Você buscou por: PDG

O telhado de vidro da PDG

10/08/2020
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Em recuperação judicial, a PDG sinalizou aos credores que vai partir para uma agressiva venda de terrenos. O timing é ruim: o valor dos ativos está no chão com a pandemia. Fazer o que se a PDG tem uma dívida de curto prazo de R$ 2 bilhões pesando sobre seu já frágil telhado?

#PDG

Ponto final

10/08/2020
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: PDG, Louis Dreyfus, BNDES, Klabin e Monteiro Aranha.

Casa fechada

16/06/2020
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A PDG decidiu suspender novos lançamentos imobiliários até o fim do ano. É mais um golpe na difícil reestruturação da incorporadora, submersa em uma recuperação judicial, com mais de R$ 2,5 bilhões em dívidas.

#PDG

Ponto final

16/06/2020
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Funai, Envision e PDG.

Torneiras fechadas

2/12/2019
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Principais credores da PDG, Banco do Brasil e Caixa Econômica têm se negado a liberar dinheiro novo para a incorporadora. O temor na empresa é que a postura dos dois bancos provoque um efeito dominó, inspirando instituições privadas a seguir o mesmo caminho. O que está em jogo é o plano da PDG de retomar os lançamentos imobiliários no primeiro trimestre de 2020.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #PDG

Ponto final

2/12/2019
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Heringer, PDG, Banco do Brasil e Caixa.

Escombros

11/09/2019
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A Vinci Partners prepara o terreno para deixar o capital da PDG. Será a consumação do grande fracasso da gestora de Gilberto Sayão. Só no último aporte na incorporadora imobiliária, a Vinci enterrou mais de R$ 600 milhões.

#PDG #Vinci Partners

A reconstrução da PDG

18/07/2019
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A reentré da PDG no mercado será com o lançamento de um edifício residencial em São Paulo, com valor de venda da ordem de R$ 80 milhões. Há quatro anos, a empresa não põe um projeto novo de pé.

#PDG

Vizinho do barulho

21/06/2019
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O ativista Mu Hak You, ex-Gafisa, estaria enchendo sua carteira de ações da PDG. É promessa de contencioso no porvir.

#PDG

A difícil reconstrução da PDG

10/08/2018
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Após resolver parte do seu passado, com a aprovação do plano de recuperação judicial, o problema maior da PDG é equacionar o futuro. A incorporadora reabriu conversações com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, entre outras instituições, em busca de financiamento para retomar as obras que estão paralisadas. Há mais de uma dezena de empreendimentos que dependem de dinheiro novo. As tratativas com a alta direção dos bancos são conduzidas pelo próprio presidente da companhia, Vladimir Ranevsky. No entanto, BB e Caixa, dois dos maiores credores da PDG, resistem a reabrir as torneiras para a incorporadora.

#PDG

Ponto final

10/08/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Amazon, PDG, BB, Caixa, Polenghi e BNP Paribas.

A “segunda” RJ da PDG

10/04/2018
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Mesmo após a aprovação do plano de recuperação judicial, o calvário da PDG ainda está longe do fim. A próxima “obra” da construtora é negociar com as centenas de credores extraconcursais, a quem deve R$ 2,7 bilhões. É quase uma “recuperação judicial” à parte.

#PDG

Ponto final

10/04/2018
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Walmart, PDG, Marfrig, Mendes Junior e Ministério da Transparência.

Negócios

Portas escancaradas

27/02/2018
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Acionistas e credores da PDG estão tentando empurrar parte do capital da construtora para um fundo árabe que já tem negócios em real estate no Brasil. A injeção de dinheiro novo é tratada como fundamental para a sobrevivência da companhia, às voltas com uma recuperação judicial e uma dívida superior a R$ 5 bilhões.

#PDG

Ponto final

27/02/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: PDG, Cemig, Geração Futuro e Hapvida.

Arrumação da casa

26/01/2018
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Com uma dívida de quase R$ 8 bilhões, a PDG planeja passar adiante ao menos três dos 19 empreendimentos imobiliários que compõem sua carteira, notadamente projetos ainda em fase inicial. Mesmo após a aprovação do seu plano de recuperação judicial, a empresa estaria encontrando dificuldades para obter crédito novo. Em tempo: em seus anos dourados, especialmente 2012, a PDG chegou a tocar a mais de 300 obras simultaneamente.

#PDG

Ponto final

26/01/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: OAS, PDG e Walmart Brasil.

A nova missão da PDG

26/12/2017
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Aprovado o plano de recuperação judicial, um dos desafios da PDG é aparar as arestas com a Caixa Econômica. Entre os grandes credores, o banco foi o único que votou contra o plano. O temor da PDG é que a Caixa feche as torneiras para posteriores financiamentos.

#Caixa Econômica #PDG Realty

Obra sem data para terminar

28/11/2017
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Entre os credores da PDG, o senso comum é que a assembleia re-marcada para a próxima quinta-feira, com o objetivo de votar o plano de recuperação judicial, tem grande probabilidade de ser adiada mais uma vez.

#PDG Realty

Ponto final

28/11/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: PDG, Previ, Banco do Brasil e Zeng Chang.

Paredes de papelão

6/09/2017
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A reestruturação da PDG e de sua dívida de mais de R$ 5 bilhões periga virar obra de igreja. Segundo o RR apurou, a incorporadora deverá solicitar à 1ª Vara de Falências de São Paulo um novo adiamento do prazo para os credores analisarem seu plano de recuperação judicial, já estendido uma vez pela Justiça – o dead line em vigor está previsto para 18 de setembro.

#PDG Realty

Ponto final

6/09/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: COB, PDG e Mendes Junior.

Banco imobiliário

10/08/2017
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Em recuperação judicial, a PDG tenta arrancar de seus dois maiores credores, Banco do Brasil e Caixa Econômica, uma dose extra de financiamento para acelerar obras em curso. Por ora,só tem ouvido “não”.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #PDG Realty

Ponto final

10/08/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Qualicorp, Golden Cross, PDG, Caixa, Banco do Brasil e Equatorial.

BB e Caixa pegam PDG no contrapé

26/07/2017
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A PDG enfrenta resistências de onde menos esperava. Banco do Brasil e Caixa Econômica têm se mostrado mais refratários do que as próprias instituições financeiras privadas ao pedido feito pela incorporadora para adiar a entrega do plano de reestruturação do seu passivo. Em recuperação judicial, a PDG carrega mais de R$ 5,75 bilhões em dívidas.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #PDG Realty

Ponto final

26/07/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Carlyle, Usina São Fernando, PDG e UTC.

Pé na porta da PDG

2/06/2017
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Os grandes credores da PDG –notadamente BB, Caixa e Itaú – fecham o cerco. Exigem que os acionistas aportem dinheiro na construtora. Sem isso, não aprovam o plano de recuperação judicial.

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A propósito: a PDG promete apresentar seu plano de recuperação, no máximo, em até dez dias – o prazo inicial era a primeira semana de maio.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Itaú #PDG Realty

Ponto final

2/06/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: CSN, Videolar (Lírio Parisotto) e PDG.

Dívidas e escombros

7/04/2017
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A conta da recuperação judicial da PDG subiu mais um andar. Somando as 56 SPEs das quais é sócia, a dívida com bancos pula de R$ 2,2 bilhões para mais de R$ 3,5 bilhões.

#PDG Realty

Ponto final

7/04/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Ultra/Ipiranga, CGG, Teuto, PDG e Avianca.

O labirinto da PDG

31/03/2017
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A PDG tem sinalizado aos credores a possibilidade de venda de metade do seu banco de terrenos, algo em torno de R$ 2 bilhões. A cifra cobriria um terço das dívidas incluídas na recuperação judicial.

#PDG Realty

PDG na mira da CVM

15/03/2017
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A CVM acompanha com lupa o processo de recuperação judicial da PDG. A autarquia está particularmente preocupada com o pagamento dos certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) da incorporadora. Trata-se de uma enxurrada de papéis que circulam pelo mercado e somam aproximadamente R$ 1,2 bilhão, um quinto do passivo total da PDG.

#CVM #PDG Realty

Duas faces

2/03/2017
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A RK Partners, de Ricardo K, foi a principal artífice do pedido de recuperação judicial da PDG. E dizer que ela foi contratada com a missão de renegociar as dívidas da incorporadora e afastar o risco da RJ.

#PDG Realty #RK Partners

Grandes construtoras querem distância do “Risco PDG”

11/01/2017
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Como se não bastassem os credores, que cobram uma dívida superior a R$ 7,5 bilhões, a PDG enfrenta um “motim” entre seus principais parceiros comerciais. Cyrela, Gafisa, Queiroz Galvão, entre outras construtoras, exigem o rompimento das Sociedades de Propósito Específico (SPEs) criadas em conjunto com a combalida companhia. A preocupação destas empresas é evitar que a crise financeira da PDG e um eventual pedido de recuperação judicial contaminem não só os projetos em comum, mas, por extensão, seus próprios negócios.

A porta para esta diáspora societária já está entreaberta. No fim do ano passado, a PDG e a HM1 – leia-se a Hemisfério Sul Investimentos e a gestora norte-americana Farallon – firmaram o descruzamento de suas participações em 18 SPEs. O “Risco PDG” é considerável. Uma recuperação judicial e a consequente suspensão dos pagamentos da incorporadora atingiriam em cheio os empreendimentos pendurados nas SPEs. Cyrela, Gafisa, Queiroz Galvão e cia. temem pelo pior: o gradativo colapso dessas sociedades.

