contemplados pela direção da companhia está a ressurreição da Rio Polímeros – ou RioPol. Neste caso, a venda da participação da Petrobras na Braskem seria atrelada a um spin off das instalações do antigo Polo Gás Químico, localizado em Duque de Caixas (RJ). A estatal não apenas assumiria as instalações como voltaria a desenvolver a segunda geração a partir do site da velha RioPol, com capacidade instalada de 540 mil toneladas de polietileno por ano. Esse movimento poderia provocar uma guinada nos planos da Petrobras para a petroquímica, notadamente com o congelamento do Polo Gaslub, nada mais do que o rebrand do Comperj – um nome e um projeto que remetem a tempos escabrosos no compliance da estatal.     

Em março deste ano, a empresa anunciou a assinatura de contrato com a Toyo Setal Empreendimentos para a conclusão das obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do complexo, instalado em Itaboraí (RJ). Ainda assim, os movimentos da gestão de Jean Paul Prates em relação ao Gaslub não têm sido assertivos. Trazem mais dúvidas do que certezas. Em fevereiro, durante reunião com lideranças do PT no Rio, entre quais os deputados Lindbergh Farias e Washington Quaquá, Prates acenou com a conclusão integral das obras, incluindo a implantação de unidades de produção de combustíveis e lubrificantes. O “anúncio” chegou a ser celebrado por Quaquá em um vídeo postado em suas redes sociais, no qual aparece ao lado do presidente da Petrobras. Mais recentemente, no entanto, em meados de abril, a Petrobras informou ao mercado que avalia mudar o escopo do Polo Gaslub, concentrando-se apenas na produção de insumos petroquímicos de segunda geração. Estima-se que somente esse projeto demandaria mais de US$ 2 bilhões em investimentos. Na ponta do lápis, faria mais sentido apostar e impulsionar um negócio já pronto e em operação, como o site da antiga Rio Polímeros – ainda que isso venha custar à Petrobras um deságio no valor de venda da sua participação na Braskem. Importante ressaltar que, do ponto de vista geográfico e político, o resultado seria o mesmo: a Petrobras garantiria investimentos e geração de emprego no Rio de Janeiro.    

Há poucos projetos com tamanha capacidade de contar a história recente da indústria petroquímica brasileira quanto a antiga Rio Polímeros. Tal qual uma bola de fliperama, o projeto ricocheteou entre as diversas idas e vindas societárias do setor ao longo das últimas duas décadas. Quando inaugurada, em 2005, a RioPol tinha como sócios Unipar, Suzano, Petrobras/Petroquisa e BNDES. Em 2007, a estatal comprou a Suzano Petroquímica, automaticamente aumentando sua participação no empreendimento. Em 2008, a Rio Polímeros passou ao guarda-chuva da Quattor, criada a partir da associação entre a Unipar e a Petrobras. Essa configuração durou não mais do que dois anos. Em 2010, a Quattor foi comprada pela Braskem. Naquele mesmo ano, a Rio Polímeros acabaria incorporada pela própria Braskem, desaparecendo definitivamente como empresa para ser um site a mais entre os ativos da companhia. 

#BNDES #Braskem #Comperj #Jean Paul Prates #Petrobras #Polo Gaslub #PT #RioPol

Destaque

Empréstimo do BNDES para gasoduto argentino será vinculado a encomendas no Brasil

14/04/2023
  • Share

O financiamento do BNDES para a construção do gasoduto de Vaca Muerta, na Argentina, deve trazer algumas variáveis diferentes em relação a operações similares fechadas por governos petistas no passado. Uma delas é uma amarra que pode trazer dividendos para a indústria brasileira. Segundo o RR apurou, a ideia que começa a ganhar corpo no banco é vincular o empréstimo à garantia de aquisição junto a fabricantes no Brasil de parcela dos insumos empregados na obra. Ou seja: uma regra de “conteúdo local” por vias oblíquas. Seria a contrapartida para a liberação de aproximadamente US$ 700 milhões, cm o objetivo de financiar a construção do segundo trecho do pipeline, entre Buenos Aires e a província de Santa Fé, onde já existe uma rede de dutos até Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.  

Outro dispositivo seria buscar uma solução de funding – via Tesouro ou o próprio BNDES – para que essas indústrias efetivamente recebam pelo fornecimento de produtos. Há um histórico de não pagamento de empréstimos internacionais da agência de fomento, vide Cuba e Venezuela, que devem mais de R$ 4 bilhões à instituição. Ressalte-se que, no caso da Argentina, a classificação de risco é ainda maior. O país vive uma delicada situação financeira e uma crise cambial. Em matéria publicada pelo site Brazil Journal na última quarta-feira, o diretor de finanças da Suzano, Marcelo Bacci, descortinou um pedacinho do problema ao mencionar que o lucro de exportadoras brasileiras fica retido na Argentina.

Essa tentativa de hedge seria uma forma de aplainar as críticas ao governo Lula pelo financiamento de obras no exterior, algo, inclusive, que poderia vir a ser replicado em outros projetos. Ocorre que anteriormente, mesmo a condicionalidade não estando presente, o propósito da exportação de serviços sempre foi aumentar a demanda por produtos brasileiros. De uma forma ou outra, isso foi feito. Não deverá ser muito diferente.

Caso o acordo seja levado adiante, uma das potenciais beneficiadas com a medida seria a Tenaris Brasil, leia-se o grupo ítalo-argentino Techint. Desde já, a empresa, uma dos maiores fabricantes de dutos da América Latina, desponta como forte candidata ao fornecimento para Vaca Muerta, a partir de sua fábrica em Pindamonhangaba (SP). Ressalte-se que o grupo já atua na construção do primeiro trecho do pipeline, entre Neuquén e Buenos Aires.  

#BNDES #Marcelo Bacci #Suzano #Techint #Tenaris Brasil

Negócios

Gigante chinês do papel e celulose mira aquisições no Brasil

8/12/2022
  • Share

A chinesa Nine Dragons Paper está vasculhando o mercado brasileiro em busca de ativos na área de papel e celulose. O grupo asiático chegou a analisar a compra da operação de papel tissue da Kimberly Clark, que acabou nas mãos da Suzano. Com nove fabricas na China, a Nine Dragons fatura quase US$ 9 bilhões por ano.

#Nine Dragons Paper #Suzano

Negócios

Klabin e Suzano surfam na alta da celulose

21/11/2022
  • Share

Klabin e Suzano deverão anunciar um novo reajuste nos preços da celulose ainda neste ano. As duas fabricantes brasileiras surfam a tempestade, ou melhor, a bonança perfeita: alta demanda global e restrições na oferta do produto. Essa combinação tem mantido as cotações da celulose de fibra curta seguidamente acima dos US$ 860. Klabin e Suzano enxergam espaço para mais um aumento devido aos gargalos na logística global e ao adiamento da entrada em operação de novas fábricas, caso do Projeto Mapa, da chilena Arauco. O mercado trabalha com a projeção de que os preços vão ceder no médio e longo prazo. Mas, no horizonte mais curto, predomina a aposta na alta dos preços. O paradoxo, no entanto, é que as ações tanto da Klabin quanto da Suzano não refletem essa estimativa. A primeira acumula uma queda de 11,9% no ano. Já a Suzano soma uma desvalorização de 3,3% ao longo de 2022.

#Celulose #Klabin #Suzano

Negócios

Comprando Brasil

26/10/2022
  • Share

O RR apurou que o fundo Woodland Partners tem interesse na compra de ativos florestais no Brasil, notadamente voltados à indústria da celulose. O apetite pelo país é grande. Recentemente, a Woodland esteve na disputa pela operação de papel tissue da Kimberly-Clark, que acabou nas mãos da Suzano.

#Woodland Partners

Déficit de papel

15/07/2022
  • Share

Há uma seca de papel couché no mercado. E não bastasse, já há um início de desabastecimento do papel offset. A Suzano, principal produtora, não estaria entregando o material. A linha couché é quase um padrão na impressão de publicações sofisticadas. As gráficas não estão aceitando encomendas há dias. Consultada, a Suzano informou que está com suas fábricas operando a plena capacidade, em um mercado que enfrenta desequilíbrio em função da menor oferta. Inclusive, importou 10.000 toneladas do produto.

