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Piracicaba é um peso de papel para a Fibria

  • 23/12/2010
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Após a venda de 50% da Conpacel para a Suzano, uma interrogação ainda cerca a Fibria: quem vai ficar com a fábrica de Piracicaba, a raspa do tacho dos negócios dos Ermírio de Moraes no segmento de papéis? Pelo calendário da companhia, a operação já deveria estar selada e sacramentada, mas, até agora, o que houve foi muita conversa por nada. Candidatos não faltam; o problema é o preço. A japonesa Oji Paper, uma das acionistas da Cenibra, e a chilena CMPC já apresentaram propostas as negociações são conduzidas pela Goldman Sachs. A norte-americana International Paper também teria sido procurada pela Fibria. Nenhuma delas, no entanto, chegou perto dos US$ 400 milhões pedidos pelos Ermírio de Moraes. A fábrica de Piracicaba produz aproximadamente 160 mil toneladas por ano de papéis térmicos e da linha couché. A demora na venda pegou a Fibria no contrapé. A operação é uma peça importante na engrenagem financeira que a empresa montou para repactuar sua dívida, inflada pela incorporação da Aracruz e de seus papagaios cambiais. O principal pilar desta reestruturação é a venda dos ativos na área de papéis e a concentração dos negócios na produção de celulose.

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