Até porque, na luta pela sobrevivência, a tendência natural é que a PDG dê prioridade aos projetos que controla integralmente. A questão é como descosturar em tempo hábil a teia societária à qual a PDG está amarrada. A companhia está em mais de 700 SPEs, boa parte delas com a presença de terceiros. O distrato de cada uma dessas sociedades passa por complexas negociações de compra e venda das respectivas participações, a exemplo do que foi feito com a HM1.

#Cyrela #Gafisa #PDG Realty #Queiroz Galvão

Ponto final

11/01/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não quiseram comentar o assunto: PDG, Cyrela, Gafisa, Queiroz Galvão, Viajanet, Mendes Junior e Triunfo.

Contas a pagar

19/12/2016
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O buraco nas paredes da PDG beira os R$ 500 milhões. Esta é a cifra de que a incorporadora precisa para honrar seus compromissos ao longo dos próximos três meses.

#PDG Realty

Ponto final

19/12/2016
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Tereos, PDG e Secretaria de Fazenda do Rio.

Descrédito

6/12/2016
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Desde que o curandeiro empresarial Ricardo K foi contratado para tocar a recuperação judicial da PDG, no início de novembro, a ação da incorporadora já caiu 42%.

#PDG Realty

Rastilho

23/11/2016
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A direção da Caixa Econômica, um dos maiores financiadores da PDG Realty, está particularmente preocupada com os mais de mil imóveis que a incorporadora – prestes a entrar em recuperação judicial – tem a entregar em 2017. A companhia tem se desdobrado para honrar todos os compromissos.

#Caixa Econômica #PDG Realty

Acervo RR

Destino traçado

9/11/2016
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 Entre os credores da PDG, o consenso é que a chegada da RK Partners, de Ricardo K, não altera as cenas dos próximos capítulos. Mesmo com a mudança na gestão, o pedido de recuperação judicial da construtora é coisa de dias.

#PDG Realty #RK Partners

Banco do Brasil e Caixa são o chão e o teto da PDG

1/11/2016
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 Ainda que indiretamente, o futuro da PDG Realty virou assunto de governo. Está nas mãos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal a decisão de dar um fôlego extra à maior incorporadora imobiliária do país ou lançá-la de vez no alçapão de uma recuperação judicial. É grande a pressão para que o BB e a Caixa acolham o pedido de um empréstimo emergencial feito pela companhia aos seus bancos credores, no valor aproximado de R$ 400 milhões. As duas instituições são vistas pela própria PDG como o fiel da balança na operação. Ambas respondem por mais de 30% da dívida de curto prazo da companhia, da ordem de R$ 5,5 bilhões. Se BB e Caixa concordarem com a proposta de refinanciamento, a expectativa da incorporadora é que os bancos privados – mais de uma dezena, entre eles Itaú e BTG – sigam em bloco o mesmo caminho. Assim tem sido durante as seguidas etapas de repactuação do passivo da PDG. A mais recente se deu em junho, quando a incorporadora conseguiu alongar por quatro anos o vencimento de R$ 2,3 bilhões em dívidas financeiras. Procurada, a Caixa não quis se manifestar, alegando que as “operações envolvendo a PDG são protegidas por sigilo bancário”. A incorporadora e o BB também não se pronunciaram.  O risco de uma iminente recuperação judicial é exatamente o maior – e único – instrumento de pressão da própria PDG sobre o BB e a CEF. Não há muito tempo para uma decisão dos dois bancos e, por extensão, dos demais credores. A contagem regressiva para a RJ é breve, talvez questões de dias – consta que a PDG já mantém conversações com a Alvarez & Marsal, especialista no assunto. O processo colocaria um ponto de interrogação sobre a capacidade da incorporadora de entregar os imóveis aos seus compradores. A companhia tem 35 projetos em andamento, o equivalente a mais de seis mil unidades. No entanto, a PDG teria em caixa pouco mais de R$ 200 milhões, recursos que não cobririam seus compromissos sequer até dezembro. O empréstimo emergencial dos bancos permitiria à incorporadora chegar até o primeiro trimestre de 2017, contando ainda com os recebíveis previstos até março do ano que vem – algo em torno de R$ 700 milhões.  Ainda assim, à luz dos números, fica a sensação de que a PDG tenta tratar de uma fratura exposta com arnica e band-aid. No mercado, a percepção é que mesmo um eventual acordo com os bancos para um novo aporte apenas adiará o inevitável: a recuperação judicial. Se o balanço do terceiro trimestre trouxer um prejuízo superior a R$ 1 bilhão – no primeiro semestre, as perdas foram de R$ 1,2 bilhão –, a empresa passará a ter patrimônio líquido negativo.

#Banco do Brasil #BTG Pactual #Caixa Econômica #Itaú #PDG Realty

PDG lança seu kit de “últimos socorros”

6/10/2016
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 A PDG Realty está lançando mão de duras medidas administrativas e operacionais na tentativa de melhorar a geração de caixa, abater o altíssimo endividamento e afastar o fantasma da recuperação judicial que ronda a empresa. Nas últimas semanas, a incorporadora imobiliária fez seguidas demissões em seus escritórios regionais, notadamente no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Cerca de 30 funcionários teriam sido dispensados. A companhia deverá ainda desativar unidades periféricas, como Curitiba, Ribeirão Preto e Campinas, áreas que passariam a ser comandadas diretamente por São Paulo. À distância, os cortes podem parecer pouco significativos, mas, na ponta do lápis, seu impacto sobre a estrutura de custos da PDG não deve ser desprezado. No segundo trimestre deste ano, a companhia já alcançou uma redução das suas despesas operacionais da ordem de 15% no comparativo com igual período em 2015.  Na esfera operacional, a PDG decidiu que não fará qualquer lançamento neste ano. A companhia também decidiu paralisar algumas obras que já estavam razoavelmente avançadas, caso do The City, um centro comercial na Barra da Tijuca, no Rio. A propriedade é reduzir os estoques. Os imóveis “encalhados” somam cerca de R$ 2,7 bilhões. O mercado interpreta as medidas adotadas pela PDG como uma tentativa final, uma espécie de “últimos socorros” para escapar de uma RJ. Há cerca de dois meses, a incorporadora conseguiu renegociar cerca de R$ 4 bilhões em débitos, o equivalente a 74% da dívida bruta. Mesmo assim, ainda carrega um grau de alavancagem bastante elevado: a relação dívida líquida/patrimônio é de quase quatro para um. Trata-se do índice mais alto entre todas as incorporadoras de capital aberto. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: PDG.

#PDG Realty

Red Sea vasculha os canteiros do Brasil

16/02/2016
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 Dono de uma participação na construtora mineira Direcional, o fundo árabe Red Sea Housing teria reservado cerca de US$ 200 milhões para a compra de novos ativos no mercado imobiliário brasileiro – preferencialmente companhias com ações negociadas em bolsa. Segundo o RR apurou, entre as empresas na mira do private equity estariam a paulista Viver, controlada pelo fundo norte-americano Paladin, e a PDG. Se o Brasil está barato, o mercado imobiliário está de graça. A intenção do Red Sea é se aproveitar do raquitismo do setor neste momento.  A PDG é um bom exemplo. No início do ano, vendeu R$ 1,5 bilhão em ativos, em mais um esforço para reduzir sua dívida – só o passivo de curto prazo soma cerca de R$ 6 bilhões, para um patrimônio líquido da ordem de R$ 4,5 bilhões.

#Paladin #PDG Realty #Red Sea Housing

Recuperação judicial é um vulto nos corredores da PDG

28/10/2015
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   A PDG está no meio de um fogo cruzado, em que o fato e a versão ricocheteiam pelas paredes do mercado sem que se saiba ao certo quem é quem. Desde a última quinta-feira, circula pelas mesas de operação a informação de que a incorporadora está prestes a entrar com um pedido de recuperação judicial. A PDG já teria, inclusive, contratado os serviços da consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, especializada em recuperação judicial. Há até um número mágico sobre a mesa: a RJ contemplaria aproximadamente R$ 4 bilhões em dívidas com bancos e fornecedores. Fato ou versão? O RR entrou em contato com a PDG, que não quis se pronunciar sobre o assunto.   Tiros de um lado, tiros de outro: entre os investidores há quem aposte que a informação sobre o pedido de recuperação judicial não passaria de um blefe, um balão de ensaio soprado pela própria PDG, com o deliberado objetivo de forçar um amplo acordão para a repactuação de seu passivo. A ideia de a companhia entrar em RJ sempre causou calafrio entre seus credores. Diante da extrema fragilidade da incorporadora e das condições adversas do mercado imobiliário, o regime especial poderia ter um efeito contrário e lançar a companhia em uma espiral sem volta: com uma dívida líquida de R$ 6 bilhões, o equivalente a cinco vezes o montante de recursos em caixa, a PDG teria cada vez mais dificuldades para financiar seus empreendimentos, as vendas de imó- veis desabariam e a empresa muito provavelmente definharia de vez, sem honrar seus compromissos. O fim deste círculo vicioso seria uma montanha de escombros, que soterraria indiscriminadamente acionistas e bancos. Uma renegociação com as instituições financeiras afastaria este risco e, ao mesmo tempo, livraria os acionistas da PDG de um novo aporte de capital.

#Alvarez & Marsal #PDG Realty

PDG é uma empresa em desconstrução ou reconstrução?