#Suzano

Multipresença

20/06/2022
  • Share

Paulo Sergio Kakinoff, que está deixando a presidência da Gol, foi sondado para o Conselho de uma das grandes fintechs brasileiras. Kakinoff já está no board da Suzano e da MRV, entre outras.

#Gol #MRV #Paulo Sergio Kakinoff

Uma longa jornada cambial noite adentro

14/06/2022
  • Share

O dólar fechou ontem a R$ 5,10. É grande a probabilidade que acorde hoje a um valor maior. Trata-se de uma resposta do mercado à sinalização de que o “minivolcker” está a caminho – uma alusão à disparada dos juros americanos liderada pelo então presidente do FED, Paul Volcker. As expectativas estão voltadas para amanhã, quando o banco central norte-americano anunciará sua taxa de juros. Ainda ontem, o mercado já projetava o dólar a R$ 5,50 no fim deste ano e a R$ 6 para 2023.

O BC tem bala na agulha para se proteger de incômodos cambiais. Desde 2011, as reservas estão acima de US$ 300 bilhões, valor bem acima do recomendado pelo FMI como colchão. O Brasil é credor líquido em títulos da dívida norte-americana. Já eliminou o imposto sobre o investidor estrangeiro que comprar títulos públicos. E as commodities não deixam de ser um hedge natural. Ou seja: a autoridade monetária tem espaço para outras desonerações na área cambial. As questões maiores parecem surgir na inflação e no endividamento empresarial.

Na inflação, porque o BC, provavelmente, será obrigado a elevar os juros acima dos 14% neste ano. Juros altos, como se sabe, é um “come-PIB”. Também deterioram a situação fiscal pela via do endividamento público e da redução da arrecadação. Pode estar chegando um novo tempo de heterodoxias na política econômica – vide a PEC do ICMS. Do lado do endividamento empresarial, há menos risco do que no passado, tempos de Aracruz e Sadia, que praticamente quebraram. Quase todas as companhias fazem hedge. A questão é que umas mais e outras menos.

Fora o fato de que o tamanho do passivo em dólar tem variações enormes em cada uma delas. São previsíveis, portanto, uma gangorra das cotações no mercado e a suspensão do pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio. No primeiro trimestre, a desvalorização cambial foi de cerca de 15%. Empresas com dívida em dólar elevada – como a Suzano, que tinha quase 85% do passivo tomado naquela moeda – ganharam muito no período em consideração. Aquelas que têm hedge natural, como a Vale, vão prosseguir surfando na onda. Tudo depende da força de vontade do BC e de até onde vai a disposição de ajuste fiscal por parte do Ministério da Economia. Esta última bastante improvável. Além, é claro, do impacto das eleições na tomada de decisão. Seja como for, todos os olhos estão voltados para o Norte. Na maior parte das vezes o que é bom para a América não é bom para o mundo.

#FED #FMI #Ministério da Economia #Paul Volcker

Biossegurança

7/06/2022
  • Share

A Suzano virou alvo do MST. Segundo o RR apurou, integrantes do Movimento estão ocupando uma fazenda da empresa em Açailândia (MT). Além da invasão em si, há uma preocupação relativa a biossegurança. Na fazenda, são realizados experimentos com eucaliptos geneticamente modificados.

#Açailândia #Suzano

Há uma inegável química entre a Unipar e a Braskem

6/05/2022
  • Share

O RR crava que a Unipar tem sido procurada por fundos de investimento para apresentar uma oferta conjunta pela participação da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem. A premissa é que a proposta atenda aos bancos credores da holding e à Petrobras, com a aquisição também das ações em poder da estatal. A Unipar tem sinergias com a Braskem e solidez empresarial para se tornar a sócia operacional da empresa, sem precisar de ajuda financeira do Estado. No ano passado, a companhia teve receita recorde de R$ 6,2 bilhões e lucro líquido de R$ 2 bilhões.

Ou seja: seria um projeto bem diferente da Quattor, empresa criada em associação com a Petrobras, que, à época, incorporou os ativos da Suzano Petroquímica. Na ocasião, em 2008, a Unipar foi praticamente forçada a entrar no negócio mais por razões de ordem política do que estratégica. A Unipar leva notórias vantagens sobre o refogado de empresas apontadas como candidatas à compra da Braskem. O Ultra, por exemplo, enfrenta sérios dilemas. Ao contrário da Unipar, está longe de concluir sua sucessão. Há divergências entre Pedro Wongtschowski, presidente do Conselho, e Marcos Lutz, CEO, em relação à estratégia para o grupo.

Wongtschowski, um industrialista raiz, defende que a empresa troque de posições em alguns ativos, a exemplo da Ipiranga, e assuma a Braskem. A rede de postos ampliou o endividamento e tirou foco do grupo. A J&F, por sua vez, até tem fôlego financeiro de sobra para levar a Braskem. E, ao contrário do Ultra, não enfrenta impasses sucessórios. A intenção nem tão velada da companhia seria levar a sede da petroquímica para o exterior, em linha com os seus planos para a JBS – conforme informou o RR em 10 de março. Porém, no setor há dúvidas quanto ao real interesse dos irmãos Batista pela Braskem. Nos últimos meses, espocam notícias sobre o avanço do grupo em negócios fora do seu core business.

Fontes próximas à J&F apontam que essas supostas investidas parecem atender a uma operação de “M&A Washing”. Seriam vazamentos oficialmente consentidos de aquisições que nunca se consumam. Fundos, como o norte-americano Apollo, também despontam como candidatos à compra da Braskem. No entanto, analisam o negócio com alta dose de prudência. Os fundos temem comprar Brasil neste momento, de incertezas institucionais. Além disso, carregam dúvidas do quanto ainda há de politização na Braskem. Ao comprar a empresa, teriam de sentar-se para negociar com a Petrobras, sabe-se lá em que ambiente político.

#Braskem #Novonor #Suzano Petroquímica #Unipar

Nova fornada

12/01/2022
  • Share

A Suzano faz planos para uma nova emissão de bonds sustentáveis. Em junho do ano passado, a empresa lançou cerca de US$ 1 bilhão em papéis atrelados a metas climáticas e ambientais. E deixou o mercado com gosto de “quero mais”: na ocasião, a demanda pelos títulos chegou a US$ 3,5 bilhões.

#Suzano

Papel moeda

10/08/2021
  • Share

A Suzano planeja uma emissão de títulos no exterior. Trata-se de dinheiro carimbado. Os recursos serão destinados ao maior projeto da companhia: a construção da nova fábrica de celulose no Mato Grosso do Sul, orçada em aproximadamente R$ 15 bilhões.

#Suzano

Ponto final

10/08/2021
  • Share

Não retornaram ou não comentaram o assunto: Compass, Ministério do Trabalho, ADIA, Suzano, Arthur Lira, Citic, CVC Capital Partners, Bamim e AGU.

Suzano aposta no verde

21/05/2021
  • Share

Segundo o RR apurou, a Suzano planeja uma nova emissão de títulos vinculados a metas de sustentabilidade. No fim de 2020, a empresa captou US$ 1,2 bilhão com papers indexados à redução de gases de efeito estufa.

#Suzano

Ponto final

21/05/2021
  • Share

Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: CCCC, Advent, Suzano, Compass, Rede D´Or e Moinhos de Vento.

O calendário do BNDES

21/09/2020
  • Share

Segundo o RR apurou, após concluir a venda da sua participação na Suzano, a BNDESPar vai se desfazer da sua fatia de 28% no capital da Fundição Tupy.

#BNDESPar

Crônica de um banqueiro acima do bem e do mal

22/08/2019
  • Share

Quando se trata de estranhas transações, é difícil antepor o nome de Joseph Safra ao do seu banco. O banqueiro está – e não está  associado às delações de Antônio Palocci, envolvendo o repasse de dinheiro por fora para o Instituto Lula e a campanha eleitoral de Fernando Haddad, aos casos de facilitação da venda da Aracruz Celulose para o Votorantim e aos negócios incluindo Casino, Carrefour e Abílio Diniz. Mas o banco está presente em todos. Joseph igualmente está – e não está – ligado à Operação Zelotes e ao Caso Wikileaks. Mas, o banco está presente. Ele está – e não está – indexado às estripulias cambiais que levaram a Aracruz à garra antes de ser adquirida pela então Votorantim Celulose e Papel (VCP), posteriormente Fibria Celulose e recém-incorporada pela Suzano.

