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Se não emplacar na eleição para o governo de São Paulo, Fernando Haddad é candidataço ao posto de ministro da Economia caso Lula venha a ser eleito. A expectativa criada pelo ex-presidente em relação ao programa econômico e ao nome do seu ministro da Fazenda – Lula disse que só anunciará ambos “depois que ganhar as eleições” – é compreendida nas internas como “Operação Esperando Haddad”. O ex-ministro de Lula, e quem sabe futuro, não é o Godot da peça de Samuel Beckett.
Está com meio pé na missão. Haddad é entrosado com a turma do Insper, notadamente o presidente, Marcos Lisboa, que perfilou como secretário de política econômica no governo Lula. Já tem staff para a eventual missão. Haddad circula na área empresarial, tem uma pegada acadêmica e é tido como um negociador político plácido e conciliador.
É quase um liberal, um “mini FHC”. Ah, mas diria o mercado, em uma imaginária peça de Beckett: esperar Haddad tanto tempo é uma eternidade. Talvez não. Lembrais-vos do anúncio de Henrique Meirelles para o Banco Central. Lula só confirmou a escolha no dia 12 de dezembro de 2002, ou seja, apenas 20 dias antes de assumir a Presidência. Em tempo: o petista já tem seu presidente do BC, que atende por Roberto Campos Neto. Mas, para Haddad assumir o comando da política econômica, o PT terá de perder São Paulo, o maior PIB do Brasil.
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