30/07/2015
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A PDG pode trocar de dono, trazer novos acionistas ou encolher radicalmente. Todas essas hipóteses estão sendo consideradas pelos fundos acionistas para evitar que o futuro da empresa não seja uma implosão imobiliária. Segundo uma fonte da companhia, o aporte de R$ 500 milhões feito pelos investidores serviu somente para enxugar gelo nos seus resultados financeiros. A capitalização é vista como uma ponte sobre um rio turvo. Na outra margem, estariam as alternativas que mudam o status quo. A chegada do ex-GP Marcio Trigueiro, que, a partir de 17 de agosto, substituirá Carlos Piani na presidência da companhia, só fez aumentar as incertezas. O dilema corporativo ricocheteia no cenário de crise econômica, com ênfase na construção civil e atinge em cheio o desemprego. A PDG é uma superprodução tanto do ponto de vista das demissões realizadas, quanto do ambiente de aflição e ansiedade que domina seus corredores. Segundo o RR apurou, no início de julho – ainda, portanto, na gestão Piani -, a PDG fez cerca de 200 demissões. Este número se soma aos 900 trabalhadores dispensados no primeiro semestre – quase 300 deles apenas no mês de junho. De acordo com fontes ligadas à  PDG, os cortes, que começaram nos canteiros de obra, já se espalham pela área administrativa e agora atingem também cargos de gerência. Na empresa, já se fala abertamente da intenção da diretoria de desativar operações inteiras em algumas importantes cidades do país. A fila seria puxada pelo escritório do Rio de Janeiro, historicamente uma das praças mais deficitárias da incorporadora. Neste caso, todos os projetos em andamento na cidade passariam a ser tocados diretamente por São Paulo. O problema é que as adversidades da empresa não vêm de hoje e tampouco estão exclusivamente associadas à  conjuntura. Nos últimos três anos, a PDG acumulou quase R$ 3 bilhões em prejuízos. Em 2012, quando o setor ainda fervilhava, a empresa teve perdas de R$ 2 bilhões. Um dos maiores problemas é o alto custo de carregamento da dívida. O passivo superior a R$ 6,5 bilhões corresponde a 1,3 vez o patrimônio líquido, nível considerado alto diante das circunstâncias do setor. Dentro desse contexto, as expectativas postas em Marcio Trigueiro são do mesmo tamanho do desafio: colossais. O executivo chega mais com o perfil de M&A do que o de um gestor protocolar. Pode ser que seja o homem certo na hora certa. Mas a tradição da cultura GP de degoladora de postos de trabalho não permite tranquilidade aos que vestem a camisa da empresa. Cada minuto empregado é uma vitória.

#PDG Realty

Acervo RR

BlackRock

22/10/2014
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A gestora norte-americana BlackRock está rondando a PDG. Qualquer hora dessas, dá um bote certeiro na incorporadora.

BlackRock

22/10/2014
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A gestora norte-americana BlackRock está rondando a PDG. Qualquer hora dessas, dá um bote certeiro na incorporadora.

Novo inquilino

8/04/2014
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Para os demais acionistas da PDG, ainda não está muito claro aonde a Orbis Investment quer chegar. O fato é que, após sucessivas compras em mercado feitas nos últimos três meses, a gestora de recursos já detém mais de 16% da incorporadora. Acima dela, só a Vinci Partners, de Gilberto Sayão, com quase 20%.

Implosão

2/12/2013
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A PDG estuda a cisão de suas operações no Rio de Janeiro e a posterior venda de parte dos ativos ? de terrenos a empreendimentos já em construção. Seria a mais drástica das diversas medidas já adotadas pela incorporadora para reerguer a subsidiária carioca ? ver RR edição no 4.723.

Racha societário deixa marcas nas paredes da Rossi

12/11/2013
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A Rossi, uma das maiores incorporadoras imobiliárias do país, passa por um momento conturbado. Em meio a um cenário que combina queda de resultados e dívida crescente, os acionistas da companhia discutem a realização de um novo aumento de capital. Procurada, a Rossi nega a capitalização. No entanto, segundo executivo de um fundo de investimentos, acionista minoritário da incorporadora, as conversações tiveram início há cerca de dois meses. De acordo com a mesma fonte, os próprios sócios enxergam o aporte como a única maneira de assegurar o cumprimento de todos os projetos da carteira da empresa. O consenso, no entanto, termina neste ponto. A família Cuppolini, fundadora da empresa, não estaria disposta a participar da chamada de capital, ainda que isso lhe custe uma nova diluição da sua participação acionária – a esta altura do campeonato, talvez o menor dos problemas. A intenção do clã seria empurrar a conta para cima da Vinci Partners, dona de 10,6% da companhia e maior defensora da operação. Na ótica dos Cuppolini, a Vinci estaria emparedada, sem margem de manobra. Principal acionista individual da Rossi, a gestora de recursos é considerada a maior interessada no rápido equacionamento da situação financeira da incorporadora como forma de salvaguardar o pesado investimento feito na empresa. Em dezembro do ano passado, ao ingressar na companhia, o private equity despejou no negócio quase R$ 500 milhões. Caso seja forçada a aumentar significativamente sua participação na Rossi, um caminho mais do que natural para a Vinci Partners seria costurar a fusão da empresa com a PDG, da qual também é a maior acionista, com quase 20% do capital. Só que, mais uma vez, a gestora de recursos deve esbarrar na resistência da vizinhança. A PDG já tem suas próprias dificuldades e dificilmente os demais acionistas aceitariam abrir a porta de casa para os problemas da Rossi, que não são poucos. Um dos maiores é o passivo que pesa sobre suas pilastras. A dívida líquida da incorporadora beira os R$ 3 bilhões, o equivalente a 125% do patrimônio. É bem verdade que, em relação ao primeiro trimestre do ano, o índice recuou dois pontos percentuais. Nada, no entanto, que devolva o sono dos acionistas: há pouco menos de dois anos, a relação dívida/patrimônio estava na casa dos 90%. A performance recente da Rossi também não é motivo de alegria. No primeiro semestre deste ano, a receita líquida caiu 13% na comparação com igual período em 2012. O lucro líquido, por sua vez, saiu de R$ 113 milhões entre janeiro e junho do ano passado para aproximadamente R$ 36 milhões. Quem vai pagar a conta? É justamente o que os Cuppolini e a Vinci Partners tanto discutem.

Rio de Janeiro é o mais frágil dos pilares da PDG

4/10/2013
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Pouco mais de um ano após uma drástica e, ao que parece, inócua reestruturação – ver RR edição nº 4.451 -, a operação da PDG no Rio de Janeiro está novamente em obras. Desta vez, a julgar pela primeira vítima sob os escombros, o bota-abaixo promete ser ainda mais rigoroso. Marcos Saceanu deixou o comando da filial carioca há cerca de dois meses. Em seu lugar, assumiu o executivo Claudio Hermolin, que havia sido contratado pela PDG no início deste ano. “Em seu lugar”, na verdade, é mera força de expressão. Hermolin chegou ao cargo com poderes ainda mais restritos do que os de seu antecessor. Assim tem sido desde o ano passado, quando o alto-comando da PDG decretou uma espécie de intervenção no escritório do Rio de Janeiro. Hoje, na filial, não se muda a cor da pastilha de um prédio sem a anuência do vice-presidente de Operações Imobiliárias, Antônio Guedes, radicado em São Paulo. Não por acaso, o próprio Guedes teria sido o principal articulador do desmoronamento de Marcos Saceanu. Ex-diretor regional da Even Construtora, Claudio Hermolin é um dos nomes mais tarimbados do mercado imobiliário no Rio de Janeiro. Esteve a  frente de alguns grandes empreendimentos lançados na cidade nos últimos anos. Por ora, no entanto, sua maior missão não é empilhar tijolos, mas, sim, desconstruir a operação da PDG na cidade. Caberá ao executivo adotar medidas extremamente duras, como a suspensão de projetos, a revisão de custos de todas as grandes obras em andamento na cidade e o enxugamento do banco de terrenos da companhia. Este é um dos maiores problemas da empresa. Nos últimos anos, especialmente entre 2009 e 2011, a PDG teria exagerado na formação do estoque. Como diziam os antigos, os olhos comeram mais do que a boca. No afã de tirar o doce da concorrência, a companhia saiu comprando terrenos em várias partes da cidade. Muitas destas áreas acabaram se revelando economicamente inviáveis. Ao mesmo tempo, a PDG segue sofrendo com atrasos de obras e estouros de orçamento. Em algumas das grandes obras da empresa, os custos seriam até 30% superiores ao valor projetado inicialmente. Com os imóveis já vendidos, só há duas saídas: empurrar a conta para outro empreendimento ou engolir o prejuízo. Para irritação dos acionistas da PDG, a segunda hipótese tem sido a mais comum.