E a instituição comparece. Joseph sempre esteve – e não esteve – vinculado a virtuais operações de gestão temerária ou contravenção. O banqueiro dos banqueiros sempre conseguiu que sua pessoa física se diluísse na placa do banco. Ele deslizou pelos meandros da instituição financeira devido às discussões judiciais por suspeito recebimento de dinheiro desviado de obras públicas durante a gestão do ex-prefeito paulistano Paulo Maluf. Coube ao Safra National Bank of New York a responsabilidade pela operação. O banco firmou um termo de ajuste de conduta (TAC) no valor de US$ 10 milhões. Joseph também esteve – mas não esteve – no episódio de lavagem de dinheiro, na Suíça. Quem compareceu foi o J. Safra Sarasin Ag, junto com mais quatro bancos, com o montante total de US$ 1 bilhão. Talvez a única vez que o lendário banqueiro teve arranhada sua impoluta imagem tenha sido na Operação Zelotes, em processo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Seu nome, quase um arcano, veio à tona. Joseph foi acusado, junto com seu ex-funcionário João Inácio Puga, de pagamentos por fora à Receita Federal para obter a anulação de multas da ordem de mais de R$ 2 bilhões. Em um primeiro momento, o Ministério Público chegou a considerar o banqueiro como o “longa manus” de Puga. Mas, como sempre, Joseph acabou diluído no imbróglio. Puga dirimiu-o de qualquer reponsabilidade, assumindo, sozinho, uma decisão de tamanha monta. O Sistema Nacional de Passaportes identificou que o banqueiro passou 151 dias no exterior e por isso não tinha tempo para discutir pessoalmente o assunto. E como era de se esperar, em 12 de dezembro de 2016 o Tribunal Regional Federal da 1° Região encerrou a ação penal contra o banqueiro Joseph Safra. Assim como algumas criaturas da literatura, é possível que o dono do Banco Safra não exista. Seja um espectro que paira sobre o sistema financeiro. Joseph, o mais emblemático e silencioso dos banqueiros, gostaria que essa versão fosse a realidade.

#Banco Safra #Joseph Safra

Suzano rasga os papéis da Facepa

11/04/2019
  • Share

A Suzano está promovendo um desmanche na Facepa, fabricante de toalhas, guardanapos e papel higiênico do Pará comprada em 2017 por R$ 310 milhões. No último dia 4, a companhia dos Feffer fez 130 demissões na controlada. Na empresa circulam informações de que outros 100 postos de trabalhos serão eliminados ainda neste mês. No ano passado, a Suzano já havia demitido cerca de 60 funcionários. Os seguidos cortes aumentam o temor de que o grupo estaria preparando o terreno para o fechamento da fábrica da Facepa em Belém. O parque fabril do Pará é obsoleto. Uma das máquinas tem aproximadamente 28 anos; a outra é uma “anciã” de meio século. A Suzano poderia transferir a produção para as suas modernas fábricas de Imperatriz (MA) e Mucuri (BA). Procurada, a Suzano nega o fechamento da unidade da Facepa em Belém. Perguntada sobre as demissões, a companhia não se pronunciou especificamente sobre o tamanho dos cortes. Disse apenas que “os ajustes realizados têm o objetivo de melhorar e otimizar o atendimento ao consumidor das regiões Norte e Nordeste e fazem parte de um plano estratégico na Unidade de Bens de Consumo”.

#Facepa #Suzano

Miragens da Bastilha no apocalipse social do país

14/03/2019
  • Share

A Escola Superior de Guerra deve estar debruçada sobre análises relacionadas ao ambiente psicos-social do país. A ESG tem tradição de tratar com especial atenção esse caldo de sentimentos mórbidos que leva ao desequilíbrio nacional, impactando na forma como a sociedade reage e interage diante de situações aparentemente fora de controle. A ampliação dos dominios das milícias, a expansão dos tentáculos das facções criminosas, assassinatos políticos como o da vereadora Marielle Franco, ameaças de morte a parlamentares – a exemplo do deputado federal Marcelo Freixo – aumento dos homicídios mais violentos e casos crescentes de feminicídios têm tido uma divulgação impulsionada pelas redes que provoca uma sensação de desamparo, repulsa e ódio.

O mais recente e trágico episódio que adensa esse cenário de uma sociedade partida foi o genocídio de 10 adolescentes na cidade de Suzano, uma dizimação humana no ambiente escolar nunca dantes vista no país. Sem dúvida são assuntos distintos. Mas são todos interligados no imaginário da população. A combinação de insegurança com repulsa é o que faz subir a temperatura no termômetro psicossocial.

Tradicionalmente, a ESG e os militares da área de informações têm suas atenções voltadas para agitações sindicais, revolta da comunidade indígena, movimentos sociais como o MST, garimpo e afins. Não há registro de período onde a chaga social estivesse sangrando como em nosso tempo. O governo precisa tratar de cada uma dessas feridas. Mas também entender que a soma delas pode levar a um estado de conturbação descontrolado. A história mostra que nessas situações surgem jacobinos e incendiários para fazer do descalabro e das mortes combustível para ação política. É tudo o que não se deseja para o Brasil.

#Escola Superior de Guerra #Marcelo Freixo #Marielle Franco #Suzano

Uma “chapa” puro-sangue do empresariado nacional

6/09/2018
  • Share

Há uma boa nova no mercado eleitoral. Um grupo seleto de empresários, reunidos em torno do movimento “Você muda o Brasil”, ingressou na arena política disposto a apoiar um candidato à Presidência da República e participar do seu governo, caso o ungido assim o queira. É difícil não querer. Os poderosos são a fina flor do setor privado, predominantemente da indústria e com militância no Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). Pelo menos três deles fariam bonito no ministério de qualquer um dos presidenciáveis: Pedro Wongtschowski (Grupo Ultra), Pedro Passos (Natura) e Walter Schalka (Suzano). Os empresários acreditam em política industrial, mas acham que a intervenção do Estado é demasiada e defendem a qualidade dos quadros da gestão como uma das variáveis determinantes para a escolha do candidato a ser apoiado. A priori, o presidenciável não deve conduzir o país para uma polarização. Não chega a ser nenhum anagrama. Pelo contrário, é meio caminho andado para identificar os nomes prediletos dessa nata do empresariado.

#Eleições

Procura-se uma floresta

25/07/2018
  • Share

A perda da disputa pelos ativos florestais da Duratex, comprados pela Suzano, deixou um problema para a indonésia Royal Golden Eagle (RGE). O grupo corre atrás de florestas de eucalipto em São Paulo para não comprometer o plano de expansão da Lwarcel – produtora de celulose adquirida pela RGE em maio. Os asiáticos precisam, ao menos, de 20 mil hectares.

#Royal Golden Eagle

Rumo trafega em trilhos kafkianos

28/06/2018
  • Share

O empresário Rubens Ometto, controlador da Rumo Logística, é o protagonista de um enredo kafkaniano. O “processo” em questão envolve a renovação da licença da Malha Paulista e um investimento da ordem de R$4,5 bilhões. Em abril, a ANTT acenou que em até 45 dias bateria o martelo quanto ao pedido de extensão da licença. No entanto, o prazo já foi para as calendas e, até agora, nem previsão quanto à possível análise do pleito da companhia. Nem mesmo o notório poder de influência de Ometto junto ao governo tem ajudado a tirar esse trem do lugar. A própria direção da Rumo já considera difícil que a autorização saia efetivamente neste ano: além da decisão da ANTT, é necessário ainda o imprimatur do TCU. A burocracia está jogando por terra um dos raros investimentos em infraestrutura ferroviária de maior monta de que se tem notícia. A expansão da Malha Paulista está condicionada à renovação da concessão – o contrato atual vence em 2028. A Rumo não está sozinha na pressão sobre a agência reguladora. Grandes companhias que dependem da Malha Paulista fazem coro à operadora logística. É o caso da Suzano/Fibria, que usa a ferrovia para escoar a produção da sua fábrica de celulose no Mato Grosso do Sul.

