Bolsonaro sem açúcar e sem afeto com os usineiro

  • 20/01/2020
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A visita de Jair Bolsonaro à Índia, no fim do mês, poderá azedar ainda mais as relações entre o Capitão e a indústria sucroalcooleira. O governo brasileiro avalia retirar a queixa contra os indianos na OMC por subsídios para o setor açucareiro no encontro com o primeiro-ministro Narendra Modi. Seria a contrapartida para a assinatura de acordos bilaterais de cooperação econômica, entre eles uma parceria para investimentos em biodiesel no Brasil.

Ressalte-se que não é da tradição do Brasil recuar tão facilmente em contendas na OMC. Mas, como já se viu, não há muito espaço para tradição no Itamaraty de Bolsonaro. Os usineiros pressionam o governo a manter o processo contra o país asiático na Organização Mundial do Comércio. O governo da Índia é acusado, não só pelo Brasil, mas também por Austrália e Guatemala, de quebrar acordos firmados no âmbito na OMC ao conceder subsídios para a produção e exportação de açúcar.

No entanto, o governo Bolsonaro não tem sido muito pródigo em defender os interesses da indústria sucroalcooleira nacional. O golpe mais duro veio no ano passado. O Brasil aumentou de 600 milhões para 750 milhões de litros a cota para a importação de etanol dos Estados Unidos isento de imposto. Até agora, o Palácio do Planalto espera por uma resposta da Casa Branca ao pleito de flexibilização das barreiras alfandegárias para a entrada do açúcar brasileiro no mercado norte-americano. Talvez ela nunca chegue.

#Jair Bolsonaro #OMC.

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