Vinci é a carta-fiança da PDG

15/07/2013
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O investimento na PDG está saindo caro para a Vinci Partners. A gestora de recursos de Gilberto Sayão vem sendo forçada a aumentar sua posição na incorporadora por meio de seguidas compras de ação em Bolsa. Nas últimas semanas, teria aumentado sua participação no capital de 15% para 19%. Com este movimento, a Vinci pretende dar um choque de expectativas no mercado, reafirmando seu compromisso com a reestruturação da PDG, que vem sofrendo com a falta de resultados positivos. Tarefa difícil. Em três meses, a ação chegou a cair mais de 30%. Gilberto Sayão e sua trupe sabem melhor do que ninguém que bom mesmo seria entregar ao mercado os resultados perdidos. Tarefa ainda mais difícil. Nos primeiros três meses do ano, a PDG acumulou prejuízos de R$ 73 milhões, contra um lucro de R$ 32 milhões no mesmo período em 2012. Para piorar a vida da Vinci, no mesmo momento em que ela compra ações e tenta reanimar os investidores, alguns importantes acionistas da incorporadora fazem o caminho contrário. Goldman Sachs e a gestora Skopos, donas, cada uma, de 5% da PDG, acenam com a venda de parte das ações ou até mesmo sua saída do negócio.

Á€° sempre dia do touro no calendário de Enrique BaÁ±uelos

4/06/2013
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Será o mau agouro de algum antigo sócio ou executivo deixado ao relento? Será um sintoma da escassez de crédito nos mercados internacionais? Ou será que Enrique Baa±uelos simplesmente se cansou dos trópicos? Difícil decifrar o enigma que envolve o presente e, sobretudo, o futuro do investidor espanhol no Brasil. Desde a venda integral de sua participação na construtora Agre para a PDG, há cerca de um ano, os principais investimentos alardeados por Baa±uelos insistem em não sair do papel. O caso mais emblemático envolve o projeto de construção de 16 shopping centers por meio da Fitout – empresa de origem portuguesa a  qual ele se associou em julho do ano passado. Na ocasião, a Veremonte, holding de Baa±uelos, garantiu que pelo menos três destes empreendimentos começariam a sair do chão em 2013. No entanto, segundo uma fonte próxima a  empresa, até o momento a Fitout não teria iniciado nenhuma das obras. Com isso, é pouco provável que a companhia consiga inaugurar estes shoppings antes do Natal de 2014, como estava previsto. Um dos projetos mais complicados é o da cidade de Lorena. A Fitout já tem o terreno, mas ainda precisa de mais área para levar adiante o plano original, que, além do shopping, prevê a construção de um hotel e de um condomínio residencial. O touro tem batido o toureiro seguidamente na Plaza de Enrique Baa±uelos. Os contratempos na parceria com a Fitout engrossam a lista de recentes infortúnios do investidor no Brasil. Os planos de montar um grande conglomerado agroindustrial a partir da associação entre a Brasil Ecodiesel e a Vanguarda morreram ainda na raiz – Baa±uelos deixou o negócio pouco depois da fusão entre as duas empresas, a s turras com os demais acionistas. Não para por aí. Até o momento, nem sinal tampouco dos investimentos prometidos na produção de energia renovável. Procurada pelo RR, a Veremonte informou “não comentar rumores de mercado”.

Acervo RR

PDG Realty dá teto Á  concorrência

4/03/2013
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Para a PDG Realty, o inimigo não mora ao lado, mas, sim, dentro de casa. O adversário em questão atende pelo nome de Milton Goldfarb. Oficialmente, o divórcio entre a construtora e Goldfarb, que deixou a diretoria de incorporações no início deste ano, ocorreu na maior paz e harmonia – para todos os efeitos, ele, inclusive, permanecerá como consultor da companhia até o fim de 2014. Na prática, porém, o clima seria de guerra fria. Goldfarb não só já trabalha na montagem de uma nova construtora como estaria buscando na própria PDG os tijolos e o concreto necessários para a empreitada. O empresário vem flertando com investidores parceiros da companhia. Também estaria bebendo na fonte da PDG para montar a gestão de sua construtora. Ele tem sondado executivos da antiga residência para segui-los no projeto. Um deles é Paulo Petrin, que estaria deixando a diretoria de incorporações. Além do acesso a investidores e das relações estreitas com executivos da PDG, Goldfarb tem um ativo extremamente valioso. Carrega na cabeça todo o mapa de projetos da companhia, inclusive no interior de São Paulo, onde sua futura empresa dará os primeiros passos. Desde 2006, quando vendeu a Goldfarb para a PDG, ele participou de todos os grandes negócios da empresa. Consultada, a construtora não quis se pronunciar. Procurado, por meio da própria PDG, Milton Goldfarb também não se manifestou.

Acervo RR

PDG vira ante-sala da Home Depot no país

7/01/2013
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A relação da norte-americana Home Depot com o Brasil tem piso escorregadio. A rede de lojas de material de construção e decoração volta e meia se apresenta no país para fincar bandeira, mas sempre esbarra nos preços dos terrenos. Após, pelo menos, duas fracassadas tentativas de fazer negócios no Brasil, a Home Depot mudou o caminho para abrir suas primeiras lojas no país. Ao invés de adquirir terrenos, a companhia pretende fechar acordo com uma imobiliária para alugar terrenos com opção de compra mais a  frente. A Home Depot abriu negociações com a PDG, que tem interesse em investir em projetos na área comercial. Compraria os terrenos e construiria as lojas sob medida para a companhia norte-americana, no modelo built to suit. A Home Depot pretende abrir três unidades em São Paulo nos próximos dois anos. Se tudo sair conforme o script, mais cinco lojas serão inauguradas até 2016. O investimento total chegará a R$ 300 milhões. O RR entrou em contato com a PDG, mas a empresa não se pronunciou.

Acervo RR

PDG Á s escuras

29/11/2012
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Ser acionista da PDG é como caminhar sobre o parapeito de um arranha-céus com os olhos vendados. A construtora tem adiado sucessivamente o anúncio de suas metas para 2013. Quem quiser que aposte suas fichas na roleta com as luzes do cassino apagadas. O RR procurou a PDG, mas a empresa não se pronunciou.

Porta dos fundos

4/10/2012
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As relações entre a Vinci Partners, de Gilberto Sayão, e Zeca Grabowsky, fundador da PDG, estão desmoronando de vez. A gestora de recursos, que se tornou a maior acionista individual da construtora, não se satisfez com a saída de Grabowsky da presidência da empresa. Agora, estaria fazendo pressão para que ele venda sua participação e deixe o Conselho de Administração da PDG. Procurada pelo RR, a empresa não se manifestou.

Acervo RR

PDG sofre uma desconstrução no Nordeste

17/09/2012
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Carlos Augusto Piani assumiu a presidência da PDG com uma britadeira em cada mão. Não há parede na empresa que esteja imune ao quebra-quebra feito pelo executivo. Após o encolhimento da filial carioca – ver RR edição nº 4.451 -, a drástica reestruturação em curso na empresa aponta agora para o Nordeste. A construtora deverá reduzir significativamente suas operações na Região. As medidas ainda estão em discussão, mas dificilmente ficarão longe da cartilha aplicada pelo setor em situações como esta. Segundo informações filtradas junto a  PDG, a empresa estuda o fechamento de escritórios, a venda de terrenos e a suspensão de projetos previstos para o Nordeste. A PDG estaria pagando o preço de erros estratégicos cometidos no Nordeste. Importantes obras estouraram o orçamento – há casos em que o overprice teria passado dos 50%. Outro problema são os atrasos. Há projetos que teriam superado o prazo de entrega em mais de seis meses. Procurada pelo RR, a PDG não se pronunciou.

Acervo RR

PDG remove o entulho de sua operação no Rio de Janeiro

30/08/2012
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As reformas da PDG avançam, feito trator, sobre novos canteiros. Em meio ao aumento de capital da Vinci Partners e a  iminente troca na presidência – com a saída do fundador, Zeca Grabowski -, a construtora está promovendo um “bota-abaixo” na filial no Rio de Janeiro. A primeira mudança foi de endereço. Há cerca de dois meses, a PDG deixou o amplo escritório de mais de dois mil m2 no Edifício Argentina, em Botafogo, para ocupar um imóvel mais modesto, em torno de 900 m2, localizado no Edifício Galeria, antiga sede da Sul América, no Centro do Rio. Para bom entendedor, a decisão já era um prenúncio do que estava por vir. Desde junho, a construtora reduziu significativamente seu quadro pessoal na cidade. O número teria caído de aproximadamente 250 funcionários para cerca de cem. Segundo informações filtradas junto a um dos principais acionistas da PDG, a guilhotina alcançou diversos níveis hierárquicos, incluindo o primeiro escalão da filial carioca. Alguns cargos vitais estão vagos. Seria o caso da nevrálgica diretoria de obras. Além do enxugamento, a operação da PDG no Rio de Janeiro perdeu muito do seu status. A unidade carioca virou quase um puxadinho da matriz no que diz respeito a  gestão. A direção da PDG passou a responder diretamente por questões que eram da alçada da filial, como compra de terrenos e orçamentos de obras. Esta medida abalou as estruturas de Marcos Saceanu, diretor de incorporações e principal executivo da empresa no Rio. Saceanu caminha sobre uma fina laje de isopor. Tem sido cada vez mais cobrado pela matriz por conta do errático desempenho na cidade e por equívocos estratégicos, debitados em sua conta. A incorporadora errou feio, por exemplo, na formação de custos de alguns empreendimentos. Há casos de projetos que já teriam estourado o orçamento em mais de 30%. Outro problema é a demora na entrega de imóveis. Das 15 obras da PDG em andamento no Rio, que projetam um valor total de lançamentos da ordem de R$ 1,3 bilhão, cinco delas estariam com um atraso médio de seis meses. O RR entrou em contato com a PDG, mas a empresa não retornou até o fechamento desta edição.

