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Dívida mancha a celulose da Suzano

  • 25/01/2011
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Os Feffer fecharam 2010 festejando a compra da Conpacel e o anúncio de investimentos de quase US$ 5 bilhões na construção de duas fábricas de celulose. No entanto, a celebração externa contrasta com o clima de preocupação dentro da Suzano Papel e Celulose. O motivo é o crescente endividamento do grupo, que atingiu níveis incômodos no fim de 2010. A área financeira já estuda algumas medidas para promover o alongamento do perfil da dívida ? a preferência recai por uma emissão de títulos no exterior. Nos últimos 12 meses, o endividamento de longo prazo passou de R$ 6,2 bilhões para mais de R$ 8,7 bilhões, um aumento de 40%. Não obstante o patrimônio líquido ter crescido de R$ 4,4 bilhões para cerca de R$ 8 bilhões no mesmo período, o salto do passivo tornou-se um fator de apreensão para os Feffer, nem tanto pelo presente, mas, sim, pelo futuro. A alta do passivo pode ser um empecilho aos planos de expansão da Suzano. Além de ainda ter de digerir a aquisição do controle da Conpacel, comprada em dezembro último a  Fibria, o grupo ainda precisará levantar boa parte dos recursos necessários para a construção das fábricas de celulose no Maranhão e no Piauí. Sim, os Feffer garantem que os projetos, anunciados e adiados há três anos, vão, enfim, sair do papel. A empresa terá ainda de arcar com a montagem de uma base florestal nos dois estados que dê suporte a s futuras fábricas.

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