#ANTT #Rubens Ometto

Página (quase) virada

10/05/2018
  • Share

A Suzano tem até o fim de junho para decidir se exerce ou não a opção de compra das florestas da Duratex no interior de São Paulo, negócio estimado em R$ 1 bilhão. Por conta da fusão com a Fibria, o mais provável é que não.

#Duratex #Suzano

Ponto final

10/05/2018
  • Share

Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Banco Votorantim, BNDES, Marfrig e Suzano.

Sinal amarelo

29/03/2018
  • Share

Paulo Hartung tem cobrado da Fibria a garantia de que o projeto de construção de uma fábrica de bio-óleo no município capixaba de Serra será mantido mesmo após a associação com a Suzano. O governador nem imagina a hipótese de perder um investimento da ordem de R$ 500 milhões em plena campanha à reeleição.

#Fibria #Paulo Hartung

Papel passado

22/03/2018
  • Share

Em um determinado momento da gestão Murilo Ferreira, na Vale, a compra ou associação com a Suzano foi aventada no Conselho de Administração da companhia. O projeto tinha como alvo a posterior aquisição da Eldorado. A história, como se sabe, conduziu os participantes para direções distintas. No entanto, a compra da Fibria pela Suzano é uma prova de que o destino escreveu certo por linhas tortas.

#Suzano #Vale

Acervo RR

Papel passado

22/03/2018
  • Share

Em um determinado momento da gestão Murilo Ferreira, na Vale, a compra ou associação com a Suzano foi aventada no Conselho de Administração da companhia. O projeto tinha como alvo a posterior aquisição da Eldorado. A história, como se sabe, conduziu os participantes para direções distintas. No entanto, a compra da Fibria pela Suzano é uma prova de que o destino escreveu certo por linhas tortas.

#Suzano #Vale

Safra flerta com um déjà vu na celulose

2/03/2018
  • Share

A eventual fusão da Suzano com a Fibria poderá trazer um gostinho de passado ao futuro da indústria brasileira de celulose. O Banco Safra estaria assessorando a empresa dos Feffer nas conversas com o Grupo Votorantim. Mais do que isso: para além da função de adviser, o banco de Joseph Safra já teria demonstrado interesse em vestir também o figurino de sócio na operação, com uma participação minoritária na nova companhia. Seria um tonitruante retorno ao setor. O Safra era sócio dos Ermírio de Moraes e do empresário Erling Lorentzen na antiga Aracruz, que posteriormente foi incorporada pela Votorantim Celulose e Papel para dar origem à Fibria. A Aracruz não terminou bem, mas essa é outra história.

#Banco Safra #Suzano

Ponto final

2/03/2018
  • Share

As seguintes empresas não comentaram o assunto: Votorantim, Suzano, Safra, Cosan e Raízen.

O alvo é a Suzano

31/10/2017
  • Share

Uma grande companhia, grande mesmo, que está cortando substancialmente sua dívida e ficará com um índice de alavancagem sequinho, elegeu a Suzano Papel e Celulose como objeto de consumo. A corporação em questão não é do setor, mas conhece do ramo. A operação daria aos Feffer, controladores da Suzano, porta de saída de uma empresa que já não tem condições de empatar os investimentos necessários para se manter no game.

#Suzano

“Comendador da Ordem do Plástico”

4/10/2017
  • Share

Procura-se de um lado, procura-se de outro, e não se vê nenhuma pista de eventual articulação para a sucessão na presidência da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). O atual presidente, José Ricardo Roriz Coelho, que tem mandato garantido até 2019, já afirmou na entidade que sua missão não se conclui antes de 2023. Mas há indícios de que a gestão de Coelho, que começou em 2010, pode ser eterna. A começar pelo apoio dos principais players da indústria do setor, aqueles que mandam na Abiplast. Explica-se tamanho amor: reza a lenda que Coelho, quando estava do lado do produtor, comportava-se como quem vestia o chapéu do consumidor, ou seja, facilitando a vida dos transformadores de termoplástico, associados da Abiplast. Talvez pelo comportamento demasiadamente afável para um negociador, Coelho não tenha deixado boas recordações nas produtoras de resinas petroquímicas. Os Feffer, da antiga Suzano Petroquímica, são um exemplo. O então copresidente da Suzano, João Pinheiro Nogueira – que dividia o comando da empresa com Coelho – teria mordazes histórias para contar. Versão ou fato, a realidade é que José Roriz Coelho é o mais querido personagem da indústria do plástico.

#Abiplast

Preços regulados

14/08/2017
  • Share

Da boca para fora, as paradas simultâneas para manutenção de diversas fábricas brasileiras de celulose e o aumento do preço da matéria-prima engatilhado por Suzano, Fibria, entre outros, não têm nada a ver um com o outro. Tá bom… Os reajustes, em torno de 5%, devem sair em setembro. A parada muy estratégica vai retirar do mercado global até 400 mil toneladas de celulose. A Fibria confirma o aumento; a Suzano diz que ainda “analisa as condições de mercado”.

#Fibria #Suzano

Aécio Neves “vendeu” a Vale que não tinha

26/05/2017
  • Share

Em sua primeira reunião com o Conselho de Administração da Vale, na quarta feira (24), por volta de 9h30, na sede da companhia, Fabio Schvartsman, despiu-se dos constrangimentos que o acometeram no decorrer dos últimos oito dias, e disse, firme, a que veio. As diretrizes da sua gestão são: desempenho, estratégia, governança e sustentabilidade. Também não houve meias palavras em relação às prioridades.

Elas são duas: integridade das barragens e transformação da empresa em uma public company. Schvartsman foi atingido por um estilhaço da delinquência de Aécio Neves. Para alguém que, nos últimos cinco anos, esteve nos rankings dos 20 melhores executivos do país, frequentou todas as listas dos mais bem sucedidos dirigentes empresariais, conforme a avaliação da nata dos head hunters, e somente deu sete entrevistas no período (quase uma por ano), é possível imaginar a violência do impacto da notícia. A serena explanação de Schvartsman no Conselho é um ponto de partida para que o RR relate mais um capítulo da criminosa tentativa do ex-governador de Minas de usar a Vale como uma de suas falsas moedas de troca.

As primeiras conversas sobre a substituição de Murilo Ferreira da presidência da Vale começaram entre os acionistas-chave da companhia, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli. O assunto nunca foi tratado com Michel Temer, mas com o seu “entorno” no Palácio do Planalto. As “pressões” sempre se resumiram a assuntar como o processo estava sendo conduzido. As menções a influências de políticos mineiros, Aécio à frente, vinham de meados de 2016, antes da decisão de Ferreira de abdicar do cargo, antecipando-se, inclusive, ao próprio Conselho.

Em ordem decrescente de grandeza, o deputado Fabio Ramalho (o popular “Fabinho Liderança”), o deputado Newton Cardoso Jr., e Aécio fizeram chegar aos acionistas o interesse da “mineirada” que a solução para a presidência da Vale passasse pelo estado. Até então, Aécio falava com o “entorno do Planalto” e por meio da imprensa. Com a ampliação da Lava Jato e o aumento de operações da Polícia Federal, todos os sócios da Vale (os supracitados, mais BNDESPAR e Mitsui) entenderam que a nomeação do novo presidente deveria ser inteiramente blindada. A decisão foi levada ao “entorno do Planalto” há pouco mais de 60 dias.

O gabinete do Palácio, então, “autorizou” que fosse formado um comitê, presidido por Caffarelli, para definir a sucessão. Foi escolhida a Spencer Stuart, por consenso entre os sócios. A empresa de head hunter foi encarregada de apresentar diversas opções com um perfil desejado. A Spencer levantou 20 nomes. A lista, posteriormente, foi afunilada para cinco candidatos, entre os quais o presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, e o presidente da Nissan, Carlos Ghosn. O nome de preferência de Joesley Batista, o ex-presidente da Petrobras e do BB, Aldemir Bendine, sequer constou da relação inicial de 20 executivos.