Acervo RR

Vinci Partners espalha um cheiro de take over na PDG

6/08/2012
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Para a PDG Realty, governança corporativa e disclosure parecem não passar de uma espessa parede de concreto. O recém-aprovado aporte de capital mediante a emissão de quase R$ 800 milhões em bônus de subscrição deixou os acionistas da incorporadora com pulgas, cobras e lagartos atrás da orelha. Um grupo de minoritários de alta patente, formado por grandes gestoras de recursos – entre elas estariam as norte-americanas BlackRock e T. Rowe Price -, vem levantando questionamentos a  operação. Estes acionistas enxergam a capitalização como uma manobra da Vinci Partners, mentora da emissão de bônus, com o objetivo de preparar o terreno para um futuro take over da PDG. Para estes minoritários, há questões fulcrais relativas ao aumento de capital que permanecem sob brumas. Uma dos pontos vistos como enevoados é a participação que a gestora de recursos de Gilberto Sayão passará a ter após a conversão dos bônus em ações. Os minoritários alegam que os números cogitados na empresa não teriam sido devidamente abertos para todos os sócios. As informações são desencontradas. Segundo o executivo de um dos fundos acionistas da PDG, na incorporadora fala-se que a fatia da Vinci poderá oscilar de 12% a 21%. Ainda que este percentual dependa do volume de ações convertidas, os minoritários consideram que a taxa de dispersão é bastante elevada. Sobretudo partindo-se da premissa de que a própria Vinci já manifestou o interesse de subscrever pouco mais de 80% dos bônus, o que tornaria praticamente impossível que ela ficasse apenas com 12% do capital. Procuradas pelo RR, PDG e Vinci Partners não quiseram comentar o assunto. Os minoritários desconfiam também que a Vinci teria deixado a cama arrumada para se aproveitar de gincanas jurídicas e antecipar o prazo de conversão dos títulos, originalmente previsto para 2016. Ao se tornar o principal sócio individual da companhia, o private equity se aproveitaria de todo o seu peso e poder de influência para fisgar as ações em poder dos minoritários. Se, com apenas 1% da construtora, Gilberto Sayão e cia. conseguiram aprovar a proposta de aporte de capital de R$ 800 milhões, imaginem o que poderão fazer tendo mais de 20% da incorporadora.

Acervo RR

Paladin constrói um só teto para Viver e Tecnisa

1/03/2012
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O fundo Paladin fez um retrofit em sua estratégia para o Brasil. Os norte-americanos, que estavam dispostos a vender o controle da construtora Viver e voltar para casa com o lucro realizado, deram meia-volta, volver. Sua intenção é se aproveitar da recente queda de valuation dos ativos do setor para consolidar construtoras em uma mesma holding, pedalar o crescimento da nova empresa e, eventualmente, se desfazer de um negócio de proporções muito maiores. O Paladin tem rastreado o mercado em busca de aquisições. De acordo com um executivo ligado ao fundo, os norte-americanos vêm mantendo tratativas com a Tecnisa, controlada pelo empresário Meyer Joseph Nigri. Segundo a mesma fonte, o Paladin negocia também com outra empresa paulista de menor porte. Procurada, a Tecnisa negou a venda. O RR fez vários contatos com a Viver, mas a empresa não retornou até o fechamento desta edição. Esta não é a primeira vez que a Tecnisa entra na lista de compras de uma concorrente. Nigri, que há pouco mais de dois anos retornou a  gestão executiva da empresa após um frustrado processo de profissionalização, já teria fechado a porta a investidas da Cyrela e da PDG Realty. O empresário sempre resistiu a  ideia de venda da companhia. Eram outros tempos. Apesar do aumento da receita e do lucro entre janeiro e setembro de 2011, a construtora já viveu dias de maior prosperidade. Recentemente, cortou sua meta de lançamento para 2012 em R$ 2,2 bilhões. Por outro lado, ficou mais difícil concorrer com as grandes do setor pela compra de terrenos em áreas mais disputadas, sobretudo nas grandes capitais. Ao juntar a Viver e a Tecnisa sob o mesmo teto, o Paladin passaria a ser dono de uma empresa com receita anual em torno de R$ 2,5 bilhões e maior fôlego financeiro para retomar o ritmo de lançamentos. Até porque é de se imaginar que o fundo norte-americano repita na Tecnisa a drástica reestruturação feita na Viver, antiga Inpar.

Acervo RR

TG busca almas gêmeas no setor imobiliário

13/12/2011
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O investidor Celso Minoru se tornou o engenheiro responsável por um dos principais projetos do BTG Pactual. Ex-controlador da Abyara, vendida para o espanhol Enrique Baa±uelos, e sócio de André Esteves desde o início do ano, Minoru vem garimpando o mercado imobiliário em busca de parcerias para a construção de imóveis residenciais. A estratégia do BTG é fechar acordos específicos com grandes incorporadoras para o desenvolvimento de um determinado projeto. Há conversas com pesos pesados do setor, como PDG e Viver, ex-InPar. O setor imobiliário é uma das grandes apostas estratégicas do BTG para 2012. Recentemente, o banco assumiu o controle da WTorre Properties, atual One Properties, com foco maior no segmento corporativo. Para a área residencial, André Esteves e cia. têm lançado uma série de fundos imobiliários desde o início deste ano. Até o primeiro trimestre de 2012, serão cinco carteiras, com recursos totais da ordem de R$ 5 bilhões.

Acervo RR

Gafisa como aves de rapina

29/11/2011
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Há uma metamorfose em andamento na cadeia alimentar do mercado imobiliário. De voraz predadora, a Gafisa corre o risco de se tornar uma presa do setor. Quem o diz não são apenas os principais concorrentes da empresa, alguns deles fortes candidatos a sua aquisição. Dentro da própria Gafisa, o clima é desolador. Segundo uma fonte que habita o alto-comando da incorporadora, seus acionistas e executivos compartilham da ideia de que a companhia deixou de ser um potencial consolidador da área de construção civil para se tornar um alvo cada vez mais frágil. Entre os sócios da empresa, inclusive, o clima é de diáspora e suspeitas mútuas de possíveis abandonos do barco. De acordo com a mesma fonte, alguns dos fundos de investimentos acionistas da Gafisa já foram procurados pela PDG e pela Cyrela. A compra de um naco significativo de papéis da empresa seria meio caminho andado para a posterior aquisição do controle, até pela força que uma destas incorporadoras passaria a ter ao colocar um pé na empresa. O que não falta é porta de entrada no capital da construtora: mais de 94% das ações são negociados em Bolsa. Procurada pelo RR, a Gafisa informou – que não comenta especulações de mercado -. Entre os candidatos mais fortes a  aquisição da Gafisa, o que mais chama a atenção é a presença da Cyrela. Trata- se de um sinal inequívoco do acelerado processo de enfraquecimento da incorporadora paulista. Até recentemente era a Gafisa quem tentava dar o bote para ficar com o controle da Cyrela – ver RR – Negócios & Finanças edição nº 4.191. Nos últimos meses, no entanto, a situação se deteriorou. Os problemas da Gafisa não cabem em um arranha-céu. Desde o início do ano, a companhia passou por uma traumática troca de gestão. O executivo Wilson Amaral, que, até então, mandava e desmandava na construtora, foi afastado pelos acionistas devido a  queda dos resultados e, sobretudo, aos atrasos na entrega de obras. Desde meados do primeiro semestre, a empresa passou a reduzir sucessivamente suas estimativas de lançamentos por conta do descumprimento do cronograma de importantes empreendimentos, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro. No setor de construção civil, atrasos em sequência na entrega de imóveis como este costumam representar um choque na imagem de qualquer empresa. Os acionistas, por sua vez, reagiram da sua maneira. No ano, as ações da Gafisa acumulam queda superior a 50%. A situação de tibieza da companhia só se intensificou com a sucessiva redução da rentabilidade. Nos primeiros nove meses do ano, o lucro foi de R$ 85 milhões, um recuo de 69% em relação a igual período em 2010.

Acervo RR

Gafisa entra na briga pelo controle da Cyrela

18/08/2011
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Se quisesse, Elie Horn, principal acionista da Cyrela, poderia transformar a venda da companhia em um concorrido leilão na Christie ‘s. A empresa tornou-se alvo de uma acirrada disputa no mercado imobiliário. Além da PDG, que já teria apresentado uma oferta pela companhia, a Gafisa também entrou no páreo. A construtora está disposta a fazer contorcionismos financeiros para comprar o controle da Cyrela, não obstante seus recentes e dolorosos tropeços. Nos últimos meses, a Gafisa passou por uma traumática troca de comando, atrasos na entrega de imóveis e uma expressiva queda de seus resultados. No segundo trimestre deste ano, seu lucro caiu 74% em relação ao mesmo período em 2010. Ainda assim, a Gafisa promete ir com toda a sede ao pote. Dentro da companhia, a incorporação da Cyrela é vista como uma das últimas possibilidades de a construtora dar um grande salto no mercado imobiliário por meio de aquisições. Mais do que isso: diante da recente queda da sua lucratividade e dos problemas operacionais, seria uma forma de a empresa afastar a pecha de que deixou de ser uma candidata a consolidadora do setor e se transformou em presa para a concorrência. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a Gafisa informou que -não comenta especulações de mercado-. A PDG, por sua vez, não se manifestou, alegando estar em período de silêncio. Já a Cyrela negou a venda do controle. O apetite da Gafisa se justifica também pelo ranking do setor. O que está em jogo é a liderança do mercado. Caso feche a compra da Cyrela, a PDG passará a ser, disparada, a maior construtora e incorporadora do país, com receita anual na casa dos R$ 10 bilhões. Vai se tornar uma empresa praticamente inalcançável em termos de receita. Já a Gafisa pularia de R$ 4 bilhões para quase R$ 9 bilhões de faturamento, ultrapassando a própria PDG e assumindo a primeira colocação no ranking.

