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Gafisa e Cyrela se digladiam na porta da frente da Inpar

  • 26/01/2011
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O tempo de moradia do fundo Paladin no controle da Inpar está chegando ao fim. Ao menos no que depender da Cyrela e da Gafisa. As duas empresas estão na disputa pela compra da construtora e incorporadora paulista, nas mãos do private equity norte-americano desde o início de 2009. Em jogo, a compra de uma empresa com receita anual superior a R$ 700 milhões e um banco de terrenos com valor acima de R$ 11 bilhões. Levar a Inpar significa comprar também a Viver, braço do grupo voltado a  população de baixa renda. A subsidiária tem um ativo importante: cerca de 80% das vendas da empresa já estão garantidas por meio do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Além disso, trata-se de um negócio que só faz crescer. No terceiro trimestre do ano passado, por exemplo, a Viver foi responsável por mais de 90% dos lançamentos da Inpar. Não obstante a expansão da Inpar nos últimos seis meses e o potencial de crescimento futuro, os olhos dos executivos da Paladin brilham com a investida da Cyrela e da Gafisa. O motivo é a possibilidade de realizar o investimento com significativo lucro. O fundo pagou cerca de R$ 200 milhões para comprar a participação da família Parizotto. Dois anos depois, tomando-se como base a cotação da construtora em Bolsa, a fatia acionária dos norte-americanos, em torno de 40%, vale quase R$ 400 milhões. A ofensiva da Cyrela e da Gafisa pode ser vista como a proxy de uma segunda temporada de consolidação no setor. Além da dupla, a PDG é vista como a principal candidata a  compra de construtoras. No caso da Inpar, Cyrela e Gafisa duelam pela carteira de ativos da empresa em São Paulo, notadamente em imóveis para as classes A e B. Após ser duramente afetada pelos efeitos da crise mundial e passar por uma drástica reestruturação conduzida pelo Paladin, a companhia voltou a crescer. No ano passado, fechou com quase R$ 800 milhões em vendas contratadas, o dobro da cifra registrada em 2009.

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