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PDG remove o entulho de sua operação no Rio de Janeiro

  • 30/08/2012
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As reformas da PDG avançam, feito trator, sobre novos canteiros. Em meio ao aumento de capital da Vinci Partners e a  iminente troca na presidência – com a saída do fundador, Zeca Grabowski -, a construtora está promovendo um “bota-abaixo” na filial no Rio de Janeiro. A primeira mudança foi de endereço. Há cerca de dois meses, a PDG deixou o amplo escritório de mais de dois mil m2 no Edifício Argentina, em Botafogo, para ocupar um imóvel mais modesto, em torno de 900 m2, localizado no Edifício Galeria, antiga sede da Sul América, no Centro do Rio. Para bom entendedor, a decisão já era um prenúncio do que estava por vir. Desde junho, a construtora reduziu significativamente seu quadro pessoal na cidade. O número teria caído de aproximadamente 250 funcionários para cerca de cem. Segundo informações filtradas junto a um dos principais acionistas da PDG, a guilhotina alcançou diversos níveis hierárquicos, incluindo o primeiro escalão da filial carioca. Alguns cargos vitais estão vagos. Seria o caso da nevrálgica diretoria de obras. Além do enxugamento, a operação da PDG no Rio de Janeiro perdeu muito do seu status. A unidade carioca virou quase um puxadinho da matriz no que diz respeito a  gestão. A direção da PDG passou a responder diretamente por questões que eram da alçada da filial, como compra de terrenos e orçamentos de obras. Esta medida abalou as estruturas de Marcos Saceanu, diretor de incorporações e principal executivo da empresa no Rio. Saceanu caminha sobre uma fina laje de isopor. Tem sido cada vez mais cobrado pela matriz por conta do errático desempenho na cidade e por equívocos estratégicos, debitados em sua conta. A incorporadora errou feio, por exemplo, na formação de custos de alguns empreendimentos. Há casos de projetos que já teriam estourado o orçamento em mais de 30%. Outro problema é a demora na entrega de imóveis. Das 15 obras da PDG em andamento no Rio, que projetam um valor total de lançamentos da ordem de R$ 1,3 bilhão, cinco delas estariam com um atraso médio de seis meses. O RR entrou em contato com a PDG, mas a empresa não retornou até o fechamento desta edição.

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