Acervo RR

Securitização

5/08/2011
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A construtora PDG Realty prepara o IPO do seu braço de securitização imobiliária.

Acervo RR

PDG Realty

19/07/2011
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A PDG Realty anda de olho gordo para cima da Direcional Engenharia, construtora com faturamento anual na casa dos R$ 800 milhões.

Acervo RR

BaÁ±uelos embala seus ativos agrícolas para a venda

8/06/2011
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O espanhol Enrique Baa±uelos chegou ao Brasil com pinta de quem estava disposto a criar raízes e semear investimentos de longo prazo por estas terras. No entanto, seus negócios no país parecem ser eternos apenas enquanto duram. Depois de criar um pequeno e efêmero império no setor imobiliário, com a compra de três construtoras que foram prontamente revendidas para a PDG Realty, a história pode se repetir no agribusiness. Baa±uelos estaria apenas aguardando a incorporação da Vanguarda pela Brasil Ecodiesel para se desfazer de seus ativos no setor agrícola. Trata-se de uma operação que engloba quase 400 mil hectares de área plantada e um faturamento anual superior a R$ 1,6 bilhão. Sob o guarda-chuva de Baa±uelos estão uma fabricante de biodiesel, a Brasil Ecodiesel, e a proprietária das maiores plantações de algodão do país, a Maeda. Estas empresas estão penduradas na Veremonte, holding pertencente ao investidor espanhol. Falta só a incorporação da Vanguarda. Um dos fortes candidatos a  compra deste pacotão agrícola é a argentina Los Grobo, controlada por Gustavo Grobocopatel. A empresa – que já atua no mercado brasileiro em parceria com o Vinci Partners, um derivativo do Pactual Capital Partners (PCP) – pretende ampliar seus negócios no país, hoje responsável por quase metade do seu faturamento total. Não por coincidência, a companhia anunciou na semana passada uma emissão de ações na BM&F Bovespa no valor de R$ 640 milhões. Os recursos serão usados fundamentalmente para aquisições no Brasil. Enrique Baa±uelos não é homem de se apegar aos seus negócios. Na Espanha, habituou-se a montar empresas e vendê-las rapidamente, a exemplo do que fez com as construtoras Agra, Abyara e Klabin Segall no Brasil. No entanto, o eventual desejo do investidor espanhol de repetir a história no agronegócio depende do intrincado processo de incorporação da Vanguarda pela Brasil Ecodiesel. Baa±uelos comprou 50% da empresa há cerca de dois meses pelo valor de R$ 600 milhões – a outra metade permaneceu nas mãos do ex-deputado estadual Otaviano Pivetta. Em meados de maio, o Conselho de Administração da Brasil Ecodiesel vetou a incorporação da Vanguarda nos moldes propostos por Baa±uelos – a operação previa um aumento de capital de R$ 1,2 bilhão na produtora de biodiesel. Sem a conclusão da operação, qualquer plano do investidor espanhol de vender seu cesto de ativos no agronegócio vai para o brejo. Baa±uelos prepara seu contra-ataque. Pretende convocar uma Assembleia Geral Extraordinária de acionistas da Brasil Ecodiesel para tentar aprovar a incorporação da Vanguarda.

Acervo RR

PDG Realty passa a chave na porta da frente da Trisul

27/04/2011
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A Trisul está em obras. E quando os tapumes forem retirados, por trás deles muito provavelmente surgirá a figura de um novo controlador. A reestruturação operacional em curso na construtora e incorporadora paulista ? leia-se a retomada do foco em imóveis de baixa renda ? teria como objetivo preparar o terreno para a venda da companhia. A arrumação da casa para a posterior negociação justifica a brusca guinada estratégica feita pela empresa nos últimos três meses, a segunda em pouco mais de dois anos. A tentativa de focar na construção de imóveis para as classes A e B, deflagrada em 2009, revelou-se um tiro n’água. A consequência foi a queda da rentabilidade. A perda de tonicidade financeira tornou a Trisul presa potencial para a concorrência. A PDG Realty já teria feito uma investida para a compra da companhia. A Gafisa também chegou a sondar a construtora paulista, mas ficou para trás na disputa por conta dos problemas domésticos, notadamente os atrasos na entrega de obras que culminaram com o afastamento do presidente Wilson Amaral. Procuradas pelo RR – Negócios & Finanças, PDG Realty e Trisul não se pronunciaram até o fechamento desta edição. A Trisul é controlada por cinco empresários ? Michel Esper Saad Jr., acionista majoritário, com 30,9% do capital, Jorge Cury Neto, José Roberto Cury, Marco Antonio Mattar e Ronaldo José Sayeg. A PDG Realty estaria disposta a promover uma troca de ações. Assumiria o controle da Trisul e, em contrapartida, o quinteto de acionistas da companhia receberia uma participação minoritária na nova empresa. A Trisul passa por um momento decisivo. Entre os próprios controladores, há o entendimento de que é necessário criar uma reversão de expectativas que dificilmente será alcançada apenas com a reestruturação interna e a volta ao segmento de baixa renda. Um dos principais desafios é recuperar a confiança do investidor. Desde janeiro, o valor de mercado da companhia já caiu mais de 40%. Trata-se de um reflexo dos frustrantes resultados da construtora ? não obstante o aumento da receita da ordem de 22% no ano passado. A empresa fechou 2010 com um lucro de R$ 39 milhões, 23,5% abaixo dos ganhos registrados no ano anterior. Pegando-se apenas o último trimestre do ano, o saldo foi ainda mais desfavorável. A construtora teve um prejuízo de R$ 18 milhões e uma margem líquida negativa de 10%.

Acervo RR

Cyrela inicia a ocupação dos imóveis da Camargo Corrêa

5/04/2011
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O empresário Elie Horn é um homem obcecado. Pensa no mesmo assunto 24 horas por segundo: fechar uma aquisição de peso que permita a  Cyrela voltar ao topo do ranking das construtoras e incorporadoras. Além da Even – ver RR – Negócios & Finanças edição nº 4.021 -, a empresa estaria negociando a compra da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI). O negócio giraria em torno de R$ 1 bilhão, o que representaria um prêmio de controle sobre o valor em bolsa da ordem de 30%. Os herdeiros de Sebastião Camargo detêm 66% da empresa – o restante está pulverizado em Bolsa. Com a eventual aquisição, o faturamento da Cyrela passará de R$ 4,9 bilhões para R$ 6 bilhões, tomando-se como base os resultados de 2010. Seria o suficiente para a empresa ultrapassar a PDG Realty no ranking, ainda que no photochart. A concorrente faturou cerca de R$ 5,8 bilhões no ano passado. Com o negócio, a Cyrela aumentaria em quase 20% o seu banco de terrenos, hoje em torno de R$ 43 bilhões. O chamado land bank da CCDI soma R$ 8,5 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV). Este é um dos ativos mais cobiçados da empresa, em parte pela localização dos terrenos ? a maior parte está concentrada em São Paulo e no Rio de Janeiro. Além disso, o equivalente a R$ 1,7 bilhão deste valor se refere a  HM Engenharia, braço de habitação popular da CCDI. Ou seja: quem comprar a subsidiária da Camargo Corrêa leva dois por um, herdando uma empresa com relativa inserção nas classes C e D. A Camargo Corrêa chegou a ensaiar a venda da CCDI em 2009 e no início de 2010, mas desistiu por conta dos efeitos da crise mundial e a consequente depreciação do ativo. Desta vez, no entanto, o cenário é diferente. Depois de atravessar um período pedregoso, a CCDI tornou-se uma empresa mais atrativa graças a  recuperação alcançada em 2010. O faturamento cresceu 100%. O lucro líquido, de R$ 143 milhões, subiu 146%. A empresa chegou a R$ 1,391 bilhão em lançamentos, sua melhor marca histórica. No entanto, o esforço para a reestruturação deixou marcas na companhia. A dívida líquida cresceu 85% nos últimos 12 meses, alcançando o patamar de R$ 522 milhões. No mesmo período, o patrimônio líquido permaneceu estagnado, na casa dos R$ 777 milhões.

Acervo RR

Queiroz Galvão põe mais cimento na QGDI

15/03/2011
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O mercado imobiliário tornou-se a menina dos olhos da família Queiroz Galvão. O grupo está investindo uma dinheirama na expansão da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI), seu braço para o setor. Uma das medidas em curso é a contratação de novos executivos, notadamente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A empresa também está ampliando seu banco de terrenos nas duas cidades. Para isso, adotou uma política mais agressiva para a compra de áreas, batendo de frente com concorrentes de maior porte, como PDG, Cyrela e Gafisa. A diversificação regional ? a maior parte das operações está concentrada no Nordeste ? é a grande aposta da família para alavancar os resultados da QGDI. A expectativa é que até 2013 o faturamento passe de R$ 500 milhões para R$ 1,5 bilhão. A companhia estima que metade deste valor virá de São Paulo e do Rio de Janeiro. Hoje, a QGDI responde por apenas 3% da receita do grupo. Esta participação deverá triplicar nos próximos dois anos.