A escolha de Schvartsman foi feita  por unanimidade entre os acionistas. O processo estava sacramentado, por assim dizer, em 22 de março. No dia 23 de março, Aécio procurou os acionistas da Vale, pedindo uma reunião urgente, tendo em vista a “importância da decisão para Minas”. O encontro foi marcado para o dia seguinte. Na sexta-feira, 24 de março, às 10 horas, o senador foi ao encontro de Trabuco e Caffarelli, nasede do Banco do Brasil, no quarto andar do prédio localizado na Av. Paulista, n° 1.200.

A reunião durou pouco mais de uma hora. Aécio somente queria assuntar como estava o processo da sucessão na Vale. Não arriscou qualquer sugestão de nome. Sabia que os dados já tinham sido jogados. De lá seguiu para o Hotel Unique, onde foi gravado por Joesley Batista, bravateando que “tinha feito o presidente da Vale”. Levou os R$ 2 milhões que queria sem entregar a moeda que não tinha. No dia 27 de março foi anunciada a escolha de Fabio Schvartsman para a presidência e, ao que tudo indica, o bem da Vale.

#Aécio Neves #Joesley Batista #Vale

Um contencioso de alta voltagem

3/04/2017
  • Share

O governo entrou em rota de colisão com grandes grupos industriais intensivos em energia elétrica. Votorantim, Gerdau, Suzano e ArcelorMittal, entre outras, pressionam o Ministério de Minas e Energia a, ao menos, reduzir o repasse para o consumidor final do reajuste das tarifas realizado para viabilizar o pagamento da RBSE (Rede Básica do Sistema Existente), uma espécie de indenização paga às empresas de transmissão. Segundo estimativas preliminares da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriai de Energia (Abrace), o novo reajuste vai representar um aumento médio de 20% a 30% para a indústria. A tendência é que a Abrace leve o caso à Justiça caso as tratativas com o governo fracassem. O pagamento da RBSE foi uma exigência dos investidores da área de transmissão de energia para aderirem ao plano de renovação antecipada das concessões. No entanto, os grandes consumidores industriais alegam que a indenização não tem fundamento, uma vez que as licenças de transmissão nunca expiraram. Por esta razão, o reembolso de bens não depreciados não teria amparo legal.

#ArcelorMittal #Gerdau #Suzano #Votorantim

Papel-moeda

10/03/2017
  • Share

A Suzano está prestes a tirar do forno uma emissão de bônus no mercado internacional no valor de até US$ 500 milhões. Será um bom termômetro da confiança dos investidores em relação ao Brasil no longo prazo: os papéis terão vencimento de 30 anos. Boa parte dos recursos será aplicada pela Suzano no segmento de tissue.

#Suzano #Tissue

Ponto final

10/03/2017
  • Share

Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Suzano, Advent, Teuto, Brazcarnes.

Acervo RR

Suzano

9/11/2016
  • Share

 Com os estoques de celulose acima do previsto, a Suzano vai paralisar a linha de produção da fábrica de Mucuri (BA) até março. Procurada, a empresa confirma a “parada programada da unidade”. No terceiro trimestre deste ano, o volume de vendas da companhia foi 15% inferior ao do mesmo período em 2015.

#Suzano

Suzano

9/11/2016
  • Share

 Com os estoques de celulose acima do previsto, a Suzano vai paralisar a linha de produção da fábrica de Mucuri (BA) até março. Procurada, a empresa confirma a “parada programada da unidade”. No terceiro trimestre deste ano, o volume de vendas da companhia foi 15% inferior ao do mesmo período em 2015.

#Suzano

Projeto novo

17/06/2016
  • Share

 Além da já anunciada usina de biomassa em Suzanópolis (SP), a francesa Albioma e a colombiana Pantaleon têm um projeto similar para o Centro-Oeste.

#Albioma #Pantaleon

Sócio de raiz

14/04/2016
  • Share

 A Eco Brasil Florestas, dona de reservas de eucaliptos controlada pela família Zogbi, estaria em negociações para a venda de parte do seu capital a um fundo de origem asiática. Esta seria uma operação fundamental para a empresa levar adiante o projeto de entrar na produção de celulose. Ressalte-se que, no início do ano, a Eco Brasil já vendeu parte de suas florestas para a Suzano. Procurada pelo RR, a Eco Brasil não comentou o assunto.

#Eco Brasil Florestas #Suzano

Longe de se duvidar da palavra dos Feffer

19/12/2014
  • Share

Longe de se duvidar da palavra dos Feffer. Mas o mercado questiona se, num ambiente de crise global e queda dos preços da celulose, a Suzano terá mesmo estômago para investir R$ 1,5 bilhão em 2015, pouco menos do que o desembolso deste ano, de R$ 1,7 bilhão. Aliás, muitos gostariam de entender melhor algumas rubricas que ajudaram a inflar o plano de investimentos do grupo para o próximo ano, como os tais R$ 390 milhões que serão aplicados em “programas de competitividade”.

Má notícia para Fibria, Klabin, Suzano e cia

12/11/2014
  • Share

Má notícia para Fibria, Klabin, Suzano e cia. A Montes del Plata, joint venture entre a Stora Enso e a chilena Arauco, pretende antecipar para o próximo ano a ampliação de sua fábrica no Uruguai, originalmente prevista para 2016. No fim das contas, um acréscimo de 1,5 milhão de toneladas no mercado, pressionando ainda mais as cotações da celulose.

Suzano

11/08/2014
  • Share

Após comprar a Vale Florestal, a Suzano estaria negociando a aquisição de plantações de eucalipto da Stora Enso na Bahia.

As sístoles e diástoles do Grupo Suzano

3/12/2013
  • Share

A Suzano tornou-se uma empresa que dorme no lusco e acorda no fusco. E viceversa. O grupo tem alternado momentos de luminosas decisões estratégicas com outros de opacidade administrativa. Na primeira categoria, entram, por exemplo, a providencial saída do setor petroquímico e o consequente foco na área de celulose, que se revelaram acertos históricos dos Feffer. Em contrapartida, a Suzano acumula alguns apagões, como a perda do executivo Antonio Maciel Neto, que conferia ao grupo senioridade gerencial e uma densidade estratégica, e a desalentadora performance da Suzano Papel e Celulose, uma empresa que insiste em não entregar o tanto que promete. Aliás, o mais recente negrume do grupo vem justamente da subsidiária. A nova fábrica de celulose de Imperatriz (MA) nem sequer entrou em operação e já rendeu o primeiro grande dissabor aos Feffer. Na semana passada, durante testes operacionais, houve um acidente envolvendo a caldeira de recuperação da futura planta industrial. Segundo fontes próximas a  Suzano, o problema praticamente jogou por terra as pretensões do grupo de inaugurar a fábrica ainda neste ano. A Suzano confirma que houve um ?desvio no processo de comissionamento da caldeira da unidade de Imperatriz? ? os filólogos talvez dissessem que o uso da palavra ?acidente? evitaria o desperdício de vocábulos. A companhia nega impactos no cronograma e afirma que o início da operação está confirmado para dezembro. Tomara! No entanto, segundo a fonte do RR, o conserto do equipamento deve durar três semanas, o que empurraria a inauguração apenas para o fim de janeiro. Caso se confirme, o atraso vai doer fundo no bolso dos Feffer. Basta fazer as contas. Seriam 21 dias a menos de receita. Como a capacidade de produção da nova fábrica é de quatro mil toneladas por dia e a tonelada da celulose está na casa dos US$ 700, o prejuízo da Suzano chegará perto dos US$ 60 milhões. Prejuízo, aliás, é uma palavra que tem feito parte da rotina da Suzano Papel e Celulose. São tempos de breu pelas bandas da empresa. Nos nove primeiros meses do ano, a companhia acumulou perdas de R$ 162 milhões. Pelo andar da carruagem, tem tudo para superar o prejuízo de 2012, de R$ 182 milhões. Os resultados contrastam com o destino que parecia traçado para a empresa. Quando a Fibria veio ao mundo, carregando em seu estômago as bilionárias perdas com derivativos da Aracruz, a Suzano Papel e Celulose parecia estar anos-luz a  frente da rival. No entanto, esta percepção está desaparecendo em meio ao eclipse da companhia. Recentemente, o grupo cancelou o projeto de construção de outra fábrica de celulose no Piauí. Com isso, a fábrica de Imperatriz tornou-se o grande projeto em curso na Suzano, ao custo total de US$ 3 bilhões. A aposta dos Feffer no negócio é tão grande que os empurrou a  iminente compra das florestas da Vale no Pará, operação avaliada em mais de R$ 500 milhões. O objetivo da aquisição é justamente aumentar o suprimento de matéria- prima para a futura planta maranhense. Mas, nos momentos de maior escuridão, sempre há o risco de se topar com uma caldeira de recuperação no meio do caminho.