Acervo RR

PDG e Cyrela disputam um duplex na Barra da Tijuca

9/02/2011
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A saga empresarial de Carlos Fernando de Carvalho, um dos nomes mais respeitados do mercado imobiliário do Rio de Janeiro, aproxima-se de suas últimas páginas. Ao menos no que depender do apetite da PDG Realty e da Cyrela. As duas empresas prometem uma competição encarniçada para comprar a construtora Carvalho Hosken. Os acionistas da Cyrela, a começar pelo sócio fundador Elie Horn, acham que estão alguns passos a  frente neste duelo. O motivo é a parceria com a construtora carioca em alguns empreendimentos, como o recém-lançado Majestic, na Barra da Tijuca ? inspirado em palácios árabes, o projeto tem valor geral de vendas estimado em R$ 320 milhões. No entanto, não obstante o cordão umbilical entre Carvalho Hosken e Cyrela, não se deve ignorar a sede com que a PDG está disposta a agarrar este pote. Em jogo, a liderança do setor A compra da construtora carioca permitiria a  empresa chegar a um faturamento anual em torno de R$ 8 bilhões e, desta forma, defender a primeira posição no ranking, constantemente ameaçada pela própria Cyrela. Procuradas pelo RR – Negócios & Finanças, PDG e Carvalho Hosken negaram qualquer negociação. A Cyrela não quis comentar o assunto e informou que “toda e qualquer negociação, quando finalizada, é comunicada ao mercado”. PDG Realty e Cyrela vão ter de caprichar na proposta. O octogenário Carlos Carvalho sempre se mostrou arredio a qualquer investida sobre a sua empresa. Talvez ainda não tenha recebido uma oferta com o número de zeros capaz de abalar seus alicerces. O empresário sabe, melhor do que ninguém, que está sentado sobre uma mina de ouro. O ativo mais cobiçado da Carvalho Hosken é o seu banco de terrenos na Zona Oeste do Rio, uma das áreas com maior taxa de crescimento populacional da cidade. PDG e Cyrela duelam por um duplex. A Carvalho Hosken vale por duas na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, bairros que são o sonho de consumo de qualquer construtora, tanto pela área disponível para novos empreendimentos quanto pelo potencial de valorização dos imóveis. No ano passado, o preço do metro quadrado na região subiu quase 40%. Para 2011, há previsões de que a alta possa chegar a 50%. Entre outros projetos já em andamento na região, a Carvalho Hosken será a responsável pela construção da Vila Olímpica para os Jogos de 2016. Significa dizer que a empresa terá 34 edifícios ou cerca de 2,5 mil apartamentos para vender em área próxima ao Riocentro, na interseção entre a Barra e Jacarepaguá.

Acervo RR

Gafisa e Cyrela se digladiam na porta da frente da Inpar

26/01/2011
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O tempo de moradia do fundo Paladin no controle da Inpar está chegando ao fim. Ao menos no que depender da Cyrela e da Gafisa. As duas empresas estão na disputa pela compra da construtora e incorporadora paulista, nas mãos do private equity norte-americano desde o início de 2009. Em jogo, a compra de uma empresa com receita anual superior a R$ 700 milhões e um banco de terrenos com valor acima de R$ 11 bilhões. Levar a Inpar significa comprar também a Viver, braço do grupo voltado a  população de baixa renda. A subsidiária tem um ativo importante: cerca de 80% das vendas da empresa já estão garantidas por meio do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Além disso, trata-se de um negócio que só faz crescer. No terceiro trimestre do ano passado, por exemplo, a Viver foi responsável por mais de 90% dos lançamentos da Inpar. Não obstante a expansão da Inpar nos últimos seis meses e o potencial de crescimento futuro, os olhos dos executivos da Paladin brilham com a investida da Cyrela e da Gafisa. O motivo é a possibilidade de realizar o investimento com significativo lucro. O fundo pagou cerca de R$ 200 milhões para comprar a participação da família Parizotto. Dois anos depois, tomando-se como base a cotação da construtora em Bolsa, a fatia acionária dos norte-americanos, em torno de 40%, vale quase R$ 400 milhões. A ofensiva da Cyrela e da Gafisa pode ser vista como a proxy de uma segunda temporada de consolidação no setor. Além da dupla, a PDG é vista como a principal candidata a  compra de construtoras. No caso da Inpar, Cyrela e Gafisa duelam pela carteira de ativos da empresa em São Paulo, notadamente em imóveis para as classes A e B. Após ser duramente afetada pelos efeitos da crise mundial e passar por uma drástica reestruturação conduzida pelo Paladin, a companhia voltou a crescer. No ano passado, fechou com quase R$ 800 milhões em vendas contratadas, o dobro da cifra registrada em 2009.

Acervo RR

Cyrela mira na Even de olho na liderança do mercado

13/12/2010
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O empresário Elie Horn, controlador da Cyrela, prepara o troco para cima da PDG Realty, que o despejou da liderança do mercado imobiliário após a compra da Agra. Horn está em negociações para a aquisição da construtora e incorporadora paulista Even. As conversas vêm sendo conduzidas pelo Itaú BBA. Nos últimos meses, a Even passou por uma reestruturação que foi determinante para a melhoria dos resultados. Entre janeiro e setembro, o faturamento da Even chegou a R$ 1,4 bilhão, quase o dobro no comparativo com igual período no ano passado. No mesmo intervalo, o lucro saltou de R$ 84 milhões para mais de R$ 180 milhões Para a Cyrela, tão ou mais importante do que estes números é o valor simbólico da operação. A aquisição da Even vale a passagem de volta para o topo do ranking do setor. Juntas, as duas empresas devem fechar o ano com Valor Geral de Vendas (VGV) próximo dos R$ 7 bilhões, contra algo em torno dos R$ 6 bilhões da PDG Realty. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a Even negou a negociação. A Cyrela, por sua vez, não se pronunciou até o fechamento desta edição. Horn está com a faca entre os dentes. Em sua perseguição a  liderança do setor, tem se empenhado pessoalmente na busca de ativos. Nos últimos meses, além da Tecnisa ver RR Negócios & Finanças edição nº 3.941 , teria mantido conversações com a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI). A compra da Even permitirá a  Cyrela dar um salto nas vendas para a classe A. São imóveis com valor de mercado acima dos R$ 500 mil e, portanto, com margens operacionais mais altas. Trata-se de um segmento que a Cyrela acabou relegando a segundo plano, devido a  aposta maciça na habitação popular. Diga-se de passagem, aposta esta que segue em alta. Neste momento, a companhia está envolvida no projeto de criação de uma grande incorporadora e construtora voltada exclusivamente a  venda de imóveis para a população de baixa renda. A operação passa pela fusão entre a Living, subsidiária da Cyrela, e a paulista Cury, controlada pelo empresário Fabio Cury.

PDG Realty

22/10/2010
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A projeção de faturamento de quase R$ 6,5 bilhões para 2010 já não emociona mais o presidente da PDG Realty, Zeca Grabowsky. O executivo pensa 24 horas por segundo nas metas já traçadas para 2011, quando a empresa pretende romper a barreira dos R$ 10 bilhões.

Acervo RR

Cyrela e Homex duelam na porta da MRV Engenharia

14/10/2010
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A MRV Engenharia está no centro de um duelo. De um lado, a Cyrela; do outro, a mexicana Homex. Ambas são candidatas a  compra do controle da construtora mineira, um dos nomes principais da habitação para baixa renda. Apesar da musculatura financeira da Homex, a Cyrela está disposta a usar munição financeira de grosso calibre. A companhia, controlada pelo empresário Elie Horn, enxerga a MRV como o trampolim perfeito para saltar sobre a PDG Realty e reassumir o posto de maior construtora e incorporadora residencial do país. O modelo desenhado para a operação contemplaria a permanência do atual controlador da MRV, Rubens Menin, como sócio minoritário da nova empresa. Como bônus, ele passaria a ser acionista de uma companhia com valor de mercado de R$ 18 bilhões, um banco de terrenos avaliado em R$ 44 bilhões e faturamento anual na casa dos R$ 8 bilhões, contra aproximadamente R$ 6,5 bilhões da PDG. Apesar do apetite da Cyrela, a Homex também tem suas armas. Com a operação, Menin seria sócio da maior construtora para baixa renda da América Latina, empresa que serviu de musa inspiradora do modelo de habitação popular adotado pelas companhias brasileiras, a começar pela própria MRV. A Homex já está presente no país, mas ainda mantém uma operação incipiente, incompatível com o porte de seus negócios no México. Tem projetos em algumas poucas cidades do interior de São Paulo e, ao longo deste ano, investiu pouco mais de US$ 60 milhões, números diminutos para a escala deste mercado. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a MRV negou qualquer negociação para a venda do controle. O fato é que Rubens Menin está em uma situação extremamente confortável. Nos dois casos, a hipótese de abrir mão da condição de sócio majoritário da MRV significa tirar o passaporte para um projeto ainda maior. Apesar da histórica resistência a  venda da empresa, os olhos de Menin brilham diante das cifras superlativas que envolvem a operação. Ressalte-se ainda o poder de barganha do empresário, em razão do valor da MRV tanto para a Cyrela quanto para a Homex. A empresa montou um cluster na habitação de baixa renda, muito em função da proximidade com a Caixa Econômica Federal. O programa Minha Casa, Minha Vida foi responsável por mais de 80% dos lançamentos feitos pela MRV no segundo trimestre do ano, que somaram R$ 1,1 bilhão.