Fibria e Suzano encenam um teatro de papel no BNDES

18/10/2013
  • Share

A recente coalizão entre os Ermírio de Moraes e os Feffer não passa de cenografia. a€ luz da manhã, Fibria e Suzano posam de aliados e lideram um tour de force para “ordenar” a implantação de novas fábricas de celulose no Brasil e evitar uma superoferta do produto; na penumbra da noite, protagonizam uma renhida disputa em que o único objetivo, de parte a parte, é puxar o tapete do outro. Conter a produção de celulose no Brasil? Só se for a do concorrente. A Suzano teria iniciado conversas com o banco em busca de financiamento para a instalação de uma fábrica no Piauí – o empreendimento, orçado em US$ 2,5 bilhões, já foi confirmado e adiado sucessivas vezes. Oficialmente, o projeto está suspenso, diz o próprio grupo. Mas, com o apoio do BNDES, tudo mudaria de figura. Do seu lado, a Fibria tenta arrancar da agência de fomento um empréstimo para a construção da segunda linha de celulose na fábrica de Três Lagoas (MS), ao custo de US$ 2 bilhões. Até aí, nada demais: a porta do BNDES está repleta de empresas em busca de financiamento – e nem poderia ser diferente. No entanto, há uma particularidade neste episódio que acentua a polarização e o clima de duelo entre Suzano e Fibria. Por conta exatamente do risco de excesso de oferta de celulose e também pela postura mais cautelosa da agência de fomento, as próprias empresas estão convictas de que dificilmente o BNDES apoiará simultaneamente a construção de duas novas linhas de produção. Um empreendimento automaticamente excluiria o outro. Ou seja: para Suzano e Fibria, é bola ou búrica. Diante do estreito funil, a disputa entre os dois “aliados” vem registrando golpes abaixo da linha de cintura. Executivos das duas empresas estariam protagonizando um jogo de intrigas nos bastidores do banco, tentando desqualificar o projeto da concorrente. “A fábrica de Três Lagoas tem problemas incontornáveis de logística que afetam a competitividade da operação”, diria a tropa da Suzano. “A unidade do Piauí é um descalabro do ponto de vista ambiental”, rebateriam representantes da Fibria. Enquanto os Feffer e os Ermírio de Moraes se digladiam pela preferência do BNDES, a família chilena Matte passou pela Avenida Chile sem fazer qualquer barulho. Com o luxuoso auxílio do governador Tarso Genro, a CMPC conseguiu um financiamento de R$ 2,5 bilhões para ampliar a capacidade da controlada Celulose Riograndense. Procurada, a Fibria não se pronunciou, alegando estar em período de silêncio. Já a Suzano afirmou que já manifestou, “em eventos recentes do setor”, sua posição em relação a  regulação de novos projetos para a produção de celulose. Disse ainda que não há qualquer aliança com a Fibria. Para todos os efeitos, não era o que parecia.

Acervo RR

CMPC

6/09/2013
  • Share

O empresário chileno Eliodoro Matte, dono da CMPC, tornou-se persona non grata entre os Ermírio de Moraes, os Feffer e os Klabin. Controlador da Celulose Riograndense, Matte não apenas se recusou a aderir a  proposta de contenção da produção da commodity feita pelo trio como vem tentando convencer outros fabricantes, como Cenibra e Bahia Pulp, a seguir o mesmo caminho. Recentemente, Fibria, Suzano e Klabin sugeriram a criação de um grupo para discutir com o BNDES um “reordenamento” dos empréstimos ao setor para frear o aumento da produção e a consequente queda dos preços.

Suzano

22/03/2013
  • Share

Nem energia e muito menos renovável. Em meio a uma temporada de cancelamento de projetos, os Feffer estão em dúvida se vale a pena manter o braço do Grupo Suzano na área de geração.

Acervo RR

Cheque dividido

6/03/2013
  • Share

Pouco mais de dois anos após desembolsar cerca de R$ 1,5 bilhão e comprar o restante das ações da Conpacel em poder da Fibria, a Suzano estaria em busca de um sócio para a empresa.

Acervo RR

Conglomerado

21/02/2013
  • Share

A BR Partners vai avançar mais algumas jardas na área financeira. Após criar um banco, pretende montar uma corretora de valores e um braço na área de seguros. A empresa é uma espécie de country club, que reúne a  beira da piscina tarimbados executivos do mercado financeiro e recursos de empresários como João Alves de Queiroz Filho, dono da Hypermarcas, e os irmãos Feffer, da Suzano.

Acervo RR

Cabeça premiada

9/01/2013
  • Share

O ex-Ford Antonio Maciel, que deixou recentemente a presidência da Suzano Papel e Celulose e foi para o board do grupo, não sai do hit parade dos head hunters. Foi procurado para assumir a operação brasileira de uma montadora asiática que está se instalando no país. Se as relações com os Feffer falarem mais alto, aí, então, é que ele vai mesmo.

Pilha fraca

5/11/2012
  • Share

Os Feffer recuam, recuam e recuam. A Suzano Energia Renovável já cogita postergar para 2015 a construção das três fábricas de pellets de madeira, matéria-prima para térmicas. Se confirmado, será o segundo adiamento. No início do ano, a Suzano já havia empurrado para 2015 a conclusão de, pelo menos, uma das plantas fabris. Consultada, a Suzano não comentou o assunto.

Acervo RR

Roriz Coelho é um plástico derretido

28/09/2012
  • Share

A trajetória de José Ricardo Roriz Coelho na indústria petroquímica praticamente chegou ao fim. Esta é o vaticínio dos seus próprios pares no setor. Roriz Coelho foi o protagonista de um episódio que, a um só tempo, lhe valeu a ira eterna dos acionistas e diretores da Vitopel, sua última empregadora, a antipatia generalizada das empresas da área petroquímica e o status de persona non grata no governo. No dia 16 de setembro, Roriz Coelho, ex-presidente da Suzano e da própria Vitopel, assinou um artigo na Folha de S. Paulo com severas críticas ao governo por conta das novas restrições a  importação de resinas plásticas. O executivo fez da Braskem o seu alvo dizendo que a decisão da Camex beneficiaria uma concentração de mercado. Além do crachá de presidente da Abiplast, Roriz Coelho assinou o artigo como conselheiro da Vitopel – cargo que existe apenas no pretérito do seu currículo vitae. No próprio dia 16, em sua versão online, a Folha corrigiu a informação, dizendo que ele não fazia mais parte do Conselho da empresa. Mas, a essa altura, o estrago já estava feito. A reação da companhia foi proporcional ao estado de cólera com que seus executivos receberam o artigo. Três dias depois, a Vitopel soltou um comunicado constrangedor, arrasador, negando que Roriz Coelho faça parte de seu Conselho de Administração e desautorizando-o a emitir qualquer opinião na imprensa usando o nome da empresa. Na fabricante de plásticos, a percepção é que ele utilizouse deliberadamente do antigo posto e da marca da Vitopel para dar credibilidade a  sua operação de lobby.

Suzano

25/09/2012
  • Share

Os Feffer querem entrar para o primeiro time das empresas de gestão ambiental. A Cepemar, controlada pela Suzano, entrou no páreo para comprar a paulista Estre, controlada pelo empresário Wilson Quintella Filho. Procurada, a Cepemar não retornou.

Suzano

2/08/2012
  • Share

Antonio Maciel, presidente da Suzano Papel e Celulose, confidenciou a amigos um certo desânimo em relação ao seu futuro na empresa. Fez menção a  falta de estímulo e desgaste na relação com os Feffer. De repente, foi só um desabafo. Ou não.

Suzano

20/03/2012
  • Share

Além da sul-africana Mondi, a chilena CPMC está interessada na compra de 50% da fábrica de celulose que a Suzano pretende construir no Maranhão. O grupo, no entanto, só deve desembarcar no negócio se os Feffer reduzirem consideravelmente o custo do empreendimento, que já beira os US$ 3 bilhões.

Acervo RR

Suzano e Helbor erguem quatro parede sólidas

4/07/2011
  • Share

O mercado imobiliário tornou-se a menina dos olhos da família Feffer. Por meio da Alden, associação com a construtora Helbor, o Grupo Suzano decidiu dobrar sua aposta no setor. O projeto é audacioso: transformar a joint venture em uma das cinco maiores incorporadoras de São Paulo em até dois anos. Os investimentos da dupla até 2013 vão passar dos R$ 400 milhões. A Alden está negociando a compra de cinco terrenos na capital paulista. Todos serão voltados a  construção de empreendimentos residenciais, com Valor Geral de Vendas (VGV) previsto para mais de R$ 4 bilhões. Os Feffer e a Helbor também querem estender seus tentáculos para a Região do ABC e o interior do estado. De olho nas classes C e D, a Alden já grudou na Caixa Econômica Federal. Pretende construir conjuntos residenciais no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida. Uma das ideias da empresa é formar parcerias com construtoras regionais focadas em imóveis populares. Entre os Feffer, o principal entusiasta dos investimentos no setor é David Feffer, presidente do Conselho de Administração do grupo e nº 1 da IPLF Holding, braço imobiliário da família. Entre as operações já acertadas entre a Suzano e a Helbor, está a construção de dois prédios residenciais em São Paulo, com valor de venda de R$ 1,5 bilhão. A Alden também vai erguer um complexo de edifícios de apartamentos e de escritórios em um terreno de 11 milhões de metros quadrados em Mogi das Cruzes.

Acervo RR

Papel carbono

2/03/2011
  • Share

A Fibria não está sozinha. A Suzano Papel e Celulose também prepara uma emissão de títulos no exterior. O principal objetivo é a repactuação da dívida de longo prazo que, nos últimos 12 meses, subiu aproximadamente 40% ? ver RR – Negócios & Finanças nº 4.050.

Acervo RR

Dívida mancha a celulose da Suzano

25/01/2011
  • Share

Os Feffer fecharam 2010 festejando a compra da Conpacel e o anúncio de investimentos de quase US$ 5 bilhões na construção de duas fábricas de celulose. No entanto, a celebração externa contrasta com o clima de preocupação dentro da Suzano Papel e Celulose. O motivo é o crescente endividamento do grupo, que atingiu níveis incômodos no fim de 2010. A área financeira já estuda algumas medidas para promover o alongamento do perfil da dívida ? a preferência recai por uma emissão de títulos no exterior. Nos últimos 12 meses, o endividamento de longo prazo passou de R$ 6,2 bilhões para mais de R$ 8,7 bilhões, um aumento de 40%. Não obstante o patrimônio líquido ter crescido de R$ 4,4 bilhões para cerca de R$ 8 bilhões no mesmo período, o salto do passivo tornou-se um fator de apreensão para os Feffer, nem tanto pelo presente, mas, sim, pelo futuro. A alta do passivo pode ser um empecilho aos planos de expansão da Suzano. Além de ainda ter de digerir a aquisição do controle da Conpacel, comprada em dezembro último a  Fibria, o grupo ainda precisará levantar boa parte dos recursos necessários para a construção das fábricas de celulose no Maranhão e no Piauí. Sim, os Feffer garantem que os projetos, anunciados e adiados há três anos, vão, enfim, sair do papel. A empresa terá ainda de arcar com a montagem de uma base florestal nos dois estados que dê suporte a s futuras fábricas.

Acervo RR

Piracicaba é um peso de papel para a Fibria

23/12/2010
  • Share

Após a venda de 50% da Conpacel para a Suzano, uma interrogação ainda cerca a Fibria: quem vai ficar com a fábrica de Piracicaba, a raspa do tacho dos negócios dos Ermírio de Moraes no segmento de papéis? Pelo calendário da companhia, a operação já deveria estar selada e sacramentada, mas, até agora, o que houve foi muita conversa por nada. Candidatos não faltam; o problema é o preço. A japonesa Oji Paper, uma das acionistas da Cenibra, e a chilena CMPC já apresentaram propostas as negociações são conduzidas pela Goldman Sachs. A norte-americana International Paper também teria sido procurada pela Fibria. Nenhuma delas, no entanto, chegou perto dos US$ 400 milhões pedidos pelos Ermírio de Moraes. A fábrica de Piracicaba produz aproximadamente 160 mil toneladas por ano de papéis térmicos e da linha couché. A demora na venda pegou a Fibria no contrapé. A operação é uma peça importante na engrenagem financeira que a empresa montou para repactuar sua dívida, inflada pela incorporação da Aracruz e de seus papagaios cambiais. O principal pilar desta reestruturação é a venda dos ativos na área de papéis e a concentração dos negócios na produção de celulose.

Acervo RR

Cenibra é o Rashomon da celulose

20/12/2010
  • Share

Assim como em Rashomon, uma das obras de referência de Akira Kurosawa, há formas diferentes de se contar a história da expansão da Cenibra. A versão oficial é que, após sucessivos adiamentos, o projeto de duplicação da fábrica de celulose de Belo Oriente (MG) foi retomado. No entanto, entre os próprios acionistas da companhia uma miríade de investidores japoneses há quem diga que o empreendimento não sai do papel em menos de cinco ou seis anos. O motivo seriam as discordâncias entre os acionistas da Cenibra reunidos no consócio Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development (JBP) em relação ao custo do projeto. Após tantas idas e vindas, o valor total já está na casa de US$ 1,5 bilhão. Também não estará de todo errado quem contar esta história pela ótica das limitações da companhia em relação a  matéria-prima. A Cenibra não dispõe de ativos florestais suficientes para dar suporte ao aumento da produção de 900 mil para mais de 1,9 milhão de toneladas de celulose por ano. Há ainda a versão de que os japoneses estão com um pé atrás devido a s oscilações do preço da commodity no mercado internacional e ao exagerado aumento da oferta do produto. Só no Brasil, por exemplo, existem outros cinco grandes projetos de aumento da produção de celulose, a cargo de Suzano, Fibria e a chilena CMPC. A ampliação da fábrica de Belo Oriente é conhecida como uma das maiores novelas da indústria de celulose no Brasil. O ex-presidente da Cenibra, Fernando Henrique da Fonseca, anunciou o projeto duas ou três vezes. Seu sucessor, Paulo Eduardo Brant, chegou ao cargo em abril fazendo a mesma promessa.

Acervo RR

Mesma língua

22/11/2010
  • Share

Os Feffer olham além- mar, um pouco para Portugal, um pouco para a africa. A Suzano e a Portucel têm conversado sobre uma parceria para a construção de duas fábricas de celulose, uma em Angola e outra em Moçambique.

Acervo RR

Terra dos Feffer

29/10/2010
  • Share

Os Feffer estão se unindo a investidores internacionais na montagem de uma empresa especializada na compra de propriedades agrícolas. Tem toda a liga com a Suzano Papel e Celulose.

Acervo RR

Vice-rei do gado

28/09/2010
  • Share

Antonio Maciel Neto encarnou Ivan Zurita. O presidente da Suzano Papel e Celulose tornou-se um dos principais criadores de gado do interior de São Paulo e tem realizado leilões cada vez mais concorridos.

Papel Passado

5/08/2010
  • Share

A chilena CMPC, que adquiriu uma fábrica de celulose dos Ermírio de Moraes no Rio Grande do Sul, está bem cotada para comprar também os 50% da Votorantim na Conpacel. Joint venture com a Suzano, a empresa engloba as operações da antiga Ripasa.