Acervo RR

Tijolos e pedras

13/09/2010
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A PDG Realty prepara uma intensa campanha de comunicação para não deixar mais dúvidas sobre quem é a maior incorporadora imobiliária do país, título reclamado também pela Cyrela. Só não dirá que, após a incorporação da Agre, sua dívida saltou de R$ 1 bilhão para mais de R$ 2,6 bilhões em valores de agosto.

PDG Realty

10/09/2010
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A projeção de faturamento de quase R$ 6,5 bilhões para 2010 já não emociona mais o presidente da PDG Realty, Zeca Grabowsky. O executivo pensa 24 horas por segundo nas metas já traçadas para 2011, quando a empresa pretende romper a barreira dos R$ 10 bilhões.

Tecnisa é mais uma construtora na página de classificados

17/08/2010
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A Tecnisa está a  venda. A fonte do RR – Negócios & Finanças ouviu do próprio Meyer Joseph Nigri, principal acionista e presidente da construtora, que a operação deverá ser fechada em até dois meses. Há dois candidatos postados no canteiro da empresa: a Cyrela e a PDG Realty, que estão em conversações com Nigri há cerca de três meses. Tomando-se como base a cotação em Bolsa, a construtora está avaliada em aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Em tempo: o mercado já farejou as mudanças na Tecnisa. Em pouco mais de 40 dias, o valor da ação subiu mais de 70%. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a Tecnisa negou a venda do controle. No entanto, segundo a mesma fonte, desde o fim do ano passado, quando reassumiu a presidência da empresa, Meyer Joseph Nigri, ensaia a operação. O momento parece ser propício para o ato final. A retomada do processo de consolidação do setor apreciou o valor dos ativos e acirrou disputas. Que o digam Cyrela e PDG Realty. Para ambas, a compra da Tecnisa significa a liderança do mercado nacional. Com a aquisição, a PDG, que recentemente incorporou a Agre, sobe mais um andar e alcança o topo do setor. Seu faturamento somado ao da Tecnisa chega a  casa dos R$ 5 bilhões. No ano passado, as vendas da Cyrela, hoje a maior incorporadora do país, ficaram em R$ 4,3 bilhões. A Tecnisa enfrenta um problema de fuso. Enquanto o setor chegou a 2010, a empresa permanece em 2008, no máximo início de 2009. A julgar pelos seus indicadores, parece que só agora está saindo da crise mundial. Apesar da alta de 34% na receita e de 56% no lucro no primeiro semestre, as vendas contratadas caíram quase 30% no mesmo período. Este número ainda é um reflexo de projetos cancelados entre 2008 e 2009. No fim do ano passado, a construtora chegou a suspender o anúncio regular de projeções de faturamento, muito em razão do cancelamento de empreendimentos imobiliários, o que provocou distorções em seus cálculos. A Tecnisa sofre também com o crescimento da dívida. Desde o fim de 2007, o passivo de longo prazo saiu de R$ 147 milhões para mais de R$ 700 milhões, ou seja, um salto superior a 350%. No mesmo intervalo, o patrimônio líquido foi de R$ 760 milhões para aproximadamente R$ 960 milhões, aumento de 26%.

Acervo RR

Inpar varre a casa para a chegada dos novos sócios

2/08/2010
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A Inpar está em obras. O recente afastamento dos últimos representantes da família Parizotto na gestão executiva – informação antecipada pelo RR – Negócios & Finanças na edição de 28 de junho – vai além de uma simples mudança administrativa. A decisão do fundo norte-americano Paladin, controlador da construtora, está diretamente ligada ao futuro societário da empresa. O rompimento com os Parizotto abre caminho para a venda de uma participação ou até mesmo do controle da Inpar. Os pretendentes já estão perfilados. O candidato mais forte é a PDG Realty, que se tornou a maior incorporadora imobiliária do país com a compra da Agre. Com a aquisição da Inpar, a receita da PDG saltaria de R$ 4 bilhões para quase R$ 5 bilhões no ano. Há conversas também com a Cyrela. Os preparativos para a venda da Inpar incluem a realocação de investimentos, cancelamento de projetos considerados pouco rentáveis e o enxugamento da carteira de terrenos. O Paladin pretende promover uma nova rodada de venda de ativos. Desde que chegou a  construtora, há dois anos, já negociou quase R$ 350 milhões em propriedades e projetos. Desta forma, compensou quase que integralmente os mais de R$ 400 milhões que aportou na construtora. No entanto, em meio a  reforma conduzida pelo Paladin, nenhuma outra medida é tão importante quanto a decisão de afastar os últimos remanescentes da família Parizotto. Cesar e Marco Antonio Parizotto – filhos do fundador da Inpar, Alcides Parizotto – eram vistos pelos norte-americanos como o principal entrave a  chegada de um novo sócio na companhia. Nos últimos meses, o relacionamento de Cesar e Marco Antonio Parizotto com os executivos indicados pelo Paladin tornou-se insustentável, com impacto direto sobre a gestão da empresa. Além de discordâncias quanto a  estratégia da construtora, teriam ocorrido episódios de desautorização e descumprimento de decisões de parte a parte. Os conflitos se espraiaram por diversos escalões da empresa, alimentados pela cisão entre os acionistas. Com a saída dos irmãos, a prioridade do Paladin é acabar com os feudos na Inpar e debelar os focos de resistência identificados em diversas áreas, notadamente na diretoria comercial, que era comandada por Marco Antonio até o início de julho. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a Inpar não se pronunciou, alegando estar em período de silêncio.

Acervo RR

Aquisição

28/06/2010
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A PDG Realty/Agre espera anunciar em até 15 dias a compra de 50% da Jet Casa, fabricante de pré-moldados de São José do Rio Preto (SP).

Imobiliária

1/06/2010
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A fusão entre a Agre e a PDG Realty reacendeu os planos do espanhol Enrique Baa±uelos de entrar no mercado de corretagem imobiliária. O projeto, adormecido por conta da crise mundial, prevê a montagem de um colar de participações no setor.

Acervo RR

Samuel Zell constrói um teto para a Gafisa e a BFRE

7/05/2010
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Além da fusão entre a PDG Realty e a Agre, há outra grande construção societária em curso no mercado imobiliário brasileiro. O engenheiro responsável pela edificação é o norte-americano Samuel Zell. Ele costura a associação entre a Gafisa e a Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), controlada pelo Grupo Ourinvest. Zell está nas duas pontas: detém 14% da Gafisa, da qual é o principal acionista individual, e 20,7% da BFRE. Na prancheta, há dois possíveis desenhos para a operação. Um deles passa pela criação de uma joint venture. O segundo modelo, mais provável, prevê a incorporação da BFRE pela Gafisa. Neste caso, Zell aumentaria sua participação no negócio, incorporando ações da Ourinvest e do fundo TPG-Axon, dois dos principais sócios da Brazilian Finance. Em contrapartida, ambas teriam uma presença significativa na Gafisa, sobretudo a Ourinvest. Não obstante a diferença de tamanho entre ambas, as duas empresas poderão estabelecer uma relação de comensalismo no mercado imobiliário. A BFRE, que teve receita de R$ 240 milhões e lucro de R$ 60 milhões em 2009, se juntará a uma das maiores construtoras do país, o que aumentará substancialmente seu cacife para a captação de recursos. Já a Gafisa, que faturou mais de R$ 3 bilhões no ano passado, passará a ter do seu lado uma empresa tarimbada na estruturação de fundos de investimento e detentora de uma razoável carteira de crédito no setor. Terá ainda acesso ao balcão da financeira BM Sua Casa. Subsidiária da BFRE, a empresa é especializada no crédito habitacional para a população de baixa renda. Nos planos de Samuel Zell, a associação com a Gafisa funcionará como uma espécie de tubo de ensaio. Zell pretende transformar a BFRE em uma alavanca financeira não apenas para a construtora, mas para seus demais negócios no Brasil. Sócio da administradora de shoppings BR Malls e da Bracor, especializada na construção de plantas industriais, Zell tem planos de criar uma holding para agrupar suas participações societárias no país ? ver RR & Finanças edição nº 3.810.

Acervo RR

Vinci Partners redesenha o figurino da Inbrands

22/03/2010
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A Inbrands, etiqueta criada pelo Pactual Capital Partners (PCP) para investir no ramo da moda, vive um período efervescente. Está negociando a compra de uma participação em duas das mais conhecidas grifes do país: a Osklen, de Oskar Metshavat, e a Animale. Neste último caso, as conversas se encontram em um estágio mais avançado. Em relação a  Osklen, a operação segue em ritmo mais lento, devido a discordâncias em relação ao percentual de participação. Paralelamente, a Inbrands tira as medidas para um novo figurino societário. Parte dos cotistas do PCP negocia a transferência de suas ações da Inbrands para a Vinci Partners, de Gilberto Sayão. O novo private equity deverá assumir até 60% da empresa. A venda das ações da Inbrands é mais um capítulo do processo de desinvestimento do PCP. O fundo já reduziu drasticamente seu patrimônio com a negociação das participações na Light e na PDG Realty. O próximo passo será a venda da Equatorial Energia. A Vinci Partners pretende mudar o perfil da Inbrands. Além da gestão de grifes ? o portfólio atual inclui Ellus, Isabela Capeto e Alexandre Hercovitch ?, a empresa vai entrar na administração de shopping centers. Há planos até de montar uma agência de modelos.

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