Acervo RR

MDS aposta nos seguros massificados

21/07/2010
  • Share

Maior corretora de seguros do país, com prêmios anuais na casa dos R$ 600 milhões, a MDS quer estar onde o povo está. Controlada pela portuguesa Sonae e pelo grupo Suzano, a empresa prepara uma investida no segmento de seguros massificados, voltados a s classes C e D. Na MDS, expansão é sinônimo de compra de ativos. A companhia, que fez sete aquisições nos últimos oito anos, duas delas em 2009, saiu em busca de corretoras com forte presença neste mercado. A lista é encabeçada pela paulista Classic, que faturou cerca de R$ 60 milhões no ano passado. Metade da carteira é composta pela venda de seguros massificados para clientes corporativos. Um dos principais trunfos da Classic é o seu colar de parcerias com grandes redes varejistas, como a Lojas Riachuelo. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a MDS não se manifestou até o fechamento desta edição. Já o presidente da Classic, Rubens Nogueira, disse desconhecer o interesse da MDS. A MDS apostas sua fichas na forte expectativa de crescimento das vendas de seguros massificados, que engloba de apólices para produtos de varejo, como óculos e eletroeletrônicos, a  cobertura de compras no crediário e empréstimos bancários em caso de desemprego do titular. Apenas para este ano, a projeção do setor é de um aumento de 30%. A investida da MDS coincide com um momento de reestruturação societária. Recentemente, a Suzano reduziu sua participação no capital de 55% para 51%, ao passo que a Sonae passou a ter 49%.

Goteira

17/03/2010
  • Share

O presidente da Sabesp, Gesner de Oliveira, está toureando uma rebelião. Cerca de 20 municípios de médio porte de São Paulo, cujos contratos com a empresa vencem até o próximo ano, já sinalizaram que não pretendem renovar os acordos. Eles próprios vão assumir a concessão de saneamento. Uma das prefeituras mais decididas é a de Suzano, na Grande São Paulo.

Acervo RR

Baía Blanca é uma luva nas mãos da “Nova Braskem”

25/01/2010
  • Share

A aquisição do complexo petroquímico de Baía Blanca pela “Nova Braskem” é mais do que uma mera conjectura. Trata-se de um movimento absolutamente natural para uma empresa que já nasce com a pretensão de ser a grande potência petroquímica da América Latina. Aos olhos da Petrobras e da Odebrecht, a compra dos ativos da Dow Chemical em Baía Blanca seria fundamental para transformar a “Nova Braskem” em uma operação geopolítica de relevância no continente. Ressalte-se que uma eventual investida sobre a central de matérias-primas argentina ainda está no plano das intenções. É um fruto que, para nascer, ainda depende de que a árvore seja plantada. O caule, neste caso, é a concretização da própria “Nova Braskem”. Diante da sua importância no tabuleiro petroquímico e, sobretudo, político da América Latina, esta é uma investida que vai além de uma simples negociação de empresa para empresa. É um assunto de Estado, jogo para ser jogado de governo para governo. Não obstante a complexidade política da operação, a aquisição dos ativos da Dow em Baía Blanca é um sonho que já foi compartilhado, em outras épocas, por diversos players da indústria petroquímica brasileira ? a começar pela própria Petrobras. Agora que a estatal voltou a ter uma posição de destaque no setor petroquímico, o negócio faz ainda mais nexo. Até porque, do outro lado da fronteira, há sinais cada vez mais fortes de que a Dow pretende deixar a operação. A participação na central de matérias-primas argentina sempre foi uma espécie de pé sem perna na anatomia corporativa do grupo norte-americano. Nunca houve muita sinergia entre o complexo de Baía Blanca e os demais ativos petroquímicos da Dow na América Latina, leia-se, principalmente, Camaçari. Ao englobar os polos de Triunfo, Camaçari e São Paulo, além das antigas operações da Suzano e da Ipiranga, a “Nova Braskem” se consolidará como um dos gigantes da petroquímica mundial. Logo na partida, assumirá a 11ª posição no ranking dos produtores globais de eteno, com capacidade em torno de 3,7 milhões de toneladas ao ano, segundo estudo divulgado recentemente pela consultoria Maxiquim. Levando-se em consideração projetos em andamento na Braskem, como a construção de um complexo petroquímico no México, a instalação de duas plantas na Venezuela e a compra de ativos nos Estados Unidos, a empresa poderá atingir a casa de cinco milhões de toneladas/ano. Fisgando a participação da Dow na central petroquímica de Baía Blanca, a “Nova Braskem” alcançaria a marca de seis milhões de toneladas de eteno por ano. Passaria a ser a quinta maior produtora do mundo, bem perto da quarta colocada, a Shell, com capacidade em torno de 6,5 milhões de toneladas. Como diria o presidente Lula, nunca na história desse país… A “Nova Braskem”/Baía Blanca deve, inclusive, anteceder a incorporação do Comperj. Com um projeto cada vez mais ajustado para o pré-sal, o polo de Itaboraí parece não ter limites. Sem sair da prancheta, já teve expansão atrás de expansão. O próprio diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mencionou na semana passada a possibilidade de novo aumento na capacidade projetada do empreendimento.

Baía Blanca é uma luva nas mãos da "Nova Braskem"

25/01/2010
  • Share

A aquisição do complexo petroquímico de Baía Blanca pela “Nova Braskem” é mais do que uma mera conjectura. Trata-se de um movimento absolutamente natural para uma empresa que já nasce com a pretensão de ser a grande potência petroquímica da América Latina. Aos olhos da Petrobras e da Odebrecht, a compra dos ativos da Dow Chemical em Baía Blanca seria fundamental para transformar a “Nova Braskem” em uma operação geopolítica de relevância no continente. Ressalte-se que uma eventual investida sobre a central de matérias-primas argentina ainda está no plano das intenções. É um fruto que, para nascer, ainda depende de que a árvore seja plantada. O caule, neste caso, é a concretização da própria “Nova Braskem”. Diante da sua importância no tabuleiro petroquímico e, sobretudo, político da América Latina, esta é uma investida que vai além de uma simples negociação de empresa para empresa. É um assunto de Estado, jogo para ser jogado de governo para governo. Não obstante a complexidade política da operação, a aquisição dos ativos da Dow em Baía Blanca é um sonho que já foi compartilhado, em outras épocas, por diversos players da indústria petroquímica brasileira ? a começar pela própria Petrobras. Agora que a estatal voltou a ter uma posição de destaque no setor petroquímico, o negócio faz ainda mais nexo. Até porque, do outro lado da fronteira, há sinais cada vez mais fortes de que a Dow pretende deixar a operação. A participação na central de matérias-primas argentina sempre foi uma espécie de pé sem perna na anatomia corporativa do grupo norte-americano. Nunca houve muita sinergia entre o complexo de Baía Blanca e os demais ativos petroquímicos da Dow na América Latina, leia-se, principalmente, Camaçari. Ao englobar os polos de Triunfo, Camaçari e São Paulo, além das antigas operações da Suzano e da Ipiranga, a “Nova Braskem” se consolidará como um dos gigantes da petroquímica mundial. Logo na partida, assumirá a 11ª posição no ranking dos produtores globais de eteno, com capacidade em torno de 3,7 milhões de toneladas ao ano, segundo estudo divulgado recentemente pela consultoria Maxiquim. Levando-se em consideração projetos em andamento na Braskem, como a construção de um complexo petroquímico no México, a instalação de duas plantas na Venezuela e a compra de ativos nos Estados Unidos, a empresa poderá atingir a casa de cinco milhões de toneladas/ano. Fisgando a participação da Dow na central petroquímica de Baía Blanca, a “Nova Braskem” alcançaria a marca de seis milhões de toneladas de eteno por ano. Passaria a ser a quinta maior produtora do mundo, bem perto da quarta colocada, a Shell, com capacidade em torno de 6,5 milhões de toneladas. Como diria o presidente Lula, nunca na história desse país… A “Nova Braskem”/Baía Blanca deve, inclusive, anteceder a incorporação do Comperj. Com um projeto cada vez mais ajustado para o pré-sal, o polo de Itaboraí parece não ter limites. Sem sair da prancheta, já teve expansão atrás de expansão. O próprio diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mencionou na semana passada a possibilidade de novo aumento na capacidade projetada do empreendimento.

Todos os direitos reservados 1966-2024.